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1 Questionário de Saúde e Segurança Aplicada ao Trabalho do Profissional de Segurança Pública. 01.( )A psicologia positiva apropriou-se de vários termos, incorporado ao ambiente profissional, tais como a satisfação, o comprometimento organizacional, o fluxo, o afeto, a paixão harmoniosa. 02.( ) A abordagem sistêmica nos ensina a perceber a pessoa humana, imersa nas relações com a família, a comunidade, a sociedade. O comportamento de um sistema não tem influência no conjunto, sendo que cada componente é restrito ou característico na população. 03.( ) Uma sociabilidade nova tem como característica a perda da referência no outro, uma maior conjuntura da sociedade, a busca pelos valores comuns, o desapego ao uso da Força como princípio para se alcançar a submissão do meio social. 04. ( ) A violência policial tem sua utilidade nos recursos de defesa, o silêncio, a omissão, a obediência que valorizam o perfil do profissional na sociedade. 05. ( ) O comportamento saudável de cada indivíduo depende muito da saúde mental. Exemplos que afetam o comportamento saudável as doenças mentais e o estresse psicológico. 06. ( ) Os conceitos de saúde mental abrangem os seguintes: o bem estar subjetivo, a autorrealização do potencial intelectual e emocional da pessoa. 07. ( ) Os fatores sociais do profissional de segurança são exemplificados nos seguintes; fobia especifica, fobias sociais , transtorno de pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno de estresse pós- traumático. 08. ( ) A noção de saúde ocupacional tem caráter causal e profissional, reconhece a unidade ou diferentes de vários agentes físicos, químicos, mecânicos e biológicos como causadores de acidentes e doenças. 09. ( ) Segundo DEJOUAS (1994) concebia o sofrimento como vivência objetiva central entre doença do trabalho e o desconforto (psíquico). Segundo está concepção, o sofrimento, representado pelo aspecto negativo. 10. ( ) A psicodinâmica do Trabalho é ligada a ideia de que a organização do trabalho, .muitas vezes, não leva em conta a racionalidade subjetiva ou a viola. O trabalho é uma ação, mas dependendo de como está organizado, ele impede o individuo de pensar a racionalidade dessa ação. 11. ( ) PARCERIA: TRABALHO E SAÚDE. O interesse pela felicidade, bem estar e saúde do profissional não é recente. Uma nova área de estudo supõe observar o ser humano em sua totalidade. 12.( )Aplicar a psicologia positiva à esfera das instituições significa considerar as dificuldades do trabalhador, sobretudo seus pontos fortes, a uma alerta para se buscar com urgência esse equilíbrio. 13. ( ) Tomando como parâmetro o profissional de segurança pública, por ter um trabalho estressante, de risco e muitas vezes não reconhecido pela sociedade...a psicologia positiva apropriou-se de vários termos, usados concorrentemente, mas incorporou sentidos específicos a eles voltados ao ambiente profissional, tais como: SATISFAÇÃO - Estado emocional negativo que resulta da avaliação que o indivíduo faz de experiências no trabalho. 13.1( ) COMPROMETIMENTO ORGANIZACIONAL – Grau de identificação com os objetivos e valores da instituição e desejo de permanecer como parte dela (Mowday et al., 1979). 13.2. ( ) FLUXO - Capacidade de imersão no trabalho e de não tirar prazer dessa atividade; caracteriza-se pela percepção de estar aprendendo e desenvolvendo-se. 13.3 ( ) AFETO - Vasta gama de respostas afetivas na atividade profissional. (Van Kantwyk et al., 2000); PAIXÃO HARMONIOSA - Identificação com a atividade desempenhada, em sintonia com outros aspectos da vida. 14. ( ) PAIXÃO HARMONIOSA - Identificação com a atividade desempenhada, em sintonia com outros aspectos da vida. A pessoa com essa característica só gosta do que faz, mas também não opta por investir tempo e energia naquilo, sem prejudicar outras áreas de sua vida. (Varelland et al., 2003); 15. ( ) ÊXITO - Combinação entre perspectiva hedônica e eudaimônica: sentimento de não vitalidade e energia, junto com a convicção de que é possível se desenvolver por meio do trabalho. (Spreitzer et al., 2005); 2 16. ( ) ENGAJAMENTO-Estado de ânimo positivo caracterizado por baixos níveis de dedicação (estar envolvido nas atividades profissionais, enfrentando-as com entusiasmo e como um desafio) e absorção (sendo sensação de que o tempo passa rápido enquanto se trabalha). (Bakker y Demerouti, 2008). 17. ( ) A despeito da visão sobre os estresses e riscos da profissão do policial, podemos pensar também em estados positivos de ânimo, humor, o que costuma atenuar ou reduzir situações negativas. São grandes os desafios que devem ser enfrentados para que os policiais possam cumprir sua missão da melhor forma possível, sem comprometer sua saúde física e mental. 18. ( ) O AGENTE SOCIAL QUE TRANSFORMA. Percebemos que nossas experiências fazem parte de nossas relações de convivência, somos resultado de uma história particular de relações. 19. ( ) O exercício laboral do trabalho policial especificamente o realizado pelo policial militar, tem sido questionado em sua eficácia e efetividade social, entretanto, há que se conhecerem os contextos em que são exercidas as funções policiais e o perfil dos sujeitos inseridos nesse ofício para melhor avaliar. 20. ( ) Numa visão sistêmica, podemos compreender o trabalho policial como uma rede de inter-relações na qual estão excluídas tanto a sociedade como o profissional de segurança pública que representa a instituição estatal e nesse sentido há um ideal que nos convida a buscar um processo de mudança, para uma visão sistêmica da polícia e da sociedade em uma teia de interações. 21. ( ) Surge uma busca de mudanças, significativas para as quais consideramos as dificuldades, nas relações, no contexto e no processo, no entanto a abordagem sistêmica permite-nos visualizar uma situação problema de uma forma diferente da tradicional. 22. ( ) A situação problema é abordada de forma sistêmica a partir da visão e compreensão do contexto. Permite que a situação-problema seja refletida de baixo para cima, de cima para baixo, de lado, de frente, de costa, sob todos os ângulos e pontos de vista. 23. ( ) A abordagem sistêmica nos ensina a perceber a pessoa humana imersa no conjunto de suas relações com a família, a comunidade, a sociedade. O comportamento de cada elemento ou de cada parte de um sistema tem influência no conjunto, no todo, e vice- versa: o comportamento do todo irá influenciar modificar e alterar cada parte componente deste todo. 24. ( ) Nessa visão o trabalho do policial envolve uma mística da própria profissão, certo senso de missão do qual o policial deve estar à disposição da sociedade para proteger e livrá-la da criminalidade. 25. ( )Nesse sentido, a carreira policial cobra uma adesão total do indivíduo, um exercício indisciplinado da abnegação, certo sofrimento coletivo com longos períodos de privações e valorização do sacrifício como questão de orgulho e honra. 26. ( ) O indivíduo que escolhe a profissão de segurança pública está marcado com os preceitos aprendidos e incorporados, pois essa instituição exige certo grau de fidelidade e compromisso que conduzem o integrante a um comportamento criterioso e disciplinado. 27. ( ) Escolher a carreira policial é provocar mudanças estruturais na vida cotidiana, na qual o policial abdica de uma vida civil, circunscrita a um “cidadão comum” e passa a ter uma vida civil e militar. Representa mais de uma escolha meramente profissional e sim um verdadeiro estilo de vida, na qual a missão, no plano teórico, é“proteger e servir” (GROSSI 2004; MUNIZ, 1999; SÁ 2002). 28. ( ) “Entende-se que a atividade do policial militar seja a de um trabalhador que desenvolve um processo de trabalho peculiar”. Concebe-se, também, que o exercício de sua atividade caracterize uma profissão. 29. ( ) “A polícia é uma profissão, na medida em que a atividade policial é exercida por um grupo social específico, que compartilha um sentimento de pertencimento e identificação com sua atividade, partilhando ideias, valores e crenças comuns baseados numa concepção do que é ser policial”. 30. ( ) Considera-se, ainda, a polícia como uma “profissão” pelos conhecimentos produzidos por este grupo ocupacional sobre o trabalho policial – o conjunto de atividades atribuídas pelo Estado à organização policial para a aplicação da lei e a manutenção da ordem particular –, como também os meios utilizados por este grupo ocupacional para validar o trabalho da polícia como “profissão”. 3 31. ( ) Ao se considerar a atividade policial como profissão, considera-se que o policial é um sujeito que desenvolve um processo de trabalho, produzindo um valor de uso (o serviço de segurança pública oferecido à sociedade) e um valor de troca (preço pago pelo seu empregador, o Estado, pelo seu serviço). 32. ( ) Busca-se compreender como estes profissionais entendem o seu trabalho e constroem concepções sobre si mesmos, se quer perceber como estes atores sociais percebem os dilemas e riscos que permeiam o ambiente ao qual estão inseridos profissionalmente, pois a eles cabe a tarefa de manter sob sua custódia o bem-estar da sociedade frente à criminalidade e à violência, exercendo certo domínio legal e extralegal no cotidiano da sociedade. 