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Manual de Trabalho de Curso Matemática Sumário 1. PRÉ-PROJETO ............................................................................................................................ 3 2. APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................... 5 3. REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE ACOMPANHAMENTO/ ORIENTAÇÃO .................................................................................................................................. 6 4. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA ...................................................................................... 33 5. ENTREGA E AVALIAÇÃO DO TC ............................................................................................ 37 6. ELABORAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO .............................................................................. 37 7. PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EM ATIVIDADE DE TC ...................................... 38 8. CRONOGRAMA DE TRABALHO TC – MONOGRAFIA .................................................... 44 9. PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO FINAL DO TC ............................................. 45 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (DESTE MANUAL) ..................................................... 46 11. ANEXO 1 – REGULAMENTO PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA ................... 47 12. ANEXO 2 – MODELO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE JOGOS ................. 48 3 Serviço Social 1. PRÉ-PROJETO Você deve ler o manual de TC e escolher uma das seguintes modalidades: I. PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EM ATIVIDADE DE TC, por exemplo, um jogo para o ensino fundamental II ou para o ensino médio. O foco central do jogo ou material didático deve ser ou estar apoiado na aprendizagem da matemática ou estatística. Além da elaboração do jogo ou do material didático, um relatório deve ser desenvolvido. Consulte o anexo II presente neste manual e as sugestões de leituras do AVA. II. Uma monografia em uma das linhas do curso, no AVA. De modo geral, elementos que compõem o TC estão sintetizados nas páginas 10 e 11 do presente manual. III. ELABORAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO; essa modalidade destina-se apenas a quem já desenvolveu uma primeira experiência em pesquisa com orientação, por exemplo, uma iniciação científica. As orientações a seguir visam um formato padrão para escolha do tema e elaboração do pré-projeto de TCC, assim como a designação de um professor orientador e a recomendação de eventuais bibliografias que permitam complementar e enriquecer o nível da sua pesquisa. Todos os itens a seguir devem conter algum conteúdo e/ou informação referente ao seu pré-projeto. Integrantes (Indicando responsável, máximo dois alunos) Matricula Tema Introdução Objetivo geral Objetivo específico Justificativa do tema Proposta metodológica Cronograma (verificar o cronograma proposto pela UNIP) Bibliografia a ser pesquisada. 4 Manual de Estágio Importante – não serão corrigidos nem aceitos trabalhos que tenham sido concluídos em menos de três postagens. Importante: TC – Regular: não serão aceitos e nem corrigidos os trabalhos que tenham sido concluídos em menos de três postagens. TC – DP: não serão aceitos e nem corrigidos os trabalhos que tenham sido concluídos em menos de duas postagens. Coordenadora Profa. Ma. Márcia Vieira 5 Serviço Social 2. APRESENTAÇÃO O Trabalho de Curso (TC) visa proporcionar aos alunos a vivência na iniciação científica, atividade que está ligada ao desenvolvimento acadêmico dos alunos de graduação. O TC busca ampliar os conhecimentos em relação a temas abordados durante o curso, permitindo aos alunos a escolha daquilo que seja de seu interesse pessoal. É, portanto, uma experiência acadêmica orientada, vivida por alunos que cursam o sexto semestre letivo da graduação, cursos de especialização ou de pós-graduação lato sensu. Não há exigência de que o tema desenvolvido e pesquisado em um trabalho monográfico seja um tema original e inédito. Há, no entanto, exigências em relação à organização do trabalho, coerência e coesão textuais, pesquisa e desenvolvimento do conteúdo e que seja de produção própria do aluno ou da dupla. Espera-se que, durante a elaboração do TC, os alunos vivenciem práticas pedagógicas de pesquisa e discussão em atividades, capazes não somente de lhes possibilitar o aprimoramento do trabalho, mas também o aprendizado de práticas docentes que lhes serão necessárias ao longo de sua vida como profissionais de Matemática nas séries finais do ensino fundamental e/ou do ensino médio. Assim, espera-se que o aluno ou a dupla, ao escolher o tema com o qual deseja trabalhar, faça-o livre e conscientemente, pois somente dessa forma poderá trabalhar prazerosamente, obtendo como resultado, além de seu crescimento acadêmico, um texto criativo e interessante a outros leitores com o mesmo interesse. Destaca-se que o TC é obrigatoriamente um trabalho orientado por um docente pertencente ao grupo de professores qualificados do curso de licenciatura em matemática da UNIP. 6 Manual de Estágio 3. REGULAMENTO COM DEFINIÇÃO DAS FORMAS DE ACOMPANHA- MENTO/ORIENTAÇÃO 3.1 ORIENTAÇÕES PARA OS ALUNOS O TC é um trabalho a ser realizado por alunos matriculados no último semestre. Alunos que antecipam a disciplina por motivos de transferência de outra universidade para a UNIP ou alunos matriculados em regime de dependência deverão integrar-se ao sistema escolhendo o tema que mais lhes interesse e participando, obrigatoriamente, de todas as etapas do desenvolvimento do trabalho de pesquisa, orientação e apresentação. Depois de selecionado o tema do TC, este será encaminhado a um dos orientadores designados pelo curso, envolvido diretamente com a disciplina à qual se relaciona o tema, que exercerá o papel de orientador do trabalho. A coordenação do curso, junto aos professores, poderá também sugerir orientadores para os trabalhos. Orientadores e alunos se comunicam no AVA. A frequência e a regularidade desses contatos serão controladas pelo professor orientador e todos os alunos deverão tomar ciência das tarefas a serem cumpridas no período que transcorrerá entre um encontro e outro. 3.2 ORIENTAÇÕES PARA AS ATIVIDADES DOS ALUNOS Durante o tempo previsto para pesquisa e elaboração do texto do TC, muitas atividades serão desenvolvidas pelos participantes. Essas atividades vão desde as práticas de cunho organizacional (por exemplo, decidir sobre quem/quando os dados serão coletados, quando/ como serão transcritos, caso seja necessário), àquelas voltadas à construção de novos conhecimentos, envolvendo momentos de estudo e realização de tarefas relacionadas 7 Serviço Social à cognição. É fundamental, portanto, que cada aluno escolha diferentes maneiras para estudar. Assim, é importante pensar em tipos de atividades a serem realizadas: a) leitura e fichamento dos textos; b) buscas na internet; c) elaboração de pequenos trechos da monografia, com o propósito de discutir o estilo do texto de cada um, reescrever e estabelecer características para o texto final da monografia. Espera-se que, ao longo do desenvolvimento do TC, o aluno ou a dupla desenvolva estratégias de aprendizagem que possam colaborar para o resultado do trabalho. Ao longo do período destinado à elaboração do TC, os alunos deverão cumprir as seguintes etapas/diretrizes: 3 comunicação regular com o orientador no AVA; 3 entrega de partes do trabalho, de acordo com as solicitações do professor orientador e do professor coordenador do curso; 3 entrega dos exemplares em sua versão final. 3.3 ORIENTAÇÕES GERAIS As instruções a seguir podem ser úteis para a elaboração do trabalho: a) Elaboração de relatório pelo aluno, contendo os aspectos apresentados nas aulas gravadas ou nos diálogos virtuais no AVA postados pelo professor; 8 Manual de Estágio b) Manutenção de um arquivo ou caderno para registro detodas as possíveis citações consideradas relevantes para o trabalho, assim como da referência bibliográfica correspondente; c) Elaboração de diários de leitura de todos os textos lidos e considerados relevantes para o embasamento teórico da monografia; d) Trabalhar sempre com a versão corrigida do trabalho e a nova versão, dando, tanto ao orientador quanto aos próprios alunos, a possibilidade de relembrar os comentários já feitos em etapa e orientação anteriores. 