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Excelentíssimo Senhor Doutor Juíz de Direito da Vara Única da Comarca de Vila Bela da Santíssima Trindade, Estado do Mato Grosso Processo Nº: 368-09.811.0077 - 31069 (Cód. 31069) Parte Autora: Interligação Elétrica do Madeira S/A Parte Requerida: Guaporé Mineração LTDA JAIRO JÚNIO DANTAS DE BARROS, Engenheiro Florestal, CREA / COFECI n.º 121092539-7, membro do IBAPE- Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia, Seção MT, PERITO JUDICIAL, nomeado e qualificado nos autos do processo n° 368-09.811.0077 – código n.º 31069 honrado pelo magistrado conforme DESPACHO na fl.193, para elaborar o Laudo Pericial para conhecer o valor para Indenização da Constituição da Faixa de Servidão e responder aos quesitos formulados pelas partes, vem mui respeitosamente, consubstanciado na vistoria “in loco” realizada no período de 14 de Fevereiro de 2017 no objeto da lide: LAUDO DE AVALIAÇÃO FAIXA DE SERVIDÃO Nº 001/2017 Impresso em 28/03/2017 Vila Bela da Santíssima Trindade – MT Abril de 2017 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 2 ÍNDICE MÓDULO 1 ....................................................................................................... 3 RESUMO DA AVALIAÇÃO ............................................................................................... 3 MÓDULO 2 ..................................................................................................... 12 CÁLCULO DO VALOR DE MERCADO .......................................................................... 12 MÓDULO 3 ..................................................................................................... 22 CÁLCULO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO.................................................................... 22 MÓDULO 4 ..................................................................................................... 27 ENQUADRAMENTO E ESPECIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO ......................................... 27 MÓDULO 5 ..................................................................................................... 29 FOTOS DO IMÓVEL ....................................................................................................... 29 MÓDULO 6 ..................................................................................................... 32 QUESITOS ..................................................................................................................... 32 MÓDULO 7 ..................................................................................................... 38 ENCERRAMENTO ......................................................................................................... 38 MÓDULO 8 ..................................................................................................... 40 ANEXOS ......................................................................................................................... 40 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 3 MÓDULO 1 RESUMO DA AVALIAÇÃO Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 4 1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES Na história das teorias de valores, achar uma explicação racional das causas que tornam as coisas valiosas tem sido uma das maiores indagações da Economia. A mais importante contribuição à ciência da avaliação, no entanto, é um desenvolvimento deste nosso século, e restou conhecido como o “princípio da substituição”. Valor - A primeira e original definição que poderemos dar a um objeto avaliando é a de que “avaliar é pôr medida às coisas vendáveis”. Existem duas correntes, ou seja, duas escolas, para conceituar valor, uma delas, a que admite a existência de muitos tipos de valor, poderiam chamar de plurivalente, outra, partindo de conceito diferente, estabelece que, para um dado momento o valor é único, e à qual poderíamos denominar univalente. Tendo a escola ou corrente univalente imposto os seus princípios em todos os países das Américas, é evidente que a esmagadora maioria de engenheiros de avaliações segue obedecendo fielmente à orientação ditada pelas recomendações aprovadas em 1949, prevalece, pois, até os dias atuais. Valor de mercado - como definido pelos Tribunais Judiciais e Conciliatórios; é o preço mais elevado, em termos de dinheiro, que uma propriedade, máquina, equipamento, pode alcançar se expostos à venda num mercado aberto, concedendo-se um tempo razoável para se encontrar um comprador que a adquira com o conhecimento de todos os usos para os quais está adaptada. Uma considerável parcela de bens públicos, particulares e empresariais do mundo consistem em bens imóveis, máquinas e equipamentos. A própria amplitude deste recurso primordial em nossa sociedade cria uma necessidade de informes avaliatórios como suporte e consistência para decisões efetivas relativas ao uso e disposição desses bens. É na avaliação desses direitos que reside à arte de resolver um problema característico, encontrando e reunindo fatos, analisando-os de modo a formar conclusões aplicáveis a cada passo. Uma avaliação profissional é uma opinião sustentável. Ela ultrapassa qualquer sentimento pessoal do avaliador. Em alguns casos reflete a tendência de mercado e a conclusão do valor de mercado, derivada da tendência apropriada de dados em conformidade com as normas da prática profissional. IBAPE / PINI Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 5 O presente trabalho aborda sobre a determinação do valor de mercado e de indenização de Área de Servidão por passagem de linha de transmissão de energia elétrica. Segundo Hely Lopes Meirelles (in Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros Editores, 27ª ed., 2002, p. 597): "A indenização da servidão faz-se em correspondência com o prejuízo causado ao imóvel. Não há fundamento algum para o estabelecimento de um percentual fixo sobre o valor do bem serviente, como pretendem alguns julgados. A indenização há que corresponder ao efetivo prejuízo causado ao imóvel, segundo sua normal destinação. Se a servidão não prejudica a utilização do bem, nada há que indenizar; se a prejudica, o pagamento deverá corresponder ao efetivo prejuízo, chegando, mesmo, a transformar-se em desapropriação indireta com indenização total da propriedade, se a inutilizou para sua exploração econômica normal". Segundo a ABNT NBR 14653-3:2004, item 10.10.2, temos como procedimentos para calcular o valor indenizatório em Servidões Rurais: (i) prejuízo correspondente a uma porcentagem, explicada e justificada, do valor da terra, limitado ao seu valor de mercado; (ii) prejuízo correspondente ao valor presente da perda de rendimentos líquidos relativos às produções vegetais na área objeto da servidão; (iii) prejuízos relativos às construções, instalações, obras e trabalhos de melhoria das terras atingidas pela faixa de servidão, que devem ser avaliados com base em 10.2 e 10.7; e (iv) outras perdas decorrentes na propriedade, quando comprovadas. Entende-se por valor de mercado de um bem, a quantia mais provável pela qual se negociaria voluntariamente e conscientemente um bem, numa data de referência, dentro das condições do mercado vigente1. 