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Metodos e Tecnicas no uso de Novas Tecnologias

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DE: 
 
MÉTODOS E TÉCNICAS NO USO DAS NOVAS 
TECNOLOGIAS 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
ANNA CRISTINA VIANA OMATI 
 
 
 
 
 
 
 
Copyright © 2014, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2 
 
Módulo de: Métodos e Técnicas no Uso das Novas Tecnologias 
 
Autoria: Anna Cristina Viana Omati 
 
Primeira edição: 2008 
Segunda edição: 2014 
Terceira edição: 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
3 
 
Apresentação 
O módulo ―Métodos e Técnicas no Uso das Novas Tecnologias‖ tem como 
objetivo despertar no aluno o desejo de pesquisar sobre tecnologia e a sua 
aplicabilidade em diversos níveis de ensino. 
Sabe-se que os recursos tecnológicos vêm impulsionando a Educação a 
buscar novas metodologias, novas didáticas, novos currículos, novos 
conteúdos, novo perfil de professor para assim, melhor atender o novo perfil de 
aluno. 
Muitas informações estão chegando, adentrando em nossas casas, sem nos 
dar tempo suficiente para discerni-las, para verificarmos se realmente essas 
informações são importantes ou se contribuem para a nossa formação pessoal 
e profissional. 
 Por estas razões, conhecer as ―novas tecnologias‖; entendê-las, saber como, 
onde e porque aplicá-las, são questionamentos e preocupações que passam a 
ser de fundamental importância para orientarmos nossos alunos para que 
recebam essas informações com uma visão crítica do que pode ser melhor, ou 
não, para o seu crescimento como pessoa. 
 
Objetivo 
Despertar no aluno o desejo da pesquisa, sobre a importância dos recursos 
tecnológicos e a sua aplicabilidade, em diversos níveis de ensino. 
 
 
4 
 
Ementa 
Conhecendo a origem da palavra Tecnologia; Métodos e técnicas de Ensino; 
Práticas Avaliativas no uso de novas tecnologias; Materiais impressos, os 
livros, enciclopédias, apostilas e cadernos: recursos dominantes; Recursos 
visuais e auditivos; Recursos audiovisuais; Tecnologia na Educação x 
Tecnologia da Educação: diferenças e semelhanças; O uso do computador 
como tecnologia; O uso do computador como tecnologia; Relacionamento entre 
O uso de Tecnologia e os Problemas da Aprendizagem; O aluno com 
dificuldade no processo de aprendizagem; Aulas preparadas para um ambiente 
tecnológico; Papel do Professor frente às novas tecnologias; Papel do 
Professor frente às novas tecnologias; Material impresso – a tecnologia 
dominante; O universo da comunicação audiovisual; O Rádio como instrumento 
educativo; Internet: A rede que abraça todo o Planeta; Televisão + Vídeo + 
Internet = YOUTUBE; O computador e o software educativo; paradigmas da 
Educação; hipertexto sua origem da palavra. 
 
Sobre o Autor 
Ana Cristina Viana Omati é graduada em Pedagogia com habilitação em 
Orientação Educacional pelo Centro Educacional Unificado de Brasília. É 
especializada em Educação a distância pelo SENAC – RJ em Psicopedagogia 
pela Faesa. Em 2004 alcançou o título de Mestre em Educação pela 
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. 
Atua no Instituto Sócioeducativo do Espírito Santo como Pedagoga, tendo 
atuado ainda como Assessora Pedagógica em projetos pedagógicos de 
instituições de ensino superior. 
 
5 
 
SUMÁRIO 
Unidade 1 .......................................................................................................... 7 
Introdução as Novas Tecnologias ................................................................... 7 
Unidade 2 ........................................................................................................ 12 
Tecnologia, História e Propostas .................................................................. 12 
Unidade 3 ........................................................................................................ 18 
Metodologia e Tecnologia: Definições; Aplicações na Educação. ................ 18 
Unidade 4 ........................................................................................................ 23 
A Tecnologia nas Atividades Educacionais .................................................. 23 
Unidade 5 ........................................................................................................ 28 
Recursos Tecnológicos e Aprendizagem...................................................... 28 
Unidade 6 ........................................................................................................ 35 
O Computador e sua Ciência, como Teconolgia Educacional ...................... 35 
Unidade 7 ........................................................................................................ 43 
Métodos de Ensino por Computadores ........................................................ 43 
Unidade 8 ........................................................................................................ 49 
A Didática e as Situações de Aprendizagem ................................................ 49 
Unidade 9 ........................................................................................................ 56 
Aprendizagem e Tecnologia ......................................................................... 56 
Unidade 10 ...................................................................................................... 62 
As Políticas Educacionais ante a Revolução Tecnológicas ......................... 62 
Unidade 11 ...................................................................................................... 73 
As Tecnologias diante de Alunos com Dificuldades de Aprendizagem ........ 73 
Unidade 12 ...................................................................................................... 82 
Tecnologia e Educaçao Especial .................................................................. 82 
Unidade 13 ...................................................................................................... 89 
Tecnologia da Educação a Distância (EAD) ................................................. 89 
Unidade 14 ...................................................................................................... 98 
Aspectos Pedágógicos, Organizacionais e Institucionais da Educação a 
Distância. ...................................................................................................... 98 
Unidade 15 .................................................................................................... 105 
A Tecnologia Educacional e a Transformação da Informação em Saber ... 105 
 
6 
 
Unidade 16 .................................................................................................... 110 
Educação e Comunicação: Experiência Brasileira em Televisão Educativa.110 
Unidade 17 .................................................................................................... 117 
Relacionamento do Professor com a Tecnologia Educacional ................... 117 
Unidade 18 .................................................................................................... 121 
Redefinindo os Papéis do Professor e do Aluno ......................................... 121 
Unidade 19 .................................................................................................... 126 
As Tecnologias de Comunicação, de Informação e de Educação no 
Desenvolvimento Social.............................................................................. 126 
Unidade 20 .................................................................................................... 132 
Sociedade da Comunicação e a Educação ................................................ 132 
Unidade 21 ....................................................................................................138 
Tecnologia e Material Impresso .................................................................. 138 
Unidade 22 .................................................................................................... 144 
Unidade 23 .................................................................................................... 149 
A Tecnologia do Rádio ............................................................................... 149 
Unidade 24 .................................................................................................... 157 
Internet: Vilã ou Aliada da Educação. ......................................................... 157 
Unidade 25 .................................................................................................... 164 
Termos mais Utilizados na Web. ................................................................ 164 
Unidade 26 .................................................................................................... 169 
Multimídia: O uso do Youtube no Processo Educativo. .............................. 169 
Unidade 27 .................................................................................................... 175 
O Software - Um dos Métodos mais Aplicados ........................................... 175 
Unidade 28 .................................................................................................... 183 
Modalidade de Software Educacional na Web e Ambientes de Aprendizagem 
– Parte I – Exercício e Prática/Tutorial. ...................................................... 183 
Unidade 29 .................................................................................................... 187 
Modalidade de Software Educacional na Web e Ambientes de Aprendizagem 
– Parte II - Jogos educativos ...................................................................... 187 
Unidade 30 .................................................................................................... 191 
Modalidade de Software Educacional na Web e Ambientes de Aprendizagem 
– Parte IIi - Hipertexto e Hiperdocumentos no Ambiente de Redes ............ 191 
Glossário ....................................................................................................... 197 
Bibliografia .................................................................................................... 207 
 