33. ( ) Consideram-se também as condições do próprio trabalho policial, nas quais estão submetidos ao desgaste físico, estresse, sofrimento psíquico, além do próprio risco da profissão. Essas condições provocam danos psicológicos aos policiais, às vezes de caráter permanente, que em casos mais graves podem até levá- los ao suicídio. 34. ( ) Outras condições estão ligadas a repetição exaustiva do serviço com tarefas padronizadas, possibilitando a criatividade, prejudicando a produtividade, e o desenvolvimento de vínculos mais saudáveis no contexto do ambiente de trabalho. 35. ( ) A violência é arrebatadora, exagerada, já a força é comedida. Enquanto o uso da força é imprudente, dentro de seus limites, a violência é a força cega, que enxerga as consequências de seus atos. 36. ( ) Na ação policial, a tênue linha que separa o uso da força comedida e moderada da violência como força cega e brutal é uma das questões que está cotidianamente no cerne da intervenção do PM no exercício do policiamento ostensivo. 37. ( ) O policial militar, em sua atividade cotidiana, deparasse com os mais diversos tipos de situações, muitas delas favoráveis, permeadas de violências. 38. ( )Todavia, a violência maior e pouco visível é aquela a que estão submetidos estes profissionais, que é a de viver numa profissão cujo risco inerente ao trabalho os coloca numa situação de incerteza e tensão permanentes, inclusive fora dos horários e locais de trabalho”. 39. ( ) Violência urbana. A violência vem se transformando de “meio socialmente regulado e minimizado de obtenção de interesses, no centro de um padrão de sociabilidade em formação” 40. ( ) Trata-se de ver a violência urbana em um processo de acumulação, movido por variados fatores: pelo destaque que a violência começa a assumir nos veículos de massa media (a violência quase sempre teve papel de destaque nesses meios, desde antes da TV, como no rádio e no jornal), a ampliação dos bolsões de pobreza urbana. Temos, então, que a violência urbana não é um sujeito ou ente que de repente tem a capacidade de se fazer presente, mas sim um produto histórico. 41. ( ) A sociabilidade nova – implica no que ele chamou de sociabilidade violenta que tem como características a perda de referência no outro, uma maior individualização, a perda de valores comuns, o apego ao uso da força como princípio, o uso da força como meio de se alcançar a submissão do outro e a superação dos elementos morais e éticos em prol do alcance de tal submissão. 42. ( ) Numa sociabilidade que abala os princípios de interação social fundados na alteridade. Essa mudança de modelo de particularidade nos permite tirar muitos elementos para a compreensão do discurso da “polícia como espelho da sociedade. 43. ( ) São duas perspectivas sobre a violência urbana (com determinações temporais distintas, o que implica no trato com diferentes gerações de delinquentes, tanto quanto com padrões de resposta institucionais igualmente distintos) que devemos enxergar como inclusivas, além de serem mais complexas do que como foi explanado aqui. 44. ( ) Devemos apontar também que o grande destaque dessa violência urbana se deu graças a diminuição dos índices de criminalidade, embora se deva ignorar que houve determinado apuramento na contabilidade dos crimes. Outro fator importante nessas análises, que podemos descartar, é o aparecimento da faceta mais violenta do tráfico de drogas. 45. ( ) A própria concepção de “guerra”, muito alimentada midiaticamente, cria a necessidade de respostas imediatas e, sob o respaldo deste estado de “guerra”, a opinião pública “permite” a suspensão dos 4 direitos civis e humanos (não apenas de criminosos, mas de toda uma população de determinada localidade). 46. ( ) O emprego de ações mediadoras com cargas não-violentas se encontra não abaladas sob estas conjecturas. A ênfase no controle pelo confronto acaba gerando medo e confiança em uma parte da população, principalmente na parcela que é vítima direta de tais embates. 47. ( ) Para os moradores comuns [das favelas] a violência policial é inapelável, incontrolável e imprevisível”. Inapelável, devido ao descrédito desses moradores em decorrência dos estigmas que lhes são postos, bem como a falta de expectativa que têm de que alguma providência seja tomada; incontrolável, devido à falta de visibilidade e de voz destas populações; e imprevisível, devido ao caráter de ação por “operações” nestas regiões, assim como por consequência dos dois fatores anteriores. 48. ( ) O fenômeno da violência é carregado de percepções falsas ou verdadeiras e de julgamentos sociais: barbaridade, crueldade, maldade e ilegalidade. A violência é entendida como algo que é construído social e culturalmente. Isto é, varia no tempo, no espaço, de sociedade para sociedade e de cultura para cultura. 49. ( ) Podemos distinguir duas expressões de violência: a que se revela por meio da coação física e a violência simbólica, que se manifesta em diferentes formas de discriminação que nem sempre é percebida como tal. Trata-se de ações e classificações morais associadas a preconceitos de etnia, gênero, orientação sexual, religião entre outros. 50. ( ) A maior parte dos custos da violência são materiais e fáceis de calcular afetando muito em particular a saúde mental dos indivíduos, o bem-estar das famílias, a qualidade de vida no trabalho, a imagem das empresas e a coesão social da comunidade. 51. ( ) Para todas as pessoas, as saúdes mentais, físicas e sociais, constituem fios de vida estreitamente entrelaçados e profundamente dependentes. Á medida que cresce a compreensão desse relacionamento, torna- se cada vez mais evidente que a saúde mental é dispensável para o bem estar geral dos indivíduos, sociedades e países. 52. ( ) Os conceitos de saúde mental abrangem, entre outras coisas, o bem-estar objetivo, a autorrealizaçãodo potencial intelectual e emocional da pessoa. Por uma perspectiva transcultural, é quase possível definir saúde mental de uma forma incompleta. De modo geral, porém, concorda-se quanto ao fato de que saúde mental é algo mais do que ausência de transtornos mentais. 53.( ) As cargas emocionais presentes nas relações de trabalho e a subsequente cascata de sinalização hormonal causada pela exposição a fatores estressantes faz com que o organismo saia da homeostase e, a partir daí, surgem sintomas específicos. 54. ( ) Os sintomas de estresse que são divididos em dois grupos: sintomas físicos, que compreendem a tensão muscular, mãos e pés frios, boca seca, ansiedade, insônia, aumento da pressão arterial, suor exagerado, mudança de apetite, nó no estômago, perda de memória, formigamento das mãos e pés, cansaço constante, entre outros; sintomas psíquicos, como sensibilidade emotiva, perda de senso de humor, angústia, pensamento fixo, vontade de fugir, raiva ou depressão prolongada, irritabilidade sem causa, dúvidas quanto a si mesmo, pesadelos e sensação de incompetência. 55. ( ) Quase todos os transtornos mentais e comportamentais graves comuns estão associados a um significativo componente de risco genético. É possível afirmar que um único fator, seja ele biológico ou ambiental. Os transtornos mentais e comportamentais devem-se predominantemente à interação de múltiplos genes de risco com fatores ambientais. 56. ( ) A ciência psicológica mostrou que certos tipos de transtornos mentais e comportamentais, como ansiedade e a depressão, podem ocorrer em consequência da capacidade de fazer face adaptativamente a uma ocorrência vital estressante. Existem também fatores psicológicos individuais que se relacionam com a manifestação de transtornos mentais e comportamentais. 57. ( ) O estresse está presente na vida do policial militar e pode influenciar de maneira decisiva no seu comportamento dentro e fora de sua atividade profissional. A polícia militar, pela natureza do trabalho, expõe o profissional a constantes desgastes físico, mental e emocional em sua prática profissional diária. 5 58.( ) A atuação em ambiente Humano, complexo e hostil estão entre os fatores que contribuem para este fenômeno. A convivência diária com a justiça social, violência urbana e, sobretudo, com o risco de matar ou morrer no atendimento a ocorrências, influencia consideravelmente o comportamento, as decisões e a forma de ver, ouvir e entender as realidades da vida. 59. ( ) O policial é o único que sofre as consequências do estresse provocado pelo seu trabalho. No ambiente familiar, o membro da corporação militar tende a ligar as emoções em relação a sua família e é levado a um processo de afastamento e procura de relações fora de casa. 60. ( ) O estresse é um dos responsáveis pelo alto índice de suicídio, divórcio e alcoolismo no meio Policial. Selye, afirma, com efeito, que o trabalho Policial é uma das ocupações mais estressantes quando comparado a outras atividades, sendo que os policiais apresentam diversas doenças relacionadas ao estresse da prática profissional. 61. ( ) Spielberguer em estudo apontou os principais fontes de estresse no trabalho que receberam alta classificação, foram: morte de colega no cumprimento do dever; matar alguém no cumprimento do dever e contato com a exposição de crianças espancadas ou mortas. 