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1 POOH Apostila Biofísica-Unirio 2 Índice: Soluções Propriedades Coligativas Instrumentação Cientifica Sistemas Coloidas PH e Tampoes Respiração Mecanica Cardiaca Biofisica das Trocas Gasosas Ultrassom Agua Equilibrio Acido-Base do organismo Coração Tensao Superficial Bioeletrogenese Contração Muscular Espectrofotometria Eletroforese Exame Fisico do Sangue Pressao Venosa Calorimetria Biologica Membranas Biologicas Cromatografia Hemodinamica Termoregulação Corporal Pressao Arterial Aparelho para medição de PA 3 Antropometria e Espirometria Determinação Colorimetrica do pH Exame físico da Urina Grandezas Funcamentais 4 Soluções Solução: Mistura unifásica de mais de um componente. Soluto – substancia em menor quantidade, solvente – gás,liquido Pertencem à classe de dispersões • Dispersor: solvente; • Disperso: soluto. Solução aquosa: solvente = água Dispersões: representam um sistema onde uma determinada substancia encontra-se dispersa em uma outra substancia. • Soluções verdadeiras: partículas com tamanho inferior a 1nm. Ex: NaCl. • Soluções coloidais: partículas com tamanho entre e 1 e 100 nm. Ex: Proteínas. • Suspensões: partículas com tamanho superior a 100 nm. Ex: Fármacos. Estudo quantitativo: 1) Concentração (C): quantidade de partículas C = massa do soluto (g) volume da solução (l) com variações ou C = massa do soluto (g) volume da solvente (l) OBS.: % = decilitro = g soluto em 100 mL de solução Sempre partir de uma solução de maior concentração, se quiser menor concentração é só diluir. 2)Percentual: Gramas de soluto por 1000 ml de solução. 3)Molaridade (M):M = mol litro⁄ . Numero de moles de soluto por litro de solução. Ex.: Glicose: C6H12O6 6C: 6 x 12 = 72 12H: 1 x 12 = 12 6O: 6 x 16 = 96 180 (peso molecular) Molaridade = massa do soluto (g) peso molecular (ou massa) x volume da solução (l) Ex1.:0,75 M = m 180 x 0.5 → m = 67,5 g Ex2.:0,75 = 60 180 x v → v = 0,44 ~ 440 mL → 0,75 M 5 Ex3.:M = 60 180 x 0.5 → M = 0,666 ~ 500 mL → 666 mM 3) Normalidade: peso molecular pelo numero de íons ionizáveis Ex.: H2SO4 PM = 98 1M = 98 1N = 98 2⁄ = 49 OBS.: mais usado para ácidos e bases. 4) Molal: Moles de soluto por kg de solvente. 5) Molar X Molal 6)Diluição de soluções: solução diluída C1 x V1 = C2 x V2 ou Ci x Vi = Cf x Vf solução “estoque” ou de partida (mais concentrada) OBS.: Diluir 10x: 1 parte do soluto + 9 partes do solvente. Diluir 1x: diluir à metade. • Diminuir a concentração do soluto; • Dilui-se com água. Ex.: Preparar 2 litros de solução de glicose 100 mM a partir de uma solução “estoque” de glicose 500 mM. Ci = 500 mM Ci x Vi = Cf x Vf Vi = ? 500 x Vi = 100 x 2 Cf = 100 mMVi = 0,4 L Vf = 2 L 0,4 L glicose 500 mM 1,6 l água 2,0 l glicose 100 mM 5)Solutos Multiplos: quando não há reação entre os solutos de uma solução a concentração total soma; quando há reação entre os solutos de uma solução a concentração final depende dos seus produtos (soluções neutras, acidas, básicas) 6)Normalidade: titular uma solução é determinar sua normalidade. Normalidade = quando há reação entre partículas ou moléculas. Concentração normal = titulo. 7) Unidades e grandezas: • Mili (m): 10-3 ou 1/1000 Ex.: 1 mg = 10-3 g 1 mM = 10-3 M ou 0,001 M OBS.: 0,001 M = 1Mm 6 0,01 M = 10 mM 0,1 M = 100 mM • Micro (μ): 10-6 ou 1/1000000 Ex.: 1μL: 10-6 ou 0,000001 L • Nano (n): 10-9 Ex.: 1nm: 10-9 m Propriedades coligativas São propriedades que dependem do numero de partículas dispersas em uma solução. A presença dessas partículas tem a capacidade de alterar a pressão máxima de vapor, a temperatura de ebulição, a temperatura de congelamento, e a velocidade de passagem de líquido. Efeitos: 1) Tonometria ou tonoscopia: estuda a diminuição da pressão máxima de vapor de um liquido quando se adiciona a este um soluto não volátil. 2) Ebuliometria ou ebulioscopia: estuda a elevação da temperatura de ebulição de um líquido quando se adiciona a este um soluto não volátil. 3) Criometria ou crioscopia: estuda a diminuição da temperatura de congelamento de um liquido quando se adiciona a este um soluto. 4) Osmometria ou osmocopia: estuda os fenômenos relacionados com a movimentação ou passagem de água. OBS.: Quanto maior o numero de partículas, maior é a interferência. 4.1) Conceitos: • Difusão: é a passagem de partículas (soluto) em favor do gradiente de concentração, ou seja, do mais concentrado para o outro de menor concentração. Processo irreversível e aleatório. • Osmose: é a passagem de águia de um meio menos concentração (hipotônico) para outro de maior concentração (hipertônico) através de uma membrana semimpremeável. • Pressão osmótica: pressão exercida na parede interna da membrana com a finalidade de anular a pressão hidrostática e evita a entrada excessiva de água na célula quando esta se encontrar em um meio hipotônico. Instrumentação Científica Relação ente o homem com os instrumentos. Instrumento: é tudo aquilo que auxilia e serve ao homem. Classificação dos instrumentos: • Direta: cura. Ex.:Bisturi elétrico. 7 • Indireta: não cura (diagnóstico – medir). Ex.:aparelho de pressão, eletrocardiograma. Indiretos: Instrumento de laboratório; Tratamento, terapia; Diagnóstico; Medir: comparar grandezas de mesma unidade, utilizando grandezas consensuais. OBS.: Sempre ocorrerão erros por menores que sejam e mesmo com ótimas condições. Características dos instrumentos: 1) Fidelidade (exatidão): quando o valor mostrado pelo instrumento é o mesmo que o valor real (padrão). 2) Qualidade ou categoria: está na faixa de uso entre o valor máximo e mínimo das suas unidades. Em outras palavras, está relacionado com as unidades das grandezas que servem o instrumento, isto é, estabelece o limite do uso entre os valores máximos e mínimos de suas unidades. 3) Liberdade: é a capacidade operacional dos instrumentos. São os recursos de trabalho oferecidos pelo instrumento. Ex.: uma pipeta com um chumaço de algodão apresenta recurso de trabalho maior que um sem, já que o líquido sai mais devagar, medindo com maior precisão. 4) Sensibilidade: resposta do instrumento a um determinado estímulo. Unidades mais distantes, maior sensibilidade, precisão. Ex.: uma balança cujas unidades são mais espaçadas, sua sensibilidade será maior. Instrumentação eletrônica: Transdutores: sistemas capazes de transformar um tipo de energia em outro, energia em trabalho e trabalho em energia. • Eletro-fotônico: transforma eletricidade em luz. Ex.: Lâmpada. • Foto-elétrico: transforma luz em eletricidade. Ex.: Célula foto-elétrica. • Eletro-térmico: transforma eletricidade em calor. Ex.: Resistores. • Termo-elétrico: transforma calor em eletricidade. Ex.: Par termo elétrico. • Eletro-motriz: transforma eletricidade em força motriz. Ex.: Secador de cabelo. • Motriz-elétrico: transforma força motriz em eletricidade. Ex. Geradores. • Eletro-acústico: transforma eletricidade em som audível. Ex.: Alto falante. • Sonico-elétrico: transforma som em eletricidade. Ex.: Microfone. Sistemas coloidais São misturas bifásicas: • Dispersão: sólido – líquido; tendencis : floculação, agregação. • Emulsão: líquido – líquido; fase dispersa grande, melhor absorção • Aerossol: sólido – gasoso; absorção quase imediata • Espuma: gasoso – líquido; liquido formando fina parede envolvendo bolhas de gás. 8 São sistemas ou soluções compostas por solvente e micelas, partículas que apresentam tamanho entre 1 e 100 nm. O sistema parece homogêneo, mas com o passardo tempo, as duas fases se separam. As partículas coloidais podem ser: • Liófilas: apresentam afinidade com o solvente; • Liófobas: não interagem com o solvente. Exemplos de colóides: Plasma do sangue, gelatinas, micelas, maionese. OBS.: Partículas coloidais refletem a luz e podem ser visualizadas por ultramicroscopia (microscopia de campo escuro). 1) Conceitos: a) Efeito Tyndall: é a capacidade que as partículas coloidais apresentam em refletir a luz. b) Movimento Browniano: o movimento das partículas coloidais, de forma aleatória. Ex.: enovelamento das proteínas. c) Pectinação ou polimerização: passagem de solução para gel. 2) Estabilidade coloidal: 2.1) Fatores que promovem a estabilidade coloidal: a) Presença de carga elétrica do mesmo sinal: mantêm as partículas afastadas, umas das outras, evitando a aglomeração e a conseqüente precipitação. b) Presença da camada de solvatação: representa a organização das moléculas do solvente ao redor da partícula coloidal, impedindo a aglomeração e a precipitação. 2.2) Fatores que promovem a desestabilidade coloidal: a) Alteração de pH e temperatura: A alteração do pH do sistema promove uma mudança na carga elétrica das partículas, facilitando a atração entre as mesmas e a conseqüente precipitação. A alteração de temperatura é capaz de promover um rompimento de determinadas interações intramoleculares (Ex.: pontes de hidrogênio) inativando a partícula (proteína). Ex.:Quando colocamos limão ou vinagre no leite, ocorre a mudança de pH, muda a carga e as proteínas se atraem (algumas estão positivas e outras negativas). b) Adsorção (interação, ligação) de outras partículas: a interação de determinados íons ou moléculas é capaz de alterar a estrutura e/ou a função da partícula coloidal. 