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Introdução A hipertensão é definida como uma pressão arterial sistólica contínua maior do que 140 mmHg e/ou uma pressão sanguínea diastólica contínua maior do que 90 mmHg. A hipertensão resulta do aumento do tônus do músculo liso arteriolar vascular periférico, que leva ao aumento da resistência arteriolar e à redução da capacitância do sistema venoso. Na maioria dos casos, a causa do aumento do tônus vascular é desconhecida Embora muitos pacientes não tenham sintomas, a hipertensão crônica pode causar doença cardíaca e acidente vascular encefálico (AVE), as principais causas de morte no mundo. A hipertensão também é um fator de risco importante no desenvolvimento de doença renal crônica e insuficiência cardíaca. A morbidade e a mortalidade diminuem significativamente quando a hipertensão é diagnosticada precocemente e tratada de modo adequado. Pressão Arterial (PA) PA = DC x RVP - DC é o Débito Cardiaco - RVP é Resistencia Vascular Periférica Ou seja, o aumento de um desses aspectos vai ocasionar no aumento da Pressão Arterial. Caso aconteça alguma alteração, há a ativação do Barorreflexo. O que é o barorreflexo. Os barorreceptores são sensores de pressão, localizados nas paredes do seio carotídeo e do arco aórtico. Eles transmitem informações sobre a pressão arterial aos centros vasomotores cardiovasculares no tronco encefálico. Os barorreceptores do seio carotídeo são reativos aos aumentos ou diminuições da pressão arterial, enquanto os barorreceptores do arco aórtico são principalmente sensíveis aos aumentos da pressão arterial. Eles funcionam como mecanorreceptores, que percebem a variação da pressão arterial por meio do estiramento. O aumento da pressão arterial causa aumento do estiramento dos barorreceptores e aumento da frequência de disparo dos nervos aferentes. O contrário ocorre com a redução da pressão arterial. Importante salientar que os barorreceptores são muito sensíveis às variações de pressão e a velocidade de variação da pressão. O ESTÍMULO MAIS FORTE PARA O BARORRECEPTOR É A MUDANÇA RÁPIDA NA PRESSÃO ARTERIAL. A sensibilidade dos barorreceptores pode ser alterada por doença, como a hipertensão arterial crônica. DC = VS x FC - VS é o Volume Sistólico - FC é a Frequência cardíaca O volume sistólico é influenciado pelo Inotropismo (capacidade de contração da musculatura cardíaca) A Frequência Cardíaca é influenciada pelo cronotropismo (alteração no ritmo cardíaco) O Tônus vascular sofre influencias do SN simpático e do Sistema Renina Angiotensina Aldosterona Sistema RAA Os rins são responsáveis pelo controle da pressão arterial ajustando o volume sanguíneo. Os barorreceptores nos rins respondem à pressão arterial reduzida (e à estimulação simpática de adrenoceptores β1), liberando a enzima renina. Ingestão baixa de sódio e aumento da perda de sódio também tornam maior a liberação de renina. Essa peptidase converte angiotensinogênio em angiotensina I, que é convertida, por sua vez, em angiotensina II na presença da enzima conversora de angiotensina (ECA). A angiotensina II é um vasoconstritor circulante potente, que contrai arteríolas e veias, resultando no aumento da pressão arterial. A angiotensina II exerce ação vasoconstritora preferencial nas arteríolas eferentes do glomérulo renal, aumentando a filtração glomerular. Além disso, a angiotensina II estimula a secreção de aldosterona, levando ao aumento da reabsorção renal de sódio e ao aumento do volume sanguíneo, o que contribui para o aumento adicional da pressão arterial. Esses efeitos são mediados pela estimulação dos receptores da angiotensina II tipo 1 (AT1). Classificação da hipertensão A hipertensão arterial pode ser primária ou secundária Primária = é considerada um distúrbio poligênico na qual não se sabe a origem, mas, normalmente, devido ao estilo de vida da pessoa, pode apresentar essa doença Secundária = se apresenta devido a consequência de outra patologia (também pode ocorrer devido a uso de fármacos como anticoncepcionais e anti- inflamatórios não esteroides) Alvos Terapêuticos Sistema renal – Diuréticos, Inibidores da conversão de Angiotensina e Bloqueadores dos Receptores de Angiotensina Sistema cardiovascular – Betabloqueadores Sistema vascular – Antagonistas de Calcio - Betabloqueadores no Coração = bloqueadores Simpáticos (ação periférica); vai diminuir a força e o ritmo da contração cardíaca (inotropismo e cronotropismo negativos, redução do debito cardíaco) - Diuréticos e IECA nos Rins = vão reduzir o volume sanguíneo - Bloq. Simpáticos de ação periférica; bloqueadores dos canais de cálcio; IECA; vasodilatadores orais na Musculatura Lisa = vai relaxar os músculos lisos presente nos vasos sanguíneos (reduz a Resistencia Periférica Total) - Bloq. Simpáticos de ação central e Betabloqueadores que atravessam a barreira encefálica (Propanolol) no SNC = reduz o refluxo simpático, reduzindo o DC e a RPT -------------------------------------------------------------- Inibidores do Sistema RAA A angiotensina 2 é considerada um grande vilão para o desenvolvimento de diversas doenças pois ela: - Em nível vascular ela pode promover a vasoconstrição, que aumenta a RPT - No tecido cardíacos causa efeitos tróficos que podem levar a remodelagem cardíaca promovendo hipertrofia cardíaca - No SNC temos o aumento do Efluxo simpático (aumento da produção de catecolaminas); diminui a sensibilidade do baroreflexo; efeito dipsogênico (sensor da sede); aumenta a liberação da vasopressina (ADH). Tudo isso aumenta o PA - Nos rins vai haver o aumento da reabsorção de água e sódio 1. Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina IECA Captopril, Enalapril, Lisinopril e Benazepril São recomendados como tratamento de primeira escolha contra hipertensão em pacientes com uma variedade de indicações, incluindo risco alto de doença coronária ou história de diabetes, AVE, insuficiência cardíaca, infarto do miocárdio ou doença renal crônica Ação: - Diminuem a pressão arterial reduzindo a resistência vascular periférica sem aumentar reflexamente o débito, a frequência ou a contratilidade cardíaca, pois vão bloquear a conversão de Angiotensina 1 para a 2 - Vai aumentar a vasodilatação pois sem a enzima conversora de angiotensina, não há degradação de bradicinina. A bradicinina aumenta a produção de prostaciclinas que são vasodilatadores!! - Reduzindo os níveis de angiotensina II circulante, os IECAs também diminuem a secreção de aldosterona, resultando em menor retenção de sódio e água. Uso terapêutico: Tem efeito nefroprotetor, reduz e evita a hipertrofia ventricular e reduz a rigidez vascular - Os IECAs retardam a progressão da nefropatia diabética e diminuem a Albuminuria - Podem resultar da diminuição da pressão intraglomerular devido à vasodilatação da arteríola eferente - São usados no cuidado de pacientes após infarto do miocárdio e são fármacos de primeira escolha no tratamento de pacientes com disfunções sistólicas insuficiência cardíaca, os pacientes hipertensos com doença renal crônica e os pacientes com risco elevado de doença arterial coronariana - O tratamento crônico com IECAs obtém redução sustentada da pressão arterial, regressão da hipertrofia ventricular esquerda e prevenção do remodelamento ventricular, após infarto do miocárdio Reações adversas - Tosse Seca (decorrente do aumento dos níveis de bradicinina e substância P na árvore pulmonar e melhora dentro de poucos dias após a interrupção) - Modificações no Paladar - Reações de hipersensibilidade Cutânea - Em Insuficiência Renal Crônica, deve haver um cuidado pois leva a uma Hiperpotassemia; - Na hipertensão renovascular bilateralou um Rim vai elevar as quantidades de Ureia e Creatinina, mas depois passa - Com o uso de diuréticos, pode haver a Hipotensão Postural Interações medicamentosas - A mais comum é com o uso de Diuréticos e Bloqueadores de Canais de Calcio = aumenta a ação hipertensiva dos IECA - Deve-se ter cuidado com o Uso de Poupadores de Potássio pois pode causar Hipercalemia a. Captopril Muito utilizado em pacientes hipertenso com doenças renovasculares; Tem ação de 8hrs Efeitos adverso – erupção cutânea, distúrbios do paladar, neutropenia e proteinúria, também pode acometer tosses secas! depois do Captopril, foi sintetizado o Enalapril, Lisinopril, Benazepril, Fosinopril, Moexipril, Perindopril, Quinapril, Parimpril, Trandolapril... - Todos causam a tosse seca = as vezes leva ao paciente desistir ao tratamento - Às vezes, a troca do fármaco é para um Bloqueador do receptor da angiotensina -------------------------------------------------------------- 