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Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato DEFINIÇÃO -É a doença articular crônica mais comum e sua prevalência tem crescido devido ao aumento da expectativa de vida. É uma das causas mais comum de falta no trabalho→ problema de saúde pública. - Não é considerada uma doença degenerativa→ há aumento considerável do metabolismo articular em resposta a uma agressão a cartilagem→ Desequilíbrio degradação- reparação. - É uma insuficiência cartilaginosa decorrente de fatores mecânicos, genéticos, hormonais, ósseos e metabólicos→levam a uma degradação do tecido cartilaginoso. Geralmente é um processo silencioso. EPIDEMIO - A incidência e prevalência de (OA) dependem da definição usada, como sintomática, radiográfica, autorreferida ou diagnosticada pelo médico. - prevalência de OA sintomática tendem a ser menores do que a OA radiográfica, pois sua presença é definida por uma combinação de sintomas como dor e rigidez, além de características radiográficas -Incidência= joelho e quadril→ 199 casos por 100.000. Taxas de incidência variam de acordo com as regiões→ 347 novos casos por 100.000 em áreas de alta renda, em comparação com 256 por 100.000 na Europa Central e 91 por 100.000 na África Subsaariana. Incidência aumenta com a idade, é maior em mulheres→ As taxas de incidência de OA sintomática de mãos, quadril e joelho aumentam rapidamente por volta dos 50 anos de idade e estabilizam após os 70 - Uma estimativa do risco ao longo da vida de desenvolver OA sintomática do joelho foi de 40% nos homens e 47% nas mulheres. -Prevalência= 240 milhões de pessoas são afetadas pela AO. A prevalência de OA aumenta com a idade, com pouco menos de 10% dos homens e 18 % das mulheres com idade acima de 60 anos relatando OA sintomática. -Locais: joelhos (prevalência de ao sintomática de 3,8%, sendo maior em mulheres); quadril (menos comum que de joelho ou mao, tem prev de 0,85% em adultos com mais de 18 anos, aumenta coma idade e a radiográfica é mais comum); mão (prev sintomática 8%, prev radiográfica 80%); coluna (variável). FR -Idade= após os 50 anos. Mecanismo→ sarcopenia, perda de propriocepção e frouxidão articular que podem afetar a função articular e predispor a lesão + perda da estrutura óssea normal, aumento da rigidez dos ligamentos e tendões e degeneração meniscal. As alterações do envelhecimento na articulação que contribuem para a OA podem ser divididas em envelhecimento da matriz extracelular e envelhecimento celular. Mudanças na matriz incluem afinamento da cartilagem articular com a idade, hidratação reduzida e um acúmulo de proteínas contendo produtos finais de glicação avançada (AGEs)→ causam aumento da reticulação do colágeno, resultando em propriedades biomecânicas alteradas, caracterizadas por aumento da "fragilidade. Alterações celulares= disfunção mitocondrial relacionada ao estresse oxidativo e danos ao DNA mitocondrial, resposta reduzida à estimulação do fator de crescimento anabólico, incluindo fator de crescimento semelhante à insulina (IGF) -1 e fator de crescimento transformador (TGF) -beta, senescência celular que resulta na senescência associada à senescência fenótipo secretor, e uma redução no processo denominado autofagia que é um mecanismo protetor responsável pela degradação e remoção de constituintes celulares danificados [ 34] Essas alterações celulares contribuem para um desequilíbrio entre a Osteoartrose https://www.uptodate.com/contents/pathogenesis-of-osteoarthritis/abstract/34 Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato atividade anabólica mediada por fatores de crescimento, necessária para produzir e reparar a matriz danificada, e a atividade catabólica mediada por mediadores pró-inflamatórios e proteases que promovem a destruição do tecido articular. -GÊNERO= maior em mulheres após a menopausa (mãos e joelhos). -Genética= pelo menos 30 % do risco de OA esteja geneticamente relacionado, com fatores genéticos sendo tipicamente mais fortes para OA de mão e quadril em comparação com OA de joelho. Embora a genética desempenhe um papel significativo, nenhum gene está envolvido no desenvolvimento da OA. Muitos genes podem desempenhar um papel no início da doença, o que pode fornecer alvos para futuros tratamentos farmacológicos (por exemplo, genes codificados para o receptor de vitamina D, fator de crescimento semelhante à insulina 1, colágeno tipo II, fator de diferenciação de crescimento 5). mutações raras no colágeno tipo II, IX ou XI, que são colágenos estruturais encontrados na cartilagem articular, resultam em OA prematura que pode começar já na adolescência, resultando em uma forma destrutiva grave de artrite que afeta múltiplas articulações -Lesão articular= lesão do LCA