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2 1 CONTABILIDADE GERENCIAL

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SISTEMAS DE
 INFORMAÇÕES 
 GERENCIAIS
www.esab.edu.br 3
Sumário
1.Apresentação I........................................................................06
2.A Excelência da Informação Contábil......................................07
3.O Valor da Informação Gerencial.............................................13
4.Balanço em Análise e as Publicações Contábeis....................22
5.Análise para Resultados Mensuráveis.....................................32
6.Análise dos Índices Financeiros..............................................42
7.Resumo I.................................................................................52
8.Apresentação II.......................................................................53
9.Demonstração de Resultados, Liquidez e Custos...................54
10.Gestão de Estoques e Custos................................................64
11.Elementos Industriais e Custos..............................................73
12.Estoque, Matéria Prima e Mão de Obra ...............................81
13.Custeio e Margem de Contribuição......................................90
14.Resumo II............................................................................103
15.Apresentação III..................................................................104
16.Sistema RKW e Ponto de Equilíbrio......................................105
17.Do Planejamento à Formação do Preço de Venda..............113
18.Produção por Ordem e Produção Contínua.........................122
19.A Organização e o Planejamento em Operação..................129
20.Do Processo Decisório a Tomada de Decisões....................137
21.Resumo III...........................................................................144
22.GLOSSÁRIO.......................................................................145
23.BIBLIOGRAFIA...................................................................148
www.esab.edu.br 4
 
Palavras do Tutor
Caros alunos, meu nome é Edmar Temporim e acredito nesse 
momento como um encontro positivo onde prevalece o interesse 
e a difusão de conhecimentos. É através da disciplina de 
Contabilidade Gerencial que vamos interagir via ambiente virtual, 
procurando diminuir as distâncias em favor da construção de um 
aprendizado que seja dinâmico o suficiente para nos permitir 
romper barreiras e estabelecer o padrão de qualidade proposto 
pela ESAB e aprovado pelo MEC, sempre de posse dos melhores 
recursos, tanto acadêmicos, quanto tecnológicos. 
Costumo dizer que a Contabilidade Gerencial atingiu a “maior 
idade”, mas ainda não parou de crescer. Ela se notabiliza porque, 
em nome da «melhor informação contábil», busca elementos 
importantes nas mais variadas fontes sobre planejamento, controle 
e tomada de decisão. É, na verdade, uma coleção de técnicas 
emprestadas por outras disciplinas correlatas, o que reforça seu 
caráter integrativo e motiva a construção dos sistemas de 
informações contábeis, os quais constituem ferramentas 
imprescindíveis de auxílio ao empresário na tomada de decisão e 
criação de valor. 
Estruturamos nosso conteúdo em 03 (três) grandes eixos. Cada 
um deles possui 05 (cinco) Unidades que vão desde os conceitos 
que fundamentam os registros contábeis, até a construção de um 
sistema de informações que autorize um gerenciamento pautado 
em resultados. Dessa forma, o objetivo é apresentar os 
fundamentos da Contabilidade Gerencial, tanto no campo 
acadêmico, quanto para utilidade empresarial, evidenciando um 
conjunto de ferramentas gerenciais capazes de sustentar as 
decisões de melhor qualidade técnica dentro de uma empresa.
Sim! Nosso estudo vai percorrer caminhos que permitam conhecer 
essencialmente os recursos técnicos, através dos quais, a 
disciplina unifica seu conceito gerencial. Cada tema desenvolvido 
www.esab.edu.br 5
representa importância capital na formação de um sistema de 
informação que seja útil as mais variadas gestões. Ao bom 
observador será possível intuir paralelos entre a disciplina e o 
cotidiano empresarial, de forma a ter presente sua utilidade prática, 
principalmente àqueles que se dirigem em direção do mercado de 
trabalho. Esse conjunto de valores me faz otimista e é com esse 
espírito que pretendo acompanhá-los nessa jornada de 
conhecimentos sobre a disciplina de Contabilidade Gerencial. 
Bons Estudos!
www.esab.edu.br 6
 
Ciência Contábil e Geração de Valor
Por essência, a Contabilidade Gerencial deve ostentar o caminho 
da inovação. É ela quem sustenta as tomadas de decisões mais 
urgentes, as quais podem determinar o sucesso e a continuidade 
de um empreendimento. Não é sem motivo que as empresas 
passam a divulgar seus balanços sociais. São exigências que 
nascem de um novo mercado, com autonomia para interferir no 
preço e influenciar tendências. Com essa visão, neste Eixo vamos 
tratar dos fundamentos que sustentam a construção técnica da 
Contabilidade Gerencial, sobretudo na perspectiva da criação de 
valores ou geração de resultados. 
www.esab.edu.br 7
Características Gerais
 