2. Bloqueadores do Receptor de ANG-II Os BRAs como losartana e irbesartana são alternativas aos IECAs. Esses fármacos bloqueiam os receptores AT1, diminuindo a sua ativação pela angiotensina II; sendo mais eficiente que os IECAS Seus efeitos farmacológicos são similares aos dos IECAs por produzirem dilatação arteriolar e venosa e bloqueio da secreção de aldosterona, reduzindo, assim, a pressão arterial e diminuindo a retenção de sal e água, e Hiperpotassemia Os BRAs não aumentam os níveis de bradicinina. Eles podem ser usados como fármacos de primeira escolha para o tratamento da hipertensão, especialmente em pacientes com forte indicação de diabetes, insuficiência cardíaca ou doença renal crônica. Os efeitos adversos são semelhantes aos dos IECAs, embora o risco de tosse e angioedema seja significativamente menor. Os BRAs não devem ser associados com IECA para o tratamento da hipertensão devido à similaridade de mecanismo e de efeitos adversos. Estes fármacos também são teratogênicos e não devem ser usados em gestantes. Losartana, Valsartana, Irbersatana, Candesartana, Telmisartana e Olmesartana Outros fármacos que interferem no eixo SRAA 3. Betabloqueadores Os β-bloqueadores são opção de tratamento para pacientes hipertensos com doença ou insuficiência cardíaca concomitante Os β-bloqueadores reduzem a pressão arterial primariamente diminuindo o débito cardíaco. Eles também podem diminuir o efluxo simpático do sistema nervoso central (SNC) e inibir a liberação de renina dos rins, reduzindo, assim, a formação de angiotensina II e a secreção de aldosterona. - bloqueia recep B1 e 2 = Propanolol - seletivos de B1 = Metoprolo, Atenolol e Nebivolol Os β-bloqueadores seletivos devem ser administrados cautelosamente em pacientes hipertensos que também têm asma. Os β-bloqueadores não seletivos, como propranolol e nadolol, são contraindicados devido ao bloqueio da broncodilatação mediada por β2. Os β-bloqueadores devem ser usados com cautela no tratamento de pacientes com insuficiência cardíaca aguda ou doença vascular periférica. 4. Inibidores da Renina O inibidor seletivo da renina, alisquireno, está disponível para o tratamento da hipertensão. O alisquireno inibe diretamente a renina e, assim, atua mais precocemente no sistema renina- angiotensina-aldosterona do que os IECAs ou os BRAs . Ele reduz a pressão arterial com eficácia similar à dos BRAs, IECAs e tiazídicos. O alisquireno não deve ser usado rotineiramente associado com IECA ou BRA. O alisquireno pode causar diarreia, especialmente em doses altas, e pode causar também tosse e angioedema, mas possivelmente menos do que com IECAs. Como os IECAs e os BRAs, o aliquireno é contraindicado durante a gestação. O aliquireno é biotransformado pela CYP3A4 e é sujeito a interações de fármacos. Diuréticos Diuréticos são fármacos que aumentam o volume de urina excretado. A maioria dos diuréticos são inibidores dos transportadores renais de íons e diminuem a reabsorção de Na+ em diferentes partes do néfron. Como resultado, os íons Na+ e outros, como o Cl– , entram na urina em quantidades maiores do que a quantidade normal juntamente com água, que é carregada passivamente para manter o equilíbrio osmótico. Assim, os diuréticos aumentam o volume de urina e frequentemente alteram seu pH, bem como a composição iônica da urina e do sangue. A eficácia diurética das diferentes classes varia consideravelmente, com o aumento da secreção de Na+ variando de menos de 2% para os diuréticos fracos, poupadores de potássio, até mais de 20% para os potentes diuréticos de alça. Além dos inibidores do transporte de íons, outros tipos de diuréticos incluem os osmóticos, os antagonistas da aldosterona e os inibidores da anidrase carbônica. Os diuréticos são usados mais comumente para o manejo da retenção anormal de líquido (edema) ou para o controle da hipertensão - Tem efeitos leves - Associados a outros fármacos = mais um beta bloqueador - Bastante utilizado em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, pois, há uma retenção hídrica - Tiazídicos (Clortalidona, Hidroclorotiazi da Indapamida) - Diuréticos de Alça, os mais potentes (Furosemida, Ac etacrínico e Piretanida) - Poupadores de K+ (Espironolactona, Amilorida e Triantereno a. Tiazídicos Os tiazídicos