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estatuto 
e
ética
Capa
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Sumário
→ Quadros da OAB: Páginas 01 e 02
→ Tipos de Inscrição: Páginas 02 e 03
→ Licença e Cancelamento da Inscrição: Páginas 03 e 04
→ Impedimento e Incompatibilidade: Páginas 04 e 05
→ Macete - Impedimento e Incompatibilidade: Página 06
→ Exceções ao Macete: Páginas 07 e 08
→ Atividade Incompatível, Conduta Incompatível, Inidoneidade Moral e Crime Infamante: Página 09
→ Direitos dos Advogados: Páginas 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16
→ Direitos das Advogadas: Página 17
→ Atos Privativos de Advocacia: Páginas 17 e 18
→ Atos dos Estagiários: Página 19
→ Atos Nulos: Página 19
→ Responsabilidade Funcional do Advogado: Páginas 20, 21 e 22
→ Infrações e Sanções Disciplinares: Páginas 22, 23 e 24
→ Macete - Exceção - Infrações e Sanções Disciplinares: Página 25
→ Reabilitação e Reabilitação Criminal: Página 26
→ Sociedade de Advogados: Páginas 26, 27 e 28
→ Advogado Empregado: Páginas 28 e 29
→ Honorários Advocatícios: Páginas 29 e 30
→ Advocacia pro bono: Páginas 30 e 31
→ Órgãos da OAB: Páginas 31, 32, 33, 34, 35 e 36
→ Eleições e Mandatos: Páginas 36 e 37
→ Medalha Rui Barbosa: Página 37
→ Processo Disciplinar: Páginas 38 e 39
→ Publicidade: Páginas 39 e 40
→ Tribunal de Ética e Disciplina: Página 40
Stickers: FreePik
Sumário
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 01
QUADROS DA OAB
A OAB é formada por dois grandes quadros:
a) Advogados: Art. 8º, EAOAB:
a.1) Inscrição: Para inscrição nos quadros de 
advogados é necessário:
→ Capacidade civil plena (atingida aos 18 anos);
Obs: É presumida.
→ Diploma ou certidão de graduação em Direito, 
obtido em instituição de ensino oficialmente 
autorizada e credenciada;
Atenção: Art. 8º, II, EAOAB c/c art. 23, RG: 
Exige histórico escolar na ausência do diploma. 
Sendo assim, se o diploma não estiver pronto, 
exige-se a certidão de graduação em Direito + 
histórico escolar.
→ Título de eleitor e quitação do serviço militar, 
se brasileiro;
→ Aprovação no Exame de Ordem;
→ Não exercer atividade incompatível com a 
advocacia;
→ Idoneidade moral;
Obs: É presumida.
→ Prestar compromisso perante o Conselho.
Obs: Características do Juramento: Solene, 
personalíssimo e indelegável.
a.2) Advogado Estrangeiro: Existem dois 
provimentos que dispõe acerca do advogado 
estrangeiro, quais sejam: 
Provimento 91/2000: Advogado estrangeiro 
poderá fazer no Brasil consultoria em Direito de 
seu país de origem, bastando uma simples 
autorização da OAB para tanto. 
Provimento 129/2008: O advogado inscrito na 
OAP (Ordem dos Advogados Portugueses) poderá 
se inscrever na OAB sem a necessidade de 
revalidar o diploma ou prestar o Exame de 
Ordem.
Obs: Trata-se da reciprocidade existente entre 
Brasil e Portugal.
a) Quadro de Advogados;
b) Quadro de Estagiários.
Quadros da OAB - Advogados - Advogado Estrangeiro
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 02
b) Estagiários: Art. 9º, EAOAB:
b.1) Inscrição: Para inscrição nos quadros de 
estagiários é necessário:
→ Estar cursando os dois últimos anos do curso 
jurídico;
→ Capacidade civil;
→ Título de eleitor e quitação do serviço militar, 
se brasileiro;
→ Não exercer atividade incompatível com a 
advocacia;
→ Idoneidade moral;
→ Prestar compromisso perante o conselho.
b.2) Duração: Art. 35, RG: Até três anos.
b.3) Local da Inscrição: Art. 9º, § 2º, EAOAB: 
Será feita no Conselho Seccional da OAB do 
estado onde o estagiário estuda.
Obs: O estagiário só poderá ter um tipo de 
inscrição, qual seja a de estagiário.
TIPOS DE INSCRIÇÃO
a) Principal: Art. 10, EAOAB: Trata-se da primeira 
inscrição feita pelo advogado.
A inscrição principal do advogado deve ser feita 
no Conselho Seccional em cujo território 
pretende estabelecer o seu domicílio profissional, 
na forma do Regulamento Geral.
Atenção: O advogado poderá fazer a inscrição 
principal em qualquer Estado, desde que afirme 
que é naquele Estado que irá estabelecer seu 
domicílio profissional.
a) Principal;
b) Suplementar;
c) Por Transferência.
DOMICÍLIO PROFISSIONAL
Art. 10, § 1º, EAOAB: 
Considera-se domicílio profissional a 
sede principal da atividade de 
advocacia, prevalecendo, na dúvida, o 
domicílio da pessoa física do 
advogado.
Quadros da OAB - Estagiários - Tipos de Inscrição
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 03
b) Suplementar: Art. 10, § 2º, EAOAB: Além da 
principal, o advogado deve promover a inscrição 
suplementar nos Conselhos Seccionais em cujos 
territórios passar a exercer habitualmente a 
profissão, considerando-se habitualidade a 
intervenção judicial que exceder cinco causas por 
ano.
b.1) Critérios de Habitualidade:
1º Critério: Ter mais de cinco causas por ano em 
estado distinto daquele de sua inscrição principal.
2º Critério: Quando o advogado abrir uma filial do 
seu escritório em outro estado. 
Obs: Art. 15, § 5º, EAOAB: O ato de constituição 
de filial deve ser averbado no registro da 
sociedade e arquivado junto ao Conselho Seccional 
onde se instalar, ficando os sócios obrigados à 
inscrição suplementar.
c) Por Transferência: Art. 10, § 3º, EAOAB: No 
caso de mudança efetiva de domicílio profissional
para outra Unidade Federativa, deve o advogado 
requerer a transferência de sua inscrição para 
o Conselho Seccional correspondente.
LICENÇA E CANCELAMENTO DA 
INSCRIÇÃO
a) Licença: Art. 12, EAOAB: O advogado será 
licenciado nas hipóteses do art. 12, EAOAB e 
cessados os motivos que acarretaram a licença, 
voltará a advogar com o mesmo número de 
inscrição.
a.1) Hipóteses de Licenciamento:
→ Assim o requerer, por motivo justificado;
→ Passar a exercer, em caráter temporário, 
atividade incompatível com o exercício da 
advocacia; Ex: Prefeito, Governador, Presidente 
da República.
→ Sofrer doença mental considerada curável.
O advogado poderá advogar 
ilimitadamente onde obtiver a 
inscrição principal e de forma 
limitada em todo o território 
brasileiro, pois se o indivíduo 
advogar de forma habitual em 
outro Estado, surge a obrigação de 
fazer uma inscrição suplementar.
Não contam:
→ Advocacia extrajudicial, como por 
exemplo, fazer parecer jurídico e 
acompanhamento de processo judicial;
→ Advocacia nos Tribunais Superiores ou 
Interestaduais;
→ Acompanhamento de carta 
precatória;
→ Impetração de habeas corpus.
Tipos de Inscrição - Licença e Cancelamento da Inscrição
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 04
b) Cancelamento: Art. 11, EAOAB: Quando a 
inscrição é cancelada, o advogado volta a ser 
bacharel em Direito e caso o mesmo retorne aos 
quadros da OAB, terá novo número de inscrição.
Obs: O número antigo não se restaura, ficando 
para dados históricos da OAB.
b.1) Hipóteses de Cancelamento:
→ Basta requerer, não havendo necessidade de 
justificativa;
→ Sofrer penalidade de exclusão;
→ Falecer; 
Obs: Nesse caso, a OAB poderá cancelar de 
ofício.
→ Passar a exercer, em caráter definitivo, 
atividade incompatível com a advocacia;
Obs: O concurso público pressupõe definitividade.
→ Perder qualquer um dos requisitos 
necessários para inscrição.
IMPEDIMENTO E 
INCOMPATIBILIDADE
a) Conceito: Art. 27, EAOAB: A incompatibilidade
determina a proibição total, e o impedimento, a 
proibição parcial do exercício da advocacia.
b) Incompatibilidade: 
1) Definitiva: A incompatibilidade pode ter caráter 
definitivo acarretando o cancelamento da 
inscrição.
2) Temporária: A incompatibilidade temporária 
gera licença.
b.1) Casos de Incompatibilidade: Art. 28, EAOAB: 
A advocacia é incompatível, mesmo em causa 
própria, com as seguintes atividades:
→ Chefe do Poder Executivo e membros da 
Mesa Poder Legislativo e seus substitutos legais;
Obs: Chefe do Poder Executivo: Presidente da 
República, Governador e Prefeito, bem como os 
vices, mesmo queestes não estejam em 
atuação.
→ Membros de órgãos do Poder Judiciário, do 
Ministério Público, dos Tribunais e Conselhos de 
Contas, dos Juizados Especiais, da Justiça de Paz, 
Juízes Classistas, bem como de todos os que 
exerçam função de julgamento em órgãos de 
deliberação coletiva da administração pública 
direta e indireta;
Atenção: Membro ≠ Servidor. 
→ Ocupantes de cargos ou funções de direção 
em Órgãos da Administração Pública direta ou 
indireta, em suas Fundações e em suas 
Empresas Controladas ou concessionárias de 
serviço público;
Obs: Concessionárias de Serviço Público: Diretor 
da Oi, Vivo, etc.