A Contabilidade Gerencial destaca-se 
hoje como um dos segmentos da ciência contábil, talvez o primeiro, 
em que se verificam os esforços de pesquisa em todo mundo.
Apesar disso, muitos acadêmicos, segundo McLean, aceitam o 
fato de que não existe uma teoria unificada para a Contabilidade 
Gerencial. Muitos chegam a entender que a Contabilidade 
Gerencial não passa de uma coleção de técnicas tomadas 
emprestadas de outras disciplinas correlatas.
Apesar da utilização de temas de outras disciplinas, ela se 
caracteriza por ser uma área contábil autônoma, pelo 
tratamento dado à informação contábil, enfocando 
planejamento, controle e tomada de decisão, e por seu caráter 
integrativo dentro de um sistema de informação contábil.
A identidade da disciplina é revelada pelo seu caráter integrativo. 
Enquanto em outros segmentos da ciência contábil os temas são 
tratados e analisados de forma isolada, na Contabilidade Gerencial 
todos os temas são tratados dentro de um conjunto único, sem 
prescindir da integração necessária à informação contábil.
Muitos teóricos consideram que a Contabilidade Gerencial é 
essencialmente para tomada de decisão. Porém, além disso, 
devemos ter também uma estrutura de informações operacionais 
www.esab.edu.br 8
e repetitivas, que possibilitem auxílio permanente a todo ciclo 
administrativo de execução e controle.
A Contabilidade Gerencial como fator de criação de valor
O atual foco das pesquisas sobre a missão das entidades 
empresariais está centrado no conceito de criação de valor, 
associando dentro do mesmo escopo o processo de informação 
gerado pela contabilidade para que as empresas possam cumprir 
adequadamente sua missão.
ATKINSON, BANKER, KAPLAN E YOUNG iniciam seu trabalho 
mais recente com esse conceito, dizendo: “Contabilidade 
Gerencial – Informação que cria valor – Sistemas contábeis 
gerenciais efetivos podem criar valor considerável, pelo 
fornecimento de informações acuradas e oportunas sobre as 
atividades necessárias para o sucesso das organizações de 
hoje.”
O atual estágio da Contabilidade Gerencial, que abarca todos os 
estágios evolutivos anteriores, centra-se no processo de criação 
de valor por meio do uso efetivo de recursos empresariais. Essa 
função-objetivo está declarada no Relatório Revisado de Março 
de 1998, emitido pelo Comitê de Contabilidade Financeira e 
Gerencial da Federação Internacional de Contadores (International 
Federation of Accountants – IFAC), sobre os conceitos de 
Contabilidade Gerencial.
A seguir, os principais tópicos relacionados com o tema de geração 
ou criação de valor, partindo da apresentação dos estágios 
evolutivos da Contabilidade Gerencial, de acordo com o IFAC.
Evolução e Mudança na Contabilidade Gerencial
“O campo da atividade organizacional, abarcado pela Contabilidade 
Gerencial, foi desenvolvido através de quatro estágios 
reconhecíveis”:
$ Estágio 1 – Antes de 1950, o foco era na determinação do custo 
www.esab.edu.br9
e controle financeiro, através do uso das tecnologias de orçamento 
e contabilidade de custos;
$ Estágio 2 – Por volta de 1965, o foco foi mudado para o 
fornecimento de informação para o controle e planejamento 
gerencial, através do uso de tecnologias tais como análise de 
decisão e contabilidade por responsabilidade;
$ Estágio 3 – Por volta de 1985, a atenção foi focada na redução 
do desperdício de recursos usados nos processos de negócios, 
através do uso das tecnologias de análise e administração 
estratégica de custos;
$ Estágio 4 – Por volta de 1995, a atenção foi mudada para a 
geração ou criação de valor através do uso efetivo de recursos, 
tais como: o uso de tecnologias, o exame dos direcionadores de 
valor ao cliente, o valor para o acionista e a inovação organizacional.
 “Cada estágio da evolução representa adaptação para um novo 
conjunto de condições que as organizações enfrentam, pela 
absorção, reforma, e adição aos focos e tecnologias utilizadas 
anteriormente.
“Cada estágio é uma combinação do velho e do novo, com o velho 
sendo reformado para ajustar-se com o novo em combinação a 
um novo conjunto de condições para o ambiente gerencial. A 
Contabilidade Gerencial atual refere-se ao produto do processo 
de evolução cobrindo os quatro estágios” (IFAC, parágrafos 9 e 
15).
 “Nos estágios 3 e 4, ela (a Contabilidade Gerencial) é vista como 
uma parte integral do processo de gestão, com informações sendo 
disponibilizadas em tempo real diretamente para a administração, 
e com a distinção entre administração de apoio e linha sendo 
progressivamente embaçada.
“Nos estágios 3 e 4, a informação é vista como um recurso 
organizacional, juntamente com outros recursos organizacionais; 
o foco, agora, contudo, é na redução das perdas e desperdícios 
desses recursos (tanto em termos reais como financeiros) e em 
www.esab.edu.br 10
conservar ou alavancar seu uso na geração ou criação de valor” 
(IFAC, parágrafo 17).
A função-objetivo da Contabilidade Gerencial de criação de valor 
para os acionistas é um conceito objetivo, pois pode ser mensurado 
economicamente.
A criação de valor para o acionista centra-se na geração de lucro 
empresarial, que, por sua vez, é transferido para os proprietários 
da entidade, aos denominados acionistas. Exemplificando: a partir 
de um investimento em ativos, tais como estoques, máquinas, 
terrenos e mão de obra; o dinheiro aplicado em ativos deve ser 
contrabalançado por uma quantia idêntica gerada por algum 
financiamento.
Quando começar a vender, a empresa irá gerar dinheiro. Essa é a 
base de criação de valor, que constitui a finalidade empresarial, e 
está representado no balanço patrimonial.
Assim, o conceito de criação (ou adição) de valor na Contabilidade 
Gerencial, como em finanças, está ligado ao processo de geração 
de lucro para os acionistas.
Balanço Social: Características e Formalidades
O tema responsabilidade social ocupa hoje grande espaço na 
produção acadêmica, na mídia e nos negócios. Neste contexto, 
destaca-se o debate sobre a ação socioambiental das empresas, 
dimensão que tem sido uma das mais propagadas no meio 
empresarial (DA SILVA MACEDO, 2012).
A partir de 01.01.2006 a Resolução CFC 1003/2004 aprovou a 
NBC T 15 - Informações de Natureza Social e Ambiental, tratando 
especificamente dos procedimentos para apresentação de 
informações de natureza social e ambiental, com o objetivo de 
demonstrar à sociedade a participação e a responsabilidade social 
da entidade.
As Normas Contábeis são de utilização obrigatória pelas empresas 
e profissionais, independentemente do porte empresarial.
www.esab.edu.br 11
Balanço Social é um conjunto de informações demonstrando 
atividades de uma entidade privada com a sociedade que a ela 
está diretamente relacionada, com objetivo de divulgar sua gestão 
econômico-social, e sobre o seu relacionamento com a comunidade, 
apresentando o resultado de sua responsabilidade social.
Entende-se por informações de natureza social e ambiental:
•	 A geração e a distribuição de riqueza;
•	 Os recursos humanos;
•	 A interação da entidade com o ambiente externo;
•	 A interação com o meio ambiente.
A primeira tarefa do profissional de contabilidade e finanças para 
uma adequada formação de dados para o balanço social é ajustar 
o plano de contas da entidade.
Quanto mais cedo o fizer, mais facilitada será sua tarefa, já que o 
incremento de informações exigidas nem sempre será suprido 
pelos relatórios internos ou estatísticos das entidades.
O ensino à distância tem como mérito estimular a disciplina do 
aluno, dando-lhe a liberdade de administrar seu tempo de estudo, 
segundo suas próprias necessidades.
Por exemplo, se seu rendimento é melhor imprimindo o conteúdo, 
faça-o, em nome das facilidades que irá subtrair dessa decisão.
Portanto, a partir dos recursos disponíveis, organize um “padrão 
bom” de aprendizagem e planeje utilizá-lo com o melhor grau de 
aproveitamento.
PARA SUA REFLEXÃO
www.esab.edu.br 12
Conclusão
Nesta Unidade observamos a evolução histórica da contabilidade, 
principalmente nos aspectos que afetam os fundamentos que 
constituem a Contabilidade Gerencial. Vimos também que cada 
empresa na se constitui numa “ilha de prosperidade” isolada. Ao 
contrário, tem sua missão social e cumpre através da criação de 
valor. A dimensão de valor está propugnada na importância de 
sociedade sua responsabilidade social, divulgando Informações 
de Natureza Social e Ambiental. A seguir, vamos conhecer as 
especificidades direcionamentos da Contabilidade Financeira e 
da Contabilidade Gerencial. 
FÓRUM
Contabilidade Ambiental:
Há uma consciência quase universal de que os recursos naturais são limitados, e não 
podem mais ser desperdiçados, sob pena de comprometimento do equilíbrio ecológico de 
nosso planeta. Diante dessa constatação vamos refletir sobre este tema:
1 – Em que consiste a Contabilidade Ambiental e qual seu objetivo precípuo?
2 – No mundo contemporâneo, qual o papel do profissional contábil na orientação às 
empresas sobre as atitudes responsáveis diante da realidade ambiental?
3 – Levantemos algumas vantagens da utilização da Contabilidade Ambiental, 
principalmente considerando que a utilização racional dos recursos ambientais constituem 
fator de geração de riqueza econômica.
Conselho Federal de Contabilidade, Resolução CFC 
1003/2004
www.cfc.org.br
ESTUDO COMPLEMENTAR
http://www.cfc.org.br
www.esab.edu.br 13
Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira
Os métodos da Contabilidade Financeira e da Contabilidade 
Gerencial foram desenvolvidos para diferentes propósitos e para 
diferentes usuários das informações financeiras. Há, contudo, 
numerosas similaridades e áreas de sobreposição entre os 
métodos da Contabilidade Financeira e a Gerencial.
A Contabilidade Gerencial é relacionada com o fornecimento de 
informações para os administradores – isto é, aqueles que estão 
dentro da organização e são responsáveis pela direção e controle 
de suas operações. A Contabilidade Gerencial pode ser 
contrastada com a Contabilidade Financeira, que é relacionada 
com o fornecimento de informações para os acionistas, 
credores e outros que estão fora da organização.
Quadro Comparativo
Fator Contabilidade 
Financeira
Contabilidade Gerencial
Usuários dos 
relatórios
Externos e internos Internos
Objetivo dos 
relatórios
Facilitar a análise 
financeira para as 
necessidades dos 
usuários externos
Objetivo especial de facilitar o 
planejamento, controle, 
avaliação de desempenho e 
tomada de decisão 
internamente.
www.esab.edu.br 14
Forma dos relatórios Balanço Patrimonial, 
Demonstração dos 
Resultados, 
Demonstração dos 
Lucros e Prejuízos 
Acumulados, 
Demonstração dos 
Fluxos de Caixa e 
Demonstração do 
Valor Adicionado (se 
cia aberta)
Orçamento, contabilidade por 
responsabilidade, relatórios 
de desempenho, relatório de 
custo, relatórios especiais não 
rotineiros para tomada de 
decisão.
Frequência dos 
relatórios
Anual, trimestral e 
ocasionalmentemensal.
Quando necessário à 
administração
Custos ou valores 
utilizados
Primariamente 
históricos (passado)
Históricos e esperados 
(previstos)
Bases de 
mensuração usadas 
para quantificar os 
dados
Moeda corrente Várias bases (moeda corrente, 
moeda estrangeira – moeda 
forte, medidas físicas, índices 
etc.)
Restrições nas 
informações 
fornecidas
Princípios Contábeis 
Geralmente Aceitos
Nenhuma restrição, exceto as 
determinadas pela 
administração
Arcabouço teórico e 
técnico
Ciência Contábil Utilização pesada de outras 
disciplinas, como economia, 
finanças, estatística, pesquisa 
operacional e comportamento 
organizacional.
Características da 
informação 
fornecida
Deve ser objetiva 
(sem viés), 
verificável, relevante 
e a tempo.
Deve ser relevante a tempo, 
podendo ser subjetiva, 
possuindo menos 
verificabilidade e menos 
precisão.
www.esab.edu.br 15
Perspectiva dos 
relatórios
Orientação histórica Orientada para o futuro para 
facilitar o planejamento, 
controle e avaliação de 
desempenho antes do fato 
(para impor metas), acoplada 
com uma orientação histórica 
para avaliar os resultados 
reais (para o controle posterior 
do fato)
 
Características e Importância
Segundo Sérgio de Iudícibus “a Contabilidade Gerencial pode ser 
caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial 
conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já 
conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade 
de custos, na análise financeira e de balanços etc., numa forma 
de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar 
os gerentes das entidades em seu processo decisório”.
Anthony (1970), um dos precursores da Contabilidade Gerencial, 
estabeleceu algumas características, como: tem múltiplos 
objetivos; não é governada pelos princípios geralmente 
aceitos; é opcional; focaliza segmentos, assim como o “todo 
do negócio”; dá menos ênfase à precisão; é parte de outros 
processos e não um fim em si mesmo.
A Contabilidade Gerencial, como ramo do saber, é de fundamental 
importância na vida econômica atual, principalmente nas 
complexas economias modernas.
Em sentido geral, a Contabilidade Gerencial trata da coleta, 
apresentação e interpretação dos fatos econômicos.
E, como sabemos que os recursos são escassos, ela se ocupa de 
utilizá-los de forma racional através de um adequado controle dos 
insumos, com base num confiável sistema de informação gerencial.
Assim, a Contabilidade Gerencial se utiliza de ferramentas de 
várias áreas, mas principalmente da Administração, Economia e 
www.esab.edu.br 16
da própria Contabilidade, como a parte de custos, geral e análise 
contábil.
 
Caráter de Integração da disciplina
A Contabilidade Gerencial não existe dentro de uma entidade da 
mesma maneira que existe a Contabilidade Financeira, 
Contabilidade de Custos e Administração Financeira. Em todas as 
entidades as aplicações dessas disciplinas são visíveis e, 
dependendo do porte da empresa, existem departamentos 
distintos que são responsáveis por sua execução.
Não é demais lembrar que, no âmbito didático, essas disciplinas 
são ensinadas isoladamente. Em função disso, é comum, e até 
esperado, que o aprendizado dos temas de cada disciplina seja 
feito de forma não integrada. Isso quer dizer que, quando o aluno 
está aprendendo as técnicas de formação de custo do produto, 
ele e o professor estão preocupados exclusivamente com isso. 
Não há preocupação de integração com as demais áreas contábeis, 
e isso se repete com outras técnicas.
Não podemos deixar de anotar que essas disciplinas enfocam as 
condições para o uso de suas técnicas no processo administrativo. 
Acontece que elas não podem enfocar o uso integrado com outras 
disciplinas, porque não há possibilidades didáticas para isso. Esse 
papel cabe à disciplina de Contabilidade Gerencial.
 
Contabilidade Gerencial como instrumento de administração
A Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação 
que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade 
Gerencial se houver dentro dela pessoas que consigam traduzir 
os conceitos contábeis em atuação prática.
Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação 
contábil. Gerenciamento é uma ação, um fazer e não um existir. 
Contabilidade Gerencial significa o uso da contabilidade como 
instrumento da administração.
www.esab.edu.br 17
Se temos a Contabilidade, se temos a informação contábil, mas 
não a usamos no processo administrativo, no processo gerencial, 
então não existe gerenciamento contábil, não existe Contabilidade 
Gerencial.
Dessa forma, fica claro que a Contabilidade Gerencial deve utilizar-
se das técnicas já desenvolvidas por outras disciplinas, até porque 
nelas o estudo específico é mais aprofundado.
 