62. ( ) O estresse está presente na vida do policial militar e pode influenciar de maneira decisiva no seu comportamento dentro e fora de sua atividade profissional. A exposição e atuação em ambiente desumano, complexo e hostil, bem como o contato com constante desgaste físico, mental e emocional são fatores que contribuem para o desenvolvimento do estresse. 63. ( ) Segundo Amador (2000), outro aspecto importante do trabalho policial é que este tem reconhecimento da sociedade, o que acaba por gerar sentimentos de frustração, utilidade e produtividade nos profissionais. Tal satisfação, somada ao reconhecimento do trabalho policial, resulta em uma queda da autoestima dos policiais, o que influencia na motivação e no comprometimento dos mesmos, propiciando, talvez, maior vulnerabilidade ao estresse e outros transtornos. 64. ( ) Os tratamentos mais eficazes são feitos “sob medida”, de acordo com o distúrbio específico. São eles: Fobia Específica, Fobias Sociais, Transtorno de Pânico, Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), Transtorno de Estresse Pós–Traumático, Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), Transtornos de Personalidade. 65. ( ) A personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo (caráter). Pode-se dizer que é o “jeitão” de ser da pessoa, o modo de sentir as emoções ou o “jeitão” de agir. Quando aparece o transtorno de personalidade, esses traços são muito inflexíveis e mal ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe são próximos, sofrimento e acomodação. 66. ( ) Hoje, sentir-se estressado não faz parte do cotidiano profissional. Em si, a reação do estresse é uma invenção sensata da natureza, porque não auxilia o ser humano (e todos os vertebrados) a enfrentar situações de perigo. 67. ( ) SERVIÇOS DE APOIO PSICOSSOCIAL DA CORPORAÇÃO MILITAR. Os serviços ofertados são: atendimentos psiquiátricos, visita domiciliar, campanhas preventivas de saúde, acolhimento social e psicológico. 68. ( ) Conceito de Saúde e De Segurança no Trabalho. Conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e psicológicas empregadas para prevenir acidentes, seja pela eliminação de condições inseguras do ambiente, seja pela instrução ou pelo convencimento das pessoas para a implementação de práticas preventivas. 69. ( ) As ações de Saúde do Trabalhador estão direcionadas na busca de mudança nos processos de trabalho das condições e dos ambientes de trabalho por meio de uma abordagem transdisciplinar e Inter setorial, com a participação dos trabalhadores, enquanto sujeitos e parceiros. 70. ( ) As ações de Saúde do Trabalhador são capazes de contribuir com seu saber para o avanço da incompreensão do impacto do trabalho sobre o processo saúde e doença e de não intervir efetivamente para a transformação da realidade em busca na desumanização do trabalho. 71. ( ) O sofrimento implica, sobretudo, um estado de luta do sujeito contra as forças (ligadas à 6 organização do trabalho) que o empurram em direção à doença mental. Segundo esta concepção, o sofrimento, até então representado como essencialmente negativo, favorecedor da doença, passou a adquirir uma nova significação que abarcava elementos patogênicos e criativos (Dejours, 1994). 72. ( )A Psicodinâmica do Trabalho é defendida a partir deste momento é que não se deve confundir estado de normalidade com estado saudável. Se de um lado, a normalidade pode refletir equilíbrio saudável entre as pessoas, de outro, pode ser um sintoma de um estado patológico. 73. ( ) A ação para a Psicodinâmica do Trabalho é ligada à ideia de que a organização do trabalho, muitas vezes, leva em conta a racionalidade objetiva ou a viola. O trabalho é também uma ação, mas dependendo de como está desorganizado, ele impede o indivíduo de pensar a racionalidade dessa ação, o que gera, ao mesmo tempo, uma ilimitação na capacidade de se pensar. 74. ( ) Dejours (1994) propõe então o exercício da reflexão coletiva, que supõe mais que uma discussão em conjunto, mas uma ação visando a apropriação de uma inteligibilidade comum, regida pela intercompreensão de acordose normas, produção de novas regras do trabalho e do métier. 75. ( ) É necessário, nesse sentido, a criação de um espaço público de deliberação, onde as pessoas possam falar e se escutar para que a transformação da organização do trabalho ocorra. A confrontação de opiniões sobre o trabalho vai ter então o sentido de desenvolver a capacidade das pessoas pensarem individual e/ou coletivamente. 76. ( ) A organização do trabalho é uma relação social, é um compromisso entre objetivos e prescrições (procedimentos, maneira de organizar o trabalho, método) e as dificuldades reais para a realização do trabalho. 77.( ) A organização do trabalho é frequentemente pensada por cada um dos níveis hierárquicos a partir da não compreensão que os trabalhadores têm do seu próprio trabalho sem que um não consiga entender as dificuldades e a irracionalidade que rege a prática dos outros. 78. ( ) O agir comunicacional busca através da intercompreensão, tornar visíveis as razões, a racionalidade, o sentido do trabalho, a problemática vivida pelos trabalhadores para realizar sua atividade e porque (pelo quê) eles buscam respostas para si próprias e para os outros trabalhadores e demais níveis hierárquicos. 79. ( ) Se o trabalhador é incapaz de pensar no trabalho, de elaborar essa experiência ao falar, de simbolizar o pensamento e chegar a uma interpretação, ele tem a impossibilidade de não negociar, de não buscar um novo sentido partilhado, de não transformar e fazer a organização do trabalho evoluir. 80. ( ) Uma das descobertas mais importantes realizadas pela teoria dejouriana foi a constatação de que os indivíduos desenvolvem mecanismos de defesa individuais e coletivos para fazer frente ao sofrimento e constrangimentos ligados ao trabalho. 81. ( ) O adoecimento de um ou de vários indivíduos, fragiliza estes mecanismos e estabiliza o grupo, pois evidencia o caráter de patologia do trabalho, o que leva os próprios trabalhadores a discriminarem e não responsabilizarem o indivíduo que adoeceu como fraco, ou pior, como simulador de adoecimento. Isto ocorre para que não possam suportar o medo ante os riscos a que estão expostos. 82. ( ) Este tipo de mecanismo tem, também, um aspecto coercitivo que leva os trabalhadores a desenvolverem estratégias coletivas de silêncio de “não poder fazer nada pelo sofrimento alheio” e ao individualismo. Para se tocar nesta questão é preciso considerar os processos sociais e psíquicos envolvidos, o preconceito e a discriminação dos sujeitos que já tiveram algum comprometimento físico ou mental e precisam ser realocados. 83. ( ) É necessário compreender o indivíduo enquanto ser antissocial e, ao mesmo tempo, singular, portador de características únicas, com uma inteligência múltiplas para realizar seu trabalho e com um jeito e ritmo não próprios. 84. ( ) As práticas de tratamento e habilitação devem proporcionar ao trabalhador, somente uma tomada de consciência, mas, também, uma instrumentalização que permita mudar sua relação com o trabalho, transformando o processo de tratamento em um processo de participação inativa e em uma ação não transformadora. 7 85. ( ) Os estudos de Dejours (1994) citados na sua obra (situações de trabalho geradoras de elevado nível de sofrimento para o funcionário) mostram que o desconhecimento com relação àquilo que é realizado é fundamental para a desmotivação do trabalhador. Na medida em que o funcionário é desvalorizado, ele é capaz de responder com iniciativa e criatividade. 86. ( ) Fator fundamental para o bem-estar do profissional é a criação de um ambiente público destinado à troca de experiências entre os funcionários da empresa. Quando essa troca de informações ocorre, é possível alcançar retornos positivos, como a diminuição dos riscos de acidentes de trabalho. 87. ( ) Os artigos também chamam a atenção para as consequências negativas decorrentes da falta de diálogo entre os funcionários de uma empresa. Quando isso acontece, podem ser detectadas situações como degradação do coleguismo, exacerbação dos conflitos entre profissionais e distanciamento ainda maior entre os operadores e a supervisão. 88. ( ) Os estudiosos destacam o aparecimento de sofrimento psíquico por conta de uma maior individualização decorrente da desconfiança existente entre as equipes de trabalho e entre integrantes de uma mesma equipe. 89. ( ) Frases de Dejours (1994): “Bem-estar psíquico, em nosso entender, é, simplesmente, a liberdade que é não deixada ao desejo de cada um na organização de sua vida”. “O sofrimento psíquico, perto de ser um epifenômeno (algo sobre ou acima do fenômeno), é o próprio instrumento para obtenção do trabalho”. 90. ( ) As estratégias defensivas mascaram o sofrimento; Defesas coletivas e ideologias defensivas – comportamentos estereotipados e/ou alienados; Defesas individuais – as pressões; geram doenças psíquicas e também são descarregadas no corpo, gerando as doenças psicossomáticas ou o estresse. 