 
7 
 
UNIDADE 1 
OBJETIVO: Introduzir o estudo da disciplina Método e Técnicas no Uso de 
Novas Tecnologias. 
INTRODUÇÃO ÀS NOVAS TECNOLOGIAS 
Tópico I - Conhecendo a Origem da Palavra Tecnologia 
Retirando da Wikipédia, a enciclopédia livre, o termo Tecnologia vem do 
grego τεχνη — "ofício" e λογια — "estudo") É um termo que envolve o 
conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais 
criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento. Dependendo do contexto, a 
tecnologia pode ser: 
 As ferramentas e as máquinas que ajudam a resolver problemas; 
 As técnicas, conhecimentos, métodos, materiais, ferramentas e 
processos usados para resolver problemas ou ao menos facilitar a 
solução dos mesmos; 
 Um método ou processo de construção e trabalho (tal como a tecnologia 
de manufatura, a tecnologia de infraestrutura ou a tecnologia espacial); 
 A aplicação de recursos para a resolução de problemas; 
 O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de 
conhecimento científico, matemático e técnico de uma determinada 
cultura; 
 Na economia, a tecnologia é o estado atual de nosso conhecimento de 
como combinar recursos para produzir produtos desejados (e nosso 
conhecimento do que pode ser produzido); 
 A tecnologia, de uma forma geral, é o encontro entre a Ciência e a 
Engenharia. Sendo um termo que inclui desde as ferramentas e 
processos simples, tais como: uma colher de madeira e a fermentação 
da uva respectivamente, até as ferramentas e processos mais 
complexos já criados pelo ser humano, tal como a Estação Espacial 
Internacional e a dessalinização da água do mar respectivamente. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega_antiga
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferramentas
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quinas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_de_manufatura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_de_manufatura
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Tecnologia_de_infra-estrutura&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia_espacial
http://pt.wikipedia.org/wiki/Conhecimento_cient%C3%ADfico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Colher
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fermenta%C3%A7%C3%A3o_da_uva&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fermenta%C3%A7%C3%A3o_da_uva&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Espacial_Internacional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Esta%C3%A7%C3%A3o_Espacial_Internacional
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dessaliniza%C3%A7%C3%A3o
 
8 
 
Frequentemente, a tecnologia entra em conflito com algumas 
preocupações naturais de nossa sociedade, como o desemprego, a 
poluição e outras muitas questões ecológicas, filosóficas e sociológicas. 
 
Tópico II – Conhecendo a História da Tecnologia 
O texto encontrado na wikipedia.org, sobre tecnologia, nos esclarece que a 
história da tecnologia é quase tão antiga quanto a história da humanidade, e se 
segue desde quando os seres humanos começaram a usar ferramentas de 
caça e de proteção. A história da tecnologia tem, consequentemente, embutida 
a cronologia do uso dos recursos naturais, porque, para serem criadas, todas 
as ferramentas necessitaram, antes de qualquer coisa, do uso de um recurso 
natural adequado. A história da tecnologia segue uma progressão das 
ferramentas simples e das fontes de energia simples às ferramentas complexas 
e às fontes de energia complexas. 
As tecnologias mais antigas converteram recursos naturais em ferramentas 
simples. Os processos mais antigos, tais como arte rupestre e a raspagem das 
pedras, e as ferramentas mais antigas, tais como a pedra lascada e a roda, são 
meios simples para a conversão de materiais brutos e "crus" em produtos úteis. 
Os antropólogos descobriram muitas casas e ferramentas humanas feitas 
diretamente a partir dos recursos naturais. 
A descoberta e o consequente uso do fogo foi um ponto chave na evolução 
tecnológica do homem, permitindo um melhor aproveitamento dos alimentos e 
o aproveitamento dos recursos naturais que necessitam do calor para serem 
úteis. A madeira e o carvão vegetal estão entre os primeiros materiais usados 
como combustível. A madeira, a argila e a rocha (tal como a pedra calcária) 
estavam entre os materiais mais adiantados a serem tratados pelo fogo, para 
fazer as armas, cerâmica, tijolos e cimento, entre outros materiais. As 
melhorias continuaram com a fornalha, que permitiu a habilidade de derreter e 
forjar o metal (tal como o cobre, 8000 AC.), e eventualmente a descoberta das 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desemprego
http://pt.wikipedia.org/wiki/Polui%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sociologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_tecnologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Recurso_natural
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Fontes_de_energia&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arte_rupestre
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pedra_lascada&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roda
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antropologia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fogo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Calor
http://pt.wikipedia.org/wiki/Madeira_%28material%29
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Carv%C3%A3o_de_lenha&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADvelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Argila
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedra_calc%C3%A1ria
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oitavo_mil%C3%A9nio_a.C.
 
9 
 
ligas, tais como o bronze (4000 a.C.). Os primeiros usos do ferro e do aço 
datam de 1400 a.C.. 
A maior parte das novidades tecnológicas costuma ser primeiramente 
empregada na Engenharia, na Medicina, na Informática e no ramo militar. Com 
isso, o público doméstico acaba sendo o último a se beneficiar da alta 
tecnologia, já que ferramentas complexas requerem uma manufatura 
complexa, aumentando drasticamente o preço final do produto. 
Nos tempos atuais, os denominados sistemas digitais tem ganhado cada vez 
mais espaço entre as inovações tecnológicas. Grande parte dos instrumentos 
tecnológicos de hoje envolvem sistemas digitais, principalmente no caso dos 
computadores. 
 
TÓPICO III - O Crescimento das Novas Tecnologias 
As novas tecnologias principalmente as de informação e comunicação, estão 
redefinindo qualitativa e quantitativamente a informação da sociedade. Sua 
economia, sua estrutura de poder, sua interação com a natureza, seus hábitos 
e gostos e a maneira como ela se vê. Pode-se pensar que toda nossa cultura 
está em processo de redefinição, pois já não somos mais oriundos de uma 
sociedade agrícola, as novas tecnologias nos transformaram em uma 
sociedade de ÁTOMOS e de BITS nos envolvendo numa cultura envolvente e 
complexa, que se pode chamar de cultura criativa digital. 
Toda essa redefinição é acompanhada de dois fenômenos importantes: 
1. O primeiro é uma revolução nos meios pelos quais a sociedade usa o 
seu tempo. No passado, as pessoas se entretinham uma as outras 
diretamente, depois passaram a usar a escrita, depois o rádio, depois a 
televisão seguida da internet. Hoje, as pessoas criam e/ou usam seus 
bens e meios digitais crescentemente convergentes para entreterem 
diretamente uma as outras numa escala global. 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bronze
http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarto_mil%C3%A9nio_a.C.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro
http://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_mil%C3%A9nio_a.C.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Engenharia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inform%C3%A1tica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Circuito_digital
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hardware
 
10 
 
2. O segundo é uma mudança no balanço do poder entre aqueles que 
detêm os meios de fazer o tempo passar, entre aqueles que tentam 
definir seu próprio tempo e fazer valer o seu próprio gosto, ou seja, nós 
produzimos, publicamos, reinventamos e compartilhamos mídia pessoal. 
Nós fazemos nossos próprios filmes, nós criamos fotos digitais, 
animação, sites de noticiais, hiperficção e álbuns de fotografias. 
Programamos nossos gravadores de vídeo pessoal, de modo que 
possamos assistir a programação das redes, não nos horários deles, mas 
nos nossos horários. Ouvimos web-rádio ou estações de satélite que 
interessam aos nossos gostos. Baixamos música na internet para nossos 
tocadores de mp3, mp4, etc. e montamos a seleção de música para os 
nossos próprios CDs. Nós fazemos nossa própria mídia. Em muitos casos, 
nós somos a nossa própria mídia. 
A revolução digital afeta todas as dimensões da vida na sociedade. A revista 
VEJA TECNOLOGIA, Especial de Natal, Dezembro de 2007, cita as 10 
tecnologias que estão mudando o mundo. Diz ainda, que elas transformam o 
formato e o uso dos eletrônicos. 
Pode-se pensar, então, que os indivíduos têm produzido seu próprio conteúdo 
desde que os homens e mulheres das cavernas começavam a pintar em 
paredes. Mas, uma vez podendo fazer isso em forma digital, o poder das ideias 
será dominante nos mundos das diversas empresas e instituições. 
Acredita-se que quanto mais profissionais do conhecimento um país tiver, com 
capacidade de produzir seus próprios conteúdos e inovações em formato 
digital, mais produtiva a sua economia e, em consequência, mais poderoso o 
país será. 
Esse processo de produção de conhecimento, de informação na era digital vem 
despertado o interesse no mundo inteiro. Verificou-se que no ano de 2000 a 
empresa EMC contratou o Professor HALVARIAM, um economista de 
reconhecimento internacional, para responder a uma única pergunta: 
 
11 
 
Quanta Informação se Produz no Mundo? 
Com base numa metodologia inédita e uma equipe multidisciplinar, o professor 
chegou a vários resultados: 
 “Desde tempos imemoriais é possível “computar” que a humanidade 
deva ter produzido cerca de 57 bilhões de gigabytes.” 
 “Nos tempos atuais a produção de informação mundial já nasce 
predominantemente digital.” 
 “A quantidade de informação nova que vem sendo criada duplica a cada 
ano.” 
Bom, se considerarmos que a produção anual é da ordem de 2 a 3 bilhões de 
gigabytes de informação, então, segundo a metodologia do professor, entre os 
anos de 2002 e 2003 produzimos mais informação no mundo do que quase 
toda a história da humanidade. 
Segundo essa metodologia, pode-se afirmar que em 2004 se gerou 48 bilhões 
de gigabytes de informação e em 2005 gerou-se 95 bilhões de gigabytes, o que 
representa um verdadeiro oceano de informações, segundo o professor. 
 
