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Resumo de Biofísica

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POOH 
 
 
 
Apostila 
 Biofísica-Unirio 
2 
 
 
Índice: 
Soluções 
Propriedades Coligativas 
Instrumentação Cientifica 
Sistemas Coloidas 
PH e Tampoes 
Respiração 
Mecanica Cardiaca 
Biofisica das Trocas Gasosas 
Ultrassom 
Agua 
Equilibrio Acido-Base do organismo 
Coração 
Tensao Superficial 
Bioeletrogenese 
Contração Muscular 
Espectrofotometria 
Eletroforese 
Exame Fisico do Sangue 
Pressao Venosa 
Calorimetria Biologica 
Membranas Biologicas 
Cromatografia 
Hemodinamica 
Termoregulação Corporal 
Pressao Arterial 
Aparelho para medição de PA 
3 
 
Antropometria e Espirometria 
Determinação Colorimetrica do pH 
Exame físico da Urina 
Grandezas Funcamentais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Soluções 
 
Solução: Mistura unifásica de mais de um componente. 
Soluto – substancia em menor quantidade, solvente – gás,liquido 
 
Pertencem à classe de dispersões 
• Dispersor: solvente; 
• Disperso: soluto. 
 
Solução aquosa: solvente = água 
 
Dispersões: representam um sistema onde uma determinada substancia encontra-se 
dispersa em uma outra substancia. 
 
• Soluções verdadeiras: partículas com tamanho inferior a 1nm. Ex: NaCl. 
• Soluções coloidais: partículas com tamanho entre e 1 e 100 nm. Ex: Proteínas. 
• Suspensões: partículas com tamanho superior a 100 nm. Ex: Fármacos. 
 
Estudo quantitativo: 
 
1) Concentração (C): quantidade de partículas 
 
C = 
massa do soluto (g)
volume da solução (l)
com variações ou C = 
massa do soluto (g)
volume da solvente (l)
 
 
 
 
OBS.: % = decilitro = g soluto em 100 mL de solução 
 
Sempre partir de uma solução de maior concentração, se quiser menor concentração é 
só diluir. 
 
2)Percentual: Gramas de soluto por 1000 ml de solução. 
 
 
3)Molaridade (M):M = mol litro⁄ . Numero de moles de soluto por litro de solução. 
 
Ex.: Glicose: C6H12O6 
 
6C: 6 x 12 = 72 
12H: 1 x 12 = 12 
6O: 6 x 16 = 96 
 180 (peso molecular) 
 
Molaridade = 
massa do soluto (g)
peso molecular (ou massa) x volume da solução (l)
 
 
Ex1.:0,75 M = 
m
180 x 0.5
→ m = 67,5 g 
 
Ex2.:0,75 = 
60
180 x v
→ v = 0,44 ~ 440 mL → 0,75 M 
5 
 
 
Ex3.:M = 
60
180 x 0.5
→ M = 0,666 ~ 500 mL → 666 mM 
 
3) Normalidade: peso molecular pelo numero de íons ionizáveis 
 
Ex.: H2SO4 
 
PM = 98 1M = 98 1N = 98 2⁄ = 49 
 
OBS.: mais usado para ácidos e bases. 
 
4) Molal: Moles de soluto por kg de solvente. 
 
5) Molar X Molal 
 
6)Diluição de soluções: 
solução diluída 
 
C1 x V1 = C2 x V2 ou Ci x Vi = Cf x Vf 
 
solução “estoque” ou de partida (mais concentrada) 
 
OBS.: Diluir 10x: 1 parte do soluto + 9 partes do solvente. 
Diluir 1x: diluir à metade. 
 
• Diminuir a concentração do soluto; 
• Dilui-se com água. 
 
Ex.: Preparar 2 litros de solução de glicose 100 mM a partir de uma solução “estoque” 
de glicose 500 mM. 
 
Ci = 500 mM Ci x Vi = Cf x Vf 
Vi = ? 500 x Vi = 100 x 2 
Cf = 100 mMVi = 0,4 L 
Vf = 2 L 
 
0,4 L glicose 500 mM 
1,6 l água 
2,0 l glicose 100 mM 
 
5)Solutos Multiplos: quando não há reação entre os solutos de uma solução a 
concentração total soma; quando há reação entre os solutos de uma solução a 
concentração final depende dos seus produtos (soluções neutras, acidas, básicas) 
 
6)Normalidade: titular uma solução é determinar sua normalidade. Normalidade = 
quando há reação entre partículas ou moléculas. Concentração normal = titulo. 
 
7) Unidades e grandezas: 
 
• Mili (m): 10-3 ou 1/1000 
Ex.: 1 mg = 10-3 g 
1 mM = 10-3 M ou 0,001 M 
 
OBS.: 0,001 M = 1Mm 
6 
 
0,01 M = 10 mM 
0,1 M = 100 mM 
 
• Micro (μ): 10-6 ou 1/1000000 
Ex.: 1μL: 10-6 ou 0,000001 L 
 
• Nano (n): 10-9 
Ex.: 1nm: 10-9 m 
Propriedades coligativas 
 
São propriedades que dependem do numero de partículas dispersas em uma solução. 
A presença dessas partículas tem a capacidade de alterar a pressão máxima de vapor, 
a temperatura de ebulição, a temperatura de congelamento, e a velocidade de 
passagem de líquido. 
 
Efeitos: 
 
1) Tonometria ou tonoscopia: estuda a diminuição da pressão máxima de vapor de 
um liquido quando se adiciona a este um soluto não volátil. 
 
2) Ebuliometria ou ebulioscopia: estuda a elevação da temperatura de ebulição de 
um líquido quando se adiciona a este um soluto não volátil. 
 
3) Criometria ou crioscopia: estuda a diminuição da temperatura de congelamento de 
um liquido quando se adiciona a este um soluto. 
 
4) Osmometria ou osmocopia: estuda os fenômenos relacionados com a 
movimentação ou passagem de água. 
 
OBS.: Quanto maior o numero de partículas, maior é a interferência. 
 
4.1) Conceitos: 
 
• Difusão: é a passagem de partículas (soluto) em favor do gradiente de concentração, 
ou seja, do mais concentrado para o outro de menor concentração. Processo 
irreversível e aleatório. 
 
• Osmose: é a passagem de águia de um meio menos concentração (hipotônico) para 
outro de maior concentração (hipertônico) através de uma membrana 
semimpremeável. 
 
• Pressão osmótica: pressão exercida na parede interna da membrana com a 
finalidade de anular a pressão hidrostática e evita a entrada excessiva de água na 
célula quando esta se encontrar em um meio hipotônico. 
 
 
Instrumentação Científica 
 
 
Relação ente o homem com os instrumentos. 
Instrumento: é tudo aquilo que auxilia e serve ao homem. 
 
Classificação dos instrumentos: 
• Direta: cura. Ex.:Bisturi elétrico. 
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• Indireta: não cura (diagnóstico – medir). Ex.:aparelho de pressão, eletrocardiograma. 
 
Indiretos: 
Instrumento de laboratório; 
Tratamento, terapia; 
Diagnóstico; 
Medir: comparar grandezas de mesma unidade, utilizando grandezas consensuais. 
 
OBS.: Sempre ocorrerão erros por menores que sejam e mesmo com ótimas condições. 
 
Características dos instrumentos: 
 
1) Fidelidade (exatidão): quando o valor mostrado pelo instrumento é o mesmo que o 
valor real (padrão). 
 
2) Qualidade ou categoria: está na faixa de uso entre o valor máximo e mínimo das 
suas unidades. Em outras palavras, está relacionado com as unidades das grandezas 
que servem o instrumento, isto é, estabelece o limite do uso entre os valores máximos 
e mínimos de suas unidades. 
 
3) Liberdade: é a capacidade operacional dos instrumentos. São os recursos de 
trabalho oferecidos pelo instrumento. 
 
Ex.: uma pipeta com um chumaço de algodão apresenta recurso de trabalho maior que 
um sem, já que o líquido sai mais devagar, medindo com maior precisão. 
 
4) Sensibilidade: resposta do instrumento a um determinado estímulo. Unidades mais 
distantes, maior sensibilidade, precisão. 
 
Ex.: uma balança cujas unidades são mais espaçadas, sua sensibilidade será maior. 
 
Instrumentação eletrônica: 
 
Transdutores: sistemas capazes de transformar um tipo de energia em outro, energia 
em trabalho e trabalho em energia. 
 
• Eletro-fotônico: transforma eletricidade em luz. Ex.: Lâmpada. 
• Foto-elétrico: transforma luz em eletricidade. Ex.: Célula foto-elétrica. 
• Eletro-térmico: transforma eletricidade em calor. Ex.: Resistores. 
• Termo-elétrico: transforma calor em eletricidade. Ex.: Par termo elétrico. 
• Eletro-motriz: transforma eletricidade em força motriz. Ex.: Secador de cabelo. 
• Motriz-elétrico: transforma força motriz em eletricidade. Ex. Geradores. 
• Eletro-acústico: transforma eletricidade em som audível. Ex.: Alto falante. 
• Sonico-elétrico: transforma som em eletricidade. Ex.: Microfone. 
 
Sistemas coloidais 
 
São misturas bifásicas: 
• Dispersão: sólido – líquido; tendencis : floculação, agregação. 
• Emulsão: líquido – líquido; fase dispersa grande, melhor absorção 
• Aerossol: sólido – gasoso; absorção quase imediata 
• Espuma: gasoso – líquido; liquido formando fina parede envolvendo bolhas de gás. 
 
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São sistemas ou soluções compostas por solvente e micelas, partículas que apresentam 
tamanho entre 1 e 100 nm. 
 
O sistema parece homogêneo, mas com o passardo tempo, as duas fases se separam. 
 
As partículas coloidais podem ser: 
• Liófilas: apresentam afinidade com o solvente; 
• Liófobas: não interagem com o solvente. 
 
Exemplos de colóides: Plasma do sangue, gelatinas, micelas, maionese. 
 
OBS.: Partículas coloidais refletem a luz e podem ser visualizadas por ultramicroscopia 
(microscopia de campo escuro). 
 
1) Conceitos: 
 
a) Efeito Tyndall: é a capacidade que as partículas coloidais apresentam em refletir a 
luz. 
 
b) Movimento Browniano: o movimento das partículas coloidais, de forma aleatória. 
Ex.: enovelamento das proteínas. 
 
c) Pectinação ou polimerização: passagem de solução para gel. 
 
2) Estabilidade coloidal: 
 
2.1) Fatores que promovem a estabilidade coloidal: 
a) Presença de carga elétrica do mesmo sinal: mantêm as partículas afastadas, umas 
das outras, evitando a aglomeração e a conseqüente precipitação. 
 
b) Presença da camada de solvatação: representa a organização das moléculas do 
solvente ao redor da partícula coloidal, impedindo a aglomeração e a precipitação. 
 
 
 
2.2) Fatores que promovem a desestabilidade coloidal: 
 
a) Alteração de pH e temperatura: A alteração do pH do sistema promove uma 
mudança na carga elétrica das partículas, facilitando a atração entre as mesmas e a 
conseqüente precipitação. A alteração de temperatura é capaz de promover um 
rompimento de determinadas interações intramoleculares (Ex.: pontes de hidrogênio) 
inativando a partícula (proteína). 
 