9 c) Tamanho da partícula: as partículas pequenas são mais estáveis que as maiores. As partículas de maior tamanho necessitam de um maior numero de interações e, com isso, são mais suscetíveis a danos decorrentes do estresse do meio. pH e tampões 1)Lei de ação das massas : Equilíbrio químico: conceito preliminar “A velocidade de uma reação é proporcional ao produto da concentração ativa das substâncias que reagem” V=k (C1)(C2)...(Cn) 2)Ponto de equilíbrio: • As velocidades das reações direta e reversa ficam iguais e constantes • As massas das substâncias das reações ficam constantes mas não necessariamente iguais k1 𝑘. 1 = k = (𝑐)(𝑑) (𝑎)(𝑏) K = 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑎𝑔𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 3)Lei de ação das massas k=1 → produtos = reagentes k>1 → produtos>reagentes k<1 → produtos<reagentes 4)Teoria de Brönsted-Lowry • Ácido = qualquer substância que libera prótons (doador) • Base = qualquer substância que liga prótons (aceptor) 5) Escala hidrogeniônica ou de pH (potencial de H) Quando H+ sobe, OH- desce. pH: potencial hidrogeniônico de uma solução. pH: log 1 [H+] ou − log[H+] OBS.: pH do plasma ≈ 7,35/7,45 (meio extracelular) – pH ideal 10 Meio intracelular ≈ 7,1/7,2 ± 0,3 (conseqüências graves) Menor pH ~ a hemoglobina vai estar ligada a H+. pH 7,8: pH muito alto para o sangue (anormalidade). 6)Modificação do pH da água • Classificação dos sais: Neutros(Não modificam o Ph da água), Acidos (Abaixam o Ph da água) e Basicos( Elevam o Ph da água). 7)Controle de pH • Tampão: Recolhe prótons quando há excesso, Fornece prótons quando há falta Ex. Ácido acético + acetato de sódio 8)Cálculo de pH para soluções de concentrações diferentes pH. pK + Log 𝐶𝑎𝑉𝑎 𝑉𝑎𝐴𝑑 9) Ponto isoelétrico (pI) ou pH isoelétrico (pHi) de aminoácidos • Aminoácidos: substâncias que na mesma molécula possuem mais de um grupo doador/aceptor de prótons = ANFOTÉRICAS, anfólitos ou anfions Ex. glicina • pI = valor de pH onde as cargas positivas e negativas se anulam 10)Sistemas tampão: • Regulam o pH ideal; • Formados por mais de uma substancia e tem como função de evitar variações bruscas de pH; • Ácido fraco + sal (base conjugada); • Recolhe prótons quando há excesso (base); • Fornece prótons quando há falta (ácido). OBS.: sais também podem modificar o pH. NH4Cl → NH4+ + Cl- NH4+ → NH3 + H+ (diminui o pH) Tampão não fisiológico: OBS.: Variação de tamponamento: uma unidade abaixo do pH e uma unidade acima (faixa de atuação). 11 Cada tampão tem seu pK específico. O tampão não impede mudanças de pH, mas atenua consideravelmente essas mudanças. Principais tampões do organismo: 1) Tampão Bicarbonato:pk = 6,1 Instável porque está em um meio de pH 7 (hemácias); Por isso ele se dissocia; Instável também porque possui dois OH no mesmo C; OBS.: Esta reação ocorre dentro das hemácias. Variação de tamponamento: uma unidade abaixo do pH e uma unidade acima (faixa de atuação), por isso o bicarbonato não é suficiente, porque o pH do sangue é 7,4. O tampão bicarbonato é formado por uma mistura de CO2 (ou H2CO3) e HCO3-. Este tampão encontra-se em maior concentração no meio extracelular. Apresenta um valor de pK = 6,1 e, por isso, é considerado pouco potente. Entretanto, este tampão é muito importante porque é regulado pelo organismo, ou seja, o sistema respiratório regula a concentração de CO2 e o sistema renal, regula a concentração de bicarbonato. OBS.: ácido para estar na sua forma ácida, precisa estar com o pH ácido causando a dissociação deste, como exemplo, o ácido acético em acetato e um próton. Também extracelular e essencial ao nosso organismo. Por Berne & Levy: pH = 6,1 + log [HCO3−] α PCO2 , sendo α = 0,03 Trabalha mediante a regulação da concentração dos seus constituintes e pela concentração de CO2. OBS.: sistema renal é responsável pela eliminação do bicarbonato. Acidose Rins Segura o bicarbonato Alcalose Libera o bicarbonato Principal responsável pela regulação do pH do plasma. OBS.: menor pH, maior ativação do sistema respiratório (controlar a acidose). 2) Tampão fosfato: pK = 6,8 H2PO4-: fosfato diácido/ monobásico; HPO4-2: fosfato monoácido/ dibásico. 12 É formado por uma mistura de H2PO4-/ HPO4-2. Este tampão apresenta um valor de pK em torno de 6,8 e, por isso, apresenta uma maior eficiência no tamponamento dos líquidos extracelulares, quando comparado com o bicarbonato. Entretanto, a concentração de fosfato equivale a 1/12 da concentração de bicarbonato no meio extracelular. Encontramos uma maior concentração de fosfato no meio intracelular, na cavidade oral e nas células do túbulo renal. 3) Tampão proteína: Encontrado no meio intra e extracelular; Tem que ter na sua estrutura primária um resíduo de histidina, por esta apresentar um radical com pK ≈ 7. Todos os aminoácidos são assimétricos, exceto a glicina. • Aminoácidos ácidos: carregados negativamente; • Aminoácidos básicos: carregados positivamente; • Aminoácidos neutros: não carregados. PI da proteína: permite a identificação se ela é ácida ou básica. OBS.: A hemoglobina também é considerada tampão. Valores diferentes de pK: Livre: 7,6 (desoxihemoglobina) Conjugada: 6,4 (oxihemoglobina) É considerado o mais abundante do organismo, presente nos meios intra e extracelular. A atuação de uma proteína como tampão deve-se ao fato de apresentar na sua estrutura primária resíduos de aminoácidos com um grupamento químico presente no radical apresentando um valor de pK específico para a atuação. Temos ainda a hemoglobina atuando como tampão porque apresenta diferentes valores de pK quando tiver O2 ou CO2 ligado a ela. Respiração 1) Definição: São processos pelos quais se retira para as células o O2 do meio ambiente e eliminando das mesmas o CO2.2) Fases da respiração: ventilação a) Pulmonar perfusão difusão Corresponde a todos os processos que se passam ao nível dos alvéolos pulmonares. a.1) Ventilação: é a renovação constante do ar nos alvéolos. a.2) Perfusão: é a irrigação sanguínea dos alvéolos. 13 a.3) Difusão: é a passagem do O2 do alvéolo para o capilar e a passagem de CO2 do capilar para o alvéolo, pela diferença de pressão parcial. b) Hemática: corresponde da combinação de O2 com a hemoglobina e seu transporte até as células. c) Tecidual: corresponde na utilização de O2 para o metabolismo celular. 3) Relação ideal ventilação/perfusão: Cada pulmão: 2 L ar 2,5 L sangue = 0,8 4) Mecânica: Inspiração + expiração = incursão respiratória Frequência respiratória: numero de incursão respiratória por minuto. Eupnéia: freqüência respiratória normal (12 a 20 incursões respiratórias/minuto). Taquipnéia: frequência respiratória aumentada. Bradpnéia: frequência respiratória diminuída. Dispnéia: dificuldade respiratória. Apnéia: parada respiratória 5) Músculos respiratórios: a) Inspiração normal: • Diafragma (descida); • Intercostais externos. b) Expiração normal: • Movimento passivo. c) Inspiração forçada; • Diafragma; • Intercostais externos; • Peitorais; • ECOM; • Escaleno. d) Expiração Forçada; • Abdominais; • Intercostais internos. 6) Volumes pulmonares: a) Volume de ar corrente (VC): compreende o volume de ar que inspiramos ou expiramos a cada respiração. 14 Cada linha equivale a 50 mL b) Volume inspiratório reserva (VIR): compreende o volume máximo de ar introduzido nos pulmões por uma inspiração forçada após uma normal. c) Volume expiratório reserva (VER):compreende o volume máximo de ar expelido dos pulmões por um expiração forçada após uma normal. d) Volume residual (VR): é o volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração forçada ≈ 1,5 L. 7) Capacidades pulmonares: a) Capacidade pulmonar total (CPT): representa o volume máximo de ar contido nos pulmões ao fim de uma inspiração forçada. CTP = VC + VIR + VER + VR ≈ 6L. b) Capacidade vital (CV): representa o volume Maximo de ar expelido dos pulmões por uma expiração forçada após uma inspiração normal. CV = VC + VIR + VER c) Capacidade inspiratória (CI): representa o volume máximo de ar introduzido nos pulmões após uma expiração normal. CI = VC + VIR d) Capacidade funcional residual (CFR): representa o volume máximo de ar contido nos pulmões ao fim de uma expiração normal. CFR = VR + VER 8) Volume minuto respiratório: É o volume de ar que inspiramos por minuto. VMR = VC x FR Ex.: VC = 500 mL FR = 15 inc. resp./min VMR = 500 x 15 = 750 mL ≈ 7,5 L OBS.: Espaço morto anatômico: espaço que vai das fossas nasais até os alvéolos pulmonares ≈ 150 mL. 15 9) Volume minuto alveolar: Volume de ar que chega aos alvéolos: VMA = VMR – (EMA x FR) ou VMA = (VC – EMA) x FR Ex.: VMA = (500 – 150) x 15 = 5250 mL ≈ 5,25 L Mecânica Cardíaca O coração é considerado uma bomba aspiro-premente. Átrios: menos importantes. Ventrículos: mais importantes. Ciclo cardíaco: eventos cardíacos que ocorrem entre o início de uma contração e o início da próxima. Potencial de ação: estímulo que vai servir para que o coração tenha seu funcionamento normal. Surge espontaneamente e se propaga em todas as direções. Dá início a contração. Nódulo Sinoatrial (sinual) – 60 a 80 Nódulo Atrioventricular (A – V) - 40 a 60 Tecido autoexcitatório do coração: todos podem gerar esse estímulo. Feixes de His (D e E) – 40 est/min Fibras de Purkinje – 20 As células que despolarizam não sofrem ação de outros impulsos. 