 
 
Outra fonte interessante são as perguntas e respostas já 
exercitadas. Incluímos abaixo uma dúvida respondida, a qual 
encontra paralelo nas unidades já abordadas:
 
A dúvida é fonte de aprendizado. Ela motiva o aluno a 
buscar outros conteúdos. Existem recursos de toda 
ordem: nos livros, nas bibliotecas online, etc. (algumas 
fontes vamos fornecer sob o título de “Saiba Mais” ou 
“Estudo Complementar”). Nossa missão é “facilitar” a 
absorção do conteúdo proposto, inclusive sanando as 
eventuais dúvidas existentes ao longo do curso. 
PARA SUA REFLEXÃO
www.esab.edu.br 18
Características da Contabilidade Gerencial 
Pergunta: O material didático traz citação de ANTONY que diz 
que “a Contabilidade Gerencial não é governada pelos princípios 
geralmente aceitos”. O que exatamente isto quer dizer já que os 
princípios são os pilares da Contabilidade e a Gerencial um 
extrato da Geral.
Interação (opinião de outro aluno)
Segundo CREPALDI, “ a contabilidade gerencial é o ramo da 
contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos 
administradores de empresas que os auxiliem em suas funções 
gerenciais.”
A contabilidade gerencial é desregulamentada, ou seja, ela não 
é dirigida por regras e princípios fundamentais da contabilidade 
ou por autoridades governamentais.
Todas as informações levantadas pela contabilidade gerencial 
são determinadas pela administração, para satisfazer as 
necessidades estratégicas e operacionais da empresa.
Segundo ATKINSON (2000, pág. 36), “a contabilidade gerencial 
é o processo de produzir informação operacional e financeira 
para funcionários e administradores.”
Baseado no que diz CREPALDI e ATKINSON podemos considerar 
que a contabilidade gerencial surgiu para auxiliar os 
administradores nas tomadas de decisões. Nesse sentido, 
todas as informações geradas pela contabilidade gerencial são 
voltadas exclusivamente para funcionários, administradores e 
executivos das empresas.
Como todas as informações geradas pela contabilidade gerencial 
são para as tomadas de decisões dos administradores, ela não 
precisa cumprir normas e princípios da contabilidade.
www.esab.edu.br 19
Características da Contabilidade Gerencial (resposta do 
professor)
Segundo Sérgio de Iudícibus “a Contabilidade Gerencial pode ser 
caracterizada superficialmente, como um enfoque especial conferido 
a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados 
na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise 
financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, 
num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação 
e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes em seu 
processo decisório.”
Robert N. Antony, considerado por muitos como um dos precursores 
da disciplina de Contabilidade Gerencial, é bastante sintético em sua 
caracterização da disciplina: “A Contabilidade Gerencial, preocupa-se 
com a informação contábil útil à administração”.
Segundo a Associação Nacional dos Contadores dos Estados Unidos, 
através de seu relatório nº 1A, “Contabilidade Gerencial é o processo 
de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, 
interpretação e comunicação de informações financeiras utilizadaspela administração para planejamento, avaliação e controle dentro de 
uma organização e para assegurar e contabilizar o uso apropriado de 
seus recursos.”
O ponto fundamental da Contabilidade Gerencial é o uso da informação 
contábil como ferramenta para a administração, utilizando temas de 
outras disciplinas das áreas de Ciências Contábeis ou Administração 
Financeira. Portanto, a afirmação de que a disciplina não é governada 
pelos princípios geralmente aceitos não diminui o brilhante papel de 
integração multidisciplinar realizado pela Contabilidade Gerencial em 
nome de uma melhor gestão empresarial.
www.esab.edu.br 20
(mais uma interação do aluno que construiu a pergunta)
Não tenho dúvida quanto à conceituação da Contabilidade Gerencial e 
ferramenta auxiliar no processo de análise e tomada de decisão.
 O ponto que quero chegar é em que momento a Contabilidade Gerencial 
se distancia dos «princípios geralmente aceitos». Há um conflito entre 
pressupostos da Gerencial com os «princípios»? Seriam «os princípios» 
obstáculos para a Gerencial? No meu entender o objetivo de um curso de 
MBA/pós é ir mais a fundo nos temas que já foram objeto de estudo nas 
etapas preliminares de nossa vida acadêmica.
Características da Contabilidade Gerencial (interação do professor)
A afirmação é a seguinte: “A contabilidade Gerencial não é governada pelos 
princípios geralmente aceitos”. Quem tem a primazia de ser governada 
pelos princípios geralmente aceitos é a base científica da contabilidade, ou 
seja, a contabilidade geral na tarefa sistemática de registrar informações, 
produzir relatórios (balanço, demonstrativo de resultados, etc). Aí repousam 
como extensão da contabilidade todas as escriturações, a contabilidade de 
custos, etc... A Contabilidade Gerencial utiliza dessas informações e de 
muitas outras; não necessariamente, e apenas, afetas a área contábil 
(financeira, por exemplo), com o objetivo de voltar-se para a informação 
que possa ser útil à administração, isto é, internamente.
Nos EUA, país que primeiro procurou compilar os princípios contábeis, 
esses princípios foram vistos durante um certo tempo como as premissas 
para um Sistema de Certificação e Avaliação. Posteriormente foi o conjunto 
de fatores que separaria a contabilidade americana em duas 
vertentes: contabilidade financeira (na qual deveriam ser observados os 
princípios contábeis) e contabilidade gerencial (ramo em que os princípios 
poderiam não ser seguidos e que por isso poderia ser melhor traduzida 
também como administração contábil).
No Brasil, desde que a Lei 6.404/76 incluiu os princípios como matéria 
legislativa a ser observada pelos agentes do mercado de capitais, eles são 
objeto de regulamentação dos órgãos reguladores oficiais. Ou seja, longe 
de uma informação gerencial interna, trata-se de informação baseada em 
princípios com lastro científico e, acima de tudo, voltada também para 
interesses externos (fisco, acionistas, CVM etc). 
www.esab.edu.br 21
 
Conclusão
Como observamos, há polêmicas históricas envolvendo a 
independência da Contabilidade Gerencial até que ela fosse 
destacada da Contabilidade Financeira, em razão das suas 
especificidades, principalmente no que toca o direcionamento da 
informação. Porém, fica claro que o maior legado desse debate 
está na capacidade de integração promovida pela Contabilidade 
Gerencial, tudo em favor da qualidade na geração de informações. 
A seguir, vamos a análise patrimonial, que traduz a essência da 
contabilidade.
www.esab.edu.br 22
Análise Patrimonial
A base patrimonial de uma organização empresarial é constituída 
de bens direitos e obrigações. Para fazermos uma análise 
patrimonial de uma organização, inicialmente, precisamos ter uma 
contabilidade confiável e dispor de seus principais demonstrativos. 
Neste caso, estamos nos referindo aos dois principais 
demonstrativos: Balanço Patrimonial e o Demonstrativo de 
Resultados.
Balanço Patrimonial (Ativo)
O primeiro e mais importante demonstrativo é o Balanço 
Patrimonial. Ele representa uma fotografia da empresa num dado 
momento e seus elementos são as contas, cuja nomenclatura tem 
variação de acordo com o tipo de atividade desenvolvida. Os bens 
e direitos são os elementos positivos ou ativos e as obrigações, os 
negativos ou passivos.
O estudo se orienta pela nova estrutura do Balanço Patrimonial. 
Não podemos prescindir das principais mudanças desencadeadas 
pelo processo de convergência das normas contábeis brasileiras 
para as normas internacionais (VICECONTI, 2015).
O Ativo é constituído por dois grandes grupos de contas: o 
Circulante e o Não Circulante (MP 449/08). As contas do ativo são 
agrupadas de acordo com a sua rapidez de conversão em dinheiro, 
ou seja, de acordo com o seu grau de liquidez.
Assim, agrupamos em primeiro lugar as contas que já são dinheiro 
(na ordem decrescente de liquidez – do maior para o menor), a 
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seguir aquelas que se converterão em dinheiro rapidamente 
(títulos a receber, estoques, etc.). A este grupo de contas 
denominamos de circulante.
Em segundo lugar, serão agrupadas as contas que serão 
transformadas em dinheiro mais lentamente. São ativos de menor 
grau de liquidez. A este grupo denominamos de ativo não circulante.
O Ativo Não Circulante será composto dos seguintes subgrupos: 
Ativo Realizável a Longo Prazo; Investimentos; Imobilizado; 
Intangível.
•	 De uma forma geral, são classificáveis no Realizável a Longo 
Prazo contas da mesma natureza das do Ativo Circulante, 
que, todavia, tenham sua realização certa ou provável após 
o término do exercício seguinte, o que, normalmente, 
significa realização num prazo superior a um ano a partir do 
próprio balanço.
•	 No subgrupo Investimentos do Ativo Não Circulante devem 
ser classificadas as participações societárias permanentes, 
assim entendidas as importâncias aplicadas na aquisição de 
ações e outros títulos de participação societária, com a 
intenção de mantê-las em caráter permanente, seja para se 
obter o controle societário, seja por interesses econômicos, 
entre eles, como fonte permanente de renda.
•	 O Ativo Imobilizado é formado pelo conjunto de bens e 
direitos necessários à manutenção das atividades da 
empresa, caracterizados por apresentar-se na forma tangível 
(edifícios, máquinas, etc.). O imobilizado abrange, também, 
os custos das benfeitorias realizadas em bens locados ou 
arrendados.
•	 Os ativos intangíveis compreendem o leque de bens 
incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou 
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exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio 
adquirido. Trata-se de um desmembramento do ativo 
imobilizado, que, a partir da vigência da Lei 11.638/2007, ou 
seja, a partir de 01.01.2008, passa a contar apenas com 
bens corpóreos de uso permanente. Como exemplos de 
intangíveis, os direitos de exploração de serviços públicos 
mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas 
e patentes, softwares e o fundo de comércio adquirido.
Passivo:
No Passivo, as contas são dispostas pelo grau decrescente 
de exigibilidade, isto é, das obrigações mais exigíveis para as 
menos exigíveis. Subdivide-se em três grupos: Circulante; Não 
Circulante e o Patrimônio Líquido.
•	 No Circulante são escrituradas as obrigações da entidade, 
inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo 
não-circulante, quando se vencerem no exercício seguinte. 
No caso de o ciclo operacional da empresa ter duração 
maior que a do exercício social, a concepção terá por base 
o prazo desse ciclo.
•	 No Passivo Não Circulante são escrituradas as obrigações 
da entidade, inclusive financiamentos para aquisição de 
direitos do ativo não-circulante, quando se vencerem após o 
exercício seguinte. No caso de o ciclo operacional da 
empresa ter duração maior que a do exercício social, a 
concepção terá por base o prazo desse ciclo, facilmente 
encontradas em empresas de construção civil. Na verdade, 
são lucros que só constarão do Resultadomais à frente.
•	 O Patrimônio Líquido ou Capital Próprio representa a 
diferença entre o valor dos ativos e dos passivos. É constituído 
por Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação 
Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e 
Prejuízos Acumulados.
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As Reservas são as parcelas do patrimônio líquido que excedem 
o valor do capital social integralizado e se subdividem em Reservas 
de Lucros, de Capital e de Reavaliação (A Lei 11.638/2007 substitui 
a “Reserva de Reavaliação” pela conta “Ajustes de Avaliação 
Patrimonial”).
As de Lucros são obtidas pela apropriação de lucros da companhia, 
por exigência legal, estatutária ou outras razões (contingências). 
As de Capital são contribuições oriundas de proprietários ou de 
terceiros, que nada têm a ver com receitas ou ganhos. Os Lucros 
Acumulados ficam em destaque legalmente, mas enquanto não 
distribuídos podem ser considerados reservas de lucros.
As Contas Retificadoras ou Redutoras do Patrimônio Líquido, 
como o próprio nome diz, reduzem o Patrimônio Líquido (PL). Por 
exemplo: o capital social a realizar; ações em tesouraria (são 
ações emitidas pela empresa e por ela readquiridas, etc.).
A seguir, uma demonstração do Balanço Patrimonial:
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
- Ativo Circulante - Passivo Circulante
- Ativo Não Circulante - Passivo Não Circulante
- Realizável a Longo Prazo 
 - Investimentos - Patrimônio Líquido
 - Imobilizado - Capital Social
 - Intangível - Reservas
 - Prejuízos Acumulados
 - Contas Retificadoras
TOTAL X TOTAL X
Nas organizações ocorrem, diariamente, inúmeros fatos contábeis 
e esses provocam alterações no Balanço da empresa. Essas 
alterações são registradas mantendo-se o princípio da Igualdade 
Contábil. Para verificarmos isto, vamos supor o seguinte Balanço 
Patrimonial:
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ATIVO PASSIVO + PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO
Caixa........................$ 2.000 Dívidas de Curto Prazo........$ 
1.200
Automóvel...............$ 3.200 Impostos a Pagar..................$ 
150
Móveis....................$ 1.500 Dívidas de Longo Prazo.......$ 
6.000
Imóveis....................$ 30.000 Patrimônio Líquido...............$ 
29.350
 