esta associada a AO de joelho precoce→ 5% dos novos casos de OA do joelho estão relacionados a uma lesão anterior no joelho; assim, evitar lesões no joelho sempre que possível poderia prevenir 5 por cento dos novos casos -Fatores anatômicos= formato e alinhamento da articulação, principalmente nas articulações do joelho e quadril. o desalinhamento da articulação do joelho é um fator de risco independente para a progressão da OA do joelho. Em um estudo observacional prospectivo, a progressão medial da OA do joelho foi quatro vezes maior em pacientes com alinhamento em varo e a progressão lateral da OA foi cinco vezes maior naqueles com alinhamento em valgo. Alterações na forma da articulação do quadril, como impacto femoroacetabular (FAI) e displasia grave do desenvolvimento do quadril (DDQ), têm sido associadas ao alto risco de OA de início precoce do quadril, sendo o FAI a mais prevalente dessas alterações de forma. -Obesidade= representa um dos fatores de risco mais importantes para a incidência e progressão da OA nas articulações de apoio, como joelho e quadril, e também na mão. O aumento de peso foi associado a danos precoces à cartilagem articular identificados por ressonância magnética bem antes do desenvolvimento dos sintomas, sugerindo uma causa entre obesidade e OA. O efeito da obesidade na OA é provavelmente multifatorial→ aumento da carga na articulação, diminuição da força muscular e alteração da biomecânica + é caracterizada por um estado inflamatório de baixo grau, que exerce efeitos no tecido articular, incluindo cartilagem, sinóvia e osso. Indivíduos com IMC> 30 kg / m 2 tinham 6,8 vezes mais probabilidade de desenvolver OA de joelho do que controles com peso norma. A perda de peso na OA pode proporcionar melhorias clinicamente significativas na dor e atrasar a progressão do dano estrutural da articulação. Os macrófagos no tecido adiposo são uma fonte de citocinas pró-inflamatórias, incluindo IL-6 e TNF-alfa, e os adipócitos produzem adipocinas, como a leptina, -Ocupação= carga física pesada de trabalho foi o fator de risco ocupacional mais comum para OA em várias localizações anatômicas. atividades ocupacionais relacionadas à flexão repetitiva do joelho, parecem ser fatores de risco para o desenvolvimento de OA do joelho. Outros fatores de risco incluem ajoelhar-se; subir escadas regulares, rastejar, dobrar e vibração de corpo inteiro; e movimentos repetitivos. trabalhadores em construção civil, combate a incêndios, agricultura, pesca, silvicultura e mineração. -Fraqueza/ força muscular: músculo quadríceps contribui para a estabilidade da articulação do joelho e, clinicamente, a fraqueza desse músculo é encontrada em pessoas com OA de joelho. -Tabagismo, DMO alta são FR ainda não completamente elucidados. FISIOPATOLOGIA No passado, a (OA) era considerada simplesmente um processo degenerativo de "desgaste" e, portanto, muitas vezes erroneamente denominada como doença articular degenerativa. No entanto,a patogênese da OA é muito mais complexa do que apenas o Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato desgaste e o termo "osteoartrite", onde "ite" é indicativo de um processo inflamatório. Interação entre fatores biomecânicos, mediadores pró-inflamatórios e proteases. -INFLAMAÇÃO= A inflamação sinovial também está presente na OA e, em alguns indivíduos, pode ser indistinguível da AR. Em nível molecular, a OA é caracterizada pela presença de uma série de mediadores pró-inflamatórios, incluindo citocinas e quimiocinas, que fazem parte de uma resposta imune inata à lesão articular → fatores pró- inflamatórios parecem estar conduzindo a produção das enzimas proteolíticas responsáveis pela degradação da matriz extracelular que resulta na destruição do tecido articular. Embora a destruição e perda da cartilagem articular seja um componente central da OA, todos os tecidos da articulação são afetados de alguma forma, indicando que a OA é uma doença da articulação como órgão. ARTICULAÇÃO • CARTILAGEM ARTICULAR Tem a função de amortecer cargas + fornece uma superfície lisa e de baixa fricção que permite o movimento de deslizamento normal da articulação. A maior parte da carga na articulação é absorvida por outros tecidos, incluindo músculos periarticulares e osso subcondral e, no joelho, o menisco. O ácido hialurônico é a substância no líquido sinovial que fornece viscosidade, mas requer a presença de uma grande proteína mucinosa chamada lubricina (também conhecida como proteoglicano-4 ou proteína da zona superficial) para fornecer um estado de baixa fricção e proteger a superfície da articulação, incluindo os condrócitos da zona superficial, de tensões de cisalhamento. As fibras de colágeno fornecem a resistência à tração e formam uma rede que restringe