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LEI DE DROGAS N 11 343 - principais artigos e juris

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LEI DE DROGAS Nº 11.343
A lei de drogas não se aplica às drogas virtuais, somente as substâncias entorpecentes.
Art. 23-A. O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em
uma rede de atenção à saúde, com prioridade para as modalidades de tratamento
ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de internação em unidades de saúde
e hospitais gerais nos termos de normas dispostas pela União e articuladas com os
serviços de assistência social e em etapas que permitam: (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019) Novidade legislativa!
I - articular a atenção com ações preventivas que atinjam toda a população;
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - orientar-se por protocolos técnicos predefinidos, baseados em evidências
científicas, oferecendo atendimento individualizado ao usuário ou dependente de
drogas com abordagem preventiva e, sempre que indicado, ambulatorial; (Incluído
pela Lei nº 13.840, de 2019)
III - preparar para a reinserção social e econômica, respeitando as habilidades e
projetos individuais por meio de programas que articulem educação, capacitação para o
trabalho, esporte, cultura e acompanhamento individualizado; e (Incluído pela Lei
nº 13.840, de 2019)
IV - acompanhar os resultados pelo SUS, Suas e Sisnad, de forma articulada.
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 1º Caberá à União dispor sobre os protocolos técnicos de tratamento, em âmbito
nacional. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 2º A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de
saúde ou hospitais gerais, dotados de equipes multidisciplinares e deverá ser
obrigatoriamente autorizada por médico devidamente registrado no Conselho
Regional de Medicina - CRM do Estado onde se localize o estabelecimento no qual se
dará a internação. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 3º São considerados 2 (dois) tipos de internação: (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do dependente de
drogas; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - internação involuntária: aquela que se dá, sem o consentimento do dependente, a
pedido de familiar ou do responsável legal ou, na absoluta falta deste, de servidor
público da área de saúde, da assistência social ou dos órgãos públicos integrantes do
Sisnad, com exceção de servidores da área de segurança pública, que constate a
existência de motivos que justifiquem a medida. (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019) (cracolândia! Um servidor da área de segurança pública NÃO PODE PEDIR)
§ 4º A internação voluntária: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
I - deverá ser precedida de declaração escrita da pessoa solicitante de que optou por
este regime de tratamento; (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - seu término dar-se-á por determinação do médico responsável ou por solicitação
escrita da pessoa que deseja interromper o tratamento. (A decisão é voluntária na
ENTRADA mas não na saída!)
§ 5º A internação involuntária: (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
I - deve ser realizada após a formalização da decisão por médico responsável;
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
II - será indicada depois da avaliação sobre o tipo de droga utilizada, o padrão de uso e
na hipótese comprovada da impossibilidade de utilização de outras alternativas
terapêuticas previstas na rede de atenção à saúde; (Incluído pela Lei nº 13.840, de
2019)
III - perdurará apenas pelo tempo necessário à desintoxicação, no prazo máximo
de 90 (noventa) dias, tendo seu término determinado pelo médico responsável;
(Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
IV - a família ou o representante legal poderá, a qualquer tempo, requerer ao médico
a interrupção do tratamento. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 6º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada quando os
recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes. (Incluído pela Lei nº
13.840, de 2019)
§ 7º Todas as internações e altas de que trata esta Lei deverão ser informadas, em, no
máximo, de 72 (setenta e duas) horas, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e a
outros órgãos de fiscalização, por meio de sistema informatizado único, na forma do
regulamento desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 8º É garantido o sigilo das informações disponíveis no sistema referido no § 7º e o
acesso será permitido apenas às pessoas autorizadas a conhecê-las, sob pena de
responsabilidade. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 9º É vedada a realização de qualquer modalidade de internação nas comunidades
terapêuticas acolhedoras. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
§ 10. O planejamento e a execução do projeto terapêutico individual deverão observar,
no que couber, o previsto na Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001 , que dispõe sobre a
proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o
modelo assistencial em saúde mental. (Incluído pela Lei nº 13.840, de 2019)
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo,
para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação
legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas: (Não se fala em PPL!!!)