Ex.:Quando colocamos limão ou vinagre no leite, ocorre a mudança de pH, muda a 
carga e as proteínas se atraem (algumas estão positivas e outras negativas). 
 
b) Adsorção (interação, ligação) de outras partículas: a interação de determinados 
íons ou moléculas é capaz de alterar a estrutura e/ou a função da partícula coloidal. 
9 
 
 
c) Tamanho da partícula: as partículas pequenas são mais estáveis que as maiores. 
As partículas de maior tamanho necessitam de um maior numero de interações e, com 
isso, são mais suscetíveis a danos decorrentes do estresse do meio. 
 
 
pH e tampões 
1)Lei de ação das massas : Equilíbrio químico: conceito preliminar 
 “A velocidade de uma reação é proporcional ao produto da concentração ativa das 
substâncias que reagem” 
V=k (C1)(C2)...(Cn) 
2)Ponto de equilíbrio: 
• As velocidades das reações direta e reversa ficam iguais e constantes 
• As massas das substâncias das reações ficam constantes mas não necessariamente 
iguais 
k1
𝑘. 1 
= k = 
(𝑐)(𝑑)
(𝑎)(𝑏)
 K = 
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠
𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 
 
3)Lei de ação das massas 
k=1 → produtos = reagentes 
k>1 → produtos>reagentes 
k<1 → produtos<reagentes 
 
4)Teoria de Brönsted-Lowry 
• Ácido = qualquer substância que libera prótons (doador) 
• Base = qualquer substância que liga prótons (aceptor) 
 
5) Escala hidrogeniônica ou de pH (potencial de H) 
Quando H+ sobe, OH- desce. 
pH: potencial hidrogeniônico de uma solução. 
 
pH: log
1
[H+]
 ou − log[H+] 
 
OBS.: pH do plasma ≈ 7,35/7,45 (meio extracelular) – pH ideal 
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Meio intracelular ≈ 7,1/7,2 
 
± 0,3 (conseqüências graves) 
Menor pH ~ a hemoglobina vai estar ligada a H+. 
 
pH 7,8: pH muito alto para o sangue (anormalidade). 
 
6)Modificação do pH da água 
• Classificação dos sais: Neutros(Não modificam o Ph da água), Acidos (Abaixam o Ph 
da água) e Basicos( Elevam o Ph da água). 
7)Controle de pH 
• Tampão: Recolhe prótons quando há excesso, Fornece prótons quando há falta 
Ex. Ácido acético + acetato de sódio 
8)Cálculo de pH para soluções de concentrações diferentes 
pH. pK + Log 
𝐶𝑎𝑉𝑎
𝑉𝑎𝐴𝑑
 
 9) Ponto isoelétrico (pI) ou pH isoelétrico (pHi) de aminoácidos 
 • Aminoácidos: substâncias que na mesma molécula possuem mais de um grupo 
doador/aceptor de prótons = ANFOTÉRICAS, anfólitos ou anfions 
 Ex. glicina 
• pI = valor de pH onde as cargas positivas e negativas se anulam 
 
10)Sistemas tampão: 
• Regulam o pH ideal; 
• Formados por mais de uma substancia e tem como função de evitar variações bruscas 
de pH; 
• Ácido fraco + sal (base conjugada); 
• Recolhe prótons quando há excesso (base); 
• Fornece prótons quando há falta (ácido). 
 
OBS.: sais também podem modificar o pH. 
NH4Cl → NH4+ + Cl- NH4+ → NH3 + H+ (diminui o pH) 
 
Tampão não fisiológico: 
 
OBS.: Variação de tamponamento: uma unidade abaixo do pH e uma unidade acima 
(faixa de atuação). 
 
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Cada tampão tem seu pK específico. 
 
O tampão não impede mudanças de pH, mas atenua consideravelmente essas 
mudanças. 
 
Principais tampões do organismo: 
 
1) Tampão Bicarbonato:pk = 6,1 
 
 
Instável porque está em um meio de pH 7 (hemácias); 
Por isso ele se dissocia; 
 Instável também porque possui dois OH no mesmo C; 
 
 
OBS.: Esta reação ocorre dentro das hemácias. 
Variação de tamponamento: uma unidade abaixo do pH e uma unidade acima (faixa de 
atuação), por isso o bicarbonato não é suficiente, porque o pH do sangue é 7,4. 
 
O tampão bicarbonato é formado por uma mistura de CO2 (ou H2CO3) e HCO3-. Este 
tampão encontra-se em maior concentração no meio extracelular. Apresenta um valor 
de pK = 6,1 e, por isso, é considerado pouco potente. Entretanto, este tampão é muito 
importante porque é regulado pelo organismo, ou seja, o sistema respiratório regula a 
concentração de CO2 e o sistema renal, regula a concentração de bicarbonato. 
 
OBS.: ácido para estar na sua forma ácida, precisa estar com o pH ácido causando a 
dissociação deste, como exemplo, o ácido acético em acetato e um próton. 
 
Também extracelular e essencial ao nosso organismo. 
 
Por Berne & Levy: 
pH = 6,1 + log
[HCO3−]
α PCO2
 , sendo α = 0,03 
 
Trabalha mediante a regulação da concentração dos seus constituintes e pela 
concentração de CO2. 
 
OBS.: sistema renal é responsável pela eliminação do bicarbonato. 
 
Acidose Rins Segura o bicarbonato 
Alcalose Libera o bicarbonato 
 
Principal responsável pela regulação do pH do plasma. 
 
OBS.: menor pH, maior ativação do sistema respiratório (controlar a acidose). 
 
2) Tampão fosfato: pK = 6,8 
 
H2PO4-: fosfato diácido/ monobásico; 
HPO4-2: fosfato monoácido/ dibásico. 
 
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É formado por uma mistura de H2PO4-/ HPO4-2. Este tampão apresenta um valor de pK 
em torno de 6,8 e, por isso, apresenta uma maior eficiência no tamponamento dos 
líquidos extracelulares, quando comparado com o bicarbonato. Entretanto, a 
concentração de fosfato equivale a 1/12 da concentração de bicarbonato no meio 
extracelular. Encontramos uma maior concentração de fosfato no meio intracelular, na 
cavidade oral e nas células do túbulo renal. 
 
3) Tampão proteína: 
 
Encontrado no meio intra e extracelular; 
 
Tem que ter na sua estrutura primária um resíduo de histidina, por esta apresentar um 
radical com pK ≈ 7. 
 
Todos os aminoácidos são assimétricos, exceto a glicina. 
 
• Aminoácidos ácidos: carregados negativamente; 
• Aminoácidos básicos: carregados positivamente; 
• Aminoácidos neutros: não carregados. 
 
PI da proteína: permite a identificação se ela é ácida ou básica. 
 
OBS.: A hemoglobina também é considerada tampão. 
Valores diferentes de pK: 
 Livre: 7,6 (desoxihemoglobina) 
 Conjugada: 6,4 (oxihemoglobina) 
 
É considerado o mais abundante do organismo, presente nos meios intra e extracelular. 
A atuação de uma proteína como tampão deve-se ao fato de apresentar na sua estrutura 
primária resíduos de aminoácidos com um grupamento químico presente no radical 
apresentando um valor de pK específico para a atuação. Temos ainda a hemoglobina 
atuando como tampão porque apresenta diferentes valores de pK quando tiver O2 ou 
CO2 ligado a ela. 
 
 
 
Respiração 
 
 
1) Definição: 
São processos pelos quais se retira para as células o O2 do meio ambiente e eliminando 
das mesmas o CO2.2) Fases da respiração: 
 
ventilação 
a) Pulmonar perfusão 
difusão 
 
Corresponde a todos os processos que se passam ao nível dos alvéolos pulmonares. 
 
a.1) Ventilação: é a renovação constante do ar nos alvéolos. 
 
a.2) Perfusão: é a irrigação sanguínea dos alvéolos. 
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a.3) Difusão: é a passagem do O2 do alvéolo para o capilar e a passagem de CO2 do 
capilar para o alvéolo, pela diferença de pressão parcial. 
 
b) Hemática: corresponde da combinação de O2 com a hemoglobina e seu transporte 
até as células. 
 
c) Tecidual: corresponde na utilização de O2 para o metabolismo celular. 
 
3) Relação ideal ventilação/perfusão: 
Cada pulmão: 
2 L ar
2,5 L sangue
= 0,8 
 
 
 
4) Mecânica: 
 
Inspiração + expiração = incursão respiratória 
 
Frequência respiratória: numero de incursão respiratória por minuto. 
 
Eupnéia: freqüência respiratória normal (12 a 20 incursões respiratórias/minuto). 
Taquipnéia: frequência respiratória aumentada. 
Bradpnéia: frequência respiratória diminuída. 
 
Dispnéia: dificuldade respiratória. 
Apnéia: parada respiratória 
 
5) Músculos respiratórios: 
 
a) Inspiração normal: 
• Diafragma (descida); 
• Intercostais externos. 
 
b) Expiração normal: 
• Movimento passivo. 
 
c) Inspiração forçada; 
• Diafragma; 
• Intercostais externos; 
• Peitorais; 
• ECOM; 
• Escaleno. 
 
d) Expiração Forçada; 
• Abdominais; 
• Intercostais internos. 
 
6) Volumes pulmonares: 
 
a) Volume de ar corrente (VC): compreende o volume de ar que inspiramos ou 
expiramos a cada respiração. 
 
 
 
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Cada linha equivale a 50 mL 
 
b) Volume inspiratório reserva (VIR): compreende o volume máximo de ar introduzido 
nos pulmões por uma inspiração forçada após uma normal. 
 
 
c) Volume expiratório reserva (VER):compreende o volume máximo de ar expelido 
dos pulmões por um expiração forçada após uma normal. 
 
 
d) Volume residual (VR): é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma 
expiração forçada ≈ 1,5 L. 
 
 
 
 
 
7) Capacidades pulmonares: 
 
a) Capacidade pulmonar total (CPT): representa o volume máximo de ar contido nos 
pulmões ao fim de uma inspiração forçada. 
 
CTP = VC + VIR + VER + VR ≈ 6L. 
 
b) Capacidade vital (CV): representa o volume Maximo de ar expelido dos pulmões por 
uma expiração forçada após uma inspiração normal. 
 
CV = VC + VIR + VER 
 
 
c) Capacidade inspiratória (CI): representa o volume máximo de ar introduzido nos 
pulmões após uma expiração normal. 
 
CI = VC + VIR 
 
 
d) Capacidade funcional residual (CFR): representa o volume máximo de ar contido 
nos pulmões ao fim de uma expiração normal. 
 
CFR = VR + VER 
 
8) Volume minuto respiratório: 
 
É o volume de ar que inspiramos por minuto. 
 
VMR = VC x FR 
 
Ex.: VC = 500 mL 
FR = 15 inc. resp./min 
 
VMR = 500 x 15 = 750 mL ≈ 7,5 L 
 
OBS.: Espaço morto anatômico: espaço que vai das fossas nasais até os alvéolos 
pulmonares ≈ 150 mL. 
15 
 
 
9) Volume minuto alveolar: 
 
Volume de ar que chega aos alvéolos: 
 
VMA = VMR – (EMA x FR) ou VMA = (VC – EMA) x FR 
 
Ex.: VMA = (500 – 150) x 15 = 5250 mL ≈ 5,25 L 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mecânica Cardíaca 
 
 
O coração é considerado uma bomba aspiro-premente. 
 
Átrios: menos importantes. 
 
Ventrículos: mais importantes. 
 
Ciclo cardíaco: eventos cardíacos que ocorrem entre o início de uma contração e o 
início da próxima. 
 
Potencial de ação: estímulo que vai servir para que o coração tenha seu funcionamento 
normal. Surge espontaneamente e se propaga em todas as direções. Dá início a 
contração. 
 