são os diuréticos mais amplamente utilizados. Eles são derivados das sulfonamidas. Todos os tiazídicos afetam o túbulo contorcido distal, e todos apresentam efeito diurético máximo semelhante, diferindo somente em potência. Inibem a reabsorção de Na+, conseguem inibir a reabsorção em até 5% do Na+ Filtrado. Os tiazídicos são algumas vezes denominadas diuréticos de teto baixo, pois o aumento da dosagem, acima da dose terapêutica normal, não promove resposta diurética adicional. Hidroclorotiazida, Clortalidona e Indapamina (SR) Reações Adversas - Hipopotassemia - + Hipomagnesemia Podem levar a Arritimias Ventriculares - Aumento do Ácido úrico, causando crises de Gota - Intolerância a glicose, quem tem diabetes não dá pra usar, não é recomendado... - Hipertrigliceridemia b. Diuréticos de Alça Bumetanida, furosemida, torsemida e ácido etacrínico têm sua ação diurética principal no ramo ascendente da alça de Henle. Entre todos os diuréticos, esses fármacos apresentam a maior eficácia na mobilização de Na+ e Cl– do organismo. Eles produzem quantidade de urina abundante. A furosemida é a mais usada do grupo. Bumetanida e torsemida são muito mais potentes do que a furosemida, e o seu uso está aumentando. O ácido etacrínico é raramente usado, devido ao perfil dos efeitos adversos. - Os mais potentes - Age na alça de Henle onde ocorrer 20% da reabsorção de Calcio - Uso em pacientes de Edema pulmonar, Cirrose, Nefrose, IRC, hipercalcemia e Hipertensão em nefropatas Efeitos adversos: Alcalose metabólica (diminui o pH da Urina), crise de Gota (hiperuricemia), ototoxicidade, hipersensibilidade, distúrbios TGI (sangramento), Desidratação, hipocalemia. c. Poupadores de Potássio Os diuréticos poupadores de potássio atuam no túbulo coletor inibindo a reabsorção de Na+ e a excreção de K+. O principal uso dos poupadores de potássio é no tratamento da hipertensão (mais frequente em associação com um tiazídico) e da insuficiência cardíaca (antagonistas da aldosterona). É extremamente importante que os níveis de potássio sejam monitorados atentamente em pacientes tratados com diuréticos poupadores de potássio. Esses diuréticos devem ser evitados em pacientes com disfunção renal devido ao aumento do risco de hiperpotassemia. Nesta classe, há fármacos com dois mecanismos de ação distintos: os antagonistas da aldosteronae os bloqueadores dos canais de sódio. Amilorida e triantereno (inibidores do transporte de sódio epitelial nos ductos distais e coletores), bem como espironolactona e eplerenona (antagonistas de receptor da aldosterona), reduzem a perda de potássio na urina. A aldosterona tem a vantagem adicional de diminuir a remodelação cardíaca que ocorre na insuficiência cardíaca. Os diuréticos poupadores de potássio são usados algumas vezes associados aos diuréticos de alça e aos tiazídicos para reduzir a espoliação do potássio causada por esses diuréticos - Vão agir no ducto coletor e túbulo distal - Fracos - Antagonista da aldosterona = Espironolactona, indicada para cirrose, com efeito colateral de hirsutismo, impotência sexual e ginecomastia em Homens. Amilorida e Triamtereno, se ligam aos canais de sódio e usados em associação com outros fármacos - São usados em associação com Tiazídicos e diuréticos de alça - Efeitos adversos = Hiperpotassemia (principalmente em IRC) Bloqueadores dos Receptores Adrenérgicos Vem sendo atualmente substituído pelos IECAs e BRA, mas seguem sendo utilizados São antagonistas competitivos dos receptores B- Adrenérgicos em nível de tecido cardíaco, vascular e pulmonar Podem ser, seletivos, não seletivos e mistos. Labetalol e carvedilol bloqueiam os receptores α1, β1 e β2. O carvedilol, embora eficaz como anti-hipertensivo, é usado principalmente no tratamento da insuficiência cardíaca. O carvedilol, bem como o succinato de metoprolol e o bisoprolol, revelaram-se capazes de reduzir a morbidade e a mortalidade associadas à insuficiência cardíaca. O labetalol é usado no tratamento da hipertensão gestacional e em emergências hipertensivas Os betas bloqueadores podem causar - Depressão - Insônia e pesadelos - Astenia - Disfunção sexual - Bradicardia exagerada, e bloqueio A-V - Vasoconstrição periférica - Broncoespasmo - Intolerância a glicose, hipertrigliceridemia e baixo HDL - NÃO usar em Asmáticos, DPOC