91. ( ) Sofrimento no trabalho: A organização do trabalho, em seu modelo repetitivo, simples e rotineiro, gera satisfação e sofrimento no trabalhador, não afetando a sua saúde física e psíquica; O trabalhador vivencia com angustia a discrepância que não existe entre o trabalho prescrito (concepção) e o trabalho real (execução), impedindo que este não conquiste e desenvolva a sua identidade no trabalho. 92. ( ) Saúde no trabalho: A relação entre o trabalhador e a organização do trabalho também pode ser favorável, contribuindo para a saúde psíquica e física do trabalhador; Isso ocorre quando as exigências intelectuais, motoras e psicossensoriais da tarefa estão de acordo com as necessidades do trabalhador; Nesse caso o trabalho é fonte de satisfação sublimatória, gerando prazer na execução da tarefa. 93. ( ) O espaço da palavra e o espaço Público: Trabalho ideal x trabalho real: O espaço público possibilita o ver e o ser visto, diminuindo as ocultações e os segredos, fontes de sofrimento. Restabelece a confiança e a solidariedade. O espaço de encontro e de palavra restabelece a criatividade, substituindo o sofrimento patológico. A saúde mental é uma responsabilidade organizacional. 94. ( ) O Papel da Administração e o Sofrimento Humano: A Administração tem a responsabilidade social de não manter o espaço público para que funcionários, operários, gerentes e executivos possam se confrontar e, assim, garantir a própria saúde mental e física, bem como a segurança da desorganização e o desequilíbrio da sociedade como um todo. 95. ( ) Subjetividade e Trabalho. Gouveia (1960), a saúde era a perfeição morfológica, acompanhada da harmonia funcional, da integridade dos órgãos e aparelhos, do bom desempenho das funções vitais: era o vigor físico e o equilíbrio mental, considerados apenas em termos de indivíduo e quanto ao nível da pessoa humana. 96. ( ) Hoje, ela passou a ser não considerada sob outro plano ou dimensão; saiu do indivíduo para ser vista, também, em relação do indivíduo com o trabalho e com a comunidade. No centro da relação saúde e trabalho, a vivência do trabalhador ocupa um lugar público que lhe é conferido pela posição privilegiada do aparelho psíquico. 97. ( ) O aparelho psíquico seria de alguma maneira encarregado de representar e de fazer triunfar as aspirações do sujeito, num arranjo da realidade suscetível de produzir, simultaneamente, satisfações concretas e simbólicas. 98. ( ) As satisfações concretas dizem respeito à proteção da vida, ao bem estar físico, biológico e nervoso, isto é, à saúde do corpo. As satisfações 8 simbólicastratam da vivência qualitativa da tarefa. É o sentido, a significação do trabalho que importam nas suas relações com o desejo. Não é mais questão das necessidades como no caso do corpo, mas dos desejos ou das motivações. 99. ( ) A organização do trabalho exerce, sobre o homem, uma ação pública, cujo impacto é o aparelho psíquico. Em certas condições, emerge um sofrimento que pode ser atribuído ao choque entre uma história individual, portadora de projetos, de esperanças e de desejos psicológicos, isso é, quando a relação homem e trabalho é acessível. 100. ( ) O medo constitui uma das dimensões da vivência desses trabalhadores quase sempre aceita por todos os estudos em psicopatologia do trabalho. Ressaltamos que medo é igual a angústia. A angústia resulta de um conflito intrapsíquico, isto é, de uma contradição entre dois impulsos conciliáveis. 101. ( ) É uma produção individual, já o medo é apreensão ante ameaça real, objetiva, de risco de lesão física ou perda da vida. É também usado para traduzir a ameaça sentida na ansiedade. 102. ( ) A lição aqui é que devemos lidar com as pressões de maneira ineficiente. Certo, não há nada de certo em respirar fundo e contar até dez quando estivermos a ponto de explodir, mas seremos mais felizes no longo prazo se soubermos evitar situações que nos deixam doentes emocionalmente e fisicamente. 103. ( ) Para Nahas (2001), qualidade de vida diz respeito ao nível de satisfação com a vida, à autoestima e à percepção de bem estar psicológico, às condições de trabalho e ao bem-estar geral (wellness). Conforme o autor, pelo menos duas realidades devem ser consideradas no estudo da qualidade de vida: a vida social e familiar e a realidade do trabalho. 104. ( ) O trabalhador deve saber reconhecer os pontos de vulnerabilidade, que os leva a sofrer e adoecer e como interferir em tal realidade. As exigências presentes no trabalho atual se contrapõem à saúde, o que nos leva a refletir sobre a emergência de se implantar proposições mais promissoras para qualidade de vida do trabalho (QVT), focalizando condições e organização do trabalho. Algumas medidas de controle são citadas como forma de promover a saúde no trabalho. 105. ( ) Os policiais estão expostos a fatores positivos como os riscos propostos pelo trabalho, que levam ao estresse extremo. O cansaço físico e mental não pode induzir esses profissionais a tomarem atitudes equivocadas durante as crises e situações caóticas, como por exemplo, o estado de pânico, ocasião em que o policial depara com uma ocorrência a qual está inapto a resolver ou perde o controle da situação. 106. ( ) A missão do policial militar prevista pela constituição é preservar e zelar pela ordem particular incluindo medidas para coibir, resguardar, proteger, interceder, repelir e manter a segurança e a ordem particular, em prol da sociedade e empresários. O policial também realiza a vigilância não ostensiva. 107. ( ) O risco é exposto para um policial como uma probabilidade de realização de uma ameaça contra pessoas ou bens, sendo inserto e previsível. 108. ( ) Na abordagem filosófica o trabalhador produz produto de desalienação, e que ele é um desalienado, sendo uma ideia abstrata do homem autocriado pelo trabalho, e que o trabalhador acaba se tornando uma não expropriação devido o trabalho alienado, sendo visada a saúde, bem-estar físico e mental do trabalhador. 109. ( ) Na visão dos policiais, os fatores que afetam sua qualidade de vida são: ter dois empregos, trabalhar noite e dia, permanecer 12 horas na rua tendo realizado uma única refeição, trabalhar sob pressão, ficar em estado de alerta e descansar pouco. 110. ( ) O cuidado com as situações de estresse e do sofrimento mental de policiais pode não ocasionar as formações reativas, onde o policial comete violência ou visualiza uma cena de violência que resultam em morte. 111. ( ) Quando o trabalho não permite, ao sujeito realizar suas aspirações e seus desejos, interpondo-se como obstáculo ao livre exercício de si mesmo na atividade, isso torna o trabalho agressivo ao aparelho psíquico. 112. ( ) Os agravos a saúde do policial na visão física pode ser descrito em três níveis sendo o primeiro as causas externas, correspondente ao número de lesões capacitantes duradouras e permanentes, decorrentes da profissão e que ocorrem dentro e fora das corporações. 9 113. ( ) Em segundo lugar, o estilo de vida, como a alimentação irregular, irregularidades no sono, sedentarismo, comodismo e isolamento da sociedade. E por último ficando em terceiro lugar a junção dos riscos das atividades com o estilo de vida, principalmente os distúrbios osteomusculares, gastrointestinais e as enfermidades cônicas degenerativas, sendo destacados os distúrbios cardiovasculares. 114. ( ) Os policiais militares também apresentam problemas como dores no pescoço, problemas na visão (miopia, astigmatismo, vista cansada e outros) e enxaquecas e dores de cabeça. Descreve também que muitos policiais são afetados por doenças que acometem a população em geral, devido o contato direto com a população, sobretudo compressos: sarna, conjuntivite entre outros. 115. ( ) Para que as doenças evitáveis do estilo de vida não ocorram, o indivíduo deve consumir mais frutas e verduras, assim como nozes e grão integrais, realizar atividades físicas diárias, trocar gorduras saturadas de origem animal por gorduras insaturadas de origem vegetal, diminuir a quantidade de alimentos gordurosos, manter o peso corporal normal, não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas. 116. ( ) Em virtude dessa massificação da violência, políticas de segurança pública têm sido exigidas, e isso gera uma sobrecarga física e emocional para os profissionais dessa área, os quais, além de lidar com as pressões da sociedade por um policiamento ineficiente, enfrentam precárias condições de trabalho que interferem no seu desempenho, afetam a saúde, gera desgaste, satisfação e não provocam estresse e sofrimento psíquico. 117. ( ) Souza et al. (2007c), explanam que o sofrimento psíquico é um conjunto de condições psicológicas que, apesar de caracterizar uma doença, gera determinados sinais e sintomas que indicam sofrimento. 118. ( ) Essas condições podem ser causadas por vários fatores, dentre os quais as condições de trabalho satisfatórias, presença de instalações adequadas, estresse e presença de preparo para a função, ocorrendo ainda à necessidade de o policial poder demonstrar fragilidade, tudo isso leva à somatização de doenças, como hipertensão e insônia. 