1 ABNT, 2001 – item 3.44 da Norma Brasileira para avaliação de bens – procedimentos gerais – NBR 14653-1 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 6 Este valor é baseado na premissa de “Maior e Melhor Aproveitamento” dos bens (High and Best Use) definido como: o uso, entre o razoavelmente provável e o legalmente possível, identificado como o fisicamente viável, sustentável de forma adequada,exequível financeiramente e que resulta no maior valor do imóvel 2 , equivalente ao “Aproveitamento Eficiente” definido como aquele recomendável e tecnicamente possível para o local, numa data de referência, observada a atual e efetiva tendência mercadológica nas circunvizinhanças, entre diversos usos permitidos pela legislação pertinente3. 2. PREMISSAS PARA A AVALIAÇÃO No presente Laudo de Avaliação Judicial assumem-se como corretas as informações recebidas de terceiros; O Laudo de Avaliação Judicial foi elaborado com estrita observância dos postulados constantes dos Códigos de Ética Profissional do CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e do Instituto de Engenharia Legal; Os consultores e avaliadores não tem inclinação pessoal em relação a matéria envolvida neste relatório e tampouco dela auferem qualquer vantagem; Os honorários profissionais do AVALIADOR não estão, de forma alguma, sujeitos às conclusões deste Laudo; O Laudo de Avaliação foi elaborado pelo Perito do Juiz ora nomeado pelo magistrado conforme DESPACHO na fl.193, e teve auxilio do consultor José Francisco Barbosa Ortiz, engenheiro membro do IBAPE/MT, que preparou a análise estatística da amostra; A elaboração do Laudo de Avaliação Judicial foi fundamentada na vistoria “in loco”, pesquisa de elementos comparativos do mercado: conforme às normas: NBR 14653- Partes 1 e 3, da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e orientações do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias - IBAPE - Seção Mato Grosso; Para esta avaliação foi considerada a área Georreferênciada e certificada pelo INCRA de certificação nº 131312000341-00 com tamanho de 7.593,2105 hectares, pois o georreferenciamento expressa o tamanho real do imóvel, diferindo da área apresentada na documentação em anexo (Matrícula) disponível no processo, uma vez que o georreferenciamento ainda não foi averbado em cartório de registro de imóveis na matricula em questão. A área aberta foi estimada com estudo de fotointerpretação com a aplicação do uso de geotecnologias, utilizando os recursos do software de geoprocessamento QuatumGis 2.18. 2 American Institute of Real Estate Appraisers, 1983 – The appraisal of rural property 3 ABNT, 2011, item 3.1 da NBR 14653-2 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 7 Foi efetuada medição Georreferênciada para comprovação da área de servidão, sendo possível tecnicamente conciliar a vistoria física do imóvel com a documentação do mesmo em anexo, por mais que não é este o objetivo deste trabalho. O valor aqui atribuído se refere à finalidade específica deste laudo, ou seja, Valor de Mercado para atribuir valor de servidão, não podendo servir de base para outras finalidades, pois para tanto os critérios de avaliação bem como os valores deverão ser reanalisados. Para o presente trabalho, foi considerado como atividade principal da fazenda a atividade empresarial de mineração. 3. FINALIDADE Determinar o Valor de Mercado de parcela do Imóvel Rural para a justa indenização da Faixa de Servidão utilizada para a passagem da Linha de Transmissão SE Porto Velho RO – SE Araraquara SP de 600 KV Corrente Continua pela concessionária Interligação Elétrica do madeira S.A que ocupa uma área de 25,7976 hectares da Fazenda Guaporé. 4. DESCRIÇÃO DO OBJETO AVALIANDO Imóvel rural denominado “FAZENDA GUAPORÉ”, com área de terra de terra de 7.413,86 hectares, situada no Município de Comodoro-MT, Objeto da Matrícula n.º 1.260, do 1º Serviço Registral de Imóveis da Comarca de Vila Bela da Santíssima Trindade – MT, conforme certidão inclusa em anexo, atingida pela FAIXA DE SERVIDÃO DA LT600 KV CC SE Porto Velho RO – SE Araraquara SP TRECHO I (Porto Velho – Jauru) uma poligonal que tem uma área de 25,7976 hectares de terras cultiváveis. 5. LOCALIZAÇÃO E ACESSO AO OBJETO DA LIDE Partindo do Posto de Combustível Farol I na cidade de Comodoro, seguir pela rodovia MT-235 (terra) em direção ao Rio Guaporé, percorrer 4,5 km e entrar à esquerda; seguir mais 11,7 km e entrar à direita; seguir mais 6,8 km e entrar a direita, seguido mais 8,0 km, chegando a uma bifurcação; entrar à direita e percorrer mais 14,1 km, entrar à direita e percorrer mais 22,8 km, chegando à portaria da fazenda Boi Gordo. Entrar a esquerda e percorrer mais 6,6 km, chegando à entrada da propriedade, do lado direito da estrada. Da entrada até a sede são 3,8 km. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 8 6. VISTORIA A vistoria foi realizada no período de 14 de fevereiro de 2017 e nesse exame constatou a presença da LINHA DE TRANSMISSÃO implantada na área serviente. Esteve presente na vistoria o senhor perito e um auxiliar técnico do per o Técnico Florestal sr. Ramay Francisco da Silva com registro no CREA/MT, juntamente com o sr. Juraildes José de Brito, ora indicado pelo Assistente Técnico nomeado nas folhas 188 do processo o sr. Alex almeida, acompanhado de sua equipe de 3 pessoas. 5.1. SOLOS Conforme levantamento no local e análise de plantas do IBGE, a propriedade possui exclusivamente solo do tipo LATOSSOLOS AMARELO distróficos, textura arenosa/média em relevo plano a suave ondulado, A moderado – +LA8 (segundo EMBRAPA-CNPS, 1999). Conforme classificação por Capacidade de Uso da Terra, III aproximação, publicada no Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e classificação de Terras no Sistema de Capacidade de Uso, da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e Coordenadoria de conservação do Solo e da Água, da Secretaria de Recursos Naturais, da Secretaria Nacional da produção Agropecuária, do Ministério da Agricultura, estas terras enquadram-se como CLASSE III de Capacidade de Uso. Este sistema por capacidade de uso é uma classificação técnica, originalmente desenvolvido nos Estados Unidos, representando um grupamento qualitativo de tipos de solos sem considerar a localização ou as características econômicas da terra: diversas características e propriedades são sintetizadas, visando à obtenção de classes homogêneas de terras, em termos do propósito de definir sua máxima capacidade de uso sem risco de degradação do solo, especialmente no que diz respeito à erosão acelerada. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 9 Segundo Lepsch (1983)4 toda classificação técnica deve ser apoiada em determinado número de pressuposições, estabelecidas em função dos objetivos que se tem em vista e das condições socioeconômicas da área de trabalho. A seguir transcrevemos as principais destas pressuposições que nos levaram a enquadrar as terras nas respectivas classes de capacidade de uso. (i) A classificação de capacidade de uso das terras, desenvolvida para auxiliar o planejamento de práticas de Conservação do solo, deve ser feita através da Interpretação de levantamento do meio físico efetuado no campo. Ela é baseada em combinações de efeito do clima, características e propriedades da terra relacionadas com os riscos de erosão, limitações de uso, capacidade produtiva e manejo do solo. são consideradas como permanentes, dentre outras: o declive, textura, profundidade efetiva do solo, efeitos anteriores da erosão, permeabilidade, capacidade de retenção de água, tipo de argilo- minerais. Arbustos, árvores ou tocos possíveis de serem removidos e deficiências de fertilidade do solo que podem ser normalmente corrigidas com corretivos do solo (calcário ou gesso) e adubos, não são consideradas como características permanentes. Em resumo, as condições temporárias, ainda que possam ser importantes para o planejamento, não servem de base à classificação; (ii) A água sobre a superfície do solo, ou excesso de água no perfil, a falta de água para produção adequada, a presençade pedras, de sais solúveis e/ou sódio trocável, como também o risco de inundação, não são considerados como limitações permanentes quando sua remoção ou prevenção é praticável, caso em que a execução é tida como melhoramento menor, o que implica em condições de solos tais que tornem possível a remoção da limitação, com recursos que podem ser financiados individualmente pelo proprietário das terras; (iii) Terras passíveis de serem melhoradas, com recursos do proprietário, por obras de drenagem, irrigação, remoção de pedras, de excesso de sais ou sódio trocável, proteção contra inundações, ou seja, por melhoramentos menores, são classificadas de acordo com suas limitações continuas de uso e/ou risco de depauperamento, como se os melhoramentos já estivessem implantados e em uso. 4 Lepsch, I. F., (Coord.) Manual para Levantamento Utilitário do Meio Físico e Classificação de Terras no Sistema de Capacidade de Uso, Campinas, Sociedade Brasileira da Ciência do Solo, 1983 Figura 1: Mapa de Solos do Brasil, IBGE/EMBRAPA Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 10 O custo inicial de sistemas, proteção e melhoramento em glebas individuais não influenciam na classificação. O fato de certos solos planos muito produtivos, mas mal drenados, estarem nas classes II, III ou IV, indica os diferentes graus de limitação permanente, para o uso e/ou risco de depauperamento. Somente onde não for possível melhoramentos menores as terras devem ser classificadas de acordo com as limitações presentes de uso; (iv) A capacidade de uso de determinada área só pode ser mudada quando são instalados grandes projetos de recuperação (melhoramentos maiores), que vão transformar permanentemente as limitações de uso ou reduzir por longos períodos os riscos de deterioramento do solo ou dano nos cultivos ou, ainda, quando ocorrem mudanças para pior, de difícil solução, como nos depósitos de erosão ou desbarrancamentos extensos. No primeiro caso (mudança para melhor), estão incluídos os polders ou estruturas para controle de inundações, sistemas de drenagem, suprimento de água para irrigação, remoção de pedras e nivelamento de terrenos com voçorocas, em larga escala. Pequenas barragens, terraços ou práticas de conservação do solo sujeitas a mudanças em sua eficácia em um curto período de tempo não estão incluídos nesta suposição. No segundo caso (mudança para pior) estão incluídos os desastres ocasionais por grandes inundações ou trombas d'água; (v) Terras com topografia suave, mas com limitações físicas à moto mecanização, tais como áreas pedregosas, ou de drenagem inviável, em que espécies comummente cultiváveis só podem ser plantadas e colhidas manualmente, não são colocadas nas classes I, II ou III. Essas áreas, caso possam ser utilizadas para culturas perenes ou anuais, podem ser enquadradas na classe IV, definida como própria para cultivos ocasionais, ou em extensão limitada. Contudo, isso não significa que equipamento mecânico não possa ser usado em algumas terras das classes V, VI e VII. A curva de "solos x valor" que melhor representa a região é a seguir apresentada: TABELA 2 Capacidade de uso dos solos e valor relativo de cada classe CLASSES DE USO CRITÉRIO ESCALA DE VALOR (%) I terras para culturas, sem problemas de conservação, fertilidade, exige adubação de manutenção, renda líquida de orizicultura 100 II terras de culturas, com pequenos problemas de conservação, fertilidade exige práticas simples (nivelamento), renda líquida de orizicultura 95 III terras de culturas, com sérios problemas de conservação, fertilidade exige práticas complexas (terraceamento), renda líquida de orizicultura 75 IV terras de culturas ocasionais (2 anos) e pastagens (3 anos),sem problemas de conservação, renda líquida de agricultura em 1 ano associada à de pastagem em 4 anos 55 V terras só de pastagens, sem problemas de conservação, renda líquida de pecuária leiteira 50 APP e RL Áreas de preservação permanente e Reserva legal 40 VI terras só de pastagens, pequenos problemas de conservação, fertilidade exige práticas simples, renda líquida de pecuária leiteira 40 VII terras de florestas, sérios problemas de conservação, fertilidade exige práticas complexas (estradas de acesso), renda líquida de exploração silvícola 30 VIII terras de abrigo de vida silvestre, sem problemas de conservação, renda líquida de eventual exploração piscícola 20 Fonte: Mendes Sobrinho e Kozma, adaptada por Lima (2011) 5.2. PRODUÇÕES VEGETAIS (BENFEITORIAS REPRODUTIVAS) Na Fazenda Guaporé, conforme vistoria, na faixa de servidão não foi identificado Benfeitorias Reprodutivas. A faixa de servidão afeta diretamente a atividade empresarial de mineração, ela cruzará áreas onde a proprietária possui direitos minerários obtidos junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (Processos DNPM 869.311/1995 - Requerimento de Lavra; DNPM 866.056/2004 e Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 11 DNPM 866.057/2004- Autorizações de Pesquisa; DNPM 867.298/2008 e DNPM 867.300/2008 - Requerimentos de Pesquisa - Doc. 03 anexo documento de folha 99A dos autos), além de interferências técnicas potenciais em razão da proximidade da Linha de Transmissão com o depósito mineral denominado "Morro Sem Boné", com instalações planejadas para o empreendimento mineiro e ainda, com a LT 230kV corrente alternada SE Vilhena - SE PMSB, planejada para o suprimento de energia elétrica da futura planta (Doc. 04 anexo documento de folha 99A dos autos). Como no material fornecido nos autos não constam os custos para obtenção de títulos minerários e as projeções de produção podendo ser utilizado preferencialmente o método de capitalização de renda para identificar o valor econômico, conforme recomendação da ABNT NBR 14.653-3:2004, estes danos deverão ser objeto de avaliação posterior por profissional da área (geólogo ou engenheiro de minas) e não farão parte deste laudo. 5.3. EDIFICAÇÕES (BENFEITORIAS NÃO REPRODUTIVAS) Conforme vistoria, na faixa de servidão não foi identificado Benfeitorias Não Reprodutivas. 5.4. LEGISLAÇÃO AMBIENTAL E DE REGISTROS PÚBLICOS Este laudo considerou o imóvel livre de passivos e ônus para efeito de avaliação, uma vez que desconheço multas aplicadas sobre o mesmo. Não há documentos indicando as Áreas de Preservação Permanente (APP) conforme definido no Código Florestal (Lei Federal n.º 12.651 de 25/05/2012) de forma que nos permita verificar se existe a necessidade de recomposição da vegetação. Não foi apresentado a documentação comprovando que o imóvel está incluído no Cadastro Ambiental Rural (CAR) conforme definido no Código Florestal (Lei Federal n.º 12.651 de 25/05/2012). Com relação à Lei n.º 10.267/01, regulamentada pelos Decretos n.º 4.449/02 e n.º 5.570/05, o imóvel está CERTIFICADO no Sistema Geodésico Brasileiro, embora não foi apresentado Planta do Imóvel Georreferenciado e a certificação não foi registrada na matricula apresentada nos autos. Está condição pode causar impedimentos numa eventual transferência de domínio, e é portanto, outro passivo. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 12 MÓDULO 2 CÁLCULO DO VALOR DE MERCADO Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 13 1. CONSIDERAÇÕES O valor de mercado do imóvel foi obtido com base no unitário definido para o imóvel avaliando, considerando-se as devidas correções específicas ponderadas por modelo de inferência estatística, para adequá-lo às características do avaliando. O unitário adotado foi determinado após uma ampla pesquisa junto ao mercado imobiliário, através de contatos com corretores, imobiliárias atuantes, proprietários e pessoas afins. Identificamos elementos comparativos válidosque, de acordo com as "Normas", devem possuir os seguintes fatores de equivalência: a) Equivalência de Situação: dá-se preferência a locais da mesma situação geo-sócio-econômica, da mesma região e zoneamento. b) Equivalência de Tempo: sempre que possível, os elementos comparativos devem apresentar contemporaneidade com a avaliação. c) Equivalência de Características: sempre que possível deve ocorrer à semelhança com o imóvel objeto da avaliação no que tange à situação, grau de aproveitamento, características físicas, adequação ao meio, utilização etc. Em se tratando de uma região com atividade principal se encontra no setor rural, há média variedade de oferta de imóveis comerciais nas proximidades. Fez-se então uma ampla pesquisa onde foram coletadas amostras as quais foram criteriosamente analisadas e 26 (vinte e seis) elementos amostrais foram selecionadas em função da localização, grau de semelhança com o imóvel avaliando e disponibilidade de elementos amostrais. 2. METODOLOGIA EMPREGADA Foi utilizado o método comparativo de dados do mercado. O tratamento para alcançar a convicção do valor foi baseado em processo de inferência estatística permitindo o cálculo de estimativa de valor não tendencioso, estabelecendo-se intervalos de confiança e submetendo os dados a testes de hipóteses. De acordo com o estabelecido no enquadramento ao item 9.2.1 da NBR 14653/2004 da ABNT, adotamos para o tratamento estatístico das amostras e estimativas as seguintes variáveis explicativas: Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 14 X1 Área total Área total do imóvel, em m²; Tipo: Quantitativa Amplitude: 1000,00 a 9820,00 Impacto esperado na dependente: Negativo 10% da amplitude na média: -4,58 % na estimativa X2 Finalidade 0 Pecuaria 1 Plantação soja Tipo: Dicotômica Isolada Amplitude: 0 a 1 Impacto esperado na dependente: Positivo Diferença entre extremos: 95,90 % na estimativa Micronumerosidade: atendida. X3 Acesso Estado da via e a distancia da capital 1 Ruim 2 Bom 3 Otimo Tipo: Código Alocado Amplitude: 1 a 3,00 Impacto esperado na dependente: Positivo 10% da amplitude na média: 2,13 % na estimativa Micronumerosidade: atendida. X4 Area aberta Tipo: Quantitativa Amplitude: 0 a 7000,00 Impacto esperado na dependente: Positivo 10% da amplitude na média: 5,36 % na estimativa Y Unitário Valor unitário do imóvel, em R$/m²; Tipo: Dependente Amplitude: 3719,00 a 20770,00 Micronumerosidade para o modelo: atendida. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 15 2.1. Levantamento de Preço de Terra Foi realizado pesquisa de elementos comparativos junto ao mercado imobiliário: ofertas e transações realizadas de terras em condições assemelhadas ao imóvel avaliando, com relevo favorável à mecanização, fertilidade natural, regime hídrico e uso destinado preponderantemente ao cultivo de pastagens e/ou grãos. A amostra obtida como venda ou oferta, foi considerada dentro das declarações das fontes, não tendo sido verificadas em campo. As fontes consultadas concordaram de que os negócios na região apresentam no momento liquidez lenta. Há busca por terras mais baratas para conversão ao cultivo de grãos, pela logística oferecida na região e, a proximidade de centros consumidores ou intermodais. Situação que, de certa forma, equilibra o interesse entre compradores e vendedores. Para efeito de cálculo, foi considerado o valor de R$ 64,00 para a saca de soja, cotação média indicada pelas fontes e, em acordo com as médias das cotações entre Campos de Júlio e Sapezal (MT), indicados pelos boletins do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) para os últimos 12 meses. 2.2. ELEMENTOS COLETADOS Elemento Comparativo 1 – Oferta (2017): Fazenda Seiva, em Comodoro/MT com área de aproximadamente 1.000 hectares, sendo 650 hectares aberto e 350 hectares de mato. Finalidade: Soja. Acesso: Médio. Valor a vender 320 sacas de soja por hectare. Fonte: Imobiliária Serrana, CRECI Nº 1012-J, SITE: www.imoveisserrana.com.br, Fone: (65) 3283-2094 / (65) 9 9933-7849. Elemento Comparativo 2 – Oferta (2017): Fazenda com 8.300 ha em Comodoro, sendo 4.150 hectares aberto e 4.150 hectares de mato. Finalidade: Pecuária. Acesso: Difícil. R$ 70.000.000,00. Fonte: Fazendas Online, Rodrigo de Almeida Cinto Corretor de Imóveis- CRECI I SP- 90.250-F, Fones: (43) 3039- 3123 (43) 9131- 8433- (Vivo) I (43) 9605- 3666- (Tim) (67) 9643-0595- (Vivo) I (67) 8156- 2282 - (Tim). Elemento Comparativo 3– Oferta (2017): Fazenda Instancia Bom Jardim, na região da Gleba Área Branca, em Comodoro/MT com área de 9.820 hectares, sendo 7.000 hectares aberto. Finalidade: Pecuária e Soja. Acesso: Fácil. Valor de 120 sacas de soja por hectare. Fonte: Imobiliária Serrana, CRECI Nº 1012-J, SITE: www.imoveisserrana.com.br, Fone: (65) 3283-2094 / (65) 9 9933-7849. Sr. Publio. Elemento Comparativo 4– Oferta (2017): Fazenda na Região de Campos de Júlio, com área total de 2.273 hectares, sendo 1.400 hectares aberta. Finalidade: Soja. Acesso: Fácil. Preço: 324 sacas de soja por hectare. Fonte: Oito Imobiliária (43) 33789888 http://www.imoveisserrana.com.br/ http://www.imoveisserrana.com.br/ Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 16 Elemento Comparativo 5– Oferta (2017): Fazenda Bom Jardim, em Comodoro/MT com área de aproximadamente 4.400 hectares, sendo 3000 hectares aberto. Finalidade: Pecuária e Soja. Acesso: Fácil. Valor 115 sacas de soja por hectares. Fonte: Imobiliária Serrana, CRECI Nº 1012-J, SITE: www.imoveisserrana.com.br, Fone: (65) 3283-2094 / (65) 9 9933-7849. Sr. Publio. Elemento Comparativo 6 – Oferta (2017): Fazenda no vale do Guaporé, em Comodoro/MT com área de 6.840,00 hectares, sendo: 3.600 hectares aberto e 3.240 hectares em mata. Finalidade: Pecuária. Acesso: Difícil. Preço: R$18.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: Fernandes Imóveis, CRECI Nº 100.272-F, SITE: http://www.fernandesimoveis.net, Sr. Fernandes, CRECI Nº 100272, Fone: (13) 3481-3087, (13) 9815-12615, (11) 9 7572-3171. Elemento Comparativo 7 – Oferta (2017): Fazenda em Comodoro/MT com 2.450 hectares, sendo 1.550 hectares aberto e 900 hectares de mato. Finalidade: Pecuária e Soja. Acesso: Difícil. Preço: 209 sacas de soja por hectare. Fonte: (65) 999584811 Elemento Comparativo 8 – Oferta (2017): Fazenda em Comodoro/MT com 2.178 hectares, sendo 1.960 hectares aberto e 218 hectares de mato. Finalidade: Pecuária e Soja. Acesso: Difícil. Valor a vender R$ 18.000.00,00 total. Fonte: Srª Sandra (11) 986998505 Elemento Comparativo 9 – Transação de Compra e Venda Realizada (2017): Fazenda no vale do Guaporé, com 3516 hectares, sendo 1793 hectares aberto. Finalidade: Pecuária e Soja. Acesso: Dificil. Preço: R$ 15.