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Aluno: Davi de Aguiar Portela (0001418) Medicina – 4º Período APG IV – S09 P02 Protozooses Intestinais Parasitologia do Intestino As parasitoses intestinais são bastante frequentes no decorrer da infância, sendo consideradas um problema de saúde pública, assim como negligenciadas, nas áreas rurais e cidades de países subdesenvolvidos. Os parasitas foram a principal causa de infecções mais antiga da espécie humana, pois as verminoses vivem em simbiose com o indivíduo, sendo os humanos carreadores assintomáticos até certo ponto. LOCALIZAÇÃO DA INFESTAÇÃO Intestino delgado Má absorção/ perda de peso; Deficiência de Zn e Fe; Diarreia aquosa em grande quantidade e menor frequência diária. Os principais vermes que se atraem para o intestino delgado são: o Giardia lambria*; o Ascaris lumbricoides; o Ancilostoma; o Strongilóides; o Teníase. Cólon do intestino grosso Dor abdominal em cólica; Hematoquezia; Anemia por perda de Fe; Diarreia em pequena quantidade e maior frequência diária – podendo ter sangue. Os principais vermes que se instalam no cólon do intestino grosso são: o Trichuris; o Amebíase*. Sistêmica Febre; Hepatoesplenomegalia; Eosinofilia. Quando se trata de manifestações sistêmicas: o Toxocara Canis; o Strongilóides. Perianal Prurido. Perianalmente, há um verme que se atrai: o Enterobius/ Oxiúrus. PARASITOS Os parasitos são vermes que podem ser tanto helmintos achatados (platelmintos) quanto arredondados (nematelmintos), assim como microscópicos, chamados de protozoários. Platelmintos Protozoários Tênia solium Estamoeba histolytica Tênia sagita Giardia lamblia Schistosoma mansoni Isospora belli Nematelmintos Cryptosporidium parvum Ascaris lumbricoides Cyclospora cayetanensis Ancylostoma duodenale Estamoeba coli Necator americanus Endolimax nana Strongyloides stercolaris Trichuris trichiura Enterobius vermiculares Os parasitos alojam-se no organismo do humano e se alimentam do conteúdo intestinal e do sangue do portador. Os principais tipos de parasitas são: Protozooses Intestinais AMEBÍASE A amebíase é uma doença intestinal causada pelo parasito Estamoeba histolytica, mais conhecido como ameba. Ele se aloja no intestino grosso, causando diarreias, podendo invadir a parede intestinal e causar o aparecimento de sangue. Usualmente, encontramos os trofozoítos no intestino, nas úlceras, nas fezes diarreicas; os cistos imaturos ou maduros (bi ou tetranucleados) estão presentes nas fezes normais. Entamoeba Hystolytica Seu período de incubação é bem variável, podendo ser de 7 dias até 4 meses, sendo bastante difícil de determinar. É a ameba patogênica que mais acomete doença em humanos. Suas fases são: o Trofozoíto/ forma vegetativa; o Pré-cisto; o Cisto/ forma de resistência; o Metacisto. Trofozoíto Piemórfico, uninuclear, alongado, com emissão continua e rápida de pseudópodes. Citoplasma em ectoplasma – plasma hialino e claro, e endoplasma – plasma granuloso, com vacúolos, núcleos e restos de substâncias alimentares São anaeróbicos, podendo crescer em atmosfera com até 5% de O2. Não possuem mitocôndrias, citocromos e ciclo do ciclo cítrico. Pré-cisto Fase intermediaria, em que se apresente oval e menor que o trofozoíto, e no citoplasma podem ser vistos cromatóides, em forma de bastonetes, com pontas arredondadas. Cisto São esféricos ou ovais, com citoplasma rico em glicogênio em vacúolos, com membrana nuclear revestida de cromatina e corpos cromatóides em forma de bastonetes Metacisto Forma multinucleada que emerge do cisto no intestino delgado, onde sofre divisões e da origem aos trofozoítos. Ciclo Biológico Os trofozoítos da E. histolytica normalmente vivem na luz do intestino grosso podendo, ocasionalmente, penetrar na mucosa e produzir ulcerações intestinais ou em outras regiões do organismo, como fígado, pulmão, rim, e mais raramente, no cérebro. 