3.4 O QUE É UMA MONOGRAFIA CIENTÍFICA OU TC? A monografia proposta ao final de um curso de graduação é um trabalho de caráter científico e, como tal, deve pautar-se em normas internacionais que caracterizam as pesquisas em universidades, congressos, etc. Assim, faz-se necessário que escolhamos uma referência bibliográfica sobre questões metodológicas e, uma vez escolhida, esta deverá ser observada rigorosamente na elaboração do trabalho. Embora sabendo das divergências em relação às questões metodológicas e da necessidade de, muitas vezes, estabelecermos comparações entre os diferentes autores que tratam dessa questão, optamos por organizar o TC com base nas orientações da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), utilizada por grande parte das universidades brasileiras. Os aspectos a serem observados serão apresentados neste documento, em momento oportuno. Em relação às orientações para o TC, Guidin (2003) propõe, para reflexão, alguns tópicos que poderão nortear esse trabalho acadêmico. a. A palavra monografia corresponde, etimologicamente, a um tratado escrito (grafia) sobre um único (mono) assunto ou tema. 9 Serviço Social b. Texto monográfico obedece à estrutura e à linguagem do texto dissertativo. É, portanto, uma dissertação, ou seja, deverá convencer o leitor das propostas lá sustentadas. No caso de TC, é necessário que cada uma das análises se encaminhe para um ponto determinado e que, ao final, os alunos possam encontrar pontos em comum para atingir o objetivo analítico final, que será apresentado na conclusão do trabalho. c. Em princípio, a natureza da monografia é a mesma para os trabalhos de graduação, mestrado e doutorado. d. A diferença entre esses níveis de pesquisa estaria no grau de originalidade, abrangência, aprofundamento teórico-metodológico e enfoque analítico; com isso não se quer dizer que a pesquisa para o TC teria apenas um caráter de compilação e/ou revisão bibliográfica. É fundamental que os graduandos se posicionem criticamente frente ao material pesquisado. Victoriano; Garcia (1999) consideram importante, em um projeto de pesquisa, que ele seja escrito em sua versão preliminar e que os alunos autores organizem-se para responder às seguintes perguntas: a. O que fazer? A resposta é a delimitação do tema e do problema a ser resolvido. É importante que se restrinja o campo, pois quanto mais circunscrito estiver o objeto, melhor e com mais segurança se trabalha. Muitas vezes, essa delimitação pode ser usada como título provisório do trabalho. 10 Manual de Estágio b. Por que fazer? A resposta a esta questão é a justificativa da escolha do objeto de estudo. Nesse tópico deverão constar a definição e a delimitação do problema, a descrição bibliográfica que demonstre sua relevância enquanto objeto de estudo, suas hipóteses e sua importância para a comunidade, o que o torna um dos tópicos essenciais do projeto. c. Para quê fazer? A resposta está nos propósitos do estudo, ou seja, nos seus objetivos gerais e específicos. É fundamental que seus objetivos sejam claros, pois eles nortearão todo o trabalho metodológico que será desenvolvido. d. Como fazer? A resposta está na metodologia (métodos e técnicas) que será utilizada em seu trabalho. A metodologia é um procedimento sistemático e formal cujo objetivo é encontrar as respostas para problemas mediante o emprego de técnicas científicas que permitam descobrir novos fatos ou dados, relações ou leis em qualquer campo do conhecimento. e. Com quem fazer? A resposta a esta questão está vinculada às pesquisas que, por utilizarem recursos de estatística ou por serem pesquisas empíricas, devem selecionar uma amostra entre a população-alvo e seu estudo. f. Onde fazer? Local, campo de pesquisa, pesquisa de campo, bibliografia. Se a pesquisa exigir trabalho com amostragem, necessariamente, é preciso trabalhar com dados colhidos no campo de estudo. Isso não impede que a pesquisa bibliográfica seja executada em centros especializados ou em bibliotecas universitárias, cujas especialidades estão ligadas a áreas de conhecimento específicas. g. Com o que fazer? Recursos, custeio. Muitas das monografias apresentadas por alunos, devido ao interesse do assunto e da área específica, podem ser financiadas por órgãos de pesquisa ou pela própria universidade. h. Quando fazer? A resposta encontra-se em um cronograma, que deve descrever, mês a mês, todos os passos que o pesquisador seguirá. Além disso, o bom andamento da pesquisa requer rigor quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos pelo orientador e pela dinâmica da pesquisa. 11 Serviço Social 3.5 O QUE SIGNIFICA PENSAR CIENTIFICAMENTE? Ao afirmarmos que um TC é um trabalho acadêmico, técnico-científico, estamos, de certa forma, dizendo que esse trabalho tem características diferenciadas e que seu público- alvo encontra-se na comunidade científica. Quem avalia e atribui relevância aos trabalhos científicos são leitores acostumados a trabalhar com pesquisa e a pensar e raciocinar cientificamente. Mas o que isso significa? É dotado de comportamento científico o aluno que demonstra preocupação com a qualidade dos questionamentos que faz em relação ao foco de seu trabalho, que estabelece metas para os procedimentos de pesquisa, que não se satisfaz com conclusões do senso comum, mas está sempre em busca de explicar e analisar os dados de sua pesquisa. Comportar-se cientificamente significa ser criterioso com as conclusões, fundamentando- as em um referencial teórico ou empírico bem selecionado e pertinente ao tema. Significa, acima de tudo, “ter uma visão relativa dos fenômenos, e não absoluta, ou seja, estabelecer relações entre fenômenos e não concebê-los como fenômenos isolados de um contexto” (HUBNER, 1998). Assim, espera-se que os alunos, ao elaborarem seu TC, primem pela qualidade acadêmico- científica de seus textos, sendo criteriosos o bastante para que os resultados de seus trabalhos sejam validados na comunidade científica. Espera-se que produzam textos coerentes, isentos de julgamentos (isto é, sem o uso exagerado de adjetivos), calcados em descrições que possibilitem inferências e tomadas de posições equilibradas e fundamentadas. 12 Manual de Estágio 3.6 COMO SE ORGANIZA UM TC? O TC organiza-se a partir do seguinte modo: 3 Capa; 3 Elementos pré-textuais ou preliminares; 3 Elementos textuais; 3 Elementos pós-textuais. 3.7 ELEMENTOS QUE COMPÕEM O TC O TC organiza-se com base nos seguintes elementos: Capa Folha de rosto Folha de aprovação Folha de dedicatória Folha de agradecimentos Folha de epígrafe Sumário Lista de tabelas e gráficos Resumo Abstract Elementos pré-textuais ou preliminares Introdução Desenvolvimento Conclusão Referências bibliográficas Anexos Apêndices Índices 13 Serviço Social Elementos textuais Escolha do tema Justificativa da escolha do tema Formulação do problema Objetivos gerais e específicos Conceituação e relevância Indicação da estrutura do trabalho Exposição do tema Elementos pós-textuais Fundamentação teórica Metodologia do trabalho* Argumentação e discussão Segundo Traldi e Dias (1998:40), o capítulo da metodologia é facultativo: O capítulo da metodologia é o espaço destinado a descrever o método adotado para o desenvolvimento do trabalho. É facultativo dedicar-se um capítulo exclusivamente para esse fim, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na Introdução.Nos estudos e nas pesquisas em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho (como nos estudos que se utilizam de métodos quantitativos envolvendo amostragem ou tabulação de dados), a opção pelo destaque da metodologia em capítulo separado da Introdução dá ao trabalho uma conotação de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo. 14 Manual de Estágio Descreveremos, a seguir, cada uma das partes citadas, possibilitando aos autores do TC o exercício de rascunhar e refletir sobre os objetivos de cada uma delas. I. CAPA 3 Alto da página: nome da instituição/departamento. 3 Centro da página: título do trabalho. 3 À direita, abaixo do título: disciplina, professor, autores. 3 Rodapé da página: local/data. Exemplo: Como colocar o autor ou autores (em ordem alfabética): 3 Adriana Aparecida SILVA 3 Sebastiana ALBUQUERQUE 3 Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2,5 cm UNIP – Universidade Paulista Campus Alphaville Curso: MATEMÁTICA O USO CRÍTICO DA CALCULADORA EM DIFERENTES MOMENTOS DAS AULAS DE MATEMÁTICA Nome completo / RA 15 Serviço Social II. ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS Estes são os elementos que antecedem a introdução do trabalho e são constituídos por tudo aquilo que identifica o trabalho e orienta o leitor. FOLHA DE ROSTO Segue os mesmos procedimentos da capa, em relação às margens e distribuição do texto, com pequenas modificações: 3 Alto da página: nome do(s) autor(es). 3 Centro da página: título do trabalho. 3 À direita, abaixo do título: explicação sobre a natureza do trabalho. 