→ Ocupantes de cargos ou funções vinculados 
direta ou indiretamente a qualquer órgão do 
Poder Judiciário e os que exercem serviços 
notariais e de registro;
Licença e Cancelamento da Inscrição - Impedimento e Incompatibilidade
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 05
→ Ocupantes de cargos ou funções vinculados 
direta ou indiretamente a atividade policial de 
qualquer natureza;
Ex: PM, PC, PRF, PFE.
Obs: A Guarda Municipal está ligada 
indiretamente à atividade policial.
→ Militares de qualquer natureza, na ativa;
→ Ocupantes de cargos ou funções que 
tenham competência de lançamento, 
arrecadação ou fiscalização de tributos e 
contribuições parafiscais;
→ Ocupantes de funções de direção e gerência 
em instituições financeiras, inclusive privadas.
Obs: Gerentes e diretores de bancos.
c) Impedimento: Art. 30, EAOAB: São impedidos 
de exercer a advocacia:
→ Os servidores da Administração Direta, 
Indireta e Fundacional, contra a Fazenda Pública 
que os remunere ou à qual seja vinculada a 
entidade empregadora;
→ Os membros do Poder Legislativo, em seus 
diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas 
jurídicas de direito público, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundações 
públicas, entidades paraestatais ou empresas 
concessionárias ou permissionárias de serviço 
público.
Impedimento e Incompatibilidade
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 06
MACETE
INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO
OBSERVAÇÕES
→ Sempre que for regime 
estatutário ou celetista, 
ocorrerá o cancelamento.
→ Sempre que for 
mandato eletivo ou cargo 
exonerável ad nutum, 
ocorrerá a licença.
Macete - Incompatibilidade e Impedimento
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 07
EXCEÇÕES AO MACETE
INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO
1ª Exceção: Art. 28, I, “in fine”, EAOAB: Membros da Mesa do Poder Legislativo são incompatíveis.
Obs: Trata-se de incompatibilidade temporária, neste caso, gerando licença.
2ª Exceção: Art. 30, § único, EAOAB: Professor do curso de Direito é livre para advogar.
Obs: Em regra, os professores públicos podem advogar, menos contra a Fazenda que os remunera. 
Contudo, professor de Direito pode advogar livremente, inclusive contra a Fazenda que o remunera.
3ª Exceção: Art. 28, § 2º, EAOAB: Diretores sem poder de decisão e coordenadores acadêmicos do 
curso de Direito não são incompatíveis.
Atenção: Não há incompatibilidade, contudo, há impedimento.
O Distrito Federal 
acumula funções 
Estaduais e Municipais, 
por esse motivo 
denomina-se Câmara 
Legislativa.
Exceções - Incompatibilidade e Impedimento
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 08
EXCEÇÕES AO MACETE
INCOMPATIBILIDADE E IMPEDIMENTO
4ª Exceção: Art. 29, EAOAB: Procurador Geral tem exclusividade para o desempenho do cargo.
Atenção: Todos os Advogados Públicos devem ter carteira da OAB.
5ª Exceção: Art. 28, II, EAOAB c/c ADI 1.127-8: Advogado também ocupa a função de Juiz Eleitoral pode 
advogar.
Obs: Como não existe concurso público para Juiz Eleitoral, Juízes de Direito irão cumular essas funções, 
não podendo estes advogar. Contudo, os advogados que cumulam a função eleitoral poderão advogar.
EXEMPLOS
→ Presidente da República: Alto escalão: Incompatibilidade temporária (Licença).
→ Investigador da Polícia Civil: Baixo escalão: Incompatibilidade definitiva (Cancelamento).
→ Desembargador: Alto escalão: Incompatibilidade definitiva (Cancelamento).
→ Técnico Judiciário: Baixo escalão: Incompatibilidade definitiva (Cancelamento).
→ Tabelião: Alto escalão: Incompatibilidade definitiva (Cancelamento).
→ Escrevente de Cartório Extrajudicial: Baixo escalão: Incompatibilidade definitiva (Cancelamento).
→ Deputado Federal: Alto escalão: Pode advogar, menos contra ou a favor da Administração Pública.
→ Vereador: Alto escalão: Pode advogar, menos contra ou a favor da Administração Pública.
→ Auxiliar Administrativo do INSS: Baixo escalão: Sobra, ou seja, pode advogar, menos contra a Fazenda 
que o remunera. 
→ Auditor Fiscal da Receita Federal: Alto escalão: Concurso público gera cancelamento.
Exceções - Incompatibilidade e Impedimento - Exemplos
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 09
ATIVIDADE INCOMPATÍVEL
Art. 28, EAOAB: Trata-se de uma expressão que 
está ligada à vida profissional do indivíduo, 
acarretando a proibição total do exercício da 
advocacia.
Obs: O rol do art. 28 do EAOAB é um rol 
taxativo.
CONDUTA INCOMPATÍVEL
Art. 34, § único, EAOAB: Trata-se de uma 
expressão que está ligada à vida social/pessoal 
do indivíduo, exigindo a lei habitualidade da 
conduta para sua configuração. 
O advogado que praticar conduta incompatível 
sofrerá punição de suspensão.
Ex: Embriaguez habitual, toxicomania habitual, 
pratica reiterada de jogos de azar não 
autorizados por lei, incontinência pública e 
escandalosa.
Obs: O rol do art. 34, § único, EAOAB é um rol 
exemplificativo.
INIDONEIDADE MORAL
Trata-se de uma expressão que está ligada à 
vida social/pessoal do indivíduo, sendo está mais 
grave que a situação anterior. Sendo assim, 
basta que seja praticada uma única vez, 
acarretando a mesma punição de exclusão.
Atenção: Para que ocorra a exclusão, deverá ter 
o voto de 2/3 de todos os membros do Conselho 
competente.
CRIME INFAMANTE
Trata-se de um crime que causa má fama, não 
possuindo conceito penal, mas sim um conceito 
ético e moral. Normalmente são infrações que o 
advogado comete no exercício da profissão.
Ex: Advogado envolvido no crime de estelionato. 
Obs: O crime infamante é um exemplo de 
inidoneidade moral, por esse motivo, acarreta a 
exclusão se tiver o voto de 2/3 de todos os 
membros do Conselho competente.
Atividade Incompatível - Conduta Incompatível - Inidoneidade Moral - Crime 
Infamante
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 10
Art. 7°, EAOAB: São direitos do advogado:
I - Exercer, com liberdade, a profissão em todo 
o território nacional.
Obs: Atentar-se a inscrição principal e 
suplementar. 
II - A inviolabilidade de seu escritório ou local de 
trabalho, bem como de seus instrumentos de 
trabalho, de sua correspondência escrita, 
eletrônica, telefônica e telemática, desde que 
relativas as exercício da advocacia.
Obs: Trata-se de inviolabilidade relativa, uma vez 
que, poderá ocorrer a quebra da mesma.
Art. 6°, EAOAB: Não há hierarquia nem 
subordinação entre advogados, 
magistrados e membros do Ministério 
Público, devendo todos tratar-se com 
consideração e respeito recíprocos.
Parágrafo Único: As autoridades, os 
servidores públicos e os serventuários 
da justiça devem dispensar ao 
advogado, no exercício da profissão, 
tratamento compatível com a dignidade 
da advocacia e condições adequadas a 
seu desempenho.
Art. 7°, § 6°, EAOAB: Presentes 
indícios de autoria e materialidade da 
prática de crime por parte do 
advogado, a autoridade judiciária 
competente poderá decretar a 
quebra da inviolabilidade de que trata o 
inciso II do caput deste artigo, em 
decisão motivada, expedindo mandado 
de busca e apreensão, específico e 
pormenorizado, a ser cumprido na 
presença de representante da OAB, 
sendo, em qualquer hipótese, vedada a 
utilização dos documentos,das mídias 
e dos objetos pertencentes a clientes 
do advogado averiguado, bem como 
dos demais instrumentos de trabalho 
que contenham informações sobre 
clientes.
Exceção: Art. 7º, § 7º, EAOAB: Se o 
cliente do advogado estiver sendo 
investigado pelo mesmo crime que deu 
causa à quebra de sigilo.
Direitos dos Advogados
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 11
Importante: O STF entende que se o 
representante da OAB não comparecer na data 
e hora marcada, a polícia poderá cumprir o 
mandado de busca e apreensão mesmo sem a 
presença do mesmo.
III - Comunicar-se com seus clientes, pessoal e 
reservadamente, mesmo sem procuração, 
quando estes se acharem presos, detidos ou 
recolhidos em estabelecimentos civis ou militares, 
ainda que considerados incomunicáveis.
IV - Ter presença de representante da OAB, 
quando preso em flagrante, por motivo ligado ao 
exercício da advocacia, para lavratura do auto 
respectivo, sob pena de nulidade e, nos demais 
casos, a comunicação expressa à seccional da 
OAB;
V - Não ser recolhido preso, antes de sentença 
transitada em julgado, senão em sala de Estado 
Maior, com instalações e comodidades condignas, 
assim reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em 
prisão domiciliar.
VI - Ingressar livremente:
→ Nas salas de sessões dos tribunais, mesmo 
além dos cancelos que separam a parte 
reservada aos magistrados;
→ Nas salas e dependências de audiências, 
secretarias, cartórios, ofícios de justiça, serviços 
notariais e de registro, e, no caso de delegacias e 
prisões, mesmo fora da hora de expediente e 
independentemente da presença de seus 
titulares;
Art. 7º, § 3º, EAOAB: O advogado 
somente poderá ser preso em flagrante, 
por motivo de exercício da profissão, em 
caso de crime inafiançável, observado o 
disposto no inciso IV deste artigo.
OBSERVAÇÕES
→ O STF entendeu que a expressão 
“assim reconhecidas pelas OAB” é 
inconstitucional.
→ Salas de Estado Maior são 
aquelas destinadas a oficiais militares.
