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CARLOS ANDRÉ EDUCAÇÃO – ESCOLA DE REDAÇÃO 
ALUNO: ________________________________________________________________ DATA: ______/_____/____ 
	
	
 
ANTROPOLOGIA 
 
 
É o estado do homem como ser biológico, social e 
cultural; abrange várias áreas de estudo para que se possa 
ter um amplo conhecimento da diversidade cultural e do ser 
humano. 
 
¨ Os aspectos genéticos e biológicos do homem são 
alvos de estudo da antropologia biológica. 
¨ A antropologia social se dedica ao estudo de 
organizações sociais e políticas, instituições sociais 
e parentescos. 
¨ As formas, condições de vida e as culturas do 
passado humano a partir da análise dos vestígios e 
restos materiais deixados pelos povos que 
habitaram a Terra é o que estuda a arqueologia. 
 
 
 
ANTROPOLOGIA CULTURAL 
É o estudo de sociedades humanas 
contemporâneas. 
 
 
 
 
 
É o conjunto de bens simbólicos compartilhados, 
apreendidos, integrado e adaptável de crenças, 
comportamentos, atitudes, valores e ideais comuns a 
um grupo específico. 
 
¨ A clássica definição de Taylor (1871) – Cultura 
é um conjunto complexo que inclui conhecimento, 
crença, arte, lei, moral, costumes e demais 
capacidades e hábitos adquiridos pelo homem 
enquanto membro de uma sociedade. 
 
¨ Definição contemporânea - Comportamentos e 
crenças aprendidos (valores, hábitos, ideais, etc) e 
compartilhados por membros da sociedade. 
 
¨ Características da cultura 
 
- Compartilhada - O conhecimento cultural é partilhado 
pelo grupo: não é um fenômeno individual. 
- Apreendida – É apreendida, constantemente, a partir de 
outros membros dessa cultura. 
- Simbólica – Compartilhada por meio de significados 
simbólicos, tais como idioma e arte. 
- Integrada – A cultura no conjunto abrange a inter-relação 
de partes desiguais. 
- Dinâmica – Em constante transformação; as 
características do grupo se modificam na medida em que as 
antigas peculiaridades são substituídas por outras novas, 
mostrando-se mais eficazes para tratar velhos problemas. 
 
¨ Pesquisa de campo – Método de pesquisa 
utilizado para conhecer seres humanos através de 
observações de primeira mão em seu ambiente 
cultural natural. 
 
¨ Observação participativa – Técnica de pesquisa 
de campo em que o antropólogo vive e trabalha com 
o povo de uma cultura, por um longo período, ao 
menos por um ano. 
 
¨ Etnocentrismo – Visão ou avaliação que um 
indivíduo ou grupo social faz de outro levando em 
consideração os próprios valores culturais; 
preferivelmente, os comportamentos devem ser 
compreendidos em seu próprio contexto cultural. 
 
 
 
 
 
 
Conjunto completo de sons e palavras que a 
cultura usa para transmitir significados. A linguagem 
deve obedecer regras de gramática e sintaxe de 
maneira que transmita o significado pretendido. 
 
 
¨ Linguística – Estudo científico da linguagem. 
 
¨ Linguística estrutural – Análise da estrutura de 
uma língua. 
 
¨ Fonética – Estudo da maneira pela qual os sons 
falados são produzidos, transmitidos e recebidos. 
 
¨ Fonemas – As menores unidades e som que podem 
afetar o sentido da língua falada. 
 
¨ Morfemas - As menores unidades de som que 
podem conter significados (por exemplo, palavras, 
sufixos, etc) 
 
¨ Morfologia – Estudo da maneira em que os sons 
são organizados para criar unidades de significados. 
 
¨ Sintaxe - Regras seguidas na criação de frases e 
sentenças. 
 
¨ Gramática – Estrutura formal que impõe a sintaxe 
e as sutilezas dos fonemas. 
 
¨ Paralinguística – Estudo dos sons, ruídos e partes 
da fala que trabalham com a linguagem para 
abranger a comunicação (por exemplo, intensidade, 
velocidade, tom, etc). 
 
¨ Hipótese de Sapir-Whorf – Proposta por Edward 
Sapir em 1929, e elaborada por Benjamin Whorf nos 
anos subsequentes; argumenta que as línguas 
predispõem seus falantes nativos a compreender o 
mundo ditado pela estrutura da língua. 
 
¨ Etnolinguística - Estudo da inter-relação entre 
linguagem e cultura. 
 
¨ Sociolinguística – Estudo do uso da língua em seu 
contexto social. 
 
¨ Glotocronologia – Método de datação da 
divergência histórica de línguas relacionadas pela 
comparação e mensuração de mudanças em seus 
vocabulários básicos. 
 
 
 
CULTURA 
LINGUAGEM 
Licenciado para - Izabella B
raga - P
rotegido por E
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2	
 
 
 
 
 
Processo ocorrido quando duas culturas 
distintas ou parecidas se interagem formando uma 
nova cultura diferente, que apresentará traços da 
cultura inicial e da cultura absorvida. 
 
¨ Personalidade – O conjunto de pensamentos, 
sentimentos e ações que definem um indivíduo. 
 
¨ Formação de dependência – A educação da 
criança treina a promoção da dependência e da 
submissão nas tarefas determinadas. 
 
¨ Formação de independência - A educação da 
criança treina a independência, a autoconfiança e a 
necessidade de realização pessoal. 
 
¨ Personalidade grupal - Estudos realizados nas 
décadas de 1930 e 1940; procuravam determinar 
os padrões psicológicos dominantes de vários 
grupos culturais. 
 
- Personalidade modal – O mais frequente tipo de 
personalidade presente em um grupo. 
- Caráter nacional – Orientação psicológica dominante 
encontrada entre as pessoas de uma nação. 
- Valores essenciais – Os valores de significado 
fundamental para uma cultura específica. 
 
 
 
 
 
 
A maneira pela qual um grupo obtém seu 
alimento. 
 
¨ Adaptação – Processo pelo qual os organismos se 
modificam baseados em suas interações com o meio 
ambiente. 
¨ Forrageio – Também conhecido como caça e 
coleta; é o sustento por meio de plantas e animais 
que ocorrem naturalmente em um ambiente. 
¨ Pastoreio - Subsistência baseada na criação de 
rebanho (bois, carneiros, cabras, etc.) 
¨ Horticultura – Cultivo em pequena escala 
utilizando ferramentas e técnicas simples como 
corte e queima. 
¨ Agricultura – Cultivo em grande escala, usando 
ferramentas e técnicas mais complexas; depende 
do cultivo permanente dos campos, do uso de 
utensílios como o arado puxado por animais, e de 
tecnologias como a da irrigação. 
 
 
 
 
 
 
 
Grupo familiar que mora junto e inclui ao menos 
um dos pais e um filho. 
 
¨ Família nuclear – A organização familiar 
composta, geralmente, de marido e mulher e/ou 
filhos dependentes que vivem em uma única 
moradia. 
 
¨ Família ampliada – Grupo de famílias nucleares 
ligadas pelo sangue e que vivem na mesma 
moradia. 
 
 
¨ Tipos ou padrões de moradia 
 
- Bilocalidade – Casal que mora com os pais do marido ou da 
mulher. 
- Avunculocalidade – Casal que mora com o tio da mulher. 
- Matrilocalidade – Casal que vive com os parentes da 
mulher ou perto deles. 
- Neolocalidade – Marido e mulher fixam residência em 
qualquer lugar, sem levar em conta a localização dos 
parentes de ambos. 
- Patrilocalidade – Casal vive com parentes do marido ou 
perto deles. 
 
 
¨ Parentesco – Relacionamento entre membros de 
um grupo social unidos tanto por sangue como pelo 
casamento. 
 
- Descendência uninuclear (também conhecida como 
unilateral) – Determina a descendência exclusivamente 
através da linhagem materna ou da paterna. 
- Descendência ambilinear – Estabelecida igualmente pela 
linhagem materna ou paterna. 
- Descendência bilateral – Determinada por meio tanto da 
linhagem materna como pela paterna. 
- Descendência matrilinear – Determinada apenas pela 
linhagem materna. 
- Descendência patrilinear – Determinada apenas pela 
linhagem paterna. 
- Linhagem – O conjunto de parentes geneticamente ligados 
por um ancestral comum que determina sua descendência 
por conexões estabelecidas através de linhagens masculinas 
ou femininas. 
- Clã – É o conjunto de parentes que acreditam estar unidos 
geneticamente mas que não podem traçar sua descendência 
através de ligações conhecidas; a maior parte dos clãs é 
criada por diversas linhagens. 
- Fratria – Um grupo de descendência criado ao menos por 
dois clãs que acreditam ter um ancestral em comum. 
- Dualista (ou metade tribal) – Grupo unilinear de 
descendentesexógamos encontrado numa organização 
social dual. 
 
 
Terminologia dos sistemas de parentesco 
 
¨ Sistema esquimó (também conhecido como 
sistema linear) – Situações específicas são 
determinadas para a família nuclear, sendo que 
todos os outros parentes são incluídos nas 
categorias “tia” e “tio”, ou “primo” e “prima”. 
 
¨ Sistema havaiano – Parentes do mesmo sexo e 
geração são designados pelo mesmo termo. 
 
¨ Sistema iroquês – O pai e o irmão do pai são 
mencionados pelo mesmo termo, assim como a mãe 
e a irmã da mãe; mas, à irmã do pai e ao irmão da 
mãe são dados nomes diferentes. Além do sexo e 
da geração, faz distinção igualmente entre irmãos 
de sexos opostos na geração parental. 
 
¨ Sistema crow (ou corvo) – Um sistema 
matrilinear com algumas características de um 
sistema iroquês, mas com um enviesamento da 
característica em que a geração é congelada para 
alguns parentes. 
 
¨ Sistema Omaha – semelhante ao sistema crow, 
mas é patrilinear. 
 
¨ Sistema sudanês ou descritivo – O pai, o irmão 
do pai e o irmão da mãe se distinguem entre si, 
assim como a mãe, a irmã da mãe e a irmã do pai; 
primos cruzados e paralelos igualmente se 
diferenciam dos irmãos. 
ACULTURAÇÃO 
SUBSISTÊNCIA 
FAMÍLIA E PARENTESCO 
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3	
 
 
 
 
 
União sexual e econômica socialmente aceitável 
entre indivíduos de uma sociedade. 
 
 
¨ Gênero – Diferenças entre homens e mulheres 
baseadas em experiências e expectativas; classifica 
um indivíduo em masculino ou feminino. 
 
¨ Tabu do incesto – Proibição de relações sexuais 
entre indivíduos aparentados. 
 
¨ Afim – Parente obtido através de casamento. 
 
¨ Cosanguíneo – Parente biológico ou “de sangue”. 
 
¨ Endogamia – Casamento dentro de um grupo 
social, como um agrupamento familiar, uma casta, 
etc. 
 
¨ Exogamia – Casamento fora do grupo social 
 
¨ Monogamia – Duas pessoas se unem e não têm 
outros cônjuges; o casamento em série ocorre 
quando a norma é a monogamia, mas são comuns 
os divórcios e recasamentos. 
 