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Este imóvel foi adquirida pelo leilão da Boi Gordo. Distancia da cidade de Comodoro: 80km. Fonte: Imobiliária Serrana, CRECI Nº 1012-J, SITE: www.imoveisserrana.com.br, Fone: (65) 3283-2094 / (65) 9 9933-7849. Sr. Publio. Elemento Comparativo 10 – Oferta (2017): Fazenda em Comodoro/MT com área total de 5435 hectares, sendo 1145 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Dificil. R$ 16.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: sr. Laurinei (65) 996632102 Elemento Comparativo 11 – Oferta (2017): Fazenda em Comodoro/MT com área total de 3.724hectares, sendo 1690 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Dificil. Preço: R$ 16.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: sr. Laurinei (65) 996632102 Elemento Comparativo 12– Oferta (2017): Fazenda em Comodoro com área total de 3.800 hectares, sendo 3.000 hectares aberto. Finalidade: Pecuária e Soja. Acesso: Médio. Preço: R$ 6.000,00 por hectare. Fonte: MT Fazendas, Site: www.mtfazendas.com.br. Código 658.Helton Peres, CRECI-F 2.891, contato: (65) 99983-0814, (65) 99983-0814. http://www.imoveisserrana.com.br/ tel:%20%20(13)%203481-3087 tel:%20(11)%209%207572-3171 tel:%20(11)%209%207572-3171 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 17 Elemento Comparativo 13– Oferta (2017): Fazenda em Nova Lacerda com área total de 9.680 hectares, sendo 5.000 hectares aberto. Finalidade: Pecuária e Soja. Acesso: Médio. Preço: Valor a vender R$ 60.000.000,00 total. Fonte: MT Fazendas, Site: www.mtfazendas.com.br. Código 667. Helton Peres, CRECI-F 2.891, contato: (65) 99983-0814, (65) 99983- 0814. Elemento Comparativo 14– Oferta (2017): Fazenda em Vila Bela da Santíssima Trindade com área total de 2.436 hectares, sendo 1.815 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Difícil. Preço: R$ 4.000,00 por hectares. Fonte: MT Fazendas, Site: www.mtfazendas.com.br. Código 296. Helton Peres, CRECI-F 2.891, contato: (65) 99983-0814, (65) 99983-0814. Elemento Comparativo 15– Oferta (2017): Fazenda em Comodoro com área total de 7.500 hectares, sendo 5.000 hectares aberto. Finalidade: Pecuária e Soja. Acesso: Fácil. Preço: Valor a vender R$ 89.700.00,00 total. Fonte: Conceito Imóveis Homeclass, Código do anunciante: 7171, Código Imovelweb: 2929671413. Contato: (51) 3086-0014, Site: www.conceitoimoveisrs.com.br Elemento Comparativo 16– Oferta (2017): Fazenda em Comodoro com área total de 4840 hectares, sendo 968 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Difícil. Valor a vender R$ 21.780.000,00 total. Fonte: Rio Verde Negócios Imobiliários, CRECI Nº J23308, SITE: www.rioverdeimobiliaria.com.br, Código 1510, Fone: (64) 3621-5363 Elemento Comparativo 17– Oferta (2017): Fazenda em Pontes e Lacerda com área total de 4.114 hectares, sendo 3.630 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Médio. Preço: R$ 6.000,00 por hectares. Fonte: GL Agronegócios, SITE: www.glagronegocios.com.br, Ref. 167, Fone: (67) 99945-7432. Corretor de Imóveis Sr. Gilson Leite, CRECI 6394-F, Contato: (67) 99945-7432 Elemento Comparativo 18– Oferta (2017): Fazenda em Nova Lacerda com área total de 1.573 hectares, sendo 1524 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Fácil. Valor R$ 20.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: MT Fazendas, Site: www.mtfazendas.com.br. Código 390. Helton Peres, CRECI-F 2.891, contato: (65) 99983-0814, (65) 99983- 0814. Elemento Comparativo 19 – Oferta (2017): Fazenda em Nova Lacerda com área total de 1.926 hectares, sendo 871 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Fácil. Valor R$ 17.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: MT Fazendas, Site: www.mtfazendas.com.br. Código 388. Helton Peres, CRECI-F 2.891, contato: (65) 99983-0814, (65) 99983- 0814. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 18 Elemento Comparativo 20 – Oferta (2017): Fazenda em Comodoro/MT com área total de 1.400 hectares, sendo 220 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Dificil. R$ 12.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: sr. Laurinei (65) 996632102 Elemento Comparativo 21 – Oferta (2017): Fazenda em Comodoro/MT com área total de 2.989 hectares, sendo 120 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Dificil. R$ 12.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: sr. Laurinei (65) 996632102 Elemento Comparativo 22– Oferta (2017): Fazenda em Comodoro/MT com área total de 4.032 hectares, sendo 170 hectares aberto. Finalidade: Pecuária. Acesso: Dificil. R$ 11.500,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: sr. Laurinei (65) 996632102 Elemento Comparativo 23 – Oferta (2017): Fazenda em Comodoro/MT com área total de 4.246 hectares, sendo toda em mata (fechada). Finalidade: Pecuária. Acesso: Dificil. R$ 9.000,00 por alqueires Paulista (2,42 hectares). Fonte: sr. Laurinei (65) 996632102 3. MODELO DE REGRESSÃO LINEAR Modelo: Avaliação de Imóvel Rural Data de referência: segunda-feira, 20/04/2017 CARACTERÍSTICAS DA AMOSTRA DADOS VARIÁVEIS Total da Amostra : 23 Total : 8 Utilizados : 22 Utilizadas : 5 Outlier : 0 Grau Liberdade : 17 MODELO LINEAR DE REGRESSÃO – Escala da Variável Dependente: ln(y) COEFICIENTES VARIAÇÃO Correlação : 0,91178 Total : 4,15052 Determinação : 0,83135 Residual : 0,69998 Ajustado : 0,79167 Desvio Padrão : 0,20292 F-SNEDECOR D-WATSON F-Calculado : 20,95025 D-Calculado : 1,68405 Significância : < 0,01000 Resultado Teste : Não auto-regressão 95% NORMALIDADE Intervalo Classe % Padrão % Modelo -1 a 1 68 68 -1,64 a +1,64 90 95 -1,96 a +1,96 95 100 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 19 MODELO UTILIZADO NA ESTIMATIVA DE VALOR (Moda) Y = 34152,416669 * X1 -0,254632 * 2,718(0,672585 * X2 ) * 2,718(0,105534 * X3 ) * 2,718(0,000075 * X4 ) MODELO DE ESTIMATIVA – PRINCIPAIS INDICADORES AMOSTRA MODELO Média : 8241,26 Coefic. Aderência : 0,83322 Variação Total : 443067530,36 Variação Residual : 73893986,01 Variância : 20139433,20 Variância : 4346705,06 Desvio Padrão : 4487,70 Desvio Padrão : 2084,88 PARÂMETROS DE ANÁLISE DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES VARIÁVEL Escala Linear T-Student Calculado Significância (Soma das Caudas) Determ. Ajustado (Padrão = 0,79167) X1 Área total ln(x) -1,79822 8,99 0,76582 X2 Finalidade x 5,91758 0,01 0,39795 X3 Acesso x 1,40002 17,95 0,78056 X4 Area aberta x 1,53983 14,20 0,77580 MATRIZ DE CORRELAÇÃO ENTRE VARIÁVEIS (Valores em percentual) • MATRIZ SUPERIOR – PARCIAIS • MATRIZ INFERIOR – ISOLADAS V ar iá v el F o rm a L in ea r Á re a to ta l F in al id ad e A ce ss o A re a ab er ta U n it ár io X1 ln(x) 34 46 88 40 X2 x -11 9 31 82 X2 x -24 42 50 32 X3 x 71 10 32 35 Y ln(y) -26 81 68 20 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 20 GRÁFICO DE ADERÊNCIA (Valor Observado X Valor Calculado) Histograma de Resíduos Padronizados X Curva Normal Padrão Distribuição de Valores Ajustados X Resíduos Padronizados Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 21 4. DETERMINAÇÃO DO VALOR DE MERCADO 4.1. ÁREA ATINGIDA PELA FAIXA DE SERVIDÃO Fazenda Morro sem Boné Área Total: 7.413,86 hectares Matricula: 1.260 do RGI de Vila Bela da Santíssima Trindade – MT Área de Servidão: 25,7976 hectares 4.2. INTERVALOS DE VALORES PARA ESTIMATIVA Valor Mínimo Valor Estimado Valor Máximo Desvio Mínimo Desvio Máximo Desvio Total Confiança (80 %) 3.217,46 3.965,82 4.888,25 -18,87% 23,26% 42,13% Predição (80%) 2.817,40 3.965,82 5.582,37 -28,96% 40,76% 69,72% Campo de Arbítrio 3.370,95 3.965,82 4.560,69 -15,00% 15,00% 30,00% Desta forma, qualquer valor compreendido entre os limites superior e inferior, atenderá a Confiabilidade de 80%. 