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Ética Jurídica Deontologia Jurídica: aplicação da Ética no âmbito do Direito Moderno 1. Deontologia ORIGEM ETIMOLÓGICA DA DEONTOLOGIA → vocábulos gregos “déon” ou “deontos” com significado de dever ou obrigação e “logos”, que pode ser discurso ou tratado. Portanto, além da deontologia ser conhecida como tratado ou conjunto de deveres e da moral, também pode ser compreendida como ciência do dever e da obrigação. FINALIDADE → O termo “Deontologia” foi introduzido pelo filósofo e jurista Jeremy Bentham, o qual propôs tratar a ética como fundamento do dever e das normas. A Deontologia, deste modo, tem como fim modelar o exercício de determinados grupos de profissionais. ✓ Percebe-se que a Deontologia se assemelha à Ética, onde o seu intuito é buscar constituir e adequar as normas morais existentes. ✓ Nos dias atuais, pode-se conhecer a Deontologia como a “Ética Profissional”, instituto utilizado como ferramenta de diversas áreas profissionais, tendo o objetivo justamente de suplementar as ações dos homens, evitando-se que estes atuem de forma incorreta e injusta um para com os outros. ✓ Importa assinalar, nesse sentido, que os Códigos de Ética foram criados com o fito de se ter uma prestação de serviço plena e confiável em relação às suas relações pessoais e sociais, reforçando a importância da aplicação da ética e da moral. CONCLUSÃO → a Deontologia tem a função de regulamentar certos grupos profissionais englobando a ética e a moral na sua prática. O professor Luiz Lima Langaro (20080 dispõe acerca do conceito de Deontologia Jurídica, a saber: "Podemos, então, dizer que, etimologicamente, o conceito de deontologia é a "ciência dos deveres" ou simplesmente "tratado de deveres". Consequentemente, Deontologia Jurídica é a disciplina que trata dos deveres e dos direitos dos agentes que lidam com o Direito, isto é, dos advogados, dos juízes e dos promotores de justiça, e de seus fundamentos éticos e legais”. (Grifou-se) Para melhor compreensão acerca da Deontologia Jurídica, assim dispõe Nalini (2009): "(...) a deontologia jurídica há de compreender e sistematizar, inspirada em uma ética profissional, o status dos distintos profissionais e seus deveres específicos que dimanam das disposições legais e das regulações deontológicas, aplicadas à luz dos critérios e valores previamente decantados pela ética profissional. Por isso, há que distinguir os princípios deontológicos de caráter universal (probidade, desinteresse, decoro) e os que resultam vinculados a cada profissão jurídica em particular: a independência e imparcialidade do juiz, a liberdade no exercício profissional da advocacia, a promoção da justiça e a legalidade cujo desenvolvimento corresponde ao Ministério Público etc." Vale exemplificar a importância da ética profissional no exercício dos operadores do Direito: ✓ Juiz → O juiz é uma das figuras que deve atuar inteiramente com a Deontologia Jurídica, pois ao julgar um processo o que estará em jogo serão os interesses de um particular, muitas vezes com extrema necessidade, como casos de vida ou morte. ✓ Promotor Público→ a figura do promotor também é inteiramente importante que atue com probidade, uma vez que este tem como papel principal a fiscalização da fiel execução da lei, ou seja, deverá atuar com lealdade, transparência e com respeito tanto à Carta Magna e as demais legislações presentes no ordenamento jurídico brasileiro, quanto aos seus colegas (juízes e defensores). ✓ Defensor Público → terá ele o papel de assegurar os direitos dos assistidos hipossuficientes que não possuem condições financeiras para custear um advogado particular. ✓ Advogado → O Código de Ética e Disciplina da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em seu Capítulo I “Das Regras Deontológicas Fundamentais”, no seu artigo 2° dispõe: → Art. 2º O advogado, indispensável à administração da Justiça, é defensor do Estado democrático de direito, da cidadania, da moralidade pública, da Justiça e da paz social, subordinando a atividade do seu Ministério Privado à elevada função pública que exerce. Parágrafo único. São deveres do advogado: ✓ I – preservar, em sua conduta, a honra, a nobreza e a dignidade da profissão, zelando pelo seu caráter de essencialidade e indispensabilidade; ✓ II – atuar com destemor, independência, honestidade, decoro, veracidade, lealdade, dignidade e boa-fé; ✓ III – velar por sua reputação pessoal e profissional; ✓ IV – empenhar-se, permanentemente, em seu aperfeiçoamento pessoal e profissional; ✓ V – contribuir para o aprimoramento das instituições, do Direito e das leis;"
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