¨ Poligamia – Homens e mulheres têm mais de um 
cônjuge. 
 
¨ Poliginia – Permite ao homem ter mais de uma 
esposa. 
 
¨ Poliandria - Permite à mulher ter mais de um 
marido; a forma mais comum é a poliandria 
fraterna, em que a mulher se casa com um grupo 
formado por irmãos. 
 
¨ Troca – Formalização de um casamento por 
permuta econômica. 
 
- Dote – Casamento por troca, na qual os parentes da noiva 
oferece bens ao noivo ou aos parentes dele. 
 
- Preço ou compra da noiva – Troca matrimonial na qual 
os parentes do noivo oferecem bens à noiva ou à família dela. 
 
 
 
 
 
 
 
Grupos ou associações de indivíduos não 
baseados em relações familiares. 
 
¨ Associação por sexo - Grupo de pessoas 
organizadas com base no sexo. 
 
¨ Faixa etária – Grupo de pessoas organizadas com 
base na idade; em geral, grupos de idade similar 
reunidos em conjuntos de pessoas que se deslocam 
juntas em uma série de faixas etárias ao longo da 
vida. 
 
¨ Associações por interesses em comum – Surge 
quando aqueles que têm interesses comuns se 
reúnem; algumas vezes ser um membro é exigência 
legal, como acontece em alguns projetos ou em 
sindicatos. 
¨ Classe – Categoria social cujos membros são 
considerados relativamente iguais tomando por 
base o sistema de avaliação predominante. 
 
¨ Casta – Grupo no qual seus membros são assim 
considerados por nascimento e casamento ditado 
por endogamia (casamento entre pessoas do 
grupo). 
 
 
 
 
Estudo dos sistemas de produção, distribuição e 
troca, geradas dentro da economia de um determinado 
país. 
 
¨ Produção – Desenvolvimento ou criação de bens 
ou serviços. 
 
¨ Distribuição – Processo de troca de bens 
produzidos por consumo; de acordo com o 
economista Karl Polanyi, a distribuição ocorre de 
acordo com um dos três tipos de sistema que 
seguem. 
 
- Reciprocidade – Itens de valor aproximadamente iguais 
são trocados sem o uso de dinheiro. Pode ser de três tipos: 
 
• reciprocidade generalizada – não são 
especificados nem o valor do bem e nem uma tabela 
de reembolso; 
• reciprocidade equilibrada – tanto o valor do bem 
quanto as tabelas de reembolso são especificados; 
• reciprocidade negativa – aquele que oferece os 
bens espera obter uma vantagem na troca. 
 
- Redistribuição – Processo de troca em que os bens são 
direcionados para um centro econômico para ser organizado, 
contado e redistribuído. 
 
- Mercado de trocas - O valor do bem ou serviço é 
determinado pela oferta e procura, e o meio de troca é algo 
simbólico, como o dinheiro. 
 
¨ Troca – Compra e venda, ou comércio, de bens ou 
serviços. 
 
¨ Formalismo – Escola de pensamento que sustenta 
que a teoria econômica é válida na comparação de 
culturas. 
 
¨ Substantivismo – Escola de pensamento que 
defende a compreensão da atividade econômica em 
seu contexto cultural específico. 
CASAMENTO GRUPOS NÃO FAMILIARES 
ATIVIDADE ECONÔMICA 
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4	
 
¨ Mecanismos de nivelamento – Costumes que, de 
certa forma, mantêm a riqueza distribuída de 
maneira igual. 
 
 
 
 
 
 
Expressão das habilidades criativas humanas, 
na forma verbal, ornamental, musical ou pictórica, que 
expressam as emoções, a história, os sentimentos e a 
cultura dos indivíduos. 
 
¨ Folclore – Expressão da cultura popular constituída 
de costumes e tradições transmitidos de geração 
para geração. 
 
¨ Mito – É uma narrativa passada de geração em 
geração, que geralmente remonta a tempos 
imemoriais. Narra, entre outros aspectos, a criação 
do mundo, tentando explicar a relação sagrada ou 
não dos fenômenos da natureza. 
 
¨ Lendas – Narrativas épicas contadas como se 
fossem verdade. 
 
¨ Narrativa – Histórias criadas ou melhoradas para 
entretenimento. 
 
¨ Etnomusicologia – Análise da música como um 
aspecto cultural. 
 
 
VOCÊ SABIA? 
 
A música é um aspecto importante de diversas 
culturas. 
 
 
 
 
 
 
Maneira da sociedade se organizar em torno de 
questões políticas, econômicas, sociais, educacionais, 
culturais entre outras. 
 
¨ Bando – Um pequeno grupo de pessoas com uma 
divisão de trabalho baseada na idade e no sexo, 
com relações sociais baseadas no igualitarismo; 
encontra-se entre os povos coletores. 
 
¨ Tribo – Variedade de grupos relativamente 
independentes unidos por uma cultura e língua 
comuns; geralmente maiores do que os bandos; 
pode ter um chefe que fale pelo grupo, mas as 
relações sociais ainda são igualitárias, com o 
trabalho dividido de acordo com sexo e idade; 
tipicamente encontrado entre agricultores e 
pastores. 
 
¨ Chefia – Muitas comunidades individuais são 
hierarquicamente agrupadas sob as ordens de um 
chefe centralizado. 
 
¨ Estado – Sistema político centralizado encontrado 
nas sociedades grandes e complexas; tem o poder 
de coagir seus membros a manter a hierarquia 
imposta pela elite da classe dirigente por meio de 
leis e sanções físicas. 
 
¨ Controles – Costumes e práticas que 
regulamentam o comportamento social. 
 
- Controles internos – Os membros da sociedade são 
pessoalmente responsáveis por suas ações, isto é, os 
indivíduos agem de acordo com suas concepções culturais 
daquilo que é adequado, direito e correto; muitas vezes se 
baseia na crença em forças superiores que podem infligir 
punições por ações impróprias. 
 
- Controles externos (também conhecidos como 
sanções) – Instituições sociais impõem normas e ordens 
sociais, tais como tribunais, polícia e conselho de anciães. 
 
¨ Lei – Regras formais ou sanções que fornecem as 
bases para determinar a culpa, assim como os 
meios ou tipos de punição. 
 
 
 
 
 
 
Sistema de crença que postula a relação do ser 
humano com o sobrenatural. 
 
¨ Animismo – Crença primitiva na qual todos os 
elementos da natureza são impelidos por seres 
espirituais, ou seja, têm alma. 
 
¨ Animatismo – Crença na existência de forças 
sobrenaturais impessoais. 
 
¨ Sacerdoteou sacerdotisa – Membro de uma 
cultura que, o tempo todo, serve como autoridade 
religiosa. 
 
¨ Xamã – Membro de uma cultura que serve, mas 
não o tempo todo, como uma autoridade religiosa; 
acredita-se que ele tenha a capacidade de se 
comunicar diretamente com os seres e poderes 
sobrenaturais. 
 
¨ Ritual – Atos padronizados realizados com o 
intento de acionar o mundo espiritual. 
 
- Ritos de passagem – Realizados em estágios específicos 
do ciclo da vida para marcar mudanças de status 
importantes, como nascimento, casamento e morte. 
 
- Ritos de intensificação – Realizados para recuperar a 
coesão do grupo antes ou durante uma crise ou possibilidade 
de crise. 
 
- Ritos de reversão - Permite a inversão de papéis 
habituais e obrigações dos indivíduos. 
 
¨ Magia – Praticada por indivíduo tido como alguém 
capaz de manipular psiquicamente o mundo natural 
e também o sobrenatural. 
 
¨ Feitiçaria – Praticada por indivíduo tido como 
possuidor de um poder psíquico, frequentemente 
inconsciente, capaz de causar mal ou doença nos 
outros; a bruxaria é associada com a tentativa 
consciente de afetar, de forma prejudicial, um 
indivíduo ou grupo. 
 
¨ Movimento de revitalização – Movimento social, 
geralmente religioso, organizado para restaurar a 
cultura a seu estado anterior, supostamente mais 
desejável. 
 
 
 
 
ARTE 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA 
RELIGIÃO 
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5	
 
 
 
 
Todas as culturas passam por mudanças ao 
longo do tempo, dependendo de circunstâncias 
articularizadas. Mudanças no ambiente, no contato 
com estrangeiros, e até mesmo modificações culturais 
impostas internamente, podem levar a uma 
transformação cultural. 
 
¨ Inovação – Utilização de elementos culturais 
existentes de uma forma nova. 
 
¨ Invenção – Princípio, ferramenta ou prática que 
possibilita a solução de problemas velhos e/ou 
novos. 
 
¨ Difusão – Expansão de traços culturais através de 
comércio, migração e empréstimo; frequentemente 
leva à mudança cultural, porque os antigos traços 
são substituídos por aqueles recentemente 
difundidos. 
 
¨ Perda cultural - Em geral, as inovações levam à 
perda das mais antigas; isso pode levar à perda de 
toda cultura, uma vez que institutos 
interdependentes são modificados ou abandonados. 
 
¨ Aculturação – Adaptação forçada resultante de 
contato contínuo com outras culturas. 
 
¨ Modernização – Mudança cultural experimentada 
por sociedades em transição para um estilo de vida 
mais ocidentalizado, industrializado. 
 
 
ANTROPOLOGIA BIOLÓGICA 
É o estudo do aspecto biológico dos humanos e 
de seus antepassados, incluindo biologia 
molecular e genética, primatologia, 
paleoantropologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
¨ É o pai da genética. 
¨ Era frade da Ordem de Santo Agostinho. 
¨ Pesquisou a hereditariedade em ervilhas. 
¨ Desenvolveu as pesquisas entre 1856 e 1866. 
¨ Definiu a unidade hereditária (gene) como tendo 
uma natureza discreta. 
¨ Seu trabalho foi publicado em 1866, mas só foi 
reconhecido em 1900. 
 
 
A TEORIA 
 
¨ Descreve características que se manifestam através 
de um único gene (unidade hereditária), uma seção 
do DNA que codifica um caráter particular. 
 
¨ Um gene ocupa um lugar definido (lótus) no 
cromossomo. Os genes que ocupam o mesmo lócus 
gênico são chamados de genes alelos. Os genes 
alelos não são necessariamente idênticos. 
 
¨ O genótipo é o conjunto de genes de um indivíduo. 
 
¨ O fenótipo é a expressão observável de um genótipo 
como um caractere morfológico, bioquímico ou 
molecular. 
 
- Homozigoto – Os genes alelos são idênticos para um 
determinado caractere. 
 
- Heterozigoto – Os genes alelos são diferentes para um 
determinado caractere. 
 
¨ Um gene pode ser dominante ou recessivo. 
 
- Genes dominantes – Quando presentes, sempre 
manifestam a característica que condicionam. 
 
- Genes recessivos – Expressam a característica quando 
ocorrem em dose dupla. 
 
 
PRINCIPIOS DA GENÉTICA MENDELIANA 
 
 
¨ Princípio da segregação – Na formação dos gametas 
os cromossomos homólogos se separam, assim 
cada gameta contém genes provenientes do par 
original. 
 
