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FP103 – Fundamentos da educação especial: processos de atenção à diversidade
Nome e sobrenome (s): 
1- Påmela Bonkevitch BRFPMME22 1218064
2 - Roseli Ferreira Pimentel BRFPMME4019085
Curso: Formação de Professores
Data:13/09/2021
INTRODUÇÃO 
A criança portadora de necessidade especial tem direito garantido por lei de obter aprendizado sistematizado para cada caso, participando ativamente do meio social, ou seja, é primordial que a criança com tal deficiência receba estímulos, é necessário para conquistar o aprendizado e conviver em sociedade. Diante o presente artigo há uma reflexão sobre a importância da inclusão para o ensino aprendizagem de alunos envolvidos as duas instituições família e escola. 
A inclusão passou a ser assunto muito discutido em relação à educação das crianças com deficiência, mostrando ser um ponto primordial para a educação no processo educativo, assim respeitando o aluno no desenvolvimento social. Sendo assim a educação inclusiva exige o acontecimento das necessidades especial, isso quer dizer que não somente para crianças com deficiência, mas de todos os alunos, pois são trabalhados na diversidade e sendo orientando uma prática educativa voltada para a aceitação, acolhimento, esforço coletivo e oportunidades no processo de ensino aprendizagem.
Infelizmente a exclusão está sendo maior do que a inclusão, pois há caso de aluno depositado em um canto de sala de aula, pois falta informação para o professor de como lidar e quais os caminhos que deve seguir para que ocorra a verdadeira inclusão, pois só acontece quando o aluno com deficiência caminha juntamente com os demais, mesmo que os conteúdos são adaptados, porém o aluno está no mesmo nível de conteúdo dos demais. E a atuação do psicopedagogo juntamente com o professor é de extrema importância para o desenvolvimento de uma inclusão significativa. 
A implantação de uma educação de inclusão respeitada e voltada mais para a construção de um ser em desenvolvimento íntegro, possibilitará a transformação de uma sociedade mais humana que possua valores e que seus cidadãos sejam respeitados e reconhecidos junto com seus sentimentos, fazendo lembrar que um recurso só adquire funcionalidade para comunicar mensagens quando consegue se identificar as potencialidades dos alunos e adequá-los ao meio para que essas potencialidades possam ser expressas, e assim dar voz ao aluno. 
Para a justificativa o tema foi escolhido para mostrar o quanto à inclusão é um processo contínuo, acaba sendo um dever dos educadores, da instituição escolar e da família, proporcionar a conviver com as diferenças, ou seja, essa convivência lhe trará benefício ao desenvolvimento integral do aluno. 
A relevância ao desenvolver essa reflexão está caracterizada na inclusão que atualmente é muito falado, porém ainda existem pessoas que não conhece como funciona em rede regular de ensino. Sendo assim a inclusão visa sempre incluir o indivíduo na sociedade e ter os mesmos direitos do que qualquer pessoa. 
DESENVOLVIMENTO 
Na última década, os debates sobre diferenças, diversidade cultural e a inclusão de grupos marginalizados ocuparam espaço no discurso político e na pesquisa educacional. O tema envolve de forma abrangente o desenho de representantes sociais, políticas públicas e práticas sociais que possam promover a exclusão ou inclusão de pessoas com deficiência no meio ambiente.
Na interpretação de Mantoan (2004, p.53), a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é um movimento que tem sido fortemente disputado por diferentes classes, mas esse tipo de inserção nada mais é do que uma garantia de direitos constitucionais, de que todos, independentemente de suas necessidades, devem receber educação de alta qualidade e inclusão depende da capacidade de lidar com diversidade e diferenças. O indivíduo ao nascer já adquire direitos como cidadão, estes direitos são garantidos pela Constituição Federal (1988) e consequentemente devem ser respeitados, pois a sociedade precisa aprender a conviver com as possíveis diferenças e se adequar a elas. 