os proteoglicanos muito hidrofílicos que fornecem resiliência. As primeiras alterações patológicas na OA são comumente vistas na superfície da cartilagem articular com fibrilação em regiões focais que experimentam carga máxima. A cartilagem inicialmente incha quando a rede de colágeno se solta, permitindo que os proteoglicanos hidrofílicos atraiam água e se expandam. Os condrócitos, o único tipo de célula presente na cartilagem, são normalmente quiescentes. Os condrócitos são células ativas que mantêm a cartilagem por meio de atividades anabólicas / catabólicas normais. Conforme a OA se desenvolve, essa atividade acelera dramaticamente→ os condrócitos proliferam (em um grau modesto) e formam aglomerados, provavelmente em resposta à perda da matriz. Pelo menos uma parte das células sofre uma mudança fenotípica para um condrócito hipertrófico que é semelhante às células encontradas na zona hipertrófica da placa de crescimento que produzem colágeno tipo X e metaloproteinase de matriz (MMP) -13. À medida que a OA progride, ocorre extensa degradação e perda da matriz devido à produção contínua de proteases impulsionada por citocinas pró- inflamatórias e fragmentos de proteínas da matriz que retroalimentam e estimulam os condrócitos de maneira autócrina e parácrina para produzir mais citocinas e proteases. A cartilagem tem capacidade limitada de reparo e, uma vez que o colágeno é degradado e perdido, ele não é substituído em um grau mensurável→ À medida que ocorrem danos significativos à matriz, pode-se observar a morte dos condrócitos, resultando em áreas da matriz desprovidas de células. • OSSO O espessamento do osso subcondral (esclerose óssea) ocorre devido ao aumento da produção de colágeno que é mineralizado inadequadamente. Osteófitos (esporões ósseos) se formam nas margens das articulações, geralmente no local de inserção dos tendões ou ligamentos. Na doença mais avançada, ocorrem cistos ósseos, mas as erosões ósseas normalmente não são vistas. Uma exceção a este último é a OA erosiva que mais comumente observada nas articulações distais das mãos (interfalangeais distais e interfalangeanas proximais) e está associada a erosões localizadas centralmente que diferem em localização das erosões marginais vistas na artrite reumatóide (AR) e gota. • SINÓVIA No curso da OA há uma sinovite ou hipertrofia sinovial→ Ao contrário da AR e de outras formas da artrite inflamatória, a sinovite não é considerada o fator de iniciação na OA primária. A sinovite contribui para a dor e progressão da doença, incluindo destruição da cartilagem, mediada pela produção de fatores pró- Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato inflamatórios e proteínas denominadas padrões moleculares associados a danos (DAMPs), incluindo as alarminas. • TECIDOS MOLES os ligamentos, a cápsula articular e, no joelho, os meniscos, são comumente afetados pela OA. Esses tecidos apresentam ruptura de sua matriz extracelular e perda de células. O espessamento da cápsula articular junto com os osteófitos contribuem para o aumento observado nas articulações da OA. Em adultos mais velhos com OA estabelecida, é bastante comum encontrar rupturas nos ligamentos e meniscos, que, sem uma história de lesão articular anterior, são provavelmente de natureza degenerativa. • FATORES INFLAMATÓRIOS -Citocinas= IL-1→ capacidade de estimular a atividade catabólica da cartilagem, resultando na degradação da matriz. TNF-alfa / IL-6. -Proteases= A destruição dos tecidos das articulações na OA é mediada por uma variedade de proteases, incluindo várias metaloproteinases de matriz (MMPs), cisteína proteinases, incluindo catepsina K e serina proteinases. RESUMINDO A osteoartrite envolve todos os tecidos articulares, incluindo os meniscos do joelho, ligamentos, sinóvia, cartilagem articular e osso. Danos aos meniscos e rupturas ligamentares não apenas alteram a mecânica articular, mas, junto com a sinóvia inflamada (sinovite), produzem fatores pró-inflamatórios (citocinas e quimiocinas) e enzimas degradantes da matriz (por exemplo, metaloproteinases da matriz [MMPs]). Esses fatores também são produzidos pelos condrócitos e servem para promover a destruição do tecido articular. QC Os principais sintomas da osteoartrite (OA) são dores nas articulações, rigidez e restrição locomotora. Os sintomas geralmente se manifestam em apenas uma ou algumas articulações em uma pessoa de meia-idade ou mais velha. Outras manifestações em pacientes com OA incluem sequelas como fraqueza muscular, equilíbrio deficiente [ 2 ] e comorbidades, como fibromialgia • DOR - A dor na OA é pior com o uso das articulações (dor relacionada ao uso) e aliviada com o repouso. É o sintoma mais frequente e geralmente progride por meio de três estágios: - A dor