16 Nódulo sinoatrial: ou marca passo, comanda o ritmo cardíaco, por ser o primeiro a liberar um estímulo. Marca passo: dispositivo que vai mandar estímulos que seriam mandados pelo nódulo sinual. OBS.: átrios se contraem primeiro para o término do enchimento do ventrículo. Ciclo Cardíaco: se inicia por uma diástole seguida de uma sístole. Ciclo cardíaco Sístole Diástole Métodos de estudo: 1) Pletismografia: relação entre os volumes dos ventrículos, isto é, análise das variações dos volumes ventriculares (animais inferiores). 2) Ausculta cardíaca: capta ruídos gerados pelo coração. Utilização do estetoscópio. 3) Fonocardiografia: registro gráfico dos ruídos gerados pelo coração. 4) Eletrocardiograma: mostra a atividade elétrica do coração. Este exame não é preventivo, é de momento. Detecta: • Tamanho das câmaras; • Distúrbios do ritmo de condução • Arritmias. 5) Ecocardiograma (ultrassom): mostra a massa muscular e o volume. 6) Registros dos pulsos arteriais e venosos: mostra a distensão e o relaxamento das artérias/veias. Pulso: movimento das paredes arteriais. 7) Cintilografia cardíaca (radioisótopos – Tc): células absorvem este radioisótopo e emitem uma radiação. 8) Cateterismo cardíaco: introdução de cateter na circulação cardíaca (pela variação de pressão dentro das regiões cardíacas). Tem seus riscos. Analisa as variações da pressão intracavitória. 9) Arteriografia: utilização de contraste. 10) Angiografia: aplicação de stents. Fases do ciclo cardíaco: Fase de enchimento rápido ventricular: abertura das válvulas AV e chegada de sangue aos ventrículos (Fase da diástole). Esquerdo: mais rápido. Fase de enchimento lento ventricular (diástole): entrada de sangue nos ventrículos enquanto as válvulas estão abertas (Fase da Diástole). 17 Fase de sístole atrial: contração dos átrios para passar todo o sangue para o ventrículo (Fase da Diástole). Fase de contração isovolumétrica: fechamento das válvulas (pela diferença de pressão) e os ventrículos não se esvaziam (Fase da Sístole). Fase de ejeção/expulsão: os ventrículos forçam as válvulas semilunares e o sangue passa para as artérias (Fase da Sístole). VE > 80 mmHg VD > 8 mm Hg Fase protodiástole: É uma fase virtual que separa a sístole da diástole. Em dado momento a pressão aórtica iguala a ventricular não havendo deste modo qualquer movimento de sangue. Imediatamente após, o ventrículo começa a distender-se dando- se origem à diástole(Fase da Sístole). Fase de relaxamento (isovolúmico): musculatura se relaxa, o sangue tentar voltar e as válvulas se fecham (1° fase da diástole). • 120 a 130 mL: volume diastólico final • 70 a 80 mL: volume sistólico • 50 a 60 mL: volume sistólico final O coração é o primeiro a receber sangue. Biofísica das trocas gasosas 1) Conceitos: pO2: pressão parcial de O2 pCO2: pressão parcial de CO2 Pressão parcial: concentração dos gases; Quanto maior a pressão, maior é a concentração. 2) Pressões pulmonares: a) Pressão pleural: A parede parietal e a parede visceral são pleuras, a cavidade encontrada entre elas tem o nome de cavidade pleural (espaço) e neste espaço existe a pressão pleural. Pleura parietal: pressão negativa (força de sucção). Pressão pleural: evita o colabamento dos pulmões após uma expiração, impedindo seu fechamento, pois sempre permanece um volume residual. Inspiração: pleura parietal pressiona a pleura visceral. 18 Encontra-se no espaço pleural, ou seja, entre as pleuras parietal e visceral. Esta pressão apresenta um valor negativo (pois existe uma drenagem do liquido intersticial pelos ductos linfáticos) que, durante o repouso da respiração, apresenta um valor em torno de -5 cm de H2O. Esta pressão impede o colabamento dos pulmões, ao final de uma expiração e tende a ser mais negativa na inspiração. Além disso, durante a inspiração, esta pressão encontra-se atuante também, devido à força de tração da pleura parietal sobre a pleuravisceral. b) Pressão alveolar: Encontra-se no interior dos alvéolos pulmonares. Ao final de uma expiração, ou seja, durante o repouso da respiração, a pressão alveolar apresenta-se igual a pressão atmosférica (0 cm de H2O) e, por este motivo, não há movimentação do ar. Todavia, no inicio da respiração, com a glote ainda fechada esta pressão cai para permitir a entrada de ar nos alvéolos e, ao final da inspiração, torna-se superior a pressão atmosférica para promover a saida de ar nos pulmões durante a expiração. c) Pressão transpulmonar: É uma diferença entre a pressão alveolar e a pressão pleural, que tem uma relação com a complacência pulmonar. Isto é, com as forças elásticas que atuam nos pulmões. Em outras palavras, refere-se a uma interação entre as forças relacionadas com a mecânica da respiração, ou ainda, com as forças elásticas dos pulmões. Ela que controla a quantidade de ar que entra ou sai dos pulmões. 3) Difusão de O2 e CO2: a) Nos pulmões: b) Nos tecidos: 19 4) Transporte de O2 e CO2: O2 97% liga-se à hemoglobina 3% dissolve-se no plasma CO2~ 7% dissolve-se no plasma ~ 23% liga-se à hemoglobina ~ 70% CO2 + H20 ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3- Ultrassom (US) Som: é todo movimento ondulatório/vibratório que se propaga em ondas capazes de sensibilizar os ouvidos. Ultrassom: ondas com freqüência maior que 2000 Hz, sendo os humanos não capazes de ouvir. 1) Obtenção do ultrassom: Prizoeletricidade: Uma lamina de cristal quando prensada, há retirada de elétrons. Movimento do cristal: entrada e saída. Passagem de uma onda na lamina de cristal. O elétron iria ocupar um espaço na lamina e esta iria dilatar. f = 60 Hz → haveria 60 20 A uma lamina de cristal é aplicado um capo elétrico com uma corrente alternada, o cristal modificará sua forma o numero de vezes igual a ciclagem da corrente. Propriedades ópticas: propriedades da luz • Propagação em linha reta, em todas as direções; • Refração, não segue a mesma trajetória em meios diferentes; • Convergência e divergência; • Absorção e reflexão • O ultrassom não se propaga no ar. Produção de calor: Diatérmico – calor produzido internamente (em profundidade). Efeito secundário do US. Depende das características do US. Efeito de cavitação: Aparecimento de cavidades, bolhas que aparecem no líquido. Uso da pressão do US. P. vapor (P. feixe ultrassonico) = P. liquido ~ cavitação É nocivo pela nossa constituição hídrica. Cavitação: aparecimento de cavidades no interior dos líquidos. Ocorre quando a pressão do feixe ultrassônico se iguala a pressão de vapor do liquido modificando o estado físico da matéria de líquido a vapor. Produção de emulsão: Emulsão: mistura de substâncias que não se misturam (não miscíveis). US: a pressão do US diminui a força de coesão das moléculas, permitindo que elas se soltem e se misturem. Desequilíbrio coloidal: Micelas se separam pela repulsão causada pelas suas cargas elétricas. US: muda a polaridade de algumas micelas, desequilibrando o meio. Propagação: • Se propaga mal no ar; • Se propaga bem na água; • Melhor em meios mais densos; • Não se propaga no vácuo. Ação no organismo:fisioterapeudica. Efeito de micromassagem: mudança do ponto de equilibro a nível de unidade celular (movimento). Isso ativa a circulação sanguínea, rede linfática, etc. Aumenta o metabolismo. Interfere nas sinapses. Indicações: • Analgesia; • Esplasmólise; 21 • Processos traumáticos; • Pós operatório; • Analgésicos. Contra indicações: • Não aplicar em processos trombóticos (~ coagulo); • Locais do corpo com coleção de líquidos (Ex.: globo ocular); • Locais com áreas comprometidas com gestação; • Áreas insensibilizadas; • Processos traumáticos sem o devido período; • Indivíduos portadores de próteses; • Áreas que não tenham tecido de absorção (Ex.: osso). Métodos de aplicação: Direto: aplicação direta do instrumento na região a ser tratada. • Colocar uma substância de contato (Ex.: água, gel) interposta entre o instrumento e a pele (devido à propagação no ar); • Movimento constante do cabeçote (evitar cavitação). Subaquático: mergulho do cabeçote e da região a ser tratada na água. • Sem contato direto (sem necessidade de encostar na pele); • Movimentação constante. Com acessório: bolsa d’água, por exemplo. • Interposição de uma bolsa d’água (camisinha, bola de aniversário) entre o cabeçote e a região a ser tratada; • Movimentação (prejudicada); • Diminui-se a potencia e aumenta-se o tempo. Técnica de aplicação: • Diagnostico; • Escolha do método; • Programa (numero/duração); • Qualidade do feixe; • Frequência do feixe (Hz); • Potencia (w); • Conhecimento do quadro clínico, do histórico, das contra indicações; • Tolerância do individuo ao tratamento. OBS.: Maior a frequência, menor é o comprimento de onda, menor é a penetração, menor é o alcance. Emprego em diagnóstico: Fundamento: Absorção x Reflexão (ECO) – propriedades ópticas. Tecidos com densidades diferentes, ao serem atingidos por um feixe de US emitirão ECOS que são próprios de cada tecido, e consequentemente, necessária uma leitura. Osso: reflete o ultrassom. 