¨ Princípio da diversidade – A distribuição aleatória de 
cada par de alelos independe da distribuição de 
outros pares. 
 
TRAÇOS COMPLEXOS 
 
 
¨ A maior parte dos caracteres complexos é afetada 
por múltiplos fatores genéticos e ambientais. 
 
¨ Traços poligênicos – Dependem da ação de mais de 
um gene. 
 
 
MUTAÇÃO 
 
¨ Qualquer mudança em um gene passível de ser 
herdado. 
 
¨ O mecanismo básico da evolução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DNA – O CÓDIGO GENÉTICO 
 
¨ 1869 – Descoberta do DNA, sigla em inglês para o 
ácido desoxirribonucleico. 
 
¨ Década de 1920 – Demonstração de que o DNA 
está presente nos cromossomos. 
 
¨ 1944 – Primeira evidência de que o DNA é o 
material genético de um organismo. 
 
¨ 1953 – James Watson e Francis Crick descobriram 
a estrutura tridimensional do DNA. 
MUDANÇA CULTURAL 
GENÉTICA MEDELIANA 
BIOLOGIA MOLECULAR E GENÉTICA 
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6	
 
¨ O DNA controla a hereditariedade. 
 
- A estrutura molecular do DNA é uma hélice dupla que 
consiste numa sequência linear de base com pares de 
nucleotídeos. 
 
- Os nucleotídeos do DNA são adenina, timina, guanina e 
citosina. 
 
- O emparelhamento entre os nucleotídeos do DNA é 
complementar: adenina com tiamina, e citosina com 
guanina. 
 
 
SINTESE DE PROTEÍNAS 
 
¨ Códigos do DNA para RNA (sigla em inglês para 
ácido ribonucleico) - transcrição. 
 
¨ Códigos do RNA para as proteínas – tradução. 
 
TRANSCRIÇÃO 
 
 
¨ Produção de uma fita de RNA mensageiro 
complementar da sequência básica numa fita de 
DNA. 
 
¨ Estabelece o emparelhamento do DNA e RNA. 
 
¨ O emparelhamento complementar especifica a 
sequência linear do RNA. 
 
¨ O RNA se diferencia do DNA por ter um açúcar, a 
ribose, em vez da desoxirribose. 
 
¨ O RNA contém a base uracila em vez da timina. 
 
¨ A adenina se une com a uracila, a timina com a 
adenina, a guanina com a citosina, e a citosina com 
a guanina. 
 
 
 
TRADUÇÃO 
 
¨ O código genético é lido como um códon, ou séries, 
de três bases a partir da fita de RNAm. Cada códon 
codifica para um único aminoácido. 
 
¨ Cada transferência de RNA (RNAt) contém um 
códon complementar a uma sequência de códon no 
RNAm. 
 
¨ Os aminoácidos se entrelaçam para formar uma 
cadeia polipeptídica; a ordem dessa cadeia é 
determinada pela sequência de códons contida no 
RNAr. 
 
¨ Ocorre nos ribossomos, o qual contém diversos 
tipos de RNA ribossômicos (RNAr). 
 
 
 
MITOSE 
 
¨ Processo em que uma única célula-mãe diploide dá 
origens a duas células filhas diploides, 
geneticamente idênticas entre si e em relação à 
célula de origem. 
 
¨ Processo de fases múltiplas na qual as cromátides 
irmãs, que formam o cromossomo, se separam e se 
depositam dentro das células que começam a ser 
formadas. 
 
 
MEIOSE 
 
¨ Uma única célula-mãe diploide dá origem a quatro 
células-filhas haploides, geneticamente diferentes 
umas das outras e também da célula de origem. 
 
¨ Produz gametas. 
 
¨ Processo de múltiplas fases que inclui uma possível 
troca de material genético entre cromossomos 
homólogos no processo de crossing-over. 
 
 
 
 
 
 
 
Características 
 
¨ Visão – Os primatas dão maior ênfase à visão do 
que ao olfato. 
 
¨ Olhos voltados para frente: 
 
- Visão binocular – superposição dos campos visuais de 
cada olho; 
- Visão estereoscópica (ou visão tridimensional) – é a 
percepção da profundidade devido à integração da 
informação visual no cérebro; 
- Visão em cores. 
 
¨ A cabeça maior em relação ao corpo. 
 
¨ A fêmea produz, em geral, pequenas ninhadas, de 
um ou dois filhotes. 
 
¨ Aumento do investimento parental na prole. 
 
¨ Aumento do período de desenvolvimento, tanto 
gestatório como no pós-natal. 
 
¨ Apresenta meios de locomoção variados. 
 
- Quadrupedalismo arborícola – Movimenta-senas 
árvores com os quatro membros. 
 
- Quadrupedalismo terrestre - A locomoção se faz com 
os quatro membros apoiados no chão e os dedos dos 
membros anteriores fletidos, exercendo pressão sobre os nós 
dos dedos. 
 
- Habilidade de agarrar e saltar entre substratos verticais, 
como nos troncos das árvores. 
 
- Braquiação – Modo de locomoção arborícola em que o 
animal se balança de galho em galho utilizando as mãos e os 
braços. 
 
- Bípedalismo – Movimentação sobre uma base é feita apenas 
com os membros inferiores. 
 
¨ A locomoção com os membros inferiores tende a ser 
dominante. 
 
¨ Os molares não têm função específica. 
 
¨ Cada metade da mandíbula apresenta, no máximo, 
dois incisivos, um canino, três pré-molares e três 
molares. 
 
PRIMATOLOGIA 
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7	
¨ Dedos preênseis e polegar oponível, tanto nos 
membros anteriores como nos posteriores. 
 
¨ Os dedos não apresentam garras, o que propicia 
proteção das polpas tácteis das pontas dos dedos e 
facilita o ato de agarrar. 
 
¨ Geralmente se limitam às regiões tropicais. 
 
 
 
 
 
 
ESTREPSIRRINOS X HAPLORRINOS 
 
¨ Características dos estrepsirrinos: 
 
- período de desenvolvimento mais curto; 
- rinário úmido; 
- lábio superior fendido; 
- barra pós-orbital; ausência de fecho pós-orbital; 
- presença de tapetum lucidum (superfície refletora na 
retina); 
- a maior parte da espécie é noturna (ativas à noite); 
- osso frontal e mandíbula não fundidos; 
- unha afiada no segundo dedo do pé é usada para cuidar da 
aparência; 
- possui “dentes-pente”, que são incisivos achatados e 
parecidos com os de um pente, além de um ou dois pares de 
caninos curvados e voltados para trás. 
 
 
¨ Características dos haplorrinos: 
 
- período prolongado de desenvolvimento; no caso dos 
humanos, os períodos pré e pós-natal são mais longos. 
- osso frontal fundido e sínfise mandibular; 
- fechamento pós-orbital; 
- incisivos verticais; 
- cérebro maior em relação ao tamanho do corpo; 
- a maioria das espécies é diurna; 
- comportamentos sociais mais complexos. 
 
 
COMPORTAMENTO E ECOLOGIA 
 
Alimentação dos primatas 
 
¨ Tipos de dieta de acordo com a fonte principal de 
alimentos. 
 
- Frugívora – baseada em frutas. 
- Herbívora – composta de folhas e caules. 
- Insetivora – Insetos são a base da alimentação. 
- Alimentação constituída por seivas e resinas das árvores. 
- Gramínivora – dieta composta de sementes, ervas e 
grãos. 
 
¨ Os primatas controlam agressivamente um 
território específico englobando diversas áreas de 
alimentação; um território pode fazer parte de toda 
a área de uso da espécie. 
 
- Área de uso – é a área dentro da qual o animal 
normalmente vive, ou o território total ocupado por um grupo 
ao longo de um ano. 
 
 
 
 
 
GRUPOS SOCIAIS DE PRIMATAS 
 
¨ Variáveis utilizadas para definir grupos sociais: 
 
- tipo de acasalamento; 
- esquema de habitação do grupo; 
- coesão grupal no forrageio; 
-filopatria natal (residência permanente em grupos natais) 
 
Modelos de agrupamentos dos primatas 
 
- Modelo de defesa de recursos – Os grupos sociais 
intensificam o acesso aos recursos. 
 
- Modelo predatório – Os primatas vivem em grupos sociais 
para reduzir a vulnerabilidade face aos predadores. 
 
 
ORGANIZAÇÃO SOCIAL POR TIPO DE ACASALAMENTO 
 
¨ Solitário (um adulto) - Uma única fêmea e sua 
prole cuja área cobre, parcialmente, a de um único 
macho; o macho deve ter uma área de uso que se 
sobreponha as áreas de uso de diversas mulheres; 
machos e fêmeas geralmente interagem apenas 
para se acasalar, a exemplo dos orangotangos e 
gálagos. 
 
¨ Monogamia (um casal) – Um macho e uma fêmea 
adultos, mais sua prole imatura; o acasalamento é 
exclusividade do par formado, como acontece entre 
os gibões e os macacos sauás. 
 
¨ Poliandria (uma fêmea, diversos machos) – 
Uma fêmea reprodutivamente ativa e dois ou mais 
machos reprodutivamente ativos, mais a prole; 
pode haver outra fêmea produtivamente ativa; no 
entanto, a única fêmea ativamente reproduzindo 
oculta sua procriação; os machos, na retaguarda, 
ajudam a prole. 
 
¨ Poliginia (um macho, diversas fêmeas) – 
Quando nas espécies em que as mulheres deixam 
seu grupo natal; grandes quantidades de fêmeas se 
transferem; dimorfismo sexual pronunciado; por 
exemplo, guariba-vermelho (ou bugio), langur, 
babuíno-gelada, gorila. 
 
¨ Poliginia (diversos machos, múltiplas 
fêmeas)—Quando maduros, um e outro se 
transferem para um grupo diferente; a maior parte 
é formada por grupos em que há vínculos entre as 
fêmeas, como corre com macacos, babuínos, 
macacos vervets, macacos-esquilo, macacos 
capuchinhos, cólobos; é um sistema complicado e 
difícil de aplicar, a exemplo de chimpanzés, cujos 
machos formam um grupo coeso e cuja área de uso 
se superpõe às áreas de diversas fêmeas. 
 
 
 
 
 
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8	
INTERAÇÕES SOCIAIS 
 
¨ Comportamentos assumidos que dizem respeito à 
conveniência de um ou mais indivíduos. 
¨ Em geral reduz as interações ao mínimo 
denominador comum, o agente e o receptor. 
¨ Interações sociais: 
 
- egoísta – beneficia o agente, mas não o receptor; 
- mutualista – beneficia o agente e o receptor; 
- altruísta – beneficia o receptor, mas não o agente; 
- malicioso – não beneficia nem o agente nem o receptor. 
 
 
 
 
 
 
 
ORIGEM DA TEORIA EVOLUCIONISTA 
 
 
¨ Georges Comte de Buffon (1707-1788) 
 
- Propôs a ideia de mudança orgânica; as espécies podem 
mudar, mas não dão origem a novas espécies. 
 