I - advertência sobre os efeitos das drogas; II - prestação de serviços à comunidade; III
- medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1º Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva
ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou
produto capaz de causar dependência física ou psíquica. (conduta equiparada)
* A semente, em si, não é objeto da lei de drogas porque não possui a substância
entorpecente. O STF em 2019 declarou a atipicidade da conduta de importar pequena
quantidade de sementes de maconha (Info 915)
§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos
antecedentes do agente. (Não só a quantidade será levada em conta, mas a natureza
também pesa!)
§ 3º As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo
prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4º Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste
artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
§ 5º A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários,
entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres,
públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da
prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.
§ 6º Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos
incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo,
sucessivamente a:
I - admoestação verbal; >>> II - multa.
§ 7º O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator,
gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para
tratamento especializado.
Art. 48. O procedimento relativo aos processos por crimes definidos neste Título
rege-se pelo disposto neste Capítulo, aplicando-se, subsidiariamente, as disposições do
Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal.
§ 1º O agente de qualquer das condutas previstas no art. 28 desta Lei, salvo se houver
concurso com os crimes previstos nos arts. 33 a 37 desta Lei, será processado e julgado
na forma dos arts. 60 e seguintes da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, que
dispõe sobre os Juizados Especiais Criminais. (Vai ser lavrado TCO)
§ 2º Tratando-se da conduta prevista no art. 28 desta Lei, não se imporá prisão em
flagrante, devendo o autor do fato ser imediatamente encaminhado ao juízo
competente ou, na falta deste, assumir o compromisso de a ele comparecer,
lavrando-se termo circunstanciado e providenciando-seas requisições dos exames e
perícias necessários. (Mesmo que o agente se recuse a assinar o TCO, ainda assim, não
pode ser lavrado o flagrante - contudo, é possível a captura e a condução)
§ 3º Se ausente a autoridade judicial, as providências previstas no § 2º deste artigo
serão tomadas de imediato pela autoridade policial, no local em que se encontrar,
vedada a detenção do agente. (Vide ADIN 3807) (Ausente o Juiz, o delegado que faz)
§ 4º Concluídos os procedimentos de que trata o § 2º deste artigo, o agente será
submetido a exame de corpo de delito, se o requerer ou se a autoridade de polícia
judiciária entender conveniente, e em seguida liberado.
§ 5º Para os fins do disposto no art. 76 da Lei nº 9.099, de 1995, que dispõe sobre os
Juizados Especiais Criminais, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata
de pena prevista no art. 28 desta Lei, a ser especificada na proposta. (Transação Penal)
PRESCRIÇÃO
Art. 30. Prescrevem em 2 (dois) anos a imposição e a execução das penas, observado,
no tocante à interrupção do prazo, o disposto nos arts. 107 e seguintes do Código Penal.
(No Código Penal, o menor prazo é de 03 anos, na legislação extravagante pode ser um
pouco menor, a exemplo do que ocorre nesse art.)
APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA NOS CRIMES DE PORTE/POSSE DE DROGAS PARA
CONSUMO PESSOAL
● O entendimento majoritário é de que não se aplica o princípio da insignificância nesses casos em
razão de esvaziamento do instituto.
É interessante saber:
- Não houve a descriminalização do crime, o que ocorreu foi a despenalização em sentido estrito
(referente às PPLS) ou como diria Nucci, a desencarceração.
- Usar a droga NÃO é crime!
- Não é possível impetrar Habeas Corpus em caso de art 28 pq não há ameaça à liberdade de
locomoção, visto que não podem ser aplicadas PPLs. Contudo, é possível que seja utilizado HC que
tenha como fundamento o art. 28.
- O art. 28 NÃO gera reincidência para outros crimes (apesar de ainda ser considerado crime em
razão do princípio da proporcionalidade) - É possível gerar reincidência específica!
DESAPROPRIAÇÃO
Art. 32. As plantações ilícitas serão imediatamente destruídas pelo delegado de polícia
na forma do art. 50-A, que recolherá quantidade suficiente para exame pericial, de tudo
lavrando auto de levantamento das condições encontradas, com a delimitação do local,
asseguradas as medidas necessárias para a preservação da prova. (Não é necessária
autorização judicial!)