geralmente piora no final da tarde e no início da noite, mas também pode piorar pela manhã, logo após o despertar. Também pode haver dor noturna na OA intensa que pode interferir no sono. Em algumas pessoas, a dor tem uma qualidade de queimação (neuropática), é generalizada ao redor da articulação e está associada à parestesia→essas características também sugerem fibromialgia comórbida. Lesões dolorosas dos tecidos moles periarticulares podem coexistir, especialmente com OA de grandes articulações. • SENSIBILIDADE= na linha articular • LIMITAÇÃO DE MOVIMENTO= amplitude de movimento reduzida (igual para movimento ativo e passivo) resulta principalmente de osteófitos marginais e espessamento capsular, ou de sinovite. • EDEMA ÓSSEO= reflete a remodelação do osso e da cartilagem em ambos os lados da articulação e dos osteófitos marginais. • DEFORMIDADE ARTICULAR= é um sinal de dano articular avançado. Exemplos comuns incluem quadratura e subluxação da base do polegar na primeira OA carpometacarpal (CMC) e geno varo em pessoas com OA tibiofemoral avançada. • INSTABILIDADE OA UNIARTICULAR tem predileção por joelhos, quadris, articulaçõesinterfalangianas dos dedos, primeiras https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-osteoarthritis/abstract/2 Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato articulações CMC, primeiras articulações MTP e articulações apofisárias (facetas) da coluna cervical inferior e lombar inferior. - Afeta menos comumente o cotovelo, o punho, o ombro (articulação glenoumeral) e o tornozelo→ Quando o cotovelo, o ombro (especialmente a articulação acromioclavicular) e as articulações metacarpofalângicas (MCP) são afetados, deve-se suspeitar de ocupações que envolvam o uso excessivo dos membros superiores. Os sintomas nessas articulações são semelhantes aos da OA em outras articulações. OA GENERALIZADA Implica em um subconjunto poliarticular de OA que geralmente envolve as articulações interfalangeanas distais (DIP), bases do polegar (primeiras articulações CMC e trapéziosescafóides), primeiras articulações MTP, articulações cervicais inferiores e facetas lombares, joelhos e quadris. É caracterizada pelo acúmulo lento de envolvimento de múltiplas articulações ao longo de vários anos. Os sintomas geralmente começam nas mãos por volta da meia-idade e, subsequentemente, afetam os joelhos e outras articulações nas décadas seguintes. O marcador clínico para OA generalizada é a presença de múltiplos nódulos de Heberden, que são inchaços duros póstero-laterais das articulações DIP . Os gânglios de Heberden costumam ser acompanhados por edemas posterolaterais menos bem definidos das articulações interfalangianas proximais (PIP), chamados de nódulos de Bouchard: Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato A OA generalizada pode ocorrer na ausência de nódulos, a chamada OA generalizada não nodal, que é mais comum em homens (em comparação com a OA generalizada nodal, que é mais comum em mulheres). a orientação do American College of Rheumatology (ACR) e da Liga Europeia de Reumatologia (EULAR) sugere que OA generalizada está presente se houver OA na coluna vertebral ou nas articulações das mãos, respectivamente, e em pelo menos duas outras regiões articulares. DIAGNÓSTICO O diagnóstico de OA é clínico com base nos sinais e sintomas característicos descritos acima. Quando o diagnóstico não é claro ou diagnósticos alternativos importantes precisam ser considerados, várias modalidades de imagem podem ser usadas para avaliar a presença e a gravidade da OA. EXAMES DE IMAGEM • RADIOGRAFIA - a radiografia convencional é a modalidade de imagem mais amplamente usada na OA e permite a detecção de características da OA, incluindo osteófitos marginais, estreitamento do espaço articular, esclerose subcondral e cisto. Há uma dissociação clínico-radiológica= alterações radiográficas na OA são insensíveis, particularmente no início da doença, e frequentemente se correlacionam mal com os sintomas. Além disso, a OA radiográfica é um achado assintomático incidental comum em idosos. • RM não é necessária para a maioria dos pacientes com sintomas sugestivos de OA e / ou características radiográficas típicas. No entanto, a ressonância magnética pode identificar OA em estágios iniciais da doença, antes que as alterações radiográficas se tornem aparentes. Essas alterações incluem defeitos da cartilagem e lesões da medula óssea. A ressonância magnética também pode ser usada para avaliar a patologia em outras estruturas da articulação não visualizadas pela radiografia, como efusões, sinóvia e ligamentos • USG pode identificar alterações estruturais associadas à OA e é útil para detectar inflamação sinovial, derrame e osteofitose. LABORATÓRIO Os marcadores