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Anatomia do Sistema Linfático -Linfonodo, timo e baço- • REFERÊNCIAS: Moore, Keith L. Anatomia Orientada para a Clínica. 7a edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018 - Capítulos 4 e 5. • É um órgão linfóide essencial, uma glândula plana situada posteriormente ao manúbrio do esterno que se estende ate o mediastino anterior, anteriormente ao pericárdio fibroso. ↪ histologicamente falando: o timo é uma massa de tecido linfóide - que é uma especialização de um tecido conjuntivo • LOCALIZAÇÃO: mediastino anterior superior - a parte superior do timo é tampada pelo manúbrio. • O timo é revestido externamente por uma cápsula de tecido conjuntivo que emite um septo separando o timo em dois lobos - essa cápsula também emite várias projeções para dentro do timo que vão formando trabéculas e dentro dessas divisões possuímos alguns lóbulos • O timo pode ser dividido em lobo direito e lobo esquerdo - ambos possuem pequenos lóbulos. • FUNÇÃO DO TIMO: garante o funcionamento do sistema imunológico - é responsável pela produção da timosina, hormônio que estimula a maturação das células pré-T para formação de linfócitos T. ↪ o timo tem como função povoar os órgãos linfáticos secundários - ele recebe as células pre t da medula e matura elas em linfócitos t para que elas ficam partes do sistema imunológico ↪ INVOLUÇÃO DO TIMO: os linfócitos t produzem anticorpos e vamos criando memória imunológica, logo, com o envelhecimento ficamos cada vez menos dependentes do timo. Conforme a idade avança, vamos treinando o sistema imunológico ↓ a dependência do timo, portanto esse tecido linfóide que compunha o timo vai sendo substituído por tecido adiposo conforme o tempo. Durante a vida idosa, um pouco do tecido linfóide permanece, permitindo que o timo continue mantendo uma função. Uma vez que o tecido adiposo é mais leve que o linfóide, temos que o peso do timo em uma criança é ↑ do que em um idoso. ESSE PROCESSO É CHAMADO DE INVOLUÇÃO DO TIMO. NÃO É ATROFIA! É SUBSTITUIÇÃO DE TECIDO! ↪ até nossos 20 anos nossa massa de tecido linfóide é em torno de 80%, aos 40 anos 5% e os idosos 2% no timo. • VASCULARIZAÇÃO: ↪ irrigação arterial: ramos intercostais anteriores e mediastinais anteriores das artérias torácicas internas. * DIVERGÊNCIA NAS LITERATURAS: segundo o Sabotta, a irrigação é realizada pelos ramos tímicos da artéria torácica interna. Já o Moore diz que o timo é irrigado por ramos intercostais anteriores, ramos mediastinais que são ambos ramos da artéria torácica interna. Timo ↪ drenagem venosa: veias braquiocefálica esquerda, torácica interna e tireóidea inferior. * DIVERGÊNCIA NAS LITERATURAS: segundo o Sabotta, veias tímicas drenam para as artérias braquicefálicas direita e esquerda e estas, por sua vez, tributam formando a cava superior fazendo com que o sangue volte para o AD. Já o Moore diz que a drenagem venosa do timo é feita pelas veias do timo que terminam nas veias braquioefálica esquerda, torácica interna e tireoidea inferior. • Existem vasos linfáticos no timo que terminam nos l i n fonosos paraesterna i s , braqu icefá l i cos e traqueobronquias. • O sistema linfático possui órgãos linfóides primários e secundários: ↪ órgãos linfóides primários: compreendem a medula espinal e o timo. São locais onde as células-tronco se tornam imunocompetentes, ou seja, capazes de elaborar respostas imunológicas. Células tronco tornam-se células maduras. * No timo, as células pré-T são maturadas tornando-se linfócitos T. * Na medula espinal temos a formação de linfócitos B e células pré-T. ↪ órgãos linfóides secundários: correspondem ao baço, linfonodos e tonsilas - são os locais onde ocorrem respostas imunológicas. • LOCALIZAÇÃO: parte superolateral do quadrante abdominal superior esquerdo (QSE) ou hipocôndrio esquerdo entre a 9º e a 11º costela, protegido pela caixa torácica • O baço é uma massa oval, de coloração arroxeada (possui essa coloração pois realiza