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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
DEPARTAMENTO DE EGENHARIA DE PRODUÇÃO 
 
 
 
 
APOSTILA DE QUIMICA GERAL 
 
LABORATÓRIO 
 
 
 
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/reacoes-inorganicas/imagens/reacoes-inorganicas.jp 
 
Profº Dr. Gilson Lima 
 
 
 
 
 
Caruaru 
2016.1 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
 
Sendo a Química um ramo importante da ciência, seus postulados e teorias são 
embasados através das observações experimentais. Assim no caso da disciplina de 
Química Geral 1, teremos as aulas práticas como ferramentas de facilitação do 
entendimento de algumas questões básicas do conteúdo. 
 
Esta apostila visa subsidiar a aprendizagem dos alunos do 1º período de Engenharia de 
Produção nas práticas de laboratório da disciplina de Química Geral. 
 
Essa apostila após 03 anos passou por uma avaliação no sentido de incorporar novas 
práticas aso conteúdos teóricos desenvolvidos em sala de aula. 
 
Esperamos que todos os alunos aproveitem o conteúdo dessa apostila que foi elaborado 
a partir de referências bibliográficas sobre o tema, citando evidentemente todos os 
autores consultados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA EM LABORATÓRIO 
 
 
Sendo a Química uma Ciência Experimental, são necessários conhecimentos práticos, 
pois é a partir deles que conseguimos compreender suas Leis e Teorias. 
 
A frequência ao laboratório de Química Geral é de grande importância, particularmente 
no ensino técnico, uma vez que, além de experiências que permitem a melhor 
compreensão do que está sendo estudado teoricamente, nele é realizado o aprendizado 
de técnicas básicas, tão necessárias e usadas ao longo de toda a vida profissional do 
técnico. 
 
Esta apostila é destinada aos alunos do 1º período e tem por objetivo auxiliar de forma 
segura os 
primeiros contatos dos estudantes com os trabalhos de laboratório. Infelizmente, a 
ocorrência de acidentes em laboratório não é tão rara como possa parecer; sendo assim, 
com a finalidade de diminuir a freqüência e a gravidade desses eventos, torna-se 
absolutamente imprescindível que durante os trabalhos realizados em laboratório se 
observe uma série de normas de segurança: 
 
 Siga as instruções específicas do professor. Ao efetuar as experiências, siga 
rigorosamente seus roteiros, lendo-os com bastante atenção, identificando o 
material que será utilizado. 
 
 Acidentes de qualquer natureza devem ser comunicados imediatamente ao 
professor 
 
 Localize o extintor de incêndio e familiarize-se com o seu uso. 
 
 Certifique-se do bom funcionamento dos chuveiros de emergência. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I 
 1.1 Normas de Segurança em Laboratório; 1.2. Termos Técnicos; 1.3. 
Modelo de Relatório. 
 As tubulações de laboratório possuem cor específica, segundo normas de 
segurança. No caso do nosso laboratório são encontradas as seguintes cores: verde 
= água; amarela = gás não liqüefeito; cinza = eletricidade. 
 
 Coloque todo o material escolar (mochilas, pastas, cadernos, etc.) no local próprio. 
Não utilize a bancada como mesa. 
 
 Não fume no laboratório. 
 
 Não coma dentro do laboratório. 
 
 Durante as aulas práticas é obrigatório o uso de bata, calça comprida e sapato 
fechado. No caso de cabelos compridos, estes deverão estar presos. 
 
 Durante a permanência no laboratório, evite passar os dedos na boca, nariz, olhos e 
ouvidos. Seja particularmente cuidadoso quando manusear substâncias corrosivas 
como ácidos e bases. Lave sempre as mãos após manusear reagente (tenha sempre 
uma toalha pequena ou um perfex no bolso de sua bata). 
 
 Não trabalhe com material imperfeito, principalmente o vidro que contenha 
rachaduras, pontas ou arestas cortantes. 
 
 Leia com atenção o rótulo de qualquer frasco de reagente antes de usá-lo, 
certificando-se de seu uso. 
 
 Segure o frasco de reagente com o rótulo voltado para a palma de sua mão, 
evitando desta forma, danos ao rótulo. 
 
 Sobras de reagentes não devem ser devolvidas ao frasco original, evitando assim 
possíveis contaminações. 
 
 Quando for testar um produto químico pelo odor, não coloque o frasco sob o nariz. 
Desloque com a mão, para sua direção, os vapores que se desprendem do frasco. 
 
 Não aspire gases ou vapores sem antes se certificar de que não são tóxicos. 
 
 Todas as experiências que envolvam produtos corrosivos ou vapores tóxicos 
devem ser realizadas na capela (dispositivo provido de exaustão). 
 
 Ao introduzir tubos de vidro em rolhas, umedeça-os convenientemente e enrole a 
peça numa toalha para proteger as mãos. 
 
 Quando for utilizar o gás, abra a torneira somente após acender o palito de fósforo 
(nunca um isqueiro!) e, ao terminar seu uso, feche com cuidado a torneira, 
evitando vazamentos. Traga sempre uma caixa de fósforos para as aulas práticas. 
 
 Não aqueça reagentes em sistemas fechados. 
 
 Ao aquecer tubos de ensaio não volte a extremidade aberta para si ou para uma 
pessoa próxima. 
 
 Não deixe vidro quente onde possam pegá-lo inadvertidamente (o vidro quente 
parece com o vidro frio!). 
 
 Coloque-o sempre sobre uma tela de amianto, o que alertará aos demais sobre o 
perigo de queimaduras. 
 
 Para evitar acidentes, não deixe o bico de gás aceso com chama forte sobre a 
bancada. 
 
 Não deixe produtos inflamáveis perto do fogo. 
 
 Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento 
prolongado ou que desenvolva grande quantidade de energia. 
 
 Se qualquer produto químico for derramado sobre a bancada, lave imediatamente o 
local. 
 
 Evite debruçar-se sobre a bancada. Algum reagente pode ter caído sobre a mesma, 
sem que fosse percebido, o que pode ocasionar acidentes. Conserve, portanto, 
sempre limpa a bancada e a aparelhagem que utilizar. 
 
 Não deixe frascos de reagentes destampados, principalmente se contiverem 
substâncias voláteis. Tenha o cuidado de não trocar as tampas dos frascos. 
 
 Os reagentes de uso coletivo deverão ser mantidos em seus devidos lugares. 
 
 Durante os trabalhos em grupo apenas um aluno deverá se deslocar para pegar 
materiais e reagentes. 
 
 
 Sempre que trabalhar com água e ácidos concentrados, use sempre a capela, 
adicionando, lentamente, o ácido sobre a água e NUNCA o contrário (poderá 
haver projeção, devido à energia liberada no processo). 
  Não descarte nenhum material sólido nas pias e nos ralos. Habitue-se a utilizar 
sempre a lata de lixo. 
 
 Tenha um caderno de laboratório, onde deverão estar registrados todos os dados da 
prática. 
 
 Durante a realização das experiências, dirija sua atenção única e exclusivamente ao 
trabalho que está executando. Esta atitude permitirá que, além de fazer 
observações com maior exatidão, sejam evitados acidentes no laboratório. 
 
 A princípio, o estudante deverá repetir a experiência caso a mesma não apresente o 
resultado esperado ou satisfatório. Antes, porém, de fazê-lo, procurar um dos 
professores para esclarecer as possíveis causas do erro e se há realmente 
necessidade de proceder a nova experiência. 
 
 Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras (água ou gás) abertas e 
limpe todo o material utilizado, bem como a bancada. 
 
 Mantenha o laboratório sempre limpo. Higiene também é uma questão de 
segurança. 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
Todos os materiais e reagentes de laboratório são de alto custo, portanto, cuide bem do 
seu material e utilize somente quantidades necessárias dos reagentes, evitando 
desperdícios. 
 
