Buscar

Aula 10 [Mapa A4] - Preconceito e estereótipos [Sávio de Araújo]

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Preconceito e estereótipos 
[Sávio de Araújo]
Introdução
4 aspectos do preconceito
1 - Preconceito explícito / Processo controlado (fora de moda)
2 - Preconceito linguistico / Processo automático (involuntário)
3 - Força do preconceito (duração temporal e disseminação social)
4 - Dissuasão do preconceito (dificuldade de percepção sobre si)
O QUE É PRECONCEITO
Aspecto fragmentário e perspectivo do tratamento da psicologia social sobre o 
tema
Gordon Allport (1897-1967)
The nature of prejudice (1954)
"Allport (1954) define o preconceito como uma atitude hostil contra um 
indivíduo, simplesmente porque ele pertence a um grupo desvalorizado 
socialmente. No mesmo texto, Allport aprimora sua definição situando-a 
exclusivamente para o preconceito étnico, entendido como uma antipatia 
baseada numa generalização falha e inflexível, que pode ser sentida ou 
expressa e que se dirige a todo um grupo ou a um indivíduo porque este faz 
parte do grupo." (LIMA, 2020, p. 20).
1) Aspecto cognitivo do preconceito 
(generalização falha e inflexível)
2) Aspecto emocional do preconceito (antipatia)
3) Aspecto comportamental do preconceito (hostilidade)
Dimensão Cognitiva do Preconceito
Esteriótipos
"O primeiro autor a utilizar termo estereótipos foi Lippmann (1922) no seu 
trabalho intitulado “Opinião Pública”. Para este autor os estereótipos seriam 
por analogia “quadros mentais” (Lippmann, 1950, p.1). As imagens mentais 
eram indispensáveis para fazer frente a grande quantidade de informações 
provenientes de nosso meio. Lippmann discutiu que os humanos não 
respondem diretamente à realidade externa, mas a uma representação 
deste meio ambiente por eles constituído que é chamado de ficção. Isto 
que designa estereótipos como estruturas cognitivas que facilitaram o 
processo de informação sobre o mundo externo"
CAMPOS, Luis Antônio Monteiro et al. O QUE SÃO ESTEREÓTIPOS. 
Ciência Atual–Revista Científica Multidisciplinar do Centro Universitário 
São José, v. 17, n. 2, 2021.
Podem ser ativados de forma controlada (cs) ou automática (ics)
Funções psicológicas
1 - Sistematizar e simplificar as informações para dar sentido ao mundo
2 - Resguardar os valores do indivíduo, protegendo sua identidade 
através da manutenção das imagens dos outros grupos
Funções sociais
1 - Explicar acontecimentos sociais
2 - Justificar/legitimar ações sociais
3 - Diferenciar o próprio grupo em relação ao grupo dos outros
Dimensão Emocional do Preconceito
Emoção = tipo de sensação que se liga, simultaneamente, à atividade 
neurológica e cognitiva. Ela deve ser entendida como um processo de 
múltiplos componentes: cognição, regulação fisiológica, motivação pessoal, 
expressão motora, sensação e monitorização (LIMA, 2020, p. 21)
Tipos
Emoções primárias (basais)
Emoções secundárias (complexas)
Ligação com preconceito
Define a polaridade afetiva (positiva/negativa)
Define a intensidade da reação
Críticas Alport
O preconceito é individual e grupal
O preconceito não é composto apenas de atitudes hostis
O preconceito é uma atitude contextualizada e relacional
Hanna Arendt - As Origens do Totalitarismo
Excesso de reponsabilidade por parte da cognição
Outras definições
Blumer, H. (1958). Race prejudice as a sense of group position. Pacific Sociological 
Review, 1, 3-7.
Teoria do Senso de Posição Grupal 
Perspectiva grupal do preconceito 
(dominantes sobre dominados)
1) sentimento de superioridade
Dominados abaixo
2) sentimento de que os dominados são intrinsecamente diferentes - aliens
Dominados aquém
3) sentimento dos dominantes de serem os legítimos donos de 
determinados privilégios e vantagens
Dominados excluídos
4) medo e desconfiança de que os dominados ameacem sua posição de 
domínio
Dominados sob vigilância
Para Pierre Bourdieu o senso de posição grupal pode ser entendido como uma 
“classe inconsciente”
"Tal noção tem impacto tanto para a dominação por parte da maioria social, 
quanto na aceitação por parte da minoria, pois inclina os indivíduos a 
perceberem o mundo social como dado (“take it for granted” no original), 
ao invés de se rebelar e opor contra ele: 
O senso do lugar de alguém, define o que alguém pode ou não pode 
“permitir-se”, implicando uma aceitação tácita do lugar, um senso de limites 
(“o que não é para nós”), é o equivalente a uma sensação de distância, a ser 
marcada e mantida, respeitada ou esperada. (BOURDIEU, 1985, p. 728 apud 
LIMA, 2020, p. 25)
Brown, R. J. (1995). Prejudice: its social psychology. Oxford, UK: Blackwell
"Para ele, o preconceito é a expressão de atitudes sociais ou crenças 
depreciativas, de afetos negativos e a exibição de comportamentos hostis ou 
discriminatórios em relação aos membros de um grupo porque pertencem a 
esse grupo" (LIMA, 2020, p. 26)
Vala, J., Brito, R., & Lopes, D. (1999). Expressões dos racismos em Portugal: 
perspectivas psicossociológicas. Lisboa: Editora do Instituto de Ciências Sociais da 
Universidade de Lisboa.
"Na nossa perspectiva, não é o processo de construção da identidade ou o 
processo de categorização que geram discriminação e preconceito. O que 
parece ser bastante plausível é que estes processos reflictam as relações sociais 
onde ocorrem e que, consequentemente, as legitimem, quer através da 
idealização do endogrupo, quer através da construção de uma imagem 
negativa sobre exogrupos relevantes" (VALA et al, 1999, p. 13-14 apud LIMA, 
2020, p. 26).
Adoção de posição operativa ligada aos grupos alvo que se quer estudar.
LIMA, Marcus Eugênio Oliveira. Preconceito. In: Psicologia Social do 
Preconceito e do Racismo. Editora Blucher, 2020, p. 18-28.

Outros materiais