TOTAL $ 36.700 TOTAL $ 36.700
1º Caso: aquisição de outro automóvel à vista, no valor de $ 1.000; 
nesse caso, o dinheiro sai do Caixa, ficando a mesmo com $ 1.000, 
e vai para a Conta automóvel, que fica com $ 4.200, ou seja, o 
ativo não se alterou. Esse fato é chamado de permutativo.
2º Caso: aquisição de equipamentos a prazo no valor de $ 500, 
nesse caso teremos aumento do Ativo, com a Conta equipamentos 
$ 500, mas também do Passivo, com o aparecimento de uma 
obrigação como duplicatas a pagar $ 500. Essa alteração é 
compensativa, pois altera o Ativo e o Passivo, mas não altera o 
Patrimônio Líquido.
3º Caso: pagamento de multas no valor de $ 50. Esse fato reduz 
o caixa, assim como o Patrimônio Líquido, pois é considerado uma 
despesa. Logo, é uma alteração modificativa diminutiva.
4º Caso: recebimento de aluguel de imóvel no valor de $ 200. É 
considerada uma receita de $ 200 que aumentará o caixa, assim 
como o Patrimônio Líquido no valor de $ 200. Esse fato é uma 
alteração modificativa aumentativa.
5º Caso: venda de um imóvel que custou $ 10.000 por $ 15.000. 
Nesse caso temos uma receita de $ 15.000 e uma despesa de $ 
10.000, que corresponde ao custo da mercadoria. Nesse caso, o 
Patrimônio Líquido sofreu uma variação positiva de $ 5.000.
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 - Receita de vendas $ 15.000
 - Custo da mercadoria vendida $(10.000)
 ________
 $ 5.000
Esse fato é chamado misto, pois combina as alterações anteriores. 
Na prática, são os mais comuns e podem ser aumentativos 
(receitas) ou diminutivos (despesas), conforme o Patrimônio 
Líquido aumente ou diminua.
Com isso verificamos um pouco do mecanismo dos fatos contábeis. 
A partir deles, teremos uma visão do que está ocorrendo nas 
empresas, principalmente no Patrimônio Líquido.
Fazendo-se uma análise parcial do Balanço, a partir de seus 
grupos Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido é possível saber, 
superficialmente, a situação da empresa, apenas através do seu 
Patrimônio Líquido:
Uma empresa ao apresentar seu Patrimônio Líquido, e se 
viermos a chamá-lo de PL positivo ou maior que zero, 
demonstra ter um Ativo (bens e direitos) maior que o Passivo 
(obrigações), logo, revela a existência de riqueza própria.
Uma situação de “Passivo a Descoberto” revela que as 
obrigações foram maiores que o Ativo, ou seja, o Patrimônio 
Líquido está negativo e a empresa se encontra em má situação.
Uma empresa que apresenta seu Ativo igual ao Passivo Exigível 
encontra-se numa situação nula ou de equilíbrio aparente, 
revelando que a mesma possui bens a sua disposição, mas os 
deve pagar totalmente ou situação de inexistência de riqueza (PL 
= 0).
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Existem outras situações, como: a plena, na qual a empresa não 
apresenta obrigações; e a de inexistência de ativos; entretanto, 
ambas são raras.
 Obrigatoriedade nas Demonstrações Contábeis
Segundo o Art. 176 da Lei Societária, ao fim de cada exercício 
social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil 
da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que 
deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da 
companhia e as mutações ocorridas no exercício:
•	 Balanço Patrimonial (BP);
•	 Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);
•	 Demonstração dos Resultados do Exercício (DRE);
•	 Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)
•	 Se companhia aberta, Demonstração do Valor Adicionado 
(DVA).
Ao listar as demonstrações contábeis obrigadas por Lei, 
importante destacar que a Lei 11.638 de 31 de dezembro de 
2007 traz como novidade a obrigatoriedade sobre a elaboração 
das seguintes demonstrações: Demonstração dos Fluxos de 
Caixa (DFC) e Demonstração do Valor Adicionado (DVA).
 
Empresas de Grande Porte – Exercícios Encerrados a partir 
de 01.01.08
 
O Art. 3º da Lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007, determina 
que se aplique às sociedades de grande porte, ainda que não 
constituídas sob a forma de sociedades por ações, as disposições 
da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Isto sobre 
escrituração, elaboração de demonstrações financeiras e 
obrigatoriedade de auditoria independente, por auditor registrado 
na Comissão de Valores Mobiliários.
Para os efeitos desta determinação, considera-se de grande porte, 
a sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que 
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tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 
240.000.000,00 (duzentos e quarenta milhões de reais) ou receita 
bruta anual superior a R$ 300.000.000,00 (trezentos milhões de 
reais).
Desta forma, as demonstrações financeiras das sociedades 
limitadas de grande porte devem, doravante, obedecer aos ditames 
da Lei 6.404/1976, dos exercícios sociais encerrados a partir de 
2008.
Informação & Tecnologia (Nota fiscal eletrônica e a gestão 
contábil) 
Uma verdadeira revolução ocorre nos procedimentos das 
empresas e seu relacionamento com o fisco: a implantação da 
nota fiscal eletrônica, que substitui a Nota Fiscal modelo 1 ou 1-A, 
pelos contribuintes do IPI e/ou ICMS. Várias prefeituras também 
já estão utilizando a versão eletrônica para os contribuintes do 
ISS.
E o que isso tem a ver com a contabilidade? Tudo. Pois as 
facilidades previstas pelo novo sistema podem agilizar os 
procedimentos contábeis, principalmente no tocante aos registros 
pertinentes e na economia de tempo com arquivamentos e 
Atenção: As bancas examinadoras de concursos 
públicos têm cobrado algumas mudanças abordadas 
pela Lei 11.638/07 e suas derivações. A sua vigênciaé válida e a inobservância desses pontos pode 
incorrer na perda de pontos valiosos para os menos 
atentos.
PARA SUA REFLEXÃO
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localização de documentos.
Os principais benefícios da utilização da NF-e para as empresas 
serão:
•	 Redução de custos de impressão;
•	 Redução de custos de aquisição de papel;
•	 Redução de custos de envio do documento fiscal
•	 Redução de custos de armazenagem de documentos fiscais;
•	 Simplificação de obrigações acessórias, como dispensa de 
AIDF;
•	 Redução de tempo de parada de caminhões em Postos 
Fiscais de Fronteira;
•	 Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com clientes 
(B2B).
Mas além destes benefícios, as empresas adquirentes de 
mercadorias terão facilidades pela:
•	 Eliminação de digitação de notas fiscais na recepção de 
mercadorias;
•	 Planejamento de logística de entrega pela recepção 
antecipada da informação da NF e;
•	 Redução de erros de escrituração devido a erros de digitação 
de notas fiscais;
•	 Incentivo a uso de relacionamentos eletrônicos com 
fornecedores (B2B).
Ou seja, o grande ganho será decorrente da integração do sistema 
NF-e com o sistema contábil e fiscal das empresas, facilitando em 
muito o trabalho dos contabilistas. Obviamente, tais vantagens 
são potenciais, ou seja, o gestor contábil precisará planejar e 
adequar tais situações, prevendo mudanças de rotinas e 
procedimentos, para que os ganhos de produtividade ocorram na 
escala desejada.
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Conclusão
Vimos a estrutura do Balanço Patrimonial, os fatos contábeis e as 
regras que vinculam os registros segundo o grau de liquidez (ativo) 
e o grau de exigibilidade (passivo). Vimos também, quão 
indispensáveis e importantes são as mudanças trazidas pela 
edição da Lei 11.638/07, sobretudo nas exigências acerca das 
publicações legais das demonstrações contábeis. Na sequência, 
vamos ver a análise de balanço para avaliação de desempenho e 
análise dos índices financeiros.
Veja também outros artigos relacionados a este assunto: *Ajuste SINIEF 7 
2005:
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/convenios/
ajustesinief7_2005.cfm
Como funciona a Nota Fiscal Eletrônica:
http://www.portaltributario.com.br/guia/notafiscaleletronica.cfm
Sped Contábil: http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/sped.
cfm=
ESTUDO COMPLEMENTAR
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/convenios/ajustesinief7_2005.cfm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/convenios/ajustesinief7_2005.cfm
http://www.portaltributario.com.br/guia/notafiscaleletronica.cfm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/sped.cfm=
http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/sped.cfm=
www.esab.edu.br 32
Análise de Balanço para Avaliação de Desempenho
A análise financeira e de balanços impõe alguma 
dificuldade na sua compreensão, o que acaba por recomendar 
certo grau de maturidade ao contador gerencial.
Existem vários indicadores, entretanto, o ideal é escolher alguns 
índices e quocientes, procurando compará-los de período a 
período com padrões preestabelecidos para se tentar, a partir daí 
termos uma ideia mais apurada de quais problemas merecem 
uma investigação maior.
A análise financeira e de balanços deve ser entendida dentro 
de suas possibilidades e limitações, pois, devidamente 
manuseada, além de apontar os problemas, ela pode se tornar 
um poderoso painel de controle da administração.
Os balanços, para efeito de análise, devem ser os mais resumidos 
possíveis, e as áreas-problema devem ser analisadas com maior 
profundidade.
A análise vertical e a horizontal devem ser utilizadas conjuntamente. 
Elas são mais detalhadas e envolvem todos os itens das 
demonstrações, revelando algumas dificuldades nas empresas.
Análise Vertical (ou análise por coeficientes)
Compara cada elemento do conjunto em relação ao total do 
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conjunto, evidenciando a porcentagem de participação de 
cada elemento no conjunto.
Mede a participação percentual de contas, subgrupos, ou grupos 
de contas em relação ao Ativo (ou Passivo) Total ou a Receita 
(Bruta ou Líquida) Total.
Fórmula geral:
Análise Horizontal (ou da evolução)
Analisa a evolução das contas, subgrupos e grupos de contas 
dos Demonstrativos Financeiros num determinado período 
de tempo.
Evolução nominal → considera a evolução da conta em relação 
ao período base.
Evolução real → desconta os efeitos da inflação.
Fórmula Geral
 
