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1 
 
 
ESTRATÉGIA PARA SEGURANÇA DO PACIENTE 
1 
 
 
SUMÁRIO 
NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................................................ 2 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3 
2. COMPREENDENDO A TRAJETÓRIA DE IMPLANTAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DO 
PACIENTE ........................................................................................................................................... 7 
2.1 Múltiplas Fases de Implantação das Estratégias de Segurança do Paciente ......................... 9 
2.1.1 Sentimentos Ambíguos Relacionados à Implantação das Estratégias de Segurança do 
Paciente ..................................................................................................................................10 
2.1.2 Discussão Sobre a Implementação das Estratégias de Segurança do Paciente ............11 
3. IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS RELACIONADOS À ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM ...16 
3.1 Incorporação de Práticas Seguras e Baseadas em Evidências .............................................21 
3.1.1 Levantamento de Barreiras e Oportunidades Para um Cuidado Seguro ......................24 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................27 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em 
atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com 
isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível 
superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no 
desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de 
promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem 
patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras 
normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. 
Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de 
cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do 
serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Pautado no princípio hipocrático “primeiro não causar dano”, a temática que 
envolve a segurança do paciente tem sido reconhecida mundialmente e constitui-se em 
um grande desafio às organizações de saúde. Isto porque, na área da saúde, os riscos 
são inerentes ao processo de trabalho e observa-se grande incidência de danos ao 
paciente que pode acarretar, no prolongamento do tempo de internação, lesões 
permanentes e até mesmo morte. 
 Os danos, decorrentes da assistência à saúde, encontram-se presentes em 
instituições geralmente delineadas pela sobrecarga de trabalho, muitas vezes aliada ao 
dimensionamento de pessoal inadequado e à carência de capacitação dos seus 
trabalhadores. Além disso, a literatura aponta outros fatores, como a comunicação 
ineficaz, a dificuldade no relacionamento interpessoal entre os profissionais de saúde 
e o desconhecimento da liderança quanto às fragilidades e potencialidades de sua 
equipe. 
 Diante do exposto, a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2002, 
fomentada pela necessidade de reduzir os riscos e danos evitáveis ao paciente, 
decorrentes da assistência à saúde, recomendou a todos os países que 
4 
 
 
desenvolvessem estratégias para a promoção do cuidado seguro. Para atender a 
proposta referida, no Brasil, o Ministério da Saúde (MS) instituiu o Programa Nacional 
de Segurança do Paciente (PNSP), com o objetivo de melhorar a qualidade do cuidado 
em saúde por meio da implantação de metas voltadas à segurança do paciente, a 
saber: identificar corretamente o paciente; melhorar a comunicação entre os 
profissionais de saúde; melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração 
de medicamentos; assegurar a cirurgia em local de intervenção, procedimento e 
pacientes corretos; higienizar as mãos para evitar infecções; e reduzir o risco de quedas 
e lesão por pressão. 
 As referidas metas compõem um passo extremamente importante para obter 
cuidado seguro, mas para alcançá-las, fazem-se necessárias mudanças na cultura 
organizacional da instituição hospitalar, voltadas para o aprendizado a partir de erros. 
Essa transmutação, por sua vez, envolve processos demasiadamente complexos na 
busca da reorganização do cuidar, porque há necessidade de a comunicação ser 
fundamentada na confiança mútua entre os colaboradores e de a alta gestão 
reconhecer que processos mal delineados induzem à ocorrência de falhas. 
 Cumpre mencionar que, embora haja o estímulo das organizações nacionais e 
internacionais para a promoção do cuidado seguro, observa-se que ainda existem 
fatores estruturais que dificultam a garantia da segurança do paciente. Entre as causas 
que favorecem a ocorrência de falhas não intencionais durante a assistência ao 
paciente, constam o dimensionamento de pessoal inadequado, a sobrecarga de 
trabalho, o estresse, a formação deficiente e a cultura organizacional voltada à 
resistência às mudanças. 
 Em ambientes assim, o enfermeiro, enquanto líder e gestor do processo de 
cuidado, tem papel basilar de promover cuidados seguros durante todo o tempo em 
que o paciente permanecer na instituição de saúde. Considerando que no processo de 
atendimento à saúde o risco de o paciente sofrer danos é maior quando os processos 
institucionais não são planejados ou é planejado de forma inadequada, este estudo se 
justifica porque é de suma importância o desvelamento e a divulgação de informações 
que contribuam para a prevenção de danos ao paciente, principalmente quando se 
refere ao processo de implantação de estratégias voltadas à segurança. 
Paralelamente, a complexidade dos serviços de saúde e a incorporação de 
tecnologias elaboradas têm sido atribuídas a riscos adicionais na prestação do cuidado. 
Entretanto, estratégias simples e efetivas podem prevenir e reduzir riscos e danos 
5 
 
 
nestes serviços, por meio do seguimento de protocolos específicos, associadas às 
barreiras de segurança nos sistemas e à educação permanente. Instituições 
hospitalares têm incorporado tal ponto de vista com o objetivo de oferecer assistência 
de excelência, diminuir custos e assegurar a satisfação à clientela. 
Busca-se instituir a segurança nas organizações de saúde enquanto processo 
cultural, promovendo maior consciência dos profissionais quanto à cultura de 
segurança, compromisso ético no gerenciamento de risco com consequente aquisição 
de segurança para si e para a clientela atendida, suprindo a lacuna existente no aspecto 
da segurança do paciente. 
Tal lacuna pode ser constatada no processo assistencial, em que merece 
destaque a ocorrência crescente de eventos adversos (EAs), ou seja, de danos não 
intencionais que resultam em incapacidade temporária ou permanente e/ou 
prolongamento do tempo de permanência na instituição ou morte, como consequência 
de um cuidado de saúde prestado. Os eventos adversos são comumente associados 
ao erro humano individual, mas devem-se considerar como desencadeadores as 
condições de trabalho, os aspectos estruturais e a complexidade das atividades 
desenvolvidas. 
As situações que predispõemao risco de eventos adversos incluem avanço 
tecnológico com deficiente aperfeiçoamento dos recursos humanos, desmotivação, 
falha na aplicação da sistematização da assistência de enfermagem (SAE), delegação 
de cuidados sem supervisão adequada e sobrecarga de serviço. No âmbito da 
assistência de enfermagem, os erros mais frequentes a ela relacionados ocorrem na 
administração de medicamentos; na transferência de paciente e na troca de 
informações; no trabalho em equipe e comunicação; na incidência de quedas e de 
úlceras por pressão; nas falhas nos processos de identificação do paciente, na 
incidência de infecção relacionada aos cuidados de saúde, entre outros. 
 Desse modo, compreender a relação entre riscos, características dos cuidados 
à saúde e aporte da rede hospitalar pode fornecer à enfermagem elementos 
importantes para a melhoria da assistência. Embora os riscos relacionados aos 
cuidados de enfermagem venham sendo abordados amplamente na literatura, torna-se 
importante conhecer como eles são percebidos e avaliados pelos profissionais 
implicados na assistência direta ao paciente. Esse conhecimento é relevante para 
estabelecer articulações entre os serviços hospitalares, desencadear ações de 
6 
 