3 Rodapé da página: instituição/local/data. Nome Completo O USO CRÍTICO DA CALCULADORA EM DIFERENTES MOMENTOS DAS AULAS DE MATEMÁTICA Trabalho Monográfico – Curso de Graduação – Licenciatura em Matemática, apre- sentado à comissão julgadora da UNIP -Alphaville, sob a orientação do profes- sor... São Paulo 16 Manual de Estágio 3 Margens: sup. – 3 cm; inf. – 2 cm; esq. – 3 cm; dir. – 2,5 cm. 3 Verso da página: ficha catalográfica (a ser elaborada pelo bibliotecário da institu- ição, contendo os dados bibliográficos necessários para que a obra seja catalogada na biblioteca da universidade; deve incluir palavras-chave, fornecidas pelos autores). A folha de rosto é a única da monografia na qual existe texto no verso. As demais páginas deverão conter texto em apenas em um dos lados. FOLHA DE APROVAÇÃO Essa página destina-se às observações/avaliações da banca examinadora do trabalho. Banca Examinadora _________________ _________________ _________________ 17 Serviço Social FOLHA DE DEDICATÓRIA E FOLHA DE AGRADECIMENTOS Nessas páginas, que são opcionais, o autor apresenta mensagens pessoais. Na folha de dedicatória, o autor deverá elaborar um texto curto, dedicando o trabalho a alguém. Não há uma regra para a utilização da página, no entanto, é comum encontrarmos a dedicatória à direita, da metade da folha para baixo. Normalmente, escolhe-se, para dedicar o trabalho, alguém que tenha tido uma relação direta com o autor, durante a elaboração do trabalho: um familiar, um professor etc. Já na folha de agradecimentos, o autor agradecerá àqueles que efetivamente contribuíram para a elaboração da monografia, como: professor orientador, professores envolvidos com o trabalho, agências financiadoras. FOLHA DE EPÍGRAFE Esta também é uma folha opcional. Nela, o autor da monografia apresentará um excerto de um texto de sua escolha (frase ou verso), cujo conteúdo tenha relação com o tema desenvolvido na monografia. Poderão ser escolhidas epígrafes para cada um dos capítulos da monografia, se for da preferência do autor. SUMÁRIO Aqui o autor informa aos leitores o conteúdo que será tratado na monografia. A palavra “sumário” deverá aparecer no topo da página, em letras maiúsculas, sendo seguida, dois ou três parágrafos abaixo, de todos os intertítulos contidos no trabalho. A estética da página do sumário deverá ser observada, de forma que os títulos e subtítulos apareçam destacados, estando padronizada e obedecendo a recuos da margem esquerda, também padronizados. 18 Manual de Estágio De acordo com a ABNT, a numeração em algarismos arábicos deverá ter início somente na página em que se iniciar o texto propriamente dito, contando-se, porém, as páginas que o antecedem. Essa numeração deverá aparecer no topo da página, do lado direito. Alguns autores optam por numerar, com algarismos romanos as páginas a partir do sumário até o abstract. Assim, caso o trabalho apresente todas as folhas indicadas (da folha de rosto até a folha de epígrafe), a página do sumário deverá ser numerada com o algarismo romano vi (letras minúsculas) e a página que contiver a introdução do trabalho dará início à numeração em algarismos arábicos (1, 2, 3...). SUMÁRIO Resumo..........................................3 Introdução...............................................4 Capítulo I: nome do capítulo (indicar cada uma das seções do trabalho).............................................. 8 Capítulo II: nome do capítulo (indicar cada uma das seções do trabalho)...................................................23 Capítulo III: nome do capítulo (indicar cada uma das seções do trabalho)...................................................48 19 Serviço Social LISTA DE TABELAS E GRÁFICOS Nessa página o autor apresentará uma relação das ilustrações ou explicações (abreviaturas, siglas), na ordem em que aparecem no texto, indicando a(s) página(s) de sua localização. RESUMO Esta é uma página importante do trabalho monográfico. É ela que, em um primeiro momento, convida o leitor a mergulhar no texto apresentado. Deve ser um texto conciso, com aproximadamente 300 palavras – em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento entrelinhas simples –, em que o autor apresenta uma síntese do conteúdo do trabalho, destacando os aspectos mais relevantes, a metodologia e a fundamentação teórica que deram sustentação às discussões apresentadas. O resumo visa fornecer ao leitor elementos que lhe permitam decidir sobre ler ou não o trabalho, em função da relevância para seu próprio contexto. O resumo deve ser escrito na língua em que está redigido o trabalho, organizado por meio de frases e nunca em tópicos enumerados. Após o texto do resumo, deverão aparecer as palavras-chaves sugeridas pelo autor como referência do trabalho em meio eletrônico. Segue um exemplo de resumo monográfico: RESUMO O resumo deve conter uma síntese do trabalho, enfocando os conceitos essenciais da pesquisa. Deve expor de maneira objetiva, clara e sucinta o tema, a metodologia e as con- clusões do trabalho monográfico. 20 Manual de Estágio PALAVRAS-CHAVE Neste item, devemos sintetizar por no máximo cinco palavras os conceitos mais importantes da pesquisa. Há um padrão catalogado para as palavras-chave; procure informação na biblioteca ou use as palavras-chave de artigos e trabalhos científicos lidos para o desenvolvimento deste TC. Veja alguns exemplos: ensino e aprendizagem de matemática, tecnologias no ensino, resolução de problemas em sala de aula, didática da matemática, aplicações da matemática ao ensino e aprendizagem. Palavras-chave: ensino e aprendizagem de matemática, tecnologias no ensino, resolução de problemas em sala de aula, mídia. ABSTRACT Nessa página, esteticamente igual à página do resumo, deverá aparecer uma tradução para a língua inglesa, do resumo do trabalho, seguida das key words. III. ELEMENTOS TEXTUAIS Estes são os elementos que compõem o corpo propriamente dito do Trabalho de Monografia. Podemos chamá-los de elementos nucleares, pois sem eles e sem a articulação entre eles o texto monográfico perde a vida. Cada um dos elementos tem características próprias, porém, se complementam, dando ao leitor a noção exata do caminho trilhadopelos pesquisadores sobre o tema desenvolvido. O texto deve ser escrito com fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento entre linhas de 1,5. 21 Serviço Social INTRODUÇÃO A introdução da monografia merece atenção especial do autor. Muitas vezes, ela é considerada de pouca importância, mas é exatamente nessa seção que todo o conteúdo do trabalho é apresentado ao leitor. Duas ou três páginas deverão ser reservadas para a introdução da monografia e é aí que o autor delimitará o assunto sobre o qual versará o trabalho e o justificará. Segundo Machado (2001): É preciso compreender que apresentar justificativas para um determinado trabalho de pesquisa não é simplesmente dizer o que o motivou, do ponto de vista pessoal, a fazê- lo, isto é, por que fez o trabalho (porque gostou do tema, porque viveu a experiência etc.), mas sim, dizer para quê serve o trabalho, qual é a sua relevância, tendo em vista a problemática maior em que se insere, os estudos que já foram feitos a respeito, as lacunas que esses estudos ainda deixaram, etc. Na introdução da monografia, o autor deve apresentar: 3 Em linhas gerais, o tema do trabalho, oferecendo ao leitor não somente a possi- bilidade de estabelecer relações entre esse estudo e outros de seu conhecimento, mas também a opção pela leitura do trabalho em relação aos seus interesses e contexto de atuação; 3 A delimitação do assunto, isto é, a extensão e profundidade com que o trabalho tratará o assunto escolhido; 3 Os objetivos do trabalho: gerais (relacionados ao tema – contexto macro) e específicos (relacionados ao assunto escolhido – contexto micro); 22 Manual de Estágio 3 A justificativa da escolha do tema, evidenciando sua importância para o contexto no qual se encontra inserido; vale lembrar que justificar a escolha de um tema não significa dar a ele importância incomensurável e enaltecer sua complexidade de forma exagerada, mas sim apontar como esse estudo pode ser fator contribuinte para o de- senvolvimento da área em que se encontra inserido, ainda que não se proponha a ser conclusivo; 3 Conceituação e relevância, explicitando ao leitor a fundamentação teórica que apoiará as discussões, seguida de breves enunciados sobre conceitos fundamentais discutidos e sua relevância para o estudo realizado; reserva-se a esse item, ainda, a necessidade de apresentar um resumo de artigos e/ou pesquisas cujo tema se relaciona diretamente com o estudado, estabelecendo comparações a fim de possibilitar a discussão das lacunas que os demais trabalhos ainda não preencheram; 3 Procedimentos adotados para a realização do trabalho de pesquisa e da elaboração do texto monográfico, isto é, sua organização em seções. Uma discussão relevante para a elaboração do texto monográfico diz respeito à escolha da pessoa do discurso. Embora haja práticas legitimadas sobre esse aspecto, cada vez mais, os textos da introdução de trabalhos monográficos e das seções de desenvolvimento vêm sendo escritos em primeira pessoa (eu/nós). É importante, no entanto, que esse aspecto seja discutido com o orientador do trabalho. Vale lembrar que, caso a opção seja pela linguagem científica, o autor deve redigir o texto na voz passiva: “foi observado, foi elaborado”, na terceira pessoa do singular, com o pronome se, ou por expressões como “o presente estudo”, “a presente pesquisa”. Há ainda a opção de desenvolver o texto em primeira pessoa do plural, considerando-se que o trabalho tenha sido desenvolvido pelo aluno e por seu orientador. 