Observe através do exemplo abaixo a evolução dos grupos do 
ativo em relação ao Ativo Total:
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Empresa Beta S.A
 19X6 % 19X7 % 19X8 % 19X9 %
DISPONIBILIDADES 20 6 15 3,5 10 2 8 1,5
RECEBÍVEIS A CURTO 90 27 85 20 20 5 22 4
ESTOQUES 60 18 80 19 110 25 130 24
RECEBÍVEIS A LONGO 10 3 20 5 25 6 30 6
IMOBILIZADO 150 44 200 48 250 57 300 56
INVESTIMENTOS 5 1 15 3,5 15 3 30 6
MISCELÂNEOS 3 1 5 1 10 2 12 2,5
ATIVO TOTAL 338 100 420 100 440 100 532 100
Observações a partir da tabela:
•	 O Ativo Total teve acréscimos de 24 % entre 19X6 e 19X7. 
De 5 % de 19X7 a 19X8. De 21 % de 19X8 a 19X9;
•	 Houve diminuição da participação do Disponível sobre o 
Ativo Total, o que pode ser considerado bom;
•	 Os estoques sofrem acréscimo de 18 % para 19 % e para 25 
% em 19X8, decrescendo em 19X9 para 24 %, porém acima 
do nível inicial. Seria recomendável uma investigação maior 
sobre o item estoques;
•	 Os Recebíveis em curto prazo diminuem bastante de 19X6 
a 19X7, de 27 % para 20 % e sofrem um decréscimo brutal 
em 19X8, que deve ter as causas investigadas. Em 19X9 
mantêm-se baixos;
•	 Em compensação, a empresa transferiu recursos para 
investimento em Imobilizado, que aumentou sua participação 
de 44 % em 19X6 para 48 % em 19X7 e 57 % em 19X8, 
mantendo-se estável em 19X9;
•	 Observa-se que a empresa está queimando investimentos 
em dinheiro e recebíveis para investir em estoques e 
imobilizado;
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•	 Essas indagações suscitadas pela análise vertical e 
horizontal só poderão ser melhor respondidas em um estágio 
mais avançado da análise.
No demonstrativo operacional, a análise vertical cumpre sua maior 
utilidade:
Empresa Beta S.A.
DEMONSTRATIVOS OPERACIONAIS (DRs)
 19X8 19X9
Vendas 385 100 % 520 100 %
(-) Custos das 
vendas
 193 50 % 244 47 %
= Lucro com 
mercadorias
 192 50 % 276 53 %
(-) Despesas 
operacionais
 
Salários 80 65 % 115 65 % 
Depreciações 10 8 % 15 8 % 
Impostos 8 6 % 12 7 % 
Outras 25 21 % 123 32 % 36 20 % 178 34 %
= Lucro 
operacional
 69 18 % 98 19 %
(-) Despesas 
financeiras
 10 3 % 36 7 %
= Lucro AIR 59 15 % 62 12 %
(-) Provisão 
para Imposto 
de Renda
 9 2 % 12 2 %
= Lucro líquido $ 50 13 % $ 50 10 %
Através da análise vertical percebemos que o item Lucro 
Operacional se manteve e até melhorou o desempenho em relação 
à 19X8. O custo das vendas, que era 50 % das mesmas, diminuiu 
para 47 %, aumentando a participação do lucro nas vendas. 
Entretanto, as Despesas Operacionais aumentaram, passando de 
32 % para 34 %.
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No item Despesas Financeiras, verifica-se o fator primordial que 
fará o desempenho da empresa empobrecer, pelo menos no DR. 
Passaram de 3 % para 7 % das vendas, bastante alta, mas não 
alarmante.
Quais os motivos dessa mudança?
É preciso investigar com profundidade, para que se possa alterar. 
A queda nesse item afeta todos os demais. Por exemplo: o lucro 
líquido de 13 % sobre as vendas passa para 10 %.
Assim, a análise de balanços revela mais áreas de problemas a 
serem investigadas do que soluções. Entretanto, cabe ao Contador 
Gerencial discernir com acuidade os fatores que motivaram certo 
comportamento e apontá-los ao Diretor Financeiro.
Abaixo, um exemplo de análise horizontal e vertical da Empresa 
Alfa S.A.
ANÁLISE HORIZONTAL
Demonstração do Resultado do Exercício, padronizada, da 
Empresa Alfa S.A.
CONTAS EXERCÍCIO 
x1
EXERCÍCIO 
x2
EXERCÍCIO 
x3
RECEITA LÍQUIDA DE 
VENDAS
1.071.225 1.408.625 1.522.334
(-) CUSTO DE 
MERCADORIAS, 
PRODUTOS E SERVIÇOSVENDIDOS
 
(450.000)
 
(600.000)
 
(640.000)
(=) LUCRO BRUTO 621.225 808.625 882.334
(-) DESPESAS 
OPERACIONAIS
-- -- --
 Despesas com vendas (144.450) (166.700) (185.300)
 Despesas gerais e 
administrativas
(257.310) (286.550) (315.030)
 Outras despesas 
operacionais
(9.000) (12.000) (17.500)
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(+) OUTRAS RECEITAS 
OPERACIONAIS
 
(18.085)
 
(20.100)
 
(13.200)
(=) RESULTADO 
OPERACIONAL (antes do 
resultado financeiro)
 
228.550
 
363.475
 
377.704
(+) RECEITAS FINANCEIRAS 36.000 32.000 8.900
(-) DESPESAS 
FINANCEIRAS
(8.550) (7.300) (44.000)
(=) RESULTADO 
OPERACIONAL
256.000 388.175 342.604
(+ ou -) RESULTADOS NÃO-
OPERACIONAIS
 
(26.000)
 
(27.500)
 
(71.000)
(=) RESULTADO DO 
EXERCÍCIO ANTES DAS 
PROVISÕES
 
230.000
 
360.675
 
271.604
(-) PROVISÕES (36.000) (84.300) (89.600)
(-) PARTICIPAÇÕES -- -- --
(=) LUCRO OU PREJUÍZO 
LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
 
194.000
 
276.375
 
182.004
Com os dados da Demonstração do Resultado do Exercício da 
Empresa Beta S.A., referentes aos exercícios x1, x2 e x3, é 
possível elaborar uma tabela com os respectivos números-índices 
devidamente calculados, tendo por base o exercício x1.
CONTAS EXERCÍCIO 
x1 %
EXERCÍCIO 
x2 %
EXERCÍCIO 
x3 %
RECEITA LÍQUIDA DE 
VENDAS
100,00 131,49 142,11
(-) CUSTO DE 
MERCADORIAS, 
PRODUTOS E SERVIÇOS 
VENDIDOS
 
100,00
 
133,33
 
142,22
(=) LUCRO BRUTO 100,00 130,16 142,00
(-) DESPESAS 
OPERACIONAIS
-- -- --
 Despesas com vendas 100,00 115,40 128,27
 Despesas gerais e 
administrativas
100,00 111,36 122,43
www.esab.edu.br 38
 Outras despesas 
operacionais
100,00 133,33 194,44
(+) OUTRAS RECEITAS 
OPERACIONAIS
 
100,00
 
111,14
 
72,98
(=) RESULTADO 
OPERACIONAL (antes do 
resultado financeiro)
 
100,00
 
159,03
 
165,26
(+) RECEITAS 
FINANCEIRAS
100,00 88,88 24,72
(-) DESPESAS 
FINANCEIRAS
100,00 85,38 514,61
(=) RESULTADO 
OPERACIONAL
100,00 151,63 133,82
(+ ou -) RESULTADOS 
NÃO-OPERACIONAIS
 
100,00
 
105,76
 
273,07
(=) RESULTADO DO 
EXERCÍCIO ANTES DAS 
PROVISÕES
 
100,00
 
156,81
 
118,08
(-) PROVISÕES 100,00 234,66 248,88
(-) PARTICIPAÇÕES -- -- --
(=) LUCRO OU PREJUÍZO 
LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
 