 
educação em saúde, contribuir para a redução da mortalidade associada a eventos 
adversos graves e melhorar a qualidade de vida de pacientes e profissionais. 
 Diante da problemática exposta sobre a cultura de segurança nas organizações 
de saúde, examinam-se os fenômenos e o modelo assistencial de enfermagem que 
envolvem a segurança do paciente a partir do seguinte questionamento: que estratégias 
são utilizadas pelos enfermeiros para promover segurança do paciente no contexto 
hospitalar? 
Estudos relacionados à segurança do paciente e à participação do enfermeiro 
na implantação de estratégias para a melhoria da qualidade e da segurança da 
assistência de enfermagem são necessários e, ao mesmo tempo, recentes e 
inovadores, podendo ajudar os profissionais da área a conhecer as causas e os efeitos 
à saúde do paciente, além de possibilitar treinamentos adequados à prevenção de 
novas ocorrências e implementação da cultura da segurança nos serviços de saúde em 
geral. 
Assim nesse contexto objetivou identificar e analisar estratégias para garantir a 
segurança do paciente na perspectiva de enfermeiros assistenciais, acreditando serem 
estes os profissionais que mantêm maior proximidade do paciente, na busca por 
gerenciar e desenvolver um cuidado ético, tecnicamente capacitado e fundamentado 
na cultura de segurança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
2. COMPREENDENDO A TRAJETÓRIA DE IMPLANTAÇÃO DAS 
ESTRATÉGIAS DE SEGURANÇA DO PACIENTE 
 
Figura 1 
 
 
 
Apesar de o termo cultura de segurança ser recente no âmbito da área da 
saúde, observou-se por meio da análise dos relatos dos enfermeiros gestores que, 
nos hospitais investigados, antes de implantarem as estratégias de segurança do 
paciente, houve esforços à promoção da cultura de segurança: antes das estratégias 
[de segurança], um grupo, em 2012, iniciou propostas para se promover a cultura de 
segurança (H1E1); foi iniciada a discussão das estratégias de segurança em 2009, 
com o desenvolvimento da cultura [de segurança], que até aquele momento não era 
explorado, não era falado no hospital [...] (H2E1). 
 Os participantes também apontaram que, durante a trajetória de implantação 
das estratégias de segurança do paciente, formou-se o Núcleo de Segurança do 
Paciente (NSP) na instituição para apoiar as ações de segurança: [...] foi formado 
uma Comissão, o Núcleo de Risco [...] com várias pessoas do hospital, cada uma 
8 
 
 
sendo responsável por um protocolo... (H3E3); [...] existiu uma Comissão de 
Segurança do Paciente, antes da RDC nº36. 
Depois dessa normativa, todas essas Comissões formaram um Núcleo de 
Segurança do Paciente (H4E6). Os enfermeiros gestores relataram ter realizado 
atividades de capacitação aos colaboradores, por meio de palestras e entrega de 
folders para divulgar o conhecimento em torno da temática segurança do paciente: 
desde 2012 tivemos uma aproximação com as metas internacionais [...] foram 
realizados diversos treinamentos (H2E8); [...] foi realizado palestra, entregue folder e 
trabalhado com a equipe nas unidades (H1E11); foram realizados alguns treinamentos 
[sobre segurança do paciente] porque é um assunto novo na instituição (H4E6). 
 A partir da escuta dos liderados, acerca do atendimento ao paciente, o 
enfermeiro gestor pode proporcionar melhorias na qualidade dos serviços ofertados 
e, consequentemente, minimizar os riscos de danos, conforme consta no extrato a 
seguir: você tem que ouvir as pessoas envolvidas no processo [...], temos que levantar 
problemas e isso só conseguiremos se ouvirmos as pessoas que prestam cuidados 
diretos [...] porque, quando [a ideia] parte deles é possível melhorar [...], eles querem 
que dê certo (H2E3). 
No depoimento sobre a trajetória de implantação das estratégias de segurança 
do paciente, foi possível identificar falas que apontam resistências dos profissionais 
em aderir às medidas propostas para a prática do cuidado seguro: foi planejado, mas 
apenas uma ou outra pessoa tem aderido às mudanças. 
Os demais são contra o que foi proposto e apenas põem empecilhos [...] você 
planeja algo, mas uma pessoa adere à ideia e todos os demais tentam destruí-la. Você 
luta, luta e não consegue chegar a lugar algum (H3E8); ao iniciar a identificação do 
paciente, por meio das pulseiras, foi observado resistência do colega em identificar o 
paciente, resistência da recepção em imprimir as pulseiras, resistência do colaborador 
da portaria. Enfim, várias resistências (H4E2); está sendo difícil implantar as 
estratégias [de segurança] porque existe a resistência do pessoal em mudar (H4E3). 
 
