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Reflexão sobre Cidadania e Responsabilidade

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INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA 
Campus Ilhéus 
Docente: Remigio Novaes 
Disciplina: Língua Portuguesa 
 
 
AVALIAÇÃO – I UNIDADE (5,0) 
 
Questões objetivas 1 a 9 
 
Questão 1: Considere o texto a seguir: 
 
Assum preto - Luiz Gonzaga 
Tudo em vorta é só beleza 
Sol de abril e a mata em frô 
Mas Assum Preto, cego dos óio 
Num vendo a luz, ai, canta de dor 
Mas Assum Preto, cego dos óio 
Num vendo a luz, ai, canta de dor 
Tarvez por ignorança 
Ou mardade das pió 
Furaro os óio do Assum Preto 
Pra ele assim, ai, cantá mió 
Furaro os óio do Assum Preto 
Pra ele assim, ai, cantá mió 
Assum Preto veve sorto 
Mas num pode avuá 
Mil vez a sina de uma gaiola 
Desde que o céu, ai, pudesse oiá 
Mil vez a sina de uma gaiola 
Desde que o céu, ai, pudesse oiá 
Assum Preto, o meu cantar 
É tão triste como o teu 
Também roubaro o meu amor 
Que era a luz, ai, dos óios meus 
Também roubaro o meu amor 
Que era a luz, ai, dos óios meus 
Disponível em: <https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/47082/>. Acesso em 23 jul. 2021. 
 
A respeito da tipologia textual e da linguagem utilizadas nesse fragmento, é correto afirmar que se trata 
de um texto 
(a) descritivo, em que a variante linguística ocorre no nível sintático. 
(b) injuntivo, destacando o uso de linguagem informal. 
(c) descritivo, com realce ao uso da linguagem conotativa. 
(d) expositivo, em que ressai uma variedade de linguagem regionalista. 
(e) narrativo, com predomínio de linguagem coloquial. 
 
Questão 2: 
 
SINOPSE: As vantagens de ser invisível – Stephen Chbosky 
 
Elogiado pela crítica e adorado pelos leitores, As vantagens de ser invisível – que foi adaptado para os 
cinemas com Emma Watson, a Hermione de Harry Potter, e Logan Lerman, de Percy Jackson, no 
elenco – acaba de ganhar nova reimpressão pela Rocco. Livro de estreia do roteirista Stephen Chbosky, 
o romance, que vendeu mais de 700 mil exemplares nos EUA desde o lançamento, está de volta ao topo 
do ranking do The New York Times impulsionado pela adaptação para a telona. 
Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, As vantagens de ser invisível reúne as cartas de Charlie, um 
adolescente de quem pouco se sabe – a não ser pelo que ele conta nessas correspondências –, que vive 
entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a 
própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes 
ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas 
alucinantes e a eterna vontade de se sentir “infinito” ao lado dos amigos são temas que enchem de 
alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com 
emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas 
cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário. 
Disponível em: <https://www.skoob.com.br/as-vantagens-de-ser-invisivel-2703ed3512.html>. Acesso 
em 23 jul. 2021. 
Tendo como base a sinopse acima, é correto afirmar que esse gênero textual apresenta muitas 
semelhanças temáticas e estruturais com 
(a) a crônica, tendo em vista que é um texto curto, produzido essencialmente para ser veiculado na 
imprensa, que aborda aspectos do cotidiano. 
(b) o resumo, pois contém uma descrição dos principais aspectos de outro texto de forma encurtada e 
informativa. 
(c) o artigo de opinião, já que ressai a opinião pessoal do autor da sinopse sobre determinado assunto 
em prol da iminente persuasão dos interlocutores. 
(d) a resenha, considerando-se que o autor vale-se de juízo de valor ao promover o objeto cultural sobre 
o qual se fala no texto. 
(e) a notícia, haja vista a impessoalidade com que se aborda determinado evento, bem como o veículo 
de comunicação de caráter jornalístico comum aos dois gêneros. 
 
Questão 3 
 
Quanto aos elementos estruturais de um texto, é correto afirmar que tópico frasal corresponde 
 
(a) ao período que insere a ideia principal a ser desenvolvida no parágrafo. 
(b) às orações secundárias na exposição de argumentos dos parágrafos. 
(c) à retomada da temática associada aos pressupostos citados no desenvolvimento. 
(d) à frase que inicia os argumentos conclusivos da redação. 
 