23 Serviço Social Ao desenvolver o texto em primeira pessoa do singular, o autor não necessariamente deve prescindir de fazer referência a outros estudos ou de posicionar-se enquanto pertencente a um grupo com determinadas convicções e posicionamentos teóricos. Carmo-Neto (1996) nos oferece algumas pistas para construirmos as justificativas de nosso trabalho: 3 Por que mais um trabalho sobre esse tema? 3 Em quê este é diferente dos outros? 3 Por que essa diferença é relevante? 3 O que meu trabalho muda no conjunto de textos sobre o mesmo assunto? 3 Por que ele deve ser lido? Por quem? 3 O que o leitor vai encontrar de interessante, de substancial e atrativo em meu trabalho? Outro lembrete importante em relação ao desenvolvimento da monografia diz respeito à apresentação do objetivo do trabalho no decorrer do texto. Muitas vezes, o autor opta por retomar o objetivo em muitos momentos do desenvolvimento do texto, correndo o risco de apresentá-lo de diferentes maneiras e, inclusive, de cair em contradições. Para que isso não ocorra, sugerimos que sempre que o objetivo do trabalho for explicitado no texto, seja destacado ou indicado a partir de uma marca gráfica, possibilitando, no momento de revisão final, comparar tais enunciados e corrigir inadequações e/ou contradições. 24 Manual de Estágio DESENVOLVIMENTO Esta é a parte mais extensa de um trabalho monográfico e também a mais importante. Estará subdividida em capítulos (que, por sua vez, se dividem em subseções), sendo que cada capítulo deverá abrir uma página nova do trabalho. Capítulos deverão ser indicados por algarismos romanos, sendo o título do capítulo escrito em letras maiúsculas; subseções deverão ser indicadas por algarismos arábicos, sendo os títulos escritos com maiúscula apenas nas letras iniciais das principais palavras. Há diferentes formas de identificação para as partes de uma monografia, apresentadas por diferentes autores. O que importa, na verdade, é que, uma vez utilizado um estilo, ele deverá ser padronizado no desenvolvimento de todo o trabalho. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Um dos itens apresentados no desenvolvimento da monografia refere-se ao arcabouço teórico, ou seja, toda a teoria na qual o trabalho está apoiado. Esse capítulo deverá ser desenvolvido em linguagem própria do autor, porém, sustentada por citações de autores que já discutiram o mesmo assunto e elaboraram teorias sobre ele. Todos os autores citados no decorrer do texto monográfico compõem, ao final do trabalho, o que denominamos Referências Bibliográficas. Em seção posterior serão apresentadas as orientações para a elaboração das referências bibliográficas. 25 Serviço Social É importante lembrar que, nos capítulos de desenvolvimento, o autor deverá explicitar, sempre que possível, a relação entre o que está sendo dito e o objetivo do trabalho. Assim, é comum retomar o tema discutido, principalmente no desenvolvimento da seção de fundamentação teórica, pelo simples fato de que a teoria ali apresentada só é significativa na medida em que se relaciona diretamente com o objetivo proposto na pesquisa. METODOLOGIA Nesse capítulo, o autor da monografia deverá descrever, em detalhes, os procedimentos utilizados nas diversas fases da pesquisa e da elaboração do texto. Procedendo dessa forma, dará oportunidade a outros pesquisadores e aos leitores do trabalho de acompanhar todos os passos e pensamentos do autor, entender sua lógica de pensamento em relação à análise dos dados e até mesmo iniciar uma nova pesquisa, com base no encaminhamento apresentado. Quando, na metodologia, o autor explicita claramente os procedimentos escolhidos para a condução da pesquisa, o leitor – mesmo que não conheça a teoria na qual o trabalho está sustentado –, é capaz de compreender os resultados de sua análise de dados. Pressupõe-se também que, quando a metodologia é apresentada de maneira clara, objetiva e detalhada, outros pesquisadores podem replicar o trabalho. Um procedimento interessante para os pesquisadores é a manutenção de um diário de pesquisa, anotando TUDO o que estiver sendo feito para chegar aos resultados da pesquisa. Frequentemente, fazemos muito mais coisas do que dizemos ter feito no capítulo de Metodologia. Por isso, notas do diário poderão ser muito úteis (MACHADO, 2001). 26 Manual de Estágio Aspectos essenciais no capítulo daMetodologia dizem respeito a: 3 Procedimentos de seleção de dados: critérios utilizados para escolher os dados a serem analisados (por que esses dados e não outros?); 3 Método(s) de análise e as categorias utilizadas. Voltamos a salientar que, segundo Traldi e Dias (1998), o capítulo da metodologia é facultativo. Assim sendo, o capítulo da Metodologia não precisa existir, desde que as informações a ele destinadas já tenham sido expostas na Introdução. No entanto, nos estudos em que a metodologia constitui parte expressiva do trabalho, o capítulo separado da Introdução dá uma conotação de melhor organização e permite revelar com mais detalhamento as técnicas e os processos empregados pelo autor para dar prosseguimento ao estudo. ARGUMENTAÇÃO E DISCUSSÃO Nesse capítulo, o autor de um texto monográfico não só exercita sua capacidade de argumentação, mas também trabalha com critérios de coerência e coesão na elaboração do texto, aspectos muito importantes para dar validade científica ao trabalho apresentado. Os dados, analisados à luz da teoria apresentada na fundamentação teórica, estarão à mercê dos argumentos do autor. Para isso, ele recorrerá a explicações, análises, esclarecimentos de ambiguidades, descrições, etc., que ofereçam ao leitor condições de compreender o encaminhamento do raciocínio na busca por comprovações do aspecto pesquisado. É importante ressaltar que discussões com base nas posições teóricas vão 27 Serviço Social requerer sempre que o autor examine posições contrárias, estabeleça confrontos, compare, fazendo uso de um processo dialógico na elaboração do texto. As análises realizadas em um trabalho monográfico deverão ser rigorosamente orientadas pelos professores orientadores de acordo com sua área de saber metodológico e acadêmico. A linha de abordagem adotada tem de estar clara para o leitor da monografia e deverá estar explicitada no capítulo de metodologia, já apresentado em seção anterior. Vale lembrar ainda que o capítulo de discussão dos resultados requer do pesquisador a habilidade de tecer uma rede de significados que perpassem as informações, os dados, as teorias apresentadas no decorrer da monografia. É o momento de assumir posicionamentos e buscar a integração teoria/prática, em direção ao objetivo proposto no início do trabalho. Esse fator é o mais relevante em se tratando de aferir os resultados da pesquisa e avaliar o seu significado para o crescimento do conhecimento científico (SEVERINO, 1997). E mais: o capítulo de discussão é, fundamentalmente, um capítulo pautado em debates e questionamentos. Assim, o pesquisador precisa estar preparado para responder aos seus próprios porquês e apresentar essas respostas com clareza, pois serão elas, quando bem fundamentadas, que farão emergir os resultados da pesquisa. CONCLUSÕES DO TC As conclusões em uma monografia, mesmo sendo a parte menos extensa, apresentam importância fundamental. Devem conter considerações e síntese a respeito das análises, apresentando aspectos convergentes e/ou divergentes observados ao longo do desenvolvimento do trabalho, além de comentários sobre sua aplicabilidade didático- pedagógica e sobre a sua contribuição da perspectiva adotada. 