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GT 6 - Comparações

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GT 6 - Comparações
Isabella Rayane
CRESCIMENTO
Aumento linear contínuo, mas não constante, das estruturas resultantes da interação de fatores intrínsecos ou orgânicos (genético, neuroendócrinos) e extrínsecos ou ambientais (nutricionais, condições geofísicas, atividade física, vínculo mãe-filho)
Resultado da interação de fatores genéticos  determinam as proporções do corpo humano e o tempo de maturação dos órgãos e sistemas e de fatores ambientais, como:
Fatores psicológicos: afetividade, segurança.
Fatores socioculturais: acesso à alimentação, cuidados gerais, cuidados de higiene e condição de habitação e saneamento básico, acesso aos serviços de saúde.
Situações patológicas: intensidade e frequência de doenças, principalmente as infecciosas.
Meninos x meninas  não cai
Entre os 11 e os 13 anos de idade  os estrogênios femininos começam a ser formados e causam rápido crescimento em altura, mas também o fechamento precoce das epífises dos ossos longos em torno do 14o ao 16o ano de vida  crescimento em altura é interrompido. 
Testosterona no homem crescimento extra pouco depois, entre 13 e 17 anos de idade. O homem, entretanto, tem crescimento mais prolongado devido ao fechamento tardio das epífises
Em relação ao corpo humano o crescimento é um processo dinâmico que envolve hiperplasia, hipertrofia e apoptose, sendo influenciado por diversos fatores: ambientais, genéticos e hormonais, além da nutrição, atividade física, clima e estado emocional.
O crescimento linear do homem começa com a feritilização prossegue durante a fase pré-natal, neonatal, infância e adolescência até que haja o fechamento das cartilagens epifisárias
GUIA 
AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO
Avaliação transversal: 
As medidas são realizadas em um único “momento” (Ex: em uma consulta). 
Serve apenas para obter a impressão inicial sobre o estado nutricional da criança, mas não refletem o processo de crescimento em si. 
Podem ser alteradas por aspectos momentâneos, como uma doença infecciosa que, por exemplo, causou a perda de peso da criança. 
 Avaliação longitudinal:
Realizada ao longo do tempo. 
O crescimento é avaliado por meio da observação e quantificação em várias ocasiões. 
Permite avaliar o ritmo de crescimento.
Nas crianças, o estado nutricional exerce forte influência sobre a morbimortalidade, o crescimento e o desenvolvimento. 
 O monitoramento do crescimento a longo prazo permite a identificação precoce das situações de risco nutricional, além de alertar os familiares sobre os possíveis problemas gerais de saúde.
FASES DO CRESCIMENTO – não cai
1. Uma fase de crescimento rápido, porém com velocidade de crescimento progressivamente menor dos 2,5 anos até os 3 anos; 
2. Uma fase de crescimento mais estável com desaceleração lenta até o início da puberdade; e
 3. A fase puberal com o estirão de crescimento rápido, que em algumas crianças, há um estirão entre 7 e 8 anos (estirão do meio da infância). 
A menina e o menino crescem bem semelhantes na infância 
Na puberdade, as meninas apresentam o estirão em média 2 anos antes que os meninos e param de crescer + cedo. 
 Pico de velocidade de crescimento ♀: 8,5 cm/ano 
Pico de velocidade de crescimento ♂: 9,5cm/ano 
Diferença da média das alturas entre ♂ e ♀ é de 13
HORMÔNIOS
Eixo GH-sistema (IGF) + genética influenciam diretamente no crescimento. 
O eixo GH-sistema IGF constitui a via final mediante a qual a maioria dos fatores que atuam no processo de crescimento exerce sua ação. 
 GH é produzido pela adeno-hipófise e secretado em pulsos, com meia-vida de 20’. 
 A secreção hipofisária de GH tem controle hipotalâmico, exercido pelo GhRH (hormônio liberador do GH), somatostatina e grelina. 
GhRH e grelina estimulam a secreção de GH atuando nos receptores específicos distintos acoplatos à proteína G 
Somatostatina exerce ação inibitória. 
A tiroxina, o glucagon, os esteróides sexuais, a dopamina, a hipoglicemia e alguns hexapeptídeos sintéticos estimulam a secreção de GH, atuando no hipotálamo e/ou na hipófise.