 
Como a Educação vem respondendo aos novos desafios sociais criados 
pela informática? 
Qual a importância desses conhecimentos e porque incentivá-los? 
 
 
 
12 
 
UNIDADE 2 
OBJETIVO: conhecer a evolução da proposta educacional através dos tempos. 
TECNOLOGIA, HISTÓRIA E PROPOSTAS 
Tópico I – A História da Educação antes das Novas Tecnologias 
Partindo do pressuposto de que a Educação só pode ser compreendida dentro 
de um contexto histórico, podemos nos recordar brevemente da sua história. 
Vejamos algumas características da proposta educacional de cada época. 
Sociedades Tribais: Educação difusa – nas comunidades tribais, as crianças 
aprendiam imitando os gestos dos adultos nas atividades diárias e nas 
cerimônias dos rituais; 
Antiguidade oriental: Educação tradicionalista – as preocupações com a 
educação permeavam os livros sagrados, que ofereciam regras, ideias de 
conduta e orientação para o enquadramento das pessoas nos rígidos sistemas 
religiosos e morais; 
Antiguidade grega: Educação integral – para Platão, a Educação é o 
instrumento para desenvolver no homem tudo o que implica em sua 
participação na realidade ideal, embora asfixiada por sua existência empírica. 
Também, segundo Aristóteles, a Educação é um processo que auxilia a 
passagem da potência para o ato, pela qual atualizamos a forma humana; 
Antiguidade romana: Educação humanista – os educadores buscavam formar o 
homem racional, capaz de pensar corretamente e se expressar 
convincentemente; 
Idade Média: formação do homem de fé – a Educação surge como instrumento 
para um fim maior, a salvação da alma e vida eterna. Predominava a visão 
teocêntrica, a de Deus como fundamento de toda a ação pedagógica e 
finalidade da formação do cristão; 
 
13 
 
Renascimento: humanismo e reforma – esta sociedade embora rejeitasse a 
autoridade dogmática da cultura eclesiástica medieval, manteve-se ainda 
fortemente hierarquizada: exclui dos propósitos educacionais a grande massa 
popular; 
Idade Moderna: a pedagogia realista – esta contraria a Educação antiga, 
excessivamente formal e retórica. Prefere o rigor das ciências da natureza e 
busca superar a tendência literária e estética própria do humanismo 
renascentista. Considerando que a Educação deve partir da compreensão das 
coisas e não das palavras, a pedagogia moderna exigirá outra didática; 
Século das luzes: o ideal liberal de Educação: expressa no pensamento 
controvertido de Rousseau, anseios que animarão as reflexões pedagógicas no 
período subsequente. Atacando o ideal de pessoa ―bem sucedida‖, de cortesão 
ou de ―homem gentil‖. Rousseau propõe o desenvolvimento livre e espontâneo, 
respeitando a existência concreta da criança. Opensamento de Kant também 
se insere no movimento de crítica à Educação dogmática. Para ele, as leis são: 
inflexíveis e universais, da razão pura e da razão prática, que constroem o 
conhecimento e a lei moral, o que significa a valorização definitiva do sujeito 
universal, não individual; 
Século XIX: a Educação nacional - o fenômeno da urbanização acelerada, 
decorrente do capitalismo industrial, cria forte expectativa com respeito à 
Educação, pois a complexidade do trabalho exige qualificação da mão de obra. 
Ao lado da expansão da rede escolar, outro objetivo dos educadores do século 
XIX é formar a consciência nacional e patriótica do cidadão; 
Século XX: a Educação para a democracia - este período foi marcado por 
transformações intensas na economia, na política e na moral. As promessas 
feitas no século XIX para a escola pública, única e universal não foram 
cumpridas. O modelo da escola tradicional passou por diversas críticas desde a 
Escola Nova até a chegada do Construtivismo. 
 
 
14 
 
Tópico II: A Educação no Terceiro Milênio 
Metade do Século XX até os dias atuais: Tecnologia a serviço do ensino. 
Desde século XX a Ciência e a Tecnologia vêm transformando rapidamente os 
usos e costumes das pessoas. Dentre as diversas conquistas tecnológicas 
destacamos a comunicação eletrônica. 
A internet subverte o espaço e o tempo, do homem contemporâneo, 
aproximando os povos e alterando a maneira de pensar e trabalhar. 
Educadores alertam para que os novos recursos, como o computador, a 
televisão, o cinema e os vídeos não sejam usados apenas como instrumentos, 
mas se tornem capazes de desencadear transformações estruturais na velha 
escola. 
A nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases) de nº. 9394/1996 valoriza em todo o 
seu contexto a Tecnologia a serviço do ensino, conforme pode ser observado 
em cada etapa de ensino: 
A ―Educação Infantil, primeira etapa da Educação 
básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral 
da criança até seis anos de idade, em seus aspectos 
físico, psicológico, intelectual e social, complementando 
a ação da família e da comunidade.‖ [LDB art. 29 e 30] 
A LDB em seu Art. 32 afirma que "O Ensino 
Fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos, 
gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos 
de idade, terá por objetivo a formação básica do 
cidadão, mediante: II - a compreensão do ambiente 
natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em 
que se fundamenta a sociedade; (Redação dada pela Lei nº. 11.274, de 2006)‖. 
Para o Ensino Médio a mesma lei em seu artigo. 35 estabeleceu que a 
formação básica para o trabalho, defendida como necessária para se 
compreender a tecnologia e a produção, tem como propósito, preparar os 
http://www.presidencia.gov.br/legislacao/leis/
 
15 
 
jovens para a realidade contemporânea. A proposta pedagógica do ensino 
médio deve tomar como contexto o mundo do trabalho e o exercício da 
cidadania, considerando-se: a) os processos produtivos de bens, serviços e 
conhecimentos com os quais o aluno se relaciona no seu dia a dia, bem como 
os processos com os quais se relacionará mais sistematicamente na sua 
formação profissional e b) a relação entre teoria e prática, entendendo como a 
prática os processos produtivos, e como teoria, seus fundamentos científico-
tecnológicos.‖ 
No site da Secretaria da Educação Profissional e Tecnológica, do MEC o tópico 
―Apresentação‖, em seu segundo parágrafo afirma que: ―Os desafios estão 
relacionados aos avanços tecnológicos e às novas expectativas das empresas 
que agora enfrentam mercados globalizados, extremamente competitivos. Com 
isso, surgem também novas exigências em relação ao desempenho dos 
profissionais.‖ 
Estando a informática presente na vida de todos, queremos realçar que mesmo 
aqueles que não têm acesso a um computador têm conhecimento desse 
recurso através da televisão, tendo a informação da sua importância no 
contexto do mundo, portanto é quase inviável um projeto pedagógico não 
articulado com as novas tecnologias. 
Em consequência, para a escola atender as exigências preconizadas pelo 
Ministério da Educação para as quatro modalidades de ensino o primeiro 
destaque é para a gestão escolar. Para NETTO, (2005), “Não restam dúvidas 
de que os controles centralizados terão que ser substituídos por formas de 
administrar mais flexíveis, requerendo, para tanto, maior autonomia de seus 
membros, especialmente dos professores. Isso significa que os professores 
serão também gestores desse processo educativo. Portanto, o seu trabalho 
não poderá mais ser concebido isoladamente, mas, sim, em conjunto com os 
colegas e a partir de propostas mais amplas que extrapolem os limites de uma 
disciplina ou de uma sala de aula. Nesse sentido, a gestão da escola deve 
estar voltada para facilitar os processos de aprendizagem, não só dos alunos, 
 