28 Manual de Estágio “A conclusão não é uma ideia nova, um pormenor ou apêndice que se acrescenta ao trabalho; nem tampouco um resumo dele” (GUIDIN, 2003, s.p.). O tema discutido, anunciado na introdução do trabalho e retomado em seu desenvolvimento desemboca na conclusão, de forma lógica e natural, como decorrência. É nela que proporcionamos ao leitor recapitular os passos significativos do trabalho e, para isso, faz-se necessário retomar não somente o objetivo, mas também a caminhada do trabalho. A conclusão situa o leitor em relação às partes do trabalho. É na conclusão, momento culminante da monografia, que as experiências pessoais e novas perspectivas dos autores podem vir à tona, de certo modo, resgatando os objetivos propostos inicialmente e as lacunas suscitadas na introdução. Interessante lembrar que, enquanto na introdução existe a preocupação com a delimitação do tema, nas conclusões o sentido maior está em vislumbrar novas possibilidades para tratamento desse mesmo tema. Essas possibilidades podem ser oferecidas ao leitor como sugestões para pesquisas posteriores, caracterizando, aliás, o movimento da ciência: avançar em mares pouco desbravados. Quanto às qualidades do texto referente às conclusões, é importante lembrar que suas características são: a. Brevidade: a conclusão deve ser breve e exata, concisa e convincente; b. Objetividade: a conclusão é síntese interpretativa dos elementos essenciais discutidos e analisados no transcurso da monografia; c. Personalidade: a conclusão deve apontar claramente o ponto de vista dos autores, por meio de marcas pessoais, não deixando de apresentar novas rotas para a continuidade do trabalho. 29 Serviço Social ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS Os elementos pós-textuais, também denominados elementos referenciais, compreendem a referência bibliográfica, os anexos e os apêndices, quando necessários. Estes são elementos orientadores para os leitores, que a eles recorrem sempre que, no decorrer da leitura do corpo do trabalho, houver indicações que lhes suscitem a curiosidade ou que possam auxiliar na compreensão da caminhada do pesquisador. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS A exigência, não somente em relação às monografias, mas em qualquer publicação científica, é que seja elaborada uma seção de Referências Bibliográficas. No entanto, é importante que o autor conheça a diferença entre Referências Bibliográficas e Bibliografia. Referências Bibliográficas são as obras (livros, artigos impressos ou presentes em fontes eletrônicas etc.) que foram citadas no corpo do trabalho. Isso significa que, ao fazer uso das vozes de diferentes autores, quer textualmente, quer parafraseando- os, o autor da monografia deve citá-los no corpo do trabalho e referenciá-los na seção Referências Bibliográficas. Já a Bibliografia, usada como referencial em ementas de cursos ou em textos para uso didático, inclui todas as obras lidas e estudadas pelo autor para a elaboração do texto em questão. Como as citações estão diretamente relacionadas às Referências Bibliográficas, apresentamos, a seguir, orientações para a elaboração de ambas. 30 Manual de Estágio CITAÇÕES Citações correspondem à menção, no texto, de informação colhida em outra fonte. Pode ser uma transcrição ou paráfrase, direta ou indireta, de fonte escrita, oral ou eletrônica. São elementos (partes, frases, parágrafos, etc.) retirados dos documentos pesquisados durante a leitura da documentação e que se revelam úteis para sustentar o que o autor afirma no decorrer do seu raciocínio. Citação com mais de três linhas de texto deve vir destacada como o exemplo na página anterior, com recuo apenas à esquerda (de 2,5 cm aproximadamente), sem aspas, com letra em tamanho menor do que a utilizada no texto principal, em itálico, se desejado. Atenção a como grafar um texto de um autor: Notas de rodapé: devem ser identificadas como referências bibliográficas parciais, a serem completadas na bibliografia final. Deve-se inserir nelas considerações ou informações complementares que, se feitas no texto principal, poderiam prejudicar a sequência lógica do texto; inserir nelas tradução (com indicação “tradução minha”) ou versão original de alguma citação traduzida no texto. 31 Serviço Social Citação de anotações de aula ou comunicações pessoais: devem ser indicadas com o último sobrenome do autor e, entre parênteses, a expressão comunicação pessoal. Observe alguns exemplos de referências bibliográficas: UM AUTOR GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002. MARSICK, V. Factors that affect the epistemology of group learning: a research-based analysis. Disponível em: <http://newprairiepress.org/cgiviewcontent.cgi?article=1958&context=aerc >. Acesso em: 26 abr. 2017. DOIS AUTORES FULLAN, M.; HARGREAVES, A. A escola como organização aprendente: buscando uma educação de qualidade. 2. ed. Tradução de Regina Garcez. Porto Alegre: Artmed, 2000. ORELLANA, M. F.; BOWMAN, P. Cultural diversity research on learning and development: conceptual, methodological, and strategic considerations. In: American Educational Research Association. v. 32, n. 5, p. 26-32, June/July 2003. TRÊS AUTORES PASSOS, L. M. M; FONSECA, A; CHAVES, M. Alegria de saber: matemática, segunda série, 2, primeiro grau: livro do professor. São Paulo: Scipione, 1995. 136 p. 32 Manual de Estágio MAIS DE TRÊS AUTORES FREITAS, M. T.; SOUZA, S. J. e; KRAMER, S. (Org.) Ciências Humanas e pesquisa: leituras de Mikhail Bakhtin. São Paulo: Cortez, 2003. v. 107. p.35-39 (Coleção Questões da Nossa Época). 3 Obra pertencente a coleção, indicada entre parênteses; indicação de volume e páginas consultadas; 3 Fonte eletrônica com indicação da data da consulta; 3 Indicação de autor cujo artigo ou capítulo está inserido em uma obra organizada por outro autor ou em revista – usar In seguido de dois-pontos. ANEXOS E APÊNDICES Anexos são documentos complementares à monografia, que esclarecem os conteúdos nela tratados. Aos anexos pertencem, por exemplo, às transcrições (na íntegra) de dados coletados, documentos, leis, pareceres, etc. utilizados como suporte às discussões, e que prejudicariam a estética do trabalho caso fossem inseridos em seu corpo. Anexos são necessários, na maioria das vezes, para que os leitores do trabalho busquem a melhor compreensão das interpretações e conclusões do autor. Em geral, são ordenados a partir de um critério lógico, por exemplo, sequenciados por data de utilização no trabalho, e aparecem numerados ou são indicados por letras (Anexo 1 ou Anexo A). Essas denominações permitem que, ao fazer referência ao seu conteúdo no corpo do trabalho, o autor da monografia apresente a indicação de onde se encontra o trecho, na íntegra. Exemplificando: “Conforme comentado no capítulo anterior, os dados referentes ao participante André (Anexo 5) foram coletados em seu ambiente de trabalho”. 33 Serviço Social Os anexos aparecem, geralmente, após as referências bibliográficas. No entanto, há controvérsias a esse respeito e muitos autores preferem inserir anexos antes das referências bibliográficas para que a numeração de suas páginas siga a numeração do próprio trabalho. Já os apêndices caracterizam-se por serem materiais produzidos pelo próprio autor da monografia. Fazem parte deles: as etapas com fotos de elaboração do jogo ou material didático (caso seja essa a sua escolha de modalidade de TC), exemplos de exercícios que apoiam como usar o material didático desenvolvido, fichas e materiais preparados para produção de jogo ou material didático, fichas e materiais preparados para coletar dados em entrevistas, questionários utilizados na coleta de dados, tabelas elaboradas para sustentar discussões, trechos da análise dos dados. ÍNDICES Pouco utilizados nas monografias (que optam por apresentar, no início, um sumário com as indicações de assuntos e páginas), os índices, quando utilizados ao final da obra, têm objetivos diversos. Eles podem apresentar: uma lista de assuntos (índice denominado sistemático); lista de termos referidos (índice remissivo); lista de todos os nomes próprios presentes (índice onomástico); lista de lugares (índice toponímico); lista de citações bíblicas (índice escriturário). 4. A LINGUAGEM DA MONOGRAFIA Considerando-se as diferentes partes que compõem o texto monográfico, é importante ressaltar que a linguagem se presentifica de diferentes e bem marcadas formas, influenciando na qualidade e validade do texto construído. É possível perceber que a linguagem caminha por diferentes tipos de discurso, com marcas ora expositivas, ora narrativas, percorrendo a descrição, a análise e a crítica (BRANDÃO, 2001), caracterizando essas partes da monografia. 