 
 
 
9 
 
 
2.1 Múltiplas Fases de Implantação das Estratégias de Segurança do 
Paciente 
 
 
Figura 2 
 
 
Apesar de a normativa relacionada à promoção das estratégias de segurança 
do paciente ter sido instituída pelo MS em 2013, os hospitais investigados encontra-
se em etapas distintas de implantação. Um deles, pelo processo de acreditação 
hospitalar, está à frente em relação aos demais e isso foi possível constatar na 
seguinte fala: a gente já implantou as estratégias de segurança do paciente para a 
acreditação, então elas já estão sendo reavaliadas e readequadas (H1E16). 
 Nas instituições hospitalares que não vivenciavam o processo de acreditação 
hospitalar, os enfermeiros gestores apontaram que a implantação das estratégias de 
segurança do paciente estava em desenvolvimento: a implantação vai acontecer 
nesse ano de 2015, junto com o Núcleo de Segurança [do paciente], que está sendo 
instituído (H2E4); a partir deste ano [2015] as estratégias de segurança do paciente 
serão o foco principal [...] serão implantadas e colocadas no planejamento estratégico 
(H2E25);o planejamos foi no o ano de 2015 a implantação de todas as estratégias de 
segurança do paciente pelo Núcleo [de Segurança do Paciente] (H2E11). 
De acordo com os relatos, no momento da realização dos estudo, o hospital 
estava se organizando para as primeiras iniciativas quanto à implantação do cuidado 
10 
 
 
seguro. E isso pode ser percebido também nos verbatins: [...] implantadas 
efetivamente não, elas estão sendo construídas (H3E4); já tem os protocolos [de 
segurança do paciente], mas ainda não foram implantamos (H3E9); percebe é que 
não estão implantadas, foram realizadas reuniões para discutir às estratégias 
(H3E10). 
 Também houve participantes que não se recordavam da etapa que o hospital 
se encontrava em relação à implantação das estratégias de segurança do paciente: 
observa se falta de estratégias em relação ao paciente e falta muito trabalho, para o 
paciente estar seguro, sobre as estratégias de segurança do paciente,tem um 
programa, que tem ser implantado, traz benefícios para o paciente. As metas de 
segurança do paciente foram implantadas, mas, sem execução. 
 
2.1.1 Sentimentos Ambíguos Relacionados à Implantação das Estratégias de 
Segurança do Paciente 
 
O processo de mudança organizacional gera expectativas nos colaboradores, 
sejam elas positivas ou negativas, principalmente para aqueles que lideram o 
movimento. Essa concepção pode ser notada nos excertos a seguir, referentes à 
implantação das estratégias: [...] apesar de que estejam muito atrasados em alguns 
quesitos, mas a felicidade em participar da implantação de todas essas estratégias 
pra os profissionais; satisfação em ver esse processo acontecendo no hospital e 
pensar que, cada vez mais, proporcionaremos segurança para os pacientes e para os 
profissionais 
. Em que pese à satisfação referida, houve enfermeiros que manifestaram 
percepções negativas por resistência dos profissionais em aderir às estratégias de 
segurança do paciente: vejo alguns profissionais trabalhando, buscando e 
pesquisando de forma esplendorosa, revolucionária conhecimento para promoverem 
o cuidado seguro, mas isso acaba sendo diluído e menosprezado por outros 
trabalhadores. Percebe que é muito importante implantar as estratégias [de segurança 
do paciente], mas nem sempre elas [as estratégias] são aceitas e executadas 
(H2E16). 
 Constataram, também, percepções distintas quanto à fase da implantação: 
[...]foi muita satisfação em ter começado o processo de implantação [das estratégias 
de segurança do paciente] antes da normativa do Ministério da Saúde e agora sinto-
11 
 
 
me frustrada porque, estamos atrasados em relação a outros hospitais (H2E11); 
percebe que é um trabalho extremamente desgastante [a implantação das 
estratégias], mas ao mesmo tempo muito gratificante porque você consegue perceber 
os resultados positivos [advindos da implantação das estratégias de segurança do 
paciente]. 
 
2.1.2 Discussão Sobre a Implementação das Estratégias de Segurança do Paciente 
 
O objetivo da implantação das estratégias de segurança do paciente é reduzir, 
a um mínimo possível, os riscos desnecessários decorrentes da assistência à saúde. 
Para que as organizações hospitalares obtenham sucesso durante o processo de 
implantação de tais estratégias, é essencial o fortalecimento de uma cultura de 
segurança positiva. 
 De acordo com os excertos, os hospitais já haviam voltado à atenção para a 
prática de cuidado seguro, seguindo as metas internacionais de segurança do 
paciente. Isso merece destaque, porque a constatação de que hospitais universitários 
públicos brasileiros iniciaram as discussões em torno da temática segurança do 
paciente antes da normativa brasileira demonstra preocupação dos gestores em 
proporcionar assistência de qualidade aos pacientes. 
Com relação ao papel do líder no processo de iniciação e implantação da 
cultura de segurança, propõe-se que este deverá conduzir os liderados por meio da 
comunicação efetiva, da promoção do desenvolvimento profissional, através de 
capacitações, do incentivo às práticas seguras e da realização do feedback a partir da 
análise dos eventos. 
 No contexto em pauta, destaca-se o papel do enfermeiro, o qual lidera a maior 
equipe que presta assistência à saúde, que possui habilidades gerenciais e é o 
profissional responsável por grande parte das tomadas de decisões relacionadas à 
qualidade da assistência à saúde. Além de ser o gestor do processo de cuidado, que 
tem o papel basilar de promover cuidados seguros durante todo o tempo em que o 
paciente permanecer na instituição de saúde. 
Os relatos, quanto à formação do NSP durante o processo de implantação das 
estratégias de segurança do paciente, apontam que os enfermeiros entendem a 
importância de considerar as orientações nacionais para que as estratégias de 
12 
 
 
segurança do paciente sejam efetivadas nas instituições de saúde. Isso porque, de 
acordo com a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) n. 36, de 2013, o MS 
estabelece a implantação de NSP nos serviços hospitalares, podendo sofrer sanções 
penais mediante o descumprimento da referida lei. 
 Ainda com referência ao NSP, os participantes relatam que o núcleo é 
composto por diversos profissionais e isso coaduna com o que reza a RDC n. 36, a 
qual recomenda a participação de uma equipe multiprofissional capacitada em 
conceitos relacionados à qualidade, à segurança do paciente e às ferramentas de 
gerenciamento de riscos, além de serem profissionais que tenham perfil de liderança. 
 Os verbatins relacionados à capacitação aos colaboradores indicam que os 
participantes, com vista à implantação das estratégias de segurança do paciente, 
realizaram ações voltadas à disseminação do conhecimento em torno da temática. 
Esta estratégia é recomendada porque tende a promover mudanças significativas na 
cultura de segurança das organizações, contribuindo com o desenvolvimento de 
habilidades e competências necessárias à assistência segura ao paciente. O 
momento de escuta dos liderados constitui-se em um item importante no processo de 
melhoria da qualidade da assistência, pois a implantação das estratégias de 
segurança do paciente envolve, principalmente, os profissionais que estão enredados 
com o cuidado direto ao paciente. 
 Assim, para que o enfermeiro identifique situações da assistência que 
necessitam de melhorias, faz-se necessário utilizar ações educativas pautadas na 
vivência do cotidiano e realizar momentos de discussão e de reflexão com a sua 
equipe quanto ao cuidado que está sendo prestado. Neste sentido, alvitra-se que 
proporcionar momentos de escuta para que a equipe exponha a sua opinião faz com 
que os seus membros sintam-se parte do processo e, consequentemente, dediquem 
se com mais afinco para que as estratégias alcancem o resultado esperado. 
Portanto, valorizar os saberes e as experiências dos indivíduos, constitui-se em 
fator de extrema importância para a garantia da segurança da assistência, pois toda 
mudança requer participação de todos os níveis da organização. No contexto dos 
excertos mencionados em torno da resistência dos profissionais em aderir às medidas 
propostas para a prática do cuidado seguro, depreende-se que a resistência a 
mudanças pode estar relacionada à cultura organizacional existente em instituições 
públicas. 
13 
 