Direitos dos Advogados
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 12
INCONSTITUCIONAL: IX - Sustentar 
oralmente as razões de qualquer recurso ou 
processo (1), nas sessões de julgamento, após o 
voto do relator (2), em instância judicial ou 
administrativa, pelo prazo de quinze minutos, 
salvo se prazo maior for concedido. (ADI 1.127-8)
Atenção: Conforme dispõe o Novo Código de 
Ética e Disciplina, nos processos disciplinares da 
OAB, a sustentação oral será feita APÓS o voto 
do relator. 
Atenção: Se o examinador perguntar de acordo 
com o Estatuto, a sustentação oral ocorre 
ANTES do voto do relator, ao passo que, se for 
de acordo com o Novo Código de Ética e 
Disciplina, deverá ocorrer APÓS.
→ Em qualquer edifício ou recinto em que 
funcione repartição judicial ou outro serviço 
público onde o advogado deva praticar ato ou 
colher prova ou informação útil ao exercício da 
atividade profissional, dentro do expediente ou 
fora dele, e ser atendido, desde que se ache 
presente qualquer servidor ou empregado;
→ Em qualquer assembleia ou reunião de que 
participe ou possa participar o seu cliente, ou 
perante a qual este deva comparecer, desde 
que munido de poderes especiais.
Obs: Deverá estar munido de procuração com 
poderes especiais.
VII - Permanecer sentado ou em pé e retirar-se 
de quaisquer locais indicados no inciso anterior, 
independentemente de licença
VIII - Dirigir-se diretamente aos magistrados nas 
salas e gabinetes de trabalho, 
independentemente de horário previamente 
marcado ou outra condição, observando-se a 
ordem de chegada.
Obs: Direito que o advogado possui de despachar 
com o Juiz a qualquer momento.
.
JÁ CAIU
É direito do advogado, 
não do estagiário.
(1) Quando o STF julgou a ADI 1.127-8
entendeu que não se trata de qualquer 
recurso ou processo, mas sim, aqueles 
recursos em que haja previsão legal 
de sustentação oral.
(2) O STF entende que a sustentação 
oral deverá ocorrer antes do voto do 
relator, pois uma vez que se inicia o 
julgamento com o voto do relator, não 
se pode parar para que o advogado 
faça sustentação oral.
Direitos dos Advogados
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 13
Súmula Vinculante 14: É direito do defensor, no 
interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em 
procedimento investigatório realizado por órgão 
com competência de polícia judiciária, digam 
respeito ao exercício do direito de defesa.
X - Usar da palavra, pela ordem, em qualquer 
juízo ou tribunal, mediante intervenção sumária, 
para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em 
relação a fatos, documentos ou afirmações que 
influam no julgamento, bem como para replicar 
acusação ou censura que lhe forem feitas.
XI - Reclamar, verbalmente ou por escrito, 
perante qualquer juízo, tribunal ou autoridade, 
contra a inobservância de preceito e lei, 
regulamento ou regimento.
XII - Falar, sentado ou em pé, em juízo, tribunal 
ou órgão de deliberação coletiva da 
Administração Pública ou do Poder Legislativo.
XIII - Examinar, em qualquer órgão dos Poderes 
Judiciário e Legislativo, ou da Administração 
Pública em geral, autos de processos findos ou 
em andamento, mesmo sem procuração, quando 
não estejam sujeitos a sigilo, assegurada a 
obtenção de cópias, podendo tomar 
apontamentos.
XIV - Examinar, em qualquer instituição 
responsável por conduzir investigação, mesmo 
sem procuração, autos de flagrante e de 
investigações de qualquer natureza, findos ou em 
andamento, ainda que conclusos à autoridade, 
podendo copiar peças e tomar apontamentos, 
em meio físico ou digital.
Art. 7º, § 10, EAOAB: Nos autos sujeitos a 
sigilo, deve o advogado apresentar 
procuração para o exercício dos direitos 
de que trata o item acima.
Art. 7º, § 11, EAOAB: No caso previsto 
no item acima, a autoridade 
competente poderá delimitar o acesso 
do advogado aos elementos de prova 
relacionados a diligências em 
andamento e ainda não documentados 
nos autos, quando houver risco de 
comprometimento da eficiência, da 
eficácia ou da finalidade das diligências.
Ex: Interceptação Telefônica.
(Vide Súmula Vinculante 14)
Direitos dos Advogados
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 14
XV - Ter vista dos processos judiciais ou 
administrativos de qualquer natureza, em 
cartório ou na repartição competente, ou retirá-
los pelos prazos legais.
XVI - Retirar autos de processos findos, mesmo 
sem procuração, pelo prazo de dez dias.
XVII - Ser publicamente desagravado, quando 
ofendido no exercício da profissão ou em razão 
dela.
Obs: Ofensas de caráter pessoal, religioso, 
doutrinário ou político não são de competência da 
OAB.
Obs: A OAB poderá fazer uma representação 
contra o ofensor ou ainda, uma notícia de crime.
Art. 7º, § 12, EAOAB: A inobservância 
aos direitos estabelecidos no item 
acima, o fornecimento incompleto de 
autos ou o fornecimento de autos em 
que houve a retirada de peças já 
incluídas no caderno investigativo 
implicará responsabilização criminal e 
funcional por abuso de autoridade do 
responsável que impedir o acesso do 
advogado com o intuito de prejudicar 
o exercício da defesa, sem prejuízo 
do direito subjetivo do advogado de 
requerer acesso aos autos ao Juiz 
competente.
Art. 7º, § 1º, EAOAB: Não se aplica o 
disposto nos itens acima:
a) Aos processos sob segredo de 
justiça;
b) Quando existirem nos autos 
documentos originais de difícil 
restauração ou ocorrer circunstância 
relevante que justifique a permanência 
dos autos no cartório, secretaria ou 
repartição, reconhecida pela autoridade 
em despacho motivado, proferido de 
ofício, mediante representação ou a 
requerimento da parte interessada;
c) Até o encerramento do 
processo, ao advogado que 
houver deixado de 
devolver os respectivosautos no prazo legal, e só 
o fizer depois de intimado.
Direitos dos Advogados
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
Página 15
Obs: Via de regra, o desagravo público será feito 
no Conselho Seccional. Contudo, se o advogado 
for ofendido em uma comarca do interior, o 
desagravo será feito por uma Subseção.
XVIII - Usar os símbolos privativos da profissão de 
advogado.
XIX - Recursar-se a depor como testemunha em 
processo no qual funcionou ou deva funcionar, ou 
sobre fato relacionado com pessoa de quem seja 
ou foi advogado, mesmo quando autorizado ou 
solicitado pelo constituinte, bem como sobre fato 
que constitua sigilo profissional.
Obs: O item acima deve ser combinado com os 
arts. 35 a 38 do CED.
XX - Retirar-se do recinto onde se encontre 
aguardando pregão para ato judicial, após trinta 
minutos do horário designado e ao qual ainda não 
tenha comparecido a autoridade que deva 
presidir a ele, mediante comunicação 
protocolizada em juízo.
Exceções: O desagravo será 
organizado pelo Conselho Federal da 
OAB quando forem ofendidos: 
Presidente de Conselho Seccional, 
Conselheiros Federais e advogados 
ofendidos com repercussão nacional. 
Importante: O Conselho Federal irá 
organizar o desagravo, contudo, os 
mesmos serão realizados nos 
respectivos Conselhos Seccionais.
EXCEÇÃO DA EXCEÇÃO
Quando o Conselheiro Federal
foi ofendido no exercício de 
suas funções, o Conselho 
Federal irá organizar e realizar
o desagravo público.
DESAGRAVO PÚBLICO
Arts. 18 e 19, RG: A OAB irá 
determinar uma data e divulgar para 
que o maior número possível de 
advogados compareça, emitindo uma 
nota de repúdio contra as ofensas 
direcionadas ao advogado. Esta nota 
será encaminhada à imprensa, 
inclusive a jornais de grande 
circulação e ao ofensor.
Direitos dos Advogados
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Importante: Se a autoridade estiver presente e 
mesmo assim as audiências estiverem atrasadas, 
o advogado é obrigado a esperar.
Item incluído pela Lei 13.245/16:
XXI - Assistir a seus clientes investigados 
durante a apuração de infrações, sob pena de 
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou 
depoimento e, subsequentemente, de todos os 
elementos investigatórios e probatórios dele 
decorrentes ou derivados, direta ou 
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da 
respectiva apuração apresentar razões e 
quesitos.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Art. 7º, § 4º, EAOAB: O Poder Judiciário e o 
Poder Executivo devem instalar, em todos os 
juizados, fóruns, tribunais, delegacias de polícia e 
presídios, salas especiais permanentes para os 
advogados, com uso e controle assegurados à 
OAB.
Importante: ADI 1.127-8: O STF, ao julgar a 
referida ação direta de inconstitucionalidade, 
entendeu que as salas poderão ser usadas, 
contudo, a expressão “controle” é 
inconstitucional.
Art. 7º, § 2º, EAOAB: O advogado tem imunidade 
profissional, não constituindo injúria, difamação ou 
desacato puníveis qualquer manifestação de sua 
parte, no exercício de sua atividade, em juízo ou 
fora dele, sem prejuízo das sanções disciplinares 
perante a OAB, pelos excessos que cometer.
Importante: O advogado não tem imunidade ao 
desacato, pois o STF entendeu que a expressão 
é inconstitucional. Sendo assim, o advogado só 
terá imunidade a injúria e a difamação.
→ Os direitos dos advogados estão 
concentrados nos arts. 6° e 7°, 
EAOAB, mas não se esgotam nos 
mesmos.
→ Direitos ≠ Prerrogativas: Direito é 
aquilo que é inerte a qualquer pessoa, 
enquanto as prerrogativas são direitos 
inerentes a determinada profissão 
para o melhor desenvolvimento da 
mesma.