Nódulo Sinoatrial (sinual) – 60 a 80 
 
 
 
 
Nódulo Atrioventricular (A – V) - 40 a 60 
 
Tecido autoexcitatório do coração: 
todos podem gerar esse estímulo. 
Feixes de His (D e E) – 40 est/min 
 
 
 
 
Fibras de Purkinje – 20 
 
 
 
As células que despolarizam não sofrem ação de outros impulsos. 
 
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Nódulo sinoatrial: ou marca passo, comanda o ritmo cardíaco, por ser o primeiro a 
liberar um estímulo. 
 
Marca passo: dispositivo que vai mandar estímulos que seriam mandados pelo nódulo 
sinual. 
 
OBS.: átrios se contraem primeiro para o término do enchimento do ventrículo. 
 
Ciclo Cardíaco: se inicia por uma diástole seguida de uma sístole. 
 
Ciclo cardíaco Sístole 
 Diástole 
 
Métodos de estudo: 
 
1) Pletismografia: relação entre os volumes dos ventrículos, isto é, análise das 
variações dos volumes ventriculares (animais inferiores). 
 
2) Ausculta cardíaca: capta ruídos gerados pelo coração. Utilização do estetoscópio. 
3) Fonocardiografia: registro gráfico dos ruídos gerados pelo coração. 
 
4) Eletrocardiograma: mostra a atividade elétrica do coração. 
 
Este exame não é preventivo, é de momento. 
 
Detecta: 
• Tamanho das câmaras; 
• Distúrbios do ritmo de condução 
• Arritmias. 
 
5) Ecocardiograma (ultrassom): mostra a massa muscular e o volume. 
 
6) Registros dos pulsos arteriais e venosos: mostra a distensão e o relaxamento das 
artérias/veias. 
 
Pulso: movimento das paredes arteriais. 
 
7) Cintilografia cardíaca (radioisótopos – Tc): células absorvem este radioisótopo e 
emitem uma radiação. 
 
8) Cateterismo cardíaco: introdução de cateter na circulação cardíaca (pela variação 
de pressão dentro das regiões cardíacas). Tem seus riscos. Analisa as variações da 
pressão intracavitória. 
 
9) Arteriografia: utilização de contraste. 
 
10) Angiografia: aplicação de stents. 
 
Fases do ciclo cardíaco: 
 
Fase de enchimento rápido ventricular: abertura das válvulas AV e chegada de 
sangue aos ventrículos (Fase da diástole). Esquerdo: mais rápido. 
 
Fase de enchimento lento ventricular (diástole): entrada de sangue nos ventrículos 
enquanto as válvulas estão abertas (Fase da Diástole). 
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Fase de sístole atrial: contração dos átrios para passar todo o sangue para o ventrículo 
(Fase da Diástole). 
 
Fase de contração isovolumétrica: fechamento das válvulas (pela diferença de 
pressão) e os ventrículos não se esvaziam (Fase da Sístole). 
 
Fase de ejeção/expulsão: os ventrículos forçam as válvulas semilunares e o sangue 
passa para as artérias (Fase da Sístole). 
 
VE > 80 mmHg 
VD > 8 mm Hg 
 
Fase protodiástole: É uma fase virtual que separa a sístole da diástole. Em dado 
momento a pressão aórtica iguala a ventricular não havendo deste modo qualquer 
movimento de sangue. Imediatamente após, o ventrículo começa a distender-se dando-
se origem à diástole(Fase da Sístole). 
 
Fase de relaxamento (isovolúmico): musculatura se relaxa, o sangue tentar voltar e 
as válvulas se fecham (1° fase da diástole). 
 
• 120 a 130 mL: volume diastólico final 
• 70 a 80 mL: volume sistólico 
• 50 a 60 mL: volume sistólico final 
 
O coração é o primeiro a receber sangue. 
 
 
 
 
Biofísica das trocas gasosas 
 
 
1) Conceitos: 
 
pO2: pressão parcial de O2 
pCO2: pressão parcial de CO2 
 
Pressão parcial: concentração dos gases; Quanto maior a pressão, maior é a 
concentração. 
 
2) Pressões pulmonares: 
 
a) Pressão pleural: 
 
A parede parietal e a parede visceral são pleuras, a cavidade encontrada entre elas tem 
o nome de cavidade pleural (espaço) e neste espaço existe a pressão pleural. 
 
Pleura parietal: pressão negativa (força de sucção). 
 
Pressão pleural: evita o colabamento dos pulmões após uma expiração, impedindo seu 
fechamento, pois sempre permanece um volume residual. 
 
Inspiração: pleura parietal pressiona a pleura visceral. 
18 
 
 
Encontra-se no espaço pleural, ou seja, entre as pleuras parietal e visceral. Esta pressão 
apresenta um valor negativo (pois existe uma drenagem do liquido intersticial pelos 
ductos linfáticos) que, durante o repouso da respiração, apresenta um valor em torno de 
-5 cm de H2O. Esta pressão impede o colabamento dos pulmões, ao final de uma 
expiração e tende a ser mais negativa na inspiração. Além disso, durante a inspiração, 
esta pressão encontra-se atuante também, devido à força de tração da pleura parietal 
sobre a pleuravisceral. 
 
b) Pressão alveolar: 
 
Encontra-se no interior dos alvéolos pulmonares. Ao final de uma expiração, ou seja, 
durante o repouso da respiração, a pressão alveolar apresenta-se igual a pressão 
atmosférica (0 cm de H2O) e, por este motivo, não há movimentação do ar. Todavia, no 
inicio da respiração, com a glote ainda fechada esta pressão cai para permitir a entrada 
de ar nos alvéolos e, ao final da inspiração, torna-se superior a pressão atmosférica 
para promover a saida de ar nos pulmões durante a expiração. 
 
c) Pressão transpulmonar: 
 
É uma diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural, que tem uma relação com 
a complacência pulmonar. Isto é, com as forças elásticas que atuam nos pulmões. 
 
Em outras palavras, refere-se a uma interação entre as forças relacionadas com a 
mecânica da respiração, ou ainda, com as forças elásticas dos pulmões. 
 
Ela que controla a quantidade de ar que entra ou sai dos pulmões. 
 
3) Difusão de O2 e CO2: 
 
a) Nos pulmões: 
 
 
 
b) Nos tecidos: 
 
19 
 
 
 
4) Transporte de O2 e CO2: 
 
O2 97% liga-se à hemoglobina 
 3% dissolve-se no plasma 
 
CO2~ 7% dissolve-se no plasma 
 ~ 23% liga-se à hemoglobina 
 ~ 70% CO2 + H20 ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3- 
 
 
 
Ultrassom (US) 
 
 
Som: é todo movimento ondulatório/vibratório que se propaga em ondas capazes de 
sensibilizar os ouvidos. 
 
Ultrassom: ondas com freqüência maior que 2000 Hz, sendo os humanos não capazes 
de ouvir. 
 
1) Obtenção do ultrassom: 
 
Prizoeletricidade: 
 
Uma lamina de cristal quando prensada, há retirada de elétrons. 
 
 
 
Movimento do cristal: entrada e saída. 
 
Passagem de uma onda na lamina de cristal. 
 
O elétron iria ocupar um espaço na lamina e esta iria dilatar. 
 
f = 60 Hz → haveria 60 
 
20 
 
A uma lamina de cristal é aplicado um capo elétrico com uma corrente alternada, o cristal 
modificará sua forma o numero de vezes igual a ciclagem da corrente. 
 
Propriedades ópticas: propriedades da luz 
• Propagação em linha reta, em todas as direções; 
• Refração, não segue a mesma trajetória em meios diferentes; 
• Convergência e divergência; 
• Absorção e reflexão 
• O ultrassom não se propaga no ar. 
 
Produção de calor: 
Diatérmico – calor produzido internamente (em profundidade). 
Efeito secundário do US. 
Depende das características do US. 
 
Efeito de cavitação: 
Aparecimento de cavidades, bolhas que aparecem no líquido. 
 
Uso da pressão do US. 
P. vapor (P. feixe ultrassonico) = P. liquido ~ cavitação 
 
É nocivo pela nossa constituição hídrica. 
 
Cavitação: aparecimento de cavidades no interior dos líquidos. 
 
Ocorre quando a pressão do feixe ultrassônico se iguala a pressão de vapor do liquido 
modificando o estado físico da matéria de líquido a vapor. 
 
Produção de emulsão: 
Emulsão: mistura de substâncias que não se misturam (não miscíveis). 
 
US: a pressão do US diminui a força de coesão das moléculas, permitindo que elas se 
soltem e se misturem. 
 
Desequilíbrio coloidal: 
Micelas se separam pela repulsão causada pelas suas cargas elétricas. 
 
US: muda a polaridade de algumas micelas, desequilibrando o meio. 
 
Propagação: 
• Se propaga mal no ar; 
• Se propaga bem na água; 
• Melhor em meios mais densos; 
• Não se propaga no vácuo. 
 
Ação no organismo:fisioterapeudica. 
 
Efeito de micromassagem: mudança do ponto de equilibro a nível de unidade celular 
(movimento). Isso ativa a circulação sanguínea, rede linfática, etc. Aumenta o 
metabolismo. Interfere nas sinapses. 
 
Indicações: 
• Analgesia; 
• Esplasmólise; 
21 
 
• Processos traumáticos; 
• Pós operatório; 
• Analgésicos. 
 
Contra indicações: 
• Não aplicar em processos trombóticos (~ coagulo); 
• Locais do corpo com coleção de líquidos (Ex.: globo ocular); 
• Locais com áreas comprometidas com gestação; 
• Áreas insensibilizadas; 
• Processos traumáticos sem o devido período; 
• Indivíduos portadores de próteses; 
• Áreas que não tenham tecido de absorção (Ex.: osso). 
 
Métodos de aplicação: 
 
Direto: aplicação direta do instrumento na região a ser tratada. 
• Colocar uma substância de contato (Ex.: água, gel) interposta entre o instrumento e a 
pele (devido à propagação no ar); 
• Movimento constante do cabeçote (evitar cavitação). 
 
Subaquático: mergulho do cabeçote e da região a ser tratada na água. 
• Sem contato direto (sem necessidade de encostar na pele); 
• Movimentação constante. 
 
Com acessório: bolsa d’água, por exemplo. 
• Interposição de uma bolsa d’água (camisinha, bola de aniversário) entre o cabeçote e 
a região a ser tratada; 
• Movimentação (prejudicada); 
• Diminui-se a potencia e aumenta-se o tempo. 
 
 Técnica de aplicação: 
• Diagnostico; 
• Escolha do método; 
• Programa (numero/duração); 
• Qualidade do feixe; 
• Frequência do feixe (Hz); 
• Potencia (w); 
• Conhecimento do quadro clínico, do histórico, das contra indicações; 
• Tolerância do individuo ao tratamento. 
 
OBS.: Maior a frequência, menor é o comprimento de onda, menor é a penetração, 
menor é o alcance. 
 
Emprego em diagnóstico: 
 
Fundamento: 
Absorção x Reflexão (ECO) – propriedades ópticas. 
 
Tecidos com densidades diferentes, ao serem atingidos por um feixe de US emitirão 
ECOS que são próprios de cada tecido, e consequentemente, necessária uma leitura. 
 
Osso: reflete o ultrassom. 
 
22 
 
Modalidades: 
 
• Ultrassonografia: diagnostico por interpretação de imagem (3D/cores). Observa o 
interior numa tela por tempo indeterminado. 
• Ecografia: leitura dos ECOS. 
• Doppler: fluxograma, registra o fluxo. 
• Sonar: traduz o eco para 1000 Hz (frequência escutada pelo homem); 
 
 
 
Água 
 
Estrutura : polar,interação entre moléculas de água via pontes de hidrogênio. 
Ph: neutro 
Cerca de 50 a 70% do peso corporal de um individuo adulto é constituído de água. 
 