16 
 
mas de todos os seus membros aprimorando constantemente os mecanismos 
de gestão e de ensino-aprendizagem.” 
Faz-se necessário que a escola consiga sensibilizar seus profissionais antes de 
começar a elaboração e aplicação do projeto tecnológico para que não haja 
uma rejeição e sim um interesse e envolvimento para que se possa ter a 
prática do projeto integrado. 
A abordagem holística do conhecimento nos tempos atuais supõe a superação 
das disciplinas fragmentada, por meio da exigência de uma complementaridade 
entre as áreas do saber, daí a proposta que, para a implantação do projeto 
tecnológico, deve-se ter como referencial a visão Interdisciplinar, pois se torna 
necessário promover atividades de desafio de forma agradável. A metodologia 
tecnológica deve ser adaptada caso haja algum aluno que não consiga 
acompanhá-la. O importante é adaptar o currículo pedagógico ao ambiente 
tecnológico. 
Do ponto de vista de NETO (2005) “A criação de projetos interdisciplinares 
propicia um deslocamento da ênfase do objeto – o computador – para projeto 
usando o ambiente cognitivo e a rede de relações humanas que se deseja 
instituir, o que pode ser facilitado pela consideração da cognição como prática 
inventiva. Essa prática inventiva estende, por sua vez, a ênfase do processo à 
coletividade. Alunos e professores participam ativamente de um processo 
contínuo de motivação, colaboração, investigação, reflexão, desenvolvimento 
do senso crítico e da criatividade, da descoberta e da reinvenção”. 
O autor diz que projeto interdisciplinar “É a superação tanto da perspectiva 
instrucionista como da empirista ou experimental, a partir da resolução de 
problemas que surgem no contexto social, que faz uso de ferramentas culturais 
como elementos de transformação social. Os problemas ou projetos trazem 
embutidos conceitos de distintas áreas inter-relacionadas numa situação real e 
singular, que ignora compartimentalização do conhecimento.” 
Escreve que “A Interdisciplinaridade se concretiza pela integração entre as 
disciplinas e o diálogo que se estabelece entre os sujeitos envolvidos nas 
 
17 
 
ações encadeadas pelos projetos e desenvolve a identidade às disciplinas, 
fortalecendo-as. Essa atitude revela-se pelo reconhecimento. Este mesmo ciclo 
é responsável pela dúvida e o questionamento diante das ações e a busca da 
totalidade pelo manipulador do computador que é levado a construir suas 
próprias ideias”. 
Não nos restam dúvidas que a interdisciplinaridade é um desafio na construção 
e aplicação do projeto pedagógico, cuja grande aliada é a tecnologia 
educacional. É uma combinação entre fatores filosóficos práticos e teóricos que 
são tratados e pré-definidos com a equipe pedagógica. 
 
 
 
 
 
18 
 
UNIDADE 3 
OBJETIVO: Conceituar metodologia e tecnologia para o entendimento das 
novas tecnologias. 
Metodologia e Tecnologia: Definições e Aplicações na Educação. 
Tópico I – Introdução 
Para entendermos o que vamos estudar, vamos procurar conhecera origem 
das palavras chaves da nossa disciplina: 
Método e Técnicas no Uso de Novas Tecnologias. 
A palavra método vem do latim, methodus que, tem origem no grego, nas 
palavras (meta = meta) e hodos (hodos = caminho). Pode-se, então, entender 
que método quer dizer caminho para se alcançar os objetivos estipulados em 
um planejamento de ensino, ou caminho para se chegar a um fim. 
 A palavra técnica é a substantivação do adjetivo técnico, cuja origem, por 
intermédio do grego, está na palavra techniicu, e, no latim a palavra technicus, 
que quer dizer relativo à arte ou conjunto de processos de uma arte ou de uma 
fabricação. Portanto, podemos entender que técnica quer dizer como fazer 
algo. 
Sendo assim, método indica caminho e técnica mostra como percorrê-lo e 
representam a maneira de conduzir o pensamento e as ações para atingirmos 
nossa meta preestabelecida. 
A palavra tecnologia refere-se ao conjunto de conhecimentos, especialmente 
princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de atividade; o 
vocabulário peculiar de uma ciência (AURÉLIO, 1a edição). 
Podemos verificar que as palavras técnica e tecnologia têm sua raiz no verbo 
grego tictein, que significa criar, produzir. Para os gregos, a téchne era o 
 
19 
 
conhecimento prático que visava a um fim concreto e, combinada com logos 
(palavra, fala), diferenciava um simples fazer de um fazer com raciocínio. 
Vejamos um exemplo 
 
Uma professora de um colégio x ensinava seus alunos, do 
Ensino Fundamental, tabuada. Sua metodologia era fazer 
com que os alunos repetissem o que ela ia ditando do 
quadro e os alunos sentados, em fileiras, em suas carteiras 
iam repetindo o que a ela escreveu no quadro: 
 
Tabuadas,, 
1 2 3 4 5 
1x1 = 1 
1x2 = 2 
1x3 = 3 
1x4 = 4 
1x5 = 5 
1x6 = 6 
1x7 = 7 
1x8 = 8 
1x9 = 9 
1x10 = 10 
2x1 = 2 
2x2 = 4 
2x3 = 6 
2x4 = 8 
2x5 = 10 
2x6 = 12 
2x7 = 14 
2x8 = 16 
2x9 = 18 
2x10 = 20 
3x1 = 3 
3x2 = 6 
3x3 = 9 
3x4 = 12 
3x5 = 15 
3x6 = 18 
3x7 = 21 
3x8 = 24 
3x9 = 27 
3x10 = 30 
4x1 = 4 
4x2 = 8 
4x3 = 12 
4x4 = 16 
4x5 = 20 
4x6 = 24 
4x7 = 28 
4x8 = 32 
4x9 = 36 
4x10 = 40 
5x1 = 5 
5x2 = 10 
5x3 = 15 
5x4 = 20 
5x5 = 25 
5x6 = 30 
5x7 = 35 
5x8 = 40 
5x9 = 45 
5x10 = 50 
6 7 8 9 10 
 
20 
 
6x1 = 6 
6x2 = 12 
6x3 = 18 
6x4 = 24 
6x5 = 30 
6x6 = 36 
6x7 = 42 
6x8 = 48 
6x9 = 54 
6x10 = 60 
7x1 = 7 
7x2 = 14 
7x3 = 21 
7x4 = 28 
7x5 = 35 
7x6 = 42 
7x7 = 49 
7x8 = 56 
7x9 = 63 
7x10 = 70 
8x1 = 8 
8x2 = 16 
8x3 = 24 
8x4 = 32 
8x5 = 40 
8x6 = 48 
8x7 = 56 
8x8 = 64 
8x9 = 72 
8x10 = 80 
9x1 = 9 
9x2 = 18 
9x3 = 27 
9x4 = 36 
9x5 = 45 
9x6 = 54 
9x7 = 63 
9x8 = 72 
9x9 = 81 
9x10 = 90 
10x1 = 10 
10x2 = 20 
10x3 = 30 
10x4 = 40 
10x5 = 50 
10x6 = 60 
10x7 = 70 
10x8 = 80 
10x9 = 90 
10x10 = 100 
 
Um dia, o diretor escola entrou na sala e disse: 
 “Prezada Professora e com satisfação que lhe informo que a sua 
escola será moderna, faremos uma transformação, professora. 
Vamos instalar novos equipamentos para permitir que a escola 
seja moderna, ou seja, uma escola do futuro. As novas 
tecnologias podem proporcionar uma Educação por excelência. 
Você não continuará dando aula com tabuada antiga; vai poder 
utilizar ferramentas modernas”. 
Uma semana depois, conforme combinado, com a chegada das novas 
tecnologias na escola, os alunos receberam um computador para cada um e a 
professora recebeu: data show, televisão, etc. A professora, então, adaptou as 
novas tecnologias da seguinte forma: projetou a antiga tabuada, usando o Data 
Show, e os alunos, simplesmente recitavam a tabuada como faziam antes! 
 