22 Modalidades: • Ultrassonografia: diagnostico por interpretação de imagem (3D/cores). Observa o interior numa tela por tempo indeterminado. • Ecografia: leitura dos ECOS. • Doppler: fluxograma, registra o fluxo. • Sonar: traduz o eco para 1000 Hz (frequência escutada pelo homem); Água Estrutura : polar,interação entre moléculas de água via pontes de hidrogênio. Ph: neutro Cerca de 50 a 70% do peso corporal de um individuo adulto é constituído de água. Homem: 70% Mulher: 60% Recém nascido: 80 a 90% Ex.: Qual a volume de água do organismo humano de uma mulher adulta que pesa 60 kg? 60 100 x 60 = 36 Kg ou L ~ 100% de água no organismo Distribuição topográfica: 1) Compartimento intracelular: 55% 2) Compartimento extracelular: 42,5% a) Intersticial – 35% b) Vascular – 7,5% 3) Compartimento transcelular (pleura, sinovial, humor aquoso, humor vítrio): 2,5% Adulto Recém nascido I: + I: + E: - E: - Ex.: Qual o volume de água do compartimento transcelular de um homem adulto que pesa 70 kg? 70 100 x 70 = 49 Kg ou L 2,5 100 x 49 = 1,225 Kg ou L Distribuição etária: Recém nascido> criança > jovem > adulto > idoso Sexo: Masculino > feminino 23 Sensível Insensível Ganho de H2O H2O, sopa, suco, etc. Alimentos sólidos, metabolização de alimentos. Perda de H2O Urina, suor Pespiração (cutânea e pulmonar), fezes. Propriedades da H2O: 1) Solvente universal : interage com moleculas de soluto, dissolve moléculas similiares (polares), forma agregados de moléculas com moléculas distintas (apolares). 2) Densidade: comportamento anômalo. 3) Calor específico (1 cal/ g°C): tamponamento térmico. Elevado. 4) Calor latente: calor necessário para mudar de estado físico (vaporização). 100°C 540 cal Termorregulação Pele33 a 35° C 570 cal OBS.: ambiente (conforto térmico) Temperatura: 20 a 22° C Umidade do ar: 50 a 60% 5) Tensão superficial: Substância tensoativa. Classificação: • Batótonas: menor TS; • Hipsótonas: maior TS. 6) Condutibilidade : baixa condubilidade especifica. 7) Transparência à radiações: Luz Visível: transparente Radiação Infravermelha: opaca Radiação UV: transparente 8) Fatores que influenciam no percentual de água: Idade, Genero, Estado nutricional, hidratação, higidez. 9)Água metabólica: Agua gerada pelo organismo através de reações quimicasdo metabolismo. 24 10)Uso terapêutico da água: Banhos, compressas, lavagens(ex:intestinal), reconstituição (dissolução),re-hidratação(ex:ingestão de alimentos ou liquidos etc), manter a temperatura estável, inalação. Equilíbrio ácido base do organismo 1) Alterações ou distúrbios do equilíbrio ácido-base do organismo. 1.1) De natureza respiratória: relaciona-se com o acumulo ou eliminação excessiva de CO2. a) Acidose respiratória: maior H2CO3, menor pH. A pressão parcial de CO2 alveolar cresce, aumentando o CO2 dissolvido (hipercapnia). Refere-se a uma redução do ph decorrente de um acúmulo de CO2 no sangue. Ex.: morte por afogamento, hipoventilação pulmonar. OBS.: o rim elimina urina ácida. b) Alcalose Respiratória: menor H2CO3, maior pH, hipocapnia. O CO2 formado nos tecidos é rapidamente eliminado, e a pressão parcial de CO2 alveolar cai. Refere-se a uma elevação do pH decorrente de uma eliminação excessiva de CO2 no sangue. Ex.: hiperventilação. OBS.: o rim tenta equilibrar, eliminando urina alcalina. 1.2) De natureza metabólica: a) Acidose metabólica: Refere-se a um acúmulo excessivo de substancias acidas no organismo ou eliminação excessiva de bicarbonato, reduzindo o pH do sangue. Ex.: Diabetes mellitus (acúmulo de acido acetoacético), insuficiência renal, vômitos fecaloides, diarréia. OBS.: o rim excreta urina ácida. b) Alcalose metabólica: Decorrente de uma eliminação excessiva de substancias ácidas ou de um acumulo de substancias alcalinas, ou bicarbonato, ocorre uma elevação do pH sanguíneo. Causas: vomito com perda de HCl, ingestão excessiva de antiácidos, aldosterose – absorve mais ódio, diuréticos. OBS.: o rim excreta urina alcalina. Embolia gasosa: formação de bolhas nos vasos sanguíneos. Essas bolhas têm TS maior. 25 Coração Duas bombas distintas: • Esquerdo – bombeia o sangue para os órgãos periféricos. • Direito – bombeia o sangue para os pulmões. Átrio: bomba fraca; move sangue para o ventrículo. Ventrículo: bomba forte; fornece a força para liberar o sangue. 3 tipos principais de músculo cardíaco: • Atrial • Ventricular • Fibras excitatórias e condutoras. Átrio direito: ventrículo direito – válvula tricúspide. Átrio esquerdo: ventrículo esquerdo – válvula bicúspide ou mitral. A função das válvulas é garantir que o sangue siga uma única direção, sempre do átrio para ventrículo. Sincício funcional: células que proporcionam uma rápida propagação de estímulo para a contração do miocárdio. O miocárdio contrai como um todo. Potencial de ação cardíaco: • Potencial de ação rápido que possui muitos canais de Na+ dependentes; • Potencial de ação lento que possui poucos canais de Na+ e com mais canais lentos de Ca2+. O coração é dotado de um sistema especializado para: • Gerar impulsos ritmados, que produzem a contração; • Conduzir estes impulsos o mais rápido possível; • Controlar a ritmicidade. As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se 70x/min. O processo de contração denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entra uma sístole e outra, é a diástole. Atividade elétrica do coração: Nódulo sinoatrial (AS) ou marcapasso ou só sino-atrial: região que controla a frequência cardíaca. Localiza-se perto da junção átrio direito – veia cava superior. Sua frequência rítmica é de 72 contrações/min, sendo a mais rápida em relação às outras. Portanto, é nele que surge o potencial de ação (1° impulso), que se espalha para os átrios e ventrículos. Nódulo átrio ventricular: conduz impulso gerado pelo (SA) para os ventrículos. 26 Câmaras cardíacas: Átrio: bombas auxiliares para o enchimento ventricular. 70 a 80% do sangue que chega ao átrio passa diretamente para os ventrículos. Possuem paredes finas (ejeta sangue para os ventrículos quando estes estão relaxados – pressão muito baixa). Ventrículo: bombas principais do coração. Ejetam para a circulação sistêmica e pulmonar. Válvulas cardíacas: Tricúspide: entre o átrio direito e ventrículo direito. Bicúspide ou mitral: entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo. Semilunares: entre o ventrículo direito e a artéria pulmonar (válvula pulmonar) e entre o ventrículo esquerdo e a artéria aorta sendo esta chamada de válvula aórtica. Calha tendiosa: impede a inversão das válvulas Tensão superficial É a força que deve ser feita para a penetração de objetos em uma superfície líquida. Membrana superficial: membrana que se forma na superfície dos líquidos. Força de coesão entre as moléculas da superfície Classificação dos líquidos quanto a localização das moléculas: a) Moléculas no interior do líquido: • Campo de atração voltado em todas as direções; • Anulação entre si dos campos de atração. b) Moléculas na superfície do líquido: • Campo de atração voltado para baixo; • Responsável pela formação da membrana superficial O que forma a gota é a membrana superficial. Moléculas de água Tensão corporal: força com que a membrana superficial se prende a um corpo. 27 Líquidos diferentes possuem tensões superficiais diferentes. Unidade de tensão: • dinas/cm • dyn/cm Fenômeno de capilaridade: Ascensão, subida de um líquido em um tubo fino. A altura de um líquido em um tubo capilar é diretamente proporcial à tensão superficial de um líquido e inversamente proporcional ao diâmetro do tubo. A) B) TSB > TSA Fenômeno de capilaridade no mesmo Mercúrio Classificação dos líquidos quanto ao fenômeno de capilaridade: a) Líquidos que molham as paredes do vaso – côncava; 28 θ < 90° b) Líquidos que não molham as paredes do vaso – convexa. θ /> 90° Avaliação da tensão superficial: a) Tubo capilar TSH2O ------------ 68 dyn ------------ 4 cm ? ------------ x ------------ 6 cm x = 102 dyn b) Peso da gota Conta-gotas → estalagmômetro TSB → maior, porque a membrana segura um peso maior. O peso de uma gota é diretamente proporcional a TS e inversamente proporcional ao diâmetro. Fatores que interferem na TS 29 • ↑ temperatura - ↓ TS • Adição de substâncias tensoativas → modificam a tensão Batótonas: ↓ TS ex: sabão, detergentes, álcool, sais biliares Hipsótonas: ↑ TS ex: NaCl Aplicações: • Auxilia na hemodinâmica (ex: ascensão da seiva) • Indústria farmacêutica • Dosagem de medicamentos pelo tamanho de gotas • Remoção de água nos ouvidos • Indústria de cosméticos Surfactante: diminui a TS Síndrome da membrana Hialina: falta de substancia responsável pela manutenção dos alvéolos abertos. Bioeletrogênese 1) Potencial de repouso: Corresponde ao potencial de membrana no período entre o final de um ciclo e o início do ciclo seguinte. Nesta etapa, o potencial interno de membrana apresenta-se negativo (em torno de – 90 mV) que dizemos que a célula encontra-se polarizada. Refere-se também ao potencial de membrana quando a célula encontra-se em repouso, ou seja, quando não há variação significativa do potencial de membrana. O Na+ encontra-se em maior concentração no meio extracelular, ao passo que o K+ encontra- se mais no meio intracelular. Graças às diferenças de concentração entre os dois meios, surge uma diferença de potencial através da membrana. OBS.: Negativo porque há diferença de concentração e presença de outros íons e de proteínas que são em sua maioria negativas. 