Homem: 70% 
Mulher: 60% 
Recém nascido: 80 a 90% 
 
Ex.: Qual a volume de água do organismo humano de uma mulher adulta que pesa 60 
kg? 
 
60
100
x 60 = 36 Kg ou L ~ 100% de água no organismo 
 
Distribuição topográfica: 
 
1) Compartimento intracelular: 55% 
 
2) Compartimento extracelular: 42,5% 
a) Intersticial – 35% 
b) Vascular – 7,5% 
 
3) Compartimento transcelular (pleura, sinovial, humor aquoso, humor vítrio): 
2,5% 
 
 Adulto Recém nascido 
I: + I: + 
E: - E: - 
 
Ex.: Qual o volume de água do compartimento transcelular de um homem adulto que 
pesa 70 kg? 
 
70
100
x 70 = 49 Kg ou L
2,5
100
 x 49 = 1,225 Kg ou L 
 
 
Distribuição etária: 
 
Recém nascido> criança > jovem > adulto > idoso 
 
Sexo: 
Masculino > feminino 
23 
 
 
 
 Sensível Insensível 
Ganho de H2O H2O, sopa, suco, etc. Alimentos sólidos, metabolização de 
alimentos. 
Perda de H2O Urina, suor Pespiração (cutânea e pulmonar), fezes. 
 
Propriedades da H2O: 
 
1) Solvente universal : interage com moleculas de soluto, dissolve moléculas similiares 
(polares), forma agregados de moléculas com moléculas distintas (apolares). 
 
2) Densidade: comportamento anômalo. 
 
 
3) Calor específico (1 cal/ g°C): tamponamento térmico. Elevado. 
 
4) Calor latente: calor necessário para mudar de estado físico (vaporização). 
 
 100°C 540 cal Termorregulação 
Pele33 a 35° C 570 cal 
 
OBS.: ambiente (conforto térmico) 
Temperatura: 20 a 22° C 
Umidade do ar: 50 a 60% 
 
5) Tensão superficial: 
Substância tensoativa. Classificação: 
• Batótonas: menor TS; 
• Hipsótonas: maior TS. 
 
6) Condutibilidade : baixa condubilidade especifica. 
 
7) Transparência à radiações: 
Luz Visível: transparente 
Radiação Infravermelha: opaca 
Radiação UV: transparente 
 
8) Fatores que influenciam no percentual de água: 
Idade, Genero, Estado nutricional, hidratação, higidez. 
 
9)Água metabólica: Agua gerada pelo organismo através de reações quimicasdo 
metabolismo. 
 
24 
 
10)Uso terapêutico da água: 
Banhos, compressas, lavagens(ex:intestinal), reconstituição (dissolução),re-hidratação(ex:ingestão de alimentos ou liquidos etc), manter a temperatura estável, inalação. 
 
 
 
 
Equilíbrio ácido base do organismo 
 
 
1) Alterações ou distúrbios do equilíbrio ácido-base do organismo. 
 
1.1) De natureza respiratória: relaciona-se com o acumulo ou eliminação excessiva de 
CO2. 
 
a) Acidose respiratória: maior H2CO3, menor pH. 
 
A pressão parcial de CO2 alveolar cresce, aumentando o CO2 dissolvido (hipercapnia). 
Refere-se a uma redução do ph decorrente de um acúmulo de CO2 no sangue. Ex.: 
morte por afogamento, hipoventilação pulmonar. 
 
OBS.: o rim elimina urina ácida. 
 
b) Alcalose Respiratória: menor H2CO3, maior pH, hipocapnia. 
 
O CO2 formado nos tecidos é rapidamente eliminado, e a pressão parcial de CO2 
alveolar cai. Refere-se a uma elevação do pH decorrente de uma eliminação excessiva 
de CO2 no sangue. Ex.: hiperventilação. 
 
OBS.: o rim tenta equilibrar, eliminando urina alcalina. 
 
 
 
1.2) De natureza metabólica: 
 
a) Acidose metabólica: 
 
Refere-se a um acúmulo excessivo de substancias acidas no organismo ou eliminação 
excessiva de bicarbonato, reduzindo o pH do sangue. Ex.: Diabetes mellitus (acúmulo 
de acido acetoacético), insuficiência renal, vômitos fecaloides, diarréia. 
 
OBS.: o rim excreta urina ácida. 
 
b) Alcalose metabólica: 
 
Decorrente de uma eliminação excessiva de substancias ácidas ou de um acumulo de 
substancias alcalinas, ou bicarbonato, ocorre uma elevação do pH sanguíneo. Causas: 
vomito com perda de HCl, ingestão excessiva de antiácidos, aldosterose – absorve mais 
ódio, diuréticos. 
 
OBS.: o rim excreta urina alcalina. 
 
Embolia gasosa: formação de bolhas nos vasos sanguíneos. Essas bolhas têm TS 
maior. 
 
25 
 
 
 
 
Coração 
 
 
Duas bombas distintas: 
• Esquerdo – bombeia o sangue para os órgãos periféricos. 
• Direito – bombeia o sangue para os pulmões. 
 
Átrio: bomba fraca; move sangue para o ventrículo. 
 
Ventrículo: bomba forte; fornece a força para liberar o sangue. 
 
3 tipos principais de músculo cardíaco: 
• Atrial 
• Ventricular 
• Fibras excitatórias e condutoras. 
 
Átrio direito: ventrículo direito – válvula tricúspide. 
 
Átrio esquerdo: ventrículo esquerdo – válvula bicúspide ou mitral. 
 
A função das válvulas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre do átrio 
para ventrículo. 
 
Sincício funcional: células que proporcionam uma rápida propagação de estímulo para 
a contração do miocárdio. 
 
O miocárdio contrai como um todo. 
 
Potencial de ação cardíaco: 
• Potencial de ação rápido que possui muitos canais de Na+ dependentes; 
• Potencial de ação lento que possui poucos canais de Na+ e com mais canais lentos de 
Ca2+. 
 
O coração é dotado de um sistema especializado para: 
• Gerar impulsos ritmados, que produzem a contração; 
• Conduzir estes impulsos o mais rápido possível; 
• Controlar a ritmicidade. 
 
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se 70x/min. O processo de contração 
denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entra uma sístole e outra, é a 
diástole. 
 
Atividade elétrica do coração: 
 
Nódulo sinoatrial (AS) ou marcapasso ou só sino-atrial: região que controla a 
frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção átrio direito – veia cava superior. Sua 
frequência rítmica é de 72 contrações/min, sendo a mais rápida em relação às outras. 
Portanto, é nele que surge o potencial de ação (1° impulso), que se espalha para os 
átrios e ventrículos. 
Nódulo átrio ventricular: conduz impulso gerado pelo (SA) para os ventrículos. 
 
26 
 
 
Câmaras cardíacas: 
 
Átrio: bombas auxiliares para o enchimento ventricular. 70 a 80% do sangue que chega 
ao átrio passa diretamente para os ventrículos. Possuem paredes finas (ejeta sangue 
para os ventrículos quando estes estão relaxados – pressão muito baixa). 
 
Ventrículo: bombas principais do coração. Ejetam para a circulação sistêmica e 
pulmonar. 
 
Válvulas cardíacas: 
 
Tricúspide: entre o átrio direito e ventrículo direito. 
 
Bicúspide ou mitral: entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. 
 
Semilunares: entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar (válvula pulmonar) e entre 
o ventrículo esquerdo e a artéria aorta sendo esta chamada de válvula aórtica. 
 
Calha tendiosa: impede a inversão das válvulas 
 
 
 
 
 
 
Tensão superficial 
 
 
É a força que deve ser feita para a penetração de objetos em uma superfície líquida. 
 
Membrana superficial: membrana que se forma na superfície dos líquidos. 
 Força de coesão entre as moléculas da superfície 
 
Classificação dos líquidos quanto a localização das moléculas: 
a) Moléculas no interior do líquido: 
• Campo de atração voltado em todas as direções; 
• Anulação entre si dos campos de atração. 
 
b) Moléculas na superfície do líquido: 
• Campo de atração voltado para baixo; 
• Responsável pela formação da membrana superficial 
 
O que forma a gota é a membrana superficial. 
 
Moléculas de água 
 
Tensão corporal: força com que a membrana superficial se prende a um corpo. 
 
27 
 
Líquidos diferentes possuem tensões superficiais diferentes. 
 
Unidade de tensão: 
• dinas/cm 
• dyn/cm 
 
Fenômeno de capilaridade: 
 
Ascensão, subida de um líquido em um tubo fino. 
 
 
 
A altura de um líquido em um tubo capilar é diretamente proporcial à tensão superficial 
de um líquido e inversamente proporcional ao diâmetro do tubo. 
 
 
 
 
A) B) TSB > TSA 
 
 
 
 Fenômeno de capilaridade no mesmo 
 
 Mercúrio 
 
Classificação dos líquidos quanto ao fenômeno de capilaridade: 
 
a) Líquidos que molham as paredes do vaso – côncava; 
28 
 
 θ < 90° 
 
b) Líquidos que não molham as paredes do vaso – convexa. 
 θ /> 90° 
 
Avaliação da tensão superficial: 
 
a) Tubo capilar 
TSH2O ------------ 68 dyn ------------ 4 cm 
 ? ------------ x ------------ 6 cm x = 102 dyn 
 
 
b) Peso da gota 
Conta-gotas → estalagmômetro 
 
TSB → maior, porque a membrana segura um peso maior. 
 
O peso de uma gota é diretamente proporcional a TS e inversamente proporcional ao 
diâmetro. 
 
 
 
 
Fatores que interferem na TS 
29 
 
 
• ↑ temperatura - ↓ TS 
• Adição de substâncias tensoativas → modificam a tensão 
 
Batótonas: ↓ TS ex: sabão, detergentes, álcool, sais biliares 
Hipsótonas: ↑ TS ex: NaCl 
 
Aplicações: 
• Auxilia na hemodinâmica (ex: ascensão da seiva) 
• Indústria farmacêutica 
• Dosagem de medicamentos pelo tamanho de gotas 
• Remoção de água nos ouvidos 
• Indústria de cosméticos 
 
Surfactante: diminui a TS 
 
Síndrome da membrana Hialina: falta de substancia responsável pela manutenção 
dos alvéolos abertos. 
 
 
 
 
 
 
Bioeletrogênese 
 
 
1) Potencial de repouso: 
 
Corresponde ao potencial de membrana no período entre o final de um ciclo e o início 
do ciclo seguinte. Nesta etapa, o potencial interno de membrana apresenta-se negativo 
(em torno de – 90 mV) que dizemos que a célula encontra-se polarizada. 
 
Refere-se também ao potencial de membrana quando a célula encontra-se em repouso, 
ou seja, quando não há variação significativa do potencial de membrana. O Na+ 
encontra-se em maior concentração no meio extracelular, ao passo que o K+ encontra-
se mais no meio intracelular. Graças às diferenças de concentração entre os dois meios, 
surge uma diferença de potencial através da membrana. 
 
 
OBS.: Negativo porque há diferença de concentração e presença de outros íons e de 
proteínas que são em sua maioria negativas. 
 
30 
 
OBS: O soro fisiológico não pode ser injetado na veia de forma rápida, porque irá 
aumentar o fluxo sanguíneo e aumentará o retorno, aumentando o débito cardíaco e 
assim a pressão sanguínea. 
 