 
ATENÇÃO 
 
Em caso de acidentes envolvendo ácidos ou bases, a primeira providência é lavar o 
local abundantemente com água o maior tempo possível. Não adicione nenhuma 
substância no local afetado apenas água. Após os primeiros socorros, procure o serviço 
de de saúde mais próximo.Texto extraído de http://www.scribd.com/doc/2975073/Apostila-Quimica-CEFET-1P-
Experimental Profª. Ana Paula Fontan. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.scribd.com/doc/2975073/Apostila-Quimica-CEFET-1P-Experimental
http://www.scribd.com/doc/2975073/Apostila-Quimica-CEFET-1P-Experimental
 
 
VIDRARIAS E OUTROS EQUIPAMENTOS DE LABORATÓRIO DE 
QUÍMICA 
 
Um dos grandes desafios dos alunos e profissionais que atuam em laboratório é saber 
corretamente o nome das vidrarias e equipamentos. Antes de tudo, gostaria de ressaltar 
que as boas práticas de laboratório e as questões de segurança envolvidas, revelam que 
o conhecimento desses materiais é primordial para garantir uma melhor eficiência do 
trabalho no interior do ambiente do laboratório. Assim apresentamos abaixo os 
principais materiais: 
 
ALMOFARIZ COM PISTILO 
Usado na trituração e pulverização de sólidos em pequena escala. 
 
BALÃO DE FUNDO CHATO 
Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou mesmo, 
fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o 
tripé com tela de amianto. 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I 
Apresentação do Material de Laboratório e sua Utilidade 
 
BALÃO DE FUNDO REDONDO 
Utilizado principalmente em sistemas de refluxo e evaporação a vácuo, 
acoplado a um rotaevaporador. 
 
BALÃO VOLUMÉTRICO 
Possui volume definido e é utilizado para o preparo de soluções com 
precisão em laboratório 
 
BECKER 
É de uso geral em laboratório. Serve para fazer reações entre soluções, 
dissolver substâncias sólidas, efetuar reações de precipitação e aquecer 
líquidos. Pode ser aquecido sobre a tela de amianto. 
 
 
 
BURETA COM TORNEIRA DE VIDRO OU TEFLON 
Vidraria utilizada em análises volumétricas não tão precisas. Apresenta 
tubo de parede uniforme para assegurar a tolerância estipulada com 
exatidão e gravação permanente em linhas bem delineadas afim de 
facilitar a leitura de volume escoado. 
 
CADINHO 
Peça geralmente de porcelana cuja utilidade é aquecer substâncias a 
seco, podendo fundi-las, e com grande intensidade de calor (acima de 
500°C), por isto pode ser levado diretamente ao bico de bunsen. Pode 
ser feito de ferro, chumbo, platina e porcelana. 
 
CÁPSULA DE PORCELANA 
Peça de porcelana usada para evaporar líquidos das soluções e na 
secagem de substâncias. Podem ser utilizadas em estufas desde que se 
respeite o limite de no máx. 500°C 
 
 
 
CONDENSADOR 
Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados 
pelo aquecimento de líquidos. Os mais comuns são os de Liebig, como o 
da figura ao lado, mas há também o de bolas e serpentina. 
 
DESSECADOR 
Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de 
umidade. 
 
ERLENMEYER 
Utilizado em titulações, aquecimento de líquidos e para dissolver 
substâncias e proceder reações entre soluções. Seu diferencial em 
relação ao béquer é que este permite agitação manual, devido ao seu 
afunilamento, sem que haja risco de perda do material agitado. 
 
FUNIL DE BUCHNER 
Utilizado em filtrações a vácuo. Pode ser usado com a função de filtro 
em conjunto com o Kitassato. 
 
FUNIL DE SEPARAÇÃO 
Utilizado na separação de líquidos não miscíveis e na extração 
líquido/líquido. 
 
 
 
 
KITASSATO 
Utilizado em conjunto com o funil de Büchner em filtrações a vácuo. 
 
PIPETA GRADUADA 
Utilizada para medir pequenos volumes. Mede volumes variáveis. Não 
pode ser aquecida e não apresenta precisão na medida. 
 
PIPETA VOLUMÉTRICA 
Usada para medir e transferir volume de líquidos, não podendo ser 
aquecida, pois possui grande precisão de medida. Mede um único 
volume, o que caracteriza sua precisão. 
 
 
 PIPETA DE PAUSTER 
 Usada para transferir pequenos volumes de líquidos. 
 
 
TUBO DE ENSAIO 
Empregado para fazer reações em pequena escala, principalmente em 
testes de reação em geral. Pode ser aquecido com movimentos circulares 
e com cuidado diretamente sob a chama do bico de bunsen. 
 
VIDRO DE RELÓGIO 
Peça de Vidro de forma côncava, é usada em análises e evaporações em 
pequena escala, além de auxiliar na pesagem de substâncias não voláteis 
e não higroscópicas. Não pode ser aquecida diretamente. 
 
PROVETA OU CILINDRO GRADUADO 
Serve para medir e transferir volumes variáveis de líquidos em grandes 
quantidades se necessário. Pode ser encontrada em volumes de 25 até 
1000mL. Não pode ser aquecida. 
 
 
ANEL OU ARGOLA 
Usado como suporte do funil na filtração. 
 
BALANÇA DIGITAL 
Usada para a medida de massa de sólidos e líquidos não voláteis com 
precisão de até quatro casa decimais. 
 
BICO DE BUNSEN 
É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas 
contemporaneamente tem sido substituído pelas mantas e chapas de 
aquecimento. Deve-se evitar seu uso quando utilizamos substâncias 
inflamáveis dentro do recipiente que se quer aquecer. 
 
ESTANTE PARA TUBO DE ENSAIO 
É usada para suporte dos tubos de ensaio. 
 
PINÇA DE MADEIRA 
Usada para prender o tubo de ensaio durante o aquecimento. 
 
GARRA DE CONDENSADOR 
 
PISSETA OU FRASCO LAVADOR 
Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de água, 
álcool ou outros solventes. 
 
SUPORTE UNIVERSAL 
Utilizado em operações como: Filtração, Suporte para Condensador, 
Bureta, Sistemas de Destilação etc. Serve também para sustentar peças 
em geral. 
 
TELA DE AMIANTO 
Suporte para as peças a serem aquecidas. A função do amianto é 
distribuir uniformemente o calor recebido pelo bico de bunsen. 
Atualmente está sendo proibida sua comercialização, por ser o amianto 
cancerígeno. 
 
TRIPÉ 
Sustentáculo para efetuar aquecimentos de soluções em vidrarias 
diversas de laboratório. É utilizado em conjunto com a tela de amianto. 
 
Fonte: 
www.mundodoquimico.hpg.ig.com.
br acessado em 08/03/2010. 
 
 
LIMPEZA E SECAGEM DE MATERIAL DE VIDRO 
 
 
Limpeza 
Usada para prender o condensador à haste do suporte ou outras peças 
como balões, erlenmeyers etc. 
 
Recomenda-se limpar o material com solução de detergente, enxaguá-lo várias vezes 
com água de torneira e depois com jatos de água deionizada (utilizar a Pisseta). 
Verifica-se a limpeza, deixando escoar a água, isto é, se a película líquida inicialmente 
formada nas paredes escorre uniformemente, sem deixar gotículas presas, a superfície 
está limpa. 
Caso seja necessária uma limpeza mais rigorosa, existem soluções especiais para esse 
objetivo No caso da Química Geral, a lavagem com detergente é suficiente. 
Os materiais volumétricos devem estar perfeitamente limpos, para que os resultados das 
medidas possam ser os mais confiáveis. 
 
 
Secagem 
 
Para secagem do material, pode-se utilizar: 
 
Secagem comum – por evaporação à temperatura ambiente. 
 
Secagem rápida – pode ser obtida, após enxaguar o material, com álcool ou acetona. 
 
Secagem em corrente de ar – ar aspirado por meio de uma bomba de vácuo ou trompa 
d’água. 
 
Estufa – aquecimento em estufa em temperatura um pouco superior a 100 ºC. 
 
No caso da estufa, não se pode secar material volumétrico (buretas e pipetas), pois o 
mesmo nunca deve ser aquecido, o que comprometerá a calibração feita em sua 
confecção. Caso não se disponha de tempo para secar buretas ou pipetas, deve-se 
enxaguá-las repetidas vezes com pequenas porções do líquido que será usado para 
enchê-las (este processo recebe o nome de rinsagem). 
 