inflamatórios são normais na OA e podem ser úteis na exclusão de outros diagnósticos. Em pacientes com artralgias nas mãos e uma mistura de sintomas articulares inflamatórios e mecânicos→ os anticorpos do fator reumatoide (FR) e do peptídeo citrulinado cíclico (CCP) podem ser verificados para avaliar a possível artrite reumatoide (AR). LÍQUIDO SINOVIAL é geralmente não inflamatório ou levemente inflamatório, com menos de 2.000 leucócitos / mm 3 , predominantemente mononucleares. O derrame inflamatório na OA pode ocorrer na presença de cristais de pirofosfato de cálcio (CPP) Osteoartrite com deposição de pirofosfato de cálcio = cristais de CPP podem estar presentes em até 30 a 60% dos pacientes com OA não selecionados. A maioria dos pacientes com deposição de OA e CPP (CPPD) tem mais de 60 anos e os locais-alvo comuns são joelhos, articulações radiocarpais, segunda e terceira articulações MCP, ombro e cotovelo. A presença de DPFC pode modificar os sintomas de OA nesse local, especialmente com maior rigidez matinal e mais sinais de sinovite. Os sintomas podem ser agudos com dor acentuada, inchaço e sensibilidade, na pior das hipóteses dentro de 6 a 24 horas, geralmente durando de alguns dias a uma a duas semanas (artrite aguda por cristais de Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato PPC, anteriormente chamada de "pseudogota aguda"); intermitente; ou de baixo grau e persistente (artrite inflamatória crônica por cristais de CPP). Edema, calor e sensibilidade nas articulações podem ser mais comuns e mais pronunciados do que na OA sem DPFC. Derrames articulares são comuns e podem ser hemorrágicos ou turvos à aspiração. Grandes derrames articulares podem vazar para os tecidos moles circundantes e causar dor localizada, edema e hematomas extensos, especialmente no ombro e no joelho. Os sintomas são principalmente restritos a uma ou algumas articulações por vez, mas pode ocorrer envolvimento poliarticular, especialmente envolvendo joelhos, punhos e articulações MCP, que superficialmente podem mimetizar AR. CARACTERISTICAS DE ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS • MÃO Os sintomas são geralmente bilaterais e o envolvimento das articulações costuma ser aproximadamente simétrico. Os sintomas típicos afetam apenas uma ou algumas articulações de cada vez. sintomas podem ser intermitentes e locais característicos alvo, ou seja, articulações interfalangianas distais (DIP), bases do polegar, articulações interfalangianas proximais (PIP) e segunda e terceira articulações metacarpofalangianas (MCP), em ordem decrescente de frequência. Os sintomas podem piorar em aproximadamente metade dos pacientes nos próximos seis anos, e os preditores de desfechos clínicos adversos incluem um alto nível de comprometimento funcional basal e um maior número de articulações doloridas, sem correlação consistente entre os sintomas clínicos e a progressão radiográfica. OA NODAL= nódulos de Heberden e / ou Bouchard mais OA interfalangeana subjacente constituem OA nodal. Afeta mais mulheres e tem forte predisposição genética. geralmente começam na meia-idade, geralmente em torno da menopausa, com um início trêmulo de dor, sensibilidade e rigidez de uma ou algumas articulações interfalangeanas dos dedos. No início, pode haver calor intermitente ou persistente e edema dos tecidos moles, mas ao longo de um período de alguns anos, as articulações interfalangeanas envolvidas geralmente tornam- se menos doloridas e os sinais de inflamação diminuem, deixando para trás edemas ósseos duros e firmes na região posterolateral aspecto das articulações interfalangianas, denominados nódulos de Heberden e Bouchard, que ocorrem com mais frequência nos dedos indicador e médio. Além dos nódulos, as articulações interfalangeanas afetadas podem apresentar restrição de movimento e desvio lateral (radial ou ulnar, com a maioria dos desvios apontando para o dedo médio). RIZARTROSE= A OA na base do polegar geralmente afeta mulheres na pós-menopausa. dor tenar profunda localizada, no punho radial ou na base do polegar, exacerbada com o uso da articulação. Também pode haver radiaçãodistal no polegar e, em menor grau, proximalmente. Atividades que envolvem beliscar (oposição do polegar a um dedo) geralmente são mais dolorosas. Pode haver subluxação radial e adução na base do polegar, conferindo-lhe um aspecto "quadrado" inchado: - Ao contrário da OA da articulação interfalangiana, a OA da base do polegar às vezes se associa a sintomas persistentes e comprometimento funcional. -OA EROSIVA= é um subconjunto incomum e particularmente agressivo de OA das mãos. início subagudo ou insidioso de dor, rigidez, edema dos tecidos moles e, às vezes, parestesia que afeta múltiplas articulações interfalangianas. Em comparação