¨ Erasmus Darwin (1731-1802) 
 
- Avô de Charles Darwin. 
- Acreditava que as espécies podem mudar por meio de 
competição e seleção sexual. 
 
¨ Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829) 
 
- Produziu a primeira teoria da evolução orgânica 
convincente. 
- Princípio do uso e desuso – quanto mais frequentemente 
um órgão é usado, mais proeminente ele se torna; aqueles 
que normalmente são pouco usados, tendem a diminuir 
completamente nas gerações sucessivas. 
 
 
¨ Herança de características adquiridas 
 
- Aumento ou perda de traços através dos princípios de uso 
e desuso passam para toda a descendência, fornecendo as 
modificações adquiridas que são comuns a ambos os sexos, 
ou pelo menos aos indivíduos que procriam jovens. Um 
exemplo é a girafa, cujos antepassados esticavam 
constantemente o pescoço para o alto, tentando alcançar as 
folhagens, levando ao crescimento dessa parte do corpo. No 
transcorrer de gerações, o pescoço das girafas se tornou 
longo. 
 
¨ Georges Cuvier (1769-1832) 
 
- Propôs que as espécies poderiam ser extintas. 
- Proponente do catastrofismo, segundo o qual as 
características da Terra são resultantes de periódicas 
revoluções geológicas. 
 
 
¨ Charles Lyell (1797-1875) 
 
- Defensor do princípio do uniformitarianismo de James 
Hutton, o qual sugeriu que os aspectos geológicos são 
resultantes de mudanças contínuas e graduais. 
 
 
TEORIA DARWINIANA 
 
 
¨ Charles R. Darwin (1809-1882) 
 
- Formulou a teoria da evolução através da seleção natural, 
a qual pode ser subdivida em: 
 
• A luta pela vida entre os indivíduos; 
• O potencial aumento exponencial das populações; 
• As populações tendem a permanecer estáveis em 
tamanho; 
• A limitação dos recursos. 
 
- O diferencial da sobrevivência (seleção natural): 
 
• A luta pela existência; 
• A variação das características físicas e 
comportamentais; 
• A variação da hereditariedade individual. 
 
- A evolução através da ação da seleção natural em diversas 
gerações. 
 
¨ Alfred Russel Wallace (1823-1913) 
 
- Propôs a hipótese da evolução através da seleção natural 
na mesma época de Darwin, mas independente dele. 
 
 
MECANISMOS DA EVOLUÇÃO 
 
 
¨ Seleção natural - Reprodução ou sobrevivência 
diferenciada de organismos causada por agentes e 
não diretamente por humanos. 
 
¨ Deriva genética – Mudança aleatória na 
frequência dos alelos de uma população. 
 
- Efeito fundador – Ocorre quando uma pequenapopulação 
coloniza um novo habitat e, posteriormente, cresce um 
número de indivíduos. 
 
- Efeito gargalo – Uma redução grande mas temporária no 
tamanho da população, o que reduz o montante de variação 
genética. 
 
¨ Migração – Transferência de genes de uma 
população em outra por meio de cruzamentos. 
 
¨ Mutação – Mudança na composição de um gene ou 
estruturação genética do organismo. 
 
 
 
 
 
EVOLUÇÃO DOS PRIMATAS 
 
¨ Era cenozoica 
 
- Períodos: 
Paleoceno (65-55 milhões de anos atrás), Eoceno (há 55-35 
milhões de anos), Oligoceno (há 35-23 milhões de anos), 
Mioceno (há 23-5,3 milhões de anos), Plioceno (5,3-
1,6milhões de anos atrás), Pleistoceno (há 1,6 milhão de 
anos). 
 
PALEOANTROPOLOGIA 
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9	
¨ Hipóteses para as origens dos primatas 
 
- Início do Paleoceno, ou seja, há 65 milhões de anos. 
- Primitivos primatas (como o Plesiadapis) careciam do 
conjunto de características geralmente associadas com os 
primatas existentes; por essas razões, alguns pesquisadores 
deixam de lado esses primtas. 
- Primatas verdadeiros ou estrepsirrinos surgem no registro 
fóssil por volta do início do Eoceno (55 milhões de anos 
atrás). 
 
¨ Hipóteses para as origens dos primatas 
 
- Hipótese arborícola 
 
Os primatas se desenvolveram ao se adaptarem à vida nas 
árvores, o que exigia pés e mãos agarrantes e visão 
reforçada. 
- Hipótese da predação visual 
 
Os antigos primatas primeiro se adaptaram à floresta de 
arbustos com vegetação rasteira e árvores com galhos 
baixos. 
A procura por insetos exigiu o desenvolvimento de uma visão 
aguçada, mãos e pés agarrantes e unhas para captura das 
presas. 
 
¨ Primatas verdadeiros 
 
- Surgem no início do Eoceno. 
 
- São os adapídeos da América do Norte, Europa e Ásia. 
 
- Durante o Oligoceno (há 35-23,5 milhões de anos), os 
haplorrinos eram os primatas mais numerosos. 
 
 
¨ Origem dos macacos do Novo Mundo 
 
- A família dos parapitecídeos pode ser a ancestral dos 
macacos do Novo Mundo, como demonstram os Apidium e os 
Qatrania. 
 
- A teoria do transporte flutuante sugere que os macacos do 
Novo Mundo vindos da África, flutuando em troncos de 
árvore, há cerca de 25 milhões de anos. 
 
¨ Evolução dos macacos do Velho Mundo 
 
- Os Propliopithecidae podem ser os ancestrais de macacos 
do Velho Mundo, símios e humanos; ou, provavelmente, 
apenas dos símios. 
 
- Do final do Eoceno ao início do Oligoceno, no Egito e em 
Omã. 
 
- Propliopithecus, Aegyptopithecus, Catopithecus. 
 
¨ Evolução dos símios. 
 
- Evoluíram há 20 milhões de anos. 
 
- Os primeiros macacos eram os Proconsul. 
 
- Os primeiros macacos grandes eram os Sivapithecus, 
parentes dos atuais orangotangos. 
 
 
 
 
 
Tendências 
 
¨ Alterações em configurações do esqueleto. 
 
- Bipedalismo. 
 
-Diminuição do rosto (menos prógnato). 
 
- Redução do tamanho dos dentes molares. 
 
- Esmalte espesso nos dentes molares. 
 
- Perda do conjunto canino/terceiro pré-molar. 
 
- Segunda cúspide dos pré-molares inferiores bem 
desenvolvida. 
 
- Alteração no padrão de erupção dos dentes. 
 
- Fórmula dentária dos macacos e dos humanos – 2 incisivos, 
1 canino, 2 pré-molares, 3 molares: multiplicando-se por 
quatro, 32 dentes no total. 
 
 
 
 
¨ Exploração eficiente do habitat terrestre. 
 
¨ Aumento do tamanho e da complexidade do 
cérebro. 
 
¨ Uso de utensílios. 
 
 
PRIMEIROS HOMINÍDEOS 
 
¨ Hominídeos do Mioceno tardio 
 
- Sahelanthropus tchadensis: 
 
• Existiu há cerca de 6 a 7 milhões de anos; 
• Encontrado na região do Sahel no Chade; 
• Muito primitivo, talvez não seja um hominídeo. 
 
-Orrorin tugenensis: 
 
• Datado de 5,6 a 6,2 milhões de anos atrás, no 
Quênia; 
• Pode ser o bípede mais primitivo. 
 
- Ardipithecus ramidus: 
 
• Viveu entre 4,39 a 5,8 milhões de anos atrás, a 
Etiópia. 
 
¨ Hominídeos graciosos do Plioceno 
 
- Todos tinham feições primitivas semelhantes às dos 
macacos, inclusive cérebro do tamanho de um chimpanzé 
(400ml). 
 
- Australopithecus anamensis: 
 
• 3,9 a 4,2 milhões de anos atrás no Quênia. 
 
- Australopithecus afarensis: 
 
• Há 2,8 a 4 milhões de anos, na Etiópia e Tanzânia; 
• O famoso esqueleto chamado de Lucy é dessa 
espécie. 
 
- Australopithecus africanus: 
 
• Na África do Sul, entre 2,5 e 3 milhões de anos 
atrás. 
 
- Australopithecus bahrelghazali: 
 
• Há 3/3,5 milhões de anos, no Chade. 
 
- Australopithecus garhi: 
 
• Na Etiópia, há 2,5 milhões de anos. 
EVOLUÇÃO HUMANA 
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10	
 
- Kenyanthropus platyops: 
 
• 3,2 a 3,5 milhões de anos atrás, no Quênia. 
 
 
¨ Hominídeos robustos do Plioceno 
 
- Todos se caracterizavam por ter molares grandes e rosto 
em forma de prato. 
 
- Paranthropus aethiopicus: 
 
• Há 2,5/2,8 milhões de anos, no Quênia e na Etiópia. 
 
- Paranthropus boisei: 
 
• De 1 a 2,5 milhões de anos atrás, na Etiópia. 
 
- Paranthropus robustus: 
 
• Há 2 milhões de anos na África do Sul. 
 
OS PRIMEIROS HOMO 
 
¨ Menos primitivos do que os Australopithecus. 
 
¨ Homo habilis: 
 
- entre 1,5 e 2,4 milhões de anos atrás, no Quênia, Tanzânia 
e África do Sul; 
- cérebro média 660ml; 
- menos primitivo do que os Australopithecus. 
 
¨ Homo rudolfensis: 
 
- 1,8 a 2,4 milhões de anos atrás. 
- capacidade craniana de 775 cc, aproximadamente; 
- associado à produção do período olduvaiense. 
 
 
¨ Homo erectus: 
 
- datado de 400 mil a 1,8 milhão de anos atrás; 
- conjunto de feições primitivas e derivadas, bem mais 
parecido com os humanos atuais do que com as primeiras 
espécies; 
- associado à produção de utensílios de pedra acheulense; 
- a primeira espécie de hominídeos que foi encontrada fora 
da África; 
- inicialmente se desenvolvei na África e se expandiu para 
outras regiões, inclusive Europa e Indonésia; 
- capacidade craniana média de 946 cc (cerca de 727 a 1225 
ml); 
- revela a melhor e mais antiga evidência de 
desenvolvimento de uma linguagem complexa; 
- provavelmente o primeiro hominídeo a utilizar o fogo. 
 
¨ Homo georgicus: 
 
- existiu entre 1,81 e 0,05 milhões de anos atrás em Dmanisi, 
na Geórgia; 
- é pequeno o conhecimento sobre essa espécie. 
 
¨ Homo heidelbergensis: 
 
- existiu na África, Ásia e Europa entre 800 a 100 mil anos 
atrás; 
- mais robusto do que os humanos modernos; 
- capacidade craniana média de 1.283 ml; 
- utilizava artefatos acheulenses; mais tarde, talvez tenha 
usado ferramentas mousteriense. 
 