 
 
LEITURA DE RÓTULOS 
 
Um hábito que deve ser adquirido em trabalhos de laboratório é a leitura do rótulo do 
reagente que se irá manusear. Este hábito evitará acidentes e o uso indevido dos 
mesmos, como por exemplo, a troca de reagentes em um experimento. 
No caso dos reagentes vindos de fábrica, os rótulos contêm informações a respeito da 
fórmula da substância, sua pureza, densidade, massa molecular, além de símbolos que 
indicam se o reagenteé inflamável, irritante, venenoso, etc. Estes reagentes são 
normalmente chamados de P.A. (pró – análise) quando possuem um alto grau de pureza. 
No caso de soluções preparadas a partir de reagentes P.A., os frascos deverão conter o 
nome e a fórmula do reagente, assim como a concentração da solução (relação soluto 
/solvente). 
 
BALANÇA E PESAGEM 
 
No laboratório, a massa de substâncias químicas é determinada com o uso de balanças. 
Na maioria das análises, uma balança analítica precisa ser utilizada para se obter 
massas altamente exatas (Figura 2). As balanças de laboratório menos exatas também 
são empregadas para as medidas de massa quando a demanda por confiabilidade não for 
crítica, nesse caso poderemos usar uma balança semi-analítica (Figura 3) A precisão a 
ser utilizada depende do trabalho a ser desenvolvido. É importante salientar que não se 
deve realizar pesagens de produtos químicos diretamente sobre o prato da balança. 
Costuma-se usar um vidro de relógio ou outra vidraria. 
 
Figura 2. Balança analítica. Figura 3. Balança Semi-analítica. 
 
Fonte: ww.splabor.com.br Fonte: www.gehaka.com.br 
 
Tipos de Balanças Analíticas 
 
Por definição, uma balança analítica é um instrumento usado na determinação de 
massas com uma capacidade máxima que varia de 1 g até alguns quilogramas, com uma 
precisão de pelo menos 1 parte em 105 em sua capacidade máxima. A precisão e a 
exatidão de muitas balanças analíticas modernas excedem a 1 parte em 106 em sua 
capacidade total. 
As balanças analíticas mais comumente encontradas (macrobalanças) têm uma 
capacidade máxima que varia entre 160 e 200 g. Com essas balanças, as medidas podem 
ser feitas com um desvio-padrão de ±0,1 mg. As balanças semimicroanalíticas têm 
uma carga máxima de 10 a 30 g com uma precisão de ±0,01 mg. Uma balança 
microanalítica típica tem capacidade de 1 a 3 g e uma precisão de ±0,001 mg. 
 
 
 
Precauções no Uso de uma Balança Analítica 
 
A balança analítica é um instrumento delicado que você precisa manusear com cuidado. 
Consulte seu professor para obter as instruções detalhadas com relação ao processo de 
pesagem em seu modelo específico de balança. Observe as seguintes regras gerais no 
trabalho com uma balança analítica, não obstante a marca ou modelo: 
 
1. Centralize tanto quanto possível a carga no prato da balança. 
2. Proteja a balança contra a corrosão. Os objetos a serem colocados sobre o prato 
devem ser limitados a metais inertes, plásticos inertes e materiais vítreos. 
3. Observe as precauções especiais para a pesagem de líquidos. 
4. Consulte o professor se julgar que a balança precisa de ajustes. 
5. Mantenha a balança e seu gabinete meticulosamente limpos. Um pincel feito de pêlos 
de camelo é útil na remoção de material derramado ou poeira. 
6. Sempre deixe que um objeto que tenha sido aquecido retome à temperatura ambiente 
antes de pesá-lo. 
7. Utilize uma pinça para prevenir a absorção da umidade de seus dedos por objetos 
secos. 
 
Utilização de uma Balança Analítica 
 
Existem duas técnicas para pesagens dependendo do tipo de balança. Uma delas é pesar 
previamente a vidraria e em seguida o reagente químico, determinando a massa deste 
por diferença. A outra consiste em zerar a balança com a vidraria a ser utilizada na 
pesagem sobre o prato, obtendo-se diretamente a massa do reagente. Para se fazer as 
pesagens adotam-se os seguintes procedimentos: 
a) Observa-se se a balança está no nível; caso não esteja, deve-se regular girandose 
os “pés”. 
b) Fecham-se as portas de vidro. 
c) Zera-se a balança pressionando o botão “tara”. 
d) Abre-se a porta, coloca-se o que se deseja pesar e fecha-se a porta. 
e) Espera-se até que o mostrador digital não flutue mais e anota-se a massa. Preste 
atenção a unidade de medida (mg, g, ...). 
f) A última casa decimal é a incerteza. 
 
3) Medidas de volume 
 
As vidrarias para medir volume de líquidos em laboratório, os quais aparecem descritos 
na figura abaixo, podem ser classificados em dois grupos: 
 
a) Vidrarias volumétricas, os quais são calibrados para a medida de um único volume de 
líquido. 
Ex.: Balão volumétrico e pipeta volumétrica. 
 
b) Vidrarias graduadas, os quais possuem uma escala graduada, a qual permite a medida 
de diversos volumes de um líquido. 
 
Ex.: Pipeta graduada, proveta e bureta. 
 
 
Balão volumétrico Pipeta graduada Pipeta Volumétrica Proveta 
 
Figura 5: Exemplos de vidrarias volumétricas. 
 
A superfície de um líquido raramente é plana. Dependendo da natureza das forças 
intermoleculares existentes no líquido, a sua superfície geralmente apresenta-se curva, 
podendo ser côncava ou convexa. Para efetuar a leitura, deve-se comparar o menisco 
(ponto de máximo ou de mínimo da curvatura da superfície do líquido) com as linhas no 
aparelho, conforme figura abaixo. 
 
 
 
Figura 6: Tipos de meniscos. 
 
 Um menisco é a superfície curva de um liquido na sua interface com a atmosfera. 
 
Qualquer medida de volume feita com qualquer aparelho está sujeita a erros devido a: 
 
a) Dilatação e contração do material de vidro provocado pela variação de temperatura; 
b) Ação da tensão superficial sobre a superfície líquida; 
c) Imperfeita calibração dos aparelhos volumétricos; 
d) Erro de paralaxe, o qual se origina no momento da leitura. Para evitar este erro, deve-
se sempre posicionar o aparelho de forma que o nível do líquido esteja na altura dos 
olhos. 
 
 
 
Figura 7: Leitura de uma bureta. (a) A estudante olha a bureta de uma posição acima da linha 
perpendicular a ela e faz uma leitura (b) de 12,58 rnL. (c) A estudante olha a bureta de uma 
posição perpendicular a ela e faz uma leitura (d) de 12,62 rnL. (e) A estudante olha a bureta de 
uma posição abaixo da linha perpendicular a ela e faz uma leitura (f) de 12,67 rnL. Para se 
evitar o problema da paralaxe, as leituras da bureta devem ser feitas consistentemente sobre a 
linha perpendicular a ela, como mostrado em (c) e (d). 
 
Na leitura de volumes, o olho precisa estar no nível da superfície do líquido, para se 
evitar o erro devido à paralaxe, uma condição que faz que o volume pareça menor que 
seu valor verdadeiro, se o menisco for visto de cima, e maior, se o menisco for visto de 
baixo. A paralaxe é o deslocamento aparente do nível de um líquido ou de um ponteiro, 
à medida que o observador muda de posição e ela ocorre quando um objeto pode ser 
visto a partir uma posição que não seja a do ângulo correto para a sua observação. 
 
4) Sistema Internacional de medidas 
 
Em 1971, a 14ª Conferência Geral de Pesos e Medidas escolheu sete grandezas como 
fundamentais, formando assim a base do Sistema Internacional de Unidades, abreviado 
como SI e popularmente conhecido como sistema métrico. As unidades foram 
escolhidas de modo que os valores dessas grandezas numa “escala humana” não fossem 
excessivamente grandes ou excessivamente pequenos. 
Muitas unidades secundárias (ou derivadas) são definidas em termos das unidades das 
grandezas fundamentais. Assim, por exemplo, a unidade de potências no SI, que 
recebeu o nome watt (abreviação W), é definida em termos das unidades de massa, 
comprimento e tempo. 
 