§ 3º Em caso de ser utilizada a queimada para destruir a plantação, observar-se-á, além
das cautelas necessárias à proteção ao meio ambiente, o disposto no Decreto nº 2.661,
de 8 de julho de 1998, no que couber, dispensada a autorização prévia do órgão próprio
do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama.
§ 4º As glebas cultivadas com plantações ilícitas serão expropriadas, conforme o
disposto no art. 243 da Constituição Federal, de acordo com a legislação em vigor.
JURIS EM TESES: A expropriação de bens em favor da União, decorrentes da prática de
crime de tráfico de entorpecentes, constitui efeito automático da sentença penal
condenatória. (mesmo que a plantação seja em uma pequena parte do terreno, TUDO
será expropriado!)
APREENSÃO DA DROGA EM FLAGRANTE - DESTRUIÇÃO
Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a autoridade de polícia judiciária fará,
imediatamente, comunicação ao juiz competente, remetendo-lhe cópia do auto
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do Ministério Público, em 24 (vinte e quatro)
horas.
§ 1º Para efeito da lavratura do auto de prisão em flagrante e estabelecimento da
materialidade do delito, é suficiente o laudo de constatação da natureza e quantidade
da droga, firmado por perito oficial ou, na falta deste, por pessoa idônea.
§ 2º O perito que subscrever o laudo a que se refere o § 1º deste artigo não ficará
impedido de participar da elaboração do laudo definitivo.
§ 3º Recebida cópia do auto de prisão em flagrante, o juiz, no prazo de 10 (dez)
dias, certificará a regularidade formal do laudo de constatação e determinará a
destruição das drogas apreendidas, guardando-se amostra necessária à realização do
laudo definitivo. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
§ 4º A destruição das drogas será executada pelo delegado de polícia competente no
prazo de 15 (quinze) dias na presença do Ministério Público e da autoridade
sanitária. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
* A destruição da droga com flagrante se dá no prazo de 10+15! *
* Se não tiver flagrante, são 30 dias para incineração
§ 5º O local será vistoriado antes e depois de efetivada a destruição das drogas referida
no § 3º , sendo lavrado auto circunstanciado pelo delegado de polícia, certificando-se
neste a destruição total delas. (Incluído pela Lei nº 12.961, de 2014)
Art. 50-A. A destruição das drogas apreendidas sem a ocorrência de prisão em flagrante
será feita por incineração, no prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da data da
apreensão, guardando-se amostra necessária à realização do laudo definitivo.
(Redação dada pela Lei nº 13.840, de 2019)
CRIMES
Art. 33. (1) Importar, (2) exportar, (3) remeter, (4) preparar, (5) produzir, (6) fabricar, (7)
adquirir, (8) vender, (9) expor à venda, (10) oferecer, (11) ter em depósito, (12)
transportar, (13) trazer consigo, (14) guardar, (15) prescrever, (16) ministrar, (17) entregar
a consumo ou (18) fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a
15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos)
dias-multa. (É um tipo penal misto alternativo, basta realizar uma das condutas)
Art. 43. Na fixação da multa a que se referem os arts. 33 a 39 desta Lei, o
juiz, atendendo ao que dispõe o art. 42 desta Lei, determinará o número de
dias-multa, atribuindo a cada um, segundo as condições econômicas dos
acusados, valor não inferior a um trinta avos nem superior a 5 (cinco) vezes
o maior salário-mínimo.
Parágrafo único. As multas, que em caso de concurso de crimes serão
impostas sempre cumulativamente, podem ser aumentadas até o décuplo
se, em virtude da situação econômica do acusado, considerá-las o juiz
ineficazes, ainda que aplicadas no máximo.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem: (condutas equiparadas - o caput absorve o §1º)
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar,
matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas (para
que seja crime, devem conter a substância entorpecente, ex: se for semente, não vale!);
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima
para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado
à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal
ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios
razoáveis de conduta criminal preexistente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: Pena - detenção, de 1
(um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.
§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento, para juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 (seis)
meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e
quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
§ 4º Nos delitosdefinidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas
de direitos (????), desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se
dedique às atividades criminosas nem integre organização criminosa. <TRÁFICO
PRIVILEGIADO>
OU SEJA, É POSSÍVEL A CONVERSÃO DE PPL EM PRD!