 
Questão 4 
 
COMO PROCESSAR QUEM NÃO NOS REPRESENTA? 
 
Não somos vândalos. E deveríamos ganhar flores. Cidadãos que respeitam as regras são diariamente 
maltratados por serviços públicos ineficientes. Como processar o prefeito e o governador se nossos 
impostos não se traduzem no respeito ao cidadão? Como processar um Congresso que se comporta de 
maneira vil, ao manter como deputado, em voto secreto, o presidiário Natan Donadon, condenado a 13 
anos por roubo de dinheiro público? 
 
Se posso ser multada (e devo ser) caso jogue no chão um papel de bala, por que não posso multar o 
prefeito quando a cidade não funciona? E por que não posso multar o governador, se o serviço público 
me provoca sentimentos de fúria e impotência? Como punir o vandalismo moral do Estado? Ah, pelo 
voto. Não, não é suficiente. Deveríamos dispor de instrumentos legais para processar quem abusa do 
poder contra os eleitores – e esse abuso transcende partidos e ideologias. […] (Texto retiradodo artigo 
de Ruth Aquino. Revista Época, 02/09/2103.) 
 
O texto acima apresenta como ideia central: 
 
(a) Inúmeros questionamentos e dúvidas que demonstram a falta de informação da autora sobre o modo 
de punir o serviço público de má qualidade. 
 
(b) Questionamentos retóricos que refletem a indignação da autora diante dos desmandos de políticos e 
de instituições públicas contra os cidadãos que não têm como punir os que deviam representá-los. 
 
(c) A ideia de que o cidadão que não é vândalo tem que ser bem tratado pelos políticos e pelos 
servidores públicos. 
 
(d) A discussão de que é pelo voto que podemos punir os políticos e seus partidos pelo desrespeito 
imposto aos cidadãos. 
 
(e) A ideia de que abusos contra os cidadãos que não são eleitores ocorrem todos os dias e devem ser 
punidos. 
 
Questão 5 
 
Abaixo há várias características do Classicismo. Preencha os parênteses com o número 
correspondente a cada característica apresentada. 
 
(1) Racionalismo 
(2) Temas mitológicos 
(3) Universalismo 
(4) Perfeição formal 
(5) Imitação dos gregos e latinos 
 
a. ( ) Ao redescobrirem os valores do ser humano, abafados pela Igreja durante a Idade Média, 
os artistas deste período voltam-se para a Antiguidade. O próprio nome desse estilo de época 
– Classicismo – tem sua origem no aprofundamento dos textos literários e filosóficos 
estudado nas escolas. 
b. ( ) Para os clássicos, a obra de arte prende-se a uma realidade idealizada; uma concepção 
artística transcendente, baseada no Bem, no Belo, no Verdadeiro – valores passíveis de imitação. 
A função do artista é a de criar a realidade circundante naquilo que ela tem de universal. 
c. ( ) Preocupados com o equilíbrio e a harmonia de seus textos, os autores clássicos adotam a 
chamada medida nova para os poemas: versos decassílabos e uso frequente de sonetos 
(anteriormente, usava-se medida velha: redondilhas). 
d. ( ) Voltados para os valores da Antiguidade, os autores clássicos utilizam-se, com frequência, de 
cenas mitológicas, as quais simbolizam com propriedade as emoções que o autor quer 
exteriorizar. Assim, a imagem do Cupido, por exemplo, simboliza o amor. 
e. ( ) Os autores clássicos submetem suas emoções ao controle da razão. Ao abandonar o 
teocentrismo, o homem deste período afasta os temores da Idade Média e passa a crer em suas 
potencialidades, incluindo nelas a habilidade de raciocinar. A cultura clássica é uma cultura 
da racionalidade. 
 