a degradação dos eritrócitos), carnosa, que possui o tamanho de uma mão fechada. • É o maior dos órgãos linfáticos e participa da defesa do organismo - é um local de proliferação de linfócitos (leucócitos), de vigilância e resposta imune. • NO PERÍODO PRÉ-NATAL O BAÇO É UM ÓRGÃO HEMATOPOÉTICO - atua na produção de células sanguíneas. Após o nascimento ele deixa de atuar na hematopoese e passa a cumprir função de identificação, remoção e destruição de hemácias antigas (hemólise) e de plaquetas fragmentadas. Além disso, também atua na reciclagem de ferro e globina. • FUNÇÕES DO BAÇO: função imunológica de produção de anticorpos e proliferação de linfócitos ativados, protegendo contra infecções. ↪ ademais, o baço atua como um reservatório de sangue, armazenando hemácias e plaquetas - garante (mesmo que em grau limitado) a äutotransfusão em caso de hemorragia. • Apesar do seu tamanho considerável e diversas funções atribuídas, ele NÃO É UM ÓRGÃO VITAL (não é primordial para manutenção da vida). O baço tem um peso médio de 150g podendo variar de 80-300g, varia de acordo com a altura do paciente O Sistema Linfático Baço • ANATOMIA: ao redor do baco, onde juntamos uma face visceral com a outra temos a formação das margens: inferior, anterior e superior. • É uma massa vascular (sinusoidal) de consistência mole, com uma cápsula fibroelástica relativamente delicada - essa cápsula é recoberta por uma camada de peritônio visceral que circunda todo o baço, exceto o hilo esplênico. ↪ em decorrência dessa composição fibroelástica, o baço é capaz de sofrer expansão acentuada e alguma contração relativamente rápida. ↪ HILO ESPLÊNICO: corresponde à uma abertura onde chegam artérias, nervos, saem veias, capilares linfáticos - especificamente os ramos esplênicos das aa. e vv. esplênicas. • A fixação do baço é realizada através de alguns ligamentos: ↪ ligamento frenoesplênico: fixa o baço ao diafragma. ↪ ligamento esplenocólico: une o baço ao cólon. ↪ ligamento gastroesplênico: une o estômago ao baço. * Também temos o ligamento frenocólico - vai do colo do diafragma até o colo do intestino (não está ligando exatamente o baço mas faz a fixação do m. diafragma). * Ligamento esplenorretal: fixa o baço ao rim esquerdo. * A face diafragmática possui superfície convexa para se encaixar na concavidade do m. diafragma LIMITES DO BAÇO: ANTERIORMENTE: estômago. POSTERIORMENTE: a parte esquerda do m. diafragma, que o separa da pleura, do pulmão e das costelas IX a XI. INFERIORMENTE (assoalho): flexura esquerda do colo. MEDIALMENTE: rim esquerdo. FIXAÇÃO DO BAÇO: Ligg. frenoesplênico, esplenocólico e grastroesplênico - além disso o peritônio atua também na fixação do baço. * A margem superior é útil ao palpar o paço aumentando, pois quando a pessoa inspira profundamente, muitas vezes é possível palpar os entalhes dessa região. • O baço é a maior massa linfóide do corpo humano - cerca de 12 cm de comprimento por 7cm. • Nicho esplênico: corresponde ao espaço onde o baco está inserido. • IRRIGAÇÃO DO BAÇO - TRONCO CELÍACO: a a. abdominal emite o tronco celíaco que emite 3 ramos: a. gástrica esquerda, a. esplênica e a. hepática comum - a a. esplênica tem origem no tronco celíaco e irriga o baço. ↪ a a. esplênica chegando próximo ao hilo renal emite em média de 2 a 3 ramos chamados de ramos principais da artéria esplênica, eles, por sua vez, emitem ramos pequenos que estão dentro do órgão (ramos terminais). • DRENAGEM DO BAÇO: a veia esplênica drena o baço - irá tributar com a veia mesentérica superior formando a veia porta do fígado. • O sistema linfático é composto pela linfa, vasos linfáticos e órgãos linfóides (primários e secundários). • Possuímos dois ductos linfáticos: ducto linfático direito e ducto torácico. Linfonodos e Vasos Linfáticos • Os linfonodos são estruturas do sistema linfático cuja função é manter o equilíbriode fluidos, com a produção da linfa e o sistema imunológico, mantendo o corpo saudável. ➱ Ducto Linfático