*** CUIDADO! O crime do tráfico ser privilegiado NÃO É equiparado a hediondo - Entendimento dos
tribunais superiores + Atualização do Pacote Anticrime. o PRIVILÉGIO RETIRA A HEDIONDEZ
LEX TERTIA: Súmula 501, STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei 11343 desde que o resultado da
incidência de suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu que o advindo da aplicação de lei
anterior. VEDADA a combinação de leis.
§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga: (Vide ADI nº
4.274) Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos)
dias-multa. (NÃO É TRÁFICO!!!)
**** Marcha da maconha não é induzimento ao uso, mas liberdade de expressão
§ 3º Oferecer droga, (1) eventualmente e (2) sem objetivo de lucro, a (3) pessoa de seu
relacionamento, para (4) juntos a consumirem: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1
(um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem
prejuízo das penas previstas no art. 28. (TRÁFICO DE MENOR POTENCIAL/ TRÁFICO
SENTIMENTAL) FICAR ATENTO, CAI MUITO.
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste artigo, as penas poderão ser
reduzidas de um sexto a dois terços, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre organização
criminosa. (Vide Resolução nº 5, de 2012)
Art. 34. Fabricar, adquirir, utilizar, transportar, oferecer, vender, distribuir, entregar a
qualquer título, possuir, guardar ou fornecer, ainda que gratuitamente, maquinário,
aparelho, instrumento ou qualquer objeto destinado à fabricação, preparação,
produção ou transformação de drogas, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e
pagamento de 1.200 (mil e duzentos) a 2.000 (dois mil) dias-multa. - TRATA-SE DE ATO
PREPARATÓRIO PUNÍVEL. - É absolvido pelo tráfico de drogas não sendo caso de
maquinário para grande escala.
Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou
não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: Pena -
reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.200 (mil e
duzentos) dias-multa. - Associação para o tráfico é um crime de concurso obrigatório!
É preciso que haja ESTABILIDADE + PERMANÊNCIA + GRUPO (reiterada ou NÃO)
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para
a prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
** Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 não esteja previsto nos arts
33 a 37 desta lei, o réu poderá ser condenado pelo crime de corrupção de menores,
porém, se a conduta estiver tipificada em um desses artigos supramencionados, não
será possível a condenação por aquele delito, mas apenas a majoração de sua pena
com base no art 40, VI da referida Lei. - Ou seja, não aplica a corrupção de menores, só
a majoração.
Art. 36. Financiar ou custear a prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33,
caput e § 1º , e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 8 (oito) a 20 (vinte) anos, e pagamento
de 1.500 (mil e quinhentos) a 4.000 (quatro mil) dias-multa. <A pena é maior que a do
próprio tráfico!?> Entende-se que ele seria equiparado a hediondo.
**** Existe uma causa de aumento para quem financia, no caso de
AUTOFINANCIAMENTO. Se o financiamento é de terceiro mas não pratica, incorre no
artigo acima.
Art. 37. Colaborar, como informante (tem que estar FORA da associação) com grupo,
organização ou associação destinados à prática de qualquer dos crimes previstos nos
arts. 33, caput e § 1º , e 34 desta Lei: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e
pagamento de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) dias-multa. (geralmente praticado por
policiais, que passam informações)
Art. 38. Prescrever ou ministrar, culposamente, drogas, sem que delas necessite o
paciente, ou fazê-lo em doses excessivas ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 50
(cinqüenta) a 200 (duzentos) dias-multa. ÚNICO TIPO CULPOSO DA LEI!!!
Parágrafo único. O juiz comunicará a condenação ao Conselho Federal da categoria
profissional a que pertença o agente.
JURIS EM TESES: Quando o agente no exercício irregular da medicina (se o exercício
for regular, é somente na lei de drogas) prescreve substância caracterizada como droga,
resta configurado, em tese, o delito do art. 282 do Código Penal - CP, em concurso
formal com o art. 33, caput da Lei 11343
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave (automóvel será punível com base no CTB)
após o consumo de drogas, expondo a dano potencial a incolumidade de outrem. (É
crime de perigo CONCRETO, é preciso que haja efetivo dano à incolumidade). Pena -
detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo, cassação da
habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena privativa de
liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos) dias-multa.