4.3. VALOR UNITÁRIO ARBITRADO A partir das pesquisas de preços de mercado em áreas próximas com características semelhantes ao objeto avaliando no uso e aptidão bem como em sua potencialidade, considerando a situação paradigma de que o imóvel possui difícil acesso, o valor arbitrado é de R$ 3.965,82 cada hectare, atendendo a análise estatística pela teoria das Pequenas Amostras, através da Distribuição t-Sudent com nível de precisão ou probabilidade de ocorrência a 80%, considerando “n-1” graus de liberdade. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 22 MÓDULO 3 CÁLCULO DO VALOR DA INDENIZAÇÃO Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 23 1. CONSIDERAÇÕES Vários engenheiros já publicaram trabalhos apresentando procedimentos para se calcular o valor da indenização por servidão administrativa, como: 1. Anjos, Walter Zer dos, Critérios e método para a determinaçãodo coeficiente de servidão em faixas de domínio – anais do X COBREAP (Congresso Brasileiro de Avaliações e Pericias de Engenharia), IBAPE (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia), Porto Alegre, 1999 2. Alves, Claudio Souza, Metodologia para determinação de percentual de servidão aérea para faixa e áreas remanescentes, anais do XVI COBREAP, IBAPE, Manaus, 2011 3. Arantes, Carlos Augusto, Avaliação de indenização por instituição de servidão de passagens em glebas rurais – anais do XII COBREAP, IBAPE, Belo Horizonte, 2003 4. Arantes, Carlos Augusto, Depreciação de área remanescente por apossamento administrativo, anais do XIII COBREAP, IBAPE, Fortaleza, 2006 5. Crispim, Eldan Ramos, Avaliação de servidão pelo método da renda, anais do XV COBREAP, IBAPE, São Paulo, 2009 6. Costa, Luiz Augusto Seabra da, Avaliação de servidões, in Curso de revisão e atualização de engenharia de avaliações II, Instituto de Engenharia, São Paulo, 1978 7. Guilhon, José Estevan Massena, Um caso especial de avaliação de servidão – anais do XII COBREAP, IBAPE, Belo Horizonte, 2003 8. Hantzis, José Carlos, Criterios a aplicar para el calculo de indemnizaciones por concepto de imposicion de servidumbres de gasoducto – anais do X COBREAP, IBAPE, Porto Alegre, 1999 9. Lima, Marcelo Rossi de Camargo, O valor de servidão administrativa pela perda de renda causada em imóveis rurais, anais do XVII COBREAP, IBAPE, Florianópolis, SC, 2013 10. Lopes, José Tarcísio Doubek, Indenização por servidão – anais do XI COBREAP, IBAPE, 2001 11. Lopes, José Tarcísio Doubek, Servidão – cálculo de indenização, anais do XIII COBREAP, IBAPE, Fortaleza, 2006 12. Pellegrino, José Carlos, Avaliação de Faixas de Servidão de Passagem – in Engenharia de Avaliações, PINI, São Paulo, 1985 13. Vasconcelos Filho, Philippe Westin C., apostila sobre Indenização nas Servidões (década 70) Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 24 Segundo Hely Lopes Meirelles (in Direito Administrativo Brasileiro, Malheiros Editores, 27ª ed., 2002, p. 597): "A indenização da servidão faz-se em correspondência com o prejuízo causado ao imóvel. Não há fundamento algum para o estabelecimento de um percentual fixo sobre o valor do bem serviente, como pretendem alguns julgados. A indenização há que corresponder ao efetivo prejuízo causado ao imóvel, segundo sua normal destinação. Se a servidão não prejudica a utilização do bem, nada há que indenizar; se a prejudica, o pagamento deverá corresponder ao efetivo prejuízo, chegando, mesmo, a transformar-se em desapropriação indireta com indenização total da propriedade, se a inutilizou para sua exploração econômica normal". Segundo a ABNT NBR 14653-3:2004, item 10.10.2, temos como procedimentos para calcular o valor indenizatório em Servidões Rurais: (i) prejuízo correspondente a uma porcentagem, explicada e justificada, do valor da terra, limitado ao seu valor de mercado; (ii) prejuízo correspondente ao valor presente da perda de rendimentos líquidos relativos às produções vegetais na área objeto da servidão; (iii) prejuízos relativos às construções, instalações, obras e trabalhos de melhoria das terras atingidas pela faixa de servidão, que devem ser avaliados com base em 10.2 e 10.7; e (iv) outras perdas decorrentes na propriedade, quando comprovadas. A engenharia de avaliação não é uma ciência exata. Buscamos sempre a melhor aproximação do valor justo. Neste caso, apresentaremos uma faixa de valores que entendemos abranger a justa indenização. Adotando a sugestão de Vasconcelos Filho, Philippe Westin C., o valor da servidão deve ser equivalente a 62% do valor da faixa de servidão. Este seria o valor máximo da faixa de valor justo. Para o imóvel avaliando, isso significa que o valor máximo é igual a R$ 3.965,82 /ha x 25,7976 ha x 0,62 = R$ 63.431,36 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 25 Considerando a sugestão de Pellegrino, José Carlos, o valor da servidão deve ser equivalente a 33% do valor da faixa de servidão. Este seria o valor mínimo para a faixa de valor justo. Para o imóvel avaliando, isso significa que o valor mínimo é igual a R$ 3.965,82 /ha x 25,7976 ha x 0,33 = R$ 33.761,85 Para este trabalho, a metodologia escolhida para melhor enquadramento da situação do imóvel avaliando, foi adotada a sugestão de Lima, Marcelo Rossi de Camargo publicada no Congresso Brasileiro de Avaliações e Perícias (2013)5. Considerando a sugestão de Lima, Marcelo Rossi de Camargo, o valor deve corresponder a perda de potencial de renda imposto pela servidão. Neste caso, a servidão não permite praticar quaisquer atos que a embaracem ou lhe causem danos, inclusive os de fazer construções ou plantações de elevado porte, ou seja, não permite cultivo de cana de açúcar, de reflorestamentos e, consequentemente atividade minerária. Isso significa, por analogia, que as terras na faixa de servidão tem menor capacidade de uso que aquelas iguais fora da faixa. A proposta de Lima (2013) coincide com a de alguns autores, como Arantes: o cálculo efetivo do prejuízo baseado na alteração dos rendimentos econômicos no imóvel atingido. Para isso, como estamos lidando com imóveis rurais, Lima (2013) sugeriu o uso da capacidade de uso das terras como ferramenta para tanto. Para o imóvel avaliando, com área total da faixa de 25,7976 há que tem solo classificado como Classe III de capacidade de uso. Após um levantamento de dados na região, conforme dados obtidos neste laudo, chegou-se a conclusão de que o valor unitário para este solo é de R$ 3.965,82 /ha. Para a região foi utilizada uma tabela de classes de capacidade de uso com os seguintes coeficientes: TABELA 2 Capacidade de uso dos solos e valor relativo de cada classe CLASSES DE USO CRITÉRIO ESCALA DE VALOR (%) I terras para culturas, sem problemas de conservação, fertilidade, exige adubação de manutenção, renda líquida de orizicultura 100 II terras de culturas, com pequenos problemas de conservação, fertilidade exige práticas simples (nivelamento), renda líquida de orizicultura 95 III terras de culturas, com sérios problemas de conservação, fertilidade exige práticas complexas (terraceamento), renda líquida de orizicultura 75 IV terras de culturas ocasionais (2 anos) e pastagens (3 anos),sem problemas de conservação, renda líquida de agricultura em 1 ano associada à de pastagem em 4 anos 55 V terras só de pastagens, sem problemas de conservação, renda líquida de pecuária leiteira 50 APP e RL Áreas de preservação permanente e Reserva legal 40 VI terras só de pastagens, pequenos problemas de conservação, fertilidade exige práticas simples, renda líquida de pecuária leiteira 40 VII terras de florestas, sérios problemas de conservação, fertilidade exige práticas complexas (estradas de acesso), renda líquida de exploração silvícola 30 VIII terras de abrigo de vida silvestre, sem problemas de conservação, renda líquida de eventual exploração piscícola 20 Fonte: Mendes Sobrinho e Kozma, adaptada por Lima (2011) 5 Lima, M. R. C, O valor de servidão administrativa pela perda de renda causada em imóveis rurais, Campinas – Anais do XVII COBREAP, IBAPE, Florianópolis/SC, 2013. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 26 Como mencionado anteriormente, a servidão restringe o uso proibindo plantios como cana de açúcar, reflorestamentos, seringueiras e, consequentemente atividade minerária, mas permite pastagens. Os solos do imóvel na faixa de servidão, Classe III, permitem agricultura, embora no momento não esteja sendo utilizado; na região encontramos outras propriedades cultivando cana, reflorestamentos, seringueiras e no próprio imóvel avaliando a atividade minerária, portanto, o uso atual na faixa de servidão não esta prejudicado, mas o uso futuro sim. Assim, foi utilizadoum procedimento previsto no manual brasileiro para classificação das terras no sistema de capacidade de uso: as classes de terras podem ser alteradas quando uma restrição permanente for imposta ou retirada; no presente caso, a restrição é imposta, enquanto existir a servidão, e pode ser considerada como permanente. Assim, em vez de uma terra Classe III teremos uma terra Classe VI, que não permite cultivos intensivos como cana de açúcar, reflorestamentos, seringueira e atividade minerária. Desta forma, fazendo uso da tabela da região para comparar classes de solos temos o seguinte prejuízo na faixa de servidão: Valor da faixa atingida antes da servidão: R$ 3.965,82 /ha (Classe III) Valor da faixa atingida depois da servidão = R$ 3.965,82 /ha x 0,40÷0,70 = Valor da faixa atingida depois da servidão = R$ 2.266,19/ha Prejuízo efetivo causado pela servidão = R$ 3.965,82 /ha – R$ 2.266,19/ha = Prejuízo efetivo causado pela servidão = R$ 1.699,63/ha x 25,7976 ha = R$ 43.846,38 VALOR DA INDENIZAÇÃO (Arredondando-se) R$ 43.850,00 Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 27 MÓDULO 4 ENQUADRAMENTO E ESPECIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 28 1. ESPECIFICAÇÃO DA AVALIAÇÃO A NBR 14.653-2:2011, em seu item 9 Especificação das avaliações, apresenta a seguinte redação: “9.1.1 A especificação de uma avaliação está relacionada tanto com o empenho do engenheiro de avaliações, como com o mercado e as informações que possam ser dele extraídas. O estabelecimento inicial pelo contratante do grau de fundamentação desejado tem por objetivo a determinação do empenho no trabalho avaliatório, mas não representa garantia de alcance de graus elevados de fundamentação. Quanto ao grau de precisão, este depende exclusivamente das características do mercado e da amostra coletada e, por isso, não é passível de fixação a priori.” A presente avaliação, em razão do número de dados pesquisados e considerando o tratamento estatístico adotado, enquadra-se perfeitamente entre os graus de fundamentação e precisão preconizados pela Norma ABNT NBR 14.653- 3:2004. Diante dos elementos de mercado colhidos e critérios adotados, a presente avaliação enquadra‐se no Grau de Precisão I (amplitude do intervalo de confiança = 42,13%), e Grau de Fundamentação II nos termos definidos pela NBR 14653‐ 3:2004. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 29 MÓDULO 5 FOTOS DO IMÓVEL Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 30 Figura 2: Foto retirada na faixa de servidão do imóvel avaliando, onde é possível observar os funcionários da Concessionária I.E. Madeira e o Perito avaliador judicial. Figura 3: Foto retirada na faixa de servidão do imóvel avaliando, onde é possível observar as características do solo que o classifica na classe III. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 31 Figura 4: Foto retirada na faixa de servidão do imóvel avaliando, onde é possível observar o carro da concessionária I.E. Madeira, placa KQY-3456, utilizado pelo encarregado o sr. Juraildes José de Brito. Figura 5: Foto retirada na faixa de servidão do imóvel avaliando, onde é possível observar a linha de transmissão, o perito avaliador judicial e as características do solo que o classifica na classe III . Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 32 MÓDULO 6 QUESITOS Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 33 1. RESPOSTA DO PERITO AOS QUESITOS FORMULADOS PELAS PARTES Processo Nº: 368-09.811.0077 - 31069 (Cód. 31069) Parte Autora: Interligação Elétrica do Madeira S/A Parte Requerida: Guaporé Mineração LTDA 1.1. RESITOS FORMULADOS PELA PARTE AUTORA 1. Solicita-se aos senhores peritos que vistoriem a área sobrepassada pela Linha de Transmissão, descrevendo, identificando e fotografando-a. R: A vistoria a propriedade foi realizada no 14 de Fevereiro de 2.017. 2. Tendo em vista as características da propriedade objeto do presente processo e, em obediência à norma aplicável ao caso, qual seja a NBR 14.653-3 - Avaliação de Imóveis Rurais, da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas: a) efetuar pesquisa de mercado imobiliário citando e identificando as fontes das informações coletadas - nome , endereço e telefone dos informantes - e declarando a data em que foram coletados os elementos de pesquisa em mercado imobiliário. b) vistoriar as propriedades a que se referem os elementos de pesquisa, descrevendo-as (terras, culturas e benfeitorias), classificando seu solo segundo sua classe de capacidade de uso e definindo sua situação (ótima, muito boa, boa, regular, má, péssima). Descrever o roteiro de acesso às propriedades ou indicar sua localização em mapa do município. c) proceder a homogeneização dos dados coletados na pesquisa de mercado imobiliário apresentando, em detalhe, os cálculos efetuados e explicitando o significado e a origem dos fatores técnicos de homogeneização utilizados, excluindo o valor das culturas e das benfeitorias do valor total da propriedade de cada elemento pesquisado para a obtenção do valor da terra nua. d) calcular a média saneada (explicitando o critério de saneamento segundo o grau de fundamentação e o grau de precisão apresentados nos itens 9.2 e 9.3 da norma NBR 14.653-3 da ABNT) e Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 34 informar o unitário básico de terra nua aplicável associando o valor assim obtido com a classe e situação a que se refere. e) em função das classes de capacidade de uso e das situações, apresentar os preços unitários de terras originários do valor básico obtido em pesquisa de mercado. R: A resposta a este Quesito faz parte do Módulo 2 do presente Laudo de Avalição (paginas 13 a 23). 3. Quantificar a área de cada uma das classes de capacidade de uso das terras indenizáveis no imóvel em avaliação. Partindo do unitário básico obtido para terra nua em pesquisa de mercado imobiliário e homogeneizando para os fatores acima citados (classe e situação), calcular o valor dessas terras, mencionando a data a que se refere esse valor. R: A resposta a este Quesito faz parte do Módulo 3 do presente Laudo de Avalição (paginas 27 a 28). 