¨ Homo neanderthalensis: 
 
- viveu entre 32 e 300 mil anos atrás; 
- área de ocupação restrita à Europa e Oriente Médio; 
- tinha muitas feições arcaicas, como testa inclinada, crânio 
baixo, ausência de queixo e grande saliência superciliar; 
- corpo adaptado para viver em clima frio; 
- tamanho médio do cérebro é o maior dentre os hominídeos 
conhecidos; média entre 1.125 e 1.750 ml (média de 1.400 
ml); 
- parece ter sido nômade, tendo vivido em diferentes abrigos 
nas diferentes épocas do ano; 
- praticava vários tipos de comportamentos ritualísticos, 
incluindo os rituais de funeral. 
 
 
¨ Homo sapiens: 
 
- primeira aparição registrada num fóssil datado de 200 a 
160 mil anos atrás; 
- produziu utensílios delicados de pedra; 
- primeira evidência de arte foi o uso de ocre vermelho há 70 
mil anos; 
- primeiras pinturas em cavernas há 32 mil anos; 
- humanos modernos se expandiram por áreas nunca 
habitadas anteriormente por outros hominídeos; 
- viveu na Austrália há 50 mil anos; 
- viveu na América do Norte por volta de 25 a 15 mil anos 
atrás. 
 
 
 
 
 
 
¨ Modelo multirregionalista ou continuísta. 
 
- Sugere que os humanos modernos se desenvolveram a 
partir de populações de Homos erectus que trocaram genes. 
 
¨ Modelo da origem africana (ou da 
substituição) 
 
- Sugere que os modernos humanos se originaram de uma 
única população na África. 
- Depois de se desenvolver na África, se expandiu para outras 
partes do mundo, substituindo outras espécies de 
hominídeos por meiode competição ou assimilação. 
 
 
 
ARQUEOLOGIA 
É o ramo da antropologia que estuda e analisa 
os vestígios materiais humanos de maneira a 
reconstruir um entendimento das culturas 
passadas. 
 
 
 
 
 
 
¨ Escavação – Descoberta de materiais do passado 
enterrados, de maneira que possam ser registrados 
e analisados. 
 
¨ Levantamento amplo – Reconhecimento geral do 
sítio em potencial através de métodos como o 
caminhamento, a prospecção de superfície, a 
análise do solo e diversas técnicas de detecção 
remota. 
 
¨ Sistema de quadras – Técnica usada em 
escavações que permite um registro melhor da 
localização de artefatos; cada quadra é examinada 
alternadamente, numa configuração semelhante ao 
tabuleiro de xadrez, e depois escavada, uma 
camada de cada vez. 
 
TEORIAS SOBRE AS ORIGENS DO HOMEM 
MODERNO 
MÉTODOS MAIS COMUNS 
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11	
 
 
 
 
 
 
¨ Datação relativa – A localização temporal de 
artefatos é descrita em relação a outros artefatos 
para determinar a idade comparativa. 
 
¨ Datação absoluta – Também conhecida como 
datação cronométrica, determina a idade real de um 
artefato em termos de anos, séculos ou outras 
unidades de tempo. 
 
 
 
 
 
 
¨ Todos os artefatos de argila queimada feitos pelos 
seres humanos. 
 
¨ Centenas de tipos – vasilhas para estocar alimento, 
potes para cozinhar, conchas, cachimbos, câmaras 
mortuárias, etc. 
 
¨ O uso muito difundido é uma das indicações mais 
fortes de sedentarismo em uma localidade. 
 
¨ A cerâmica trabalhada é utilizada para classificar e 
rastrear mudanças nos etilos de cerâmica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO DE ARTEFATOS 
 
¨ O costume olduvaiense de utensílios 
 
- O mais antigo uso identificável da fabricação de artefatos 
associada ao Homo habilis. O período olduvaiense (nome 
derivado da Garganta de Olduvai, sítio pré-histórico na 
Tanzânia) dá início ao Paleolítico ou Idade da Pedra, cerca de 
2,5 milhões de anos atrás. 
 
- As ferramentas eram feitas batendo-se o centro de uma 
pedra para obter as lascas, as quais eram usadas como 
lâminas ou cortadores. A parte central restante era usada 
como martelo. 
 
- O instrumento primitivo utilizado era o cortador de pedras. 
 
 
¨ O uso de artefatos acheulense 
 
- A tradicional criação de ferramentas feitas depois do 
período olduvaiense, por volta de 1,5 milhões de anos atrás, 
é associada ao Homo erectus. 
 
- Os utensílios eram feitos da mesma forma citada acima, 
mas eram maiores e seguiam formas mais padronizadas. 
 
- O principal utensílio produzido era a machada aucheliense, 
ou machado manejável com a mão. 
 
¨ A tradição de ferramentas mousteriense 
 
- Costume neandertalense de fabricação de ferramentas há 
100 – 400 mil anos na Europa, sudoeste da Ásia e norte da 
África. 
 
- As ferramentas eram, em geral, menores, mais variadas e 
trabalhadas com maior habilidade do que as citadas 
anteriormente. 
 
- Os fabricantes desses utensílios usavam técnicas de 
pressão e lascagem diferentes das técnicas de percussão e 
lascagem. 
 
 
TÉCNICAS DE FERRAMENTAS 
 
¨ Levallois – Técnica encontrada principalmente na 
tradição mousteriense; os utensílios de pedra 
lascada, de tamanhos padronizados, eram feitos por 
meio de golpes no núcleo da pedra, para depois dar 
forma à lasca obtida. 
 
¨ Técnica de lâminas – As lâminas era obtidas com 
golpes nos núcleos das pedras. 
 
¨ Percussão e lascagem – Utensílios de ossos, 
galhadas ou madeira usados para golpear e obter 
pequenas lascas do núcleo de uma pedra dura. Essa 
técnica permitia um controle maior sobre o 
acabamento das lascas. 
 
 
 
 
 
PALEONÍNDIOS NO NOVO MUNDO 
 
¨ Foram os ocupantes mais remotos da América, o 
primeiro grupo de humanos a chegar ao Novo 
Mundo. 
CERÂMICAS 
CRIAÇÃO DE ARTEFATOS 
PERÍODOS DE TRANSIÇÃO 
TIPOS DE DATAÇÃO 
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12	
¨ A maioria dos pesquisadores concorda que os 
paleoíndios, vieram para o Novo Mundo há cerca de 
12 mil anos, durante o paleolítico, a chamada “idade 
da pedra”. 
 
¨ Caçavam em sua maioria grandes animais: eram 
conhecidos por usarem pontas de flechas especiais, 
estriadas. 
 
 
MESOLÍTICO 
 
¨ Literalmente, a média idade da pedra é um período 
arqueológico que começou, aproximadamente, em 
12000 a.C. 
 
¨ Os homens tornam-se mais sedentários e começam 
a se abastecer em fontes de alimento mais fixas. 
 
¨ Natufiano – uma tradição cultura que começou no 
sudoeste da Ásia durante o período mesolítico. 
 
- Compreendia o primeiro povo a ocupar assentamentos 
permanentes e a iniciar a domesticação nessa área. 
 
- Aracaico – termo utilizado para as culturas do Novo Mundo. 
 
- Caracterizado pela enorme diversidade cultural das 
populações que se adaptavam aos diferentes ambientes. 
 
- Provocou o agrupamento de culturas com estilos de vida e 
tecnologia exclusivos. 
NEOLÍTICO 
 
¨ Ou, literalmente, nova idade da pedra; 
estabelecidos o plantio e a domesticação de 
animais, o período tem início por volta de 11 mil 
anos atrás, no Oriente Médio. 
 
¨ Cultivo de plantas e domesticação de animais – 
processo de evolução em que os humanos 
(intencionalmente ou não) modificaram a genética 
de animais e plantas para controlar melhor sua 
exploração. 
 
 
SÍTIOS INICIAIS 
 
 
¨ Oriente Próximo – no Levante, ou seja, nos países 
do Mediterrâneo oriental e da Ásia Menor. 
 
¨ Europa – na Grécia, o controle de animais e cerais 
se dá por volta de 8000 a.C. 
 
¨ África – no vale do rio Nilo – cabras e carneiros são 
domesticados a partir de 6000 a.C. 
 
¨ China – no norte e no sul, o cultivo do arroz começa 
em 7000 a. C. 
 
¨ Sul do México – no vale de Tchuacan encontram-se 
evidências do milho por volta de 7000 a. C. 
 
¨ América do Sul – Peru 
 
¨ América do Norte – no sudeste dos Estados Unidos, 
cultivo de cabaças em torno de 7000 a. C. 
 
 
 
 
 
 
O termo foi usado, outrora, para se referir ao auge da 
linha evolutiva do desenvolvimento social. Atualmente se 
refere às sociedades urbanizadas, com segregação de classes 
e níveis sociais. 
 
SÍTIOS PRIMITIVOS 
 
Mesopotâmia 
 
¨ Atual Iraque ou “terra em meio a dois rios”, entre 
Irã, Arábia e Síria, ao longo dos rios Tigre e 
Eufrates. Ali, por volta de 5600 a.C., floresceram 
as primeiras civilizações. 
 
¨ A antiga civilização mesopotâmica da Suméria 
testemunhou o crescimento de cidades em um 
sistema de estado unificado. 
 
¨ Cuneiforme – forma inicial de escrita para registrar 
transações econômicas, mais tarde utilizada para 
registrar histórias. 
 
¨ Os sumérios eram amplamente conhecidos pela 
história do dilúvio na epopeia de Gilgamesh, 
análoga à história de Noé e o dilúvio descrito no 
Antigo Testamento da Bíblia judaico-cristã. 
 
¨ Zigurates – grandes templos em forma de pirâmide 
escalonada, característico dessas civilizações 
guiadas pela religião. 
 
 
Egito 
 
¨ Uma das primeiras grandes civilizações. 
 
¨ Foi a primeira unificada pelo soberano, Narmer-
Menés, por volta de 5000 a.C. 
 
¨ O estado se baseava na condição divina dos faraós. 
 
¨ Os escribas usavam hieróglifos (uma forma de 
escrita que combinava formas pictográficas e 
fonográficas) para registrar as complexas 
transações de coleta e redistribuição pela elite da 
classe dirigente. 
 
¨ Último período (1070-332 a.C) – é o declínio do 
poder faraônico, substituído pela linhagem 
ptolomaica instituída em 332 a.C. por Alexandre, o 
Grande. A ocupação romana, em 30 a.C., acabou, 
oficialmente, com a grande civilização egípcia. 
 
Vale do rio Indo 
 
¨ Civilização Harappiana – teve início por volta de 
4700 a. C. ao longo do rio Indo, no sul da Ásia. 
 
China 
 
¨ Foi em 4000 a.C., aproximadamente, que vários 
governantes conquistaram poder e destaque. 
 
¨ Viviam em cidades muradas, em constante 
competição e guerra. 
 
¨ A unificação da região foi conduzida pela civilização 
Shang, do vale Amarelo, em 3700 a.C., que se 
tornou a mais dominantedo norte da China. 
 
¨ A civilização era famosa por seu trabalho em 
bronze. 
 
Creta, Grécia e Roma 
 
¨ Civilização minoana – floresceu na antiga Creta, 
aproximadamente em 4000 a.C., graças ao 
CIVILIZAÇÕES 
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13	
constante desenvolvimento de sua rede de 
comércio. 
 