• Potencial de Nerst: um íon que atravessa em uma direção é contrabalançado por 
outro na direção oposta, mantendo uma situação de equilíbrio e contribuindo com uma 
diferença de potencial e voltagem. 
 
2) Potencial de ação: 
 
Refere-se a variações rápidas de potencial de ação de membranas. 
 
2.1)Potencial de ação neural: 
 
Tem a função de transmitir os sinais neurais. 
 
A) Fase de despolarização: 
 
Devido à chegada de um potencial interno de membrana favorável, inicia-se a ativação 
dos canais de Na+ voltagem-dependentes. Consequentemente, ocorre um rápido influxo 
de Na+, alterando o potencial interno de membrana, tornando-o positivo (em torno de + 
20 mV). Dizemos que a membrana encontra-se despolarizada. 
 
Em outras palavras, devido a uma leve alteração de voltagem interna da membrana, 
ocorre uma ativação (abertura) dos canais de Na+ voltagem-dependentes. Com isso, o 
Na+ difunde-se para o meio interno, alterando o seu potencial que atinge valores 
positivos dependendo do chama pulso despolarizante. 
Despolarização 
 
OBS.: Neurônio não contrai e nem relaxa. 
 
B) Fase de Repolarização: 
 
Com a entrada no Na+ na célula, o potencial interno da membrana fica positivo e ocorre 
uma inativação (fechamento dos canais de Na+) em paralelo os canais de K+ tornam-se 
mais ativos e, com isso, há um rápido efluxo de K+ levando o excesso de positividade 
para o meio externo, restabelecendo o potencial interno negativo, dizemos, com isso, 
que houve uma repolarização. 
 
Em outras palavras, quando o potencial interno das membranas torna-se positivo, ocorre 
uma inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes e em paralelo uma ativação 
dos canais de K+ voltagem-dependentes. Com isso, o K+ difunde-se para o meio 
extracelular e a membrana restabelece o seu potencial interno negativo normal do 
repouso. 
 
31 
 
 
 
OBS.: Após a repolarização da membrana, entra em ação a bomba Na+/K+ para 
reorganizar as concentrações de Na+ e K+, transportando ativamente 3 íons Na+ para o 
meio externo e 2 íons K+ para o interno, as custas da energia liberada pela quebra de 
uma molécula de ATP. 
 
 
 
2.2) Potencial de ação na célula muscular cardíaca: 
 
Com a entrada do Na+ na célula muscular cardíaca, ocorre a despolarização da 
membrana que promoverá a ativação dos canais de Ca++, permitindo que este íon 
difunda-se para o sarcoplasma, prolongando o estado despolarizado da membrana. 
Com este prolongamento da despolarização, surge uma nova fase, denominada platô. 
Em seguida, com a retirada do Ca++ do meio pela Bomba de Ca++ (Ca++ATPase), ocorre 
a repolarização na membrana. E após isso a Bomba de Na+/K+ regulariza suas 
respectivas concentrações. 
 
Dependendo da quantidade de K+ que sai da célula ao repolarizar, pode-se ocorrer a 
hiperpolarização (negativa), o que não afeta a célula, apenas faz com que ela demore 
mais tempo para se repolarizar. 
 
 
 
 
 
 
 
Contração Muscular 
 
 
1) Tipos de contração muscular: 
32 
 
 
• Isométrica: não ocorre a diminuição da fibra muscular. 
• Isotônica: não ocorre contração do tônus. 
 
 
2) Mecanismo de contração muscular: 
 
2.1) 1° fase ou fase de pré-contração: 
 
Para que tenha todo um mecanismo de contração, tem que chegar ao músculo um 
estímulo elétrico (neurônios motores), que promovem a liberação de acetilcolina (na 
placa terminal) que promove a ativação dos canais de Na+ acetilcolina-dependentes, o 
que consequentemente causam a despolarização da membrana. 
 
Estímulo Placa Liberação de Ativação dos Despolarização 
Terminal acetilcolina canais de Na+ 
 
 
 
2.2) 2° fase ou fase de contração propriamente dita: 
 
Com a despolarização da membrana, os canais de Ca++ são ativados. Automaticamente 
o Ca++ difundido se liga a uma proteína especifica (Proponina C) e forma o complexo 
TnC + Ca++ e ocorre a ativação da ATPase da cabeça da miosina, o que 
consequentemente gera uma liberação de energia para a associação da miosina em 
direção a actina, promovendo o encurtamento do sarcômero (contração). 
 
Despolarização Ativação dos canais de Ca++ na membrana Difusão de 
da membrana do retículo sarcoplasmático Ca++ 
 
 
 
Contração Complexo 
TnC + Ca++ 
 
 
 
Encurtamento Associação da miosina em Ativação da ATPase na 
dosarcômero direção a actina cabeça da miosina 
 
 
 
2.3) 3° fase ou fase de relaxamento: 
 
Cessa-se o estímulo, ocorre a remoção do Ca++ do meio Ca++ATPase (Bomba de Ca++), 
desfazendo-se o complexo Tnc + Ca++. A TnI é ativada e a contração é inibida, 
promovendo o relaxamento. 
 
 
 
Cessa-se o Retirada do Ca++ Desfaz-se o Ativa-se a 
estímulopela Ca++ATPase complexo Tnc + Ca++ TnI 
 
 
33 
 
 
 Relaxamento Inibe a contração 
 
 
 
 
 
 
 
Espectrofotometria 
 
 
É uma técnica utilizada para qualificar e/ou quantificar componentes do sistema 
biológico, utilizando um espectroradiante. 
 
1. Conceitos: 
 
A) Absorbância, absorvância ou densidade óptica (DO): 
 
Corresponde a quantidade de luz absorvida pelo meio, apresentando uma relação direta 
com a concentração da amostra. 
 
 
 
B) Transmitância (T): 
 
Corresponde a quantidade de luz que atravessa um meio, apresentando uma relação 
inversa com a concentração. 
 
34 
 
 
 
 
 
2. Espectro Radiante: 
 
 
 
E = F / λ 
 
OBS.: ↑ energia ~ ↓ λ ~ ↑ frequência 
 
3) Esquema do aparelho (Caminho óptico): 
 
Lâmpada Colinador Prisma e Amostra Sensibilizauma 
(Luz Branca) seletor célula foto elétrica 
 
Colinador: capta o raio, o concentra e o emite em um ponto 
Prisma: decompõe a luz branca 
 
4) Procedimentos para realizar uma análise espectofotométrica: 
 
A) Escolha do comprimento de onda: 
• Varredura: submeter a amostra a diversos comprimentos de onda, o de maior 
absorção é o escolhido (chega na cor complementar). 
• Teoria da cor complementar 
 
 
B) Tubo Branco: 
O tubo branco contém todos os componentes que fazem parte do solvente da amostra 
e tem por finalidade anular os valores de absorção por parte do solvente e da parede da 
cubeta. 
 
C) “Zerar” o aparelho: 
35 
 
Significa anular por valor de absorvância (ou 100% de transmitância) por parte da cubeta 
e do solvente da solução. 
 
D) Curva Padrão: 
É utilizada como referência para determinar a concentração de uma amostra 
desconhecida. O padrão representa uma solução de uma determinada substância com 
concentração conhecida. Por exemplo, para uma dosagem de proteína, utiliza-se uma 
solução de albumina como padrão.Em outras palavras, comparar duas soluções, sendo 
uma padrão. 
 
 
 
Eletroforese 
 
Separar moléculas por diferentes pesos, cargas. 
Ex: proteínas, DNA, RNA. 
 
É uma técnica utilizada para separar componentes de um sistema biológico mediante a 
um campo elétrico. 
 
Tipos de eletroforese e suas aplicações: 
 
1) Eletroforese em gel de poliacrilamida com SDS (SDS-PAGE): 
É indicada para separar componentes do sistema biológico, de acordo com o tamanho 
(peso molecular). O gel de poliacrilamida forma uma rede de malhas finas que retém 
partículas de maior tamanho mais perto do ponto de aplicação. O SDS (dudecel sulfato 
de sódio) é um detergente que liga-se a determinados aminoácidos, rompe interações 
hidrofóbicas intramoleculares e confere à partícula uma carga negativa. Ao aplicar a 
amostra no gel, esta passará inicialmente em um gel mais concentrado (STRACKING 
GEL), a fim de concentrar a amostra, e posteriormente em um segundo gel para 
separação (“RUNNING GEL”) antes de ligar a fonte geradora de corrente, aplica-se em 
paralelo as amostras um padrão de peso molecular que tem a função de informar o peso 
molecular aproximado das amostras. A eletroforese em gel de polialiacrilamida é 
utilizada também para verificar a pureza e a homogeneidade molecular. 
 
2) Eletrofocalização ou focalização isoletrônica: 
É indicada para verificar o ponto isoelétrico de uma proteína. O sistema é formado por 
uma mistura de anfólitos dando origem a um gradiente de pH. 
Ao aplicara amostra em um determinado ponto, a mesma irá migrar para o pólo de sinal 
contrário enquanto apresentar-se carregada até que em uma determinada região a 
proteína ficará estacionada, representando seu pI. 
 
3) Imunoeletroforese: 
É indicada para verificar a presença de um determinado componente de um sistema 
biológico mediante a aplicação de um anticorpo (AC). Inicialmente, faz-se uma 
separação eletroforítica da amostra e posteriormente uma transferência para uma 
nitrocelulose. Aplica-se o AC 1° e posteriormente um AC 2°. Os AC podem ser 
radioativos, fluorescentes ou a reação pode ser colorimétrica. 
 
Princípio do método: 
 
Componentes de carga negativa migram para o pólo positivo e vice versa (separação 
qualitaitiva). 
 
36 
 
A eletroforese também permite separar partículas de mesma carga: separação 
quantitativa. 
 
 
 
 
Exame Físico do Sangue 
 
 
Volume globular: 
Centrifugação – separar as hemácias do plasma. 
 
1) Wintrobe: hematócrino. 
 
 
 
Sangue total - sem coagulante. 
 
Interpretação: leitura na escala graduada do hematócrino na região limítrofe entre as 
hemácias e o plasma. 
 
Leucócitos: 0,5 a 1 mm ~ normal 
 
 
2) Microhematócrino: 
 
 
 
Anticoagulante - na parede do tudo. 
Tamponamento - com parafina. 
 
Interpretação: gráfico 
 
37 
 
OBS.: entender a interpolação gráfica. 
 
 
 
Valores normais: 
 
M – 37 a 47%* anemia numérica 
H – 40 a 55% 
 
Vantagens: 
• Baixo custo operacional; 
• Pouco volume de sangue (não precisa de pulsão venosa, apenas furar o dedo); 
• Descartável; 
• Compra em grandes quantidades; 
• Exames coletivos; 
• Resultados mais rápidos; 
• Mesma eficiência. 
 
* - mais tecido adiposo ~ menor vascularização ~ quantidade menor de O2 transportado 
~ menor metabolismo. 
 
 
 
3) Velocidade de sedimentação da hemácia ou hemossedimentação (VHS): 
 
Verificar a velocidade com que as hemácias se separam no plasma pela ação do seu 
peso por um tempo determinado (1h). Serve também para verificar a qualidade do 
plasma. 
 
3.1)Westergreen: 
 
Equipamento: 
• Pipeta de Westergreen – 30 cm 
• Suporte de Westergreen – permite que a pipeta fique em posição vertical. 
38 
 
 
Interpretação: leitura na escala graduada na escala interfásica entre plasma e 
hemácias. 
 