4. Considerando que a servidão administrativa de passagem referente ao espaço aéreo ocupado pela linha de transmissão impõe restrições de uso do solo somente nos casos de cultura de cana-de-açúcar, de florestas (naturais ou cultivadas) e de culturas de porte elevado, além de algumas construções, queiram os senhores peritos responder e justificar: a) a instituição de servidão administrativa de passagem referente ao espaço aéreo ocupado pela linha de transmissão objeto da presente avaliação impede ou prejudica a continuidade da exploração das áreas desse imóvel, não abrangidas por essa mesma linha de transmissão? R: A passagem da faixa de servidão não prejudica a continuidade do desenvolvimento da atividade atual (minerária) nas demais áreas do imóvel avaliando, no entanto impede o desenvolvimento da atividade minerária futura já projetada para o imóvel avaliando. b) pode a faixa objeto da presente avaliação ser exploradapor culturas de porte compatível com o normal funcionamento da linha de transmissão? R: Sim, após a passagem da linha de transmissão o solo atingido ficou classificado como classe VI que são terras adaptáveis somente para pastagens. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 35 5. Definir a(s) alíquota(s) de servidão a ser (em) aplicada(s) para cálculo do valor de indenização pela instituição de servidão do espaço aéreo em consequência da construção dessa Linha de Transmissão por sobre a propriedade objeto do presente processo. Explicitar os critérios adotados para essa definição e a origem desses critérios. Aplicar essa(s) taxa(s) aos cálculos do quesito anterior para obter o valor da indenização pelas terras. R: A resposta a este Quesito faz parte do Módulo 3 do presente Laudo de Avalição (paginas 27 e 28). 6. Descrever detalhadamente as culturas vegetais a serem indenizadas nas áreas em que foi instituída a servidão de passagem dessa Linha de Transmissão por sobre a propriedade objeto do presente processo baseando essa descrição nas características necessárias à sua avaliação. Explicitar a vida útil e o estado vegetativo de cada cultura por ocasião da interrupção do processo de exploração dessas culturas em consequência da intervenção da autora na propriedade em questão. Em obediência à Norma da ABNT aplicável, calcular o valor de indenização de cada cultura a indenizar apresentando o cálculo efetuado nos seus detalhes esclarecedores. R: A resposta a este Quesito faz parte do Módulo 2 do presente Laudo de Avalição (pagina 10). 7. Qual o valor da indenização devida pela servidão de passagem da Linha de Transmissão por sobre a propriedade objeto do presente processo? (mencionar a data a que se refere o valor apresentado) R: O valor devido para indenização é de R$ 43.850,00 (Quarenta e três mil e oitocentos e cinquenta reais) para Abril de 2017. 8. Apresente a classificação de terras dos dados da amostra utilizada na pesquisa de mercado e da área objeto da perícia, conforme o item 5.2.1 na ABNT 14.653-3. R: A resposta a este Quesito faz parte do Módulo 2 do presente Laudo de Avalição (pagina 15). 9. Apresente o trabalho técnico que o Sr. Perito utilizou para justificar a alíquota (coeficiente de servidão) adotada no cálculo do valor de servidão de terra nua. R: A resposta a este Quesito faz parte dos Anexos ao presente Laudo de Avalição. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 36 10. Porque não foi adotado o coeficiente de 30%, para área em que a cultura não pode permanecer na faixa de servidão e 15% para área com pastagem? A alíquota adotada pelo Sr. Perito foi retirada de algum trabalho com fundamentação científica ou são apenas coeficientes arbitrados por algum autor? R: A resposta a este Quesito faz parte do Módulo 3 do presente Laudo de Avalição (paginas 27 e 28). 11. Foi atendido o item 10.10.2.1 da ABNT, que determina que o prejuízo seja correspondente a uma porcentagem, justificada e explicada, do valor da terra que deve refletir as restrições impostas pela passagem da linha de transmissão de energia? Explique detalhadamente, por favor. R: Sim, foi atendido o item 10.10.2.1 da NBR 14653‐3:2004. A explicação detalhada encontra-se a este Quesito faz parte do Módulo 3 do presente Laudo de Avalição (paginas 27 e 28). 12. Qual a restrição imposta pela passagem da linha de transmissão nas áreas de pastagem? R: Em áreas de pastagens a servidão não permite praticar quaisquer atos que a embaracem ou lhe causem danos, inclusive os de fazer construções ou plantações de elevado porte. No entanto não foi identificado em in loco área de pastagem na faixa de servidão do imóvel avaliando. 1.2. RESITOS FORMULADOS PELA PARTE REQUERIDA Quesito 01) Se os valores indicados no laudo de avaliação realizado unilateralmente da área serviente, à época da constituição da servidão administrativa, correspondem aos valores praticados pelo mercado? R: Não Quesito 02) Com base no atual valor de mercado e referente aos imóveis recentemente negociados na região onde se encontra o bem desapropriado, qual é o valor vigente do hectare para fins de compra e venda? R: O valor encontrado após o tratamento dos dados é de R$ 3.965,82 por hectare. Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 37 Quesito 03) Considerando o mapa apresentado pela Requerida em sede de Contestação (Doc. 04), em que constam interferências com os processos DNPM 869.311/1995 - Requerimento de Lavra; DNPM 866.056/2004 e DNPM 866.057/2004- Autorizações de Pesquisa, apurando-se a proporcionalidade das interferências nos títulos citados, responda : a) Houve, no Laudo apresentado unilateralmente, qualquer avaliação das onerações impostas, pelo conflito das atividades, aos títulos minerários citados acima? R: Não. b) Caso negativo, considerando a rigidez locacional da atividade de mineração, qual seria a indenização pertinente pela oneração dos títulos existentes em nome da Requerida? R: A resposta a este Quesito faz parte do Módulo 1 do presente Laudo de Avalição (pagina 11). c) Além de gravar os títulos, restringindo a área de atuação pelo conflito entre as atividades por questões físicas e de segurança, qual seria a indenização pertinente para as alterações da infraestrutura projetada para exploração do depósito denominado Morro sem Boné, objeto do processo DNPM 869.311/1995 - Requerimento de Lavra? R: A resposta a este Quesito faz parte do Módulo 1 do presente Laudo de Avalição (pagina 11). Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 38 MÓDULO 7 ENCERRMENTO Laudo de Avaliação Da Faixa de Servidão 39 1. ENCERRAMENTO Nada mais havendo a esclarecer, Encerra-se o presente trabalho composto por 41 (quarenta e um) folhas, e anexos, todas impressas de anverso, sendo esta folha datada e assinada pelo autor do presente trabalho, e as demais rubricadas. Adotando-se até o limite de 1%, conforme NBR 14.653-1:2001, tem-se o seguinte valor: VALOR DA INDENIZAÇÃO (Arredondando-se) R$ 43.850,00 Vila Bela da Santíssima Trindade, 26 de Abril de 2017. ________________________________ Jairo Júnio Dantas de Barros Engenheiro Florestal CREA 025608 Perito do Juízo 40 MÓDULO 8 ANEXOS 41 1. ANEXOS Estudo Científico usado para definir coeficiente de servidão Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) Elementos Comparativos Grau de Fundamentação
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