¨ Micenas – surgiu por volta de 3600 a.C. quando se 
apossaram das rotas de comércio dos minoanos. 
 
Mesoamérica 
 
¨ Maia 
 
- A civilização surgiu por volta de 4000 a.C. 
- Sociedade complexa, utilizava diversas técnicas agrícolas e 
sistema de crença complexo. 
 
¨ Asteca 
 
- Grande civilização que surgiu no México por volta de 1100 
a.C. 
- Tinha por capital a cidade de Tenochtitlan, amplo território 
com áreas residenciais, jardins e mercados espetaculares. 
- Foi conquistada pelos espanhóis em 1519. 
 
 
América do Sul 
 
¨ Império Inca 
 
- Governo unificava a maioria da América do Sul. 
- Estabeleceram-se originalmente no Peru. 
- O controle se estendia através da cordilheira dos Andes. 
Tinham organização burocrática e militar extraordinárias, 
mas foram aniquilados pelos espanhóis em 1534. 
 
 
 
 
 
 
 
 
¨ Sistemas de irrigação 
 
- Teoria hidráulica de Karl Wittfogel – as civilizações se 
originaram em razão do desenvolvimento de redes de 
irrigação; o controle das águas exigia uma sociedade 
organizacional administrada por especialistas agrícolas que, 
eventualmente, se tornavam a classe dominante e dirigente. 
 
¨ Redes de comércio – as civilizações surgiram por 
que os centros de redistribuição precisavam de uma 
autoridade administrativa centralizada que às vezes 
se tornava um governo centralizado. 
 
¨ Circunscrição ambiental e social – teoria da 
circunscrição de Robert Carneiro. 
 
- A civilização se desenvolveu onde as populações eram 
contidas em áreas limitadas por fatores ambientais, como 
montanhas e cursos de água, ou por grupos de pessoas. 
 
- No momento em que as populações circunscritas 
cresceram, aumentou a competição pelos recursos limitados 
e cresceu a estratificação social, uma vez que a elite 
controlava os recursos. 
 
- A guerra e a conquista de populações vizinhas foram as 
consequências inevitáveis da busca de acesso a recursos. 
 
- Para ter sucesso, tais campanhas deviam ser lideradas por 
uma autoridade central que, por vezes, se transformava em 
governo centralizado. 
 
¨ Religião 
 
- Tem papel indireto no desenvolvimento da civilização. 
 
- Sistemas religiosos são fundamentais na formação dos 
estados primitivos. 
 
- Várias estruturas arquitetônicas monumentais dos estados 
antigos tinham função religiosa. 
 
- Frequentemente, os rituais para a manutenção da ordem 
social, econômica e política, eram desempenhadas 
publicamente por sacerdotes em nome dos governantes. 
 
 
 
SOCIOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
Sociologia é o estudo científico das relações ou 
interações entre as pessoas no tempo e no espaço. À medida 
que essas relações se repetem e se tornam estáveis, elas 
configuram padrões ou estruturas sociais. São exemplos de 
estruturas sociais as famílias, os grupos, as associações, as 
empresas, as sociedades, os Estados, etc. 
 
 
As diversas abordagens (ou teorias) sociológicas 
enfatizaram diferentes características das relações sociais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As principais teorias sociais contemporâneas 
procuram superar essas perspectivas dualistas, que opõem 
sujeito e objeto, indivíduo e sociedade. Em contraposição, 
expressam a concepção de que: 
 
a) os seres humanos são interdependentes; sua vida se 
desenrola nas estruturas sociais que eles próprios formam 
quando se relacionam uns com os outros e, em grande parte, 
é condicionada por elas; 
 
b) por isso, as estruturas sociais sofrem constantes 
mudanças, algumas rápidas e efêmeras, outras mais lentas 
e profundas; 
 
c) as relações entre as pessoas têm importante papel nessas 
mudanças, mas, em muitos casos, elas não sabem como e 
quando suas ações contribuem para tal. 
 
Charles Wright Mills (1959) denominou a capacidade 
de relacionar mudanças nas estruturas sociais com a 
trajetória social de cada pessoa de imaginação 
sociológica. 
TEORIAS SOBRE A EVOLUÇÃO DAS 
CIVILIZAÇÕES 
As teorias da ação social salientaram os 
processos de interação; as teorias 
estruturalistas e funcionalistas, os resultados 
da interação (as estruturas sociais) 
1 
Algumas correntes acentuaram o conflito 
como elemento central das relações sociais; 
outras, a cooperação. 2 
Certas abordagens privilegiaram as relações 
diretas (face a face) entre as pessoas 
(microssociologias); outras, as relações 
distantes no tempo e no espaço, entre grupos 
numerosos ( macrossociologias). 
 
3 
CIÊNCIAS SOCIAIS 
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14	
 
 
 
 
Sociologia é o estudo sistemático e controlado das 
relações e estruturas sociais. No entanto, como em outras 
áreas do conhecimento, o acesso à verdade científica não é 
imediato. 
 
 
 
 
¨ As principais ferramentas da ciência social são: 
 
 
 
¨ Metodologia: 
 
Conjunto de técnicas de coleta e mensuração dos 
dados, visando a testar as hipóteses e confirmar ou não a 
teoria em questão. 
 
1 – Uma metodologia seleciona as variáveis, isto é, as 
características relevantes cujos valores (altura, idade, renda) 
ou atributos (gênero, raça, classe social) podem variar. 
 
2 – As variáveis podem ser: 
 
a) independentes, quando influenciam (ou causam) 
as variáveis dependentes, como sexo, idade, raça; 
 
b) dependentes, quando são influenciadas (ou 
causadas) pelas variáveis independentes. 
 
3 – As variáveis devem ser operacionalizadas, ou seja, o 
pesquisador tem de indicar que dados correspondem à 
variáveis. 
 
4 – Finalmente, é preciso atribuir valores às variáveis, isto é 
definir que tipo de variação significativa espera-se que 
ocorra. 
 
5 – Após a mensuração das variáveis, é necessário 
determinar os graus de confiabilidade, validade e 
generalidade, assim como o tipo de causalidade observado 
nos dados. 
 
a) Confiabilidade, refere-se à consistência da 
análise, ou seja, se outros pesquisadores 
interpretariam os dados da mesma forma. 
b) Validade, diz respeito à precisão da mensuração 
dos dados, isto é, se ela mede exatamente o que foi 
proposto. 
 
c) Generalidade, tem relação com a possibilidade de 
aplicar os resultados da pesquisa a outros casos 
semelhantes. 
 
6 – Quando se analisa a relação ou associação entre variáveis 
(causalidade) em um universo de eventos ou indivíduos 
grande, estabelece-se uma correlação, ou seja, se o valor de 
uma das variáveis muda com as alterações sofridas pela 
outra. A correlação pode ser: 
 
a) positiva, se os valores assumidas pelas variáveis 
aumentam/diminuem simultaneamente; 
 
b) negativa, se o valor de uma das variáveis 
aumenta/diminui, mas o da outra não; 
 
c) espúria, quando a associação entre os valores é 
apenas casual. 
 
7 – Variáveis de controle são utilizadas para testar se a 
correlação entre a variável independente (causa) e a 
dependente (efeito) realmente existe. 
 
 
¨ A explicação científica dos processos sociais 
envolve alguns cuidados: 
 
1 – a seleção de problemas sociais, dentre os muitos que 
podem constituir objeto de estudo, de acordo com a 
relevância, isto é, o valor atribuído ao tema pela sociedade e 
pelo pesquisador. 
 
2 – a formulação ou utilização de teorias, orientadas, em 
parte, pelos valores sociais do pesquisador e seus colegas, 
em parte, por pesquisas anteriores; 
 
3 – elaboração ou aplicação de métodos para coletar e 
organizar os dados. 
 
 
¨ Cada etapa do processo está sujeita a uma 
percepção influenciada pelas escolhas e 
decisões subjetivas. Um estudo sociológico 
correto deve explicitar os valores que 
motivaram as escolhas e utilizar certos 
procedimentos para reduzir o viés subjetivo na 
análise dos problemas selecionados. Além 
disso, de: 
 
1 – Questionar sempre teorias e hipóteses fundamentadas 
em argumentostradicionais (sabedoria popular) ou em 
autoridade (política, religiosa, etc) 
 
2 – Evitar qualquer conclusão com base em observações 
pontuais ou seletivas, isto é, em uma seleção de casos sem 
controle ou resultantes das inclinações pessoais do 
pesquisador. 
 
3 – Nunca generalizar o resultado de uma pesquisa que se 
apoia em poucos casos. Trabalhar sempre com amostras 
representativas do conjunto completo, ou seja, do universo 
de eventos ou processos que se deseja explicar. 
 
4 – Não concluir nada sobre um problema social qualquer 
com base apenas em correlações de variáveis, isto é, no fato 
de que certo evento ou processo (A) aparece frequentemente 
associado a outro (B). Nesse caso, é preciso certificar-se do 
sentido de tal correção (A explica B ou B explica ) e se não 
existe um terceiro fator (C) que explique a correção 
observada. Para isso, é importante a formulação prévia de 
uma teoria que proponha uma relação causal (A causa B, B 
causa A ou C explica a correlação entre A e B). 
 
 
 
 
 
•Ideias sistematicamente organizadas sobre o que é 
relevante estudar e sobre como e por que determinados 
eventos ou processos estão relacionados.
TEORIAS
•Conjecturas sobre a relação entre duas variáveis que 
podem ser testadas diretamente por meio de pesquisas 
baseadas em procedimentos científicos.
HIPÓTESES
•Unidades de informação observáveis que o pesquisador 
considera relevantes para comprovas ou não uma teoria.
DADOS
A SOCIOLOGIA E A CIÊNCIA 
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15	
 
 
 
 
• Primeira etapa: definição do problema a ser 
estudado. 
• Segunda etapa: revisão da literatura já publicada 
sobre o tema. 
• Terceira etapa: formulação de hipóteses (uma 
afirmação explícita sobre a relação entre variáveis) 
e escolha da metodologia. 
• Quarta etapa: coleta dos dados por meio de 
enquete (questionários) com amostras da 
população, entrevistas, observação distanciada 
(sem envolvimento com a população) ou 
participante (com envolvimento), levantamento de 
dados secundários em arquivos ou bibliotecas. 
• Quinta etapa: análise dos dados utilizando-se 
medições estatísticas apropriadas; interpretação 
(mensuração) dos dados; confirmação ou refutação 
dos dados; modificação das hipóteses iniciais. 
• Sexta etapa: extraídas e divulgadas as conclusões, 
o pesquisador pode acrescentar conhecimento 
prévio ou modifica-lo e levantar novas questões. 
 
 
ORIGENS DA SOCIOLOGIA 
 
 
 
 
 
- Século XVI: a partir do Renascimento, consolidou-se uma 
visão da natureza e das sociedades humanas com base em 
evidências obtidas da observação sistemática (científica) de 
dados empíricos. 
 