Direito: é responsável por drenar todo lado direito do corpo - a linfa coletada é enviada para a hemicabeça direita, hemipescoço direito, hemitórax direito e MSD. ↪ possui aproximadamente 1,2cm. ↪ a linfa é coletada através dos troncos jugular direito, subclávio direito e parte superior direita do tronco broncomediastinal. ➱ Ducto Torácico: é responsável por drenar o lado esquerdo do corpo - a linfa coletada é enviada para a hemicabeça esquerda, hemipescoço direito, MSE, hemitórax esquerdo, abdómen e MMII. ↪ possui de 38-45cm. ↪ a linfa é coletada através da cisterna do quilo. ➱ A Linfa: corresponde a um líquido transparente ou de coloração clara com aspecto leitoso, que circula lentamente através dos vasos linfáticos - composta por glóbulos brancos e é rica em lipídeos (semelhante ao plasma sanguíneo). ↪ a linfa é drenada pelos capilares linfáticos que estão aderidos ao interstício através dos filamentos de ancoragem (fibras elásticas) - fixam o capilar linfático ao interstício. ↪ o capilar linfático tem origem em “fungo cego” - ele possui um lado tampado - ele não é um tubo com abertura dos dois lados. ↪ a morfologia das células endoteliais do capilar linfático só favorece que a linfa entre no capilar - quando a linfa entra, se ela tentar sair a própria morfologia da célula não permite que ela saia. Quando o líquido intersticial passa para dentro do capilar linfático temos a linfa - essa linfa possui um único trajeto, ela não sai do capilar linfático. ↪ temos capilares linfáticos que tiram o excesso de liquido no interstício, eles se convergem até formar vasos linfáticos ↪ os vasos linfáticos se assemelham as veias pois eles possuem válvulas (impedindo o refluxo de linfa). ↪ TRAJETO DA LINFA: vasos linfáticos → linfonodos → troncos linfáticos → ductos linfáticos → retorno a corrente sanguínea. - capilares linfáticos: retiram o excesso de líquido (que quando entra no capilar passa a ser chamado linfa). - vasos linfáticos: são formados a partir da conversão dos capilares linfáticos. - a linfa proveniente dos vasos linfáticos chega nos linfonodos. - troncos linfáticos: temos 4 troncos linfáticos que são originados a partir dos linfonodos. - por fim, os troncos linfáticos passam a linfa para os duetos linfáticos levando a linfa novamente para a corrente sanguínea. → CHEGADA DA LINFA NA CORRENTE SANGUÍNEA: ↪ a linfa chega na corrente sanguínea através da veia braquiocefálica (formada pela junção das vv. jugular interna e subclávia direita = ÂNGULO VENOSO DIREITO). ↪ temos os ângulos venosos como o locais de abertura dos ângulos linfáticos. ↪ o ducto torácico se origina na cisterna do quilo (altura da 2ª vertebra lombar e finaliza no ângulo venoso esquerdo. - DUCTO TORÁCICO: recebe sangue da seguinte maneira: existem ductos que confluem no ducto torácico, dentre eles os troncos lombares D, E e tronco intestinal. ↪ troncos lombares D e E drenam os MMII, parede e visceral pélvicas, rins, glândulas suprarrenais (adrenais) e a parede do abdómen. ↪ tronco intestinal: drena os intestinos, estômago, pâncreas, baço e parte do fígado. → OS TRONCOS LINFÁTICOS: LADO ESQUERDO: - TRONCO BRONCOMEDIASTINAL ESQUERDO: realiza a drenagem do hemitórax, pulmões (principalmente o pulmão esquerdo) e coração. - TRONCO SUBCLÁVIO ESQUERDO: drena o MSE. - TRONCO JUGULAR ESQUERDO: drena a hemicabeça esquerda e o hemipescoço esquerdo. LADO DIREITO: - TRONCO BRONCOMEDIASTINAL DIREITO: drena o hemitórax esquerdo, os pulmões (principalmente o pulmão direito) e o coração. - TRONCO SUBCLÁVIO DIREITO: drena o MSD. - TRONCO JUGULAR DIREITO: realiza a drenagem da hemicabeça direita e hemipescoço direito. A denominação LÍQUIDO INTERSTICIAL serve apenas para quando o líquido está no interstício, a partir do momento que esse líquido entra no capilar ele passa ser chamado de LINFA. ÂNGULO VENOSO ESQUERDO: formado pela junção das vv. jugular interna e subclávia esquerda. ÂNGULO VENOSO DIREITO: formado pela junção das vv. jugular interna e subclávia