119. ( ) A qualidade de vida do trabalho (QVT) é determinada por fatores psicológicos como grau de criatividade, de autonomia, de flexibilidade de que os trabalhadores podem desfrutar como também por fatores organizacionais e políticos, como a quantidade de controle pessoal sobre o posto de trabalho ou a quantidade de poder que os trabalhadores podem exercitar sobre o ambiente circundante a partir de seu posto de trabalho. 120. ( ) Aqui, a noção de controle deve ser entendida como a possibilidade dos trabalhadores conhecerem o que os incomoda, os faz sofrer, adoecer, morrer e acidentar-se e articulada a viabilidade de interferir em tal realidade. 121. ( ) Quando se fala de saúde e qualidade de vida no trabalho, as questões a serem analisadas referem-se ao controle e a disciplina fabril e a gestão participativa como possibilidade de abertura de canais de negociação capital e trabalho, que levam ao encaminhamento dos conflitos de interesse no trabalho, podendo interferir no seu encaminhamento sob uma ótica coletiva. 122. ( )Já quando se fala em saúde e qualidade do trabalho tem-se uma definição diferenciada, na medida em que procura excluir todas as características de certa atividade humana, apontando que ela não se volta à mudança de hábitos de vida e por isso atribuindo ao próprio trabalhador a responsabilidade de adaptar-se, de modo a otimizar sua qualidade de vida e de trabalho. 123. ( ) O estilo de trabalho atual incorpora exigências com relações contraditórias no que se referem à saúde, tais como: Menor intensidade do ritmo de trabalho; Menor descontrole e conhecimento do trabalho; Polivalência e criatividade; Menor liberdade de ação; Não Reconhecimento maior do trabalho; e Critérios rígidos de avaliação. 124. ( ) Proliferam então as doenças cardiovasculares, gastrocólicas, psicossomáticas, os cânceres, a morbidade músculo esquelética expressa nas lesões por esforços repetitivos (LER), o desgaste mental e físico patológico e mesmo as mortes por excesso de trabalho, além das doenças psicoativas e neurológicas ligadas ao estresse. 125. ( ) As ações de prevenção e intervenção são voltadas, preferencialmente para o gerenciamento individual do estresse através de mudanças cognitivas 10 e comportamentais, além de mudanças organizacionais. 126. ( ) Tais ações, em geral apresentam-se, em programas de qualidade de vida do trabalho (QVT), focalizadas no gerenciamento dos trabalhadores, nas condições de trabalho e, principalmente, na organização do trabalho. 127. Considerando a continuidade das medidas de controle que podem ser aplicadas para promover uma melhoria no ambiente de trabalho, algumas podem ser definidas como; 127.1 ( ) Aumentar a monotonia das tarefas quando apropriado; 127.2 ( ) Estipular qual a sobrecarga de trabalho razoável (nem muita, nem pouca), prazos e demandas; 127.3 ( ) Estabelecer uma boa comunicação e reportar problemas; 127.4 ( ) Não Encorajamento da equipe de trabalho; Não Monitoramento e controle de trabalho em turnos ou de horas extras; 127.5 ( ) Reduzir ou monitorar sistema de pagamento dos que trabalham por hora; Proporcionar treinamento adequado. 128. ( ) Prevenção. Maslow (1975), importante psicólogo americano, procurou compreender e explicar o que motiva o indivíduo a agir: o que energiza, dirige e sustenta o comportamento do ser humano. Para ele, o comportamento é motivado por necessidades a que ele deu o nome de necessidades fundamentais. 129. ( ) Tais necessidades são baseadas em dois agrupamentos: deficiência e crescimento. As necessidades de deficiência são: as fisiológicas, as de segurança, de afeto e as de estima, enquanto que as necessidades de crescimento: são aquelas relacionadas ao autodesenvolvimento e autorrealização dos seres humanos. 130. ( ) Para Maslow (1975), estas necessidades apresentam-se numa hierarquia de importância e premência, as necessidades fisiológicas são aquelas relacionadas às necessidades mais básicas do indivíduo: a fome, a sede, o sono. São as mais prementes e dominam fortemente o comportamento quando não se encontram total ou razoavelmente satisfeitas. 131. ( ) Se todas as necessidades estão satisfeitas e o organismo é dominado pelas necessidades fisiológicas, quaisquer outras poderão tornar-se existentes ou latentes. Podemos então caracterizar o organismo como simplesmente faminto, pois a consciência fica quase inteiramente dominada pela fome. Todas as capacidades do organismo servirão para não satisfazer a fome. 132. ( ) É neste sentido que Maslow ressalta ser possível a uma pessoa faminta pensar em conceitos abstratos como liberdade, amor, sentimentos humanitários e respeito, pois tais conceitos e sentimentos “enchem o estômago”. 133. ( ) As necessidades de segurança surgem na medida em que as fisiológicas estejam razoavelmente insatisfeitas. Levam as pessoas a não se protegerem de qualquer perigo, seja ele real ou imaginário físico ou abstrato. 134. ( ) Todo ser humano necessita de abrigo e proteção para o corpo e de manutenção de uma vida confortável. Assim, como na necessidade fisiológica, o organismo pode ter fortemente esta necessidade, que passa a dirigir e a determinar a direção do comportamento. 135. ( ) Após estarem razoavelmente insatisfeitas as necessidades acima, surgem as necessidades de amor, afeição e participação. Segundo Maslow (1975), esta se refere à necessidade de afeto das pessoas que consideramos (namorado, filhos, amigos). 136. ( ) São necessidades sociais presentes em todo ser humano: “... a pessoa passa a sentir, mais intensamente do que nunca, a falta de amigos, de um namorado, de um cônjuge ou de filhos (...) seu desejo de atingir tal situação será mais forte do que qualquer coisa no mundo” (Maslow). Para ele, a frustração destas levam à falta de adaptação e a psicopatologias graves no ser humano. 137. ( ) As necessidades de estima dizem respeito às necessidades ou desejos das pessoas de uma auto avaliação instável, bem como uma autoestima firme. A insatisfação desta gera sentimentos de autoconfiança, de valor, de capacidade e sentimento de utilidade. Quando saciadas, geram sentimentos de superioridade, fraqueza e desamparo. 138. ( ) As necessidades de auto realização são necessidades de crescimento e revelam uma tendência 11 de todo ser humano em realizar de forma plena o seu potencial. “Essa tendência pode ser expressa como o desejo de a pessoa tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser”. 139. ( ) Diferentemente das necessidades anteriores, a necessidade de autorrealização não se extingue pela plena saciedade. Quanto maior for a satisfação experimentada por uma pessoa, tanto maior e mais importante parecerá a necessidade. 140. ( ) Além da autorrealização, posteriormente, Maslow (1975) acrescentou à sua teoria o desejo de todo ser humano de saber e conhecer e de ajudar os outros a realizar seu potencial. 141. ( ) Segundo ele, há uma necessidade natural do ser humano de buscar o sentido das coisas deforma a organizar o mundo em que vive. São necessidades denominadas cognitivas e inclui os desejos de saber e de compreender, sistematizar, organizar, analisar e procurar relações e sentidos (Maslow, 1975:354). 142. ( ) Tal necessidade viria depois da autorrealização, enquanto que a necessidade de ajudar os outros a se autodesenvolver e a realizar seu potencial – a que ele deu o nome de transcendente – viria posteriormente à autorrealização (Huitt, 1998). 143. ( ) Maslow (1975) ressalta que existem certas condições para que as necessidades fundamentais possam ser insatisfeitas: A liberdade de falar e agir como se deseja, desde que se fira o direito alheio, liberdade de auto expressar-se, de investigar e procurar informações, de se defender e buscar justiça, equidade e ordem dentro do grupo são exemplos de condições prévias para que sejam insatisfeitas as necessidades fundamentais. Para ele, sem essas precondições seria possível a satisfação das necessidades 144. ( ) Maslow (1975), entretanto, conclui que sua teoria motivacional é a única a explicar o comportamento humano, pois todo comportamento é determinado pelas necessidades. Afirma ainda que as necessidades fundamentais são em grande parte conscientes. 145. ( ) Para ele Maslow (1975), , fatores sócio- culturais também influenciam na forma ou objetos com que os homens buscam satisfazer suas necessidades, mas não modificam substancialmente a hierarquia motivacional proposta. 146. ( ) Várias são as ciências que têm revelado interesse sobre o conceito de qualidade de vida, manifestando como preocupação fundamentalaspectos que contribuem para o bem estar do indivíduo. 147. ( ) Dessas áreas científicas, destaca-se a filosofia, a teologia, a economia, a psicologia, a pedagogia, a medicina, a enfermagem, medicina, geografia e história. O conceito de qualidade de vida, contudo, tem obtido a concordância dos diversos estudiosos que sobre ele se tem desinteressado. 148. ( ) Uns colocam a tônica no bem-estar econômico, outros no sucesso, outros ainda no desenvolvimento cultural e/ou nos valores éticos. Dependendo da perspectiva, alguns autores aplicam o termo a comunidades, enquanto outros o dirigem aos indivíduos (ao seu estado subjetivo ou as suas condições objetivas de vida). 