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TUTORIA – m1 – P2 Insuficiência renal Pontos importantes ➥ Inchaço, indisposição, não tem vontade de urinar, dores de cabeça frequentes, ➥ Caminhoneiro ➥ Não repousava ➥ Pálido, com anasarca e falta de ar. ➥ Enjoos, oligúria e que há mais de 2 anos sentia cefaleia intensa ➥ Uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), prejudicando função renal (só melhora com isso) ➥ PA de João 230x120mmHg ➥ Creatinina = 5,2 (0,7‐1,2mg/d) ➥ Ureia = 123 (15 e 45mg/dL) ➥ K+= 6,5 (3,5‐5,5 mmol/L)) ➥ Direto para UTI, rins não estavam fazendo o equilíbrio acidobásico do organismo ➥ Hipertensão e uso indiscriminado de AINES ➥ Comprometimento do controle fisiológico das funções glomerulares e fluxo sanguíneo renal ➥ Morreu Objetivos ➥ Conhecer o funcionamento renal (processo, hormônios, impactos e etc) *formação da urina* ➥ Conhecer o equilíbrio acidobásico ➥ Compreender a relação dos anti-inflamatórios não esteroidais e os rins ➥ Compreender a insuficiência renal (sintomas, alterações fisiológicas, diagnóstico, exames lab, e etc) Resumo Funcionamento renal ➥ Néfrons e ductos coletores realizam 3 processos básicos ➥ Os solutos e liquido que fluem para os cálices renais menores e maiores e para a pelve renal formam a urina e são excretados ➥ Taxa de excreção urinária de qualquer soluto é igual a taxa de filtração glomerular, mais a taxa de secreção, menos a taxa de reabsorção ➥ Néfrons ajudam a manter a homeostasia do volume e composição do sangue Filtração glomerular ➥ Primeira etapa, água e solutos do plasma atravessam a parede dos capilares glomerulares onde são filtrados e vão para o interior da capsula glomerular e depois para o túbulo renal ➥ O liquido que entra no espaço capsular é chamado de filtrado glomerular, volume médio de 150-180L, 99% volta para o sangue e apenas 1/2L vira urina ➥ Fração de plasma nas arteríolas glomerulares aferentes dos rins que se torna filtrado glomerular é a fração de filtração Membrana de filtração (MF) ➥ Barreira permeável formada por capilares glomerulares e podócitos que circundam os capilares ➥ Possibilita a filtração de água e pequenos solutos, mas impede a filtração de proteínas, células e plaquetas ➥ As células endoteliais são bem permeáveis devido as fenestrações, isso faz com que os solutos saiam dos capilares, mas impede a passagem de hemácias e plaquetas. Entre os capilares glomerulares e fenda entre as arteríolas e eferentes existem as células mesangiais, são contrateis e ajudam na filtração ➥ A lâmina basal é feita de fibras colágenas e proteoglicanos e matriz glicoproteica. As cargas negativas na matriz impedem a passagem de proteínas maiores carregadas negativamente ➥ Saindo de cada podócitos existem milhares de pedicelos que envolvem os capilares glomerulares, entre eles existem as fendas de filtração, entre cada fenda existe uma membrana que faz a passagem de água, glicose, vitamina, aminoácidos, proteínas pequenas, amônia, ureia e íons. ➥ O princípio da filtração (pressão força os líquidos e solutos através da membrana) é o mesmo nos capilares glomerulares como nos sanguíneos, mas o volume de liquido é maior nos rins por 3 motivos: ➥ 1º- Glomérulos capilares tem uma grande área de superfície para filtração; células mesangiais regulam a superfície disponível e quando estão relaxadas a filtração é máxima e quando se contraem a área diminui ➥ 2º - A membrana de filtração é fina e porosa e os capilares glomerulares têm fenestrações muito maiores que outros capilares, 50x mais permeáveis ➥ 3º A pressão sanguínea capilar glomerular é alta, arteríola