34 Manual de Estágio 4.1 LINGUAGEM EXPOSITIVA A linguagem expositiva caracteriza-se, nas monografias, pelo discurso teórico presente tanto na introdução quanto na fundamentação teórica. A exposição exige que o autor seja objetivo, que apresente os conceitos teóricos relevantes ao trabalho, atribuindo a ele próprio ou a outros autores a responsabilidade enunciativa. Segundo Brandão (2001, p. 30), Essa função “objetiva” não impede, entretanto, que seja permeada de elementos analíticos, argumentativos ou críticos. Em verdade, a participação do pesquisador se concretiza – o que não é pouco – desde a seleção do material, isto é, quando faz os recortes teóricos, criativos ou críticos incorporados em seu texto e no modo como distingue esses dados “objetivos” das suas próprias interpretações sobre eles. Embora, rigorosamente falando, não exista em estado “puro”, podemos chamar de “objetiva” aquela linguagem que procura apreender os fatos ou outra linguagem em seus próprios elementos constitutivos, independentes de interpretação do pesquisador e, “subjetiva” aquela linguagem que expressa reflexões pessoais, opiniões ou propostas do pesquisador, devidamente fundamentadas, e não confundidas com afirmações que apenas denunciam reações afetivas de agrado ou desagrado. 4.2 LINGUAGEM DESCRITIVA A linguagem descritiva caracteriza-se, nas monografias, pelos relatos fortemente presentes na metodologia. Nesse capítulo, o autor é convidado a detalhar os fatos relacionados ao contexto de pesquisa e a todos os procedimentos que vão desde a escolha do corpus para estudo, e/ou coleta de dados, aos critérios escolhidos para análise. A linguagem descritiva pressupõe a ausência de julgamentos e juízos de valor por parte do autor. 35 Serviço Social 4.3 LINGUAGEM ANALÍTICA A linguagem analítica caracteriza-se, nas monografias, pelo uso da explicação e da argumentação. Nesse sentido, faz uso de relações lógicas entre os elementos que se encontram explícitos no texto e aqueles implícitos, mas provocadores de sentido em relação ao objetivo da monografia. É possível dizer que a linguagem analítica se presentifica com maior intensidade no capítulo de discussão e argumentação, no qual são discutidos e sustentados os pontos de vista do autor do trabalho à luz dos fundamentos teóricos selecionados. 4.4 LINGUAGEM CRÍTICA A linguagem crítica caracteriza-se, nas monografias, pela emissão de opiniões e conclusões do autor, após o exaustivo questionamento a que submeteu os dados coletados ou o corpus de análise. Segundo Brandão (2001, p. 31), É pela linguagem crítica que o estudioso pode efetivamente contribuir para o avanço das ideias em relação a determinado campo do saber, apresentando reflexões originais, nascidas seja de novos enquadramentos a partir dos elementos já conhecidos, seja aprofundando ou ampliando os referenciais de pesquisa para aspectos ou setores ainda não considerados. ESPECIFICAÇÃO DO CORPUS Entende-se por corpus a delimitação do universo a ser estudado, isto é, objeto sobre o qual o pesquisador irá deter-se: textos, fragmentos, etc. Observe os itens a seguir: 36 Manual de Estágio Corpora 3 A escolha do corpus depende do fato que se pretende estudar. 3 Um corpus precisa ser representativo em relação ao fato escolhido, ou seja, não se pode desejar estudar a matemática dos habitantes de uma determinada comunidade indígena no interior de São Paulo tendo como corpus apenas a gravação da conversa ou a produção de uma cesta feita por duas pessoas de uma mesma família, pois isso não permitiria perceber como eles são influenciados pela matemática de outros habitantes da comunidade. 3 Todo corpus contém fatos marginais, ou seja, aqueles que contêm erros, incoerên- cias, jogos de palavras, etc., que deverão ser criticados pelo pesquisador em sua análise. MATERIAIS CONSTRUÍDOS 3 São aqueles elaboradospor informantes. Os materiais construídos ultrapassam os limites do corpus, pois dependem dos informantes. No entanto, podem apresentar ar- madilhas para o pesquisador, ou seja, o informante pode descartar enunciados signifi- cativos ou apresentar enunciados complexos demais (que fogem ao que se propôs o pesquisador); ou ainda entender as normas ou regras do trabalho de diferentes formas, interferindo nas informações ou enunciados que produz. 3 Materiais construídos não dependem da situação real e focalizam apenas o fato matemático que está sendo analisado. 37 Serviço Social 5. ENTREGA E AVALIAÇÃO DO TC Respeitar o cronograma de postagem disponibilizado na disciplina Trabalho de Curso. Avaliação De modo geral, a nota do TC deve levar em consideração: a) Elaboração: cumprimento do cronograma, disciplina do aluno na elaboração da pesquisa, desenvolvimento das etapas, assiduidade etc. Nota atribuída pelo professor de TC. b) Conteúdo: apresentação, pertinência dos textos escolhidos, qualidade da análise e da redação do trabalho, clareza e objetividade, tanto do TC quanto das questões da banca. 6. ELABORAÇÃO DO ARTIGO CIENTÍFICO 1. O presente Regulamento normatiza as atividades de pesquisa orientada e também o trabalho de artigo científico dela resultante, requisito indispensável para a aprovação na disciplina, conforme a especificidade de cada curso da UNIP. 2. A produção do artigo científico visa desenvolver no acadêmico a capacidade de um estudo teórico-reflexivo a partir de atividades de pesquisa, sua análise e procedimentos metodológicos, organizados de forma técnica adequada às normas de produção de um trabalho científico. 3. O artigo, que consiste em trabalho científico de pesquisa orientada individual, compreende a elaboração do pré-projeto e da versão definitiva do trabalho, mantendo paridade entre os temas e a área de concentração escolhida. 4. A produção científica objetiva oportunizar aos alunos dos cursos de graduação (bacharelado ou licenciatura) uma ocasião de demonstrar o grau de habilitação adquirido, o aprofundamento temático, o estímulo à produção teórica, à consulta de bibliografia especializada, segundo as normas formais de metodologia científica e o aprimoramento da capacidade de interpretação e análise de dados. 38 Manual de Estágio 5. O pré-projeto do artigo será elaborado de acordo com as normas, fases e cronograma estabelecidos na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso I ou equivalente, compondo nota como parte de aprovação nesta disciplina. 6. A elaboração do pré-projeto e do artigo deverá adotar as regras da ABNT, adaptadas segundo orientação recebida nas disciplinas: Metodologia do Trabalho Acadêmico, Métodos de Pesquisa e outras afins e determinações das Normas Metodológicas para elaboração do trabalho final. 6.1. O trabalho de conclusão de curso deverá ser elaborado conforme as determinações das Normas Metodológicas para elaboração de Artigo Científico, NBR-6022, disponível no site da UNIP. 7. O trabalho deverá conter no mínimo 15 (quinze) e no máximo 25 (vinte e cinco) páginas, excluindo-se a capa e as referências bibliográficas (fora desse padrão, o trabalho somente será aceito com anuência do professor orientador). 8. O professor orientador será indicado pela coordenação do curso, devendo o trabalho ser orientado por docente mestre ou doutor, preferencialmente entre aqueles que ministram ou ministrarão aulas no curso. 7. PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO EM ATIVIDADE DE TC Levando-se em conta que uma pesquisa pode ser realizada também a partir da elaboração e do uso de materiais didáticos, é preciso observar alguns itens importantes relacionados ao modo como os materiais devem ser produzidos. O primeiro deles diz respeito ao plano geral do texto, ou seja, antes de iniciar a elaboração do material didático, o autor deve destacar os seguintes dados: 39 Serviço Social Para quem o material será escrito? Detalhes socioculturais em relação ao público-alvo e ao contexto de uso são imprescindíveis para que se produza um material coerente com as necessidades destacadas na pesquisa. O que será contemplado no material? A escolha do assunto/tema principal a ser explorado no material deverá ser condizente com a realidade pesquisada e, também, com o objetivo de aprendizagem proposto. Qual o objetivo de aprendizagem? O objetivo de aprendizagem deve ser elaborado antes do início da escrita do material, indicando claramente o que se pretende alcançar ao final da atividade com o referido material. A escolha dos objetivos está diretamente relacionada às capacidades e competências que se deseja desenvolver nos alunos ao longo do uso do material. Vale destacar o que diz Leffa sobre a escolha de verbos para indicar objetivos dos materiais para o ensino: Os objetivos podem ser gerais ou específicos. Objetivos gerais são elaborados para períodos maiores de aprendizagem, como o planejamento de um curso; os objetivos específicos para períodos menores, envolvendo, por exemplo, uma aula ou atividade. Ambos devem começar com um verbo que descreva o comportamento final desejado para o aluno. Para os objetivos gerais usam-se geralmente verbos que denotam comportamentos não diretamente observáveis. Entre esses verbos, os seguintes têm sido usados com mais frequência: saber, compreender, interpretar, aplicar, analisar, integrar, julgar, aceitar, apreciar, criar, etc. 40 Manual de Estágio Para os objetivos específicos, usam-se verbos de ação, envolvendo comportamentos que podem ser diretamente observados. Entre eles, destacam-se: identificar, definir, nomear, relacionar, destacar, afirmar, distinguir, escrever, recitar, selecionar, combinar, localizar, usar, responder, detectar, etc. Verbos que denotam processo – aprender, desenvolver, memorizar, adquirir etc. – não podem ser usados para elaborar objetivos educacionais; eles não descrevem o resultado da aprendizagem (LEFFA, 2003, p.17-8). Como os materiais serão elaborados? É importante lembrar-se de que, no momento de decidir como serão elaboradas as atividades propostas no material didático, o autor precisa ter clareza quanto à fundamentação teórica necessária para se alcançar o objetivo proposto para o material. Exemplificando: não é possível um autor preparar uma atividade para o ensino de trigonometria se ele próprio não tem conhecimentos teóricos que sustentem as discussões sobre trigonometria propostos no material que organiza; não é possível preparar uma atividade para o ensino de geometria espacial por meio de pacotes computacionais livres se o próprio autor não conhece as bases e fundamentos da teoria sobre geometria espacial por meio de pacotes computacionais livres. 