 
 
 
 
21 
 
Tópico II – Metodologia de Ensino 
Para entendermos este conceito, NÉRICE (1981), escreve que: ―Metodologia 
do ensino nada mais é do que o conjunto de procedimentos didáticos, 
expressos pelos métodos e técnicas de ensino, que visam levar a bom termo a 
ação didática, que é: alcançar os objetivos do ensino e, consequentemente, os 
da Educação, com o mínimo de esforço e o máximo de rendimento, para tanto 
a metodologia do ensino deve: 
 ser encarada como um meio e não como um fim pelo que deve haver, 
por parte do professor, disposição para alterá-la, sempre que sua crítica 
sobre a mesma o sugerir. Assim não se deve ficar escravizado à 
mesma, como se fosse algo sagrado, definitivo, imutável. 
 deve conduzir o educando à autoeducação, à autonomia, à 
emancipação intelectual, isto é, deve levá-lo a andar com as suas 
próprias pernas e a pensar com sua própria cabeça. 
 tem por objetivo dirigir a aprendizagem do educando para que este 
incorpore em seu comportamento aquelas normas, atitudes e valores 
que o tornem um autêntico cidadão participante e voltado para o 
crescente respeito ao próprio homem‖. 
 
Tópico III: Métodos e Técnicas de Ensino 
Acredito que um de nós deve ter ouvido a seguinte frase: 
Fulano usou como técnica o método expositivo, mas faltou-lhe 
técnica na demonstração. 
Nérice, diz, que método, em seu desenvolvimento pode lançar mão de uma 
série de técnicas para efetivação dos objetivos que o mesmo tem em mira. 
Método de ensino é mais amplo do que técnica de ensino. A técnica é mais 
adstrita à orientação da aprendizagem em setores específicos, ao passo que 
método indica aspectos mais gerais de ação didática. 
 
22 
 
Para o autor um método de ensino, para alcançar os seus objetivos, precisa 
lançar mão de uma ou ais técnicas. O método de ensino se efetiva por meio 
das técnicas. Em suma todo o método ou técnica de ensino, 
fundamentalmente, deve efetivar-se por meio da atividade do educando, 
fazendo com que este, de modo geral, seja agente da sua própria 
aprendizagem, e não um simples receptor de dados e de normas elaborados 
por outrem. Métodos e técnicas de ensino devem conduzir o educando a 
observar, criticar, pesquisar, julgar, concluir, correlacionar, diferenciar, 
sintetizar, conceituar e refletir. 
Acesse o primeiro vídeo Metodologia ou Tecnologia no site: 
http://www.youtube.com/results?search_query=Metodologia+ou+Tecnologia&s
earch_type= 
 
Observando a história da professora vimos Tecnologia ou Metodologia? 
De que serve a Tecnologia se o método antigo for mantido? 
O que é método de ensino? 
Existem diferenças entre métodos e técnicas de ensino? Em caso 
afirmativo, quais são? 
O que você acha que faltou na aula da professora diante das novas 
tecnologias anunciada pelo Diretor, método ou técnica? 
 
 
 
23 
 
UNIDADE 4 
OBJETIVO: Conceituar metodologia e tecnologia para o entendimento das 
novas tecnologias. 
A Tecnologia nas Atividades Educacionais 
Tópico I – Implantação do Uso de Tecnologias Educacionais na Escola. 
A primeira referência à tecnologia educativa são os cursos projetados para 
especialistas militares, com recursos audiovisuais, durante a II Guerra Mundial. 
Como campo de estudo, ela aparece, no mesmo período, como a disciplina 
Educação Audiovisual da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. Essa 
identificação de tecnologia educacional com os recursos audiovisuais e o 
desenvolvimento dessa disciplina em instituições de ensino superior marcaram 
suas características, até os dias atuais. 
O desenvolvimento dos meios de comunicação de massa, nos anos 60, 
revolucionou o mundo e também a Educação. Se até então existia a primazia 
do estudo dos meios sobre o processo ensino-aprendizagem, essa revolução 
eletrônica acrescentou a essa discussão uma revisão profunda dos conceitos 
de comunicação usados até então. A implementação da informática, nos anos 
70, consolidou sua utilização na Educação. A partir do aparecimento dos 
computadores pessoais, aumentaram as possibilidades do chamado ―ensino 
individualizado‖, diante de programas baseados em modelos 
comportamentalistas de aprendizagem, que assumiram os conceitos do ensino 
programado e das máquinasde ensinar. 
O constante e acelerado desenvolvimento das ―novas tecnologias da 
informação e da comunicação‖, a partir dos anos 80, trouxe novas opções de 
equipamentos projetados para armazenar, processar e transmitir informações, 
de modo cada vez mais rápido e a custos mais reduzidos, ampliando 
infinitamente suas possibilidades de utilização. No entanto, a melhoria 
automática do sistema educacional pela inclusão dos meios tecnológicos não 
 
24 
 
era comprovada efetivamente, mesmo diante de tantas novidades tecnológicas. 
Os meios, por si só, não podem, nem devem, constituir o único campo de 
atuação e pesquisa da tecnologia educacional. É necessário levar em 
consideração a política de elaboração e difusão desses recursos, suas 
finalidades éticas, sua natureza e suas possibilidades de uso na Educação. 
As questões envolvidas na implantação do uso de tecnologias educacionais 
estão voltadas para ações com desafio e proporcionar mudanças. Os 3 
aspectos que estão em grande observação para implantar a informática na 
educação, são: 
1. favorecer o raciocínio lógico; 
2. favorecer o raciocínio cognitivo; 
3. favorecer a motivação. 
Segundo Gadotti (1985), é necessário preparar propostas alternativas para a 
Educação construir passo a passo a ―Nova Educação‖ junto com a construção 
de uma nova sociedade. 
O recurso da robótica educativa é uma expansão do ambiente LOGO, que é 
um método científico onde maquetes são construídas e utilizadas por 
computadores. 
Segundo Piaget, as funções essenciais da inteligência consistem em 
compreender e inventar, ou seja, construir algo baseado no real. 
Analisando seu ponto de vista, é essencial para a formação da inteligência, 
possibilitar a criança agir sobre objetos e descobrir suas propriedades. Na 
escola, o aluno passa a construir seu conhecimento através de suas 
observações e Papert completa, afirmando que: para a criança é muito mais 
importante aquilo que é aprendido pelo esforço próprio, tem maior significado. 
A atividade proposta deve ser apresentada de forma lúdica, desafiante e 
criativa. 
 