1 watt = 1 W = 1 Kg . m2 / s3 
 
 
UNIDADES FUNDAMENTAIS DO SI 
 
 
GRANDEZA NOME DA UNIDADE SÍMBOLO 
 
Comprimento Metro m 
Tempo Segundo s 
Massa Quilograma kg 
Temperatura Kelvin K 
Quantidade de Matéria Mol mol 
Volume LitroL 
 
 
 
 
5) Algarismos significativos] 
 
Os algarismos significativos são importantes quando é necessário expressar o valor de 
uma dada grandeza determinada experimentalmente. Esse valor pode ser obtido 
diretamente (ex.: determinação da massa de uma substância por pesagem ou a 
determinação do volume de uma solução com uma pipeta ou bureta) ou indiretamente, a 
partir dos valores de outras grandezas medidas (ex.: cálculo da concentração de uma 
solução a partir da massa do soluto e do volume da solução). 
Quando se fala de algarismos significativos de um número, refere-se aos dígitos que 
representam um resultado experimental, de modo que apenas o último algarismo seja 
duvidoso. O número de algarismos significativos expressa a precisão de uma medida. A 
tabela abaixo mostra as regras de arredondamento do número à direita do último 
algarismo significativo: 
 
CASO REGRA EXEMPLO 
 
MAIOR QUE 5 Aumenta 1 unidade 5,4987 = 5,499 
 
IGUAL A 5 Se o último algarismo 
 
significativo for par – mantém se igual. Se o último algarismo significativo for ímpar – aumenta 1 
unidade; 
 
Par: 3,2845 = 3,284 
Ímpar: 9,135 = 9,14 
 
MENOR QUE 5 Mantém-se igual 2,1921 = 2,192 
 
 
 
Texto adaptado da Apostila UFERSA – Santos et al 2009. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Os roteiros de cada prática estarão disponíveis previamente; 
 O aluno deverá ler o roteiro e se inteirar previamente da prática 
que fará; 
 Na aula da semana posterior à realização da prática, deverá ser 
entregue um relatório que comporá a nota da avaliação do 
aluno; 
 Não será recebido relatório fora do prazo; 
 A tolerância de entrada no laboratório no dia da prática será de 
15 minutos, após esse tempo, não será permitido a entrada do 
aluno; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 INSTRUÇÕES PARA AS PRÁTICAS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Modelo do Relato rio
 NORMAS DE ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS 
 
 A) Capa 
 Proteção externa do trabalho, contendo informações básicas. Sua 
apresentação varia a depender do tipo de trabalho (trabalhos 
acadêmicos ou trabalhos para a obtenção de um título 
universitário). 
 No primeiro caso deve conter: nome da instituição, nome da 
unidade, título do trabalho, autor, data (mês e ano), sem 
abreviações. 
 Elemento obrigatório que deve conter: 
 - Nome da Instituição e curso (fonte 14 caixa alta) 
 - Nome do aluno ( fonte 14, caixa alta) 
 - Título ( fonte 14 , caixa alta) 
 - Subtítulo (se houver) ( fonte 12, caixa alta) 
 - Local de publicação ( fonte 12, caixa alta) 
 - Data de publicação ( fonte 12, caixa alta) 
 
 B) Objetivo: 
 Deve conter o objetivo de realizar o experimento. 
 C) Lista de ilustrações (figuras e tabelas): 
 Relação das ilustrações apresentadas no texto, na ordem que 
aparecem, contendo número e paginação. 
 D) Sumário: 
 Inclui as principais divisões e subdivisões do trabalho, na 
sequência em que aparecem no corpo do relatório indicando as 
respectivas páginas. 
 Para citação dos autores no texto, o aluno deverá consultar as 
normas de citação bibliográficas, de acordo com a Associação 
Brasileira de Normas técnicas (ABNT); 
 E) Formas de Apresentação: 
 A apresentação dos trabalhos devem seguir as normas da ABNT. 
 E1.Formato 
 O texto deve ser digitado em papel branco A4 (21 cm x 29,7 cm), 
com tinta preta. Recomenda-se a utilização de fonte Time New 
Roman ou Arial, tamanho 12 para texto e 14 para títulos e 
subtítulos, e tamanho menor (10) para citações, notas de rodapé, 
paginação e legendas das ilustrações e tabelas. 
 E2.Margem 
 As folhas devem apresentar margem esquerda e superior de 3 
cm, direita e inferior de 2 cm. 
 
 E3. Espacejamento 
 Todo o texto deve ser digitado com espaço 1,5 de entrelinhas. As 
citações, notas , legendas das ilustrações e tabelas , ficha 
catalográfica, natureza do trabalho, objetivo, nome da 
Instituição e área de concentração devem ser digitados em 
espaço simples. Os títulos das subseções devem ser separados do 
texto que os precede ou que os sucede por espaço duplo. 
 E4. Paginação 
 Todas as folhas do trabalho a partir da folha de rosto devem ser 
contadas sequencialmente, mas não numeradas. A numeração é 
colocada a partir da primeira folha da parte textual 
(introdução), em algarismos arábicos, no canto superior direito 
da folha, a 2 cm da borda superior direita da folha. 
 E5. Siglas 
 Quando aparecem pela primeira vez no texto devem ser escritas 
por extenso, seguida da abreviatura entre parênteses. Ex: 
Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) 
 
 
 E6. Ilustrações (fotos, desenhos, fluxogramas, mapas , gráficos, 
plantas) 
 As ilustrações devem ser designadas de figuras, com numeração 
seqüencial, com legenda na parte inferior da ilustração. 
 Os títulos de tabelas ou quadros devem ser descritos na parte 
superior, precedidos da palavra tabela ou quadro com 
numeração sequencial, em algarismos arábicos. 
 A autoria das ilustrações deve ser indicada na parte inferior com 
a palavra FONTE: seguida da referência bibliográfica. 
 
 TÍTULO DA PRÁTICA 
 
 INTRODUÇÃO 
 O aluno deve citar os aspectos teóricos que envolvem a 
prática realizada, ressaltando os princípios químicos 
aplicados, a relevância da prática. Não se esqueça de citar 
suas fontes de consulta seguindo a norma NBR – 6023/2002 
da ABNT; 
 A o final da introdução deve ser apresentado os objetivos 
da prática; 
 MATERIAL E MÉTODOS 
 Materiais e equipamentos – citar os reagentes com sua 
concentração e quantidades utilizadas na prática. 
Especifique as vidrarias e equipamentos utilizados em 
cada etapa; 
 Procedimento – descrever todos os passos da prática, 
incluindo a marcha analítica com os verbos no passado; 
 
 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Nesta seção deverão ser apresentados todos os dados 
coletados e cálculos envolvidos, bem como os resultados 
obtidos e as observações realizadas; 
 Na medida do possível os dados devem ser agrupados em 
tabelas, as quais devem ser numeradas e denominadas; 
 Sempre que possível deverão ser apresentadas as equações 
químicas envolvidas no processo; 
 Apresentar as interpretações dos resultados sob o ponto de 
vista pessoal do observador, comparando com resultados 
já obtidos em outros experimentos similares (citar sempre 
as fontes de consulta); 
 No caso de apresentação dos resultados em gráficos, 
deverão ser explicitadas as unidades de medida nos eixos 
cartesianos. Deverá ser usado escala apropriada, de modo 
que os dados fiquem adequadamente espaçados. 
 Respostas das questões formuladas no roteiro; 
 
 CONCLUSÕES 
 
 REFERÊNCIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I 
PRÁTICA Nº 1: AFERIÇÃO E TESTE DE 
PRECISÃO E EXATIDÃO DE VÁRIAS VIDRARIAS 
DE LABORATÓRIO 
 
1. Aferindo o menisco 
É de fundamental importância saber aferir o menisco, pois você usará essa técnica 
sempre que for medir volumes em pipetas, provetas, buretas e balões volumétricos. 
Uma boa aferição levará a uma confiabilidade nos resultados. Você se valerá deste 
aprendizado para realizar com maior êxito a experiência 1.3. 
 