 
O sentimento de estabilidade dos profissionais de instituições públicas, em 
alguns momentos, pode afetar a realização das atividades, pois o trabalhador poderá 
executá-las da maneira que lhe for conveniente ou, simplesmente, não executá-las, 
tornando o processo de mudança em algo complexo e oneroso. 
 Ainda sobre a resistência a mudanças, esta pode ser causada por processos 
de incertezas nos indivíduos, o que os afeta psicologicamente e provoca medo e, 
consequentemente, resistência. Tem-se então que, quando o assunto é mudanças, a 
resistência configura-se em um dos maiores desafios para os gestores, pois, 
comumente, tudo que é desconhecido, que foge do comodismo, traz uma tendência 
natural à resistência. 
Para minimizar esse quadro, é necessário que todos os níveis da organização 
participem do processo de mudança. Com isso, aos profissionais de nível mais 
elementar cabem: 
 entender a necessidade de mudança, participar das decisões e sentirem-se 
envolvidos; 
 aos líderes, direcionar o processo e motivar os profissionais; 
 e à alta direção, disponibilizar os recursos humanos e materiais. Percebe-se 
que a trajetória vivenciada pelos enfermeiros gestores no processo de implantação 
das estratégias de segurança do paciente foi permeada pela promoção da cultura de 
segurança, formação do NSP, capacitação, envolvimento e escuta dos colaboradores 
e também pela resistência dos profissionais em aprimorar a prática assistencial ao 
paciente. 
 De acordo com excerto H1E16, implantar as estratégiasde segurança do 
paciente em uma organização que vivenciou o processo de acreditação pode ter 
garantido maiores avanços no quesito cuidado seguro, quando comparado a outras 
instituições. Nesse contexto, cumpre mencionar que o primeiro Nível de Acreditação, 
fundamentado no modelo da Organização Nacional de Acreditação, volta-se 
principalmente para adequações relacionadas à estrutura e à segurança do paciente, 
enfatizando metas comuns àquelas estipuladas pelo PNSP. 
O processo de Acreditação Hospitalar atua como importante promotor de 
mudanças na instituição, com destaque para o maior engajamento e comunicação 
efetiva entre os colaboradores, a cultura organizacional positiva, o atendimento 
pautado nas necessidades do paciente e a gestão de processos voltada às práticas 
seguras. 
14 
 
 
 Observa-se que, apesar de o MS ter instituído, o PNSP, com intuito de 
minimizar os danos decorrentes da assistência à saúde, duas organizações 
hospitalares ainda se encontram na fase de implantação das estratégias de segurança 
do paciente. Isso pode ocorrer pelas dificuldades dos hospitais em desenvolverem a 
cultura de segurança positiva. 
A não incorporação desta cultura pode interferir negativamente nas ações em 
favor do atendimento seguro, podendo acarretar em maior incidência de eventos 
adversos,9 quando comparado aos serviços que prezam pelas estratégias de 
segurança do paciente. Também houve participantes que não se recordavam da 
etapa em que o hospital se encontrava em relação à implantação das estratégias de 
segurança do paciente. O conhecimento em torno do atendimento seguro faz-se 
necessário para que o gestor conheça as falhas na assistência e, com isso, adote 
medidas preventivas eficazes frente ao erro. 
Ademais, a carência na formação do líder quanto às estratégias seguras 
constitui-se em uma das principais barreiras para sua efetivação. Portanto, é 
necessário que o enfermeiro gestor identifique a necessidade de aprimorar seus 
conhecimentos acerca do cuidado seguro para que se possa garantir maior segurança 
aos pacientes, aos profissionais e à instituição. O processo de implantação das 
estratégias de segurança do paciente deve envolver todos os profissionais, direta ou 
indiretamente enredados na assistência à saúde. 
Nesse âmbito, a participação do enfermeiro é fundamental na construção e 
efetivação do cuidado seguro, pois esse profissional é munido de conhecimento 
técnico e científico, lidera o maior contingente de trabalhadores da instituição e é 
responsável pela prestação de cuidados ao paciente durante as 24 horas do dia. 
Constatou-se, portanto, que três das quatro instituições investigadas ainda se 
encontram na fase inicial, apesar de a normativa brasileira declarar a necessidade de 
todos os estabelecimentos de saúde implantarem as medidas de segurança do 
paciente. 
Todo movimento em prol de mudanças causa percepções positivas ou 
negativas, principalmente naqueles que conduzem o processo. Os verbatins indicam 
que H1E15 e H3E11 estão satisfeitos em participar do processo de implantação das 
estratégias de segurança do paciente. A participação dos profissionais em ações que 
modificam o processo de trabalho na instituição causa percepções positivas pela 
oportunidade de vivenciar novas experiências e de ampliar conhecimentos. 
15 
 