direita. → PATOLOGIAS: ↪ ELEFANTÍASE: não ocorre a drenagem linfática decorrente de uma obstrução nos troncos linfáticos. Com isso, teremos um acúmulo da linfa no interstício gerando edema. A compressão excessiva pode decorrer em problemas vasculares. ↪ LINFEDEMA: pode causar necrose. Nesse caso a técnica de drenagem linfática auxilia bastante pois atua na eliminação do líquido em excesso. * DRENAGEM LINFÁTICA NÃO EMAGRECE: a eliminação do líquido em excesso muitas vezes ativa a circulação favorecendo a f i l tração renal e, consequentemente, a produção ur ina mais rapidamente. Nesse momento da liberação alguns lugares realizam pesagem falando que o paciente emagreceu, mas na verdade não há emagrecimento, apenas eliminação do líquido em excesso. • O líquido intersticial do tronco intestinal é leitoso e denso: os capilares que drenam linfa dos intestinos são lactíferos, ou seja, a linfa desses intestinos tem uma ↑ concentração de gordura ganhando um aspecto esbranquiçado. • O ducto torácico esquerdo é grande, possui de 32-38 com • O ducto torácico direito é pequeno, possui de 1-1,5cm e recebe a linfa do MSE, hemitórax direito e hemicabeça e hemipescoço direito - recebe linfa do tronco broncomediastinal direito, tronco julgar direito e tronco subclávio direito. • A linfa que chega nos linfonodos através dos vasos linfáticos aferentes primeiro passam pelo seio subcapsular e existem espaços que se adentram ao linfonodo, chamados de seios trabeculares. • A linfa que estava no seio subcapsular passa para o seio trabecular atingindo uma região central chamada de seio medular - nessa região a linfa será filtrada (durante essa passagem de linfa o linfonodo atua como barreira para alguns patógenos, células danificadas, mortas, vírus, células cancerígenas (elas ficam retidas nesses linfonodos). • Os linfonodos são ricos em linfócitos, macrófagos (atuarão como fagócitos) e realizarão a filtragem delicada e fina dessas substâncias devolvendo a linfa limpa. • Quando limpa, a linfa sai dos linfonodos através dos vasos linfáticos eferentes. → OS LINFONODOS: os linfonodos possuem um hilo, por onde a linfa sai concentrada em direção aos vasos linfáticos eferentes. • Os linfonodos também são chamados de GÂNGLIOS LINFÁTICOS e basicamente são pequenas estruturas que funcionam como filtros para substâncias nocivas. Eles contêm células do sistema imunológico que ajudam a combater infecções atacando e destruindo germes que são transportados pelo líquido linfático • Estão dispostos ao longo dos vasos linfáticos. • As células cancerígenas “amam" linfonodos: a linfa drenada da região com células cancerosas ficam retidas no linfonodo = por isso temos um ↑ dos linfonodos característico nas neoplasias. ↪ ex: no câncer de mama há um acúmulo de linfa nos linfonodos axilares - muitas vezes na mastectomia temos a retirada dos linfonodos. • Os linfonodos podem ser classificados em dois tipos conforme sua distribuição: ↪ superficiais: estão distribuidos pelo corpo. ↪ profundos: estão dispostos nos órgãos - próximos aos rins. → NÓDULOS LINFÁTICOS: são folículos (massas ovaladas de tecido linfóide) não cercados por cápsula. → TONSILAS: são conglomerados de tecido linfóide que realizam uma proteção inicial (estão presentes no nariz e boca - vias de entrada para o organismo/contra patógenos ingeridos ou inalados) - essas tonsilas são a primeira barreira de defesa do corpo. ↪ a disposição das tonsilas foram um anel na junção da cavidade oral + parte oral da faringe com a cavidade nasal + parte nasal da faringe. ↪ TONSILA FARÍNGEA: primeira barreira para patógenos inalados. ↪ TONSILA PALATINA: primeira barreira contra corpos estranhos ingeridos. ↪ TONSILASLINGUAIS: dispostas na boca, na raíz da língua. ↪ TONSILAS TUBÁRIAS: realizem a proteção de todo canal - são tão pequenas que quando inflamadas não temos presença de manifestações clínicas. Integração do Sistema Circulatório e Linfático
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