GH é o principal hormônio envolvido no crescimento somático, e expressa sua ação diretamente ou através de seus efeitos sobre o IGF-1, proteínas ligadoras de IGF (IGF-BP) e subunidade ácido-labil (ALS). 
Vários outros hormônios estão envolvidos no crescimento como a tiroxina, androgênios adrenais, esteróides sexuais, glicocorticóides, grelina, leptina, e insulina, além de vários neurotransmissores e moduladores metabólicos, bem como fatores externos.
GH: promove a síntese protéica, inibe a síntese de gorduras e carboidratos e é essencial para a proliferação de condrócitos na placa epifisária, necessária para o crescimento em estatura. 
O GH é sintetizado na adeno-hipófise, secretado de forma pulsátil, com pico cerca de 1 hora após o início do sono. Sua secreção pulsátil ocorre em resposta à liberação também pulsátil do GHRH no sistema porta-hipofisário
GUIA 
O GH já pode ser dosado em sangue fetal por volta do final do 1º trimestre de gestação, embora não se saiba exatamente em que período da vida o GH passe a assumir o controle do crescimento, visto que fetos e crianças com deficiência de GH apresentam crescimento normal, ou quase normal durante a vida uterina e até aproximadamente 6 meses após o nascimento, mas não após esse período.
A liberação do GH pela adeno-hipófise está sob o controle de GHRH e somatostatina (o GnRH estimula a transcrição de genes do GH e sua liberação, enquanto que a somatostatina inibe sua liberação em resposta a níveis elevados de GH, além de mediar feedback negativo bloqueando a estimulação pelo GnRH).
O GH age sobre seus receptores (GHR) que estão expressos desde a vida fetal e consistem de domínios extracelulares, transmembrana e citoplasmáticos. A ação do GH é mediada através do sistema IGF-1, que incluía a IGF-1, IGF-2 (receptores específicos), uma família de proteínas de ligação e uma glicoproteína chama de ALS.
GUIA 
A IGF-1 (insulin growth fator-1)  proteína sintetizada sob controle de um único gene, e é estruturalmente relacionada com a insulina, sendo capaz de se ligar ao receptor de insulina, mas com uma afinidade menor. A IGF-1 é produzida principalmente pelo hepatócito durante toda a vida, sendo o período da puberdade de maior intensidade. A síntese de IGF- 1 é estimulada pelo GH e inibida pela desnutrição, insensibilidade ao GH, deficiência de receptor de GH, ou deficiências na sinalização intracelular desencadeada pelo GH.
Cerca de quase toda a IGF-1 encontra-se ligada a uma de 6 proteínas carreadoras, as IGFBP – insulin growth fator binding protein, sendo que 80% das IGF estão ligadas à IGFBP-3. Esta proteína aumenta a meia-vida da IGF-1 na circulação e transporta a IGF-1 até as células alvo, modulando sua ação.
A IGF-1 age de forma parácrina através da ligação aos receptores específicos de IGF, que tem atividade tirosina quinase, presentes na maioria dos tipos celulares, especialmente nos músculos, ossos e cartilagens. O sinal é transmitido intracelularmente através de protéinas quinase B, e resulta na estimulação da divisão celular e inibição da apoptose.
Por fim, a ALS é um componente do complexo IGF-1/IGFBP-3/ALS que é secretada pelo hepatócito em resposta ao GH. Ela tem um papel importante por manter o reservatório circulante de IGF-1 e concentrações normais de IGF-1 e IGFBP-3. Níveis reduzidos de ALS tem sido identificados em pacientes com deficiência de GH e aumentados naqueles com acromegalia.
Influência de outros hormônios no eixo GH-IGF-1:
o hormônio tireoidiano influencia a secreção de GH e auxilia na formação óssea e de cartilagem
HIPO  menor secreção de GH.
HIPER  crescimento acelerado, idade óssea avançada e fechamento precoce de epífises.
Os glicocorticoides apresentam efeito dual sobre o GH: a exposição transitória aos glicocorticoides aumentam os níveis de GH, porém a exposição crônica provoca o mesmo resultado de bloqueio ao teste provocativo de liberação de GH. Antes da puberdade os corticoides gonadais tem pouca participação no crescimento.