→ O Estatuto tratou direitos e 
prerrogativas como sinônimos.
Direitos dos Advogados
 Estatuto e Ética
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DIREITOS DAS ADVOGADAS
Art. 7°-A, EAOAB: São direitos da advogada:
a) Gestante:
a.1) Entrada em tribunais sem ser submetida a 
detectores de metais e aparelhos de raio X;
a.2) Reserva de vaga em garagens dos fóruns 
dos tribunais.
b) Lactante, Adotante ou que der à Luz:
b.1) Acesso a creche, onde houver, ou a local 
adequado ao atendimento das necessidades do 
bebê;
c) Gestante, Lactante, Adotante ou que der à 
Luz:
a) Preferência na ordem das sustentações orais 
e das audiências a serem realizadas a cada dia, 
mediante comprovação de sua condição.
d) Adotante ou que der à Luz:
d.1) Suspensão de prazos processuais quando for 
a única patrona da causa, desde que haja 
notificação por escrito ao cliente.
Obs: Art. 7º-A, § 1º, EAOAB: Os direitos 
previstos à advogada gestante ou lactante 
aplicam-se enquanto perdurar, respectivamente, 
o estado gravídico ou o período de amamentação.
ATOS PRIVATIVOS DE ADVOCACIA
a) Atos Judiciais: 
a.1) Ius Postulandi: Art. 1º, I, EAOAB: A postulação 
a qualquer órgão do Poder Judiciário e aos 
Juizados Especiais;
Obs: ADI 1.127-8: O STF entendeu que a 
expressão “qualquer” é inconstitucional.
a.2) Exceções:
→ Juizados Especiais Cíveis: Nas causas de até 
20 salários-mínimos;
→ Impetração de habeas corpus;
→ Nos dissídios individuais, reclamante e 
reclamado podem estar sem advogados (art. 791, 
CLT).
b) Atos Extrajudiciais: Art. 1º, II, EAOAB: São 
atividades de consultoria, assessoria e direção 
jurídicas:
b.1) Consultoria: Tem por característica ser 
periódica, eventual, podendo ocorrer de forma 
verbal ou por escrito. Ocorre quando o cliente vai 
ao escritório para tirar dúvida sobre determinado 
caso, por exemplo.
b.2) Assessoria: Tem por característica ser mais 
dinâmica. Ocorre quando um advogado direciona 
uma empresa de modo a evitar problemas, por 
exemplo.
b.3) Direção Jurídica: Diretor de departamento 
jurídico de empresa deve ser um advogado.
Direitos das Advogadas - Atos Privativos de Advocacia
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Atenção: Art. 7º, RG: O cargo de gerência 
jurídica é privativo de advogado.
c) Atos e Contratos Constitutivos de Pessoas 
Jurídicas: Art. 1º, § 2º, EAOAB: Os atos e 
contratos constitutivos de pessoas jurídicas, sob 
pena de nulidade, só podem ser admitidos a 
registro, nos órgãos competentes, quando 
visados por advogados.
c.1) Exceções: 
→ Art. 9º, § 2º, LC 123/06: O item acima não 
será aplicado quando se tratar de Microempresa 
ou Empresa de Pequeno Porte.
→ Art. 2º, § único, RG: Estão impedidos de 
exercer o ato de advocacia referido neste item, 
os advogados que prestem serviços a órgãos ou 
entidades da Administração Pública direta ou 
indireta, da Unidade Federativa a que se vincule a 
Junta Comercial, ou a quaisquer repartições 
administrativas competentes para o mencionado 
registro.
OBSERVAÇÕES
→ Art. 1º, § 3º, EAOAB: É vedada a 
divulgação de advocacia em conjunto com 
outra atividade.
→ Art. 44, § 2º, EAOAB: Somente a 
Ordem dos Advogados do Brasil poderá 
usar a sigla OAB.
OBSERVAÇÕES
→ Art. 2º, EAOAB: O advogado é 
indispensável à administração da 
justiça.
→ Art. 2º, § 1º, EAOAB: No seu 
ministério privado, o advogado presta 
serviço público e exerce função 
social.
Atenção: Isso não quer dizer que o 
advogado é funcionário público.
→ Art. 2º, § 2º, EAOAB: No 
processo judicial, o advogado contribui, 
na postulação de decisão favorável ao 
seu constituinte, ao convencimento do 
julgador, e seus atos constituem 
múnus público.
Obs: Múnus público significa encargo 
público.
Atenção: Art. 2º, caput, CED: O 
advogado exerce função pública.
Atos Privativos de Advocacia
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ATOS DOS ESTAGIÁRIOS
Art. 29, RG: Os atos de advocacia, previstos no 
art. 1º do EAOAB, podem ser subscritos por 
estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o 
advogado ou o defensor público.
a) Prática de Atos Isolados: Art. 29, §§ 1º e 2º, 
RG: 
→ Art. 29, § 1º, RG: O estagiário inscrito na 
OABpode praticar isoladamente os seguintes 
atos, sob responsabilidade do advogado:
→ Retirar e devolver autos em cartório, 
assinando a respectiva carga;
→ Obter junto aos escrivães e chefes de 
secretarias certidões de peças ou autos de 
processos em curso ou findos;
→ Assinar petições de juntada de documentos a 
processos judiciais ou administrativos.
→ Art. 29, § 2º, RG: Para o exercício de atos 
extrajudiciais, o estagiário pode comparecer 
isoladamente, quando receber autorização ou 
substabelecimento do advogado.
Obs: Os atos que o estagiário praticar 
isoladamente serão de responsabilidade do 
advogado.
ATOS NULOS
São cinco grupos:
→ Pessoas não inscritas na OAB;
→ Advogados impedidos, no âmbito do 
impedimento;
→ Advogados suspensos (punição);
→ Advogados licenciados (art. 12, EAOAB), ou;
→ Que passarem a exercer atividade 
incompatível com a advocacia.
RESPONSABILIDADE FUNCIONAL DO 
ADVOGADO
O advogado, no exercício de suas funções, 
poderá ser responsabilizado em três esferas:
→ Art. 4º, EAOAB: São nulos os atos 
privativos de advogado praticados por 
pessoa não inscrita na OAB, sem 
prejuízo das sanções civis, penais e 
administrativas.
→ Art. 4º, § único, EAOAB: São 
também nulos os atos praticados por 
advogado impedido (no âmbito do 
impedimento), suspenso, licenciado ou 
que passar a exercer atividade 
incompatível com a advocacia.
Atos dos Estagiários - Atos Nulos - Responsabilidade Funcional do Advogado
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a) Responsabilidade Civil: Art. 32, EAOAB: O 
advogado que por ação ou omissão, dolo ou culpa, 
causar prejuízos ao seu cliente, será obrigado a 
reparar o dano.
b) Responsabilidade Penal: O advogado poderá ser 
punido penalmente nos casos de:
b.1) Violação do Sigilo Profissional: Art. 154, CP e 
arts. 35 a 38, NCED.
b.2) Retenção Abusiva dos Autos: Art. 356, CP e 
art. 34, XXII EAOAB.
b.3) Patrocínio Infiel: Art. 355, caput, CP.
b.4) Tergiversação e Patrocínio Simultâneo: Art. 
355, § único, CP. 
Obs: Trata-se de patrocínio sucessivo, quando o 
advogado “muda de lado”.
LIDE TEMERÁRIA
Quando o advogado, em conjunto 
com o cliente, altera a realidade 
dos fatos ao propor uma ação, o 
advogado responde por lide 
temerária e o litigante por litigância 
de má-fé.
Obs: Quando a parte é litigante de 
má-fé, ela é punida nos próprios 
autos, ao passo que, o advogado 
será punido em autos apartados. 
OBSERVAÇÕES
→ Se o advogado causar algum 
prejuízo ao seu cliente, será punido 
civilmente e pela OAB.
→ Se o advogado violar segredo 
profissional estará na interseção dos 
três grupos, podendo ser punido 
civilmente, penalmente e 
disciplinarmente.
Essas três esferas são 
independentes, contudo, há casos em 
que se o advogado for absolvido na 
esfera penal haverá repercussão nas 
outras duas esferas.
Ocorrerá quando:
→ Na esfera penal, houver negativa 
de autoria, ou seja, quando ficar 
comprovado que o advogado não 
praticou o fato, ou;
→ Quando ficar comprovado que o 
fato sequer existiu. 
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c) Responsabilidade Disciplinar: Ocorre quando o 
advogado é processado e punido pela OAB.
c.1) Infrações Disciplinares: Arts. 34 ao 41, 
EAOAB:
→ Infrações Leves: Art. 34, I ao XVI, EAOAB. 
Obs: A infração do inciso XXIX é uma infração 
típica do estagiário, sendo considerada uma 
infração leve.
→ Infrações Graves: Art. 34, XVII ao XXV, 
EAOAB.
→ Infrações Gravíssimas: Art. 34, XXVI ao XXIII, 
EAOAB
.
Obs: A advertência prevista no art. 36, § único, 
EAOAB, não é considerada sanção disciplinar. A 
mesma será registrada em livro próprio, não 
sendo registrada no assentamento
.
Obs: A advertência só será aplicada uma vez.
ASSENTAMENTO
Todos os advogados possuem uma 
ficha na OAB, denominada de 
assentamento, que nada mais é que 
uma ficha de antecedentes 
disciplinares.
Obs: Quando o advogado sofre a 
punição de censura, poderá continuar 
advogado. Só não poderá advogar nos 
casos de suspensão e exclusão.
ATENUANTES
Serão circunstâncias atenuantes 
quando o advogado: Art. 40, EAOAB:
→ For primário; 
→ Já tiver exercido com notória 
eficiência algum cargo na OAB;
→ Estiver em defesa de prerrogativa 
e por algum motivo se exceder;
→ Já prestou relevantes serviços à 
advocacia ou à causa pública.