 
 Esse fato também se relaciona diretamente com a qualidade da assistência e, 
consequentemente, com o desenvolvimento de práticas seguras. Percebe-se no 
depoimento H3E11 a satisfação em proporcionar segurança ao paciente e ao 
profissional, que converge com a afirmativa de que o profissional ao aderir às práticas 
seguras terá benefícios, porque, uma vez que os erros são diagnosticados e as falhas 
nos processos são corrigidas, o colaborador terá melhores condições de trabalho e 
satisfação com a profissão. 
 Ademais, complementa que o paciente terá o benefício de receber assistência 
segura e de qualidade e a organização, por sua vez, terá credibilidade e redução nos 
custos. Em que pese a satisfação referida, houve enfermeiros que manifestaram 
percepções negativas por resistência dos profissionais em aderir às estratégias de 
segurança do paciente. A percepção de tristeza é fortemente evidenciada na fala 
H4E2, ao discursar que sente “dor no coração” pela falta de adesão às estratégias. 
Esse pesar pode ser observado pela comunicação não verbal do entrevistado, 
pois, nesse momento, houve diminuição do seu tom de voz e o olhar se fez distante 
em direção à porta da sala. Durante o processo de mudança é comum que existam 
resistências dos indivíduos pelo medo de vivenciar as novas experiências e até 
mesmo pelo hábito de realizar as mesmas atividades por longo tempo. 
 Mediante isso, o gestor deverá proporcionar atividades que estimulem os 
colaboradores ao conhecimento dos benefícios da mudança e assim obter a adesão 
às ações propostas. O extrato de H2E11 denota que a implantação das estratégias 
antes da normativa brasileira produziu satisfação no trabalho, mas, mediante o atraso, 
ele se sente decepcionado. Em situações assim, o líder tem papel preponderante no 
sucesso da implantação das estratégias de segurança do paciente e, ao detectar 
sentimentos de frustração na equipe, necessita atuar no sentido de conter as 
emoções, de forma a não influenciar na assistência ao paciente e, também, no 
relacionamento interpessoal entre os profissionais. 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
3. IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS RISCOS RELACIONADOS À 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
 
Figura 3 
 
 
 
Enfermeiros relataram os principais riscos relacionados à assistência de 
enfermagem na instituição, bem como as causas atribuídas à sua ocorrência: 
 
 (...) Ao receber cuidados de enfermagem, o paciente está submetido a riscos 
físicos, químicos... 
 (E1) O paciente está sujeito à falta de segurança com relação à medicação 
(pode haver troca de medicação), a queda (queda no banheiro)... 
 (E13) Enquanto a gente dá as prioridades, os outros ficam correndo risco de 
queda, por exemplo. 
 (E20) (...) temos riscos de queimadura, tipo de placas de bisturi; dos produtos 
que a gente utiliza para assepsia, que podem dar queimadura química; então a gente 
tem que estar sempre atento a esses cuidados. 
17 
 
 
 (E35) Percebe-se nos discursos a preocupação dos enfermeiros com a 
existência de riscos físicos, químicos e mecânicos que afetam o cuidado de 
enfermagem e que geram insegurança para o paciente assistido na instituição. 
 
Figura 2 
 
 
 Já foi observado que nos riscos físicos, o objeto externo transformam-se em 
processo interno ao entrar em contato com o corpo, devendo ser motivo de 
preocupação dos profissionais no cuidado direto ao paciente. Nos riscos mecânicos, 
por sua vez, ocorre à ruptura da continuidade do corpo, causando ferimentos e 
fraturas, sendo um dos mais preocupantes, no contexto hospitalar, o risco de queda 
do leito. 
Sua incidência é considerada, atualmente, indicador de qualidade da 
assistência de enfermagem, consistindo no número de quedas do leito (chegada 
involuntária ao solo) em relação ao número de pacientes-dia no mês considerado. 
18 
 
 
O referido indicador agrega as modalidades de quedas da cama, berço, 
incubadora e maca, possibilitando avaliar a qualidade do cuidado de enfermagem e 
favorecendo a adoção de medidas preventivas e de monitoramento por parte dos 
enfermeiros para minimizar o problema. 
Além disso, os resultados deste indicador possibilitam analisar variações 
geográficas na distribuição da incidência de quedas, identificando áreas e grupos que 
se encontram em maior risco; orientar medidas de intervenção para que os pacientes 
não sofram quedas do leito nas dependências do hospital; além de subsidiar o 
processo de planejamento, gestão e avaliação das ações de enfermagem voltadas 
aos pacientes em atendimento. Riscos de outras ordens também foram relacionadosà (in) segurança do paciente pelos enfermeiros, tais como os institucionais, incluindo 
a sobrecarga de trabalho e as falhas na comunicação por parte dos membros da 
equipe: 
Riscos comuns são os de erros de comunicação. (E12) Os riscos que existem são 
falta de atenção, o cansaço... o enfermeiro trabalha sempre em dois lugares, 
facilitando a ocorrência dos erros. (E2) 
 As concepções dos enfermeiros corroboram as dos pesquisadores que 
abordaram falhas no seguimento da rotina, conflitos pessoais e falhas na 
comunicação como eventos adversos do tipo institucionais, os quais devem seguir o 
mesmo monitoramento que se realiza nos casos de eventos clínicos ou assistenciais. 
Pesquisadoras já afirmaram que os problemas de comunicação acarretam transtornos 
nas atividades da equipe, levando os profissionais a culparem uns aos outros pelas 
falhas, o que ocasiona desgaste emocional, atrasos e/ou omissão na administração 
de medicamentos, além de gerar gastos desnecessários às instituições hospitalares. 
 Outros autores sugerem, ainda, a utilização de boletins de notificação de 
eventos adversos, com o intuito de promover a identificação destes eventos e 
incidentes, proporcionar à enfermagem um meio de comunicação prático a respeito 
destes fatos inesperados e indesejados, possibilitar a exploração das situações, a 
construção de um banco de dados sobre riscos e situações-problema e permitir a 
execução das modificações necessárias ou oportunas no processo da assistência. 
 O que se percebe, na prática, é a existência de um círculo vicioso que 
necessita ser rompido para que processos sejam revistos e estratégias sejam 
implementadas, visando à melhoria da comunicação e à garantia de cuidados seguros 
aos pacientes. No processo de administração de medicamentos, por exemplo, esse 
19 
 