2. Técnica de pipetagem 
A pipeta previamente limpa é cheia por capilaridade ou sucção com auxílio de 
pipetador com água destilada até acima do menisco; se limpa a parte externa da 
extremidade livre com papel absorvente, controlando-se a vazão com o dedo 
indicador; acerta-se o menisco com cuidado e verte-se a água contida na pipeta no 
recipiente desejado. 
O escoamento da pipeta deve ser efetuado com o aluno controlando a vazão com o 
dedo, estando a ponta inferior da pipeta encostada na parede do recipiente. O tempo 
de escoamento mínimo deverá ser de 30 segundos. Após o escoamento, afasta-se a 
extremidade da pipeta da parede do recipientecom cuidado. A quantidade de 
líquido restante da ponta da pipeta não deve ser soprada para o interior do 
recipiente. 
Observação: o aluno será avaliado quanto ao interesse e postura, durante todas as 
experiências; 
 
3. Testando a precisão e exatidão de várias vidrarias 
 
3.1 Procedimento Experimental 
 
A primeira parte do experimento consiste aferir o volume em varias vidrarias 
desenvolvidas para tal fim, mas que apresentam precisão e exatidão distintas. 
Estas vidrarias são: balão volumétrico, béquer, bureta, pipeta graduada, pipeta 
volumétrica e proveta. Para aferir a exatidão destas vidrarias, a pipeta 
volumétrica será tomada como padrão. Isto é, os 50 mL de água destilada 
aferidos pela pipeta volumétrica serão considerados exatos. Sendo assim: 
A – Introduza 50 mL de água destilada aferidos pela pipeta volumétrica: num 
balão volumétrico de 50 mL, num béquer de 100 mL, numa bureta de 50 mL e 
numa proveta de 50mL; 
B- Com uma pipeta de Pasteur adicione ou retire o volume de água necessário 
para a vidraria marcar exatamente 50 mL. Conte o número de gotas de água 
adicionadas ou retiradas. A partir deste número de gotas, será calculado o 
volume de água adicionado ou retirado, possibilitando então a aferição das 
vidrarias; 
C- Na segunda parte do experimento o volume médio de uma gota de água 
destilada será calculado a partir da massa e da densidade da água. Introduza um 
pequeno béquer (5mL) ou vidro de relógio numa balança analítica e tare-a. Com 
a mesma pipeta de Pasteur utilizada na primeira parte, adicione cerca de vinte 
gotas de água destilada nestes recipientes (béquer ou vidro de relógio) e meça 
sua massa. A partir desta massa e do número de gotas será calculado o volume 
de cada gota. 
D- Utilize a pipeta graduada de 5mL e meça um volume de água destilada de 
exatamente 5mL. Após secar o béquer ou vidro de relógio utilizado 
anteriormente, tare novamente a balança analítica e adicione cerca de vinte 
gotas de água a partir da pipeta graduada. Anote os valores da massa de água e 
do volume correspondente a estas vinte gotas. 
E – A terceira parte deste experimento consiste na comparação da precisão e 
exatidão das medidas de massa de quatro rolhas distintas. Pese estas quatro 
rolhas separadamente nas balanças analítica e semi-analítica. Pese agora as 
quatro rolhas juntas nestas mesmas balanças. Escolha agora uma das rolhas e 
pese-a cinco vezes em cada uma das balanças analítica e semi-analítica, sempre 
tarando-as antes de cada leitura. 
Observação: Não se esqueça de fazer as anotações em seu caderno de laboratório 
de cada uma das medidas realizadas neste experimento. 
 
 
1.3.2 Resultados 
Apresente os resultados obtidos na forma de tabelas. Observe as utilidades de 
cada medida realizada. 
 
1.3.3 Tratamento de dados 
Assumindo que a densidade da água destilada é 1,00 g/mL, calcule o volume 
médio de uma gota d’água. A partir deste volume calculado estime a exatidão 
das vidrarias volumétricas. Observe as regras para retenção de algarismos 
significativos. 
Da mesma maneira, calcule o volume médio de uma gota de água destilada vinda 
da pipeta graduada. Compare-a com o valor médio da gota d’água obtido através 
da pipeta de Pasteur. 
Compare a exatidão da balança semi-analítica tomando a balança analítica como 
padrão. Calcule para cada uma destas balanças suas precisões levando-se em 
conta as cinco medidas realizadas com a mesma rolha. Compare a massa das 
balanças analítica e semi-analítica. 
1.3.4. Discussão e conclusão 
Discuta sobre a exatidão e precisão das vidrarias utilizadas; 
Comente sobre as possíveis fontes de erros significativos para este experimento. 
1.3.5 Questões 
a) Qual diferença entre precisão e exatidão? 
b) São os volumes das gotas de água destilada provenientes da pipeta de Pasteur 
e da pipeta volumétrica iguais ou diferentes? Justifique. 
c) Qual vidraria você usaria para medir 60 mL de uma solução de ácido acético 
para ser titulado com uma solução conhecida de hidróxido de sódio? Por 
quê? 
d) Qual vidraria você utilizaria para medir um volume de 70 mL de ácido 
benzoico para ser adicionado numa reação de síntese orgânica. Por quê? 
e) Por que as vidrarias volumétricas não são recomendadas para serem secas em 
estufa? 
f) Calcule o desvio padrão o erro e o coeficiente de variação (CV) dos 
resultados das medidas realizadas em sua prática. 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I 
PRÁTICA Nº 2: SEPARAÇÃO DE MISTURA 
 
3.1 – Introdução 
 A necessidade de separação de componentes de uma mistura surge 
freqüentemente no trabalho do químico. Seja na preparação de amostras para analise, no 
isolamento de um produto natural, ou no isolamento de uma substancia obtida 
sinteticamente que deve ser separada dos produtos secundários e reagentes de partida 
não transformados. 
A escolha da técnica de separação utilizada dependerá da natureza da mistura e 
das substâncias presentes, e das quantidades relativas dos componentes. Nem sempre é 
possível, ou prático, separar algumas substâncias na sua fase original e é preciso então 
fazer uma derivação, ou transformação da substância para a forma que possa ser 
separada. Esse processo normalmente só é desejável se a forma derivada puder ser 
reconvertida com facilidade à forma original. 
 Na prática de hoje, vamos separar os componentes de uma mistura de ácido 
benzóico, óleo mineral e acetato de etila. 
3.2 – Procedimento Experimental 
Primeiramente vamos derivatizar e extrair o ácido benzóico e finalmente separar os dois 
últimos componentes por destilação simples. Dois dos três componentes são desta 
forma isolados na sua forma original e pura. O ácido benzóico, no entanto, se encontra 
na sua forma de um derivado em solução aquosa; ele deverá ser levado novamente à sua 
forma original através de uma reação de neutralização, separado por precipitação, e em 
seguida purificado por uma recristalização. 
 
 
3.2.1 Separação do Ácido Benzóico 
a) no bequer de 20ml que contém a mistura de dois componentes dissolva os cristais do 
ácido benzoico, para formar a mistura de três componentes. Após a completa dissolução 
do ácido, arraste todo o conteúdo do béquer para o funil de separação. 
b) utilizando uma solução de 8g de NaOH em 90mL de água destilada, previamente 
preparada pelos instrutores, verta com o auxílio de um funil de vidro aproximadamente 
30 mL desta solução no funil de separação. Tampe o funil, e segure-o com as duas 
mãos, utilizando uma delas para prender com firmeza a tampa. Inverta o funil e agite-o 
vigorosamente 1 ou 2 vezes. Mantendo o funil invertido e numa posição tal que a saída 
não esteja dirigida a você ou outra pessoa (observe a demonstração de instrutor), abra a 
torneira e feche-a em seguida. Repita esta operação mais 2 ou 3 vezes. 
c) apoie novamente o funil no suporte e espere a separação das fases. Coloque então um 
erlenmeyer embaixo do funil e recolha a fase inferior regulando o fluxo quando estiver 
perto do limite das fases para evitar que a fase superior passe também para o erlenmeyer 
(observe a demonstração do instrutor). 
 Repita por duas vezes todas as operações dos itens “b” e “c” acima, utilizando 
30 mL da solução de NaOH por vez, recolhendo a fase aquosa no mesmo erlenmeyer 
utilizado anteriormente. 
Transfira a fase que ficou no funil de separação para um balão de fundo redondo 
previamente pesado e reserve-a. Adicione 82 mL da solução de HCl, preparada 
previamente pelo instrutor (22mL de HCl concentrado diluído em 60mL de água) ao 
extrato aquoso contido no erlenmeyer, coloque-o no refrigerador ou banho de gelo, para 
observação da formação dos cristais. Num dia posterior, a ser combinado com um 
instrutor, filtre a vácuo o sólido formado sem decantar o líquido e utilize três poções de 
cerca de 15mL de água para lavá-lo e arrastar todo o sólido do béquer. Despreze o 
filtrado. Seque o sólido retido nopapel de filtro em estufa e pese. 
3.2.2 Separação do Óleo mineral e Acetato de Etila 
 Observe o sistema de destilação já montado. Verifique se a água está circulando 
e regule o fluxo de maneira a manter um resfriamento adequado sem desperdiçar água. 
Ligue a manta aquecedora controlando o aquecimento a um nível suficiente para que 
ocorra a destilação a uma velocidade constante de 2 a 3 gotas de destilado por segundo. 
Quando o componente volátil não mais estiver destilando interrompa o processo. 
Determine o volume de acetato de etila e o peso do óleo mineral. 
 