glomerular eferente tem um diâmetro menor do que a aferente Pressão efetiva de filtração ➥ Depende de 3 pressões, uma promove a filtração e duas se opõem a ela ➥ Pressão hidrostática glomerular do sangue (PHGS), é a pressão do sangue nos capilares glomerulares, força o líquido através da membrana de filtração. +/- 55mmHg ➥ Pressão hidrostática capsular (PHC), é a pressão exercida contra a MF pelo líquido que já está no espaço capsular e túbulo renal, representa uma pressão de retorno. +/- 15mmHg ➥ Pressão coloidosmótica do sangue (PCOS), vem da presença de proteínas, também se opõem a filtração. +/- 30mmHg ➥ Pressão de filtração efetiva (PFE) é a pressão total que promove a filtração. PFE= PHSG - PHC – PCOS. +/- 10mmHg @gabrielholandac Taxa de filtração glomerular (TFG) ➥ É a quantidade de filtrado nos rins a cada minuto. Normalmente 125mL/min ➥ Se a TFG for alta as substancias passam tão rápido pelo túbulo renal que não conseguem ser reabsorvidas e se for baixa quase todo o filtrado é absorvido e as escórias metabólicas não são excretadas ➥ Diretamente relacionada com as pressões que determinam a PFE ➥ A TFG é controlada ajustando o fluxo sanguíneo do glomérulo e alterando a superfície de filtração glomerular ➥ Ex: a perda importante de sangue reduz a PAM e a PHSG, a filtração cessa se a PHSG cair para 45mmHg porque as pressões de resistência somem 45mmHg, mas quando a PA está acima do normal a PFE e a TFG aumentam muito pouco, a TFG é quase constante quando a PAM está entre 80 e 180mmHg Autorregulação renal da TFG ➥ Mecanismo miogênico e feedback tuboglomerular mantem a TFG quase constante ➥ Mecanismo miogênico é quando as células musculares das arteríolas eferentes se contraem ou relaxam, aumentando ou diminuindo a pressão sanguínea nos rins e regulando a TFG ➥ Normaliza o fluxo sanguíneo renal e a TFG segundos depois de uma alteração sanguínea ➥ O feedback tuboglomerular parte dos túbulos renais. É mais lento que o mecanismo miogênico ➥ Quando a TFG está acima do normal por causa da PA elevada o líquido passa mais rápido pelos túbulos renais, o túbulo contorcido e alça de Henle têm menos tempo para reabsorver Na+, Cl- e água ➥ As células da mácula densa detectam o aumento dos solutos e água e inibem a liberação de oxido nítrico (NO) das células do aparelho justaglomerular (AJG). O NO provoca vasodilatação, então quando seu nível diminui as arteríolas aferentes se contraem, menos sangue flui para os capilares glomerulares e a TFG diminui ➥ Quando a PA cai, fazendo com que a TFG seja menor, o processo oposto acontece, porém em menor grau Regulação neural da TFG ➥ Norepinefrina causa vasoconstrição pela ativação dos receptores α1, que são abundantes nas fibras musculares lisas das arteríolas glomerulares aferentes ➥ Em repouso a estimulação simpática é baixa, a autorregulação renal prevalece ➥ Com a estimulação simpática moderada as arteríolas aferentes e eferentes se contraem com a mesma intensidade, o fluxo sanguíneo para dentro e fora do glomérulo é restrito, o que diminui um pouco a TFG ➥ Com a estimulação simpática elevada (ex: exercício/hemorragia) a constrição das artérias aferentes predomina, o fluxo sanguíneo é reduzido e a TFG diminui ➥ Usado para reduzir o volume urinário e conservar o volume de sangue e possibilitar um fluxo de sangue maior para outros tecidos do corpo Regulação hormonal da TFG ➥ Angiotensina II é um vasoconstritor potente que age nas arteríolas aferentes e reduz o fluxo sanguíneo renal, diminuindo a TFG ➥ NPA causa relaxamento das células mesangiais glomerulares e aumenta a área de superfície para a