30 OBS: O soro fisiológico não pode ser injetado na veia de forma rápida, porque irá aumentar o fluxo sanguíneo e aumentará o retorno, aumentando o débito cardíaco e assim a pressão sanguínea. • Potencial de Nerst: um íon que atravessa em uma direção é contrabalançado por outro na direção oposta, mantendo uma situação de equilíbrio e contribuindo com uma diferença de potencial e voltagem. 2) Potencial de ação: Refere-se a variações rápidas de potencial de ação de membranas. 2.1)Potencial de ação neural: Tem a função de transmitir os sinais neurais. A) Fase de despolarização: Devido à chegada de um potencial interno de membrana favorável, inicia-se a ativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes. Consequentemente, ocorre um rápido influxo de Na+, alterando o potencial interno de membrana, tornando-o positivo (em torno de + 20 mV). Dizemos que a membrana encontra-se despolarizada. Em outras palavras, devido a uma leve alteração de voltagem interna da membrana, ocorre uma ativação (abertura) dos canais de Na+ voltagem-dependentes. Com isso, o Na+ difunde-se para o meio interno, alterando o seu potencial que atinge valores positivos dependendo do chama pulso despolarizante. Despolarização OBS.: Neurônio não contrai e nem relaxa. B) Fase de Repolarização: Com a entrada no Na+ na célula, o potencial interno da membrana fica positivo e ocorre uma inativação (fechamento dos canais de Na+) em paralelo os canais de K+ tornam-se mais ativos e, com isso, há um rápido efluxo de K+ levando o excesso de positividade para o meio externo, restabelecendo o potencial interno negativo, dizemos, com isso, que houve uma repolarização. Em outras palavras, quando o potencial interno das membranas torna-se positivo, ocorre uma inativação dos canais de Na+ voltagem-dependentes e em paralelo uma ativação dos canais de K+ voltagem-dependentes. Com isso, o K+ difunde-se para o meio extracelular e a membrana restabelece o seu potencial interno negativo normal do repouso. 31 OBS.: Após a repolarização da membrana, entra em ação a bomba Na+/K+ para reorganizar as concentrações de Na+ e K+, transportando ativamente 3 íons Na+ para o meio externo e 2 íons K+ para o interno, as custas da energia liberada pela quebra de uma molécula de ATP. 2.2) Potencial de ação na célula muscular cardíaca: Com a entrada do Na+ na célula muscular cardíaca, ocorre a despolarização da membrana que promoverá a ativação dos canais de Ca++, permitindo que este íon difunda-se para o sarcoplasma, prolongando o estado despolarizado da membrana. Com este prolongamento da despolarização, surge uma nova fase, denominada platô. Em seguida, com a retirada do Ca++ do meio pela Bomba de Ca++ (Ca++ATPase), ocorre a repolarização na membrana. E após isso a Bomba de Na+/K+ regulariza suas respectivas concentrações. Dependendo da quantidade de K+ que sai da célula ao repolarizar, pode-se ocorrer a hiperpolarização (negativa), o que não afeta a célula, apenas faz com que ela demore mais tempo para se repolarizar. Contração Muscular 1) Tipos de contração muscular: 32 • Isométrica: não ocorre a diminuição da fibra muscular. • Isotônica: não ocorre contração do tônus. 2) Mecanismo de contração muscular: 2.1) 1° fase ou fase de pré-contração: Para que tenha todo um mecanismo de contração, tem que chegar ao músculo um estímulo elétrico (neurônios motores), que promovem a liberação de acetilcolina (na placa terminal) que promove a ativação dos canais de Na+ acetilcolina-dependentes, o que consequentemente causam a despolarização da membrana. Estímulo Placa Liberação de Ativação dos Despolarização Terminal acetilcolina canais de Na+ 2.2) 2° fase ou fase de contração propriamente dita: Com a despolarização da membrana, os canais de Ca++ são ativados. Automaticamente o Ca++ difundido se liga a uma proteína especifica (Proponina C) e forma o complexo TnC + Ca++ e ocorre a ativação da ATPase da cabeça da miosina, o que consequentemente gera uma liberação de energia para a associação da miosina em direção a actina, promovendo o encurtamento do sarcômero (contração). Despolarização Ativação dos canais de Ca++ na membrana Difusão de da membrana do retículo sarcoplasmático Ca++ Contração Complexo TnC + Ca++ Encurtamento Associação da miosina em Ativação da ATPase na dosarcômero direção a actina cabeça da miosina 2.3) 3° fase ou fase de relaxamento: Cessa-se o estímulo, ocorre a remoção do Ca++ do meio Ca++ATPase (Bomba de Ca++), desfazendo-se o complexo Tnc + Ca++. A TnI é ativada e a contração é inibida, promovendo o relaxamento. Cessa-se o Retirada do Ca++ Desfaz-se o Ativa-se a estímulopela Ca++ATPase complexo Tnc + Ca++ TnI 33 Relaxamento Inibe a contração Espectrofotometria É uma técnica utilizada para qualificar e/ou quantificar componentes do sistema biológico, utilizando um espectroradiante. 1. Conceitos: A) Absorbância, absorvância ou densidade óptica (DO): Corresponde a quantidade de luz absorvida pelo meio, apresentando uma relação direta com a concentração da amostra. B) Transmitância (T): Corresponde a quantidade de luz que atravessa um meio, apresentando uma relação inversa com a concentração. 34 2. Espectro Radiante: E = F / λ OBS.: ↑ energia ~ ↓ λ ~ ↑ frequência 3) Esquema do aparelho (Caminho óptico): Lâmpada Colinador Prisma e Amostra Sensibilizauma (Luz Branca) seletor célula foto elétrica Colinador: capta o raio, o concentra e o emite em um ponto Prisma: decompõe a luz branca 4) Procedimentos para realizar uma análise espectofotométrica: A) Escolha do comprimento de onda: • Varredura: submeter a amostra a diversos comprimentos de onda, o de maior absorção é o escolhido (chega na cor complementar). • Teoria da cor complementar B) Tubo Branco: O tubo branco contém todos os componentes que fazem parte do solvente da amostra e tem por finalidade anular os valores de absorção por parte do solvente e da parede da cubeta. C) “Zerar” o aparelho: 35 Significa anular por valor de absorvância (ou 100% de transmitância) por parte da cubeta e do solvente da solução. D) Curva Padrão: É utilizada como referência para determinar a concentração de uma amostra desconhecida. O padrão representa uma solução de uma determinada substância com concentração conhecida. Por exemplo, para uma dosagem de proteína, utiliza-se uma solução de albumina como padrão.Em outras palavras, comparar duas soluções, sendo uma padrão. Eletroforese Separar moléculas por diferentes pesos, cargas. Ex: proteínas, DNA, RNA. É uma técnica utilizada para separar componentes de um sistema biológico mediante a um campo elétrico. Tipos de eletroforese e suas aplicações: 1) Eletroforese em gel de poliacrilamida com SDS (SDS-PAGE): É indicada para separar componentes do sistema biológico, de acordo com o tamanho (peso molecular). O gel de poliacrilamida forma uma rede de malhas finas que retém partículas de maior tamanho mais perto do ponto de aplicação. O SDS (dudecel sulfato de sódio) é um detergente que liga-se a determinados aminoácidos, rompe interações hidrofóbicas intramoleculares e confere à partícula uma carga negativa. Ao aplicar a amostra no gel, esta passará inicialmente em um gel mais concentrado (STRACKING GEL), a fim de concentrar a amostra, e posteriormente em um segundo gel para separação (“RUNNING GEL”) antes de ligar a fonte geradora de corrente, aplica-se em paralelo as amostras um padrão de peso molecular que tem a função de informar o peso molecular aproximado das amostras. A eletroforese em gel de polialiacrilamida é utilizada também para verificar a pureza e a homogeneidade molecular. 2) Eletrofocalização ou focalização isoletrônica: É indicada para verificar o ponto isoelétrico de uma proteína. O sistema é formado por uma mistura de anfólitos dando origem a um gradiente de pH. Ao aplicara amostra em um determinado ponto, a mesma irá migrar para o pólo de sinal contrário enquanto apresentar-se carregada até que em uma determinada região a proteína ficará estacionada, representando seu pI. 3) Imunoeletroforese: É indicada para verificar a presença de um determinado componente de um sistema biológico mediante a aplicação de um anticorpo (AC). Inicialmente, faz-se uma separação eletroforítica da amostra e posteriormente uma transferência para uma nitrocelulose. Aplica-se o AC 1° e posteriormente um AC 2°. Os AC podem ser radioativos, fluorescentes ou a reação pode ser colorimétrica. Princípio do método: Componentes de carga negativa migram para o pólo positivo e vice versa (separação qualitaitiva). 36 A eletroforese também permite separar partículas de mesma carga: separação quantitativa. Exame Físico do Sangue Volume globular: Centrifugação – separar as hemácias do plasma. 1) Wintrobe: hematócrino. Sangue total - sem coagulante. Interpretação: leitura na escala graduada do hematócrino na região limítrofe entre as hemácias e o plasma. Leucócitos: 0,5 a 1 mm ~ normal 2) Microhematócrino: Anticoagulante - na parede do tudo. Tamponamento - com parafina. Interpretação: gráfico 37 OBS.: entender a interpolação gráfica. Valores normais: M – 37 a 47%* anemia numérica H – 40 a 55% Vantagens: • Baixo custo operacional; • Pouco volume de sangue (não precisa de pulsão venosa, apenas furar o dedo); • Descartável; • Compra em grandes quantidades; • Exames coletivos; • Resultados mais rápidos; • Mesma eficiência. * - mais tecido adiposo ~ menor vascularização ~ quantidade menor de O2 transportado ~ menor metabolismo. 