A grelina é um pré-pro-hormôniosintetizado no fundo gástrico, sendo que pequenas quantidades também são sintetizadas no hipotálamo, hipófise, rins, e outros órgãos. Está envolvida na regulação da liberação de GH através da ação nos receptores secretagogos de GH, induzindo a liberação de GHRH pela adeno-hipófise. 
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Outros hormônios como o tireoideano, androgênios adrenais, esteroides sexuais, glicocorticoides, grelina, leptina e insulina também interagem com o eixo GH-IGF-1.
Influência ambiental  nutrição, estado emocional, atividade física e clima.
A desnutrição continua sendo a principal causa de baixa estatura nos países em desenvolvimento.
Nos países desenvolvidos as causas de déficit de crescimento se associam a doenças crônicas ou psiquiátricas tais como doença inflamatória intestinal, doença celíaca, fibrose císitica, doença renal crônica e anrexia nervosa.
Embora estados de estresse agudo possam estimular a secreção de GH, crianças expostas ao estresse crônico apresentam supressão da síntese de GH.
O fator geográfico influencia a estatura do indivíduo (clima, altitude e condições de tempo). A velocidade de crescimento tem seu menor valor no inverno e seu maior valor na primavera. E por fim, indivíduos vivendo em elevadas altitudes apresentam estaturas mais baixas (população Andina) do que aqueles vivendo mais próximos do nível mar.
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A estatura final é fortemente influenciada pela genética e além disso, mutações que influenciem o eixo hipotálamo-hipofisário podem afetar a produção ou a ação do GH. No contexto genético podem ser afetados genes que codificam para a síntese do GH, do receptor de GH, da síntese de IGF-1 (Insulina Like Growth Factor -1), do receptor de IGF- 1, bem como mutações em genes que afetam outros hormônios relacionados ao crescimento como a insulina, tiroxina e hormônios sexuais.
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ANTROPOMETRIA
É o principal método de avaliação do crescimento em crianças. Possui suas vantagens:
Simples.
Possui baixo custo.
Aceitabilidade pela população.
Permite a identificação precoce de crianças em risco nutricional.
Prematuro – corrige a idade
ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS
Resulta da correlação entre medidas. Permite a comparação dos dados individuais com os de uma população de referência. 
Peso/Idade:
Usado como triagem na avaliação nutricional, pois um ganho de peso satisfatório sugere processo de crescimento normal.
Não permite, numa medida isolada, a distinção de casos agudos e crônicos de desnutrição.
Altura ou Comprimento/Idade: 
A criança até os 3 anos deve ser medida em decúbito dorsal (obtêm-se o comprimento).
Déficits na estatura estão associados a processos biológicos de longo prazo, que resultam na redução da velocidade de crescimento. Por esse motivo, agravos nutricionais só comprometem a altura tardiamente. 
Baixa relação estatura/idade está associada a baixas condições socioeconômicas, aporte inadequado de nutrientes e infecções repetidas ou crônicas. 
O déficit estatural, ao contrário do peso, é dificilmente reversível.
Peso/Altura: 
Identifica facilmente os casos agudos de desnutrição. 
O cálculo do IMC/idade vem substituindo esse índice. 
IMC: 
Avalia desnutrição e obesidade 
Desvantagem: não permite a avaliação da composição corporal do indivíduo, isto é, não distingue massa magra e massa gorda.
Perímetro cefálico / Idade: 
Medida importante até os 2 anos de idade, período em que ocorre rápido crescimento da massa encefálica.
Valores ↓ do esperado podem ser resultado do fechamento precoce de suturas, malformações e sequelas de infecções perinatais. 
Valores ↑ do esperado podem ser explicadas por hidrocefalia ou tumores.
Índices antropométricos:
 Percentil
Permite visualizar a linha de crescimento da criança ao longo do tempo, utilizando as curvas de crescimento.
Escore-Z
Representa o número de desvio-padrão (DP) a partir do ponto central (mediana ou p50) da população de referência. Esse índice foi recentemente incorporado à “Caderneta de Saúde da Criança” (As curvas são da OMS).
A principal diferença entre os dois índices é que o percentil quantifica do início (próximo ao zero) até o final da distribuição (próximo ao 100) e o escore Z quantifica a partir da mediana (equivalente ao p50).
A recomendação da OMS para a utilização do escore-Z em análises coletivas de crescimento deve-se ao fato desse índice discriminar melhor os valores extremos. 
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