Questão 6 
 
 Sobre a LITERATURA INFORMATIVA assinale a alternativa correta: 
 
(a) É um tipo de literatura composta por documentos a respeito das condições gerais da terra 
conquistada, as prováveisriquezas, a paisagem física e humana, etc. 
(b) É um tipo de literatura composta por livros a respeito das condições gerais da terra e outros 
planetas. 
(c) É um tipo de literatura composta por documentos a respeito das condições gerais da nação e do 
reino, as prováveis riquezas, a paisagem física e humana, etc. 
(d) É um tipo de literatura composta por arte e música a respeito das condições gerais da terra 
conquistada, as prováveis riquezas, a paisagem física e humana, etc. 
 
Questão 7 
 
 Leia, abaixo, o fragmento da História da Província de Santa Cruz, de Pero de Magalhães 
Gândavo, para responder à questão. 
 
Finalmente que como Deus tenha de muito longe esta terra dedicada à cristandade, e o interesse seja o 
que mais leva os homens trás si que nenhuma outra coisa haja na vida, parece manifesto querer entretê-
los na terra com esta riqueza do mar até chegarem a descobrir aquelas grandes minas que a mesma terra 
promete, para que assim desta maneira tragam ainda toda aquela bárbara gente que habita nestas partes 
ao lume e ao conhecimento da nossa santa fé católica, que será descobrir-lhe outras minas maiores no 
céu, o qual nosso Senhor permita que assim seja, para glória sua, e salvação de tantas almas. 
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. História da Província de Santa Cruz. Org. Ricardo Martins Valle. 
Introd. e notas Ricardo Martins Valle e Clara Carolina Souza Santos. São Paulo: Hedra, 2008. p. 115. 
 
A leitura atenta do texto permite afirmar que 
 
a) nos textos de informação estavam consorciados o projeto de exploração das novas terras descobertas 
e o de difusão da fé cristã. 
b) o autor julga desinteressante a perspectiva de exploração mercantil do Brasil, preferindo a ela o pro-
jeto de difusão da fé cristã. 
c) o autor condena os homens ambiciosos e interesseiros, que preferem a exploração mercantil ao pro-
jeto abnegado de difusão da fé cristã. 
d) o autor condena a hipocrisia dos que afirmam empreender em nome da fé cristã, mas que apenas se 
interessam pelas “grandes minas” a descobrir. 
e) havia discrepância e dissenso entre o projeto de exploração das novas terras descobertas e o de difu-
são da fé cristã. 
 
Questão 8 - 
 
Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os primeiros contatos entre os indígenas e os 
portugueses no Brasil: 
 
“Quando eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. Um deles fitou 
o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, 
como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e 
acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse que dariam 
ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o desejarmos! Mas se ele queria dizer 
que levaria as contas e o colar, isto nós não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!” 
(Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: Melhoramentos; Rio de 
Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.) 
 
Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as culturas indígena e 
europeia foi 
 
(a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar transações comerciais: os 
indígenas se integrariam ao sistema de colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do 
pau-brasil, e se miscigenando com os colonizadores. 
(b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, principalmente por meio da 
extração de riquezas, interesse que se colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que 
seria quase dizimada junto com essa população. 
(c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos descobridores na exploração da nova 
terra, viabilizando um sistema colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à 
destruição da sua cultura. 
(d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima para suas indústrias e 
ampliarem o mercado consumidor para sua produção industrial, o que levou à busca por colônias e à 
integração cultural das populações nativas. 
 
Questão 9 
 
A Carta de Pero Vaz de Caminha é o primeiro relato sobre a terra que viria a ser chamada de Brasil. 
Ali, percebe-se não apenas a curiosidade do europeu pelo nativo, mas também seu pasmo diante da 
exuberância da natureza da nova terra, que, hoje em dia, já se encontra degradada em muitos dos locais 
avistados por Caminha. 
 
Tendo isso em vista, leia o fragmento a seguir. 
 
 Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais contra o sul vimos, até outra ponta que 
contra o norte vem, de que nós deste ponto temos vista, será tamanha que haverá nela bem vinte ou 
vinte e cinco léguas por costa. Tem, ao longo do mar, em algumas partes, grandes barreiras, algumas 
vermelhas, outras brancas; e a terra por cima é toda chã e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a 
ponta é tudo praia redonda, muito chã e muito formosa. 
 Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, porque a estender d’olhos não podíamos 
ver senão terra com arvoredos, que nos parecia muito longa. 
 Nela até agora não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou fer-
ro; nem o vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim frios e temperados como os de Entre-
Douro e Minho, porque neste tempo de agora os achávamos como os de lá. 
 As águas são muitas e infindas. E em tal maneira é graciosa que, querendo aproveitá-la, tudo 
dará nela, por causa das águas que tem. 
CASTRO, Sílvio (org.). A Carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 2003, p. 115-6. 
 