 
Fig. 3 Esquema de sistema de destilação simples. 
3.2 – Questões 
1) Qual a quantidade em peso de cada componente presente na mistura? 
2) Para que e porque se usa o acetato de etila? 
3) Por que escolheu-se o funil de separação como vidraria para proceder a 
separação das misturas? 
4) Porque se adiciona a solução de soda no funil de separação? 
5) Por que é necessário agitar bem o funil de separação no processo de extração do 
ácido benzóico, e por que a torneira deve ser aberta após cada agitação? 
6) Ao final do procedimento realizado no funil de separação, quais componentes 
ficam no funil e qual é separado no filtrado? 
7) Por que escolhemos a destilação para separar os dois últimos componentes? 
Discuta a eficiência desta técnica, neste caso específico, considerando as 
características físicas dos dois componentes. 
8) No processo de destilação qual dos componentes é o mais volátil? 
9) Os cristais de ácido benzoico após a filtração à vácuo é lavado com água. A água 
não poderia solubilizar o ácido afetando o resultado final? 
10) Pesquise sobre óleo mineral ( composição, produção e usos) 
11) Pesquise sobre o acetato de etila e o ácido benzoico ( fórmula, produção e usos). 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 Cromatografia é um método para separar dois (ou mais) componentes de uma 
solução, distribuindo-os entre duas fases imiscíveis: uma móvel e outra estacionária. A 
fase móvel é geralmente um solvente ou uma mistura de solventes, enquanto a fase 
estacionária é o suporte sólido, em geral sílica gel ou alumina. Existem hoje em dia 
muitos métodos de cromatografia, alguns muito sofisticados. A fase móvel pode ser 
líquida ou gasosa e a fase estacionária pode ser também um líquido absorvido num 
sólido. A cromatografia é um método extremamente útil e comum para separar 
substâncias de misturas, tanto no laboratório como em escala industrial. No laboratório, 
podemos fazer uma distinção sucinta entre dois tipos de cromatografia. Uma - a 
cromatografia analítica - que usa quantidades muito pequenas ( 1 mg) para analisar uma 
mistura de substâncias, e a outra - a cromatografia preparativa - que tem como fim a 
separação e, mesmo, a coleta de maiores quantidades (10 mg - 20 g) de componentes 
numa mistura. 
 O fenômeno da separação pode ser entendido se considerarmos que substâncias 
diferentes têm características diferentes, tais como ponto de fusão, ponto de ebulição, 
índice de refração e “polaridade” - o que é mais importante na cromatografia. Basta 
agora lembrar que um composto muito polar terá uma interação maior com um suporte 
sólido também polar do que um composto relativamente não polar. Isto é devido às 
forças eletrostáticas entre o polo parcial negativo do composto e o polo parcial positivo 
do suporte, ou vice-versa. 
 Quando a solução dos componentes da mistura passa ao longo da fase 
estacionária (suporte sólido) estes componentes têm atrações (ou interações) diferentes 
com a fase estacionária, e, portanto os componentes passarão pelo sólido com 
velocidades diferentes. É justamente este fato que permite utilizar a cromatografia como 
um método de separação. Deste modo um composto polar passará com uma velocidade 
menor que o composto não polar, ao longo da fase estacionária que é polar. 
 Nesta prática, vamos analisar qualitativamente uma mistura de íons de níquel (II), 
cobre (II) e ferro (III), passando-os ao longo de uma faixa de papel de filtro, e usando 
como fase líquida uma mistura de acetona e ácido clorídrico. Os íons têm atrações 
diferentes à celulose, consequentemente passando pelo papel com velocidades diferentes. 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I 
 PRÁTICA Nº 3 CROMATOGRAFIA 
 
2 - PREPARAÇÃO 
 Antes de vir ao laboratório você deve se familiarizar com os conceitos envolvidos 
na técnica de cromatografia, como também com a química dos íons que serão 
investigados. 
 
3 - PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 
 Você receberá soluções aquosas de cada um dos sais CuSO4, FeCl3 e NiCl2 e 
também uma solução desconhecida contendo um, dois ou os três sais mencionados. 
 Corte um papel de filtro, em forma de retângulo sem que o mesmo toque as 
paredes do recipiente, de modo que este se adapte ao interior de um béquer de 200 mL 
que deve ser revestido com papel de filtro, como mostra a figura 1. Com lápis (grafite) 
faça uma linha reta ±1,5 cm de uma extremidade inferior do papel. Pegue um capilar e 
coloque a ponta dentro da solução de FeCl3. Remova o excesso de solução da ponta do 
capilar. Aplique um pouco da solução na linha reta desenhada no papel de filtro, numa 
distância aproximada de 1 cm das laterais do papel. Tenha cuidado para que a solução 
difunda o menos possível no papel, produzindo assim uma mancha bem definida. Repita 
este processo, no mesmo papel, para as outras soluções que você recebeu, incluindo a 
solução problema, aplicando-as uniformemente na linha de lápis. 
 Seque bem as manchas, usando o ventilador ou colocando o papel na estufa. Cole 
o papel numa placa de Petri e coloque a placa como se fosse uma tampa no béquer 
contendo uma mistura de acetona e ácido clorídrico 3,0 M na proporção de 8:2. A faixa 
deve ficar pendurada dentro da solução contida no béquer, mas é importante que as 
manchas dos sais se encontrem a cima do menisco do líquido, como ilustra a Figura 1. 
 
 
 Figura 1: Esquema do sistema cromatográfico. 
Acetona/HCl 
Papel de filtro 
Placa de Petri 
 
 Você observará que no momento em que o papel entra no líquido, este vai subir 
por ação capilar. É importante assegurar que o papel de filtro revestindo a parede esteja 
realmente saturado com a solução contida no béquer. Isto é importante para manter uma 
atmosfera saturada dentro do béquer. Caso contrário, o líquido corre o perigo de subir 
irregularmente pelo papel devido à sua evaporação numa atmosfera totalmente saturada. 
 Quando à frente do líquido tenha atravessado o papel, os íons metálicos terão sido 
transportados também. Agora precisamos saber por qual distância. Para isto, teremos que 
revelar os íons. 
 Um tipo de íon já é visível a olho nu. Para visualizar os outros dois, vamos 
prosseguir da seguinte maneira: 
1) Pegue o papel e segure-o em cima de uma placa de Petri contendo uma solução de 
amônia, porém não molhando o papel. A amônia formará um complexo visível com um 
dos íons. 
2) Usando como pincel um pouco de algodão, ou mesmo um pedaço de papel de filtro, 
pinte um pouco de uma solução de dimetilglioxima na faixa cromatográfica para revelar 
o terceiro íon. 
 Tendo identificado a localização de cada um dos compostos, prossiga agora para 
medir a distância atravessada por cada tipo de íon (x). Divida este valor pela distância 
atravessada pelo solvente (y), para determinar o valor do fator de retenção (Rf) de cada 
um deles, Figura 2. O valor Rf é característico para cada composto, num determinado 
suporte e com um determinado solvente, e assim pode ser usado como método de 
identificação de substâncias. 
 Repita o mesmo procedimento utilizando como solvente, misturas de 
acetona/ácido clorídrico 3 M de 15:5 e de 6:4. 
 