 
círculo vicioso inicia-se com a comunicação inadequada entre o profissional da 
farmácia que dispensa a medicação, o médico que prescreve e o membro da equipe 
de enfermagem que administra. 
 Nesse procedimento, a falha na comunicação é considerada uma das 
principais causas de erros, os quais também não são devidamente notificados, 
analisados e tratados por parte dos envolvidos, acarretando, novamente, erros de 
comunicação na dinâmica da equipe. 
 No que se refere à identificação das cargas de trabalho, é importante 
que, dadas as condições precárias de trabalho da equipe de enfermagem, sejam 
priorizados tanto a identificação como o combate de todos os fatores físicos, 
mecânicos, químicos, biológicos e psicossociais que interferem no bem-estar dos 
indivíduos na prestação do cuidado. As falas que se seguem demonstram que os 
enfermeiros identificam, também, riscos assistenciais no processo de cuidar, 
principalmente os relacionados à administração inadequada de medicamentos: 
Tem o risco de contaminação, de infecção hospitalar, risco de erro de 
medicação... (E5) Risco de desenvolverem úlceras por pressão; risco de 
pneumonia por aspiração; risco por negligência, pela má administração de 
antibióticos: medicamentos pela via errada; equipamentos que deem defeito 
durante a administração de medicamentos... (E8) Acontece erro de dosagem 
de medicação e diluição... (E32) Os riscos têm relação com o bem-estar dos 
pacientes, com os erros de procedimento e os erros de medicação... (E24). 
 O cuidado prestado aos pacientes hospitalizados é complexo e requer 
que seja executado com qualidade e sem gerar danos desnecessários ao indivíduo. 
No ambiente hospitalar, a terapia medicamentosa é amplamente utilizada para 
tratamento das doenças e manutenção da saúde. No entanto, os pacientes 
hospitalizados e que fazem uso de múltiplos medicamentos encontram-se mais 
vulneráveis à ocorrência de eventos adversos. 
 Pesquisas já abordaram o problema da incidência de eventos adversos 
relacionados a medicamentos (EAM) sugerindo que esta corresponde apenas à 'ponta 
de um iceberg' e que a implantação do método de identificação de EAM e a revisão 
do sistema de medicação nas instituições favorecem o monitoramento e a 
implementação de mecanismos de defesa, barreira e proteção voltadas para a 
melhoria da segurança do paciente. 
 Acrescenta-se que o uso inadequado de medicamento tem sido 
considerado um problema de saúde pública prevalente em todo o mundo, aumentando 
20 
 
 
os custos para as instituições e gerando descontrole em seus orçamentos, o que pode 
impactar, negativamente, na oferta de serviços e materiais para o cuidado a ser 
prestado. Além da identificação dos riscos mecânicos, físicos, assistenciais e 
institucionais, uma das enfermeiras acrescentou os riscos clínicos aos quais os 
pacientes estão submetidos: 
[O paciente está exposto a] risco de choque térmico, choque hipovolêmico, 
queimaduras e outros]. (E10) 
Quanto à preocupação com os riscos clínicos, tais como choque hipovolêmico, 
queimaduras e hemorragias, alguns autores já revelaram que os enfermeiros e os 
demais profissionais de saúde tendem a valorizar a descrição de eventos adversos 
que comprometem a vida do paciente, como os casos de hemorragias e arritmias 
cardíacas. Tais eventos são oriundos da existência de riscos clínicos na prestação do 
cuidado que não são devidamente monitorados e evitados. 
 Por outro lado, cabe ressaltar a importância de estabelecer uma 
comunicação eficaz desde a identificação do risco ou incidente crítico, do menos grave 
ao mais grave, evitando, assim, a ocorrência do evento adverso e dos danos por ele 
gerados. Não se deve estimular apenas a notificação do evento adverso grave, mas 
também dos riscos, de suas causas e das estratégias implementadas para seu 
tratamento. Finalmente, alguns discursos evidenciaram a percepção dos enfermeiros 
no que diz respeito às infrações éticas dos colegas e as condições estruturais 
precárias do serviço, as quais implicam em insegurança para o paciente e em maior 
exposição aos riscos citados: 
 
Os riscos são de imperícia mesmo! Alguns profissionais, não só enfermeiros, 
como médicos e auxiliares, realizam procedimento de forma errada e 
displicente. (E15) Se a pessoa não for habilitada pra aquele cuidado, é 
comum o risco de medicação trocada, de um cuidado mal feito. (E33) ... Na 
emergência, não tem suporte nenhum para a segurança do paciente. São 
leitos no meio do corredor, as identificações são feitas em um pedaço de 
papel ofício... é triste! (E4) Não acontece mudança de decúbito e, dessa 
forma, não tem muito o que fazer [para prevenir lesões] porque o paciente 
fica em uma maca. (E16) 
Alguns autores já abordaram que é imprescindível gerenciar as condições de 
trabalho dos profissionais e a responsabilidade das empresas prestadoras de serviços 
de saúde, considerando o fato de que as ocorrências éticas existem quando as ações 
21 
 
 
dos profissionais se mostram negligentes, imprudentes ou mesmo realizadas sem a 
devida habilidade técnica ou conhecimentos necessários para consecução segura dos 
cuidados de enfermagem. 
Os pesquisadores acrescentam que a prevenção e o controle das ocorrências 
éticas exigem investimentos materiais e humanos e envolvem custos e vontade 
política para implementar ações de mudanças na dinâmica e nas condições de 
trabalho. Todos os esforços dos enfermeiros seriam insuficientes para um 
enfrentamento das ocorrências éticas de enfermagem se não houvesse um processo 
de parceria da instituição e dos profissionais da área da saúde, no sentido de se 
comprometerem, eticamente, com a meta institucional de zelar pela segurança, pela 
integridade e pelo respeito aos direitos do paciente, do colega de trabalho e dos 
próprios direitos, enquanto profissionais e cidadãos. 
3.1 Incorporação de Práticas Seguras e Baseadas em Evidências 
 
Figura 3 
 
 
Nesta categoria, destacaram-se grande parte das unidades de registro (21) 
abordando a prática segura e baseada em evidências como estratégia para promover 
22 
 
 
a segurançana instituição. A preocupação dos enfermeiros em desenvolver boas 
práticas pode ser constatada nos discursos a seguir: 
“... Acredito que sejam boas práticas que façam com que o ambiente seja 
seguro, tranquilo, um ambiente de trabalho bom. (E1) A gente procura 
proporcionar o melhor conforto e segurança do paciente, sempre observando 
a questão do leito, das grades levantadas (...) (E21) (...) A equipe de 
enfermagem deve fazer o transporte com o paciente na cadeira de roda ou 
na maca com as grades levantadas por conta da proteção para diminuir o 
risco de queda. (E34) ... Para não levar infecção para os outros pacientes, 
tem sempre anotado nas evoluções, temos também as plaquinhas [indicado 
os tipos de isolamentos] nos leitos; preenchemos um impresso com os 
procedimentos invasivos: sonda, acesso, (...). Isso é um meio que a gente 
pode ter para evitar essas infecções. (E35) [Uma prática segura envolve] a 
questão do transporte do paciente, da apresentação, de conferir se é o 
paciente certo, se é o membro certo que vai ser operado, seguindo os 
protocolos...(E22)”. 
 