com OA nodal da mão, a dor, sensibilidade e inflamação (calor, edema dos tecidos moles, às vezes eritema) são mais marcados e prolongados. não está associada com OA generalizada (OA). A OA erosiva atinge apenas as articulações interfalangianas (as articulações DIP com mais frequência do que as PIP) e geralmente poupa as bases do polegar e as articulações MCP. A OA erosiva tem pior resultado Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato em termos de persistência dos sintomas e prejuízo funcional do que a OA não erosiva das mãos • JOELHOS é um importante local-alvo para OA e, em todo o mundo, é a causa única mais comum de incapacidade dos membros inferiores em adultos com mais de 50 anos. A OA do joelho é geralmente bilateral, embora um lado possa ser mais gravemente afetado. A articulação patelofemoral e / ou a articulação tibiofemoral medial são mais comumente afetadas. - A dor pode ser anteromedial ou mais generalizada no lado medial na OA da articulação tibiofemoral de compartimento medial ou anterior na OA da articulação patelofemoral. A dor da OA da patelofemoral é exacerbada por ficar sentado por muito tempo, levantar-se de uma cadeira baixa e subir escadas ou inclinações (descer frequentemente é mais doloroso do que subir). Dor anterior mais disseminada no joelho com radiação distal sugere OA de joelho moderada a grave, e dor persistente à noite que interrompe o sono ou repouso ocorre na OA avançada. A OA do joelho geralmente não causa dor posterior do joelho, a menos que haja um cisto poplíteo complicador (Baker). Os pacientes também relatam uma sensação de "fraqueza" (especialmente com fraqueza da OA e / ou quadríceps da articulação patelofemoral) e instabilidade, que podem estar associadas a quedas -EXAME= achados típicos + deformidades em varo, fraqueza e atrofia de quadríceps, abdutor do quadril. • QUADRIL se apresenta com dor, rigidez e restrição de movimento. A dor devido à OA do quadril geralmente é sentida profundamente na virilha anterior, mas pode envolver a região anteromedial ou lateral superior da coxa e, ocasionalmente, as nádegas. A radiação distal não é incomum e alguns indivíduos apresentam dor distal na coxa e / ou no joelho sem quaisquer sintomas proximais. A dor é exacerbada principalmente ao se levantar da posição sentada e durante as fases iniciais da deambulação. Ao contrário da OA de joelho, a OA de quadril é frequentemente unilateral. EXAME= Os movimentos ativos e passivos do quadril são igualmente dolorosos. A rotação interna com o quadril flexionado é freqüentemente o movimento mais precoce e mais afetado ( figura 8 ) [ 42 ]. A deformidade típica em estágio final da OA do quadril é rotação externa, adução e flexão fixa ( figura 9 ). Emagrecimento dos músculos da coxa, teste de Trendelenburg positivo ( figura 3 ) e encurtamento da extremidade afetada também podem estar presentes Normalmente, a pelve permanece nivelada quando o paciente fica em uma perna. Quando em pé sobre a perna afetada, a pelve inclina-se para baixo em direção ao lado não afetado (conforme ilustrado no paciente anormal acima) devido à fraqueza do músculo glúteo no lado afetado (lado direito no paciente anormal acima). Em alguns pacientes, especialmente mulheres mais velhas, a OA do quadril pode ser rapidamente progressiva, com um início subagudo de dor nas articulações que progride para destruição e instabilidade articulares em apenas alguns meses. Essa artropatia destrutiva rapidamente progressiva foi associada a cristais de fosfato de cálcio básico (principalmente hidroxiapatita) e é denominada artropatia destrutiva associada à apatita (ADA). • ARTICULAÇÃO FACETÁRIA geralmente coexiste com a degeneração do disco intervertebral, frequentemente denominada "espondilose". É difícil isolar sintomas https://www.uptodate.com/contents/image?imageKey=RHEUM%2F105824&topicKey=RHEUM%2F105723&search=osteoartrite&rank=1%7E150&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-osteoarthritis/abstract/42 https://www.uptodate.com/contents/image?imageKey=RHEUM%2F105823&topicKey=RHEUM%2F105723&search=osteoartrite&rank=1%7E150&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/image?imageKey=RHEUM%2F105823&topicKey=RHEUM%2F105723&search=osteoartrite&rank=1%7E150&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/image?imageKey=EM%2F67453&topicKey=RHEUM%2F105723&search=osteoartrite&rank=1%7E150&source=see_link Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato especificamente para OA da articulação facetária. LOMBAR= dor lombar localizada, que pode irradiar unilateralmente ou bilateralmente para as nádegas, virilha e coxas, geralmente terminando acima dos joelhos. Os sintomas geralmente são piores pela manhã e durante os períodos de atividade e aumentam com