41 Serviço Social Ainda em relação ao modo de elaborar os materiais didáticos, vale destacar os seguintes aspectos: 1. Quais materiais de suporte serão utilizados na preparação do material didático? A escolha de jornais, revistas, imagens, textos midiáticos, computador, busca na internet, situações do cotidiano etc. pode ajudar na elaboração do material didático, favorecendo a relação aprendizagem/leitura de conteúdo – aprendizagem/leitura de mundo. 2. Quais atividades para despertar os conhecimentos prévios serão utilizadas na preparação do material? Uma vez determinado o conteúdo a ser aprendido com a realização da atividade, é importante que o autor a inicie oferecendo ao aluno possibilidades de retomada de seus conhecimentos prévios para propor sua relação com o conteúdo a ser aprendido. Ressalta-se também a importância do trabalho com significados de conceitos matemáticos nos materiais didáticos. Quanto mais um autor recorre à diversidade de pesquisa de fontes para compor um material didático, mais eficazmente proporcionará aos alunos o estabelecimento de relações entre os conhecimentos que já possuem e os novos conhecimentos a serem internalizados. 3. Como ordenar as atividadesdo material didático elaborado? A ordenação das atividades depende dos objetivos de aprendizagem, mas é importante que elas sejam oferecidas de acordo com as competências que se deseja desenvolver, oferecendo aos estudantes condições para resolvê-las. 42 Manual de Estágio 4. Como deve ser a linguagem de um material didático? A escolha da linguagem dependerá, sempre, do contexto para o qual o material está sendo produzido. Embora o modo impessoal de uso dos verbos seja o mais indicado, vale observar, exemplificando, que se o material está sendo produzido para jovens do ensino fundamental II ou para adolescente do ensino médio, essa forma verbal pode distanciá-las dos objetivos propostos, não causando envolvimento do jovem com o texto apresentado. Em outras palavras, todo material didático preparado para o aprendizado deve fazer uso de uma linguagem dialógica, tal que o aluno se sinta convidado a “participar” do que está proposto. Atrelada a essa questão da linguagem está também a necessidade de se utilizar clareza e objetividade, por meio de termos que possam ser reconhecidos pelos estudantes ou que, no mínimo, seja possível a eles procurarem seu significado. 5. Como deve ser o posicionamento do autor? Embora saibamos da não neutralidade da linguagem – e, portanto, da sempre presente ideologia do autor em qualquer texto –, é importante que pontos de vista autorais não sejam explicitados nos materiais didáticos, pois afetariam a produção de significados por parte dos alunos. Também é importante para o aluno perceber como o autor recorreu a fontes externas no momento da produção do material e isso implica citar fontes em todas as atividades que fazem uso de textos de outros autores, textos midiáticos, imagens etc. 43 Serviço Social 6. Como deve ser a organização do material didático? Aqui estamos nos referindo às questões estéticas do material: distribuição clara no suporte, seja ele papel, cartolina ou qualquer outro, como o computador, mural etc., de modo a não causar confusões para o aluno no momento de trabalho. Nesse sentido, vale destacar: a economia de espaço em qualquer tipo de suporte escolhido pode causar um distanciamento do aluno em relação ao objetivo de aprendizagem proposto. É importante lembrar-se sempre de que há alunos que aprendem mais por meio de estratégias visuais, outros por meio de estratégias gráficas ou, ainda, outros por meio de estratégias corporais, que implicam se movimentar, indicativos fortes para que produzamos materiais didáticos orientados à diversidade. O material didático ou recurso educacional pode ser: um produto educacional (a criação de um jogo ou conjunto de atividades didáticas inéditas usando as novas Tecnologias da Informação e Comunicação – TIC). Portanto, pode-se elaborar um material impresso ou virtual com o objetivo de apoio pedagógico para os jogos ou para as sequências didáticas apoiadas em novas tecnologias da informação e comunicação. A produção/atividade tem de ser acompanhada de embasamento metodológico e matemático e de revisão da literatura e reflexão teórica sobre jogos e/ou sobre o uso das TICs na educação. 44 Manual de Estágio Escolher o tipo de material a ser elaborado não é uma ação fácil, pois dependerá do objetivo, da proposta pedagógica, do público destinado, das condições que você terá para executá-lo e da análise da utilidade do material no processo de ensino-aprendizagem. Para elaboração de jogos e sequências didáticas apoiadas nas TICs, é necessário ter consciência de sua importância para a aprendizagem de um determinado tema envolvendo a educação matemática. Eles fazem parte da prática cultural das sociedades por toda parte do mundo e em diferentes épocas da história, constituindo um elemento importante no processo de desenvolvimento. A elaboração de material pedagógico requer pesquisa e disciplina por parte do pesquisador ou do autor. É muito importante que o professor ou quem elaborou o material faça um teste antes de apresentá-lo aos estudantes, visando evitar que possíveis surpresas possam atrapalhar o seu desenvolvimento, observando se todo o processo está de acordo com o planejado e se ele atenderá, de fato, ao objetivo proposto. É importante ressaltar a necessidade dos professores buscarem constantemente materiais de apoio e estratégias diferentes para o desenvolvimento das competências e das habilidades de seus alunos. Os jogos podem complementar os conteúdos previamente desenvolvidos ou dão base para um novo conteúdo, conforme a faixa etária ou o objetivo que se pretende atingir. O jogo deve ser utilizado como uma ferramenta de apoio à prática pedagógica, possibilitando que o aluno desenvolva a criatividade, a reflexão e a autoestima. 8. CRONOGRAMA DE TRABALHO TC – MONOGRAFIA O cronograma de desenvolvimento e postagem do TC estará disponível no AVA e é importante que você respeite tanto as datas quanto o conteúdo previsto para a etapa de postagem. Vale destacar que a cada nova postagem você deve incluir as correções e indicações de rumos propostas pelo professor orientador. Salientamos também que não serão aprovados trabalhos de última hora, com apenas uma postagem. Uma vez que o trabalho de curso é uma atividade orientada. 45 Serviço Social 9. PRINCIPAIS CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO FINAL DO TC Apresentamos a seguir os principais critérios usados como referência para a avaliação final do TC. 3 aspectos relativos ao processo de orientação (participação, interesse, cumprimen- to das etapas, respeito ao cronograma de orientação), bem como a participação nas atividades programadas; 3 apresentação do trabalho dentro dos requisitos recomendados pelo orientador; 3 qualidade e pertinência de informações e dados utilizados na análise das questões tratadas; 3 capacidade de articulação dos argumentos para demonstrar as ideias; 3 apresentação gráfica do texto e das imagens apresentadas, indicação correta das fontes de dados e das referências bibliográficas consultadas; 3 capacidade de articulação dos argumentos para demonstrar as ideias; 3 qualidade ortográfica e gramatical da redação, utilização de linguagem clara e con- cisa, além de terminologia adequada ao tema escolhido; 3 qualidade didática-pedagógica e de conteúdo do material produzido; 3 conhecimento consolidado sobre o tema escolhido; 3 banca; 3 consistência das respostas do discente às arguições; 46 Manual de Estágio ATENÇÃO: 1. Material no qual for constatada a presença de plágio será reprovado. 