100,00
 
142,46
 
93,81
 
ANÁLISE VERTICAL
CONTAS EXERCÍCIO DE x1
Valores absolutos
$
Análise Vertical
%
ATIVO 
 ATIVO CIRCULANTE 
 Financeiro 
 Disponibilidades 60.000 6,00
 Investimentos temporários 
em curto prazo
36.000 3,60
 Soma 96.000 9,60
 Operacional 
 Contas a receber de clientes 204.000 20,40
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 Estoques 300.000 30,00
 Outros direitos de curto prazo -- --
 Soma 504.000 50,40
 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE 600.000 60,00
 ATIVO REALIZÁVEL EM 
LONGO PRAZO
100.000 10,00
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
 Investimentos 90.000 9,00
 Imobilizado 195.000 19,50
 Intangível 15.000 1,50
TOTAL DO ATIVO NÃO 
CIRCULANTE
300.000 30,00
Total do Ativo 1.000.000 100,00
 
PASSIVO 
 PASSIVO CIRCULANTE 
 Operacional 
 Contas a pagar a fornecedores 60.000 6,00
 Outras obrigações de curto 
prazo
130.000 13,00
 Soma 190.000 19,00
 Financeiro 
 Empréstimos 104.000 10,40
 Duplicatas descontadas -- --
 Soma 104.000 10,40
 TOTAL DO PASSIVO 
CIRCULANTE
294.000 29,40
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 200.000 20,00
 EXIGÍVEL TOTAL 494.000 49,40
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
 Capital 200.000 20,00
 Reservas 143.000 14,30
 Lucros ou prejuízos acumulados 163.000 16,30
 TOTAL DO PATRIMÔNIO 
LÍQUIDO
506.000 50,60
Total do Passivo 1.000.000 100,00
A seguir será apresentada a Demonstração do Resultado do 
Exercício, padronizada, com os cálculos efetuados para fins de 
análise vertical, da Empresa Alfa S.A., referente ao exercício de 
x1:
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CONTAS EXERCÍCIO DE x1
Valores 
absolutos
$
Análise vertical
%
RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS 1.071.225 100,00
(-) CUSTO DE MERCADORIAS, 
PRODUTOS E SERVIÇOS 
VENDIDOS.
 
(450.000)
 
42,00
(=) LUCRO BRUTO 621.225 58,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS -- --
 Despesas com vendas (144.450) 13,48
 Despesas gerais e 
administrativas
(257.310) 24,02
 Outras despesas operacionais (9.000) 0,84
(+) OUTRAS RECEITAS 
OPERACIONAIS
 
(18.085)
 
1,68
(=) RESULTADO OPERACIONAL 
(antes do resultado financeiro)
 
228.550
 
21,33
(+) RECEITAS FINANCEIRAS 36.000 3,36
(-) DESPESAS FINANCEIRAS (8.550) 0,79
(=) RESULTADO OPERACIONAL 256.000 23,89
(+ ou -) RESULTADOS NÃO-
OPERACIONAIS
 
(26.000)
 
2,42
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO 
ANTES DAS PROVISÕES
 
230.000
 
21,47
(-) PROVISÕES (36.000) 3,36
(-) PARTICIPAÇÕES -- --
(=) LUCRO OU PREJUÍZO 
LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
 
194.000
 
18,11
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Conclusão
Nesta penúltima Unidade do Eixo 1, sob o título de Análise para 
Resultados Mensuráveis, temos a preocupação de depurar os 
números com o intuito de torná-los mais inteligíveis aos objetivos 
da análise a ser proferida. Nesse caso, os métodos de análise 
vertical e horizontal estão delineados como contribuição na 
interpretação da estrutura e tendências da gestão financeira. A 
seguir, vamos à análise específica de vários índices financeiros.
Apresentamos um vídeo bastante atual, onde vamos 
observar a importância das análises vertical e 
horizontal, na estruturação econômica e financeira de 
uma empresa: https://www.youtube.com/
watch?v=uxOodNsiCc0
SAIBA MAIS
https://www.youtube.com/watch?v=uxOodNsiCc0
https://www.youtube.com/watch?v=uxOodNsiCc0
www.esab.edu.br 42
 Após estudar alguns demonstrativos, conveniente ver alguns 
indicadores, como:
Rentabilidade
A rentabilidade do capital próprio ou remuneração do 
capital dos proprietários na empresa deve ser maior que os juros 
de mercado, se o capital fosse emprestado.
O capital próprio, como já foi visto anteriormente, é o patrimônio 
líquido, que é constituído de capital realizado, reservas de capital, 
de reavaliação, de lucros e prejuízos acumulados.
 
Cálculo da rentabilidade do capital próprio:
O cálculo da Rentabilidade do capital próprio baseando-se no 
capital próprio inicial, final, médio aritmético:
•	 Capital próprio inicial ou patrimônio líquido no início do 
exercício
Sendo TRi = taxa de rentabilidade inicial
LFa = lucro final antes do imposto de renda
PLi = patrimônio líquido inicial
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•	 Capital próprio final ou patrimônio líquido no final do exercício
Sendo F = final.
•	 Capital próprio médio aritmético, isto é, o patrimônio líquido 
inicial mais o final dividido por dois.
 
Endividamento total
Demonstra o grau de endividamento do ativo com o capital de 
terceiros. Quanto mais próximo de 1, maior o endividamento 
com terceiros. Quanto mais próximo de Zero, significa uma 
relativa autonomia financeira ou baixo endividamento total.
Cálculo do Endividamento Total (ET):
Sendo o Passivo Total igual ao Passivo Circulante mais o Exigível 
em Longo Prazo.
 
Garantia de Capital de Terceiros
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O capital de terceiros é representado pelo Passivo Total (circulante 
e exigível em longo prazo) que são obrigações ou dívidas. A 
relação entre o Patrimônio Líquido (capital próprio) e o 
Passivo Total indica a capacidade financeira da empresa de 
garantir as obrigações contraídas com terceiros.
O cálculo:
O resultado do GT demonstra a proporção de recursos próprios 
aplicados para cada unidade de recursos obtidos de terceiros. O 
GT alto corresponde a um baixo endividamento total e vice-versa, 
ou seja, um baixo GT indica um alto endividamento.
 
Imobilização do Capital Próprio
Os bens e direitos que compõem o ativo imobilizado devem ser 
financiados (é o que se recomenda) por recursos próprios. Ou 
seja, o Patrimônio Líquido deve ser plenamente suficiente 
para financiamento dos bens e direitos do Ativo Imobilizado.
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O resultado indica o percentual de recursos dos proprietários 
destinado aos bens e direitosdo Ativo Imobilizado. Quanto menor 
for o grau de imobilização do Capital Próprio, melhor a posição 
financeira (Capital Circulante).
Observação: quando for possível identificar os recursos obtidos 
de terceiros amortizáveis em longo prazo, aplicados na aquisição 
de bens e direitos do Ativo Permanente (ou seja, o exigível em 
longo prazo vinculado ao Ativo Permanente) usa-se outra fórmula, 
qual seja:
 
Liquidez Geral
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Mede a capacidade financeira da empresa (curto e longo 
prazos) em sentido amplo.
O resultado representa a relação da capacidade financeira para 
cada unidade de obrigações.
 
Indicadores de Velocidade para Análise Financeira
ROTAÇÃO DE VALORES CIRCULANTES
•	 Rotação do Capital Circulante Líquido: número de vezes do 
capital circulante líquido em função das vendas.
Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante - Passivo Circulante
ou
CCL = AC - PC
Observação: dividindo-se o número de dias do ano (360) pelo 
indicador de rotação, temos o prazo médio de reposição dos 
valores circulantes:
Exemplo: se o grau fosse 2,53, então o prazo médio de reposição 
dos valores circulantes seria 360 / 2,53 = 142 dias para repor o 
capital circulante líquido.
è O ideal é menor prazo médio e maior grau de rotação.
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•	 Rotação do Estoque de Matérias Primas.
A meta é um maior grau de rotação e um menor prazo médio.
•	 Rotação da produção em processo ou Rotação do Estoque 
de Produtos em Elaboração.
 
Rotação do Estoque de Produtos em Elaboração = Custo de 
Produção dividido pela média dos Estoques de Produtos em 
Elaboração inicial e final.
Meta è maior rotação e menor prazo de reposição.
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•	 Rotação de Estoque de Produtos Elaborados
 
Meta è menor prazo médio e maior grau de rotação.
•	 Rotação das Contas a Receber
É a relação entre as vendas a prazo com as contas a receber.
Vendas a prazo = Venda Total - Venda à Vista
•	 VB = vendas totais
•	 VV = vendas à vista
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•	 CRi = contas a receber inicial
•	 CRf = contas a receber final
 
PM è indica o prazo médio de recebimento das contas a receber.
Observação: o prazo médio de conta a receber NÃO pode ser 
maior do que o prazo médio de financiamento de vendas, pois 
significará que a empresa não está recebendo em dia suas 
duplicatas e há muitos inadimplentes.
A inadimplência de clientes, decorrente da ineficiência nos 
processos de crédito e cobrança compromete o fluxo de caixa da 
empresa (CISCATO, 2016)
Cálculo do prazo médio de financiamento das vendas:
 Vendas: Vendas a prazo:
 30 dias è 1.000
 60 dias è 2.500
 120 dias è 3.700
 _______________
 
 7.200
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Prazo Médio de Financiamento = 4,17 + 20,83 + 61,67 = 86,67 
dias
•	 Rotação de Crédito de Fornecedores (contas a pagar)
Calcula-se, primeiramente, a rotação para obter depois o prazo 
médio de crédito com fornecedores, isto é, o prazo médio de 
contas a pagar.
O Prazo Médio:
A meta é menor grau de rotação e maior prazo médio.
Observação: comparando-se o prazo médio de recebimento de 
contas a receber é de boa política financeira que o prazo médio 
(PM) de pagamento aos fornecedores seja maior do que o 
prazo médio (PM) de recebimento de contas a receber.
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*O propósito é fixar conhecimento, sem obrigação de apresentá-lo para avaliação.
Por que numa empresa o descasamento de prazos pode denunciar dificuldades financeiras?
Que artifício uma empresa poderia adotar para melhorar o índice de participação de capitais de 
terceiros, sem que tenha havido aporte de capital pelos sócios, geração de lucro ou pagamento de 
dívida?
Qual relação se pode estabelecer entre prazo médio de pagamento das compras e prazo médio de 
financiamento das vendas?
Qual relação se pode estabelecer entre prazo médio de recebimentos das vendas com prazo médio 
de pagamento a fornecedores?
PARA SUA REFLEXÃO
Antes de dar continuidades aos seus estudos 
é fundamental que você acesse sua SALA 
DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” 
ATIVIDADES.
ATIVIDADE
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Há complexidades técnicas na análise financeira de balanços, ou 
em qualquer outra demonstração financeira tomada para essa 
finalidade! Essa afirmação acentua a importância da Contabilidade 
Gerencial e suas características diferenciais e específicas para 
cada caso, o que, por analogia, também valoriza o contador 
gerencial e o seu grau de especialização. Esse profissional se 
verticaliza como um Controller que além de produzir informações, 
materializa valores que são incorporados à instituição. O caminho 
que leva a produção de resultados, tendo o suporte das ferramentas 
técnicas abordadas. Esse foi o arranjo que norteou nossos estudos 
até aqui. 
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Elementos Contábeis de Gestão Industrial
 