 
25 
 
 
Tópico II – Práticas Avaliativas com o Uso de Novas Tecnologias 
Nem sempre avaliar é dar uma nota. Em um trabalho com ―formas‖ 
diferenciadas, devem ser observados os aspectos, tanto individual quanto em 
grupo. Não se avalia certo ou errado e sim quanto se consegue desenvolver 
em uma atividade proposta. 
As decisões referentes à forma da avaliação e aos aspectos privilegiados 
dependem de quem avalia. Quem tem o direito de avaliar? Quem tem o poder 
de decidir? Essa é uma questão que perpassa por todos os contextos em que 
ocorrem práticas avaliativas. Normalmente o processo avaliativo fica restrito a 
um pequeno grupo responsável pelo acompanhamento, pelo controle e pela 
tomada de decisões. Na maioria das vezes, os profissionais envolvidos nas 
etapas de produção, execução e, até mesmo, planejamento não possuem as 
informações necessárias para emitir um posicionamento, efetuar escolhas ou 
tomar decisões quanto ao seu próprio trabalho. É claro que à medida que 
socializamos as informações, também, socializamos as responsabilidades e 
negociamos os limites 
Dependendo da intenção que se tem em ampliar, ou não, a participação dos 
sujeitos envolvidos no processo de avaliação, é possível utilizar as seguintes 
estratégias de avaliação: autoavaliação pelos produtores; consulta a 
especialistas; e avaliação pelos usuários, dependendo da intenção que se tem 
em ampliar, ou não, a participação dos sujeitos envolvidos no processo de 
avaliação. E, como técnicas: podemos utilizar questionários, entrevistas 
individuais ou em grupo, gravação em vídeo das condutas dos estudantes ante 
o material, escalas de atitudes e reações ou diferencial semântico e grupos de 
discussão. 
A escolha do tipo de avaliação a ser adotado; dos aspectos e técnicas 
enfocados, assim como dos sujeitos envolvidos, depende, antes de tudo, do 
que pretendemos com a avaliação, inclusive do uso que faremos dela. É 
possível combinar uma série de aspectos e técnicas em função da natureza de 
 
26 
 
cada material, assim como é possível envolver diferentes sujeitos no processo 
de avaliação para ampliar a percepção que se tem do trabalho a ser 
desenvolvido. 
Citamos como exemplo o uso de um software por uma turma de crianças de 
faixa etária entre 2 a 3 anos. 
. Proposta: Utilizar uma rotina onde será trabalhada a identificação de objetos. 
Objetivo(s): Percepção visual, coordenação motora, estudo de linguagem, uso 
do mouse. 
Resultado: Será computado em valor de porcentagem, em uma escala, pré-
definida para o exercício, e registrado para acompanhamento. Não podemos 
esquecer que, a rotina deverá ser repetida até atingir o número de avaliações 
definidas para aquele período. As atividades devem ser diferentes. 
Resultado final: Feita a coleta dos resultados, com suas respectivas datas, 
monta-se o gráfico de análise do desenvolvimento operacional. 
Segundo Boole, a lógica é adquirida através do desenvolvimento do raciocínio. 
A cada período é gerado um resultado final onde passamos a chamá-lo de 
semifinal e, ao término do ciclo, o resultado final. Esta técnica descrita é fruto 
de um trabalho realizado em pesquisas de sala de aula no período de 
educação infantil. Sabe-se que o resultado final de cada ciclo forma um gráfico 
de observação clara para outras análises, mesmo porque o importante não é 
perguntar para que usar recursos tecnológicos na Educação e sim, observar 
seus efeitos gradativos. Seu uso tem como finalidade destruir obstáculos e 
provocar um avanço, com maior liberdade, tornando agradável a busca da 
construção do conhecimento. 
 
27 
 
Intervenção psicopedagógica na escola, com uso de tecnologias 
Facilitação da construção do conhecimento 
 desenvolvimento do raciocínio lógico; 
 desenvolvimento da sequência lógico-temporal; 
 aumento da flexibilidade do pensamento; 
 aumento da organização na realização de tarefas; 
 possibilidade de lidar com diferentes exigências temporais; 
 possibilidades de lidar com os próprios erros de forma produtiva: 
 Estimulo à curiosidade (exploração do novo); 
Desenvolvimento da Imaginação / criatividade; 
 Fortalecimento da autonomia. 
 Tomada de decisões, escolha mais rápidas. 
 “Melhoria” da autoestima; 
Desenvolvimento da leitura informativa. 
 
Os dados de evolução obtidos com as aplicações do uso de tecnologias terão 
que ser acompanhados durante o processo de aplicação. O professor observa 
se a criança está acompanhando o planejamento de forma individual e em 
grupo. Esta observação não é feita através de um determinado grau obtido e 
sim do acompanhamento na execução das tarefas propostas. O ambiente 
proposto não pode ser de uma sala de aula e sim em um lugar de desafios. 
Para revelar conhecimentos que tenham sido construídos ou que estejam em 
construção. 
Privilegiar o desenvolvimento de estratégias de avaliação, desde a etapa do 
planejamento, implica o acompanhamento de todo o sistema proposto, tendo 
em vista o processo de aquisição do conhecimento pelo aluno e não apenas o 
seu produto final. Essa concepção justifica a inclusão de avaliações parciais 
que permitam a adequação do sistema proposto às dificuldades de 
aprendizagens dos alunos, identificadas pelos tutores de aprendizagem ou 
durante os encontros presenciais e virtuais previstos. Essa concepção supõe, 
assim, a existência de práticas avaliativas ao longo do processo que permitam 
os reajustes necessários do sistema e que atuem como instrumento de 
intervenção didática, de regulação das aprendizagens, indo além da mera 
classificação dos resultados finais do curso. 
 
28 
 
UNIDADE 5 
Objetivo: saber utilizar os recursos tecnológicos como um importante aliado 
para aprendizagem. 
RecursosTecnológicos e Aprendizagem 
Tópico I – O Professor como Primeiro Recurso 
Fala-se que a tecnologia educacional é uma revolução implacável e 
inarredável; que os desenvolvimentos futuros superarão os mais audaciosos 
esboços da imaginação. Estes pensamentos, muitas vezes, fazem com que os 
educadores se sintam assustados e incertos. Entretanto RECURSOS ―são 
componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem à estimulação 
para o aluno‖. 
Esses recursos começam pelo professor, que de acordo com NÓVEA (1998), 
cada professor tem sua própria maneira de organizar sua aula, de se 
movimentar na sala, de se dirigir aos alunos, de utilizar os meios pedagógicos; 
uma maneira que constitui quase uma ―segunda pele profissional 
II - Materiais impressos, os livros, enciclopédias, apostilas e cadernos: recursos 
dominantes. 
Outros recursos são: os materiais impressos – os livros, enciclopédias, 
apostilas, folhas e cadernos de atividades, que representam a tecnologia 
dominante da maioria das aulas, ainda hoje. Muitas vezes, eles são os únicos 
recursos disponíveis nas mãos dos alunos para que eles e seus 
professores/tutores possam buscar, rever ou aprofundar os conteúdos 
trabalhados. Não podemos pensar em Educação sistematizada, seja presencial 
ou a distância, sem associá-la ao uso de material impresso. 
O livro, enquanto objeto de produção e de compreensão, é insubstituível, 
simplesmente porque a leitura não tem substituição. Quando falamos em 
―livro‖, não estamos nos referindo apenas à sua forma em papel, mas também 
 
29 
 
às possibilidades eletrônicas que começam a ser produzidas. Mesmo assim, 
considerando as possibilidades de acesso da maioria da população mundial a 
esses recursos, que exigem uma sofisticada tecnologia, entendemos que o 
“velho” objeto livro, que pode ser transportado para qualquer lugar e que 
dispensa energia para funcionar, ainda será útil por muitas gerações. 
Tópico III – Recursos visuais e auditivos 
Recursos Visuais: 
 Projeções (Data show, Retroprojetor); 
 Cartazes; 
 Gravuras; 
Recursos Auditivos: 
 Rádio; 
 Gravações. 
O rádio foi um instrumento educativo muito utilizado nos anos 60/70 e ainda 
hoje é forte sua influência nos lares do interior do país. Quem não se lembra do 
alcance nacional do Projeto Minerva, do MEB e do Projeto Saci? Ainda hoje, é 
significativa a força que têm as campanhas informais educativas, transmitidas 
também pelas estações comerciais e comunitárias. 
O desenvolvimento dos DVDs, dos CDs e dos gravadores desses; do rádio 
acessível no correio eletrônico, dos blogs, Mp4, etc., que permitem a gravação 
de programas e sua apropriação por parte do ouvinte, trouxe outras boas 
possibilidades de utilização do áudio na Educação. Com o gravador de 
audiocassete, a pessoa pode usar o material em função de seus interesses e 
possibilidades, ampliando sua utilização em projetos de tutoria e podendo 
voltar o texto, para ouvi-lo novamente, ou antecipar trechos já conhecidos. 
 