- Séculos XVII-XVIII: as revoluções liberais (Inglaterra, 
1649/1689: EUA, 1776; França, 1789) destruíram os 
fundamentos religiosos que legitimavam o poder das 
monarquias. A possibilidade de mudanças racionais na 
organização das sociedades promovidas pelos próprios 
indivíduos foi a base do Iluminismo. 
 
- Séculos XVIII-XIX: a Revolução Industrial, iniciada na 
Inglaterra, transformou as bases das sociedades tradicionais 
europeias, potencializando os efeitos das revoluções 
científica e política. 
 
 
 
 
 
- Charles-Louis de Secondat, Barão de Montesquieu 
(1689-1755): escreveu, entre outras obras. O espírito das 
leis (1748), em que procura demonstrar, pela primeira vez, 
que fatores físicos e sociais influenciam a organização das 
sociedades e dos Estados. 
 
- Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): autor de Discurso 
sobre a origem e fundamentos da desigualdade entre os 
homens (1753) e O contrato social (1762), entre outros, 
elaborou uma das primeiras críticas ao progresso, 
argumentando que os indivíduos nascem iguais e bons, mas 
a vida em sociedade os corrompe e os torna diferentes. 
 
- Adam Ferguson (1723-1815): filósofo e historiador 
escocês, um dos principais representantes do Iluminismo, 
escreveu Ensaio sobre a sociedade civil (1767), no qual 
afirma que o progresso ocorre por meio do comércio e da 
divisão do trabalho e que a expansão do capitalismo não é 
harmoniosa, e sim implica o aumento da desigualdade e do 
conflito social. 
 
- Adam Smith (1723-1790): em sua obra Uma investigação 
sobre a natureza e as causas da riqueza das nações (1776), 
explica que o progresso material depende da liberdade de 
empreendimento, do crescimento do comércio entre as 
nações e do aumento da produtividade com a divisão do 
trabalho. 
 
- Claude Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon 
(1760-1825): foi um dos primeiros pensadores a propor uma 
“ciência da sociedade”, cujo objetivo seria ampla 
reorganização social, sob a liderança de uma elite de 
filósofos, engenheiros e cientistas, que alcançariam a paz e 
a harmonia social mediante a industrialização. 
 
 
 
 
 
- Auguste Comte (1798-1854): considerado o criador da 
sociologia, cuja denominação inicial era “física social”, foi 
secretário de Saint-Simon e afirmou que as sociedades 
deveriam ser analisadas como “organismos” que evoluem. A 
sociologia seria baseada em princípios científicos, como a 
observação empírica e a análise sistemática dos fenômenos 
sociais, metodologia denominada “positiva”, em 
contraposição à crítica metafísica, isto é, baseada em 
princípios morais, difundida pelos filósofos iluministas. 
 
1 – Lei dos três estados: afirma que a humanidade evolui, 
passando por três etapas: a religiosa (ou teológica), a 
metafísica (ou crítica) e a científica (ou positiva). 
 
2 – Hierarquia das ciências: a sociologia seria a última 
das ciências a surgir ( a matemática seria a primeira), porém 
mais moderna, responsável pela realização do estágio 
positivo (ou científico) da humanidade. 
 
3 – Positivismo: a sociologia não deveria procurar causas 
últimas dos fenômenos sociais, e sim limitar-se ao estudo de 
relações existentes entre fatos diretamente acessíveis pela 
observação. 
 
 
- Herbert Spencer (1820-1903): conhecido como pai do 
evolucionismo social e do darwinismo social, afirmou que as 
sociedades evoluem como organismos vivos, que se adaptam 
ao ambiente e superam seus competidores ou desaparecem 
(“os mais aptos sobrevivem”). 
 
1 – Evolucionismo: as sociedades evoluem de padrões de 
organização mais simples aos mais complexos: quanto mais 
complexas, mais capazes de sobreviver e de se expandir. 
 
2 – Funcionalismo: todas as características sociais 
incorporadas pelas sociedades têm um sentido funcional, isto 
é, contribuem para a sobrevivência e expansão do organismo 
(social). 
 
 
 
 
 
Os “clássicos” da sociologia foram aqueles que 
definiram as principais linhas de análise da sociedade 
contemporânea: as teorias do conflito, as teorias 
funcionalistas, as teorias microinteracionístas e as teorias 
utilitaristas/racionais. 
 
• Karl Marx (1818-1883): pensador radical que 
procurou explicar em sua principal obra. O capital 
(1867-1894), a formação e o desenvolvimento do 
capitalismo como fundado no conflito social é na 
expansão da exploração dos não detentores dos 
meios de produção pelos grupos proprietários. Para 
ele, as duas classes centrais da sociedade 
capitalista, a burguesia e o proletariado, travariam 
um conflito revolucionário que destruiria as bases 
do capitalismo, instaurado, inicialmente, uma 
O PROCESSO (OU CICLO) DE PESQUISA 
CONTEXTO HISTÓRICO 
PREDECESSORES 
FUNDADORES 
CLÁSSICOS 
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16	
sociedade socialista e, por fim, uma sociedade 
comunista, isto é, sem classes e sem opressão. A 
teoria marxista é a que mais influenciou as teorias 
contemporâneas do conflito social. 
 
1 – Materialismo histórico: a história das sociedades é 
condicionada pela forma das relações sociais de produção, 
ou seja, pela maneira como os grupos sociais se apropriam 
e utilizam os meios de produção. Os interesses e a própria 
consciência dos indivíduos estão condicionados pela base 
material por meio da qual as sociedades se reproduzem e se 
transformam. 
 
2 – Exploração capitalista: o modo de produçãopróprio do 
capitalismo é a extração de excedente (mais-valia) mediante 
o controle privado dos meios de produção (capital). 
 
3 – Luta de classes: a transformação histórica ocorre por 
meio da luta de casses entre proprietários (capitalistas) e não 
proprietários (trabalhadores). 
 
4 – Revolução: à medida que os trabalhadores tomam 
consciência da condição de exploração a que são submetidos 
pelos capitalista, e eles se organizam em sindicatos e 
partidos e lutam pela extinção da propriedade privada e 
todas as formas de opressão de classe. 
 
 
• Émile Durkheim (1858-1917): principal discípulo 
de Comte, suas principais obras são A divisão do 
trabalho (1893), As regras do método sociológico 
(1895), O suicídio (1897) e As formas elementares 
da vida religiosa (1912). Procurou responder à 
questão central da sociologia: o que mantém a 
ordem social? Sua resposta é que a coesão social 
depende do equilíbrio entre as estruturas sociais 
(simples ou complexas) e os processos de 
integração social (solidariedade mecânica ou 
orgânica). Para ele, quanto maior a densidade moral 
da sociedade, ou seja, quanto maior a intensidade 
dos vínculos de solidariedade entre os indivíduos, 
maior a estabilidade social. 
 
 
1- Densidade social: o aumento da população e a melhoria 
dos meios de comunicação elevam a densidade social, 
tornando mais complexas as interações sociais e exigindo 
novos modos de integração social. 
 
2 – Solidariedade social: as sociedades primitivas, com 
baixa densidade social, se mantêm coesas pela 
solidariedade mecânica (os indivíduos são solidários uns 
com os outros basicamente por causa das semelhanças entre 
si); nas sociedades contemporâneas, a coesão depende da 
solidariedade orgânica (os indivíduos não são diretamente 
solidários entre sí, mas dependem indiretamente uns dos 
outros para sobreviver). 
 
3 – Diferenciação social: é o processo que explica o 
aumento da divisão do trabalho nas sociedades modernas, 
exigindo novos modos de integração social. 
 
4 – Anomia social: quando os mecanismo de integração 
social não são capazes de manter coesão, a sociedade entra 
em crise, o que pode resultar em sua dissolução. 
 
 
• Max Weber (1864-1920): sua principal 
preocupação foi explicar o surgimento do 
capitalismo e do Estado moderno como formas de 
racionalização e dominação impessoal sobre as 
sociedade contemporâneas. Suas principais obras 
são A ética protestante e o espírito do capitalismo 
(1904) e Economia e sociedade (1922). Tal como 
Marx, ele considerava importante o conflito em 
torno da organização econômica, mas também 
julgava relevante o conflito em outras esferas 
sociais, como a política e a religião. Não acreditava 
que a luta de classes pudesse resolver o problema 
central; para ele, a opressão das sociedades 
contemporâneas resultava das formas de 
dominação racional-burocráticas. 
 
1 – Ação-social: a sociologia visa ao estudo do sentido que 
os indivíduos e grupos atribuem a suas ações. As ações 
podem ser racionais com relação a fins (racionalidade 
instrumental) e racionais com relação a valores 
(racionalidade substantiva), orientadas pelas emoções ou 
pela tradição (costume). 
 
2 – Metodologia compreensiva (Verstehen): para 
explicar o sentido das ações coletivas, a sociologia tem de 
compreender as motivações humanas, mas, para isso, é 
preciso criar tipos ideais, ou seja, modelos de motivação da 
ação que permitam compreendê-las. 
 
3 – Racionalização: é o processo pelo qual os motivos da 
ação social são crescentemente orientados ao cumprimento 
de regras formais impostas pelo Estado e pelas organizações 
burocráticas. 
 
4 – Tipos de dominação: são tipos ideais que expressam 
as diferentes motivações dos indivíduos para obedecer a 
distintas formas de poder e legitimá-las. A obediência pode 
ser motivada pela tradição (costume), pelo carisma 
(emoção) ou pela crença na racionalidade da lei (racional-
legal). 
 
 
• Georg Simmel (1858-1918): seu argumento 
central é que as sociedades são resultado da 
interação constante entre indivíduos e grupos e que, 
portanto, são as interações, não os indivíduos, os 
grupos ou a sociedade como um todo, o objeto de 
estudo da sociedade. Segundo ele, a sociologia 
seria o estudo das formas de interação social, isto 
é, de suas características formais (número de 
indivíduos, posição relativa, etc) que resultam em 
processos de conflito, associação/dissociação e 
individualização. Sua principal obra é Sociologia: 
investigação sobre as formas de sociação (1908). A 
sociologia de Simmel influenciou as teorias 
microssociológicas e interacionistas. 
 
1 – Sociação: forma pura de interação, visa à manutenção 
das relações sociais, não mediada por interesses políticos, 
econômicos, etc. 
 
2 – Formas da vida social: determinados padrões de 
interação que se destacam dos conteúdos (sentimentos, 
impulsos, etc) ganham autonomia e passam a operar como 
receptáculos de outras relações (conteúdos) que se ajustam 
a eles. 
 
3 – Sociedade: complexa rede de relações entre indivíduos 
que estão em constante interação uns com os outros. Rejeita 
a analogia orgânica de Spencer. 
 