Responsabilidade Funcional do Advogado
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c.2) Penalidades:
→ Suspensão: Varia de 30 dias a 12 meses.
Atenção: Não será convertida para censura ou 
advertência. Se houver alguma circunstância 
atenuante apenas reduz-se o tempo de 
cumprimento da suspensão para o mínimo.
Exceções: Três situações em que a suspensão 
será aplicada por tempo indeterminado: Art. 37, 
§§ 1º e 2º, EAOAB:
→ Quando o advogado estiver em débito com 
OAB: O advogado será notificado para quitar o 
débito em até 15 dias, se o mesmo não pagar e 
não fizer acordo, será processado pela OAB, 
podendo ser punido com sanção de suspensão 
até quitar o débito com juros e correção 
monetária de forma integral.
→ Quando o advogado deixar de prestar contas 
ao cliente: Será suspenso até prestar contas.
→ No caso de inépcia profissional: Quando o 
advogado comete erros reiteradas vezes, o 
advogado será suspenso até prestar novas 
provas de habilitação.
NOVAS PROVAS DE HABILITAÇÃO
Há quem entenda que seja novo Exame 
de Ordem e há quem entenda se 
tratar de um curso de reciclagem.
→ Exclusão: Penalidade mais severa que poderá 
ser aplicada pelo OAB, cancelando-se a inscrição 
do advogado.
→ Multa: Sanção acessória, pois sempre que a 
mesma for aplicada, será acompanhada de 
censura ou de suspensão quando houverem 
situações agravantes, podendo variar de 1 a 10 
anuidades.
INFRAÇÕES E SANÇÕES 
DISCIPLINARES
Constitui infração disciplinar: Art. 34, EAOAB:
a) Infrações Leves:
I - Exercer a profissão, quando impedido de 
fazê-lo ou facilitar, por qualquer meio, o seu 
exercício aos não inscritos, proibidos ou 
impedidos.
Obs: Típico caso do advogado que não pode 
advogar plenamente.
II - Manter sociedade profissional fora das 
normas e preceitos estabelecidos nesta lei.
Obs: Existem regras para as sociedades de 
advogados.
III - Valer-se de agenciador de causas, mediante 
participação nos honorários a receber.
Obs: Advogados que pagam comissões para quem 
indicar causas para os mesmos.
IV - Angariar ou captar causas, com ou sem 
intervenção de terceiros.
Responsabilidade Funcional do Advogado - Infrações e Sanções Disciplinares
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V - Assinar qualquer escrito destinado a 
processo judicial ou para fim extrajudicial que não 
tenha feito, ou em que não tenha colaborado.
Obs: Só pode assinar a petição quem a fez.
VI - Advogar contra literal disposição de lei, 
presumindo-se a boa-fé quando fundamentado 
na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em 
pronunciamento judicial anterior.
VII - Violar, sem justa causa, sigilo profissional.
Obs: Além de ser infração disciplinar é crime, 
pois viola o art. 154, CP. Contudo, se a quebra do 
sigilo profissional for embasada em justa causa, 
não haverá infração disciplinar, tampouco crime.
VIII - Estabelecer entendimento com a parte 
adversa sem autorização do cliente ou ciência do 
advogado contrário.
IX - Prejudicar, por culpa grave, interesse 
confiado ao seu patrocínio.
X - Acarretar, conscientemente, por ato 
próprio, a anulação ou a nulidade do processo em 
que funcione.
XI - Abandonar a causa sem justo motivo ou 
antes de decorridos dez dias da comunicação da 
renúncia.
XII - Recusar-se a prestar, sem justo motivo, 
assistência jurídica, quando nomeado em virtude 
de impossibilidade da Defensoria Pública.
XIII - Fazer publicar na imprensa, desnecessária 
e habitualmente,alegações forenses ou relativas 
a causas pendentes.
Obs: O advogado só poderá se manifestar de 
maneira informativa, educativa e instrucional.
XIV - Deturpar o teor de dispositivo de lei, de 
citação doutrinária ou de julgado, bem como de 
depoimentos, documentos e alegações da parte 
contrária, para confundir o adversário ou iludir o 
Juiz da causa.
XV - Fazer, em nome do constituinte, sem 
autorização escrita deste, imputação a terceiro 
de fato definido como crime.
Obs: Sempre que o advogado acusar alguém de 
crime, em nome do seu cliente, deverá ter 
documentação para tal, que normalmente se dá 
mediante procuração com poderes especiais.
XVI - Deixar de cumprir, no prazo estabelecido, 
determinação emanada do órgão ou de 
autoridade da Ordem, em matéria da 
competência desta, depois de regularmente 
notificado.
Obs: Desobedecer a OAB, sem justo motivo.
b) Infrações Graves:
XVII - Prestar concurso a clientes ou a terceiros 
para realização de ato contrário à lei ou 
destinado a fraudá-la; (Fraude)
XVIII - Solicitar ou receber de constituinte 
qualquer importância para aplicação ilícita ou 
desonesta; ($)
Infrações e Sanções Disciplinares
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XIX - Receber valores, da parte contrária ou de 
terceiro, relacionados com o objeto do mandato, 
sem expressa autorização do constituinte. ($)
XX - Locupletar-se, por qualquer forma, à custa 
do cliente ou da parte adversa, por si ou 
interposta pessoa. ($)
Obs: Tornar-se rico de forma desonesta.
XXI - Recusar-se, injustificadamente, a prestar 
contas ao cliente de quantias recebidas dele ou 
de terceiros por conta dele. ($)
XXII - Reter, abusivamente, ou extraviar autos 
recebidos com vista ou em confiança. (Reter 
Autos)
XXIII - Deixar de pagar as contribuições, multas e 
preços de serviços devidos à OAB, depois de 
regularmente notificado a fazê-lo. ($)
XXIV - Incidir em erros reiterados que evidenciem 
inépcia profissional. (Inépcia Profissional)
XXV - Manter conduta incompatível com a 
advocacia. (Conduta Incompatível)
c) Infrações Gravíssimas:
XXVI - Fazer falsa prova de qualquer dos 
requisitos para inscrição na OAB. (Falsa Prova de 
Requisito)
XXVII - Tornar-se moralmente inidôneo para o 
exercício da advocacia. (Inidoneidade Moral)
(Vide Macete - Página 25)
Infrações e Sanções Disciplinares
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Página 25
MACETE
INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
EXCEÇÃO AO MACETE
→ Art. 34, III, EAOAB: Agenciar causas, mediante participação nos honorários a receber. (Censura)
Macete - Exceção - Infrações e Sanções Disciplinares
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REABILITAÇÃO
Art. 41, EAOAB: É o instituto que visa ocultar os 
efeitos da condenação.
É permitido ao que tenha sofrido qualquer 
sanção disciplinar requerer um ano após o seu 
cumprimento a reabilitação em face de provas 
efetivas de bom comportamento.
Obs: O advogado que requerer a reabilitação não 
poderá estar respondendo outro processo na 
OAB.
REABILITAÇÃO CRIMINAL
O advogado que cumprir pena criminal poderá 
requerer a reabilitação dois anos após o término 
do cumprimento da pena.
Obs: O Juízo competente para o pedido de 
reabilitação criminal é o Juízo da condenação.
Obs: Pode-se aproveitar o tempo que ficou no 
sursis ou no livramento condicional, desde que 
estes não tenham sido revogados.
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Arts. 15 ao 17, EAOAB e arts. 37 ao 43, RG: 
a) Espécies de Advogado: 
a.1) Advogado Profissional Liberal Autônomo: 
Trata-se da forma mais antiga de se 
desenvolver a advocacia, sendo aquele que 
sozinho atende seus clientes de forma avulsa.
Obs: Não possui contrato de trabalho, tampouco 
vínculo empregatício.
a.2) Advogado Sócio (Sociedade de Advogados): 
Quando o número de causas passa a ser elevado 
e o advogado acaba por se associar a outro.
→ Sociedade Plurissubjetiva: Formada por vários 
advogados.
→ Sociedade Unisubjetiva/Unipessoal ou 
Individual: O advogado trabalha sozinho, contudo, 
irá pagar impostos mais brandos que o advogado 
profissional liberal autônomo, tendo em vista que 
este segundo é pessoa física.
a.3) Advogado Público: Deverá ter carteira da 
OAB, devendo ainda pagar anuidade e podem ser 
eleitos Presidente da OAB, bem como 
Conselheiros da OAB.
Obs: Advogados Públicos: Defensor Público, 
Procurador do Estado, Procurador do Município, 
Procurador Geral da União, Procurador da 
Fazenda Nacional, Procurador Autárquico, dentre 
outros.
a.4) Advogado Empregado: Arts. 18 a 21, EAOAB: 
É aquele advogado que preenche todos os 
requisitos caracterizadores do vínculo 
empregatício.
Obs: Requisitos: Habitualidade, onerosidade, 
pessoalidade e subordinação.
Obs: Mesmo na condição de empregado, o 
advogado mantém a sua independência técnica.
a.5) Advogado Associado: Arts. 39 e 40, RG: O 
advogado associado não é sócio, tampouco 
empregado, sendo apenas parceiro de 
determinado escritório.
Reabilitação - Reabilitação Criminal - Sociedade de Advogados
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Obs: Trata-se de um contrato de prestação de 
serviços que deve ser averbado na OAB, 
definindo-se qual o percentual que cada um 
receberá.
b) Natureza Jurídica: Os advogados poderão 
reunir-se em sociedade simples de prestação de 
serviços da advocacia.
Obs: Podendo essa sociedade ser plurissubjetiva
ou unisubjetiva.
c) Personalidade Jurídica: Para que qualquer 
sociedade adquira a personalidade jurídica, 
deverá ser feito o registro de seus atos 
constitutivos em um órgão de registro 
competente.