3) Velocidade de sedimentação da hemácia ou hemossedimentação (VHS): Verificar a velocidade com que as hemácias se separam no plasma pela ação do seu peso por um tempo determinado (1h). Serve também para verificar a qualidade do plasma. 3.1)Westergreen: Equipamento: • Pipeta de Westergreen – 30 cm • Suporte de Westergreen – permite que a pipeta fique em posição vertical. 38 Interpretação: leitura na escala graduada na escala interfásica entre plasma e hemácias. Fases do VHS: • 1° fase: agregação – as hemácias se empilham e formam um agregado (15’) • 2° fase: queda rápida • 3° fase: sedimentação Fatores que interferem no VHS: • Maior viscosidade, mais lenta é a sedimentação. • Maior quantidade de hemácias, mais lenta é a sedimentação porque há maior trânsito, maior fluxo. • Maior diâmetro das hemácias, mais lenta é a sedimentação porque há maior resistência. • Maior quantidade de proteínas e gordura, mais lenta é a queda. Densidade: d = m/v 3.2) Van Slyke É uma bateria de solução de CuSO4 com densidades diferentes com tubos rotulados. O Sulfato de cobre forma uma camada de solvatação deixando a gota de sangue integra. Técnica: pingar uma gota de sangue em cada tubo. • Sangue afunda: sangue mais pesado que a solução. • Sangue flutua: sangue menos denso que a solução. • Sangue suspenso: sangue com densidade igual a da solução. 39 4) Resistência globular osmótica: Resistência da capsula da hemácia em um meio hipotônico. Determinar a concentração de exposição limite das hemácias. 4.1)Sanfort (D): Conferir a cor (intensidade). • R.G.O. mínimo (m): corresponde a uma concentração que se inicia a lise das hemácias (1° solução com cor). • R.G.O. máximo (M): corresponde a uma concentração em que ocorre a hemólise total (a que começa uma sequência de cor igual). Fatores de interferência: tempo da hemácia (envelhecimento), febre, agitação mecânica. Pressão Venosa Volemia: volume total de sangue circulante (59% venoso) Maior número de veias em relação ao número de artérias, consequentemente maior quantidade de sangue venoso do que arterial. OBS.: A pressão nas artérias é maior pela sua musculatura. Retorno Venoso ~ Debito Cardíaco 40 Distribuição do sangue arterial: Coração (Bomba). Gravidade. Distribuição do sangue venoso (dificulta): Gravidade Pressão hidrostática: pressão causada pelo peso da coluna líquida (altura). Mecanismo que favorecem o retorno venoso: Vis a tergo(força vinda de trás): sangue consegue chegar até o nível de vênulas apenas pela força da contração do ventrículo esquerdo. Contração muscular (bomba muscular) OBS.: As veias caminham entre os músculos. Músculos “pressionam” Ascensão do sangue contraem as veias até o coração OBS.: Destaque para os músculos dos membros inferiores. Palmilha plantar (conjunto de músculos) - coração periférico Panturrilha Respiração (Bomba torácica): 41 Existência de válvulas nas veias periféricas (distantes do coração e abaixo do seu nível). OBS.: Também nos membros superiores. OBS.: Expiração – válvulas fechadas impedem a descida de sangue. 1) Pressão Venosa Central (PVC): pressão do sangue no átrio direito. 1.1) Tendência do sangue retornar ao coração: 1.1.a) Mais do que o normal: maior volemia, causando maior PVC (mais volume de sangue retido no coração, pois o sangue não bomba mais do que seu volume normal). Ex: Transferência sanguínea. 1.1.b) Menos do que o normal: menor volemia, causando menor PVC (coração bombeia todo o seu conteúdo por ele ser menor do que o normal). Ex: Hemorragia e doação de sangue. 1.2) Capacidade do coração de bombear sangue: 1.2.a) Mais do que o normal: o coração bombeia com força excepcional, mandando um volume maior de sangue (pode mandar o volume de reserva, esvaziando-o totalmente), causando a diminuição da PVC, causando também uma diminuição na frequência cardíaca. Ex: Atletas. 1.2.b) Menor do que o normal: debilidade cardíaca, causa o aumento do volume de sangue dentro do coração pelo menor volume de sangue expelido, aumentando a pressão e a PVC. Ex: Insuficiência cardíaca. PVC – 1 a 5 mmHg Átrio direito (em cmH2O, 5 a 10 cmH2O) PVC – 80 mmHg Ventrículo Esquerdo Eixo flebostático: zero na altura da linha axilar média (altura do átrio em um indivíduo em decúbito dorsal) 42 2) Pressão Venosa Periférica (PVP): pressão do sangue dentro de qualquer veia periférica do corpo. Fatores que influenciam a PVP: • PVC: Quanto maior a PVC, maior será PVP, pois a pressão na veia tem ser maior do que no átrio. • Volume de sangue na veia: Quanto maior for o volume de sangue na veia, maior será a PVP. • Resistência ao fluxo das veias para o átrio direito: Quanto maior a resistência, maior será o volume. • Distância: Mais distante do coração, maior a resistência e maior a PVP. • Pressão Hidrostática: Maior acúmulo de sangue (maior pressão hidrostática), maior volume de sangue na veia, maior é a PVP. • Bomba muscular: a bomba muscular faz com que a pressão hidrostática diminua e consequentemente a PVP também diminui. OBS.: Veia Pediosa: P.H.= 90 mmHg em pé e parado destruição das válvulas Medida da PVC: cateter até o átrio direito, pela dissecação do vaso. Calorimetria Biológica Calor: pode ser transformado em qualquer tipo de energia. Calor Temperatura Causa Efeito Pode ser medido ≠ (Caloria = cal) 43 Quilocaloria = Kcal = 103 cal Jaule (J): 1 cal ≈ 4,185 J 85% do calor total provêm da oxidação (alimentação: lipídios, protídios) ou oxidação de reservas orgânicas, ocorre no jejum ou caso a alimentação não seja satisfatória. 85% do calor provêm de reações exergônicas, energias exotérmicas. 15% de reações anoxbióticas (sem O2). Direta: pode-se medir diretamente a quantidade de calor. Ex: calorímetro. CalorimetriaCalorimetriaindireta alimentar: Quantidade de calor produzida na espécie e o valor calórico dos alimentos. Indireta Calorimetria indireta respiratória: Quantidade de calor produzida e o consumo de O2 e CO2. Calorimetria alimentar: princípio de Hess (estágio inicial e final). A quantidade de energia quando se passa de maior quantidade para menor quantidade de energia, esta quantidade de energia não dependerá do caminho seguido por essas transformações, só ira depender do início e do fim. Ex: glicose (inicial) e CO2 + H2O (final), terá 4,1 Kcal (sempre será a mesma). 1g de proteína uréiaValor calórico do alimento: a quantidade de 4,1 Kcal energia liberado quando totalmente metabolizado (1g de alimento). 1g de lipídio produto final 9 Kcal Análise de calorimetria alimentar: 1° Passo: pesar 2° Passo: Ex: Levando em conta um homem de 70 kg. metabolização G = 10g 1h Urina Dieta L = 10g Colher amostras de Fezes Pesar (70g) P = 10g Suor 41 X (nada é encontrado) 90 172 Kcal 41 44 Ex: Caso seja encontrado 8g de proteína na urina: 172 – 32,4 Kcal = 139,6 Kcal OBS.: Pesando: 71 kg inconclusivo 69 kg Calorimetria indireta respiratória: Substância Quociente respiratório (Q.R.) Valor calórico de O2 Kcal/L** G 1 5,05 L 0,7 4,69 P 0,8 4,50 Reserva 0,82 4,83* * Valor calórico médio de O2. ** Quantidade de calor liberado para cada 1L de O2. Q.R = Volume CO2 (0,7 L), em caso de lipídiosQ.R médio = 0,82 Volume O2 (1 L) Jejum: Quantidade de calor tem relação com o volume de O2 e de CO2 Exame: • Jejum (12 – 18h) • Durante 1h calcular o volume O2 x 4,82 = Kcal/h Metabolismo basal: pode-se saber se ocorre ou não algum desarranjo metabólico. • Produzir calor; • Crescimento tecidual; • Fornecer toda a energia necessária para o funcionamento celular (energia vital). 1) Metabolismo mínimo (MM): menor quantidade de energia capaz de manter vivo um organismo. Energia para: • Trabalho circulatório; • Trabalho respiratório; • Manutenção do tônus muscular (vísceras); • Secreção glandular; • Energia vital. Peso: relação animal maior e menor: • MM: maior MM, animal de maior peso. • MM/P: maior MM, animal de menor peso. Tecidos inertes: não produtores de calor. Quanto maior forem os animais, maior será a quantidade de tecidos inertes. Relação entre MM e superfície corporal: maior no animal maior ≈ 1000 45 Lei das superfícies: temperatura ambiente neutra (16° - 20°C). Para os humanos (20 – 25°C). Peso metabolicamente ativo (PAM): peso dos tecidos que produzem calor. MM/PMA = constante MM/SC Metabolismo basal: quantidade mínima de calor necessária por m2 de superfície corporal para se manter o organismo vivo (Kcal/ h.m2) Condições basais: 1° - Jejum (12- 18h) 2° - Repouso absoluto (30 minutos antes do exame) 3° - Na ultima refeição antes do exame, o paciente não deve ingerir proteínas (Transaminação: necessita de energia ≈ ± 30% do que ela libera no fim do processo). 4° - Temperatura ambiente neutra (20 - 25°C) 5° - Temperatura corporal normal. 6° - Mulher fora do período menstrual. 7° - Não pode dormir durante o exame. 