o estresse, exercícios, extensão da coluna lombar, movimentos rotatórios e quando em pé ou sentado. CERVICAL= pode se apresentar com dor cervical ipsilateral, que não se irradia além do ombro e é agravada pela rotação ou flexão lateral do pescoço. • Primeira articulação metatarsofalangeana - é geralmente bilateral e, quando sintomática, causa dor localizada no dedão do pé ao levantar e deambular (especialmente durante o estágio "off" da marcha). O aumento ósseo da primeira articulação MTF é um achado comum. Deformidade em hálux valgo (quando a extremidade distal do dedão do pé aponta para a linha média do pé), hálux rígido (ou flexão restrita e extensão na primeira articulação MTF) e dedos cruzados são deformidades comuns. O aumento ósseo na primeira articulação MTF e hálux valgo freqüentemente levam ao desenvolvimento de uma bursa complicada com reação adicional do tecido fibroso na face medial da primeira articulação MTF ("joanete"). Isso pode inflamar, por exemplo, ao esfregar contra qualquer calçado. • OMBRO A OA glenoumeral predomina em adultos mais velhos com mais de 70 anos e é mais comum em mulheres. Os fatores de risco locais incluem lesão direta ou luxação anterior, fratura da cabeça do úmero ou pescoço e grandes rupturas do manguito rotador. geralmente apresentam desenvolvimento gradual, ao longo de meses ou anos, de dor anterior no ombro e no braço, rigidez leve matinal e por inatividade e restrição de movimento. A dor é predominantemente relacionada ao uso, afetando inicialmente e mais gravemente a abdução / elevação e a rotação externa, mas eventualmente afetando potencialmente todos os movimentos. Dor noturna e desconforto persistente em repouso também podem ocorrer. O local de dor máxima geralmente se refere ao aspecto externo do antebraço próximo à inserção do deltóide, mas a dor pode ser sentida em uma ampla área, incluindo todo o contorno do deltóide, descendo do aspecto radial do antebraço até o cotovelo (raramente até o pulso). A dor muitas vezes é aliviada esfregando ou apertando o local de desconforto máximo. EXAME= sensibilidade local na linha articular anterior glenoumeral; dor e restrição, principalmente de rotação externa e abdução, mas eventualmente todos os outros movimentos (os achados são semelhantes tanto no movimento ativo quantono passivo); crepitação grosseira sentida maximamente sobre a linha articular anterior; e fraqueza e desgaste eventual de todos os músculos que atuam sobre a articulação, incluindo o deltóide. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ARTRITE REUMATOIDE= OA no paciente de meia- idade ou idoso é mais comumente confundida com artrite reumatóide (AR) quando envolve as articulações das mãos. No entanto, os diferentes padrões de envolvimento clínico geralmente levam ao diagnóstico correto. ARTRITE PSORIÁTICA= atinge as articulações DIP das mãos, o que pode ser observado na OA das mãos. No entanto, ao contrário da OA de mão, a artrite psoriática pode atingir apenas um dedo, geralmente como dactilite, e alterações características nas unhas geralmente estão presentes. GOTA= A presença de tofos no exame físico e a aparência característica de erosões gotosas justa- articulares perfuradas também são úteis para distinguir OA de gota. Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato HEMOCROMATOSE= A artropatia da sobrecarga de ferro pode ser confundida com OA das mãos. No entanto, ao contrário da OA de mão, a hemocromatose atinge as articulações e os punhos MCP e predomina nos homens. ARTRITE INFECCIOSA= OA de uma única articulação geralmente está associada a sintomas leves e um líquido sinovial não inflamatório (contagem de leucócitos <2.000 células / mm 3 ), mas também pode se apresentar como uma sinovite de dor aguda que pode mimetizar infecção. TTO PRINCIPIOS= o cuidado deve ser contínuo, adaptado aos pacientes de acordo com as necessidades, objetivos e valores individuais e centrado no paciente; a tomada de decisão deve ser baseada nas melhores evidências disponíveis, priorizando a segurança do paciente; as informações devem ser amplamente acessíveis aos pacientes; e a antecipação das necessidades deve ser priorizada ao invés de um projeto de serviço de saúde reativo. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO Monitoramento periódico - avaliações clínicas periódicas devem ser realizadas regularmente (idealmente a cada três meses) para avaliar os efeitos do tratamento nos sintomas, funcionalidade e estado, bem como quantificar mudanças objetivas nas métricas relacionadas a intervenções como peso e força muscular. Isso também permite o monitoramento da eficácia do tratamento, efeitos colaterais e alterações no plano de manejo de acordo com o resultado. VISAO GERAL Os objetivos do tratamento da osteoartrite (OA) são minimizar a dor, otimizar a função e modificar beneficamente o processo de lesão articular. O objetivo principal dos médicos deve incluir o direcionamento de fatores de risco modificáveis. uma combinação de abordagens terapêuticas é comumente usada na prática e deve priorizar terapias que sejam mais seguras antes de considerar medicamentos que podem causar danos. Devem ser considerados: benefícios, perfil de efeitos colaterais e deficiências e preferências específicas do paciente, os custos das intervenções e a disponibilidade local. TTO NÃO FARMACOLOGICO são a base do manejo da OA e devem ser tentadas primeiro, seguidas ou em conjunto com medicamentos para aliviar a dor, quando necessário. incluem o controle do peso e exercícios, suspensórios e órteses para os pés para pacientes adequados a essas intervenções, educação e uso de dispositivos auxiliares quando necessário. Exercicios= uma combinação de exercícios aeróbicos e de fortalecimento é geralmente indicada para abordar todo o espectro de incapacidades associadas à OA, mas a prescrição ideal deve ser individualizada . Todos os pacientes com OA de joelho devem ser aconselhados sobre exercícios, independentemente da idade, gravidade da doença radiográfica, intensidade da dor, níveis funcionais e comorbidades. Perda de peso= A perda de pelo menos 10% do peso corporal por meio de uma combinação de dieta e exercícios foi associada a uma redução de 50% nos escores de dor em pacientes com sobrepeso / obesos com OA de joelho. Auxiliadores de marcha e joelheiras= podem melhorar a dor e devem ser considerados como tratamentos adjuvantes. TTO FARMACOLOGICO usamos agentes farmacológicos para pacientes com OA sintomática que não responderam adequadamente às medidas não farmacológicas iniciais ou concomitantemente com essas intervenções para aqueles com sintomas mais graves. A terapia farmacológica só deve ser usada durante os períodos em que os sintomas estão presentes, uma vez que nenhuma das intervenções mostrou ser modificadora da doença. Os principais medicamentos usados no manejo farmacológico da OA incluem AINEs orais e tópicos, sendo capsaicina , duloxetina e glicocorticóides intra-articulares outras opções, dependendo do contexto clínico. -AINES= 1º usa tópicos→ se n melhora, usa oral ou para aqueles com OA sintomática em múltiplas articulações e / ou pacientes com OA de quadril. https://www.uptodate.com/contents/capsaicin-drug-information?search=osteoartrite&topicRef=106097&source=see_link https://www.uptodate.com/contents/duloxetine-drug-information?search=osteoartrite&topicRef=106097&source=see_link Laryssa Baros – Med – P7 - Reumato -Duloxetina= para pacientes com OA em múltiplas articulações e comorbidades concomitantes que podem contra-indicar AINEs orais e para pacientes com OA de joelho que não responderam satisfatoriamente a outras intervenções. -Capsaicina tópica= uma opção de tratamento quando uma ou algumas articulações estão envolvidas e outras intervenções são ineficazes ou contra-indicadas; entretanto, seu uso pode ser limitado por efeitos colaterais locais comuns. Paracetamol e acido hialurônico estão tendo benefícios controvérsios para OA de joelho e quadril. Não recomendamos suplementos nutricionais rotineiramente como glucosamina, condroitina, vitamina D, diacereína, insaponificáveis de soja e abacate (ASU) e óleo de peixe devido à falta de evidências claras que demonstrem um benefício clinicamente importante desses suplementos. CIRURGIA O tratamento cirúrgico é dominado pela substituição total da articulação, que é altamente eficaz em pacientes com OA avançada de joelho e quadril, quando as terapias conservadoras falharam em fornecer alívio adequado da dor. PROGNOSTICO - os cursos de dor e funcionamento físico foram considerados predominantemente estáveis, sem melhora substancial ou deterioração dos sintomas ao longo do tempo. Mortalidade - Um excesso de mortalidade devido a todas as causas foi observado em pacientes com OA de joelho e quadril [ 91- 94 ]. Além disso, o aumento da mortalidade específica por causa foi demonstrado particularmente devido a doenças cardiovasculares (razão de mortalidade padronizada 1,71, IC 95% 1,41-1,70) [ 91 ]. Pacientes com dificuldade de locomoção, função física prejudicada e comorbidades associadas, como diabetes e outros fatores de risco cardiovascular, apresentam maior risco de mortalidade https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-management-of-osteoarthritis/abstract/91-94 https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-management-of-osteoarthritis/abstract/91-94 https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-management-of-osteoarthritis/abstract/91
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