Fases do VHS: 
 
• 1° fase: agregação – as hemácias se empilham e formam um agregado (15’) 
• 2° fase: queda rápida 
• 3° fase: sedimentação 
 
Fatores que interferem no VHS: 
• Maior viscosidade, mais lenta é a sedimentação. 
• Maior quantidade de hemácias, mais lenta é a sedimentação porque há maior trânsito, 
maior fluxo. 
• Maior diâmetro das hemácias, mais lenta é a sedimentação porque há maior 
resistência. 
• Maior quantidade de proteínas e gordura, mais lenta é a queda. 
 
Densidade: d = m/v 
 
3.2) Van Slyke 
 
 
É uma bateria de solução de CuSO4 com densidades diferentes com tubos rotulados. 
 
O Sulfato de cobre forma uma camada de solvatação deixando a gota de sangue 
integra. 
 
Técnica: pingar uma gota de sangue em cada tubo. 
 
• Sangue afunda: sangue mais pesado que a solução. 
• Sangue flutua: sangue menos denso que a solução. 
• Sangue suspenso: sangue com densidade igual a da solução. 
 
39 
 
 
4) Resistência globular osmótica: 
 
Resistência da capsula da hemácia em um meio hipotônico. 
 
 
 
Determinar a concentração de exposição limite das hemácias. 
 
 
4.1)Sanfort (D): 
 
 
 
Conferir a cor (intensidade). 
 
• R.G.O. mínimo (m): corresponde a uma concentração que se inicia a lise das 
hemácias (1° solução com cor). 
• R.G.O. máximo (M): corresponde a uma concentração em que ocorre a hemólise total 
(a que começa uma sequência de cor igual). 
 
Fatores de interferência: tempo da hemácia (envelhecimento), febre, agitação 
mecânica. 
 
 
Pressão Venosa 
 
 
Volemia: volume total de sangue circulante (59% venoso) 
 
Maior número de veias em relação ao número de artérias, consequentemente maior 
quantidade de sangue venoso do que arterial. 
 
OBS.: A pressão nas artérias é maior pela sua musculatura. 
 
Retorno Venoso ~ Debito Cardíaco 
 
40 
 
 
Distribuição do sangue arterial: 
Coração (Bomba). 
Gravidade. 
 
Distribuição do sangue venoso (dificulta): 
Gravidade 
Pressão hidrostática: pressão causada pelo peso da coluna líquida (altura). 
 
Mecanismo que favorecem o retorno venoso: 
Vis a tergo(força vinda de trás): sangue consegue chegar até o nível de vênulas apenas 
pela força da contração do ventrículo esquerdo. 
 
 
Contração muscular (bomba muscular) 
 
OBS.: As veias caminham entre os músculos. 
 
Músculos “pressionam” Ascensão do sangue 
contraem as veias até o coração 
 
OBS.: Destaque para os músculos dos membros inferiores. 
 
Palmilha plantar (conjunto de músculos) - coração periférico 
Panturrilha 
 
 
Respiração (Bomba torácica): 
 
41 
 
 
 
Existência de válvulas nas veias periféricas (distantes do coração e abaixo do seu nível). 
 
OBS.: Também nos membros superiores. 
 
 
 
OBS.: Expiração – válvulas fechadas impedem a descida de sangue. 
 
1) Pressão Venosa Central (PVC): pressão do sangue no átrio direito. 
 
1.1) Tendência do sangue retornar ao coração: 
 
1.1.a) Mais do que o normal: maior volemia, causando maior PVC (mais volume de 
sangue retido no coração, pois o sangue não bomba mais do que seu volume normal). 
Ex: Transferência sanguínea. 
 
1.1.b) Menos do que o normal: menor volemia, causando menor PVC (coração 
bombeia todo o seu conteúdo por ele ser menor do que o normal). Ex: Hemorragia e 
doação de sangue. 
 
1.2) Capacidade do coração de bombear sangue: 
 
1.2.a) Mais do que o normal: o coração bombeia com força excepcional, mandando 
um volume maior de sangue (pode mandar o volume de reserva, esvaziando-o 
totalmente), causando a diminuição da PVC, causando também uma diminuição na 
frequência cardíaca. Ex: Atletas. 
 
1.2.b) Menor do que o normal: debilidade cardíaca, causa o aumento do volume de 
sangue dentro do coração pelo menor volume de sangue expelido, aumentando a 
pressão e a PVC. Ex: Insuficiência cardíaca. 
 
PVC – 1 a 5 mmHg Átrio direito (em cmH2O, 5 a 10 cmH2O) 
PVC – 80 mmHg Ventrículo Esquerdo 
 
Eixo flebostático: zero na altura da linha axilar média (altura do átrio em um indivíduo 
em decúbito dorsal) 
 
42 
 
2) Pressão Venosa Periférica (PVP): pressão do sangue dentro de qualquer veia 
periférica do corpo. 
 
Fatores que influenciam a PVP: 
• PVC: Quanto maior a PVC, maior será PVP, pois a pressão na veia tem ser maior do 
que no átrio. 
 
• Volume de sangue na veia: Quanto maior for o volume de sangue na veia, maior 
será a PVP. 
 
• Resistência ao fluxo das veias para o átrio direito: Quanto maior a resistência, 
maior será o volume. 
 
 
• Distância: Mais distante do coração, maior a resistência e maior a PVP. 
 
• Pressão Hidrostática: Maior acúmulo de sangue (maior pressão hidrostática), maior 
volume de sangue na veia, maior é a PVP. 
 
• Bomba muscular: a bomba muscular faz com que a pressão hidrostática diminua e 
consequentemente a PVP também diminui. 
 
OBS.: Veia Pediosa: P.H.= 90 mmHg em pé e parado 
destruição das válvulas 
 
 
Medida da PVC: cateter até o átrio direito, pela dissecação do vaso. 
 
 
 
 
Calorimetria Biológica 
 
 
Calor: pode ser transformado em qualquer tipo de energia. 
 
 
Calor Temperatura 
Causa Efeito 
Pode ser medido ≠ 
(Caloria = cal) 
43 
 
Quilocaloria = Kcal = 103 
cal 
 
 
 
Jaule (J): 1 cal ≈ 4,185 J 
 
85% do calor total provêm da oxidação (alimentação: lipídios, protídios) ou oxidação de 
reservas orgânicas, ocorre no jejum ou caso a alimentação não seja satisfatória. 
 
 85% do calor provêm de reações exergônicas, energias exotérmicas. 
 15% de reações anoxbióticas (sem O2). 
 
 
 
Direta: pode-se medir diretamente a quantidade de calor. Ex: calorímetro. 
 
CalorimetriaCalorimetriaindireta alimentar: Quantidade de calor produzida na 
espécie e o valor calórico dos alimentos. 
Indireta 
 Calorimetria indireta respiratória: Quantidade de 
calor produzida e o consumo de O2 e CO2. 
 
 
Calorimetria alimentar: princípio de Hess (estágio inicial e final). A quantidade de 
energia quando se passa de maior quantidade para menor quantidade de energia, esta 
quantidade de energia não dependerá do caminho seguido por essas transformações, 
só ira depender do início e do fim. Ex: glicose (inicial) e CO2 + H2O (final), terá 4,1 Kcal 
(sempre será a mesma). 
 
 
1g de proteína uréiaValor calórico do alimento: a quantidade de 4,1 Kcal 
energia liberado quando totalmente metabolizado 
 (1g de alimento). 
1g de lipídio produto final 
9 Kcal 
 
 
Análise de calorimetria alimentar: 
 
1° Passo: pesar 
2° Passo: 
 
Ex: Levando em conta um homem de 70 kg. 
 
metabolização 
 
 
 G = 10g 1h Urina 
Dieta L = 10g Colher amostras de Fezes Pesar (70g) 
 P = 10g Suor 
 
 41 X (nada é encontrado) 
 90 172 Kcal 
 41 
 
44 
 
 
Ex: Caso seja encontrado 8g de proteína na urina: 172 – 32,4 Kcal = 139,6 Kcal 
 
OBS.: Pesando: 
71 kg inconclusivo 
69 kg 
 
 
Calorimetria indireta respiratória: 
 
Substância Quociente respiratório 
(Q.R.) 
Valor calórico de O2 Kcal/L** 
G 1 5,05 
L 0,7 4,69 
P 0,8 4,50 
Reserva 0,82 4,83* 
 
* Valor calórico médio de O2. 
** Quantidade de calor liberado para cada 1L de O2. 
 
Q.R = Volume CO2 (0,7 L), em caso de lipídiosQ.R médio = 0,82 
 Volume O2 (1 L) 
 
Jejum: Quantidade de calor tem relação com o volume de O2 e de CO2 
 
Exame: 
• Jejum (12 – 18h) 
• Durante 1h calcular o volume O2 x 4,82 = Kcal/h 
 
Metabolismo basal: pode-se saber se ocorre ou não algum desarranjo metabólico. 
• Produzir calor; 
• Crescimento tecidual; 
• Fornecer toda a energia necessária para o funcionamento celular (energia vital). 
 
1) Metabolismo mínimo (MM): menor quantidade de energia capaz de manter vivo um 
organismo. 
 
Energia para: 
• Trabalho circulatório; 
• Trabalho respiratório; 
• Manutenção do tônus muscular (vísceras); 
• Secreção glandular; 
• Energia vital. 
 
Peso: relação animal maior e menor: 
• MM: maior MM, animal de maior peso. 
• MM/P: maior MM, animal de menor peso. 
 
Tecidos inertes: não produtores de calor. 
Quanto maior forem os animais, maior será a quantidade de tecidos inertes. 
 
Relação entre MM e superfície corporal: maior no animal maior ≈ 1000 
 
45 
 
Lei das superfícies: temperatura ambiente neutra (16° - 20°C). Para os humanos (20 
– 25°C). 
 
Peso metabolicamente ativo (PAM): peso dos tecidos que produzem calor. 
MM/PMA = constante 
 
MM/SC Metabolismo basal: quantidade mínima de calor necessária por m2 de 
superfície corporal para se manter o organismo vivo (Kcal/ h.m2) 
 
Condições basais: 
1° - Jejum (12- 18h) 
2° - Repouso absoluto (30 minutos antes do exame) 
3° - Na ultima refeição antes do exame, o paciente não deve ingerir proteínas 
(Transaminação: necessita de energia ≈ ± 30% do que ela libera no fim do processo). 
4° - Temperatura ambiente neutra (20 - 25°C) 
5° - Temperatura corporal normal. 
6° - Mulher fora do período menstrual. 
7° - Não pode dormir durante o exame. 
8° - Não pode estar tenso (alteração da freqüência respiratória). 
 
Metabolismo padrão: 
 
Sexo: homem> mulher 
 
Idade: jovem > idoso 
 
MB< ± 10% MP → normal 
MB entre ± 10% e ±15% MP →variação fisiológica 
MB > ± 15% → patológico 
 
Ex.: Homem de 25 anos. MB: 38 Kcal/h.m² MP: 40 Kcal/h.m² 
 
 
 
 
 
 
 
Hipotiroidismo – hipometabolismo: menor FC, menor FR, gordo. 
Hipertiroidismo – hipermetabolismo: maior FC, maior FR, magro. 
 
 
 
 
Membranas Biológicas 
 
 
Destinam-se a formar umas compartimentações da célula separando os meios. A 
passagem de partículas através da membrana ocorre de maneira seletiva mediante os 
tipos de transporte ativo e passivo. 
 
 
 
1) Estrutura: 
46 
 
 
A membrana possui uma estrutura delgada e elástica. A estrutura delgada favorece a 
permeabilidade de partículas e sua elasticidade permite suportar, até certo ponto, o 
aumento do volume celular. 
 