Obs: O único órgão competente para realizar o 
registro dos atos constitutivos de uma sociedade 
de advogados é o Conselho Seccional da OAB do 
estado onde estiver localizado o escritório. 
d) Denominações: Deverá conter o nome de pelo 
menos um sócio acrescido de uma expressão que 
indique a finalidade daquele escritório.
Obs: Não se admite nome fantasia, tampouco 
expressões mercantis.
Obs: Só poderá permanecer o nome do sócio 
falecido que der nome ao escritório se houver 
previsão contratual.
Obs: Somente advogados podem ser sócios.
e) Outras Considerações:
→ Os poderes não poderão ser outorgados à 
pessoa jurídica, mas sim de forma individual aos 
advogados.
Obs: Não é necessária uma procuração para 
cada advogado, devendo constar na mesma 
procuração os nomes dos advogados.
→ Uma mesma sociedade de advogados não 
pode patrocinar clientes com interesses opostos. 
Essa regra também vale para os casos de 
cooperação recíproca, ou seja, para advogados 
que não são sócios, mas que dividem a mesma 
sala.
ATENÇÃO
O NCPC permite que as 
intimações sejam expedidas 
em nome da sociedade, 
desde que os advogados 
assim requeiram.
OBSERVAÇÕES
→ O caso trata de uma infração 
disciplinar. 
→ Não confundir com patrocínio 
simultâneo, pois este ocorre quando o 
mesmo advogado patrocina os interesses 
do autor e do réu.
Sociedade de Advogados
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→ O advogado só pode ser sócio de um 
escritório por estado.
ADVOGADO EMPREGADO
É aquele que apresenta todos os requisitos 
caracterizadores do vínculo empregatício, quais 
sejam, a habitualidade, a onerosidade, a 
pessoalidade e a subordinação.
Art. 17, EAOAB: Além da sociedade, 
o sócio e o titular da sociedade 
individual de advocacia respondem 
subsidiária e ilimitadamente pelos 
danos causados aos clientes por 
ação ou omissão no exercício da 
advocacia, sem prejuízo da 
responsabilidade disciplinar em que 
possam incorrer.
Obs: Art. 40, RG: Acrescenta o 
advogado associado ao item acima.
Art. 18, EAOAB: A relação de 
emprego, na qualidade de 
advogado, não retira a isenção 
técnica nem reduz a 
independência profissional 
inerentes à advocacia.
Art. 19, EAOAB: O salário 
mínimo profissionaldo 
advogado será fixado em 
sentença normativa, salvo 
se ajustado em acordo ou 
convenção coletiva de 
trabalho.
Atenção: NUNCA por Lei.
Art. 20, EAOAB: A jornada de 
trabalho do advogado empregado, no 
exercício da profissão, não poderá 
exceder a duração diária de quatro 
horas contínuas e a de vinte horas 
semanais, salvo acordo ou convenção 
coletiva ou em caso de dedicação 
exclusiva.
Obs: Dedicação Exclusiva: Art. 12, RG: 
8hrs diárias.
Sociedade de Advogados - Advogado Empregado
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Obs: Honorários Sucumbenciais: São aqueles 
pagos pela parte sucumbente, ou seja, são pagos 
pela parte que perdeu ao advogado que ganhou a 
causa. Sendo assim, os honorários sucumbenciais 
são pagos diretamente ao advogado empregado 
e não à empresa. 
Obs: No caso de sociedade de advogados, os 
honorários sucumbenciais serão divididos entre 
os advogados empregados e seus empregadores.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Arts. 22 ao 26, EAOAB e arts. 48 e ss, NCED:
a) Tipos: São três os tipos de honorários:
a.1) Pactuados (Convencionados): Advogado e 
cliente pactuam determinado valor, sendo um 
valor fixo. Podendo o referido valor ser pactuado 
de forma verbal, bem como de forma escrita, 
contudo, o Código de Ética recomenda que seja 
feito por escrito.
Obs: O valor fixo é a principal característica 
desse tipo de honorários.
Obs: Nos termos do art. 24, EAOAB o contrato 
escrito é um título executivo.
a2) Arbitrados Judicialmente: São arbitrados pelo 
Juiz quando não há pactuação nenhuma entre 
cliente e advogado.
a.3) Sucumbenciais: São aqueles pagos pela parte 
vencida ao advogado da parte vencedora.
Obs: O valor dos honorários sucumbências são 
fixados pelo Juiz.
b) Pacto ou Cláusula quota litis: Trata-se de uma 
cláusula onde consta que o pagamento poderá 
ser feito com bens.
Obs: Só terá validade se for feito por escrito, 
devendo constar qual é o bem.
c) Formas Judiciais de Cobrança: No primeiro 
momento deve-se resolver o litígio de forma 
amigável, contudo, caso não seja possível, busca-
se o auxílio da justiça.
Art. 21, EAOAB: Nas causas em que 
for parte o empregador, ou pessoa 
por esta representada, os honorários 
de sucumbência são devidos aos 
advogados empregados.
Parágrafo Único. Os honorários de 
sucumbência, percebidos por advogado 
empregado de sociedade de advogados 
são partilhados entre ele e a 
empregadora, na forma estabelecida 
em acordo.
Art. 14, RG: Os honorários 
sucumbenciais poderão ir para 
um fundo especial que será 
destinado aos próprios 
advogados empregados.
Advogado Empregado - Honorários Advocatícios
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
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e) Prescrição: Art. 25, EAOAB: Prescreve em 
cinco anos ação de cobrança de honorários 
contado o prazo:
→ Do vencimento do contrato, se houver;
→ Do trânsito em julgado da decisão que os 
fixar;
→ Da última ação do serviço extrajudicial;
→ Da desistência ou transação;
→ Da renúncia ou revogação do mandato.
ADVOCACIA PRO BONO
Art. 30 NCED: No exercício da advocacia pro 
bono e ao atuar como defensor nomeado, 
convencionado ou dativo, o advogado empregará 
o zelo e a dedicação habituais de forma que a 
parte por ele assistida se sinta amparada e 
confie no seu patrocínio.
d) Elementos Éticos para Estipulação: Art. 49, 
NCED: Os honorários profissionais devem ser 
fixados com moderação, atendidos os elementos 
seguintes:
→ Relevância, vulto, complexidade e dificuldade 
das questões versadas;
→ Trabalho e o tempo a serem empregados;
→ A possibilidade de ficar o advogado impedido 
de intervir em outros casos ou de se desavir 
com outros clientes ou terceiros;
→ O valor da causa, a condição econômica do 
cliente e o proveito para ele resultante do 
serviço profissional;
→ O caráter da intervenção conforme se trate 
de serviço a cliente eventual, frequente ou 
constante;
→ O lugar da prestação do serviço conforme 
se trate do domicílio do advogado ou de outro;
→ A competência do profissional; 
→ A do foro sobre trabalhos análogos.
OBSERVAÇÕES
Existe uma tabela que fixa o valor 
mínimo dos honorários, sendo de 
competência de cada Conselho 
Seccional da OAB. Sendo assim, 
cada estado tem a sua tabela 
mínima de honorários.
Em regra, o advogado não pode 
cobrar valor que está abaixo da 
tabela, somente se houver um 
motivo plenamente justificável.
ATENÇÃO
As regras acima não são aplicadas quando 
o advogado trabalha como assistente na 
OAB, ou seja, como defensor dativo da 
OAB. O defensor dativo da OAB defende 
os advogados perante o Tribunal de Ética, 
não recebendo nada, tampouco podendo 
cobrar de forma judicial posteriormente.
Honorários Advocatícios - Advocacia pro bono
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
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a.1) Composição: Art. 51, EAOAB: Composta pelos 
Conselheiros Federais. São Conselheiros Federais:
→ Integrantes das delegações de cada Unidade 
Federativa.
Obs: São 3 integrantes de cada uma das 27 
Unidades Federativas, totalizando 81 Conselheiros 
Federais somados aos ex-presidentes que 
estiverem vivos.
→ Os ex-presidentes do próprio Conselho 
Federal, na qualidade de membros honorários 
vitalícios.
a.2) Votação: Cada delegação é composta por 
três Conselheiros Federais, tendo cada uma 
destas, direito à um voto.
Art. 30, NCED:
§ 1º: Considera-se advocacia pro bono, a 
prestação gratuita, eventual e voluntária de 
serviços jurídicos em favor de instituições sociais 
sem fins econômicos e aos seus assistidos, 
sempre que os beneficiários não dispuserem de 
recurso para contratação de profissional.
§ 2º: A advocacia pro bono pode ser exercida 
em favor de pessoas naturais que igualmente 
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo 
do próprio sustento, contratar advogado.
§ 3º: A advocacia pro bono não pode ser utilizada 
para fins político partidários ou eleitorais, nem 
beneficiar instituições que visem a tais objetivos, 
ou como instrumento de publicidade para 
captação de clientela.
ÓRGÃOS DA OAB
São quatro os órgãos da OAB: Art. 45, EAOAB:
a) Conselho Federal: Arts. 51 a 55, EAOAB e 
arts. 62 a 104, RG: Trata-se do órgão supremo, 
tendo sede na capital do País (Brasília).
Obs: O Presidente do Conselho Federal é o 
Presidente Nacional da OAB.
Obs: O Conselho Federal como órgão supremo 
julga os recursos em última instância na OAB.
Obs: Poderá alterar o Código de Ética e Disciplina 
e o Regulamento Geral. O Estatuto só poderá ser 
alterado por meio de LEI.
OBSERVAÇÕES
→ A decisão é tomada pela 
maioria dos seus inscritos.
→ Se por ventura, um dos 
membros de uma delegação não 
puder comparecer, e houver 
empate, o voto da referida 
delegação não será computado.
→ Não poderá votar a 
delegação que tiver interesse 
naquele determinado assunto.