Percebe-se que as boas práticas citadas dizem respeito, principalmente, à 
inquietação dos enfermeiros com relação ao risco frequente de quedas, de 
transmissão de infecção relacionada aos cuidados em saúde e de eventos adversos 
relacionados ao procedimento cirúrgico em seu ambiente de trabalho. Tais achados 
denotam a preocupação com o desenvolvimento de práticas baseadas em evidências 
em sua área de atuação. 
 Sobre este aspecto, as pesquisas têm reforçado a ideia de que os enfermeiros 
são os principais responsáveis pela incorporação de práticas seguras nos serviços de 
saúde e de indicadores da qualidade do cuidado prestado, o que está relacionado à 
busca pela eficiência e conformidade da assistência com as evidências disponíveis 
sobre segurança do paciente. 
Acrescente-se que a realização dos cuidados certos, no momento certo, da 
maneira certa, para a pessoa certa, objetivando alcançar os melhores resultados 
possíveis, são princípios que fundamentam a qualidade da assistência. Estes são 
evidências que podem direcionar a prática de enfermeiros que se empenham em 
prestar assistência ética e respeitosa, baseada nas necessidades do paciente e da 
família, na excelência clínica e na melhor informação científica disponível. 
 Em outra perspectiva, um estudo recente abordando a prática baseada em 
evidência como ferramenta para a atuação do enfermeiro constatou que a 
23 
 
 
implementação da evidência clínica na prática é tarefa difícil, sugerindo algumas 
atividades a serem desenvolvidas para atingir o êxito: 
 desenvolver competências para interpretar os resultados das pesquisas; 
 criar uma cultura gerencial e organizacional que favoreça a utilização de 
pesquisas; 
 garantir recursos humanos e financeiros compatíveis com o necessário; 
 tentar articular os achados da pesquisa a ser implementada à preferência dos 
pacientes e de seus familiares. 
Algumas enfermeiras entrevistadas ressaltaram, também, que as práticas 
seguras estão em conformidade com as evidências internacionais que configuram 
metas para a segurança do paciente, as quais têm sido divulgadas continuamente na 
instituição: 
...) A gente está trabalhando com as metas internacionais de 
segurança do paciente. (E11) A gente está tentando implantar as 
metas, que são: identificação de pacientes, para que não haja troca; a 
cirurgia segura e a prevenção de quedas (...) (E14) (...) Entre outras 
ações que a gente desenvolve, temos o checklist de cirurgia segura 
para ver se a sala tá preparada, se é um ambiente seguro, se tem 
aspirador montado dentro da sala de cirurgia, a questão dos 
equipamentos, se tá tudo ok antes da cirurgia, as medicações... tudo é 
verificado! (E20). 
 
Os relatos demonstram que estes profissionais estão atentos à incorporação 
de evidências científicas em sua prática clínica, garantindo a oferta de um cuidado 
seguro, livre de danos e respaldado nas melhores ações traduzidas em qualidade da 
assistência. As metas evidenciadas nos relatos abrangem algumas das seis áreas de 
atuação que direcionam ações voltadas para a Segurança do Paciente, divulgadas 
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2005. 
 Estas foram estabelecidas para promover melhorias específicas em áreas da 
assistência consideradas problemáticas e possuem elementos de mensuração 
específicos que são avaliados isoladamente em relação aos seguintes padrões: 
 identificação correta dos pacientes; 
 melhoria na efetividade da comunicação entre os profissionais da assistência; 
aperfeiçoamento da segurança no uso de medicações de alto risco; eliminação de 
cirurgias em lado-errado, paciente-errado, procedimentos-errados; 
24 
 
 
 redução dos riscos de infecção; 
 redução dos riscos de dano/lesão ao paciente vítima de queda. 
Uma enfermeira destacou: 
Se acontecer comigo um erro, eu vou tentar corrigi-lo, vou tentar fazer com 
que o paciente não seja prejudicado por conta disso. O ideal é que a gente 
sempre passe para um colega... (E6) 
 
Percebe-se a preocupação com a adequada comunicação do evento entre os 
membros da equipe, atitude também considerada princípio básico da prática de 
enfermagem. Sobre este aspecto, pesquisadoras garantem que a documentação 
durante a passagem de plantão, o compartilhamento de informação e os relatos de 
incidentes são considerados os aspectos mais formais da comunicação em 
enfermagem na perspectiva de garantir sua efetividade. 
 Em sua pesquisa, divulgaram ser a cultura ideal aquela em que a comunicação 
acontece de forma aberta e justa, ao mesmo tempo em que o relato é parabenizado, 
incentivado, e os indivíduos não são culpados ou penalizados por falarem sobre 
incidentes de segurança ou sobre outras preocupações relacionadas. 
Quando se fala em boas práticas, cabe lembrar o fato de que o sistema de 
saúde não tem sido desenhado para promovê-las. Dessa forma, poucos são os 
profissionais de enfermagem do mundo que trabalham em condições apropriadas que 
lhes permitam desenvolver os cuidados de enfermagem que aprenderam ou 
idealizaram para seus pacientes e familiares. 
 