filtração capilar ➥ TFG aumenta quando a área de superfície aumenta Reabsorção e secreção tubular ➥ Células tubulares reabsorvem 99% da água filtrada e solutos uteis ➥ Células epiteliais ao longo dos túbulos e ductos renais fazem essa reabsorção, mas as células do túbulo contorcido proximal dão a maior contribuição ➥ Glicose, aminoácidos, ureia e íons como Na+, K+, Ca2+, Cl-, HCO3- (bicarbonato) e HPO42- (fosfato) são reabsorvidos ➥ Quando o liquido passa pelo túbulo contorcido proximal as células mais distais aperfeiçoam os processos de reabsorção para manter o equilíbrio da homeostasia de água e íons ➥ Proteínase peptídeos pequenos também é reabsorvida por pinocitose ➥ As substâncias secretadas incluem H+, K+, amônia (NH4+), creatinina e fármacos ➥ A secreção tubular ajuda a controlar o PH sanguíneo eliminando H+ Vias de reabsorção ➥ A substância que está sendo reabsorvida pode se mover entre as células tubulares adjacentes ou através de uma célula tubular individual ➥ O liquido pode vazar entre as células em um processo passivo chamado reabsorção paracelular, mesmo que as células estejam ligadas por junções oclusivas, essas junções são permeáveis ➥ Na reabsorção transcelular a substancia passa pela membrana apical de uma célula do túbulo, cruza o citosol e sai para o liquido intersticial pela membrana basolateral Mecanismo de transporte ➥ Proteínas transportadores estão presentes nas células tubulares ➥ No caso do Na+ a ausência de bombas de sódio- potássio na superfície apical garante um fluxo unidirecional para o interstício. A quantidade de ATP gasta nos túbulos renais é 6% do gasto total de ATP do corpo em repouso ➥ A absorção do soluto impulsiona a absorção da água por osmose, 90% da água filtrada vai junto com os íons reabsorvidos (reabsorção de água obrigatória) ➥ Essa reabsorção ocorre no túbulo contorcido proximal e na parte descendente da alça de Henle, essas partes são permeáveis à água ➥ Os outros 10% da água (10-20L) é controlado pelo ADH e ocorre principalmente nos ductos coletores (reabsorção facultativa), depende da necessidade do corpo ➥ O liquido filtrado se torna liquido tubular quando entra no túbulo contorcido proximal, sua composição muda ao longo do néfron e do ducto coletor por causa da absorção e secreção ➥ O liquido que flui para dos ductos papilares para a pelve renal é a urina Secreção e reabsorção no túbulo contorcido proximal (TCP) ➥ Reabsorvem 65% da água filtrada, Na+ e K+; 100% dos solutos orgânicos filtrados; 50% do Cl- filtrado; 80- 90% do HCO3- filtrado; 50% da ureia filtrada e íons de Ca2+, Mg2+, amônia e ureia ➥ Maior parte da reabsorção de solutos no TCP envolve o Na+, usando simportadores e antiportadores ➥ Normalmente a glicose, aminoácidos, ácido lático, vitaminas hidrossolúveis, e nutrientes não são perdidos na urina, são completamente reabsorvidos na primeira metade do TCP por vários tipos de simportadores de Na+ da membrana apical ➥ Outros simportadores de Na+ recuperam íons de HPO42- e SO42-, todos os aminoácidos e ácido lático filtrados ➥ Em outro processo de transporte ativo secundário os contratransportadores “Na+ -H+” levam o Na+ a favor do gradiente de concentração, fazendo q o Na+ seja absorvido e o H+ secretado ➥ As células do TCP produzem H+ para manter os transportadores funcionando ➥ Devido aos processos químicos, para cada H+ secretado um HCO3- e um Na+ são reabsorvidos ➥ As células do TCP e a parte descendente da alça de Henle possuem muitas aquaporina, por isso a osmose é fácil ➥ Quando a água vai deixando o liquido filtrado a concentração de soluto aumenta ➥ Na segunda metade