 
 
30 
 
Tópico IV – Recursos audiovisuais 
Recursos audiovisuais: 
 Cinema (vídeo); 
 Televisão; 
 Computador. 
O vídeo pode aproximar o conteúdo didático do cotidiano dos alunos se, para 
sua escolha, forem considerados seus interesses e necessidades. Ele pode 
atrair os alunos quando possui uma narrativa significativa para eles, apesar de 
não modificar por si só a relação pedagógica. Ele é apenas um recurso, mas 
um recurso muito especial. Ele parte do visível, do que toca vários sentidos. 
Seus diálogos, em geral, expressam a fala coloquial, enquanto o narrador faz a 
síntese dentro da norma culta, orientando a significação do conjunto. As 
músicas e os efeitos sonoros evocam lembranças e criam expectativas, 
antecipando reações e informações. Ele faz a combinação da intuição com a 
lógica, da emoção com a razão. Ele é sensorial, visual, usa a linguagem falada, 
a musical e a escrita. Ele atinge todos os nossos sentidos e de todas as 
maneiras. Ele nos seduz, informa, entretém, projetando-nos em outras 
realidades, em outros tempos e espaços (MORÁN, 1995, p. 28-29). 
Apesar de o vídeo ser um recurso para explorar os conteúdos abordados sabe-
se que nem sempre o professor usa de forma adequada como, por exemplo: 
 vídeo ―enrolação‖ – quando o professor passa um vídeo que não tem 
ligação com o assunto abordado; 
 vídeo lição – quando o vídeo substitui a aula expositiva do professor; 
 vídeo ―tapa-buraco‖ – quando existe algum problema inesperado, como 
a ausência do professor, a impossibilidade de se utilizar um espaço ou 
recurso previsto, entre outros; 
 vídeo deslumbramento – quando o professor/tutor utiliza vídeos 
indiscriminadamente e com frequência, como se estivesse 
―deslumbrado‖ com o recurso; 
 
31 
 
 vídeo prova – quando o professor/tutor se utiliza da interpretação do 
vídeo para avaliar as aprendizagens do aluno, por meio de notas ou de 
conceitos. 
Para garantir o uso adequado da linguagem audiovisual como recurso didático, 
é preciso considerar alguns critérios fundamentais: 
 o vídeo não substitui o professor/tutor; 
 não se deve anular a experiência direta dos alunos; 
 exige uma mudança nas estruturas metodológicas convencionais; 
 sua eficácia depende mais da forma como é usado do que apenas de 
suas qualidades técnicas e de seu conteúdo. 
 Entre as mídias, a televisão é, sem dúvida, a mais 
poderosa, a mais influente, multifacetada e até onipresente. 
Grande parte da população do país não tem acesso regular 
a outras fontes de informação, além do rádio e da TV. 
Durante muitos anos, a escola atribuiu à televisão a responsabilidade de todos 
os males do mundo. Se as crianças assistissem a seus programas, não 
poderiam escrever bem, nem gostariam de ler. Ela causaria, sempre, efeitos 
maléficos na formação das pessoas, pois influenciaria seus pensamentos e 
definiria seus comportamentos. Isso afastou a possibilidade de um estudo mais 
aprofundado a partir da sua utilização enquanto recurso didático. Diante dessa 
distorção torna-se necessário incorporar a televisão as novas tecnologias, não 
apenas como transmissoras de conteúdos, mas como estratégias de 
construção/ reconstrução do conhecimento e como objeto de estudo. Existe 
uma grande diversidade de programas televisivos que podem ser utilizados 
com finalidades educativas. Podemos até chegar a considerar que todo 
programa audiovisual é passível de ser trabalhado pedagogicamente, se isso 
for feito de modo crítico. 
Podemos afirmar ainda que a Educação constitui, hoje, um grande mercado 
consumidor de recursos audiovisuais. Temos ainda a TV on-line, que possibilita 
uma interação imediata entre telespectadores e produtores de programa. 
 
32 
 
Multiplica-se rapidamente a quantidade de oferta de canais que passam a 
veicular modalidades únicas de programas: são canais só de filmes, só 
jornalísticos, só para crianças, só educativos, etc. O futuro indica que o 
telespectador vai poder montar sua própria programação, definindo o que e 
quando ver, o que lhe interessa. Apesar de sabermos que a maioria da 
população não acompanhará tão cedo essa mudança, ela indica que estamos 
longe de descobrir os limites e as possibilidades do uso da linguagem 
audiovisual e de seus suportes na Educação. 
É inegável a interferência das tecnologias da informação nas nossas vidas e na 
prática educacional. Por exemplo, temos o computador que é um conjunto de 
sequências de passos, por meio de um conjunto de dispositivos 
interconectados, que recebe a informação, transforma-a e apresenta-a da 
forma solicitada pelo seu usuário. Esta tecnologia se transforma em objeto de 
aprendizagem. O objetivo é colocar o aluno à vontade diante do computador e 
lhe dar a oportunidade de dominar essa nova cultura, utilizando o recurso, com 
competência, para realizar a contento suas tarefas. 
A intenção pedagógica diante dessa tecnologia é capacitar o aluno não só parautilizar o computador, mas também para criar possibilidades de uso em função 
de suas necessidades e demandas. Essa intenção pode ser considerada sob 
dois pontos de vista: o do aprendizado como finalidade e o do aprendizado 
como meio da ação educativa. 
Outra intenção, que trata do uso de recursos informáticos projetados 
especialmente para o ensino, aponta um conjunto de programas criados para 
serem utilizados em situações de ensino-aprendizagem. 
A última intenção, diz respeito ao uso das ferramentas básicas da informática 
para o ensino da manipulação e organização da informação. São os editores 
de texto, os programas de autoedição, os editores gráficos e de desenhos, que 
possibilitam a confecção de textos, jornais, revistas e a inserção de gráficos, 
desenhos e tabelas nos trabalhos produzidos pelos próprios alunos. São os 
bancos de dados, que permitem a busca, a ordenação, a listagem e a 
 
33 
 
classificação de informação, e as planilhas de cálculos, que trabalham com 
informações numéricas. 
E por último recurso tecnológico, apontamos a internet. Esta é conhecida para 
muitos como uma ―teia‖ mundial, uma rede virtual de interligação de 
computadores, que propicia a obtenção e a troca de informações com 
finalidades distintas, como por exemplo: 
 Conversa em tempo real entre pessoas distantes fisicamente; 
 Transferência de arquivos entre computadores; 
 Acesso a servidores de informação; 
 Troca de correspondência pelo correio eletrônico; 
 Acesso a jornais e outras publicações eletrônicas; 
 Participação em cursos on-line e em videoconferências. 
Com relação às questões apresentadas, podemos considerar o seguinte: se 
em muitos momentos os meios de comunicação se constituem em entraves 
para a formação dos alunos, por outro lado representam poderosos meios de 
divulgação de informações, que podem ser canalizadas para dentro da sala de 
aula seja presencial ou virtual. Cabe ao professor/tutor orientar aprendizagem 
dos alunos e capacitá-los para criticar as informações recebidas. É importante 
ressaltar que usados de maneira adequada, os recursos de ensino possibilitam: 
 Motivar e despertar o interesse dos alunos; 
 Favorecer o desenvolvimento da capacidade de observação; 
 Aproximar o aluno da realidade; 
 Visualizar ou concretizar os conteúdos da aprendizagem; 
 Oferecer informações e dados; 
 Permitir a fixação da aprendizagem; 
 Ilustrar noções mais abstratas; 
 Desenvolver a experimentação concreta. 
É importante nos conscientizarmos que: para que a tecnologia educacional 
possa ser um recurso, é necessário que os professores tenham consciência de 
 
34 
 
que suas crenças e mitos devem ser substituídos pela ideia de que o recurso 
―veio‖ para auxiliar e não para substituí-lo, pois, como vimos no primeiro 
parágrafo, o primeiro recurso que facilita o aluno buscar a aprendizagem é o 
professor/tutor. 
 
De que forma o professor poderá utilizar as novas tecnologias para 
melhorar o nível de ensino? 
O que revelam as pesquisas em relação aos efeitos na aprendizagem 
provocadas pela utilização dos recursos das novas tecnologias. 
 