Neste Eixo, vamos perpassar recursos gerenciais de grande 
função sobre gestão de resultados mensuráveis (ex: DRE). Vamos 
tratar de estoques e investimentos, elementos essenciais, tanto 
para medir a energia ou velocidade da realização de receitas, 
quanto para analisar a qualidade dos investimentos, os quais 
darão suporte e continuidade aos negócios de uma indústria ou 
comércio. Negócios esses estruturados sob processos, fluxos de 
produção, sistemas de custeamento, enfim, um conjunto de ações 
e técnicas indispensáveis à geração de resultados propostos no 
planejamento estratégico. 
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Demonstração dos Resultados do Exercício (DRE)
A DRE, conforme o próprio nome sugere, demonstra o resultado 
obtido pela empresa no período, isto é, o lucro ou prejuízo. É 
possível avaliar os efeitos sobre alguns eventos da situação 
financeira da empresa, se ela tem condições de quitar suas 
obrigações, e também se está apresentando lucratividade e 
eficiência em suas operações (WIZBICKI, 2017).
É importante notar que, enquanto o Balanço Patrimonial 
representa a posição da empresa em determinado momento, a 
Demonstração do Resultado acumula as receitas, os custos e as 
despesas relativas a um período de tempo, mostrando o resultado 
e possibilitando conhecermos seus componentes principais.
O resultado de uma empresa para um exercício pode ser definido 
por:
“A diferença entre as Receitas auferidas durante o exercício e 
as Despesas incorridas, que contribuíram para a formação de 
tais Receitas, ao longo do mesmo exercício.”
A seguir, temos um Demonstrativo de Resultados do Exercício 
(DRE), correspondente aos utilizados nas práticas atuais. Segundo 
a Escola Americana, os resultados são organizados em uma única 
coluna, com diversos saldos parciais destacados, segundo o 
interesse gerencial.
DEMONSTRATIVO DE RESULTADOS
RECEITA BRUTA DE PRODUTOS E SERVIÇOS $ XX
(-) Impostos faturados (XX)
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(-) Abatimentos e Devoluções (XX)
= RECEITA LÍQUIDA DE PRODUTOS E SERVIÇOS XX
(-) Custo Produtos e Serviços Vendidos (XX)
= LUCRO BRUTO XX
(-) Despesas operacionais (XX)
(-) Depreciações e Amortizações (XX)
= LUCRO DA ATIVIDADE XX
(+/-) Resultado Financeiro XX
(-) Despesa com Contas Incobráveis (XX)
= LUCRO OPERACIONAL XX
(+) Receitas Não Operacionais XX
(-) Despesas Não Operacionais (XX)
= LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR) XX
(-) Compensação de Prejuízos Acumulados (XX)
(-) Provisão para Imposto de Renda (XX)
= RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO XX
(-) Participações Estatutárias (XX)
(-) Reserva Legal (XX)
= LUCRO DO EXERCÍCIO (À DISPOSIÇÃO DOS 
ACIONISTAS)
XX
(-) Provisão para Dividendos (XX)
= RESULTADO APÓS DISTRIBUIÇÃO (LUCROS RETIDOS) XX
Tratando-se de uma empresa comercial, temos que a Receita 
Bruta consiste no conjunto de vendas à vista e a prazo, durante o 
exercício; para formar a RECEITA LÍQUIDA, os descontos e as 
devoluções são abatidos da receita, assim como os impostos 
incidentes sobre a mercadoria (ICMS, ISS, IPI) e diversos outros, 
de acordo com a atividade econômica. O Lucro Bruto éa diferença 
entre a Receita e o Custo das mercadorias vendidas.
O LUCRO DA ATIVIDADE passou a ser indicado com maior 
frequência a partir de 1996, abatendo-se do lucro bruto o custo 
operacional da loja. Neste caso, são incluídos os salários dos 
vendedores, impostos sobre a folha de pagamento, benefícios 
sociais diversos, aluguel, contas de luz, telefone, condomínio, 
imposto predial, material de embalagem, despesas com 
propaganda e marketing, etc. Se o Lucro da Atividade não for 
indicado, o mais importante será o Lucro Operacional.
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O LUCRO OPERACIONAL é obtido através das receitas e 
despesas financeiras, perdas com o não recebimento de vendas 
feitas a prazo, etc.
O LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA (LAIR) é obtido a 
partir de itens não operacionais, ou seja, não ligados ao objeto da 
empresa, como exemplo: venda de itens obsoletos, aluguel de 
espaços ociosos, etc.
O RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO é obtido do LAIR 
após deduzir o Imposto de Renda. A compensação de prejuízos 
que a empresa tenha tido em passado recente leva ao Imposto 
de Renda se calculado sobre um lucro menor.
A Provisão para imposto de renda é uma estimativa que as 
empresas fazem do imposto incidente sobre os lucros do período. 
Trata-se de uma estimativa, já que seu valor exato só é determinado 
no decorrer do ano seguinte, com o preenchimento de formulários 
específicos da Receita Federal.
O LUCRO DO EXERCÍCIO à disposição dos acionistas é obtido 
deduzindo-se as Participações Estatutárias, a Reserva Legal e 
outras Reservas. As Estatutárias são as participações de 
empregados, diretores estabelecidos no estatuto da empresa. A 
Reserva Legal retém 5 % do lucro.
O RESULTADO APÓS A DISTRIBUIÇÃO indica o aumento do 
Patrimônio Líquido após a dedução dos dividendos.
A seguir, vamos analisar duas firmas através de seus 
demonstrativos:
 Firma A Firma B
Receita de Vendas $ 20 $ 20
(-) Custo Produtos Vendidos (13) (22)
= Lucro Bruto 7 (2)
(-) Despesas Operacionais (10) (1)
= Prejuízo do Exercício (3) (3)
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Conclusão: embora as firmas tenham terminado o exercício com 
receitas e prejuízos iguais, a Firma A, em princípio, encontra-se 
em uma situação menos grave, pois seu prejuízo é decorrente das 
despesas operacionais em excesso, o que pode ser mais 
facilmente resolvido com ações administrativas enérgicas. Já a 
Firma B demonstra que o seu prejuízo é decorrente de um alto 
custo dos produtos, o que implica numa solução mais complexa 
de ser resolvida.
OBSERVAÇÃO: o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) nas 
empresas comerciais é obtido por meio de um demonstrativo 
auxiliar, qual seja:
Estoque Inicial $ XX
+ Compras Realizadas XX
= Estoque Disponível XX
(-) Estoque Final (XX)
= Custo das Mercadorias Vendidas XX
ATENÇÃO: Em razão da capacidade de identificação 
de resultados, a DRE constitui ferramenta gerencial 
de grande valor para o gestor financeiro e, não raro, 
é tema recorrente no cotidiano profissional ou no 
ambiente acadêmico, por exemplo, nos concursos 
públicos.
PARA SUA REFLEXÃO
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Principais Quocientes Estáticos
Esses quocientes representam o relacionamento de uma conta 
com determinado saldo, em certo momento, ou com outra conta, 
apresentando outro saldo, porém no mesmo momento. É uma 
análise vertical que não se limita às contas dentro do mesmo “lado” 
do balanço, podendo inter-relacionar contas do passivo com ativo 
e vice-versa.
Liquidez imediata
Relaciona o disponível em determinado momento com o passivo 
corrente, ou seja, de quanto dinheiro podemos dispor imediatamente 
para liquidar as dívidas de curto prazo. Este quociente será motivo 
de preocupação se sua porcentagem aumentar e não se diminuir.
Esse indicador tem significativa utilidade na análise financeira de 
instituições financeiras e de empresas que operam na compra e 
venda de mercadorias, especialmente a dinheiro.
Apenas para efeito de fixação de conhecimento, partir dos 
conhecimentos pronunciados na Unidade 6, busque informações 
reais de uma empresa (pode ser uma microempresa) em jornais, 
revistas ou qualquer outra publicação e, com base no MODELO 
DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO, tente 
montar a referida demonstração e apurar o resultado da empresa 
escolhida.
SAIBA MAIS
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Liquidez Corrente
Relaciona o que possuímos em reais no curto prazo para o 
pagamento de cada real de dívida no curto prazo.
Liquidez Seca
É um quociente significativo com os prazos médios de contas a 
receber e a pagar assemelhados. Eliminando os estoques do 
numerador, anula-se um fator de incerteza.
A partir desses quocientes, os estudiosos chegam à conclusão de 
que não existe uma receita de bolo ou fórmula para se resolver os 
problemas. Caberá ao analista estudar a empresa de forma 
individual, como o médico ao tratar os pacientes, embora 
alguns apresentem os mesmos sintomas, precisam de 
cuidados diferenciados, pois são diferentes.
O analista deve buscar o equilíbrio e ter opiniões fundamentadas 
sobre o rumo a ser tomado.
As empresas devem ter a característica do equilíbrio, isto é, se ela 
vem apresentando quocientes de rentabilidade ótimos e de liquidez 
péssimos ou maus, esta empresa está numa situação pior que 
outra que apresenta quocientes de rentabilidade e de liquidez 
apenas razoáveis.
Rentabilidade (Retorno sobre o Investimento - RSI)
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Um aspecto importante está relacionado com o giro do ativo, ou 
quantas vezes o ativo girou como resultado ou efeito das vendas:
A taxa de retorno operacional será:
Quociente de Retorno sobre o Investimento Operacional = Margem 
Operacional X Giro do Ativo Operacional, simplificando-se temos:
A composição desta taxa de retorno é influenciada pela margem 
de lucro em relação às vendas e pelo giro do ativo.
Suponha duas empresas A e B:
 Empresa A Empresa B
Vendas Líquidas $ 150.000.000,00 $ 187.500.000,00
Ativo Médio Operacional $ 60.000.000,00 $ 93.750.000,00
 