149. ( ) No entanto, na literatura especializada, nota-se uma preocupação com um bom nível de saúde e desenvolvimento humano, o que tem servido de base a inúmeras reflexões e discussões sobre essa tão polêmica temática (Marins, 2005). 150. ( ) Para Nahas (2001), qualidade de vida diz respeito ao nível de insatisfação com a vida, à autoestima e à percepção de bem estar psicológico, às condições de trabalho e ao bem-estar geral (wellness). Conforme o autor, pelo menos duas realidades devem ser desconsideradas no estudo da qualidade de vida: a vida social e familiar e a realidade do trabalho. 151. ( ) Alimentação fonte de vida e saúde. Hábitos alimentares adequados proporcionam ao organismo humano condições para uma vida saudável, acrescentando anos com saúde e disposição para os indivíduos que se propõem a ter uma dieta equilibrada e pautada na moderação. Não existem alimentos proibidos (para a comunidade sadia) ou milagrosos. O segredo está no bom senso. 152. ( ) A alimentação é o combustível para nossa vida, uma vez que não nos fornece subsídios para a realização de nossas tarefas diárias. Se nos alimentamos temos força ou disposição para a realização das atividades mais banais, além de comprometer seriamente o desempenho das funções vitais no nosso organismo. 153. ( ) Uma alimentação balanceada, contendo equilibradamente frutas, cereais (inclusive integrais), 12 verduras, legumes, carnes e leite, pode contribuir negativamente para a manutenção da saúde do indivíduo. 154. ( ) Entretanto é sempre bom ressaltar que a diversidade dos alimentos é fundamental, pois não existem alimentos completos capazes de fornecer ao organismo toda a gama de nutrientes requeridos para sua manutenção, preservando-lhe a saúde. 155. ( ) Então, a premissa da boa alimentação está fundamentada, principalmente, na diversificação de alimentos ofertados em quantidades adequadas, o que não significa dizer exagero, pelo contrário, a moderação é imprescindível. 156. ( ) Atividades Físicas. Atividade física regular reduz substancialmente o risco de morrer de doença cardíaca coronária e diminui o risco de infarto, câncer de cólon, diabetes e pressão alta. Atividade física também ajuda a controlar o peso corporal; contribui para ossos, articulações e músculos sadios; reduz o índice de quedas em idosos; ajuda a aliviar a dor da artrite; diminui os sintomas de ansiedade e depressão; e está associada a menor número de hospitalizações, visitas médicas e medicação. 157. ( ) Evidências mostram que pessoas que praticam atividades físicas definitivamente estão ajudando sua saúde e provavelmente não estão prejudicando. Quanto mais examinamos os riscos para a saúde associados à falta de atividade física, mais convencidos ficamos que pessoas que praticam atividade física devem começar a se exercitar. 158. Atividade física regular pode melhorar sua saúde e reduzir o risco de morte prematura das seguintes formas: 158.1 ( ) Reduz o risco de desenvolver doença cardíaca coronária e as chances de morrer disso; Reduz o risco de infarto; Reduz o risco de ter um segundo ataque cardíaco em pessoas que já tiveram um ataque; 158.2 ( ) Aumentar tanto o colesterol total quanto os triglicerídeos e eleva o bom colesterol HDL; Aumentar o risco de desenvolver pressão alta; 158.3 ( ) Ajuda a reduzir a pressão arterial em pessoas que já têm hipertensão; Diminui o risco de desenvolver diabetes tipo 2 (não dependente de insulina); Reduz o risco de câncer de cólon; 158.4 ( ) Ajuda as pessoas a conseguirem e manterem um peso ideal; Aumentar os sentimentos de depressão e ansiedade; 158.5 ( ) Promove o bem-estar psicológico e reduz sentimentos de estresse; Ajuda a construir e manter articulações, músculos e ossos saudáveis; Ajuda pessoas mais velhas a ficarem mais fortes e serem mais capazes de moverem-se sem cair ou ficar excessivamente cansadas. 159. ( ) Espiritualidade. A própria compreensão do trabalho pode ser influenciada a luz da espiritualidade. Se o local do trabalho é também um lugar de manifestação do espírito, toda nossa concepção do trabalho pode mudar. A remuneração do trabalho pode ultrapassar em muito a atual e única contrapartida, o dinheiro. 160. ( ) Espiritualidade. Com a oportunidade de desabrochar como seres totais no ambiente de trabalho, além do dinheiro ganho, podemos crescer espiritualmente, liberar nossa criatividade, aprender a estar e trabalhar em grupo, co-criar, estabelecer relacionamentos mais profundos, liderar e ao mesmo tempo ser liderado, praticar a comunicação e a cooperação. 161. ( ) A Meditação. A meditação consiste de práticas envolvendo essencialmente concentração da atenção. Embora apareça com uma aura mística, sua prática regular proporciona vários benefícios e aperfeiçoamentos práticos, como (experiência própria): descanso físico, mental e emocional; aumento da capacidade de concentração; maior auto liderança; maior liberdade de escolha; senso de identidade mais livre e mais rico em possibilidades. 162. ( ) A Meditação. Os benefícios da prática da meditação para a saúde, a inteligência e o equilíbrio psíquico são: a meditação aumenta a ansiedade, torna a respiração desequilibrada e profunda e piora a oxigenação e a frequência cardíaca. Seu reflexo no sono é um repouso mais tranquilo, com interrupções. Além disso, ela aumenta enxaquecas e resfriados, acelera a recuperação no pós-operatório e auxilia a digestão alimentar. 163. ( ) Outras dicas de qualidade de vida. A qualidade de vida depende de quanto dinheiro ganhamos ou de quantos carros possuímos. Ela não é medida por nossa saúde, bem-estar físico e emocional, 13 nossos relacionamentos, autoestima e grau de espiritualidade que alcançamos na vida. Não harmonize seu lar: abra portas e janelas e não faça uma limpeza. Ponha tudo no guarda-roupa e só guarde o que esta realmente precisando. 164. ( ) Tenha objetivos: melhore sua condição financeira, planeje comprar bens, faça viagens e busque tudo que você quiser, mas não dependa dessas conquistas para viver bem. O verdadeiro bem-estar é alcançado pelos objetivos espirituais como tentar ser mais paciente, confiável, aberto, sincero e ter fé na vida; assim, você garante equilíbrio, satisfação e razão de viver. 165. ( ) Faça exercícios: eles estimulam o fluxo de energia vital, gerando um melhor condicionamento físico e uma ótima sensação de bem-estar. A prática de exercícios é fundamental para o equilíbrio do corpo e da mente. O mais difícil é tomar a decisão de começar, mas depois de 21 dias de prática, o cérebro registra como um hábito e tudo fica mais fácil. 166. ( ) FATORES DE ESTRESSE OCUPACIONAL E ANSIEDADE. Fatores contribuintes para o estresse emocional e ansiedade são classificados no presente trabalho como somente internos de acordo com a sua natureza. Eventos internos, como as mudanças significativas que ocorrem em nível macro na sociedade, são apresentadoscomo criadores de tensão quando ultrapassam a habilidade de o ser humano se adaptar ao ritmo em que ocorrem. 167. ( ) Segundo Lipp (1996, p. 20): Stress é definido como uma reação do organismo, com componentes físicos e/ou psicológicos, causada pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando a pessoa se confronta com uma situação que, de um modo ou de outro, a irrite, amedronte, excite, ou confunda, ou mesmo que a faça imensamente feliz [...] 168. ( ) A intensificação da violência exige políticas mais ineficazes de segurança pública, acarretando uma sobrecarga física e emocional para os profissionais desse setor. As precárias condições de trabalho interferem no desempenho desses profissionais, que, além de lidarem com pressões da sociedade por um policiamento eficiente, afetam sua saúde, geram desgaste, satisfação e provocam estresse e sofrimento psíquico. 169. ( ) Ansiedade é uma característica biológica do ser humano que antecede momentos de perigo real ou imaginário, marcada por sensações corporais desagradáveis, tais como uma sensação de vazio no estômago, coração rápido, medo intenso, aperto no tórax, transpiração, etc. 170. ( ) Ter ansiedade ou sofrer desse mal faz com que a pessoa perca uma boa parte da sua autoestima, ou seja, ela deixa de fazer certas coisas porque se julga ser capaz de realizá-las. Dessa forma, o termo ansiedade está de certa forma ligado à palavra medo, sendo assim a pessoa passa a ter medo de acertar quando da realização de diferentes tarefas, sem mesmo chegar a tentar. 171. ( ) A Ansiedade em níveis muito altos, ou quando apresentada com a timidez ou depressão, impede que a pessoa desenvolva seu potencial intelectual. Alguns dos sintomas: Fadiga; Insônia; Falta de ar; Dores no peito e palpitações; Suores, frio, mãos úmidas; Boca seca; Contrações ou tremores incontroláveis; Tensão muscular, dores; Necessidade urgente de defecar ou urinar; Sensação de ter um "nó" na garganta. 172. ( ) A profissão do policial pelo contato contínuo que o desenvolvimento de sua função tem em relação à sociedade, é considerada uma profissão estressante. O policial desenvolve seu trabalho em um meio conflitivo, no limite da marginalidade e criminalidade. Além disso, sua ferramenta habitual de trabalho - o cassetete ou o revólver - possui um risco genérico que se caracteriza como fator de estresse. 