doença pulmonar obstrutiva crônica, BA-V Bloqueadores dos Adrenoceptores Alfa Prazosina, doxazosina e terazosina produzem bloqueio competitivo de adrenoceptores α1. Eles diminuem a resistência vascular periférica e reduzem a pressão arterial, relaxando os músculos lisos de artérias e veias. Esses fármacos causam mudanças mínimas no débito cardíaco, no fluxo sanguíneo renal e na velocidade de filtração glomerular. Por isso, não ocorre taquicardia no tratamento prolongado, mas sim retenção de sal e água. Taquicardia reflexa e hipotensão postural ocorrem com frequência no início do tratamento e com o aumento da dose, exigindo lenta titulação do fármaco em doses divididas. Devido aos resultados fracos e ao perfil de efeitos adversos, os α- bloqueadores não são recomendados no tratamento inicial da hipertensão há muito tempo, mas podem ser usados para casos refratários. Outros α1- bloqueadores, com maior seletividade para o músculo da próstata, são usados no tratamento da hiperplasia prostática benigna - Baixa eficácia em monoterapia - Ao longo do uso pode gerar uma tolerância Efeitos adversos - Efeito de primeira dose = tontura, cefaleia, lassidão - Hipotensão postural - Taquicardia - Retenção de liquido - Impotência sexual - Obstrução nasal - Diarreia Adrenérgicos de ação central Reduzem os impulsos nervosos do SNC para o SN Periférico Simpático - Alfametildopa (muito usado em pacientes gestantes), Guanabenzo e Clonidina Agonista de receptores Alfa 2 adrenérgicos, atuam na área C1 da parte rostral da medula ventrolateral e no núcleo do trato solitário Atua centralmente, produzindo inibição dos centros vasomotores simpáticos e diminuindo a estimulação simpática para a periferia. Isso leva à redução da resistência periférica total e à diminuição da pressão arterial. - Moxonidina e Rilmenidina são agonistas de receptores Imidazólicos, atuam na região ventrolateral da medula, muito usados em pacientes muito resistentes a outros fármacos anti hipertensivos. (ela literalmente só leu) Metildopa Metildopa é um α2-agonista que é convertido em metilnorepinefrina no SNC, causando diminuição do efluxo adrenérgico. Os efeitos adversos mais comuns da metildopa são sedação e sonolência. Seu uso é limitado devido aos efeitos adversos e à necessidade de múltiplas dosificações diárias. É usada principalmente para o tratamento da hipertensão na gestação, por ter registros de segurança. - Estimula os receptores Alfa2 – tronco cerebral - Diminui o fluxo simpático do SNC - Metabolizada pelo SNC a metilnoradrenalina Efeitos adversos e toxicidade - Sedação e depressão - Redução da acuidade mental / esquecimento - Distúrbios do sono - Cefaleia - Impotência, diarreia, visão embaçada, bradicardia - Raramente causa anemia falciforme Bloqueadores dos Canais de Cálcio Os BCCs são uma opção de tratamento recomendado para hipertensos com diabetes ou angina. Doses elevadas de BCCs de curta duração devem ser evitadas devido ao maior risco de infarto do miocárdio por vasodilatação excessiva e acentuada estimulação cardíaca reflexa. - Utilizados comumente em idosos acima de 60 anos para o tratamento de hipertensão pois reduzem a mortalidade pela hipertensão - O cálcio é fundamental para excitação das células de diversos tecidos como o cardíaco Mecanismo: - Diminui a quantidade de cálcio na musculatura lisa dos vasos, reduzindo a resistência vascular periférica Eficácia: - Diminui os níveis de hipertensão leve e moderada - Diminui a morbidade = mortalidade cardiovascular em idosos. - Vão agir seletivamente nos canais de cálcio o que vai reduzir a entrada de cálcio intracelular Uso Clinico: - Anti-hipertensivo - Angina - Infarto do miocárdio - Antiarrítmico (verapamil) Sub grupos 1. Difenilalquilaminas O verapamil é o único representante dessa classe disponível nos EUA. O verapamil é o menos seletivo dos BCCs e apresenta efeitos significativos nas células cardíacas e no músculo liso vascular. Ele é usado também no tratamento da angina e das taquiarritmias supraventriculares, bem como para prevenir a enxaqueca e a cefaleia em salvas 2. Benzotiazepínico: O diltiazem é o único membro dessa classe que está aprovado nos EUA atualmente. Como o verapamil, o diltiazem afeta tanto as células cardíacas quanto as do músculo liso vascular, mas apresenta efeito inotrópico cardíaco negativo menos pronunciado comparado ao efeito do verapamil. O diltiazem apresenta um perfil de efeitos adversos favorável. 