3.1.1 Levantamento de Barreiras e Oportunidades Para um Cuidado Seguro 
 
Nesta categoria, discutiram-se barreiras e oportunidades encontradas no 
serviço para a garantia de um cuidado de enfermagem seguro, encontradas em 
apenas oito unidades de registro. Como oportunidades, destacaram-se a proximidade 
do paciente, a disponibilidade de materiais e a preocupação do profissional em 
desempenhar boas práticas na busca de melhores resultados, conforme se verifica 
em alguns discursos: 
 
Todos são bem cientes dos papeis que desempenham aqui dentro e de como 
evitar os erros. (E31) ... Eu considero a UTI segura, porque tem todo o 
25 
 
 
material necessário e, por não serem muitos pacientes para cada enfermeira, 
no caso aqui são quatro para cada enfermeira, tem a vantagem de você estar 
mais próxima dos pacientes e de evitar que aconteça. (E19) 
 
Pode-se verificar, nestes discursos dos enfermeiros da UTI, o reconhecimento 
de algumas características da estrutura do serviço como oportunidades para promover 
um cuidado seguro na instituição. Dentre estas, destacam-se a existência de 
profissionais competentes e cientes de suas responsabilidades diante da segurança 
do paciente, a disponibilidade de materiais e o dimensionamento adequado da equipe 
de enfermagem. 
Sobre este último aspecto, dados de recente pesquisa avaliou a influência do 
dimensionamento da equipe de enfermagem na qualidade do cuidado em UTI, e 
encontrou que existe relação entre o quantitativo de enfermagem subestimado e o 
aumento das taxas de infecções, mortalidade, quedas, pneumonia associada à 
ventilação mecânica, extubação acidental e tempo de internação. 
Portanto, no cuidado a pacientes críticos, para prevenir complicações, reduzirgastos e custos e desenvolver cuidados de qualidade, o estudo sugeriu o 
dimensionamento da equipe de enfermagem conforme a gravidade e a necessidade 
da clientela. Desse modo, concluiu-se que o adequado dimensionamento da equipe 
de enfermagem influencia na qualidade do cuidado prestado e, também, na ocorrência 
de eventos adversos aos pacientes críticos. Como barreiras, foram destaques a falta 
de materiais, de manutenção de equipamentos, os cuidados não realizados devido à 
demanda excessiva, entre outros, conforme pode ser constatado nas falas: 
... a falta de segurança [na emergência] eu acho que está relacionada à 
gravidade a que os pacientes chegam e a falta de disponibilidade do ambiente 
em questão de administrar medicação. (E8) Não considero o hospital 100% 
seguro, devido a ser emergencial. (E11) ... Por ser um hospital público, tem 
certos períodos que têm algumas dificuldades em alguns materiais faltarem, 
alguns equipamentos falharem, mas assim, em teoria, o hospital foi planejado 
para oferecer segurança para o paciente. (E25). 
Os achados aproximam-se dos resultados de recente pesquisa que levantou 
as barreiras ou limitações do desenvolvimento da estratégia de segurança na 
perspectiva de profissionais de enfermagem. Encontrou-se que as principais ameaças 
detectadas naquele estudo envolveram: 
 a profissão como barreira corporativa; 
26 
 
 
 a organização e infraestrutura da assistência sanitária; 
 variabilidade clínica, escassa protocolização e ausência de liderança; 
 recursos materiais escassos; 
 inadequação de proporção de profissionais e falta de trabalho em equipe; 
pressão assistencial e tempo; falta de incentivos e motivação; 
 além da ausência de indicadores confiáveis de segurança. 
Portanto, é de considerável relevância investir nos enfermeiros assistenciais, 
permitindo sua participação nos processos de análise permanente das condições do 
serviço para continuarem identificando os riscos e incorporando práticas seguras e 
baseadas em evidência na instituição. 
Ressalta-se que este estudo possui limitações, que incluem, principalmente, o 
fato de ter envolvido somente os enfermeiros assistenciais de um hospital público da 
cidade de Fortaleza - CE, impossibilitando a generalização dos resultados. No 
entanto, contribuiu para o conhecimento da temática, sobretudo diante da constatação 
de que investigações sobre esse tema são novas e escassas no País. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O estudo neste contexto permitiu identificar e analisar estratégias para 
promover a segurança do paciente no contexto hospitalar. Tais estratégias foram 
elencadas por enfermeiros assistenciais, tendo merecido destaque aquelas 
relacionadas à identificação atenta dos riscos aos quais os pacientes estão sujeitos 
durante os cuidados de enfermagem, a incorporação de boas práticas na assistência 
direta e/ou indireta e a identificação das barreiras e oportunidades encontradas para 
promover a segurança na instituição. 
Percebe que os enfermeiros entrevistados conseguem identificar os principais 
riscos aos quais os pacientes sob seus cuidados estão expostos (físicos, químicos, 
assistenciais, clínicos e institucionais), os quais devem ser alvo de atenção. Esta 
atitude de identificação compartilhada dos riscos pode ser considerada a primeira 
estratégia para o estabelecimento da cultura de segurança na instituição. 
Os riscos levantados são inquietantes, pois evidenciam a qualidade da 
assistência; entretanto, após o seu levantamento, devem ser analisados para elucidar 
as possíveis causas, direcionando reflexões e educação permanente à equipe de 
enfermagem do serviço. 
Ademais, devem receber especial atenção dos gestores, que precisam 
incentivar e capacitar os profissionais para prevenção, notificação e manejo efetivos 
desses riscos durante a realização e a avaliação da assistência prestada. A 
incorporação de práticas baseadas em evidências associada ao levantamento das 
barreiras e oportunidades também foi uma estratégia identificada que correspondeu a 
um resultado encorajador, pois demonstra que iniciativas já estão sendo tomadas por 
parte dos profissionais no sentido de promover a segurança do paciente. 
Porém, no decorrer do estudo, o conhecimento tácito, a experiência, os valores 
e as habilidades em desenvolver ações que priorizem a segurança do paciente 
constituem um tipo diferente de evidência, a qual tem uma forte influência na tomada 
de decisão para o planejamento do gerenciamento do cuidado de enfermagem. Cabe 
ressaltar o impacto da segurança do paciente na qualidade da assistência de 
enfermagem. 
A redução dos riscos e dos danos e a incorporação de boas práticas favorecem 
a efetividade dos cuidados de enfermagem e o seu gerenciamento de modo seguro. 
28 
 
 
Esta melhoria depende da necessária mudança de cultura dos profissionais para a 
segurança, do uso de indicadores de qualidade, da existência de um sistema de 
registros, alinhados à política de segurança do paciente instituída nacionalmente. 
 Portanto, esforços contínuos devem ser priorizados na prática, desde a alta 
direção aos profissionais da assistência direta, com o intuito de promover estrutura 
física, humana e organizacional em qualidade e quantidade que garanta a promoção 
da cultura de segurança no hospital e a satisfação dos colaboradores, pacientes e 
familiares. Tal investimento deve levar em consideração aspectos voltados para o 
gerenciamento com pessoas, jornadas de trabalho exequíveis, remuneração 
adequada e estabelecimento de bom relacionamento interpessoal por meio de 
incentivo à comunicação efetiva e ao trabalho em equipe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
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