8° - Não pode estar tenso (alteração da freqüência respiratória). Metabolismo padrão: Sexo: homem> mulher Idade: jovem > idoso MB< ± 10% MP → normal MB entre ± 10% e ±15% MP →variação fisiológica MB > ± 15% → patológico Ex.: Homem de 25 anos. MB: 38 Kcal/h.m² MP: 40 Kcal/h.m² Hipotiroidismo – hipometabolismo: menor FC, menor FR, gordo. Hipertiroidismo – hipermetabolismo: maior FC, maior FR, magro. Membranas Biológicas Destinam-se a formar umas compartimentações da célula separando os meios. A passagem de partículas através da membrana ocorre de maneira seletiva mediante os tipos de transporte ativo e passivo. 1) Estrutura: 46 A membrana possui uma estrutura delgada e elástica. A estrutura delgada favorece a permeabilidade de partículas e sua elasticidade permite suportar, até certo ponto, o aumento do volume celular. 2) Composição: 2.1) Lipídios: Função da membrana biológica: proteção e permeabilidade OBS.: Substâncias voláteis passam pela barreira hematoencefálica (etanol também). 2.2) Proteínas: Canais que permitem a entrada de água na célula são chamados de aquaporinas. As proteínas GLVT são os canais de membrana responsáveis pela entrada de glicose nas células de alguns tecidos. Em outros, a glicose entra por co-transporte de Na+. Proteínas integrais = proteínas transmembranais As proteínas periféricas não possuem relação com o transporte. As proteínas que estão presentes na membrana estão na forma transmembrana, as quais possuem relação no transporte; ou na forma periférica externa ou interna. 2.3) Carboidratos: Os carboidratos, na sua maioria, estão localizados na membrana externa ligado a proteínas integrais, formando a glicoproteína. Tem função no reconhecimento celular. 3) Permeabilidade da membrana: 47 • Fatores relacionados com a permeabilidade: a) Estrutura da membrana: A estrutura delgada da membrana favorece a permeabilidade. b) Número de canais: Quanto maior for o numero de canais, maior será a permeabilidade da membrana. c) Temperatura: O aumento da temperatura causa o aumento da energia cinética entre as partículas e com isso aumenta a velocidade de permeabilidade através da membrana. d) Tamanho da partícula: O menor tamanho da partícula favorece a entrada dela na célula. e) Lipossolubilidade: Partículas mais apolares terão maior velocidade na sua passagem pela membrana. f) Diferença na concentração. 4) Transportes através da membrana: Difusão simples Transporte passivo Difusão facilitada (mediado por proteínas) Primário Transporte ativo Secundário Co-transporte (simporte) Contratransporte (antiporte) Energia cinética gerada é liberada através da saída de sódio (transporte primário) ~ utilizado pela glicose ~ transporte secundário (co-transporte). Rins: Células dos túbulos renais absorvem o sódio e liberam H+, isto é, a abertura do canal de sódio, o sódio entra e H+sai ~ proteína transportadora Na+/H+. Cromatografia Cromatografia: técnica para separar (peso, carga elétrica ou afinidade química) proteínas. É uma técnica utilizada para separar componentes de um sistema biológico por solubilidade, tamanho (peso molecular), carga elétrica ou afinidade química por determinada substancia. O sistema é constituído de uma fase fixa denominada matriz ou suporte, ou de uma fase móvel, denominada eluente. Tipos de cromatografia e suas aplicações: 48 1) Cromatografia de gel filtração ou gel exclusão ou peneira molecular: É indicada para separar componentes de um sistema biológico de acordo com o tamanho ou peso molecular. A fase fixa é formada por um gel que contem poros ou cavidade de diâmetro molecular especifico para reter partículas (proteínas) até um determinado tamanho. Ao aplicar a amostra matriz (gel), as partículas com tamanho inferior ao diâmetro do poro, entram nas cavidades e ficam presas ou retardam-se. No entanto, as partículas com tamanho superior ao diâmetro dos poros passam entre os espaços presentes entre os poros e são recolhidas inicialmente. 2) Cromatografia de troca iônica: É indicada para separar componentes do sistema biológico de acordo com a carga. A fase fixa é formada por uma resina que contém um grupamento químicoligado covalentemente a ela e, por este motivo, irá conferir à matriz uma carga elétrica. Ao aplicar a amostra na matriz, haverá a retenção das partículas que apresentam carga de sinal contrário à fase fixa. A retirada desta é feita mediante a adição no sistema de uma solução diluída de um ácido ou de uma base. 3) Cromatografia de afinidade: É indicada para separar componentes de um sistema biológico de acordo com a afinidade química com determinada substancia. A fase fixa contém a determinada substancia ligada covalentemente e, ao aplicar a amostra, a partícula que apresentar afinidade pela substancia ficará retida. Após lavagem do sistema para retirar as outras partículas que não ficaram aderidas, aplica-se no sistema a solução da substancia com a qual a partícula possui afinidade para retirá-la da matriz. Dizemos que neste processo, a eluição é feita por competição. Hemodinâmica Líquido Ideal Líquido Real Sem resistência para a sua movimentação ≠ Oferecem resistência para a movimentação (visco) Viscosidade e resistência que o próprio liquido oferece para a sua movimentação. Linha de corrente: trajetória seguida por uma partícula em movimento. Regime de escoamente estacionário: quando a velocidade de um líquido em vários pontos é constante; sempre constante no mesmo pronto (local). 49 Regime de escoamente transitório: a velocidade se altera mesmo em um mesmo ponto (não constante) e v ≠ 0. NUNCA A VELOCIDADE CIRCULATÓRIA CHEGA A ZERO! Caudal = Débito C = ∆V ∆t , sendo ∆V igual a volume ∆x = v . ∆t∆V = S .∆x S ∆V = S . v . ∆t ∆𝑉 ∆𝑡 = 𝑆 . 𝑣C = S . v 50 Trabalho x Pressão F = P . SW = F . ∆x W = P . S . ∆x , sendo W o trabalho cardíaco (de empurrar o sangue) ∆V Dist. Pressões: Teorema de Bernoulli 𝑊1 = 𝑃1 . ∆V Energia total Ec = 1 2 . ∆n . v1 2 𝐸𝑝 = ∆n . g . h1 E1 = W1 + Ec1 + Ep1 E1 = E2 E2 = W2 + Ec2 + Ep2 P1. ∆V + 1 2 . ∆n . v1 2 + ∆n . g . h1 = P2. ∆V + 1 2 . ∆n . v2 2 + ∆n . g . h2 P . ∆V + 1 2 . ∆n . v2 + ∆n . g . h = C (/ ∆V) P + 1 2 . d . v2 + d . g . h = C P + d . g . h Pressão Hidrostática Pressão Hidrodinâmica 1 2 . d . v2 Pressão Cinemática* 51 * - Equação de Poiseuille C = 𝜋 . ∆P . r4 8 . 𝜂 . l C: caudal ∆P: diferença entre 2 pontos ~ pressão r: raio do vaso η: coeficiente de viscosidade l: comprimento da circunferência Maior pressão hidrostática (nível capilar), maior pressão cinemática. Maior viscosidade, menor caudal. Maior comprimento, menor caudal. Maior velocidade, maior caudal. Lei do caudal: a caudal é constante em toda a sessão completa considerável 52 Lei da velocidade média: Lei da Pressão média: Termorregulação Corporal Poiquilotérmicos: indivíduos que ajustam suas funções fisiológicas de acordo com a temperatura ambiental. Ex: répteis, peixes, anfíbios. Homeotérmicos: indivíduos que precisam manter uma temperatura até parar bom funcionamento das funções. Precisam manter a temperatura, através de mecanismos. Ex: aves e mamíferos. Origem do calor: Metabolismo por condução e convecção: Funções: • Trabalho muscular; • Sistema autônomo simpático – adrenalina e noradrenalina (participação química aumentando o calor); • Sistema endócrino – pâncreas (insulina – participa de maneira indireta – carreamento de glicose) e tireóide. 53 Equilíbrio da temperatura: Anabolismo: desequilíbrio do metabolismo de ganho. Catabolismo: desequilíbrio do metabolismo de perda Gradiente de temperatura : Mecanismos responsáveis pela perda de calor (termólise): Calor que produzimos: radiação infravermelha. Termólise: • Condução: perda de calor para objetos em contato • Convecção: perda de calor para meios fluidos (gases e líquidos) ex: ar Através da água: • Sudação (líquido): 1g/0,58kcal (perda sensível) • Perspiração: perda de H2O por vapor – através da pele e da mecânica respiratória (perda insensível) Mecanismos responsáveis pela conservação de calor (termogênese): Sistema Nervoso Simpático: participação física. Vasoconstricção periférica: “tira” o sangue da periferia. Horripilação: elevação dos pelos. • Preserva uma maior camada de ar quente próxima a pele. Tiritação: tremer (estimulação hipotalâmica do tremor). • Trabalho muscular levando à produção de calor; • Trabalho involuntário. 54 Voluntários: • Trabalho muscular: andar, correr. • Diminuição da área corporal:cruzar os braços, dobrar as pernas, colocar os joelhos contra o peito. Termorregulação por função neural : Sistema Isotérmico: Pele: estrutura anatômica relacionada ao isolamento térmico. Tem uma temperatura menor para que seja possível isolar a temperatura mais profunda. Efeito Iglu. Tecido adiposo:material isotérmico Participação da circulação sanguínea em mecanismos de termorregulação: Circulação Sistêmica:quando passa pelos órgãos, o sangue perde ou recebe calor dos órgãos, contribuindo para a manutenção da temperatura constante. Troca de calor por contra-corrente: o sangue que retorna da periferia resfriado recebe calor do sangue do interior que se dirige para a pele aquedico. Desta forma, o sangue chega a pele não tão quente e retorna ao interior não tão frio. Variações de temperatura: O não respeito da temperatura fisiológica: • Hipertermeia: maior temperatura corporal em situações normais. Ex: trabalho muscula, condições físicas do meio. • Febre: maior temperatura corporal em situações anormais. Febre baixa por pouco tempo = defesa. Ex: infecções, tumor no termostato hipotalâmico, desidratação • Hipotermia: menor temperatura corporal em situações normais ou anormais. Ex: diabéticos, influência das condições ambientais, desnutrição, anemia, hipoglicemia. Efeitos lesivos da alta temperatura: 40°C a 42°C: desnaturação de proteinas, degeneração parenquimatosa, menos PA, maior freqüência cardíaca e respiratória, hemorragias, dores, parestesia, diminuição do campo visual, escotomas (pontos luminosos), oftalgia, hipocusia (diminuição da capacidade auditiva), otalgia (dor de ouvido), cefaléia vascular, convulsões, delírio. 