Advocacia pro bono - Órgãos da OAB
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
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a.3) Competência do Conselho Federal da OAB: 
Art. 54, EAOAB:
Compete privativamente ao Conselho Federal:
→ Dar cumprimento às finalidades da OAB (art. 
44, EAOAB);
→ Representar em Juízo ou fora dele, os 
interesses coletivos ou individuais dos advogados;
→ Velar pela dignidade, independência, 
prerrogativas e valorização da advocacia;
→ Representar com exclusividade os advogados 
brasileiros nos órgãos e eventos internacionais 
de advocacia;
→ Editar e alterar o Regulamento Geral, o 
Código de Ética, bem como os provimentos que 
julgarem necessários;
→ Adotar medidas para assegurar o regular 
funcionamento dos Conselhos Seccionais;
VOTO DO EX PRESIDENTE
Possui o voto de desempate, ou 
seja, se após todas as delegações 
votarem e ocorrer empate, o ex-
presidente irá votar.
→ Intervir nos Conselhos Seccionais, onde e 
quando constatar grave violação desta lei ou de 
outro regulamento geral;
→ Cassar ou modificar, de ofício ou mediante 
representação,contrato de órgão ou autoridade 
da OAB contrário à está lei, ao Regulamento 
Geral, ao Código de Ética e Disciplina e aos 
provimentos, ouvida a autoridade ou o órgão em 
causa;
→ Julgar em grau de recurso as questões 
decididas pelos Conselhos Seccionais nos casos 
previstos do Estatuto e no Regulamento Geral;
→ Dispor sobre a identificação dos inscritos na 
OAB e sobre os respectivos símbolos privativos;
→ Apreciar o relatório anual e deliberar sobre 
balanço e as contas de sua diretoria;
→ Homologar ou mandar suprir relatório anual, o 
balanço e as contas dos Conselhos Seccionais;
→ Elaborar as listas constitucionalmente 
previstas, para o preenchimento dos cargos nos 
tribunais judiciários de âmbito nacional ou 
interestadual, com advogados que estejam em 
pleno exercício da profissão, vedada a inclusão de 
nome de membro do próprio Conselho ou de 
outro órgão da OAB;
Órgãos da OAB
 Estatuto e Ética
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→ Ajuizar ação direta de inconstitucionalidade de 
normas legais e atos normativos, ação civil 
pública, mandado de segurança coletivo, mandado 
de injunção e demais ações cuja legitimação lhe 
seja outorgada por lei;
→ Colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos 
jurídicos, e opinar, previamente, nos pedidos 
apresentados aos órgãos competentes para 
criação, reconhecimento ou credenciamento 
desses cursos;
→ Autorizar, pela maioria absoluta das 
delegações, a oneração ou alienação de seus 
bens imóveis;
→ Participar de concursos públicos, nos casos 
previstos na Constituição e na lei, em todas as 
suas fases, quando tiverem abrangência nacional 
ou interestadual;
→ Resolver os casos omissos neste estatuto.
b) Conselhos Seccionais: Arts. 56 a 59, EAOAB e 
arts. 105 a 114, RG: 
Os Conselhos Seccionais possuem sede nos 
Estados, Distrito Federal e Territórios.
Obs: Atualmente não existem territórios no 
Brasil.
b.1) Composição: Art. 106, RG: Composta por 
Conselheiros Seccionais em número proporcional
ao número de advogados inscritos.
b.2) Votação: Funciona da mesma forma que no 
Conselho Federal.
Também existem ex-
presidentes na composição 
dos Conselhos Seccionais.
IMPORTANTE
→ Art. 46, RG: Novo Conselho 
Seccional será criado por meio de 
resolução do Conselho Federal.
Órgãos da OAB
 Estatuto e Ética
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b.3) Competência dos Conselhos Seccionais da 
OAB: Art. 58, EAOAB: Compete privativamente 
ao Conselho Seccional:
→ Editar seu regimento interno e resoluções;
→ Criar as Subseções e a Caixa de Assistência 
dos Advogados;
→ Julgar em grau de recurso as questões 
decididas por seu Presidente, por sua diretoria, 
pelo Tribunal de Ética e Disciplina e pelas 
diretorias das subseções e da caixa de 
assistência dos advogados;
Obs: 
Importante: O Tribunal de Ética e Disciplina não é 
um órgão da OAB. Trata-se de uma comissão 
permanente que existe, obrigatoriamente, em 
todos os Conselhos Seccionais.
→ Fiscalizar a aplicação da receita, apreciar o 
relatório anual e deliberar sobre o balanço e as 
contas de sua diretoria e das diretorias das 
subseções e da Caixa de Assistência dos 
Advogados;
→ Fixar a tabela de honorários válida para todo 
território Estadual;
→ Realizar o Exame de Ordem;
Obs: De acordo com o provimento 144 cabe ao 
Conselho Federal.
→ Decidir os pedidos de inscrição nos quadros 
de advogados e estagiários;
→ Manter o cadastro de seus inscritos;
→ Fixar, alterar e receber contribuições 
obrigatórias de serviços e multas;
→ Participar da elaboração dos concursos 
públicos nos casos previstos na Constituição das 
Leis no âmbito do seu território;
→ Determinar com exclusividade critérios para 
o traje de advogados no exercício profissional; 
→ Aprovar e modificar seu orçamento anual;
→ Definir a composição e o funcionamento do 
Tribunal de Ética e Disciplina e escolher seus 
membros;
Obs: Composto por advogados que não 
necessariamente serão Conselheiros Seccionais.
Atenção: As votações para Conselheiros 
Seccionais são realizadas pelos advogados, 
contudo, o Tribunal de Ética e Disciplina será 
criado pelos Conselheiros Seccionais eleitos.
Órgãos da OAB
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c) Subseções: Arts. 60 e 61, EAOAB e arts. 115 
a 120, RG: Funcionam como extensões dos 
Conselhos Seccionais, possuindo como sede 
Município, mais de um Município ou parte de um 
Município.
Obs: É o único órgão da OAB que não tem 
personalidade jurídica própria, nem mesmo 
quando possuem Conselho de Subseção. Tratam-
se de órgãos autônomos dos Conselhos 
Seccionais.
c.1) Critérios para Criação das Subseções:
→ Critério Objetivo: Ter pelo menos 15 
advogados domiciliados profissionalmente.
Obs: Se houver mais de 100 advogados poderá 
ser criado um Conselho de Subseção, podendo 
fazer o que está previsto no art. 61, § único, 
EAOAB.
Atenção: Não é Conselho Seccional, mas sim, 
Conselho de Subseção.
→ Eleger as listas constitucionalmente previstas 
para o preenchimento de cargo nos Tribunais 
Judiciários no âmbito de sua competência, na 
forma do provimento do Conselho Federal, 
vedada a inclusão de membros do próprio 
Conselho e de qualquer órgão da OAB;
Obs: Devendo ter mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional e notório saber jurídico.
→ Intervir nas subseções e na Caixa de 
Assistência dos Advogados;
→ Desempenhar outras atribuições previstas 
no Regulamento Geral.
CRIAÇÃO DE COMISSÕES
Art. 109, § 2°, RG: A criação de 
Comissões é de mera liberalidade, 
contudo, existem três Comissões que 
são obrigatórias em todos os 
Conselhos Seccionais e em todas as 
Subseções que dispõe de Conselho, 
quais sejam:
→ Comissão de Direitos Humanos;
→ Comissão de Orçamentos e 
Contas;
→ Comissão de Estágio e Exame de 
Ordem;
Art. 61, EAOAB: Compete à Subseção, 
no âmbito do seu território:
→ Dar cumprimento efetivo às 
finalidades da OAB;
→ Velar pela dignidade, independência 
e valorização da advocacia e fazer 
valer as prerrogativas do advogado;
→ Representar a OAB perante os 
poderes constituídos;
→ Desempenhar as atribuições 
previstas no Regulamento Geral ou por 
delegação de Competência do Conselho 
Seccional.
Órgãos da OAB
 Estatuto e Ética
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→ Art. 61, § único, EAOAB: Ao Conselho da 
Subseção, quando houver, compete exercer as 
funções e atribuições do Conselho Seccional na 
forma do regimento interno deste, e, ainda:
→ Editar seu regimento interno;
→ Editar resoluções no âmbito de sua 
competência;
→ Instaurar e instruir processos disciplinares 
para julgamento do Tribunal de Ética e Disciplina;
Obs: Podem receber representação contra um 
advogado ou contra um estagiário, realizando a 
instrução e colheita de provas, posteriormente 
irão enviar para o Conselho Seccional onde 
localiza-se o Tribunal de Ética e Disciplina.
→ Receber pedidos de inscrição nos quadros de 
advogado e estagiário, instruindo e emitindo 
parecer prévio para decisão do Conselho 
Seccional.
→ Critério Subjetivo: Estudo da viabilidade de se 
criar uma Subseção, ou seja, trata-se do custo x 
benefício.
Obs: Se houver mais de 100 advogados poderá 
ser criado um Conselho de Subseção.
→ Art. 60, § 4°, EAOAB: Esses números podem 
ser aumentados por meio de regimento interno.
d) Caixa de Assistência dos Advogados: Art. 62, 
EAOAB e arts. 121 a 127, RG: Tem como 
finalidade prestar assistência ao advogado.
Obs: A Caixa de Assistência dos Advogados pode 
criar plano de saúde e plano de previdência 
complementar, contudo, o advogado deverá 
pagar se quiser aderir ao plano.
d.1) Criação: A Caixa de Assistência dos 
Advogados só poderá ser criada se naquele 
Estado tiver mais de 1500 inscritos.
ELEIÇÕES E MANDATOS
Arts. 63 a 67, EAOAB e arts. 128 a 137, RG:
a) Mandatos: Duração de 3 anos.
a.1) Realização:As eleições são realizadas na 
segunda quinzena de novembro do último ano do 
mandato.