2) Composição: 
 
2.1) Lipídios: 
 
 
 
Função da membrana biológica: proteção e permeabilidade 
 
OBS.: Substâncias voláteis passam pela barreira hematoencefálica (etanol também). 
 
2.2) Proteínas: 
Canais que permitem a entrada de água na célula são chamados de aquaporinas. 
 
As proteínas GLVT são os canais de membrana responsáveis pela entrada de glicose 
nas células de alguns tecidos. Em outros, a glicose entra por co-transporte de Na+. 
 
Proteínas integrais = proteínas transmembranais 
 
 
As proteínas periféricas não possuem relação com o transporte. 
 
As proteínas que estão presentes na membrana estão na forma transmembrana, as 
quais possuem relação no transporte; ou na forma periférica externa ou interna. 
 
2.3) Carboidratos: 
Os carboidratos, na sua maioria, estão localizados na membrana externa ligado a 
proteínas integrais, formando a glicoproteína. Tem função no reconhecimento celular. 
 
3) Permeabilidade da membrana: 
47 
 
 
• Fatores relacionados com a permeabilidade: 
 
a) Estrutura da membrana: 
A estrutura delgada da membrana favorece a permeabilidade. 
 
b) Número de canais: 
Quanto maior for o numero de canais, maior será a permeabilidade da membrana. 
 
c) Temperatura: 
O aumento da temperatura causa o aumento da energia cinética entre as partículas e 
com isso aumenta a velocidade de permeabilidade através da membrana. 
 
d) Tamanho da partícula: 
O menor tamanho da partícula favorece a entrada dela na célula. 
 
e) Lipossolubilidade: 
Partículas mais apolares terão maior velocidade na sua passagem pela membrana. 
 
f) Diferença na concentração. 
 
 
4) Transportes através da membrana: 
 
Difusão simples 
Transporte passivo 
Difusão facilitada (mediado por proteínas) 
 
Primário 
Transporte ativo 
Secundário Co-transporte (simporte) 
Contratransporte (antiporte) 
 
Energia cinética gerada é liberada através da saída de sódio (transporte primário) ~ 
utilizado pela glicose ~ transporte secundário (co-transporte). 
 
Rins: Células dos túbulos renais absorvem o sódio e liberam H+, isto é, a abertura do 
canal de sódio, o sódio entra e H+sai ~ proteína transportadora Na+/H+. 
 
 
Cromatografia 
 
Cromatografia: técnica para separar (peso, carga elétrica ou afinidade química) 
proteínas. 
 
É uma técnica utilizada para separar componentes de um sistema biológico por 
solubilidade, tamanho (peso molecular), carga elétrica ou afinidade química por 
determinada substancia. O sistema é constituído de uma fase fixa denominada matriz 
ou suporte, ou de uma fase móvel, denominada eluente. 
 
 
 
Tipos de cromatografia e suas aplicações: 
 
48 
 
1) Cromatografia de gel filtração ou gel exclusão ou peneira molecular: 
É indicada para separar componentes de um sistema biológico de acordo com o 
tamanho ou peso molecular. A fase fixa é formada por um gel que contem poros ou 
cavidade de diâmetro molecular especifico para reter partículas (proteínas) até um 
determinado tamanho. Ao aplicar a amostra matriz (gel), as partículas com tamanho 
inferior ao diâmetro do poro, entram nas cavidades e ficam presas ou retardam-se. No 
entanto, as partículas com tamanho superior ao diâmetro dos poros passam entre os 
espaços presentes entre os poros e são recolhidas inicialmente. 
 
2) Cromatografia de troca iônica: 
É indicada para separar componentes do sistema biológico de acordo com a carga. A 
fase fixa é formada por uma resina que contém um grupamento químicoligado 
covalentemente a ela e, por este motivo, irá conferir à matriz uma carga elétrica. Ao 
aplicar a amostra na matriz, haverá a retenção das partículas que apresentam carga de 
sinal contrário à fase fixa. A retirada desta é feita mediante a adição no sistema de uma 
solução diluída de um ácido ou de uma base. 
 
3) Cromatografia de afinidade: 
É indicada para separar componentes de um sistema biológico de acordo com a 
afinidade química com determinada substancia. A fase fixa contém a determinada 
substancia ligada covalentemente e, ao aplicar a amostra, a partícula que apresentar 
afinidade pela substancia ficará retida. Após lavagem do sistema para retirar as outras 
partículas que não ficaram aderidas, aplica-se no sistema a solução da substancia com 
a qual a partícula possui afinidade para retirá-la da matriz. Dizemos que neste processo, 
a eluição é feita por competição. 
 
 
Hemodinâmica 
 
Líquido Ideal Líquido Real 
Sem resistência para a sua 
movimentação 
≠ Oferecem resistência para 
a movimentação (visco) 
 
Viscosidade e resistência que o próprio liquido oferece para a sua movimentação. 
 
Linha de corrente: trajetória seguida por uma partícula em movimento. 
 
 
 
 
Regime de escoamente estacionário: quando a velocidade de um líquido em vários 
pontos é constante; sempre constante no mesmo pronto (local). 
 
49 
 
 
 
Regime de escoamente transitório: a velocidade se altera mesmo em um mesmo 
ponto (não constante) e v ≠ 0. 
 
NUNCA A VELOCIDADE CIRCULATÓRIA CHEGA A ZERO! 
 
Caudal = Débito 
 
C = 
∆V
∆t
 , sendo ∆V igual a volume 
 
 
∆x = v . ∆t∆V = 
S .∆x
S
 
 
∆V = S . v . ∆t
∆𝑉
∆𝑡
= 𝑆 . 𝑣C = S . v 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Trabalho x Pressão 
 
 
 
F = P . SW = F . ∆x 
 
W = P . S . ∆x , sendo W o trabalho cardíaco (de empurrar o sangue) 
 
 ∆V 
 
Dist. Pressões: Teorema de Bernoulli 
 
 
 
 
 
𝑊1 = 𝑃1 . ∆V 
 
Energia total Ec = 
1
2
 . ∆n . v1
2 
 
𝐸𝑝 = ∆n . g . h1 
 
E1 = W1 + Ec1 + Ep1 
 
E1 = E2 
 
E2 = W2 + Ec2 + Ep2 
 
P1. ∆V + 
1
2
 . ∆n . v1
2 + ∆n . g . h1 = P2. ∆V + 
1
2
 . ∆n . v2
2 + ∆n . g . h2 
 
P . ∆V + 
1
2
 . ∆n . v2 + ∆n . g . h = C (/ ∆V) 
 
P + 
1
2
 . d . v2 + d . g . h = C 
 
 
P + d . g . h Pressão Hidrostática 
 Pressão Hidrodinâmica 
1
2
 . d . v2 Pressão Cinemática* 
51 
 
 
 
* - 
 
 
 
 
 
Equação de Poiseuille 
 
C = 
𝜋 . ∆P . r4
8 . 𝜂 . l
 
 
C: caudal 
∆P: diferença entre 2 pontos ~ pressão 
r: raio do vaso 
η: coeficiente de viscosidade 
l: comprimento da circunferência 
 
Maior pressão hidrostática (nível capilar), maior pressão cinemática. 
Maior viscosidade, menor caudal. 
Maior comprimento, menor caudal. 
Maior velocidade, maior caudal. 
 
Lei do caudal: a caudal é constante em toda a sessão completa considerável 
 
 
 
 
52 
 
 
 
Lei da velocidade média: 
 
 
 
Lei da Pressão média: 
 
 
 
 
Termorregulação Corporal 
 
Poiquilotérmicos: indivíduos que ajustam suas funções fisiológicas de acordo com a 
temperatura ambiental. Ex: répteis, peixes, anfíbios. 
 
Homeotérmicos: indivíduos que precisam manter uma temperatura até parar bom 
funcionamento das funções. Precisam manter a temperatura, através de mecanismos. 
Ex: aves e mamíferos. 
 
Origem do calor: 
 
Metabolismo por condução e convecção: 
 
Funções: 
• Trabalho muscular; 
• Sistema autônomo simpático – adrenalina e noradrenalina (participação química 
aumentando o calor); 
• Sistema endócrino – pâncreas (insulina – participa de maneira indireta – carreamento 
de glicose) e tireóide. 
 
53 
 
Equilíbrio da temperatura: 
 
Anabolismo: desequilíbrio do metabolismo de ganho. 
Catabolismo: desequilíbrio do metabolismo de perda 
 
Gradiente de temperatura : 
 
 
 
Mecanismos responsáveis pela perda de calor (termólise): 
 
Calor que produzimos: radiação infravermelha. 
 
Termólise: 
• Condução: perda de calor para objetos em contato 
• Convecção: perda de calor para meios fluidos (gases e líquidos) ex: ar 
 Através da água: 
• Sudação (líquido): 1g/0,58kcal (perda sensível) 
• Perspiração: perda de H2O por vapor – através da pele e da mecânica respiratória 
(perda insensível) 
 
Mecanismos responsáveis pela conservação de calor (termogênese): 
 
Sistema Nervoso Simpático: participação física. 
 
Vasoconstricção periférica: “tira” o sangue da periferia. 
 
Horripilação: elevação dos pelos. 
• Preserva uma maior camada de ar quente próxima a pele. 
 
Tiritação: tremer (estimulação hipotalâmica do tremor). 
• Trabalho muscular levando à produção de calor; 
• Trabalho involuntário. 
 
54 
 
Voluntários: 
• Trabalho muscular: andar, correr. 
• Diminuição da área corporal:cruzar os braços, dobrar as pernas, colocar os joelhos 
contra o peito. 
 
Termorregulação por função neural : 
 
 
Sistema Isotérmico: 
 
 
Pele: estrutura anatômica relacionada ao isolamento térmico. Tem uma temperatura 
menor para que seja possível isolar a temperatura mais profunda. Efeito Iglu. 
 
Tecido adiposo:material isotérmico 
 
Participação da circulação sanguínea em mecanismos de termorregulação: 
 
Circulação Sistêmica:quando passa pelos órgãos, o sangue perde ou recebe calor dos 
órgãos, contribuindo para a manutenção da temperatura constante. 
Troca de calor por contra-corrente: o sangue que retorna da periferia resfriado recebe 
calor do sangue do interior que se dirige para a pele aquedico. Desta forma, o sangue 
chega a pele não tão quente e retorna ao interior não tão frio. 
 
Variações de temperatura: 
 
O não respeito da temperatura fisiológica: 
• Hipertermeia: maior temperatura corporal em situações normais. Ex: trabalho 
muscula, condições físicas do meio. 
• Febre: maior temperatura corporal em situações anormais. Febre baixa por pouco 
tempo = defesa. Ex: infecções, tumor no termostato hipotalâmico, desidratação 
• Hipotermia: menor temperatura corporal em situações normais ou anormais. Ex: 
diabéticos, influência das condições ambientais, desnutrição, anemia, hipoglicemia. 
 
Efeitos lesivos da alta temperatura: 
40°C a 42°C: desnaturação de proteinas, degeneração parenquimatosa, menos PA, 
maior freqüência cardíaca e respiratória, hemorragias, dores, parestesia, diminuição do 
campo visual, escotomas (pontos luminosos), oftalgia, hipocusia (diminuição da 
capacidade auditiva), otalgia (dor de ouvido), cefaléia vascular, convulsões, delírio. 
 
55 
 
 
Pressão Arterial 
 
Doença crônica e debilitante. 
 
10% de derrames pressão arterial 
40% dos infartos 
 
Três verificações em momentos diferentes ~ diagnóstico. 
 