 Figura 2: Esquema para o cálculo do Rf. 
 
4 - QUESTÕES 
1) Qual o íon que é visível a olho nu? 
2) A amônia revela que íon? Qual é a coloração observada neste teste,e que tipo de 
complexo é formado pela reação de amônia com o íon metálico? 
3) A dimetilglioxima revela que íon? Qual a coloração? 
4) Qual o/ou íon (s) revelado (s) da solução problema? 
5) Dê os valores de Rf para cada um dos íons em cada sistema de solvente. Utilizando a 
mudança de Rf com as proporções relativas de acetona e ácido clorídrico, estabeleça qual 
destes dois solventes é mais responsável pelo transporte dos íons no papel. Tente dar 
uma explicação baseando nos argumentos delineados na introdução deste texto. 
6) Na cromatografia, durante passagem da fase móvel sobre a fase estacionária, as 
substâncias da mistura são distribuídas entre duas fases. Explique o processo de 
separação. 
7) Explique o que significa tempo de retenção no processo de cromatografia? 
8) Para a amostra que você trabalhou na prática, que outros métodos de cromatografia 
poderiam ter sido usados para separar os componentes além da cromatografia de papel? 
9) No método utilizado na prática qual é a fase móvel e estacionária? 
10) Como se determina uma curva de calibração num equipamento de cromatografia do 
tipo HPLC? 
11) Qual a diferença entre cromatografia e espectrometria? 
Referências 
1- Silva, R. R., Bocchi, N. e Rocha Filho, R. C., Introdução à Química Experimental, São 
Paulo, Mc Graw-Hill. 1990 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I 
PRÁTICA Nº 4: REAÇÕES QUÍMICAS DE 
PRECIPITAÇÃO E FORMAÇÃO DE GASES 
 
1) Introdução 
Uma reação química é uma transformação de determinados compostos químicos 
chamados reagentes em outros compostos químicos chamados produtos, com 
conservação dos elementos químicos iniciais. Isto significa que, numa reação química, 
há apenas rearranjo das ligações entre elementos, havendo conservação dos elementos 
iniciais e por isso conservação de massa. 
As reações químicas fazem parte do nosso dia-a-dia. A queima do gás do fogão com o 
oxigênio do ar para produzir o calor que utilizamos para cozinhar os alimentos. A 
energia necessária ao movimento de automóveis requer a queima de combustíveis, que é 
uma reação química. A gasolina utilizada nos veículos é uma mistura de vários 
compostos. Um deles é o octano, composto formado por carbono e hidrogênio, cuja 
fórmula química é C8H18. Quando a gasolina reage com o oxigênio do ar produz dióxido 
de carbono (CO2), água (H2O) e a energia que é utilizada para fazer com que o carro 
entre em movimento. 
2) Procedimento Experimental 
a) . Faça os testes a seguir colocando em um tubo de ensaio 1 mL de cada solução 
informada. Observe o que acontece em cada caso e anote as suas observações. 
 a.1) NaCl (aq) + AgNO3(aq) → 
a.2) ZnSO4 (aq) + AgNO3(aq) → 
a.3) KI (aq) + AgNO3 (aq) → 
a.4) CuSO4(aq) + Fe → 
a.5) ZnSO4 (aq) + Fe → 
a.6) HCl (aq) + Fe → 
a.7) FeSO4 + BaCl2(aq) → 
a.8) CuSO4 (aq) + BaCl2(aq) → 
a.9) KI (aq) + BaCl2(aq) → 
a.10) NaOH + FeSO4 (aq) → 
a.11) KMnO4 (aq) + FeSO4 (aq) → 
a.12) KMnO4 (aq) + KI (aq) +H2SO4 → 
a.13) KMnO4 (aq) + NaOH (aq) → 
b). Após realizar os testes que podem ser usados para identificar a presença de um metal 
em solução, seu grupo terá que analisar uma amostra desconhecida. Faça testes com esta 
amostra para descobrir qual ou quais dos íons Ag+, Fe2+ e Ba2+ existem na solução 
problema? 
Questionário; 
1) Quais das reações acima são de oxi-redução? 
2) Os íons prata podem ser precipitados por todos os ânions estudados nesta 
prática? 
3) Escreva todas as equações balanceadas dos experimentos realizados. 
4) Identifique a que família pertence cada elemento dos compostos utilizados e sua 
posição na tabela periódica? 
5) Classifique em ordem crescente do raio atômico os elementos dentro da sua 
família e do seu período da tabela periódica; 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I 
 
PRÁTICA Nº 5: EQUILÍBRIO QUÍMICO ÁCIDO-BASE 
1 - Objetivo 
Fazer uma investigação qualitativa de alguns estados de equilíbrio, dando ênfase 
ao efeito de perturbações externas, como o equilíbrio de ácidos e bases. Averiguar o pH 
de ácidos e bases fracos e fortes em concentrações diferentes. Determinar o teor de 
ácido numa amostra de vinagre por titulação com base. 
 
2 - Introdução 
 Todos os processos químicos em sistemas fechados tendem a um estado de 
equilíbrio. Em termos macroscópicos, é possível perceber mudanças no sistema até que 
um equilíbrio seja atingido, quando então parece que as coisas param de acontecer. Na 
verdade elas continuam acontecendo, só que no equilíbrio para cada reação ocorrendo 
existe a reação inversa ocorrendo a mesma velocidade. É isso que dá uma aparência 
estática ao sistema 
 Nesta experiência, serão preparadas soluções de ácidos e bases fortes e fracos 
em concentrações distintas para analisar o grau de ionização destas espécies. Além 
disso, esse conceito será utilizado em uma reação de neutralização para determinar a 
acidez de uma amostra de vinagre. Já sabemos que na amostra de vinagre comercial o 
que há é essencialmente uma solução aquosa de ácido acético, obtida a partir da 
fermentação de carboidratos. Sua composição é regulamentada pelo Governo Federal, 
devendo haver pelo menos 4 gramas de ácido acético por 100 ml de vinagre. Para saber 
se a nossa amostra está de acordo com a lei, isto é, para saber quanto ácido ela contém, 
vamos fazê-la reagir com NaOH, até neutralizar todo o ácido. Na verdade, pequenas 
quantidades de outros ácidos também estão presentes e serão neutralizados, de modo 
que estaremos de fato determinando a acidez total. No entanto, vamos expressá-la em 
termos de ácido acético, o que corresponde a supor que a única neutralização é: 
CH3COOH(aq) + NaOH(aq) →NaCH3COO (aq) + H2O(l) 
 
3 - Procedimento Experimental 
a) Medindo pH de soluções ácidas e alcalinas 
a.1) Prepare 100 ml de solução de NH4OH e NaOH 0,1M e 0,2M a partir de uma 
solução de 1,0M. Em seguida, meça o pH das soluções obtidas. Houve diferença nos 
valores de pH? Qual delas apresenta pH maior? Explique. 
a.2) Prepare 100 ml de solução de HCl e CH3COOH 0,1M e 0,2M a partir de 
uma solução de 1,0M. Em seguida meça o pH das soluções obtidas. Qual delas 
apresenta pH maior? Explique. 
 
b) Curva de titulação ácido-base 
Este procedimento será realizado através de titulação de ácido acético contido no 
vinagre por NaOH. A reação indicada é: 
 
 
 CH3COOH(aq) + NaOH (aq) → NaCH3COO(aq) + H2O(l) 
Lave uma pipeta volumétrica de 5 ml com um pouco de vinagre, desprezando-o 
em seguida. Meça 5 ml de vinagre com a pipeta volumétrica e transfira-a para um 
becker de 150 ml, acrescentando aproximadamente 50 ml de água destilada, medidos 
em uma proveta. Coloque o eletrodo de um pHmetro calibrado para acompanhar as 
variações de pH. Adicione duas gotas de fenolftaleína e titule com a solução de NaOH 
0,1M fatorada. Construa um gráfico de pH versus volume de base adicionado, indicando 
o ponto de viragem. Após a viragem, anote ainda mais quatro pares de pontos (pH e 
volume) para elaboração completa da curva. 
Como a estequiometria é de um para um, a concentração do vinagre será nB/5ml, 
sendo nB o nº de moles de NaOH empregados na titulação. 
 