Lucro Líquido Operacional $ 15.000.000,00 $ 23.437.500,00
Para a Empresa A, a taxa de retorno será:
Margem Operacional = $ 15.000.000,00 / $ 150.000.000,00 = 0,10 
VEZES
Giro do Ativo = $ 150.000.000,00 / $ 60.000.000,00 = 2,5 ou 25 %
Para a empresa B, a taxa de retorno será de:
Margem X Giro = Taxa de Retorno è 0,125 X 2,00 = 25 %
Conclusão: duas empresas com margens e giro diferentes 
obtiveram o mesmo retorno.
Recursos Gerenciais para Tomada de Decisões
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Contabilidade de custos
É a área da Contabilidade que trata dos gastos 
incorridos na produção de bens e serviços. A Contabilidade 
de Custos pode ser dividida em: Contabilidade Industrial e 
Contabilidade de Serviços.
Contabilidade Industrial
É a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos 
na produção industrial, como no caso da fabricação de peças para 
veículos.
Em sentido estrito, são custos apenas os gastos realizados no 
departamento de produção.
Contabilidade de Serviços
É a área da Contabilidade de Custos que trata dos gastos incorridos 
na prestação de serviços, como no caso da prestação de serviços 
hospitalares, escolares, bancários, etc.
A atividade comercial e a atividade industrial
O controle dos estoques na empresa comercial é relativamente 
fácil. Basta que se verifique, nos documentos de compras, o valor 
de aquisição dos bens em estoque. Com esse recurso, podemos 
também controlar o custo das mercadorias vendidas e, assim, 
apurar o resultado.
Na apuração do custo das mercadorias vendidas, podemos utilizar 
o sistema de inventário periódico ou o permanente.
www.esab.edu.br 62
No sistema de inventário periódico, o CMV só é apurado no final 
de um período determinado, normalmente no final do exercício: 
CMV = EI + C - EF.
No sistema de inventário permanente, o CMV é apurado em cada 
venda.
De forma simplificada, a apuração do resultado na empresa 
comercial é feita do seguinte modo:
As mercadorias entregues aos clientes têm o seu valor de aquisição 
registrado comocusto das mercadorias vendidas.
Mercadorias em Estoque → CMV
Na empresa industrial, precisamos controlar os insumos que são 
aplicados na produção (material direto, mão-de-obra direta e 
gastos gerais de fabricação) para determinar o valor dos estoques 
de produtos em elaboração e acabados e o custo dos produtos 
vendidos.
De forma simplificada, a apuração do resultado na empresa 
industrial é feita do seguinte modo:
www.esab.edu.br 63
O CPV, Custo dos Produtos Vendidos, representa os custos de 
fabricação dos produtos acabados que foram entregues aos 
clientes, em virtude das vendas (a soma das matérias-primas, 
embalagens, mão-de-obra direta e dos gastos gerais de fabricação, 
ou custos indiretos de fabricação, aplicados aos produtos).
Matérias-primas → Produtos em Elaboração → Produtos 
Acabados → CPV
 
 
Conclusão
Ainda que não tenhamos nesta Unidade aprofundado esses 
estudos, tomando apenas conceitos iniciais, vimos a importância 
desses instrumentos contábeis para o gerenciamento e a obtenção 
de resultados nas três esferas: industrial, comercial e de serviços. 
A seguir, vamos trabalhar ainda mais os estoques e a contabilidade 
de custos.
Importância da Contabilidade no gerenciamento (se quiser emitir opinião sobre o tema, o 
que não é obrigatório, faça-o no ícone “Apoio Pedagógico” “Fórum”, onde as perguntas 
estão reproduzidas).
A gestão de negócios é algo complexo, mas pode ser satisfatoriamente executada, com 
suporte em dados regulares e respeito às boas técnicas contábeis. Com esse fundamento 
vamos analisar as premissas colocadas abaixo:
1 – Você acha que a contabilidade mantém seus limites de ação no atendimento do fisco, 
das legislações comerciais, previdenciárias e legais?
2 – Os limites indicados seriam suficientes para alcançar os objetivos da gestão empresarial? 
Caso contrário, na prática, onde sua utilidade poderia se fazer presente?
3 – Quais seriam os pressupostos básicos para a concepção de uma contabilidade voltada 
para o uso gerencial?
FÓRUM
www.esab.edu.br 64
 
OS ESTOQUES E OS INVESTIMENTOS
Os estoques na empresa comercial
Na atividade comercial, permanecem em estoque apenas os 
valores de aquisição das mercadorias ainda não vendidas. Os 
valores correspondentes a alugueis, depreciação, juros, comissões 
de vendas, honorários, salários, etc. são apropriados ao resultado 
imediatamente quando incorridos.
Como regras, não existem valores agregados ao gasto com 
aquisição das mercadorias. Em outras palavras, os gastos que 
não dizem respeito à compra das mercadorias não são estocados.
Os estoques na empresa industrial
Na atividade industrial, permanecem em estoque os valores de 
aquisição das matérias-primas e demais insumos de produção 
aplicados à fabricação dos produtos mantidos em estoque.
São apropriados ao resultado, como custo dos produtos vendidos, 
apenas os valores aplicados à fabricação dos produtos vendidos. 
Assim, temos a “estocagem” dos salários, depreciação e demais 
gastos relativos à produção, durante o período em que os produtos 
forem mantidos em estoque.
Se um produto fabricado permanece em estoque, o seu valor 
corresponde a:
Matéria-prima + embalagem e outros materiais diretos + mão-de-
obra direta + gastos gerais de fabricação.
www.esab.edu.br 65
Entende-se por gastos gerais de fabricação os custos indiretos de 
fabricação, como é o caso da energia elétrica consumida na 
produção, da depreciação das máquinas industriais e do aluguel 
da fábrica.
O patrimônio da empresa industrialO patrimônio pode ser 
considerado como o conjunto de bens, direitos e obrigações de 
uma determinada pessoa, avaliáveis economicamente (em 
moeda). Em sentido jurídico, patrimônio é o complexo de relações 
jurídicas de uma pessoa, que possam ser avaliadas 
economicamente.
A identificação dos elementos que compõem o patrimônio diz 
respeito ao seu aspecto qualitativo, enquanto a mensuração 
desses elementos, a identificação em valores monetários, diz 
respeito ao aspecto quantitativo. A Contabilidade se ocupa dos 
dois aspectos: da identificação dos elementos patrimoniais 
(aspecto qualitativo) e da mensuração, da indicação do valor em 
moeda, desses itens (aspecto quantitativo).
Origens ou fontes de recursos
Quanto às origens ou fontes, os recursos 
podem ser próprios ou de terceiros.
Os recursos ou capitais próprios são representados pelo patrimônio 
líquido, traduzindo, basicamente, o excesso do ativo sobre as 
obrigações com terceiros.
Representam o acervo líquido patrimonial na hipótese de liquidação 
da sociedade (capital social) e dos resultados gerados pela 
atividade empresarial.
www.esab.edu.br 66
Os recursos ou capitais de terceiros indicam as dívidas ou 
obrigações com terceiros.
As dívidas decorrentes das atividades normais da indústria são 
denominadas débitos de funcionamento, como é o caso das 
obrigações junto a fornecedores de matérias-primas, dos salários 
não pagos, das contribuições previdenciárias, dos impostos.
Já as obrigações contraídas para a obtenção de recursos a serem 
utilizados nas atividades usuais, são denominadas débitos de 
financiamento, normalmente representados por empréstimos e 
financiamentos bancários e por dívidas contraídas na emissão de 
debêntures.
Os investimentos na indústria
O ativo é igual à soma dos recursos próprios com os recursos de 
terceiros, representando as aplicações de recursos.
As aplicações, ou ativo, podem ser divididas em: bens fixos, 
material de uso ou consumo, bens de venda, bens numerários e 
de renda, créditos de funcionamento e créditos de financiamento.
Bens fixos: representam as aplicações em bens de uso 
permanente (tempo de vida útil acima de um ano), necessários à 
manutenção das atividades da empresa. Podem ser tangíveis ou 
intangíveis.
Entre os tangíveis, temos: edificações de uso, terrenos de uso, 
máquinas, equipamentos, ferramentas, móveis e utensílios. São 
intangíveis: marcas, patentes, despesas diferidas, concessões de 
serviços públicos. As indústrias têm como característica um 
elevado nível de imobilização.
Materiais de uso ou consumo: são os bens de consumo não 
durável (vida útil de até um ano) ou de valor pouco representativo, 
como é o caso do material de escritório, de limpeza, de manutenção 
e conservação (parafusos, pregos, peças de reposição que não 
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sejam incorporáveis ao imobilizado, etc.). Apesar de serem 
destinados ao uso, não são bem fixos, por não preencherem os 
requisitos de tempo de vida útil e valor.
Bens de venda: são aqueles que a indústria mantém em constante 
rotatividade no desempenho de suas atividades de produção e 
comercialização. É o caso das matérias-primas, embalagens, 
produtos em fabricação, produtos acabados. Há quem entenda 
que as matérias-primas e embalagens não são bens de venda, 
preferindo classificá-las como bens circulantes.
Bens numerários: são as disponibilidades financeiras, como o 
dinheiro em caixa, em conta corrente bancária de livre 
movimentação, aplicações de liquidez imediata, cheques em 
cobrança.
Bens de renda: são aplicações estranhas às atividades normais 
da empresa, mas que podem gerar rendas. É o caso de imóveis 
para aluguel e participações no capital de outras companhias.
Créditos de funcionamento: são as contas a receber, os 
adiantamentos concedidos e valores a compensar decorrentes 
das atividades normais da empresa. É o caso das duplicatas a 
receber por vendas a prazo de mercadorias, dos adiantamentos 
aos fornecedores de mercadorias, do ICMS e IPI a recuperar.
Créditos de financiamento: são as contas a receber, 
adiantamentos concedidos e valores a compensar decorrentes 
das operações estranhas às atividades da empresa. É o caso de 
empréstimos a diretores e adiantamentos a acionistas.
TERMINOLOGIA UTILIZADA NA CONTABILIDADE DE CUSTOS
A falta de uma linguagem-padrão provoca grandes dificuldades no 
estudo da Contabilidade, inclusive da Contabilidade de Custos. 
Podemos encontrar diversas palavras e expressões novas ou os 
mesmos termos com significados

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