P = 
F (força do sangue)
S (parede da artéria)
 
 
P.A ≠ T.A 
 
 
 
Tensão arterial: resistência da fuga do sangue para fora da artéria. 
 
Pressão Sistólica (PS – PAD): maior valor da pressão do sangue nas artérias. 
Sístole Cardíaca: determina a OS, aumenta a contração e aumenta a PS. 
 
Pressão Diastólica (PD – PAD): menor valor de pressão do sangue nas artérias. 
Resistência vascular periférica (RVP): determina a PD; resistência do sangue nos 
vasos das extremidades ~ maior resistência. 
 
OBS.: NÃO DEPENDE DA DIÁSTOLE! 
 
 
 
 
 
Menor pressão ~ a circulação depende da pressão para que o sangue chegue até os 
capilares. 
 
Pressão diastólica: mais importante. 
 
56 
 
Pressão de pulso ou diferencial (PP): responsável pelo aparecimento das pulsações 
(o instante de pressão com o valor máximo). 
 
PP = PS - PD 
 
Pulsação normal: 60 a 80 b.p.m. 
 
Pressão média (PAM): pressão para que o coração trabalhe de maneira uniforme. 
 
PAM = PD + 40%PP 
 
PA = débito cardíaco* ou volume minuto (DC) x RVP 
 
*- quantidade de sangue que passa pelo segmento reto da aorta por minuto. 
 
 
DC = VS (volume sistólico) x FC (frequencia cardíaca) 
 
 
 
Maior freqüência cardíaca (passado o limite), menor tempo da sístole e diástole, menor 
PA efeito rebote 
 
Efeito rebote: pela diminuição do volumeda sístole seguinte 
 
Antes do limite: maior freqüência cardíaca, menor tempo da sístole e diástole, maior 
PA. 
 
RVP = 
l . η . 8
π . r4
 
 
l: comprimento do circuito (meio constante) 
η: coeficiente de viscosidade do sangue 
r: raio do vaso 
 
Diabetes Mellitus: maior viscosidade. 
 
Composto orgânico: alteração de viscosidade 
Composto iônico: alteração de tonicidade 
 
Vasodilatação: maior diâmetro vascular 
Vasoconstrição: menor diâmetro vascular 
 
Elasticidade das paredes: menor elasticidade, maior PA. 
57 
 
 
Aterosclerose: 
 
 
 
Variações fisiológicas: 
 
• Estresse: 
 
Força de contração do coração 
AdrenalinaFrequência cardíaca 
 Vasoconstrição 
 
 
• Idade: 
Idoso > jovem 
• Sexo: 
Homem > mulher 
 
Fatores ambientais: 
• Altitude 
• Temperatura 
 
 
Aparelho para medição de pressão arterial 
 
 
Esfigmomanômetro (aneróide): 
• Manguito: feito de lona ou borracha; 
• Manômetro (de mercúrio); 
• Pêra com válvula: impulsionam o ar para dentro do manguito. 
 
Estetoscópio: 
• Olivas auriculares: coloca-se no pavilhão auricular; 
• Campânula: parte que entra em contato com o corpo do indivíduo. 
 
Se o manômetro estiver marcando diferente de zero mesmo não estando em uso, quer 
dizer que está descalibrado. 
 
O aparelho mais preciso é a coluna de mercúrio. 
 
Normas: serão discutidas em aula prática. 
 
Como medir a pressão arterial? 
1°)Com uma fita métrica, mede-se o braço do indivíduo (do acrômio até o olecrano). 
2°)Pega-se este valor e divide-se por 2. Marca-se esse valor no braço. 
3°)Mede-se a circunferência do braço. 
4°)A partir da circunferência, escolhe-se o melhor esfigmomanômetro (comprimento do 
manguito). 
58 
 
5°)Para medir, o ideal seria o paciente estar deitado. Não podendo, sentado, mas o 
esfigmomanômetro deverá estar na altura do coração. 
6°)O manguito deve estar em contato com a pele. 
7°)O manguito não pode ser apertado ou largo demais. 
8°)A borda inferior do manguito de estar a 3 cm da prega de inflexão. 
9°)Quando aferir a pressão de uma pessoa pela primeira vez, medir nos 2 braços. 
 
Métodos de determinação: 
• Direto 
 Palpatório 
• Indireto 
Auscultatório 
 
Método direto: Introduz-se na artéria, um cateter. Esse cateter está ligado a um 
manômetro. Para medir por esse método é preciso dissecar o braço até encontrar a 
artéria. 
 
 
Método indireto: 
• Palpatório: Palpar com o dedo indicador e médio (no ângulo de 45°) a artéria radial 
(por ser mais superficial). 
Por que isso? 
1. Infla-se o manguito até cessar a pulsação. 
2. Abre-se a válvula vagarosamente. 
3. Quando houver o retorno da pulsação, o valor marcado no manômetro será a pressão 
sistólica. 
 
OBS: não dá para saber o valor da pressão diastólica. 
 
Adaptação do esfigmo Apalpar a art. Radial Inflar até cessar a pulsação 
 
 
 
P.S. Retorno da pulsação Observar manômetro Abrir válvula 
 
 
• Método auscultatório: 
Apalpar a artéria braquial. 
Colocar o estetoscópio. 
Inflar o manguito até o manômetro medir o valor do palpatório (+ 30 mm – margem de 
segurança). 
Abrimos a válvula. 
Quando se ouve o primeiro ruído é a pressão sistólica e o ultimo ruído ouvido é a 
pressão diastólica. 
 
Adaptação do esfigmoApalpar a art. Braquial Inflar até P= P.S. palp + 30 
mmHg 
 
 
 
 P.S. Primeiro ruído Observar manômetro Abrir válvula 
 
 
 
Segundo ruído P.D. 
59 
 
 
 
 
 
 
OBS.: P.S. palpatória< P.S. auscultatória 
 
 
 
 
Valores normais para adultos: 
 
Pressão Sistólica Pressão Diastólica 
< 130 <85 Normal 
130 - 139 85 – 89 Normal limítrofe (pré-hipertenso) 
≥ 140 ≥ 90 Hipertenso 
 
 
Concordância da P.A. (convergência e divergência): 
 
PD = 
PS
2
+ 10 
 
Normal ou Hipotenso 
PD = 
PS
2
+ 20 
 
Hipertenso 
 
Antropometria e Espirometria 
 
Medidas antropométricas: 
• Estatura (balança antropométrica) 
• Peso (balança de médico) 
 
Segundo Broca, pelo ideal para homem: Estatura (cm) – 100 ± 10% 
 
Para mulher: Estatura (cm) – 104 ± 10% 
 
Ex.: Peso: 49,600 Kg 
Estatura: 1,765 m 
 
P = 176 – 100 = 76 Kg 
 
 76 – 7,6 = 68,4 Kg 
 76 + 7,6 = 83,6 Kg 
 
IMC = 
peso (Kg)
estatura (m2)
 
60 
 
 
 
Normal: 18,5 a 24,9 
Sobrepeso: 25 a 30 
 IMC Obesidade: 30 a 40 
Obesidade mórbida: acima de 40 
 
 
18,5 = 
peso
(1,76)²
= 57,3 Kg24,9 = 
peso
(1,76)²
= 77,13 Kg 
 
 
Espirometria: 
 
Capacidade vital; 
 
Espirometro Barnes; 
 
Homem: CV = Estatura (cm) x 24 ± 15% 
 
Mulher: CV = Estatura (cm) x 17 ± 15% 
 
Ex.: Estatura: 181 cm 
 
CV = 181 x 24 ± 15% 
CV = 4344 mL 
 
 4344 – 651,6 = 392,4 
 4344 + 651,6 = 4994,6 
 
Fatores que alteram a capacidade vital: 
• Postura; 
• Idade; 
• Turno; 
• Exercício físico; 
• Doenças pulmonares; 
• Tocar instrumentos de sopro. 
 
 
Determinação Colorimétrica do pH 
 
pH: potencial hidrogeniônico de uma solução. 
 
pH: log
1
[H+]
 ou − log[H+] 
 
OBS.: água destilada (purificada) pH ≈ 6 
 
pH> 7 básico 
pH = 7 neutro 
pH< 7 ácido 
 
A técnica utilizada para determinar o pH de uma solução pelo métodos colorimétrico foi 
descrita por Gillespie. Nesta técnica, são utilizadas dias baterias de tubos de ensaio, 
61 
 
contendo 9 tubos em casa bateria. Em uma das baterias, são colocados 5 mL de uma 
solução de H2SO4 0,1N em cada tubo. Na segunda bateria, são colocados 5mL de 
solução NaOH 0,1N, em cada tubo. Como cada bateria contém 9 tubos, estes são 
numerados de 1 a 9 e o numero de gotas a ser colocado na solução vai corresponder 
ao numero do tubo. Estas duas baterias vão ser utilizadas para formar a chamada zona 
de viragem do indicador, que corresponde a faixa de transição de coloração do mesmo. 
Na zona de viragem, podemos identificar o pH de uma determinada solução (solução 
problema) por meio de uma comparação com a semelhança de cor formada a partir do 
par de tubos ácido/base. Como é feita essa coloração? 
 
Alaranjado de metila ácido – vermelho 
básico–amarelo 
 
Zona de viragem: laranja (diferentes tons) 
A solução problema contém 10 gotas do indicador e para não haver uma divergência 
com relação a concentração do indicador, o par de tubos (ácido + base) deverá ser 
formado entre os tubos que venham a somar 10, como ex, tubo 1 do ácido com tubo 9 
da base, eassim por diante. Após indicar semelhança de cor entre o par de tubos com 
a solução problema, aplica-se a seguinte formula para o cálculo: 
 
pH = pK do indicador + log
numero de gotas no meio básico
numero de gotas no meio ácido
 
 
Ex.:pH = 3,5 + log
1
9
 
 
pH = 3,5 + log 1 − log 9 ~ pH = 3,5 − 0,954 = 2,546 
 
Ex.:pH = 3,5 + log
9
1
 
 
pH = 3,5 + log 9 − log 1 ~ pH = 3,5 + 0,954 = 4,454 
 
 
Exame físico da urina 
 
 
Volume de urina eliminado em 24h: 100 a 1500 mL 
 
Poliúria: volume > 1800 mL 
Oligúria: volume < 1800 mL 
Anúria: volume < 100 mL 
 
Cor: amarela 
 
Odor: “sui generio” 
 
Densidade: 
 Micção isolada: 1,010 – 1,030 
 Mistura 24h: 1,015 – 1,025 
 
Métodos para a medida da densidade: 
• Picnômetro; 
• Densimetro; 
62 
 
• Balança de Mohr; 
• Refratometria. 
 
Picnômetro: 
Vazio: peso x 
Picnometro + H2O: peso y 
Picnometro + líquido problema: peso z 
 
d = 
z − x
y − x
 
 
 
Cada diferença de 3°C, existe uma variação de 0,001 
 
3° C 0,001 
6° C x 1,018 + 0,002 = 1,020 
x = 0,002 
 
Ex.: urina: 15° C 
Densímetro: 20°C 
Leitura: 1,027 
 
Densidade real? 
 
3° C 0,001 
5° C x 1,027 - 0,0017 = 1,0253 
x = 0,001667 ~ 0,0017 
 
Balança Mohr: 
 
 
 
1° cavaleiro: décimos 
2° cavaleiro: centésimos 
3° cavaleiro: milésimos 
4° cavaleiro: décimos-milésimos 
 
Temperatura: H2O; 26°C 
Densidade: H2O; 0,9967... 
 
Refratometro: 
63 
 
 
Prova de Hay: 
 
Apêndice: 
Substancias tensoativas: são aquelas

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