do TCP os gradientes eletroquímicos para o Cl-, K+, Ca2+, Mg2+ e ureia promovem difusão passiva para os capilares peritubulares por vias paracelular e transcelular ➥ O Cl- é mais abundante e sua passagem torna o liquido intersticial mais negativo o que ajuda na passagem dos outros íons positivos ➥ As células do TCP podem produzir NH3 adicional pela desaminação do aminoácido glutamina, e produz igualmente HCO3-, A NH3 se liga ao H+, formando íon amônio (NH4) que substitui o H+ nos contratransportadores “Na+ -H+” ➥ O HCO3- produzido é absorvido pelo corpo Reabsorção na alça de Henle ➥ Absorve 15% da água filtrada, 20 – 30% do Na+ e K+ filtrados, 35% do Cl- filtrado, 10 – 20% do HCO3- filtrado e quantidade variável de Ca2+ 3 Mg2+ filtrados ➥ Reabsorção da água por osmose não é acoplada à reabsorção dos solutos porque a alça é relativamente impermeável à água ➥ As membranas apicais das células da parte ascendente espessa da alça têm simportadores Na+ - K+ -2Cl- ➥ A maior parte de K+ reabsorvido volta para a liquido tubular porque existem muitos canais de vazamento de K+ na membrana apical das células, por meio do gradiente de concentração ➥ Esse movimento o K+ de volta para o liquido tubular deixa o interstício mais negativo, o que ajuda na reabsorção de Na+, K+, Ca2+ e Mg2+ por via paracelular ➥ Aprox 15% da água filtrada é absorvida na parte descendente da alça, mas pouca ou nenhuma água é absorvida na parte ascendente ➥ A osmolaridade do liquido tubular diminui à media que o liquido flui para a parte ascendente porque os íons foram absorvidos e a água não tanto Reabsorção no túbulo contorcido distal (TCD) ➥ Parte inicial do TCD absorve de 10 – 15% da água filtrada, 5% do Na+ filtrado e 5% do Cl- filtrado ➥ Reabsorção de Na+ e Cl- ocorre por simportadores “Na+ -Cl-“ nas membranas apicais ➥ O início do TCD também é importante porque o hormônio paratireoide (PTH) estimula a reabsorção de Ca2+ Reabsorção e secreção no final do TCD e ducto coletor ➥ 90 – 95% da água e solutos já foram reabsorvidos ➥ Na parte final do TCD e no ducto coletor existem células principais e intercaladas ➥ As principais reabsorvem Na+ e secretam K+ ➥ As intercaladas reabsorvem K+ e HCO3- e secretam H+ ➥ Nessas partes a reabsorção de água depende da necessidade do organismo Regulação homeostática da reabsorção e secreção Sistema renina-angiotensina-aldosterona ➥ Quando a pressão diminui as células justaglomerulares secretam a enzima renina no sangue, estimulação simpática também estimula a produção ➥ Renina tira a angiotensina I do angiotensênio que é sintetizado pelos hepatócitos. Ao retirar mais 2 aminoácidos a enzima conversora de angiotensina (ECA) converte a angiotensina I em II (forma ativa do hormônio) ➥ Diminui a TFG, causando vasoconstrição das arteríolas aferentes ➥ Aumenta a reabsorção de Na+, Cl- e água no TCP, estimulando os contratransportadores “Na+ -H+” ➥ Estimula a suprarrenal a liberar aldosterona que estimula as células dos ductos coletores a reabsorver mais Na+ e Cl- e secretar mais K+, fazendo mais água ser absorvida e aumentando a PA ADH ➥ Vasopressina é liberado pela neuro-hipófise, regula a absorção facultativa de água, aumentando a permeabilidade na parte final do TCD e ducto coletor ➥ Sem ADH a permeabilidade à água é muito baixa ➥ O ADH estimula a inserção de vesículas contendo aquaporina-2 nas membranas apicais por exocitose ➥ Quando a pressão osmótica ou a osmolaridade do plasma e dos líquidos intersticiais aumenta só 1% os osmorreceptores do hipotálamo detectam a alteração mandando impulsos nervosos para secretar ADH ➥ Outro estímulo