55 Pressão Arterial Doença crônica e debilitante. 10% de derrames pressão arterial 40% dos infartos Três verificações em momentos diferentes ~ diagnóstico. P = F (força do sangue) S (parede da artéria) P.A ≠ T.A Tensão arterial: resistência da fuga do sangue para fora da artéria. Pressão Sistólica (PS – PAD): maior valor da pressão do sangue nas artérias. Sístole Cardíaca: determina a OS, aumenta a contração e aumenta a PS. Pressão Diastólica (PD – PAD): menor valor de pressão do sangue nas artérias. Resistência vascular periférica (RVP): determina a PD; resistência do sangue nos vasos das extremidades ~ maior resistência. OBS.: NÃO DEPENDE DA DIÁSTOLE! Menor pressão ~ a circulação depende da pressão para que o sangue chegue até os capilares. Pressão diastólica: mais importante. 56 Pressão de pulso ou diferencial (PP): responsável pelo aparecimento das pulsações (o instante de pressão com o valor máximo). PP = PS - PD Pulsação normal: 60 a 80 b.p.m. Pressão média (PAM): pressão para que o coração trabalhe de maneira uniforme. PAM = PD + 40%PP PA = débito cardíaco* ou volume minuto (DC) x RVP *- quantidade de sangue que passa pelo segmento reto da aorta por minuto. DC = VS (volume sistólico) x FC (frequencia cardíaca) Maior freqüência cardíaca (passado o limite), menor tempo da sístole e diástole, menor PA efeito rebote Efeito rebote: pela diminuição do volumeda sístole seguinte Antes do limite: maior freqüência cardíaca, menor tempo da sístole e diástole, maior PA. RVP = l . η . 8 π . r4 l: comprimento do circuito (meio constante) η: coeficiente de viscosidade do sangue r: raio do vaso Diabetes Mellitus: maior viscosidade. Composto orgânico: alteração de viscosidade Composto iônico: alteração de tonicidade Vasodilatação: maior diâmetro vascular Vasoconstrição: menor diâmetro vascular Elasticidade das paredes: menor elasticidade, maior PA. 57 Aterosclerose: Variações fisiológicas: • Estresse: Força de contração do coração AdrenalinaFrequência cardíaca Vasoconstrição • Idade: Idoso > jovem • Sexo: Homem > mulher Fatores ambientais: • Altitude • Temperatura Aparelho para medição de pressão arterial Esfigmomanômetro (aneróide): • Manguito: feito de lona ou borracha; • Manômetro (de mercúrio); • Pêra com válvula: impulsionam o ar para dentro do manguito. Estetoscópio: • Olivas auriculares: coloca-se no pavilhão auricular; • Campânula: parte que entra em contato com o corpo do indivíduo. Se o manômetro estiver marcando diferente de zero mesmo não estando em uso, quer dizer que está descalibrado. O aparelho mais preciso é a coluna de mercúrio. Normas: serão discutidas em aula prática. Como medir a pressão arterial? 1°)Com uma fita métrica, mede-se o braço do indivíduo (do acrômio até o olecrano). 2°)Pega-se este valor e divide-se por 2. Marca-se esse valor no braço. 3°)Mede-se a circunferência do braço. 4°)A partir da circunferência, escolhe-se o melhor esfigmomanômetro (comprimento do manguito). 58 5°)Para medir, o ideal seria o paciente estar deitado. Não podendo, sentado, mas o esfigmomanômetro deverá estar na altura do coração. 6°)O manguito deve estar em contato com a pele. 7°)O manguito não pode ser apertado ou largo demais. 8°)A borda inferior do manguito de estar a 3 cm da prega de inflexão. 9°)Quando aferir a pressão de uma pessoa pela primeira vez, medir nos 2 braços. Métodos de determinação: • Direto Palpatório • Indireto Auscultatório Método direto: Introduz-se na artéria, um cateter. Esse cateter está ligado a um manômetro. Para medir por esse método é preciso dissecar o braço até encontrar a artéria. Método indireto: • Palpatório: Palpar com o dedo indicador e médio (no ângulo de 45°) a artéria radial (por ser mais superficial). Por que isso? 1. Infla-se o manguito até cessar a pulsação. 2. Abre-se a válvula vagarosamente. 3. Quando houver o retorno da pulsação, o valor marcado no manômetro será a pressão sistólica. OBS: não dá para saber o valor da pressão diastólica. Adaptação do esfigmo Apalpar a art. Radial Inflar até cessar a pulsação P.S. Retorno da pulsação Observar manômetro Abrir válvula • Método auscultatório: Apalpar a artéria braquial. Colocar o estetoscópio. Inflar o manguito até o manômetro medir o valor do palpatório (+ 30 mm – margem de segurança). Abrimos a válvula. Quando se ouve o primeiro ruído é a pressão sistólica e o ultimo ruído ouvido é a pressão diastólica. Adaptação do esfigmoApalpar a art. Braquial Inflar até P= P.S. palp + 30 mmHg P.S. Primeiro ruído Observar manômetro Abrir válvula Segundo ruído P.D. 59 OBS.: P.S. palpatória< P.S. auscultatória Valores normais para adultos: Pressão Sistólica Pressão Diastólica < 130 <85 Normal 130 - 139 85 – 89 Normal limítrofe (pré-hipertenso) ≥ 140 ≥ 90 Hipertenso Concordância da P.A. (convergência e divergência): PD = PS 2 + 10 Normal ou Hipotenso PD = PS 2 + 20 Hipertenso Antropometria e Espirometria Medidas antropométricas: • Estatura (balança antropométrica) • Peso (balança de médico) Segundo Broca, pelo ideal para homem: Estatura (cm) – 100 ± 10% Para mulher: Estatura (cm) – 104 ± 10% Ex.: Peso: 49,600 Kg Estatura: 1,765 m P = 176 – 100 = 76 Kg 76 – 7,6 = 68,4 Kg 76 + 7,6 = 83,6 Kg IMC = peso (Kg) estatura (m2) 60 Normal: 18,5 a 24,9 Sobrepeso: 25 a 30 IMC Obesidade: 30 a 40 Obesidade mórbida: acima de 40 18,5 = peso (1,76)² = 57,3 Kg24,9 = peso (1,76)² = 77,13 Kg Espirometria: Capacidade vital; Espirometro Barnes; Homem: CV = Estatura (cm) x 24 ± 15% Mulher: CV = Estatura (cm) x 17 ± 15% Ex.: Estatura: 181 cm CV = 181 x 24 ± 15% CV = 4344 mL 4344 – 651,6 = 392,4 4344 + 651,6 = 4994,6 Fatores que alteram a capacidade vital: • Postura; • Idade; • Turno; • Exercício físico; • Doenças pulmonares; • Tocar instrumentos de sopro. Determinação Colorimétrica do pH pH: potencial hidrogeniônico de uma solução. pH: log 1 [H+] ou − log[H+] OBS.: água destilada (purificada) pH ≈ 6 pH> 7 básico pH = 7 neutro pH< 7 ácido A técnica utilizada para determinar o pH de uma solução pelo métodos colorimétrico foi descrita por Gillespie. Nesta técnica, são utilizadas dias baterias de tubos de ensaio, 61 contendo 9 tubos em casa bateria. Em uma das baterias, são colocados 5 mL de uma solução de H2SO4 0,1N em cada tubo. Na segunda bateria, são colocados 5mL de solução NaOH 0,1N, em cada tubo. Como cada bateria contém 9 tubos, estes são numerados de 1 a 9 e o numero de gotas a ser colocado na solução vai corresponder ao numero do tubo. Estas duas baterias vão ser utilizadas para formar a chamada zona de viragem do indicador, que corresponde a faixa de transição de coloração do mesmo. Na zona de viragem, podemos identificar o pH de uma determinada solução (solução problema) por meio de uma comparação com a semelhança de cor formada a partir do par de tubos ácido/base. Como é feita essa coloração? Alaranjado de metila ácido – vermelho básico–amarelo Zona de viragem: laranja (diferentes tons) A solução problema contém 10 gotas do indicador e para não haver uma divergência com relação a concentração do indicador, o par de tubos (ácido + base) deverá ser formado entre os tubos que venham a somar 10, como ex, tubo 1 do ácido com tubo 9 da base, eassim por diante. Após indicar semelhança de cor entre o par de tubos com a solução problema, aplica-se a seguinte formula para o cálculo: pH = pK do indicador + log numero de gotas no meio básico numero de gotas no meio ácido Ex.:pH = 3,5 + log 1 9 pH = 3,5 + log 1 − log 9 ~ pH = 3,5 − 0,954 = 2,546 Ex.:pH = 3,5 + log 9 1 pH = 3,5 + log 9 − log 1 ~ pH = 3,5 + 0,954 = 4,454 Exame físico da urina Volume de urina eliminado em 24h: 100 a 1500 mL Poliúria: volume > 1800 mL Oligúria: volume < 1800 mL Anúria: volume < 100 mL Cor: amarela Odor: “sui generio” Densidade: Micção isolada: 1,010 – 1,030 Mistura 24h: 1,015 – 1,025 Métodos para a medida da densidade: • Picnômetro; • Densimetro; 62 • Balança de Mohr; • Refratometria. Picnômetro: Vazio: peso x Picnometro + H2O: peso y Picnometro + líquido problema: peso z d = z − x y − x Cada diferença de 3°C, existe uma variação de 0,001 3° C 0,001 6° C x 1,018 + 0,002 = 1,020 x = 0,002 Ex.: urina: 15° C Densímetro: 20°C Leitura: 1,027 Densidade real? 3° C 0,001 5° C x 1,027 - 0,0017 = 1,0253 x = 0,001667 ~ 0,0017 Balança Mohr: 1° cavaleiro: décimos 2° cavaleiro: centésimos 3° cavaleiro: milésimos 4° cavaleiro: décimos-milésimos Temperatura: H2O; 26°C Densidade: H2O; 0,9967... Refratometro: 63 Prova de Hay: Apêndice: Substancias tensoativas: são aquelas
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