Precedentes: HC 101861/MS, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, DJ de 9/5/2011; HC 108148/MS, rel. Min.
Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJ de 1/7/2011� “In casu, o paciente admitiu a subtração dos bens, mas não
a violência e a grave ameaça, que restaram comprovadas nos autos, sendo certo que tal estratégia, ao invés
de colaborar com os interesses da Justiça na busca da verdade processual, visou apenas a confundir o Juízo
diante da prisão em flagrante do paciente. 3. A atenuante da confissão espontânea é inaplicável às
hipóteses em que o agente é preso em flagrante, como no caso sub judice” - Incompatibilidade da prisão
em flagrante com a confissão espontânea.
CAUSAS DE AUMENTO DE PENA
Art. 40. As penas previstas nos arts. 33 a 37 desta Lei são aumentadas de um
sexto a dois terços, se:
I - a natureza, a procedência da substância ou do produto apreendido e as
circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade do delito;
SÚMULA 607 STJ: A majorante do tráfico transnacional de drogas configura-se
com a prova de destinação internacional das drogas, ainda que não consumada a
transposição de fronteiras. - A natureza, a procedência da substância ou do
produto apreendido e as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade
do delito!!!! A competência no caso das transnacionalidades, será da Justiça
Federal.
II - o agente praticar o crime prevalecendo-se de função pública ou no
desempenho de missão de educação, poder familiar, guarda ou vigilância;
III - a infração tiver sido cometida nas dependências ou imediações de
estabelecimentos prisionais, de ensino ou hospitalares, de sedes de entidades
estudantis, sociais, culturais, recreativas, esportivas, ou beneficentes, de locais
de trabalho coletivo, de recintos onde se realizem espetáculos ou diversões de
qualquer natureza, de serviços de tratamento de dependentes de drogas ou de
reinserção social, de unidades militares ou policiais ou em transportes
públicos
JURIS EM TESE: A causa de aumento de pena acima prevista possui natureza
OBJETIVA e se aplica em função do lugar do cometimento do delito, sendo
descipienda (dispensada) a comprovação efetiva do tráfico ou de que o crime
visava a atingir os frequentadores desses locais,
JURIS EM TESES: Para caracterização da causa de aumento de pena no art 40,
III da Lei de Drogas é necessária a efetiva oferta ou comercialização da droga no
interior do veículo público, não bastando para sua incidência, o fato de o agente
ter se utilizado dele como meio de locomoção e de transporte da substância
ilícita. < O aumento só acontece se ele COMERCIALIZAR A DROGA dentrodo
transporte público! > (Cai bastante essa juris!)
IV - o crime tiver sido praticado com violência, grave ameaça, emprego de arma
de fogo, ou qualquer processo de intimidação difusa ou coletiva; <Se a arma tiver
como finalidade o tráfico, incide a causa de aumento, se for algo independente,
cumula com o porte ilegal de arma.>
V - caracterizado o tráfico entre Estados da Federação ou entre estes e o
Distrito Federal;
JURIS EM TESE: É cabível a aplicação cumulativa das causas de aumento
relativas à transnacionalidade e à interestadualidade do delito, previstas nos
incisos I e V do art. 40 da Lei de Drogas, quando evidenciado que a droga
proveniente do exterior se destina a mais de um estado da federação, sendo o
intuito dos agentes distribuir o entorpecente estrangeiro por mais de uma
localidade do país.
VI - sua prática envolver ou visar a atingir criança ou adolescente ou a quem
tenha, por qualquer motivo, diminuída ou suprimida a capacidade de
entendimento e determinação;
JURIS: Caso o delito praticado pelo agente e pelo menor de 18 não esteja
previsto nos arts 33 a 37 desta lei, o réu poderá ser condenado pelo crime de
corrupção de menores, porém, se a conduta estiver tipificada em um desses
artigos supramencionados, não será possível a condenação por aquele delito,
mas apenas a majoração de sua pena com base no art 40, VI da referida Lei. - Ou
seja, não aplica a corrupção de menores, só a majoração. (STJ - REsp 1622781 MT
- 2016 - INFO 595)
VII - o agente financiar ou custear a prática do crime.

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