1. O ciclo se inicia pela ingestão de cistos maduros, junto de alimentos e água contaminados; 2. Passam pelo estomago resistindo a ação do suco gástrico, indo para o intestino delgado e chegando no cólon, onde ocorre o desencistamento, com as saída do metacisto de dentro do cisto; 3. O metacisto sofre sucessivas divisões nucleares e citoplasmáticas, dando origem a quatro e depois a oito trofozoítos metacisticos; 4. Estes trofozoítos migram para o intestino grosso, colonizando-o e aderindo a mucosa; 5. Lá, eles vivem de comensalismo, alimentando-se de detritos e de bactérias; 6. Podem desprender da parede do cólon, sofrendo ação de desidratação, eliminando substâncias nutritivas e transformando-se em pré-cistos.; 7. Eles secretam uma membrana cística, transformando-se em cistos mononucleares, que logo viram cistos tetranucleares, sendo eliminados pelas fezes normais; 8. Geralmente, não são encontrados em fezes liquefeitas ou disentéricas. Ciclo Patogênico O equilíbrio parasito-hospedeiro pode ser rompido e os trofozoítos invadem a submucosa intestinal, multiplicando-se ativamente no interior de úlceras e podem, por meio da circulação, atingir outros órgãos, causando embíase extra intestinal. O trofozoíto presente nessas úlceras são denominados forma invasiva ou virulenta. Transmissão O mecanismo de transmissão ocorre através de o Ingestão de cistos maduros, com alimentos (sólidos ou líquidos) contaminados (verduras cruas - alface, agrião; frutas - morango); o O uso de água sem tratamento, contaminada por dejetos humanos; o Alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados nas patas de baratas e moscas (essas também são capazes e regurgitar cistos anteriormente ingeridos). Além disso, falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de cistos dentro da família. Os "portadores assintomáticos" que manipulam alimentos são os principais disseminadores dessa protozoose. Manifestações Clínicas O quadro clínico geralmente não é específico, podendo haver muitos indivíduos assintomáticos. Dentre as manifestações clínicas intestinais, estão: o Disentérica; o Colites não disentéricas; o Amebomas; o Apendicite amebiana Complicações e sequelas da amebíase intestinal: o Perfuração; o Peritonites; o Hemorragia; o Invaginação; o Colites pós-disentéricas; o Estenoses. Além disso, ela também pode acometer outros órgãos, e apresentar manifestações clínicas características deles: o Fígado; o Pulmão; o Baço; o Rim; o Cérebro. Profilaxia Deve ser feira por meio de uma intensa e extensa campanha de educação sanitária, envolvendo-se todo o pessoal responsável pela área de saúde pública. Este pessoal terá como função básica a orientação da população em geral, e, particularmente, das professoras primárias que serão os grandes elementos divulgadores., com o papel fundamental na divulgação do saber e na preparação do espírito da juventude que se forma. Outro fator profilático importante é o combate às moscas, especialmente M. domestica e a Chrysomya sp., que frequentam lixos, dejetos humanos e também alimentos dentro das casas Com finalidade doméstica, é possível evitar a ingestão de cistos viáveis, procurando lavar bem e tratar todos os alimentos cru GIARDÍASE A giárdia é um protozoário que é atraído pelo intestino delgado do humano, onde pode se juntar com outras giárdias e cobrir a parede intestinal, impedindo a absorção dos alimentos e causando diarreia. Giardia lamblia A giárdia apresenta duas formas evolutivas, o trofozoíto e o cisto. Trofozoíto Tem o formato de pera, com simetria bilateral e mede 20 micrometros de comprimento por 10 micrometros de largura. A face dorsal é convexa e a face ventral é concava – possuindo ventosas conhecidas como disco ventral ou suctorial. É binuclear e possui 4 pares de flagelos.Cisto É oval ou elipsoide, com 2 ou 4 núcleos no seu interior, tendo um número variado de fibrilas (axonemas de flagelos). Os cistos são resistentes e, em condições favoráveis de temperatura e umidade, podem sobreviver, pelo menos, dois meses no meio ambiente. Ciclo Biológico A giárdia é um parasita monóxeno de ciclo biológico direto, em que a via normal de infecção do homem é a ingestão dos cistos. 