2. Respeitando o calendário previamente estabelecido para o atual semestre letivo, os alunos deverão postar sua monografia completa. 10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS (DESTE MANUAL) ANDRADE, M. M. de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação: noções práticas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999. BRANDÃO, R. de O. Elementos de metodologia em nível de pós-graduação: áreas de Letras. São Paulo: Humanitás; FFLCH/USP, 2001. CARMO-NETO, D. Metodologia científica para principiantes. 3. ed. Salvador: Universitária Americana, 1996. DIAS, R.; TRALDI, M. C. Monografia passo a passo. Campinas; São Paulo: Alínea, 1998. D’ONOFRIO, S. Metodologia do trabalho intelectual. São Paulo: Atlas, 1999. ECO, U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989. GARCIA, O. M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: FGV, 1977. GUIDIN, M. L. Di R. Manual de TCC – UNIP. São Paulo: Sol, 2003. HUBNER, M. M. Guia para elaboração de monografias e projetos de dissertação de mestrado e doutorado. São Paulo: Mackenzie, 1998. LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991. LEFFA, V. J. Como produzir materiais para o ensino de línguas. [s.d.]. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/prod_mat.pdf> Acesso em: 28 jun. 2013. MACHADO, A. R. (Notas de aula). Gênero Tese. São Paulo: LAEL – PUC-SP, 2001. MEDEIROS, J. B. Redação científica. São Paulo: Atlas, 1996.47 Serviço Social MOISÉS, M. Literatura: mundo e forma. São Paulo: Cultrix, 1982. SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1995. SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 1997. SPINA, S. Normas gerais para trabalho de grau. São Paulo: Fernando Pessoa, 1974. VICTORIANO, B. A. D.; GARCIA, C. C. Produzindo monografia. São Paulo: Publisher Brasil, 1999. VOCABULÁRIO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA. 2. ed. Rio de Janeiro: ABL/ Block/Imprensa Nacional, 1998. 11. ANEXO 1 – REGULAMENTO PARA ELABORAÇÃO DA MONOGRAFIA Instruções básicas: O trabalho será realizado individualmente ou em grupos de até dois acadêmicos, com orientação do professor responsável. O orientador deverá estar em concordância com o tema escolhido, que deve estar entre as temáticas propostas pelo curso, sendo elas: 3 Educação Matemática crítica; 3 Educação Matemática e cidadania; 3 Educação Matemática e formação de professores; 3 Educação Matemática, interdisciplinaridade e temas afins; 3 Educação Matemática e tecnologia; 3 Ensino de Estatística; 3 História e Filosofia da Matemática; 3 História e Sociologia da Educação Matemática; 3 Matemática aplicada ao Ensino Fundamental e Médio; 3 Tecnologias da Comunicação e Informação aplicadas à Educação Matemática; 3 Tópicos de Matemática. 48 Manual de Estágio No caso de possíveis publicações – artigos ou anais de congresso – o trabalho deverá ser encaminhado com o aval do orientador, constando o nome dos alunos, do professor e da Universidade. O trabalho deverá ser entregue em capa dura na cor preta, no presencial, e postado no AVA na modalidade a distância em prazo determinado pela coordenação, recebendo nota após avaliação. O trabalho será apresentado em data previamente agendada pela coordenação do curso, na forma de pôster, com avaliação dos professores presentes no dia. 12. ANEXO 2 – MODELO PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE JOGOS NOME COMPLETO – RA NOME COMPLETO – RA (O QUE ESTÁ EM VERMELHO DEVERÁ SER PREENCHIDO COM OS DADOS DO ALUNO E DA TEMÁTICA SELECIONADA) Jogos Matemáticos: uso de dobraduras e gravuras em aulas de Geometria do sétimo ano do Ensino Fundamental Projeto de Pesquisa apresentado à Universidade Paulista – UNIP – Polo XXXXXX (XX) – Curso de Matemática, como requisito para elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso. CIDADE ANO Trabalho de curso: Nome do trabalho XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 1. Introdução É a apresentação do tema. O aluno deve contar como chegou a desejar trabalhar com este tema ou construir o material didático ou jogo – quais as motivações. Sugerimos que escreva entre dois e três parágrafos a respeito do assunto a ser pesquisado, jogo ou material a ser apresentado. 2. Objetivos Aqui, deve-se começar de forma direta, anunciando para o leitor/avaliador quais são os objetivos da pesquisa, do jogo ou do material didático: “O objetivo deste Trabalho de Curso é...”; “Pretende-se ao longo da pesquisa verificar a relação existente entre...”; “Este trabalho enfocará...”; “O jogo ou o material didático visa...” são algumas das formas às quais é possível recorrer. Se na Introdução era apresentado o tema, jogo ou material a ser construído, no capítulo Objetivos a pergunta-chave é “o que se pretende pesquisar?” ou “para que e como usar o jogo ou material didático?” Quem for construir um jogo deve apresentar aqui as regras de como jogar e a quais conteúdos matemáticos este pode ser relacionado. Os exemplos de como se joga devem vir no subitem procedimentos do item Metodologia e procedimentos. Quem for construir outro tipo de material didático deve apresentar aqui os conteúdos matemáticos que podem ser explorados com o material e sugestão de como fazê-lo. Devem-se indicar também a quais conteúdos matemáticos este está relacionado. As explicações do uso do material devem estar no subitem procedimentos do item Metodologia e procedimentos. 3. Justificativa A justificativa deve descrever o porquê e/ou importância de se pesquisar este tema, construir o jogo ou material didático. Também sugerimos que sejam escritos entre dois e três parágrafos apresentando os argumentos e motivos para o seu trabalho ser realizado. 4. Metodologia e procedimentos Este é o espaço para informar como se pretende realizar a pesquisa na prática. O primeiro item – Metodologia – refere-se a como será feita a obtenção dos dados necessários. Por exemplo: um pesquisador em Educação que queira estudar “A aprendizagem de matemática por crianças que vivem em acampamentos de sem-terra” deverá explicitar como pretende recolher os dados de sua pesquisa. Pode ser que julgue necessário assistir às aulas ministradas em um acampamento; pode considerar necessário conversar com a professora que dá as aulas; ler o que já foi escrito sobre o assunto etc. Tudo isso deverá ser descrito como Metodologia. Quem for trabalhar com construção de jogo ou material didático deve, nesse item, deixar claro como se constrói e/ou monta o jogo ou o materiral didático. Tal procedimento deve ser ilustrado com fotos da equipe construindo o jogo ou material didático. O segundo item – Procedimentos – deve explicar como se pretende recolher e reter estes dados obtidos. No exemplo usado acima: o pesquisador pode querer filmar as aulas, gravar as conversas, escrever um diário de pesquisa etc. Novamente, entre dois e três parágrafos, descrevendo a respeito dos procedimentos a serem tomados. Quem for construir um jogo ou um material didático deve apresentar aqui o passo a passo para que outra pessoa (professor ou aluno do Ensino Fundamental e Médio) possa construir um jogo ou material didático igual. Quem for construir um jogo deve apresentar aqui as suas regras. Todas as peças (tabuleiro, cartas ou partes) devem ser fotografadas e apresentadas neste item. Quem for construir o material didático deve apresentar aqui um resumo do conteúdo matemático a ser explorado na manipulação do material. 5. Referenciais teóricos (Este é, geralmente, o ponto que apresenta maior dificuldade para os iniciantes em pesquisa e que será revisto e redirecionado no momento de se elaborar o projeto final). Deve indicar como se pretende analisar os dados encontrados. Eles serão trabalhados à luz de qual autor, de qual linha de pensamento, de qual proposta de estudo? Deve-se ter referências de pensadores que já se dedicaram ao tema para se poder adicionar dados novos, rebater ou reforçar o que tinha sido defendido anteriormente. Quem optou por trabalhar com jogos ou materiais didáticos deve trazer neste item alguma referência de leitura feita sobre este tema. Existem pesquisadores que já se dedicaram em discutir o tema e apresentaram as reflexões deles; você deve redigir seu posicionamento (concorcando ou discordando) da postura dos autores que você leu. 6. Referências Devem ser listadas as referências bibliográficas utilizadas para escrever o Trabalho de Curso. Atenção: para quem construir jogo ou material didático na data final da Postagem do TC. Um jogo completo, pronto para uso e com suas regras deverá ser entregue no polo; ou um conjunto completo – com o material completo, forma de uso e resumo do conteúdo matemático – deve ser entregue ao polo.
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