É provável que os alunos de inclusão ainda sofram com alguns tipos de preconceitos sendo na escola, âmbito familiar, e na sociedade em si, no artigo 227 da Constituição Federal (1998) prevê: 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
A Constituição promulgada no início do século XIX foi o primeiro documento oficial em manifestar interesse para a educação de todos os cidadãos estabelecendo a educação primária gratuita. Não foram deixadas ordens de quem seria os responsáveis pelo sistema educacional dispensando o poder público de tal responsabilidade (GUIMARÃES, 2003). 
Segundo Kassar (1999 p. 87) aponta que “todos os cidadãos, certamente não incluíam a massa de trabalhadores, constituída, em sua maioria, de escravos” o texto constitucional aparentemente parecia estar falando de brasileiros.
A partir de 1961 os textos legislativos foram tornando mais explícitos diretamente na qual se refere a educação das pessoas com deficiência. De uma maneira geral quando se fala em educação os dispositivos legais se referem à educação inclusiva no ensino regular (REVISTA ESCOLA 2003). 
Na década de 70 o paradigma da Institucionalização vigente no país desde o período imperial começou a dividir o espaço, e o país sobre influencia passou a assumir diferentes direções como, o princípio da normalização como critério norteador da avaliação social e paradigma de serviços como modelo de atenção à pessoa portadora de deficiência na área educacional. (REVISTA ESCOLA 2003). 
Na década de 80 manteve a tendência que foi se modificando nos anos 90 principalmente após a Conferência Mundial da Educação para Todos acontecido em Jomtiem na Tailândia ganhando forças no que se mencionava aos direitos da pessoa com deficiência pela Declaração de Salamanca (1994).
O Programa Nacional para Todos dá garantia para todos os indivíduos acesso a escolaridade ao saber culturalmente constituído ao processo de produção e propagação do conhecimento e ser usado primordialmente na utilização da vivencia em sociedade. O objetivo cumprido irá requerer a associação de sistemas educacionais planejados e organizados para poder dar conta à necessidade do aluno, podendo oferecer respostas pedagógicas adequadas as suas particularidades e sua característica especifica.
Por sua vez a Declaração de Salamanca, conduz as recomendações relativas a política, aos princípios e as práticas de reconhecimento e atenção às necessidades educacionais especiais.
O Brasil concordou com as recomendações e sinalizou que estava pronto para avançar em relação com as pessoas deficientes, ou seja, quando falamos em educação inclusiva isso significa que os ajustes e se faz necessário para garantir eu pessoas com necessidade educacional possam se matricular participar e frequentar na escola regular. É importante lembrar que diferenças e desigualdades podem ser alteradas no ambiente escolar para avançar em direção a uma sociedade mais justa, fortalecendo o preconceito contra crianças com necessidades especiais.
 Sánchez (2005, p.11) ressalta que: 
A filosofia da inclusão defende uma educação eficaz para todos, sustentada em que as escolas, enquanto comunidades educativas devem satisfazer as necessidades de todos os alunos, sejam quais forem as suas características pessoais, psicológicas ou sociais (com independência de ter ou não deficiência).
Quando falamos sobre escolas inclusivas, imediatamente pensamos na necessidade de criar práticas de ensino e métodos alternativos para adaptar a escola às mudanças no ambiente e permitir que os professores lidem com maneiras de manter a interação escola /família.
A escola é um ambiente de cultura mista e interação contínua, o relacionamento entre os alunos é absolutamente importante para a formação de suas personalidades e a visão crítica que eles estabelecerão em suas vidas diárias.
Diante disso vale a pena enfatizar que a recepção de alunos com deficiência requer preparação da equipe. Os professores, coordenadores de ensino e diretores geralmente precisam realizar atividades específicas baseadas nos esportes ou nas limitações psicológicas das crianças ou adolescentes que aceitam. Nos serviços de educação especial (AEE), é muito importante oferecer escolas cursivas para que possam realmente ser inclusivas e permitir que os alunos com certas limitações acompanhem seus colegas. O apoio dos professores assistentes também é importante para garantir o bom andamento das atividades em sala de aula.