Esse fragmento apresenta-se como um texto 
 
a) descritivo, uma vez que Caminha ocupa-se em dar um retrato objetivo da terra descoberta, abordan-
do suas características físicas e potencialidades de exploração. 
b) narrativo, pois a “Carta” é, basicamente, uma narração da viagem de Pedro Álvares Cabral e sua 
frota até o Brasil, relatando, numa sucessão de eventos, tudo o que ocorreu desde a chegada dos portu-
gueses até sua partida. 
c) argumentativo, pois Caminha está preocupado em apresentar elementos que justifiquem a exploração 
da terra descoberta, os quais se pautam pela confiabilidade e abrangência de suas observações. 
d) lírico, uma vez que a apresentação hiperbólica da terra por Caminha mostra a subjetividade de seu 
relato, carregado de emotividade, o que confere à “Carta” seu caráter especificamente literário. 
e) narrativo-argumentativo, pois a apresentação sequencial dos elementos físicos da terra descoberta 
serve para dar suporte à ideia defendida por Caminha de exploração do novo território. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUESTÃO DISCURSIVA 
 
Em primeiro lugar (...), pode-se realmente “viver a vida” sem conhecer a felicidade de encontrar 
num amigo os mesmos sentimentos? Que haverá de mais doce que poder falar a alguém como 
falarias a ti mesmo? De que nos valeria a felicidade se não tivéssemos quem com ela se alegrasse 
tanto quanto nós próprios? Bem difícil te seria suportar adversidades sem um companheiro que as 
sofresse mais ainda. 
(...) 
Os que suprimem a amizade da vida parecem-me privar o mundo do sol: os deuses imortais nada 
nos deram de melhor, nem de mais agradável. 
Cícero, Da amizade. 
 
Aprecio no mais alto grau a resposta daquele jovem soldado, a quem Ciro perguntava quanto 
queria pelo cavalo com o qual acabara de ganhar uma corrida, e se o trocaria por um reino: 
“Seguramente não, senhor, e no entanto eu o daria de bom grado se com isso obtivesse a amizade de 
um homem que eu considerasse digno de ser meu amigo”. E estava certo ao dizer se, pois se 
encontramos facilmente homens aptos a travar conosco relações superficiais, o mesmo não acontece 
quando procuramos uma intimidade sem reservas. Nesse caso, é precisoque tudo seja límpido e 
ofereça completa segurança. 
Montaigne, “Da amizade” (adaptado). 
 
 
Amigo é coisa pra se 
guardar, Debaixo de sete 
chaves, Dentro do 
coração... 
Assim falava a canção 
Que na América ouvi... 
Mas quem cantava 
chorou, Ao ver seu 
amigo partir... Mas 
quem ficou, 
No pensamento voou, 
Com seu canto que o outro lembrou. 
(...) 
Fernando Brant / Milton 
Nascimento, 
“Canção da 
América”. 
 
(...) 
E sei que a poesia está para a prosa 
Assim como o amor está para a 
amizade. E quem há de negar que esta 
lhe é superior? 
(...) 
Caetano Veloso, 
“Língua”. 
 
Considere os textos e a instrução abaixo: 
 
INSTRUÇÃO: A amizade tem sido objeto de reflexões e elogios de pensadores e artistas de todas 
as épocas. Os trechos sobre esse tema, aqui reproduzidos, pertencem a um pensador da Antigüidade 
Clássica (Cícero), a um pensador do século XVI (Montaigne) e a compositores da música popular 
brasileira contemporânea. Você considera adequadas as ideias neles expressas? Elas são atuais, isto 
é, você julga que elas têm validade no mundo de hoje? O que sua própria experiência lhe diz sobre 
esse assunto? Tendo em conta tais questões, além de outras que você julgue pertinentes, redija u m 
p a r á g r a f o - p a d r ã o , argumentando de modo a expor seu ponto de vista sobre o assunto. 
 
 
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