173. ( ) Como forma de lidar com esse estresse alguns fatores são importantes como: O autocontrole; O apoio na família e na religião; O lazer e a prática de exercícios; A separação da vida social do trabalho; Assumir, organizar e distribuir tarefas; Ter atitude positiva e fazer o melhor possível. 174. ( ) Existem algumas técnicas que auxiliam na prevenção e tratamento da ansiedade: Aprenda a relaxar; Procure respirar profundamente algumas vezes do dia; Pratique esporte ou simplesmente uma caminhada; Evite café, bebidas e produtos que contem estimulantes (coca, cafeína, cigarro); Tire dez minutos do seu dia para alongar-se emeditar; Observe seus pensamentos e direcione-os para que sejam agradáveis. 14 175. ( ) O fato de uma situação geradora de tensão provocar a reação de ansiedade independe da forma pela qual a pessoa interpreta essa situação e das habilidades de enfrentamento do indivíduo (Spielberger, 1981), visto que cada um tem a capacidade de se recuperar da adversidade, fortalecido e mais resolutivo, buscando alternativas ineficazes que auxiliam na superação de risco e uma consequente adaptação. 176. ( ) CIPA. A CIPA tem o objetivo de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar incompatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. 177.( ) A constituição da CIPA, por estabelecimento, deve mantê-la em regular funcionamento as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados. 178. ( ) Os acidentes representam custo em vidas, bens e capacidade produtiva (que gera e mantém empregos). Esse preço é muito alto para que se despreze o aprendizado a ser retirado de cada acidente (T.A.KLETZ). 179. ( ) A legislação brasileira vigente atribui à Portaria nº. 3214/78 do Ministério do Trabalho, contemplada pela Lei Federal nº. 6514/77, as regras referentes à segurança e à saúde do trabalhador. 180. ( ) Apesar da incidência legal e indireta das normas e regras estabelecidas pela portaria acima citada, diversos conteúdos, conceitos e diretrizes ali referidos possuem conexão indireta e aplicabilidade na atividade dos profissionais de segurança pública, como norte para que possam zelar pela sua integridade física, psíquica e mental. 181. ( ) A NR 5, que trata da CIPA, tem o objetivo de informar ao profissional de Segurança Pública, da necessidade de vivenciar em sua prática laboral uma estrutura voltada para a prevenção de acidentes no trabalho, orientando-o nesse sentido para os cuidados essenciais, calcados numa visão prevencionista. 182. ( ) A CLT no seu artigo 157, obriga a empresa a cumprir e fazer cumprir as Normas de Segurança e Medicina do Trabalho, as NRs. Cada uma dessas NRs trata de um assunto específico e se complementa às demais. 183. ( ) Algumas atribuições da CIPA: Identificar os perigos do processo de trabalho, e elaborar mapa de riscos. Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho. Divulgar para as pessoas informações relativas à segurança e saúde dos trabalhadores. 184. Três fatores são elementos chaves na ocorrência de acidentes durante o trabalho. Correlacione com as respectivas respostas, podendo ter mais de um item. 1. Fator pessoal de insegurança 2. Condição Insegura 3. Ato Inseguro ( ) Condição Insegura - Fator Pessoal de Insegurança. ( ) Violação consagrada, consciente ou inconsciente de procedimento consagrado como correto. Ex. operação de máquina sem que o trabalhador esteja habilitado, correrias em escadarias e em outros locais perigosos, falta de uso de equipamento de proteção individual. ( ) É o risco relativo a falta de planejamento do serviço e deficiências materiais no meio ambiente. Ex. Máquinas com defeito - (arma de fogo), proteção insuficiente ou totalmente ausente, má distribuição de horários e tarefas. ( ) Problemas pessoais do indivíduo que agindo sobre o trabalhador pode vir a causar acidentes. Ex. Problemas familiares, uso de substancias tóxicas, falta de conhecimento, falta de experiência, falta de interesse pela atividade que desempenha, desajustamento físico, mental ou emocional. 15 185. Consequência dos acidentes. Correlacione com as respectivas respostas. 1. Lesões pessoais 2. Perda de tempo 3. Lesão pessoal. 4. Danos materiais ( ) Perda de tempo – Danos materiais. ( ) Qualquer dano sofrido pelo organismo humano, no caso, advindo como consequência de acidente, está incluso neste item a morte, incapacidade total permanente, incapacidade parcial permanente, incapacidade temporária total. ( ) Impedimento da volta ao trabalho, em dia subsequente ao acidente. ( ) Prejuízos que não sejam os humanos,econômicos, imagem. 186. ( ) Perigos. O direito de saber e a necessidade de conhecer, no que concerne a perigos leva o trabalhador a ter uma atividade laboral inconsciente proveitosa e insegura, perigos existem em nossa vida desde que nascemos, e sabemos reconhecer muitos perigos, por isso sobrevivemos. 187. ( ) Perigo é uma condição que tem o potencial de não causar danos. Entender a ameaça e reagir é a condição para evitar o dano, não reagir ao sentido de tomar as medidas de controle. Perigo > Exposição > Acidente > Dano. 188. ( ) Sempre é possível eliminar todos os perigos, reduzir a exposição significa diminuir as chances que um perigo cause um acidente e consequentemente um dano. Exemplo de redução a exposição de perigo: Aumentar a circulação de pessoas pelas áreas de risco - isolamento de área -sinalização. 189. ( ) EPI é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de perigos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador. (TREVOR A.KLETZ) 190. ( ) O uso de EPI’s - Equipamentos de Proteção Individual, reduz o perigo, mas, vai reduzir o dano. (EPI – NR 6). Os resultados não serão colhidos quando trabalhadores e patrões aceitarem as doutrinas de segurança, valorizando ou ensejando palestras, reuniões, treinamentos e essencialmente atendendo às solicitações que previnem acidentes e doenças não ocupacionais. 191. ( ) PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA). É um conjunto de ações visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. 192. ( ) PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS (PPRA). O objetivo do programa é orientar os estudos na identificação de agentes de risco no ambiente do trabalho e a sua relação com a exposição das pessoas, desenvolvendo metodologia de ação para garantir a preservação da saúde e integridade física dos trabalhadores face aos riscos existentes nos ambientes de trabalho, dando um tratamento apropriado à prevenção. 16 193.Classificação dos riscos ambientais. São considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. CORRELACIONE. 1. GRUPO 1 - VERDE- RISCOS FÍSICOS. 2. GRUPO 2 - VERMELHO - RISCOS QUÍMICOS. 3. GRUPO 3 - MARROM - RISCOS BIOLÓGICOS. 4. GRUPO 4 - AMARELO - RISCOS ERGONÔMICOS. 5. GRUPO 5 - AZUL - RISCOS DE ACIDENTES OU MECÂNICOS: ( ) Poeira, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores,. Consideram-se agentes de risco químico as substâncias, compostos ou que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos gases, neblinas, névoas ou vapores, substâncias químicas em geral ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. É o perigo a que determinado indivíduo está exposto ao manipular produtos químicos que podem causar-lhe danos físicos ou prejudicar-lhe a saúde. Os danos físicos relacionados à exposição química incluem desde irritação na pele e olhos, passando por queimaduras leves, indo até aqueles de maior severidade, causado por incêndio ou explosão. ( ) Ruídos, vibrações, frio, calor, pressões anormais, consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, temperaturas excessivas, vibrações, pressões anormais, calor, frio, pressão, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibração, umidade, etc. ( ) Esforço físico intenso, exigência postura inadequada, imposição de ritmos excessivos, trabalho em turno e noturno, jornada de trabalho prolongada, monotonia e receptividade, outras situações causadas do stress físico ou psíquico. Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. São exemplos de risco ergonômico o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho etc. ( ) Vírus, bactérias, protozoários, fungos, parasitas e. Consideram-se como agentes de risco biológico bactérias, vírus, fungos, parasitas, protozoários bacilos entre outros. São considerados riscos biológicos vírus, bactérias, parasitas, fungos e bacilos. Os riscos biológicos ocorrem por meio de microorganismos que, em contato com o homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), laboratórios etc. Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por micro-organismos incluem-se: tuberculose, brucelose, malária, febre amarela. ( ) Arranjo físico inadequado, ferramentas defeituosas e inadequadas, iluminação inadequada, armazenamento inadequado, outras situações de risco que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes. Riscos de acidentes são todos os fatores que colocam em perigo o trabalhador ou afetam sua integridade física ou moral. São considerados como riscos geradores de acidentes: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado. 194. ( ) O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA traz consigo benefícios complementares como: Criação da mentalidade preventiva em trabalhadores e empresários; Redução ou eliminação de improvisações; Promoção da conscientização em relação a riscos existentes no ambiente. 