poderoso para a secreção de ADH é a diminuição de sangue como ocorre na hemorragia ou desidratação grave ➥ Na ausência patológica de ADH, diabetes insípido, uma pessoa pode excretar até 20L de urina diluída diariamente PNA ➥ Grande aumento no volume sanguíneo provoca a liberação de PNA ➥ Ele inibe a reabsorção de Na+ e água pelo TCP e ducto coletor ➥ Suprime a secreção de aldosterona e ADH Paratormônio (PTH) ➥ Estimula as células do TCD a reabsorver mais Ca2+ ➥ Também inibe a reabsorção de HPO42- pelos TCP Produção da urina Formação de urina diluída ➥ Liquido que deixa o TCP é isotônico em relação ao plasma ➥ Quando a urina diluída está sendo formada a osmolaridade do líquido aumenta à medida que ele desce para a alça de Henle e diminui quando ele sobe por ela, diminuindo mais ainda quando pelo restante do néfron e do ducto coletor ➥ Quando o líquido tubular flui para a pelve renal a osmolaridade está em 65/70mOsm/L, 4x mais diluído que o plasma e o filtrado Formação de urina concentrada ➥ Sob influencia do ADH os rins podem produzir uma urina 4x mais concentrada que o plasma e o filtrado ➥ A capacidade do ADH causar esse efeito depende da existência de um gradiente osmóticode solutos no liquido intersticial da medula renal ➥ Principais solutos que influenciam são Na+, Cl- e ureia ➥ A formação e manutenção desse gradiente depende da diferença de reabsorção de soluto e solvente ao longo dos ductos e do fluxo em contracorrente ao longo das estruturas ➥ O fluxo contracorrente é o fluxo do líquido em sentidos opostos, ocorre quando um líquido que entra num túbulo tem o caminho oposto ao líquido de um túbulo paralelo próximo. Ex: fluxo da alça de Henle e das arteríolas retas Multiplicação em contracorrente ➥ Processo onde o gradiente osmótico que aumenta progressivamente é formado no líquido intersticial da medula renal devido ao fluxo em contracorrente ➥ Envolve as alças de Henle longas dos néfrons justamedulares ➥ A parte descendente transporta líquido do córtex renal profundo para a medula e a ascendente na direção oposta ➥ Alça de Henle longa atua como um multiplicador por contracorrente, os rins usam esse gradiente osmótico para excretar urina concentrada ➥ A absorção dos íons na parte ascendente da alça faz com que a osmolaridade o líquido intersticial aumente muito, então a água que está na parte descendente da alça é absorvida para dentro da medula renal diminuindo a osmolaridade do líquido tubular. Nos TCD e ductos coletores a água é mais absorvida ainda se estiver sob efeito do ADH ➥ Na alça a ureia também é reabsorvida e se acumula no interstício, esse acumulo faz ela se difundir para os túbulos novamente, quando chega nos TCD e ductos coletores a ureia permanece no liquido porque lá é impermeável à ureia, e a água continua a ser absorvida por osmose, por causa do ADH. Esse ciclo é chamado de reciclagem da ureia Troca em contracorrente ➥ Processo onde a água e os solutos são trocados passivamente entre o sangue as arteríolas retas e o liquido intersticial da medula renal, como resultado do fluxo em contracorrente ➥ O líquido intersticial se torna cada vez mais concentrado à medida que ele flui para a medula ➥ Os íons vão para o sangue a água vai para o interstício ➥ O líquido intersticial se torna cada vez mais concentrado e a água flui para o sangue e os íons voltam para o interstício Exames ➥ Albumina: aumento na urina indica aumento da permeabilidade que indica uma lesão ou doença, aumento da PA ou irritações das células renais ➥ Glicose: normalmente indica diabetes melito ➥ Eritrócitos: indica condição patológica ➥ Corpos