1. Ingestão dos cistos por meio de alimentos ou água contaminados, ou por meio de fômites. 2. O desencistamento é iniciado no meio ácido do estomago e completado no duodeno e jejuno; 3. Lá, ocorre a colonização dos trofozoítos no intestino; os trofozoítos se multiplicam por divisão binaria longitudinal: após a nucleotomia (divisão nuclear) e duplicação das organelas, ocorre a plasmotomia (divisão do citoplasma), resultando assim dois trofozoítos binucleados.; 4. O ciclo se completa pelo encistamento do parasito no ceco, embora possa ocorrer no ileo 5. Termina com sua eliminação para o meio exterior; Transmissão A via normal de infecção do homem é a ingestão de cistos maduros, que podem ser transmitidos por um dos seguintes mecanismos: o Ingestão de águas superficiais sem tratamento ou deficientemente tratadas (apenascloro); o Alimentos contaminados (verduras cruas e frutas mal lavadas); o Esses alimentos também podem ser contaminados por cistos veiculados por moscas e baratas; de pessoa a pessoa, por meio das mãos contaminadas, em locais de aglomeração humana (creches, orfanatos etc.); o De pessoa a pessoa entre membros de uma família ou em creches, quando se tem algum indivíduo infectado; o Por contato com animais domésticos infectados om giardia de morfologia semelhante à humana. Imunidade Observações epidemiológicas, clínicas e experimentais têm demonstrado evidências de desenvolvimento de imunidade protetora na giardíase. Essa resposta imune é sugeria a partir das seguintes evidências: o A natureza autolimitante da infecção; o A detecção de anticorpos específicos anti-Giardia nos soros de indivíduos infectados; o A participação de monócitos citotóxicos na modulação da resposta imune; o A maior suscetibilidade de indivíduos imunocomprometidos à infecção, principalmente os que apresentam hipogamaglobulinemia; o A menor suscetibilidade dos indivíduos de áreas endêmicas à infecção, quando comparados com os visitantes; o A ocorrência de infecção crônica em modelos animais atírnicos ou tratados com drogas que deprimem a resposta humoral. Anticorpos IgG, IgM e IgA anti-Giardia têm sido detectados no soro de indivíduos com giardíase, em diferentes regiões do mundo. Manifestações Clínicas A giardíase apresenta um espectro clínico diverso, que varia desde indivíduos assintomáticos até pacientes sintomáticos que podem apresentar um quadro de diarreia aguda e autolimitante, ou um quadro de diarreia persistente, com evidência de má-absorção e perda de peso, que muitas vezes não responde ao tratamento específico, mesmo em indivíduos imunocompetentes. A maioria das infecções é assintomática e ocorre tanto em adultos quanto em crianças, que muitas vezes podem eliminar cistos nas fezes por um período de até seis meses (portadores assintomáticos). O quadro clínico na sua forma aguda é: o Diarreia do tipo aquosa e explosiva, de odor fétido o Gases com distensão e dores abdominais; o Raramente aparecem muco e sangue nas fezes. As principais complicações da giardíase crônica estão associadas à má absorção de gordura e de nutrientes, como vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K), vitamina B12, ferro, xilose e lactose. Profilaxia São recomendadas medidas de higiene pessoal (lavar as mãos), destino correto das fezes (fossas, rede de esgoto), proteção dos alimentos e tratamento da água. Referências: 1. Neves, DP. Parasitologia Humana, 11ª ed, São Paulo, Atheneu, 2005.
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