OBSERVAÇÕES
→ As eleições ocorrem nos Conselhos 
Seccionais com o voto obrigatório para 
todos os advogados.
→ O advogado que não votar e não 
justificar, deverá pagar uma multa de 
20% do valor da anuidade. 
→ Não existe previsão de reeleição no 
Estatuto, tampouco no Regulamento 
Geral. Sendo assim, aplica-se 
subsidiariamente o Código Eleitoral, 
sendo permitida uma reeleição.
Órgãos da OAB - Eleições e Mandatos
 Estatuto e Ética
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b) Chapas: As eleições são feitas através de 
chapas. A chapa que obtiver a maioria dos votos 
válidos será a chapa vencedora.
Obs: Os advogados que votarem na área de uma 
Subseção deverão votar na chapa geral, bem 
como na chapa para diretoria da subseção.
c) Posse:
c.1) Conselho Seccional: A posse ocorrerá no dia 
1º de janeiro do ano seguinte à eleição.
c.2) Conselho Federal (Conselheiros Federais): A 
posse ocorrerá no dia 1º de fevereiro do ano 
seguinte à eleição.
Obs: Votação Indireta: Um dia antes da posse (31 
de janeiro), os Conselheiros Federais irão se 
reunir para escolher a diretoria que irá tomar 
posse no dia seguinte.
Atenção: Art. 67, § único, EAOAB: O Presidente 
do Conselho Federal, que é o Presidente Nacional 
da OAB, é o único que não precisa ser escolhido 
dentre os Conselheiros Federais.
d) Requisitos Necessários: O candidato:
→ Deverá provar situação regular junto à OAB;
→ Não poderá ocupar nenhum cargo 
exonerável ad nutum, ou seja, não exercer 
nenhuma atividade incompatível com a advocacia;
→ Não poderá ter sofrido sanção disciplinar, 
salvo se houver feito pedido de reabilitação; 
→ Deverá exercer efetivamente a profissão há 
mais de cinco anos.
e) Extinção do Mandato: Art. 66, EAOAB: 
Extingue-se o mandato automaticamente, antes 
do término quando:
→ Ocorrer qualquer hipótese de cancelamento 
da inscrição ou licenciamento profissional;
→ O titular sofrer condenação disciplinar, 
qualquer que seja a condenação (censura, 
suspensão, exclusão ou multa);
→ Se o titular faltar, sem motivo justificável, a 
três reuniões ordinárias consecutivas do órgão a 
que ele pertence. 
MEDALHA RUI BARBOSA
Art. 152, RG: Trata-se da maior homenagem que 
a OAB, através do Conselho Federal, poderá 
prestar a uma grande personalidade da 
advocacia brasileira.
Obs: A referida homenagem é concedida uma 
única vez, a cada três anos pelo Conselho 
Federal da OAB em sessão solene.
OBSERVAÇÃO
O advogado que for agraciado com a 
Medalha Rui Barbosa poderá 
participar das sessões do Conselho 
Federal com direito de voz.
Atenção: Não poderá votar, pois não 
é um Conselheiro.
Eleições e Mandatos - Medalha Rui Barbosa
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
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Obs: Recurso: Da decisão proferida pelo Tribunal 
de Ética e Disciplina caberá recurso no prazo de 
15 dias para o Conselho Seccional. Se a decisão 
do Conselho Seccional não for unânime ou, se 
unânime, contrariar o Estatuto, o Regulamento 
Geral, o Código de Ética e Disciplina, provimentos, 
decisão de outro Conselho Seccional ou do 
próprio Conselho Federal, caberá recurso ao 
Conselho Federal no prazo de 15 dias. 
Importante: Em âmbito administrativo e 
disciplinar, a própria autoridade pode iniciar o 
processo. Sendo assim, a própria OAB poderá 
iniciar, de ofício, um processo disciplinar contra 
um advogado.
PROCESSO DISCIPLINAR
Arts. 70 e ss, EAOAB e arts. 55 e ss, NCED:
a) Início do Processo Disciplinar: O processo 
disciplinar na OAB tem início por meio de uma 
representação que funciona como se fosse a 
petição inicial, podendo ser feita por qualquer 
pessoa, sendo vedado o anonimato.
Obs: Representação Apócrifa: Representação 
sem assinatura, anônima.
Obs: Representações anônimas serão arquivadas.
a.1) Endereçamento:
→ Iniciadas por Representação: Deverão ser 
endereçadas ao Presidente da OAB, podendo ser 
ao Presidente do Conselho Seccional, ao 
Presidente de Subseção que tenha Conselho ou 
ao Presidente do Tribunal de Ética e Disciplina. O 
Presidente irá nomear um relator para a 
instrução do processo, ou seja, irá nomear um 
relator para participar da colheita das provas.
Obs: O relator poderá:
→ Propor o arquivamento, devendo o 
Presidente decidir se será arquivado ou não;
→ Abrir prazo para defesa prévia, devendo 
está ser apresentada no prazo de 15 dias. Após 
apresentada a defesa prévia o relator poderá 
propor o arquivamento, devendo o Presidente 
decidir;
→ Designar data para audiência, onde serão 
ouvidas até 5 testemunhas de cada parte, 
devendo as testemunhas da acusação serem 
arroladas na representação e as testemunhas 
da defesa na defesa prévia.
RAZÕES FINAIS
Após a audiência abre-se o prazo de 
15 dias comuns para apresentar as 
razões finais. Após as razões finais 
será feito um relatório pelo relator, 
sendo este um resumo do processo 
que será encaminhado para 
julgamento no Tribunal de Ética e 
Disciplina.
Processo Disciplinar
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
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c.2) Interrupção da Prescrição: Art. 43, § 2°, 
EAOAB: O prazo prescricional será interrompido 
pela:
→ Instauração do processo disciplinar;
→ Notificação válida feita diretamente ao 
representado;
→ Decisão condenatória recorrível de qualquer 
órgão julgador da OAB.
Obs: Quando ocorre a interrupção da prescrição 
começa a contar do zero novamente.
PUBLICIDADE
Arts. 39 e ss, CED: O advogado pode fazer sua 
propaganda de maneira que o cliente vá até ele 
e não ao contrário.
Obs: O advogado pode fazer propaganda em 
jornal de grande circulação, desde que na parte 
de classificados.
b) Competência:
b.1) Regra: Art. 70, EAOAB: O advogado será 
processado no local em que cometeu a infração, 
mesmo que não tenha inscrição no referido local.
→ Exceções: São duas, quais sejam:
→ Exceção 01: Art. 70, caput, in fine, EAOAB: 
Cabe ao Conselho Federal da OAB de forma 
originária processar Presidente de Conselho 
Seccional, Conselheiro Federal ou advogado que 
ofender o próprio Conselho Federal.
→ Exceção 02: Art. 70, § 3º, EAOAB: Quando 
houver necessidade de ser aplicada uma 
suspensão preventiva. Nesse caso, a 
competência será do Tribunal de Ética e Disciplina 
do Conselho Seccional onde o advogado tem 
inscrição principal.
Obs: Posteriormente o advogado irá se defender 
no mérito.
c) Prescrição: Art. 43, caput, EAOAB: Em regra, 
a prescrição ocorre em 5 anos a contar da 
constatação oficial do fato pela OAB.
c.1) Prescrição Intercorrente: Art. 43, § 1°, 
EOAB: Se um processo disciplinar na OAB ficar 
paralisado por mais de 3 anos, aguardando 
despacho ou julgamento, o processo será 
arquivado, uma vez que, ocorrerá a prescrição 
intercorrente.
Obs: Os responsáveis pela paralisação do 
processo serão punidos.
Art. 39, CED: A publicidade 
profissional do advogado tem 
caráter meramente informativo e 
deve primar pela discrição e 
sobriedade, não podendo configurar 
captação de clientela ou 
mercantilização da profissão.
Processo Disciplinar - Publicidade
 Estatuto e Ética
estatuto e ética
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TRIBUNAL DE ÉTICA E DISCIPLINA
Trata-se de uma comissão permanente que 
existe dentro de cada Conselho Seccional. Vale 
ressaltar que o Tribunal de Ética e Disciplina não 
é um órgão da OAB.
a) Competência: Art. 71, CED: Compete aos 
Tribunais de Ética e Disciplina: 
→ Julgar, em primeiro grau, os processos éticos 
e disciplinares;
→ Responder a consultas formuladas, em tese, 
sobre matéria ético-disciplinar;
→ Exercer as competências que lhe sejam 
conferidas pelo Regimento Interno da Seccional 
ou por este Código para a instauração, instrução 
e julgamento de processos ético-disciplinares;
→ Suspender, preventivamente, o acusado, em 
caso de conduta suscetível de acarretar 
repercussão prejudicial à advocacia,nos termos 
do Estatuto da Advocacia de da Ordem dos 
Advogados do Brasil;
→ Organizar, promover e ministrar cursos, 
palestras, seminários e outros eventos da 
mesma natureza acerca da ética profissional do 
advogado ou estabelecer parcerias com Escolas 
de Advocacia, com o mesmo objetivo;
Atenção: Atuar como órgão mediador ou 
conciliador nas questões que envolvam:
→ Dúvidas e pendências entre advogados;
→ Partilha de honorários contratados em 
conjunto ou decorrentes de substabelecimento, 
bem como os que resultem de sucumbência, nas 
mesmas hipóteses;
→ Controvérsias surgidas quando da dissolução 
de sociedade de advogados.
Art. 70, CED: O Tribunal de Ética e 
Disciplina poderá funcionar dividido em 
órgãos fracionários, de acordo com seu 
regimento interno.
Obs: O regimento interno pode dividir o 
Tribunal de Ética e Disciplina em turmas, 
por exemplo.
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