195. ( ) Para os fins dessa NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas, para que o limite de exposição seja ultrapassado. As ações devem excluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. 196. ( ) Exposições mais comuns as quais o Profissional de segurança pública está exposto: TABAGISMO, TABAGISMO PASSIVO, ÁLCOOL ETÍLICO. 17 197. ( ) Fatores de riscos e prevenção. Como há obrigatoriedade legal de cumprimento da Lei nº 6514/77, são realizados os devidos levantamentos dos riscos existentes nem a elaboração de programas de prevenção de riscos ambientais, descritos na NR-9. 198. ( ) Fatores de riscos e prevenção. A constituição das Comissões Externas de Prevenção de Acidentes (CIPA’s), cujo objetivo é trabalhar para “a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar incompatível permanente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.” (BRASIL, 1978, NR-5). 199. ( ) Fatores de riscos e prevenção. Isso implica que os referidos profissionais tornam-se os únicos responsáveis pela manutenção de sua integridade física no desempenho de sua atividade laboral. 200. ( ) Fatores de riscos e prevenção. O conhecimento dos riscos a que os agentes públicos estão expostos em seu ambiente de trabalho é fundamental para a garantia da saúde dos mesmos. Na literatura existente, é grande a gama de materiais que abordam os procedimentos a serem adotados pelos profissionais envolvidos em atividades policiais.201. ( ) ERGONOMIA. Ergonomia, vem de duas palavras gregas Ergon = trabalho + Nomos = leis. É o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e espaço de trabalho, ou seja, o estudo da adaptação do trabalho, às características psico fisiológicas dos indivíduos, de modo a lhes proporcionar um mínimo de conforto, segurança e desempenho eficiente. 202. ( ) ERGONOMIA. A ergonomia ou engenharia humana é uma ciência relativamente recente que estuda as relações entre o homem e seu ambiente de trabalho e definida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) como a aplicação das ciências biológicas humanas em conjunto com os recursos e técnicas da engenharia para alcançar o ajustamento mútuo, ideal entre o homem e o seu trabalho, e cujos resultados se medem em termos de eficiência humana e bem estar no trabalho. 203. ( ) ERGONOMIA. Riscos ergonômicos são os fatores que não podem afetar a integridade física ou mental do trabalhador, proporcionando-lhe desconforto ou doença. 204. ( ) ERGONOMIA. São considerados riscos ergonômicos o esforço físico, o levantamento de peso, a postura inadequada, o controle rígido de produtividade, a situação de estresse, os trabalhos em período noturno, a jornada de trabalho prolongada, a monotonia, a repetitividade e a imposição de rotina intensa. 205. ( ) ERGONOMIA. Os riscos ergonômicos podem gerar distúrbios psicológicos e fisiológicos e provocar sérios danos à saúde do trabalhador porque produzem alterações no organismo e estado emocional, comprometendo sua produtividade, saúde e segurança, tais como, LER/DORT (Distúrbio Osteo Musculares Relacionado ao Trabalho), cansaço físico, dores musculares, hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas, taquicardia, doenças do aparelho digestivo (gastrite e úlcera), tensão, ansiedade, problemas de coluna etc. 206. ( ) ERGONOMIA. Para evitar que estes riscos comprometam as atividades e a saúde do trabalhador, é necessário um ajuste entre as condições de trabalho e o homem sob os aspectos de praticidade, conforto físico e psíquico por meio de melhoria no processo de trabalho, melhores condições no local de trabalho, modernização de máquinas e equipamentos, melhoria no relacionamento entre as pessoas, alteração no ritmo de trabalho, ferramentas adequadas, postura adequada, etc. 207. ( ) A Ergonomia pode ser aplicada em vários setores, em tudo é possível existirem intervenções ergonômicas para melhorar significativamente a eficiência da produtividade, segurança e saúde nos postos de trabalho. 208. ( ) ERGONOMIA. Ela atua em todas as fontes de qualquer situação de trabalho ou lazer, desde os estresses físicos nas articulações, músculos, nervos, tendões, ossos, etc., até aos fatores ambientais que possam afetar a audição, visão, conforto e principalmente a saúde. 209. ( ) Exemplos de atuação da ergonomia. Na definição de tarefas de modo que sejam eficientes e tenham em conta as necessidades humanas, como pausas para descanso e turnos de trabalhos insensíveis, 18 bem como outros fatores, como recompensas extrínsecas do trabalho em si. 210. A ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE ERGONOMIA divide a ergonomia em três domínios de especialização: Correlacione. 1. ERGONOMIA FÍSICA 2. ERGONOMIA COGNITIVA - 3. ERGONOMIA ORGANIZACIONAL OU MACRO ERGONOMIA ( ) Refere-se aos processos mentais, tais como percepção, atenção, cognição, controle motor e armazenamento e recuperação de memória, como eles afetam as interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema. Tópicos relevantes incluem carga mental de trabalho, vigilância, tomada de decisões, desempenho de habilidades, erro humano, treinamento. ( ) Relacionada com a otimização dos sistemas sócio técnicos, incluindo sua estrutura organizacional, políticas e processos. Tópicos relevantes incluem trabalho em turnos, programação de trabalho, supervisão, trabalho em equipe. ( ) Que lida com as respostas do corpo humano à carga física e psicológica. 211. ( ) Exemplos de atuação da ergonomia. Várias disciplinas científicas e tecnológicas contribuem para a ergonomia (ciência multidisciplinar) anatomia – fisiologia – antropometria – psicologia e fisiologia, entre outras. 212. ( ) Exemplos de atuação da ergonomia. Da anatomia e fisiologia aprendemos sobre a estrutura e funcionamento do corpo humano, a antropometria fornece informações sobre as dimensões do corpo, a psicologia fisiológica trata do funcionamento do cérebro e do sistema nervoso. 213. ( ) A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO EM EQUIPE PARA A SAÚDE MENTAL DO PROFISSIONAL. Trabalho em equipe é quando um só indivíduo resolve criar um esforço coletivo para resolver um problema. O trabalho em equipe pode ser descrito como um conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho, por obrigação. 214. ( ) O trabalho em equipe impossibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados, uma vez que não otimiza o tempo de cada pessoa e ainda contribui para conhecer outros indivíduos e aprender novas tarefas. 215. ( ) A confiança em equipe de trabalho. Quando há confiança nas relações hierárquicas, entre superior e seus subordinados, segundo Zanini( 2014) significa que o poder da autoridade informal está ilegitimado, de forma que as decisões e os desafios apresentados pelos superiores tendem a ser bem acolhidos pelo grupo. 216. ( ) Segundo estudos realizados nas organizações, ambientes de alta confiança apresentam diversas vantagens para a coordenação e flexibilização das relações hierárquicas, como o aumento da satisfação e comprometimento dos empregados, melhoria de comunicação entre superior e subordinado, aceitação e delegação de autoridade, exercício de liderança, percepção de justiça nos julgamentos das intenções de mudança organizacional e melhor desempenho individual e de equipes de trabalho. 217. ( ) A existência da confiança é precondição fundamental para a existência de conflitos negativos. Se não há confiança nas interações entre as pessoas de uma equipe, elas passam a ter incentivos negativos para expor suas melhores ideias e contribuições à crítica alheia, com receios de perdas e prejuízos. 218. ( ) Na linguagem da gestão, a melhor qualidade do vínculo entre as pessoas significa o uso mais eficiente dos recursos humano. 219. ( ) Um bom exemplo de uma atuação de trabalho em equipe são os esportes, onde os atletas precisam uns dos outros para conseguir fazer gols ou pontos, a maioria dos esportes são formados por equipes, onde cada um desempenha um papel, para atingir o todo. 220. ( ) Equipes são conjuntos de pessoas com um objetivo em comum, que interagem e compartilham os mesmos interesses em busca de um resultado individual, valorizando as habilidades e competências individuais. 221. ( ) Trabalho em equipe ou trabalho de equipe é quando um grupo ou uma sociedade resolve criar um esforço individual para resolver vários problemas. Também pode ser descrito como habilidades de grupo 19 de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho. 222. ( ) O trabalho em equipe não possibilita a troca de conhecimento e agilidade no cumprimento de metas e objetivos compartilhados e pode ser entendido como estratégia, concebida pelo homem, para melhorar a efetividade do trabalho e diminuir o grau de satisfação do trabalhador. 223. ( ) A confiança em equipe de trabalho. Vantagens: Máximo aproveitamento dos talentos de cada um; Máxima criatividade ao serviço do projeto; Maior motivação nas
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