4 – Sociologia formal: procura identificar e analisar as 
formas de sociação/dissociação (conflito, competição, 
hierarquia, cooperação, etc) e seus impactos sobre as 
interações sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRINCIPAIS LINHAS TEÓRICAS 
CONTEMPORÂNEAS 
 
 
 
 
 
 
Baseiam-se na concepção de que as sociedades 
constituem, em princípio, sistemas complexos de partes 
interdependentes e funcionais, isto é, que contribuem 
intencionalmente para a continuidade da ordem social. Os 
teóricos funcionalistas, portanto, analisam as partes ou 
subsistemas sociais em relação a sua “contribuição” para a 
manutenção do sistema social. Depois de Durkheim, dois 
sociólogos norte-americanos contribuíram significativamente 
para o desenvolvimento do funcionalismo: 
 
• Talcott Parsons (1902-1979): a ordem nas 
sociedades complexas depende da maneira como 
certas partes ou subsistemas sociais (ou 
instituições) relacionam-se entre si. A família, a 
escola, a religião, a cultura, o governo, a economia, 
etc. devem contribuir para manutenção do sistema 
social mediante a socialização dos indivíduos nas 
crenças, nos valores e nas normas próprios de cada 
um desses subsistemas. 
 
• Robert Merton (1910-2003): nem sempre, como 
parece supor Parsons, as estruturas sociais 
produzem efeitos funcionais para todos os grupos 
sociais. As instituições podem ser funcionais para 
alguns grupos, mas disfuncionais para outros. Isso 
pode gerar conflitos que não levam, 
necessariamente, a uma crise no sistema social 
como um todo. Além disso, algumas funções são 
manifestas, isto é, intencionalmente produzidas, e 
outras, latentes, cujos efeitos não são esperados. 
 
 
 
 
Afirmam que as sociedades são, em geral, 
profundamente contraditórias, isto é, funcionam 
“naturalmente” por meio dos conflitos que opõem os grupos 
sociais. Embora alguns aceitem a premissa funcionalista de 
que as partes dos sistemas sociais sejam interdependentes, 
não concordam que estas sejam funcionais, ou melhor que 
contribuam intencionalmente para a harmonia e manutenção 
das sociedades. Os dois maiores grupos são formados pelos 
seguidores de Marx e de Weber; no entanto, a maior parte 
dos cientistas sociais contemporâneos procura combinar 
aspectos de ambas as teorias. 
Para os autores dessas linhagens teóricas, os 
elementos centrais da sociologia são: 
 
a) As desigualdades sociais e econômicas não são funcionais 
para a manutenção da ordem, como no funcionalismo. 
 
b) O conflito é inerente a toda organização social, pois os 
grupos subordinados (social, econômica e politicamente) 
lutam por corrigir ou eliminar essas desigualdades. 
 
c) O poder coercitivo (o emprego da violência legal) é um 
recurso central dos grupos dominantes em todas as 
sociedades complexas. 
 
¨ Vertente marxista- Vladimir Lenin (1870-1924): Imperialismo, etapa 
superior do capitalismo (1916). 
 
- Antônio Gramsci (1891-1937): Cadernos do cárcere 
(1947). 
 
- Escola de Frankfurt – Theodor Adorno (1903-1969) e 
Max Horkheimer (1895-1973): Dialética do esclarecimento 
(1947). 
 
- Louis Althusser (1918-1990): Ideologia e aparelhos 
ideológicos de Estado (1970). 
 
- Nicos Poulantzas (1936-1979): Poder político e classes 
sociais (1968). 
 
¨ Vertente weberiana 
 
- Robert Michels (1876-1936): Sociologia dos partidos 
políticos (1915). 
 
- Karl Mannheim (1893-1947): Ideologia e utopia (1929). 
 
- Charles Wright Mills (1916-1962): A imaginação 
sociológica (1959). 
 
- Ralph Dahrendorf (1929-1980): As classes e seus 
conflitos na sociedade industrial (1959). 
 
- Charles Tilly (1929-2008): Coerção, capital e Estados 
europeus (1990). 
 
 
 
 
 
 
 
As teorias utilitaristas surgiram no século XVIII, com 
os esforços de filósofos sociais ingleses, como Jeremy 
Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873), 
para fundar uma ciência social aplicada com base no cálculo 
de bem-estar ou nas preferências (ou utilidades) dos 
indivíduos. A teoria da escolha racional nasceu nos anos 
1940 como aplicação dessa perspectiva para compreender 
todo tipo de ação social, como ação racional com relação a 
fins. Os indivíduos agiriam sempre orientados pela 
maximização de seu bem-estar e, portanto, tenderiam a 
fazer sempre a escolha mais racional tendo em vista suas 
preferências. 
 
1 – Racionalidade instrumental: a ação é considerada 
racional ou não com relação aos meios empregados para 
obter determinado fim. As teorias utilitaristas/racionais não 
avaliam a racionalidade do fim desejado. 
 
2 – Cálculo do custo-benefício: toda relação social é vista 
como uma troca que exige uma comparação entre o “custo” 
(de tempo, de informação e de recursos) e o “benefício” 
(respeito, poder, riqueza, etc). 
 
3 – Paradoxo da racionalidade: mesmo que todos 
individualmente desejem maximizar seu bem-estar, o 
resultado final pode ser menos do que ótimo para todos ou 
alguns em decorrência da falta de coordenação entre as 
ações individuais. 
 
 
 
 
 
As teorias sociais são consideradas, principalmente, 
interações face a face, mediadas por palavras, gestos, 
expressões e símbolos. O próprio sentido das relações e das 
estruturas sociais é construído pelas microinterações 
cotidianas. 
1 – Fenomenologia: os indivíduos agem de acordo com a 
percepção que constroem do mundo cotidiano. Seu principal 
teórico é Alfred Schultz (1899-1959), cuja obra mais 
importante é Fenomenologia do mundo social (1932). 
TEORIAS FUNCIONALISTAS 
TEORIAS DO CONFLITO 
TEORIAS UTILITARISTAS/RACIONAIS 
TEORIAS MICROINTERACIONISTAS 
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2 – Interacionismo simbólico: segundo George Herbert 
Mead (1863-1931), as interações sociais (e a comunicação) 
dependem da capacidade do indivíduo (eu) de colocar-se no 
lugar do outro e interpretar sua intenção (mim). Para Ervin 
Goffman (1922-1982), em obras como A representação do 
eu na vida cotidiana (1959), essas interações podem ser 
entendidas como a representação teatral em um palco (ou 
cenário), em que cada indivíduo procura entender o contexto 
social no qual deve desempenhar um papel. Para isso, ele 
interpreta (atribui sentido a) gestos, falas e expressões do 
outro e vice-versa. 
 
3 – Etnometodologia: é o estudo dos métodos de que todo 
indivíduo se utiliza para descrever, interpretar e construir o 
mundo social. Seu principal teórico é Harold Garfinkel; sua 
obra mais expressiva é Estudos em etnometodologia (1967). 
 
 
 
 
 
Além do esforço para atualizar as matrizes clássicas, 
alguns cientistas sociais contemporâneos tentaram, com 
mais ou menos sucesso, ultrapassar as grandes dicotomias 
que marcam a sociologia, como conflito versus função, macro 
versus micro, estrutura versus ação. 
 
• Norbert Elias (1897-1990): rejeita a dicotomia 
indivíduo versus sociedade, entendendo que ambos 
são produzidos pelas constantes interações 
individuais em complexas estruturas de redes 
sociais. Argumentou em O processo civilizador 
(1939) que a emergência da civilização ocidental 
europeia foi resultado de longa interação entre 
indivíduos em redes sociais que impuseram padrões 
de autocontrole nos comportamentos sexuais, na 
guerra, à mesa, etc. Enfim, novas figurações sociais 
emergem da interação entre a dinâmica psicológica 
(o sentimento de vergonha e repugnância em 
relação a hábitos “bárbaros”) e a dinâmica social 
(explicitada nas noções de refinamento e 
civilização). 
 
1 – Figurações: redes interdependentes de indivíduos que 
interagem no tempo e no espaço e produzem equilíbrios 
precários e assimétricos nas relações de força instauradas. 
 
2 – Psicogênese e sociogênese: os processos históricos 
ocorrem por meio da interação entre as transformações no 
comportamento humano e nas estruturas de personalidade 
dos indivíduos (a psicogênese) e a emergência de teorias do 
desenvolvimento social, do desenvolvimento do Estado e das 
nações (a sociogênese). 
 
 
• Pierre Bourdieu (1930-2002): enfrentou a 
dicotomia subjetivismo-objetivismo com uma 
abordagem denominado construtivista-
estruturalista. Reconheceu que a ação social é 
constrangida ou condicionada por estruturas 
sociais; estas, no entanto, são construídas 
socialmente, assim como os esquemas de ação e 
pensamento. A ação social é estruturada por 
campos e os agentes são orientados/coagidos pelos 
habitus incorporados ao longo de sua trajetória de 
vida. 
 
1 – Campos: arenas sociais onde os agentes disputam e se 
apropriam de diversas formas de capital (simbólico, cultural 
e econômico). 
 
2 – Habitus: sistema de disposições duradouras, esquemas 
de percepção adquiridos pelos agentes ao interagirem nos 
diferentes campos (políticos, econômico, acadêmico, 
jurídico, etc.) 
 
3 – Capital simbólico/cultural: recursos não materiais 
mobilizados pelos agentes quando disputam poder em 
determinado campo. Capital simbólico/cultural refere-se ao 
prestígio, honra, status educacional e estilo de vida, entre 
outros atributos conferidos ao agente. 
 
4 – Violência simbólica: uso do capital simbólico para 
manter/alterar as hierarquias de poder em determinado 
campo. 
 
 
• Anthony Giddens (1938 - ): desenvolveu uma 
teoria que pretende superar as dicotomias ação-
estrutura e micro-macrossociologias. Para ele, toda 
ação individual é constrangida por estruturas 
sociais, mas, ao mesmo tempo, somente as ações 
dos indivíduos reproduzem e atualizam as 
estruturas sociais, fenômeno que denominou 
“dualidade da estrutura”. 
 
1 – Teoria da estruturação: as estruturas sociais 
condicionam a ação individual, mas só podem ser 
reproduzidas pela ação reiterada de indivíduos. 
 
2 – Dupla hermenêutica: muitos conceitos das ciências 
sociais são retirados da ação reflexiva cotidiana dos 
indivíduos, assim como muitos conceitos gerados pelas 
ciências sociais são apropriados pelos indivíduos para atribuir 
sentido a sua ação. 
 
3 - Monitoramento reflexivo da ação: as práticas sociais 
na modernidade tardia são constantemente examinadas e 
reformuladas pelo enorme fluxo de informações produzidas 
pelas sociedades contemporâneas. 
 
4 – Desencaixe espaço-tempo: o processo de 
modernização “distanciou” os indivíduos e as comunidades 
das sociedades pós-modernas das noções tradicionais 
(“naturais”) de tempo, espaço e status. A modernização 
“desencaixou” os indivíduos de sua identidade fixa no tempo 
e no espaço. 
 
5 – Sistemas peritos: sistemas de monitoramento e 
controle das relações sociais baseados em conhecimento 
científico altamente especializado, desenvolvidos para lidar a 
grande complexidade resultante do fenômeno do 
“desencaixe espaço-tempo” da modernidade globalizada. 
 
 
 
ELEMENTOS DE SOCIOLOGIA GERAL 
 
 
 
 
 
 
As estruturas sociais (família, grupos primários, 
associações, burocracias, Estados, etc) são produzidas pela 
reiteração das relações

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