4 – Questões 
1) Quais as reações químicas envolvidas nos experimentos? 
2) Escreva as constantes de equilíbrio das reações. 
3) Sua amostra de vinagre está dentro da lei ou não? 
4) O intervalo de pH para a viragem a fenolftaleína é de 8,0 a 9,8. Este indicador é 
adequado para esta reação? Por quê? 
‘1 
5) E se em vez da fenolftaleína usássemos como indicador o azul de bromotimol, que 
vira na faixa de 6,0 a 7,6? Este indicador também seria adequado para esta reação? Por 
quê? 
6) “Uma gota a mais de hidróxido de sódio tornará a solução consideravelmente 
básica”. Que peculiaridade tem as curvas de titulação para tornarverdadeira essa 
afirmação? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO 
CENTRO ACADÊMICO DO AGRESTE 
NÚCLEO DE TECNOLOGIA 
DISCIPLINA: QUÍMICA GERAL I 
 
PRÁTICA Nº 6: CALORIMETRIA 
 
1 – Objetivo 
Determinar a capacidade calorífica do calorímetro, determinar os calores de reações e 
verificar a lei de Hess. 
 
2 – Introdução 
Nas reações químicas, grande parte das energias envolvidas nas interações de 
natureza elétrica ou magnética, aparece sob a forma de calor ou de trabalho. Muitas 
reações ocorrem com liberação de calor para o ambiente, sendo denominadas 
exotérmicas. Outras, endotérmicas, retiram calor do ambiente com conseqüente 
abaixamento de temperatura. 
 Quando a reação é conduzida sob pressão constante, a variação de entalpia, 
designada por ΔH, é dada simplesmente pela diferença entre as entalpias dos produtos e 
a dos reagentes: ΔH = ΣHprod - ΣHreag. 
 Independente dos caminhos percorridos pelos reagentes até à formação dos 
produtos, a variação de entalpia deverá ser sempre a mesma. Essa afirmação, que 
constitui a lei de Hess, provém do fato de que a entalpia é uma função de estado, ou 
seja, cada estado apresenta o seu valor correspondente de entalpia. 
 As medidas de entalpias de reação são geralmente executadas através do 
emprego de calorímetros, e fornecem muitas informações de natureza química, 
especialmente sobre as energias de ligação. A utilização inversa das informações sobre 
as energias de ligação, permite por outro lado a previsão de calores de reações, muitas 
das quais impossíveis de serem realizadas. 
 
 
3 – Procedimentos Experimentais 
A) Determinação da capacidade calorífica do calorímetro. 
 Meça com uma proveta 50 mL a solução de ácido clorídrico 1,0 M. Em um béquer 
de 150 mL introduza uma barrinha magnética de agitação e em seguida verta a solução 
de ácido clorídrico. Introduza-o no calorímetro. Ponha o calorímetro sobre o agitador 
magnético e o ligue com uma velocidade tal que a agitação seja suave. Feche o 
calorímetro e introduza o termômetro até a posição adequada, a qual deve ter sido 
determinada previamente (seu bulbo não deve tocar na barrinha). Meça a temperatura da 
solução de ácido clorídrico, a qual deve ser igual à da solução de hidróxido de sódio: 
ambas as soluções devem estar em equilíbrio térmico com o ambiente. 
 Meça com uma proveta, 50 mL da solução de hidróxido de sódio 1,0 M e a verta 
sobre a solução de ácido clorídrico que se encontra no béquer. Feche rapidamente o 
calorímetro e acompanhe a elevação da temperatura. Anote a temperatura máxima 
alcançada. Calcule a capacidade calorífica do calorímetro através do balanço energético 
da reação de neutralização do ácido clorídrico pelo hidróxido de sódio. 
 
H+(aq) + OH
-
(aq) --> H2O(l) ΔH neutralização = -13,7Kcal.mol-1 
ocalorímetrsoluçãoreação qqq  
específicocalorc
volumev
densidaded
TcvdTcmq
nnn
Hnq
solução
baseácidoágua
çãoneutralizaáguareação
_
.....
.






 
ocalorímetrdocaloríficacapacidadeC
TCq ocalorímetr
___
.


 
T
qq
C soluçãoreação
 
B) Determinação de calores de reações. Verificação da lei de Hess. 
 Determinaremos o calor de neutralização de um ácido por uma base (a base no estado 
sólido e em solução) e o calor de dissolução da base. Com os resultados constataremos a 
lei de Hess. 
 
b.1) Dissolução de hidróxido de sódio (sólido) em água. 
Meça, com uma proveta, 100 mL de água destilada e introduza no calorímetro, agitando 
com cuidado até atingir a temperatura constante. Anote esta temperatura. 
Em uma balança analítica, pese aproximadamente de 2,00 g de hidróxido de sódio num 
vidro de relógio (a pesagem do hidróxido de sódio deve ser efetuada o mais rápido 
possível devido à sua grande higroscopicidade). Coloque o hidróxido de sódio no 
calorímetro e agite. Anote a temperatura máxima alcançada. 
b.2) Reação entre hidróxido de sódio (sólido) e ácido clorídrico (0,25M). 
Meça, com uma proveta, 50 mL de solução de ácido clorídrico 0,25 M introduza-a no 
calorímetro, agitando com cuidado até atingir a temperatura constante. Anote esta 
temperatura. 
Em uma balança analítica, pese aproximadamente 2,00 g de hidróxido de sódio num 
vidro de relógio (a pesagem do hidróxido de sódio deve ser efetuada o mais rápido 
possível devido à sua grande higroscopicidade). Coloque o hidróxido de sódio no 
béquer que se encontra com o ácido clorídrico que você colocou anteriormente no 
calorímetro e agite. Anote a temperatura máxima alcançada. 
b.3) Reação entre hidróxido de sódio (0,5M) e ácido clorídrico (0,5M). 
Com uma proveta, meça, 50 mL de solução de ácido clorídrico 0,5M, introduza no 
calorímetro e anote a temperatura da solução. Meça 50 mL de solução de hidróxido de 
sódio 0,5 M, anote a temperatura da solução, que deve ser aproximadamente a mesma 
do ácido (é tolerável uma diferença de até 0,2ºC). 
Adicione a solução de hidróxido de sódio à solução ácida contida no calorímetro, agite 
rapidamente e anote a temperatura máxima alcançada. 
Cálculos: 
2)()()(2)()()(
3)()()(2)()()()(
1)()()(
.................
........
........2
HClNaOHClHNaOH
HClNaOHClHOHNa
HOHNaNaOH
aqaqlaqaqs
aqaqlaqaqaqaq
aqaq
OH
s






 
 
 
 
De acordo com a lei de Hess: 213 HHH  
Calcule o calor das reações por meio da expressão: 
ocalorímetrsoluçãoreação qqq  
TcvdTcmqsolução  .... 
TCq rocalorímetr  . 
Note que os valores de ΔH podem ser calculados através da expressão: 
NaOH
reação
n
q
H  
Para os valores de ΔH observe, ΔH<0 (libera calor) e ΔH>0 (absorve calor). As 
informações sobre densidade e calor específico das soluções são dadas a seguir. 
Solução Concentração Molar (M) Densidade (g/mL) Calor específico (cal/g 
°C) 
 
NaOH 
1,00 
0,5 
0,25 
1,04 
1,02 
1,01 
0,94 
0,97 
0,98 
 
NaCl 
 
2,00 
1,00 
0,5 
1,08 
1,04 
1,02 
0,91 
0,93 
0,96 
 Referências Consultadas 
 
1 - CADERNO DE PRÁTICAS DE LABORATÓRIO DE QUÍMICA GERAL 
 PROFª NORA DÍAZ MORA 
 PROF. JOÃO CARLOS SIHVENGER 
 APOIO TÉCNICO: JULIANA FENNER R. LUCAS 
 
 
2 - CEFET QUÍMICA UNIDADE RJ QUÍMICA GERAL I EXPERIMENTAL 
 Montagem e revisão: Profª. Ana Paula Fontan

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