À medida que os colegas começam a procurar maneiras melhores de interagir com colegas com deficiência, a forma de comunicação tende a se expandir. Seja aprendendo peso ou respeitando o tempo das crianças autistas, elas brincam de maneiras diferentes. Desde muito cedo, os alunos perceberão que existem diferenças e podem conviver com elas sem serem tendenciosos e aceitos. 
Muito mais que interação a escola tem a função de preparar o aluno para uma ação social e reguladora, mantendo assim um compromisso de propagar conhecimentos para que o aprendiz tenha um olhar crítico do mundo ao seu redor (CURY, 2003).
Mesmo em um tempo que se fala em inclusão, ainda se encontra escolas com o processo educativo elitista e homogeneizado, ou seja, esse processo educativo acaba prejudicando os alunos com necessidade especial, e não havendo uma inclusão.
Quando o assunto é inclusão, há muitas pessoas que encaram como um desafio para a escola, pois, sabe-se que a inclusão não é apenas “depositar” um aluno portador de necessidade especial em um canto da sala e assim é feita a inclusão. A inclusão escolar vai muito além, pois buscar desenvolver um trabalho visando à educação para todos, que a Lei de Bases e Diretrizes 9394/96 estabelece que: “todas as crianças, sempre que possível, devem aprender juntas, independentemente de suas dificuldades e diferenças acreditando que todos os educandos são capazes de aprender". 
Levando em conta que a inclusão escolar é ligada às ações pedagógicas, sociais, políticas e culturais, causando um efeito no qual é possível a integração das crianças com necessidade especial, juntamente com os demais que não possuem deficiência no contexto escolar. 
Um dos desafios mais recorrentes na escola é a falta de formação de professores no atendimento de necessidades especiais educacionais, Para Xavier (2002, p. 19) ressalta que:
A construção da competência do professor para responder com qualidade às necessidades educacionais especiais de seus alunos em uma escola inclusiva, pela mediação da ética, responde a necessidade social e histórica de superação das práticas pedagógicas que discriminam, segrega e exclui, e ao mesmo tempo, configura, na ação educativa, o vetor de transformação social para a equidade, a solidariedade, a cidadania. 
Portanto, a necessidade de compromisso entre a educação continuada e as instituições que prestam esse serviço à comunidade é extremamente importante para o processo de integração. Como os educadores conhecem suas habilidades, eles terão a responsabilidade de intervir e mediar para desenvolver as habilidades dos alunos e alcançar os objetivos do processo de aprendizagem.
A inclusão para se caracterizar inclusão ela deve englobar todos os indivíduos, segundo a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), ou seja, todo tem o direito de aprender em qualquer que seja a escola, ou seja, deve ser sempre respeitada as diferenças facilidades e limites de cada um.
Por esse motivo que o âmbito escolar deve ser estruturado e apto a receber seus alunos sejam eles com alguma necessidade especial ou não, e que a política inclusiva seja seguida para a qualificação de um bom profissional para atender os alunos.
Em falar sobre políticas inclusivas a legislação prevê que a escola serviços e recursos para que a escola seja completa quando se fala em inclusão, ou seja, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um “conjunto de atividades e recursos pedagógicos e de acessibilidade, organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos estudantes público alvo da educação especial, matriculados no ensino regular”. (BRASIL, 2013, p.7).
O Atendimento Educacional Especializado é garantir a qualidade da aprendizagem para todos os alunos com deficiência, porque a escola que se propõe ser inclusiva necessita buscar caminhos para atender as necessidades dos alunos. O objetivo das salas de AEE é completar o atendimento desse aluno com alguma necessidade especial. É uma complementação da escola regular não a substituindo, esse atendimento acontece no contra turno de suas aulas regulares. 
