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Materiais Dentários I 17/02 Maria Luiza G. Ferreira Materiais de moldagem Utilizados para reproduzir a cavidade bucal/arcos dentários e o tipo de relação entre os dentes e os tecidos orais. Requisitos Fácil manipulação Fluidez Viscosidade Tempo de trabalho e presa adequados Não conter elementos tóxicos ou irritantes Fácil desinfecção sem sofrer distorções Reproduzir detalhes Facilidade de remoção Tornar-se elástico após a presa Reproduz os tecidos moles e duros da cavidade oral de maneira fiel. Classificação Anelásticos Gesso Pasta de óxido de zinco e eugenol Godiva Elásticos Hidrocolóides Reversíveis ou a base de ágar e irreversíveis ou a base de alginato. Elastômeros Polissulfeto, poliéster, silicona de condensação e silicona de adição. Hidrocolóides Reversíveis Amolecimento sob calor e endurecimento quando resfriado, sem reação química (reação térmica). Ex: Ágar Irreversíveis Reação química de presa que impede que o material se reverta ao seu estado antes da presa. Ex.: alginato Alginato Material de moldagem que utiliza água e é utilizado para moldagem de regiões onde não é necessária a reprodução fina de detalhes. Indicação para uso Moldagem para modelos de estudo Moldagem para ortodontia Moldagem para moldeiras Moldagem de transferência Moldagem para próteses Duplicação de modelos Materiais Dentários I 17/02 Maria Luiza G. Ferreira Reação de presa Processo de geleificação 1. Alginato de sódio + sulfato de cálcio + água 2. Alginato de cálcio insolúvel Tempo de geleificação É o tempo de início da manipulação até que sua presa ocorra Convencionais: 3 a 4,5 min Presa rápida: 1,5 a 3 min Usando água gelada para a mistura é possível que o tempo de presa seja aumentado (pelo fato de o calor diminuir o tempo de presa) Alterando a proporção pó/líquido também é possível que altere o tempo, porém, não pode fazer isso já que altera as propriedades físico-químicas do material. Propriedades 1. Flexibilidade Uma quantidade razoável de flexibilidade é necessária para facilitar a remoção da moldagem. 2. Resistência ao rasgamento • ↑ relação pó/água = ↓ resistência • ↑ intervalo de remoção do molde = ↑ resistência • Esperar 3 minutos após geleificação = ↑ resistência 3. Resistência à compressão Materiais Dentários I 17/02 Maria Luiza G. Ferreira 4. Estabilidade dimensional Sinérese: Perda de água (líquido) e exsudatos salivares Evaporação: Perda de água (vapor) Embebição: Absorção de água Os moldes de alginato perdem água por evaporação (contração quando expostos no ar). Moldes que ficam na bancada por 30min tornam-se imprecisos. O molde deve ser vazado o mais rápido possível e ser armazenados em saco plástico (embalados em um papel toalha) 5. Deformação Aumenta com a retentividade, com a compressão do molde e com a maior relação água/pó. A remoção lenta, gradual e com movimentos fora do longo eixo dos dentes provoca distorções ao molde. 6. Biocompatibilidade Paciente: Nenhuma reação química ou alérgica como material de moldagem. Dentista: Inalação de partículas de pó pode causar silicose (fibrose pulmonar) ou hipersensibilidade pulmonar. 7. Vida útil Tem a ver com a temperatura, umidade e armazenagem (grandes envelopes, envelopes individuais ou potes). Manipulação Materiais Proporção pó/líquido Deve-se utilizar as proporções recomendadas pelo fabricante Materiais Dentários I 17/02 Maria Luiza G. Ferreira Manipulação manual Espátula e cuba limpas e secas Colocar a proporção de água no interior da cuba primeiro (molha mais uniformemente o pó). Afofar o alginato antes de colocar na cuba, pegar o pó e raspar com a espátula pra medição correta do pó. Movimento de número 8 com a espátula Massa lisa e cremosa, brilhante, sem se soltar da espátula. Consistência firme para não escoar da moldeira e impedir a aspiração/deglutição do paciente. Materiais Dentários I 17/02 Maria Luiza G. Ferreira *Na remoção do molde não pode remover muito rápido ou com muita força para não rasgar ou distorcer (dica de usar a seringa tríplice pra colocar ar dentro e ficar mais fácil de tirar), movimento de colocar pra cima e entrar ar por trás e a parte da frente pra baixo* As moldeiras devem ser perfuradas para aumentar a retenção (alginato penetra nos furos e fica mais retido como se tivesse uma união da moldeira com o alginato e evitar que a moldeira saia e o alginato fique na boca) Compatibilidade alginato/gesso Não pode deixar o alginato muito molhado (se estiver, o gesso vai ficar com bolha, por isso tem que ter cuidado). Desinfecção Deve lavar o molde em água fria para remover saliva/sangue, e borrifar o hipoclorito de sódio a 1% Em seguida embrulhar em papel-toalha, umedecido com hipoclorito de sódio 1% e selado em saco plástico por 10 minutos O papel toalha é removido, o molde é lavado e seco e vazado com o gesso escolhido. Causas de falhas Materiais Dentários I 17/02 Maria Luiza G. Ferreira Vantagens Fácil manipulação Moldagem em campo úmido Hidrofílico Sabor agradável Baixo custo Não mancha Fácil controle do tempo de trabalho Desvantagens Menor estabilidade dimensional Menos preciso, rugoso Rasga-se facilmente Requer vazamento imediato Pode retardar a presa do gesso Técnica de moldagem com alginato 1. Seleção da moldeira superior e/ou inferior (tamanho) 2. Individualização da moldeira (cortar em tiras com o lecron no sentido maior) 3. Manipulação do alginato 4. Inserção moldeira + alginato na cavidade Secagem da boca anteriormente, pra não causar deformações na moldagem. Superior: de posterior para anterior Inferior: de anterior para posterior 5. Aguardar tempo de geleificação e sacar o molde (avaliar em seguida) 6. Lavagem e desinfecção 7. Vazar com gesso
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