cetônicos: sugestivos de diabetes melito, anorexia, inanição ou pouco carboidrato na dieta ➥ Bilirrubina ➥ Urobilinogênio ➥ Glindros ➥ Microrganismos AINES e rins ➥ O principal mecanismo de ação dos AINEs é a inibição da enzima ciclooxigenase (COX), tanto central quanto perifericamente, interferindo assim na conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas E2, prostaciclinas e tromboxanos ➥ prostaglandinas têm ação vasodilatadora, o que é de extrema importância para a manutenção da resistência pré-glomerular, por meio da manutenção da taxa de filtração glomerular e da preservação do fluxo sanguíneo renal ➥ A maioria dos efeitos colaterais está relacionada à inibição da COX-1, devido à sua atuação em vários sistemas relacionados com a limpeza celular ➥ Nos rins, estão em maiores quantidades atuando na manutenção da filtração glomerular ➥ O uso de AINEs inibe a cascata do ácido aracdônico, de maneira seletiva ou não, causando efeito não permissivo para a formação de prostaglandinas ➥ Nos rins, as prostaglandinas - principalmente prostaciclina, PGE2, PGD2 - atuarão como vasodilatadoras na arteríola aferente, aumentando a perfusão renal, com distribuição do fluxo do córtex para os néfrons na região medular renal. ➥ Essa vasodilatação atua como uma contrarregulação de mecanismos, como a atuação do sistema renina-angiotensina-aldosterona e do sistema nervoso simpático, culminando com uma compensação para assegurar o fluxo adequado ao órgão ➥ Uso de AINEs inibe esse mecanismo, podendo resultar em vasoconstrição aguda e isquemia medular, que podem levar a uma lesão renal aguda ➥ Além da atuação vasodilatadora, a PGE2, mediante a estimulação de receptores tubulares, vai agir na inibição do transporte de sódio e cloreto na alça ascendente de Henle e nos ductos coletores, por meio da estimulação do receptor EP1, levando à natriurese ➥ PGE2 exerce ação antagonista nos receptores do hormônio antidiurético (ADH), também promovendo a diurese ➥ O uso de AINEs, diante desse quadro, pode acarretar maior retenção de sódio e água, por inibir a produção de PGE2, levando à formação de edema, que muitas vezes é subclínico ➥ Desenvolvimento de hipertensão, sobretudo com o uso de doses altas e por tempo prolongado, sendo o ibuprofeno mais implicado Insuficiência renal ➥ Incapacidade dos rins de filtrar o sangue com o objetivo de eliminar substâncias que podem ser tóxicas para o organismo quando estão em grandes concentrações no sangue, como ureia e creatinina, por exemplo ➥ Pode acontecer devido à desidratação, sepse ou lesão nos rins devido à presença de pedras nesses órgãos ➥ Insuficiência renal aguda, em que há uma rápida redução da função renal ➥ Insuficiência renal crônica, em que há perda gradual da função dos rins, levando ao surgimento de sintomas progressivos ➥ Geralmente, a insuficiência renal aguda tem cura, porém a insuficiência renal crônica nem sempre tem cura e o tratamento normalmente é feito por meio de hemodiálise ou transplante de rim para melhorar a qualidade de vida do paciente e promover o bem-estar ➥ Os sintomas de insuficiência renal surgem à medida que há diminuição da capacidade de filtração dos rins, sendo os principais: Pouca urina; Urina com cor amarela escura e com cheiro forte e espuma; Cansaço frequente; Sensação de falta de ar; Dor na parte inferior das costas; Inchaço das pernas e pés; Pressão alta; Febre superior a 39ºC; Falta de apetite; Náuseas e vômitos; Cãibras frequentes; Tremor, principalmente nas mãos; Formigamento nas mãos e nos pés; pequenos caroços na pele.
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