3. Di-hidropiridinas: Esta classe de BCCs inclui nifedipino (o protótipo), anlodipino, felodipino, isradipino, nicardipino e nisoldipino. Esses fármacos diferem na farmacocinética, nos usos aprovados e nas interações farmacológicas. Todas as di- hidropiridinas apresentam muito maior afinidade pelos canais de cálcio vasculares do que pelos canais de cálcio do coração. Elas são, por isso, particularmente benéficas no tratamento da hipertensão. As di-hidropiridinas têm a vantagem de interagir pouco com outros fármacos cardiovasculares, como a digoxina ou a varfarina, que são frequentemente usados em conjunto com BCCs 4. Antagonistas do Canal T Mibefradil (é literalmente só isso o que ela fala gente, mulher sem noção) Ação: A concentração intracelular de cálcio tem um papel importante na manutenção do tônus da musculatura lisa e na contração do miocárdio. O cálcio entra nas células musculares através de canais de cálcio voltagem- -sensíveis. Isso dispara a liberação de cálcio do retículo sarcoplasmático e da mitocôndria, aumentando adicionalmente o nível de cálcio citosólico. Os antagonistas de canais de cálcio bloqueiam a entrada de cálcio por se ligarem aoscanais de cálcio do tipo L no coração e nos músculos lisos dos vasos coronarianos e arteriolares periféricos. Isso causa o relaxamento do músculo liso vascular, dilatando principalmente as arteríolas. Os BCCs não dilatam veias. - Inotropismo Negativo nas Células Cardíacas, ou seja, reduz a força de contração cardíaca - Relaxa o musculo liso arterial e não afeta a pré- carga cardíaca - Os efeitos hemodinâmicos são a diminuição da Resistencia vascular coronariana o que induz no aumento do fluxo sanguíneo coronariano Vasodilatores de Ação Direta Os relaxantes de músculos lisos de ação direta, como a hidralazina e o minoxidil, não são usados como fármacos primários no tratamento da hipertensão. Esses vasodilatadores produzem relaxamento do músculo liso vascular, primariamente em artérias e arteríolas. Isso resulta em diminuição da resistência periférica e, por isso, da pressão arterial. Esses fármacos produzem estimulação reflexa do coração, resultando em aumentos reflexos da contratilidade miocárdica, da frequência cardíaca e do consumo de oxigênio. Essas ações podem causar angina pectoris, infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca em indivíduos predispostos. Os vasodilatadores também aumentam a concentração plasmática de renina, causando retenção de sódio e água. Esses efeitos indesejados podem ser bloqueados pelo uso concomitante de um diurético e um β-bloqueador. Por exemplo, a hidralazina é administrada quase sempre em associação com um β-bloqueador, como propranolol, metoprolol ou atenolol (para compensar a taquicardia reflexa), e um diurético (para reduzir a retenção de sódio). Juntos, os três fármacos diminuem o débito cardíaco, o volume plasmático e a resistência vascular periférica. A hidralazina é uma medicação aceita no controle da hipertensão induzida pela gestação. Os efeitos adversos do tratamento com hidralazina incluem cefaleia, taquicardia, náusea, sudoração, arritmia e precipitação de angina. Uma síndrome semelhante ao lúpus pode ocorrer com doses elevadas, mas é reversível com a interrupção do uso do fármaco. O tratamento com minoxidil causa hipertricose (crescimento dos pelos do corpo). Atualmente, esse fármaco é usado topicamente no tratamento da calvície masculina padrão - Hidralazina = aumenta o GMPc - Minoxidil = hiperpolarização, diminui a descarga e diminui o calcio Emergência Hipertensiva A emergência hipertensiva requer imediata redução da pressão arterial com tratamento administrado por via IV para prevenir ou limitar a lesão orgânica. É usada uma variedade de fármacos, incluindo BCCs (nicardipina e clevidipina), vasodilatadores de óxido nítrico (nitroprussiato e nitroglicerina), antagonistas adrenérgicos (fentolamina, esmolol e labetalol), o vasodilatador hidralazina e o agonista da dopamina fenoldopam. O tratamento é direcionado pelo tipo de lesão do órgão-alvo e/ou pelas comorbidades presentes EMERGENCIAS dgdgkçldkgçlksdçlgkçlsdkg
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