Durante as aulas em salas de AEE o professor utiliza recursos como jogos, brinquedos e livros adequados a cada necessidade especial do aluno um exemplo é a tradução de textos e a representação de objetos da língua brasileira de sinais, por isso a salas de AEE também podem ser chamadas de salas de recursos multifuncionais. Esse atendimento é disponível em todos os níveis escolares, porém não podem ser confundidos com reforço escolar ou atendimento clínico.
METODOLOGIA 
A metodologia utilizada para a pesquisa foi quantitativa de cunho bibliográfico, fazendo com que o leitor tenha uma visão avançada do quanto os jogos heurísticos são importantes para o desenvolvimento da criança.
É de grande importância essa estimulação que se dá pela grande para a criança, de vivenciar experiências que permitam seu desenvolvimento, respeitando seus limites e explorando suas habilidades. O principal objetivo do desenvolvimento da criança obtendo a participação da família principalmente no contexto escolar, tendo um ensino produtivo, e satisfatório com a inclusão dentro da escola, é muito importante a participação dos pais, pois a realidade da inclusão dentro da escola é diferente só de teorias sempre há um desempenho maior com a ajuda dos pais e um dos fatores que possibilita um ensino de qualidade.
CONCLUSÃO
 Durante a pesquisa foi possível entender como se faz inclusão no Brasil, além das dificuldades e da carência de certas informações pode se dizer que os profissionais da educação não estão sozinhos nesse caminho a percorrer que é a inclusão. 
A inclusão no processo educativo não se trata apenas de inserir o aluno em uma sala regular, há processos que necessitam fazer para que a inclusão seja positiva, e que o aluno se sinta a vontade e tenha prazer em fazer parte desse processo de ensino e aprendizagem, não deixando de citar também os parâmetros curriculares e as políticas públicas presente quando o assunto é inclusão. 
Os objetivos propostos foram alcançados fazendo uma breve reflexão e desmistificando todo o trabalho a ser realizado com crianças portador de necessidades especiais, além de expor as dificuldades encontradas no meio educativo, vale deixar claro que os professores estão cada vez mais atentos a inclusão, pois o número de alunos com alguma deficiência vem crescendo a cada ano. 
Em relação à família e a escola, fica explícito que essas duas instituições formam um elo onde uma não pode caminhar se a outra, pois a desistência de uma dela causa problemas para o desenvolvimento do aluno, afetando todo um processo significativo. 
Sendo assim, a inclusão é uma realidade e existem pessoas que lutam para que essa realidade venha melhorar a cada dia mais, porém é preciso que todos se unam para essa causa ficar cada dia mais evidente, pois infelizmente há famílias que tem dificuldades em buscar seus direitos. Diante disso esse presente artigo foi realizado para dar mais ênfase sobre o tema, e deixar os leitores mais atualizados em relação ao tema. 
Portanto pode observar que a escola e a famíliasão duas instituições que caminham lado a lado, pois uma necessita da outra para levar a criança ao desenvolvimento integral, e assim garantindo o direito de estudar e desenvolver habilidades além de suprir a necessidade de cada aluno portador de necessidade especial. 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL. Constituição (1988. art. 205).
Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil. Brasília, DF: Senado. 1988.
________. Ministério da Educação. Estatuto da Criança e do Adolescente 8069/90. Brasília. MEC. 2004.
CURY, Augusto. Pais brilhantes, professores fascinantes. 21.ed. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
GUIMARÃES, M. Educação inclusiva. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
NOVA ESCOLA Revista. Ed. Nº 165.
Inclusão que funciona GUIMARÃES, Arthur.São Paulo: abril Setembro.2003
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Integração de pessoas com deficiência: contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon, 2004.
SÁNCHEZ, Pilar Arnaiz. A EDUCAÇÃO INCLUSIVA: um meio de construir escolas para todos no século XXI. In: Inclusão – Revista da Educação Especial – Out/2005
XAVIER, Alexandre Guedes Pereira. Ética, técnica e política: a competência docente na proposta inclusiva. Revista Integração. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria da Educação Especial, ano 14, n°24, 2002.