 
 
35 
 
UNIDADE 6 
Objetivo: Entender o computador e sua Ciência, como ferramenta educacional. 
O Computador e sua Ciência, como Tecnologia Educacional 
Tópico I: Tecnologia na Educação x Tecnologia da Educação: Diferenças 
e Semelhanças 
Tecnologia educacional tem um significado amplo, não se trata só do emprego 
da tecnologia na Educação. Ela significa uma sinergia entre tecnologia, 
métodos educacionais, informação, comunicação, psicologia, pedagogia, 
políticas, enfim todos os meios para se alcançar um aprendizado consistente. 
Para muitos teóricos existe uma distinção entre tecnologia na Educação e 
tecnologia da Educação: 
TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO TECNOLOGIA DA EDUCAÇÃO 
 Orienta-se para a utilização de 
equipamentos e mensagens nas 
atividades pedagógicas. 
Consiste na aplicação sistemática do 
conhecimento científico à facilitação 
do processo ensino-aprendizagem. 
Apesar das aparentes diferenças, ambas as definições atribuem à tecnologia a 
forma de ação humana sobre o meio, enquanto que, em uma concepção mais 
dialética, a tecnologia não permite somente o agir sobre a natureza, mas é, 
principalmente, uma forma de pensar sobre ela. Novos instrumentos, 
máquinas, aparelhos e tecnologias da cultura que incluem formas simbólicas 
tais como a linguagem oral, os sistemas de escrita, os sistemas numéricos, os 
recursos icônicos e as produções musicais, permitem e exigem novas formas 
de experiência que requerem outros tipos de habilidades e competências. 
Segundo NETTO (2005, pg. 14) ―o auxílio da informática no atual sistema 
educacional pode ser encarado com uma grande inovação no processo de 
aprendizagem, desde que seus recursos sirvam para desenvolver uma melhor 
 
36 
 
compreensão e obtenção de conhecimento, pois, caso contrário, essa 
ferramenta refletirá apenas o uso de uma tecnologia como finalidade de facilitar 
tarefas, e não alcançará o objetivo de ser contribuinte ao processo de 
transformação da realidade.‖ Podemos observar o pensamento de NETTO 
nesta reportagem abaixo: 
Folha Dirigida, 29/01/2008 - Rio de Janeiro RJ 
Computador, auxiliar do professor Teresinha Oliveira Machado da Silva 
O governo estadual 
apresentou proposta para 
comprar 30 mil "lap top" para 
distribuir aos professores. 
Trata-se de uma medida 
louvável, mas que não leva 
em conta os principais 
problemas enfrentados pela 
categoria. É evidente que o 
computador pode ser um 
precioso instrumento auxiliar 
do magistério, mas na forma 
proposta será apenas um 
paliativo diante da 
necessidade de efetiva 
valorização do professor. 
Temos dito que sem uma 
solução para as questões 
salariais, qualquer projeto 
educacional tenderá ao 
fracasso. O quadro geral 
entre o magistério é de 
desmotivação, acarretada 
pela falta de condições para 
Educação da Alerj, Comte 
Bittencourt, assinala que dos 
47% arrecadados pelo 
governo do estado, com 
aumento de receita e 
arrecadação, só 17% foram 
investidos em Educação. 
Assim como nós, o deputado 
é contrário a compra de 30 
mil computadores para 
distribuir aos professores. 
Segundo o deputado Comte 
Bittencourt, 75% dos jovens 
do ensino médio estão 
excluídos do mundo digital, 
50% das escolas não têm 
computadores, os 
laboratórios estão sendo 
fechados e os orientadores 
sendo desviados de sua 
função orientadores, "como 
a Secretaria quer comprar 
"lap top" para professor? 
Eles merecem, mas eles 
ano da Educação no Estado 
do Rio. 
A questão do computador 
também deveria ser vista 
pelo lado técnico. Trata-se 
de uma mídia em constante 
evolução, exigindo gastos 
com manutenção, entre 
outros. O ideal seria que o 
professor com salário 
condizente tivesse 
condições de comprar o 
computador de sua livre 
escolha. Quando o Estado 
realiza esse tipo de 
investimento caro, não leva 
em conta a realidade de 
grande número de escolas, 
que necessitam de obras de 
infraestrutura e o problema 
da grande falta de 
educadores. A Uppes 
realizou um encontro de 
profissionais que atuam em 
 
37 
 
arcar com as despesas 
básicas necessárias para a 
sua sobrevivência. O 
professor está endividado e 
também adoentado. Muitos 
não contam com recursos 
suficientes para participarem 
de um curso de 
aperfeiçoamento ou para 
compra de livros, por 
exemplo. Lamentamos que 
as iniciativas em Educação 
continuem sendo feitas de 
forma improvisada, sem que 
o governo ouça os 
verdadeiros interessados: os 
professores.Tal equívoco 
ocorreu com o programa 
Nova Escola que resultou 
em um grande fracasso. A 
Uppes considera importante 
que os recursos sejam bem 
aplicados. O presidente da 
Comissão de 
merecem muito mais a 
qualificação e a melhoria 
salarial reivindicada há mais 
de 10 anos." A nosso ver, o 
gestorpúblico muitas vezes 
acha que o papel do 
professor pode ser 
minimizado no processo 
educacional. Por isso, uma 
política de efetiva 
valorização do professor é 
sempre deixada de lado. 
Também se manifestando 
sobre o assunto, o deputado 
Marcelo Freixo disse que a 
compra de "lap top" é uma 
visão equivocada de 
modernização. Para ele, não 
há coerência quando os 
laboratórios estão sendo 
fechados e os professores 
desviados de suas funções. 
Já a deputada Sheila Gama 
considerou 2007 como o pior 
bibliotecas públicas da rede 
estadual e a queixa foi geral, 
em torno da falta de livros 
atuais e equipamentos. 
Muitas escolas não contam 
com biblioteca ou, quando 
elas existem, funcionam de 
maneira precária. Do ponto 
de vista pedagógico, os 
investimentos no livro são 
infinitamente mais baixos do 
que os efetuados em 
produtos da indústria elétrica 
e eletrônica. É preciso que 
se tenha clareza dos reais 
interesses do governo 
estadual nesse tipo de 
investimento. Fica ainda a 
pergunta: são mais de 
60.000 mil professores, qual 
será o critério para a 
distribuição de 30 mil "lap 
tops" que o governador está 
adquirindo? 
Na realidade a tecnologia educacional sempre existiu, pois ela tem como base 
o desenvolvimento do ser humano, junto ao dinâmico processo de mudanças 
na sociedade, através da busca de novos conceitos, técnicas, teorias e 
princípios que visam uma nova visão do sistema educacional. 
A primeira referência à tecnologia educativa são os cursos projetados para 
especialistas militares, com recursos audiovisuais, durante a II Guerra Mundial. 
Como campo de estudo, ela aparece, no mesmo período, como a disciplina 
 
38 
 
Educação Audiovisual da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. Essa 
identificação de tecnologia educacional com os recursos audiovisuais e o 
desenvolvimento dessa disciplina em instituições de ensino superior marcaram 
suas características, até os dias atuais. 
Tópico II: O uso do computador como tecnologia 
Empregar o computador e sua Ciência como ferramenta 
educacional está sendo, de certa forma crescente. 
Mesmo que o estabelecimento de ensino tenha vários 
tipos de tecnologia, possui um enfoque maior para o uso 
do computador. 
Pessoas que desenvolveram estudos atribuem o crescimento do uso do 
computador como tecnologia o mercado de trabalho ter suas rotinas diárias 
alteradas pelo uso de equipamentos eletrônicos. 
O uso de tecnologias educacionais torna o aprendizado e o ensino mais 
produtivo. Sabe-se também, que esse tipo de aplicação não traz somente 
vantagens e sim alguns problemas. Podemos citar alguns: 
1. Acesso de alunos aos computadores quando os mesmos não possuem 
condições sociais; 
2. A utilização do computador por alunos com dificuldades deixa de ser 
uma tecnologia para desenvolver o raciocínio e passa a ser um ―caderno 
de exercícios‖; 
3. Acesso de forma diferenciada dos alunos que usam o computador por 
tempo mínimo referente ao período do aprendizado; 
4. Não saber aplicar o uso do computador de forma correta. 
Quando surgiu o trabalho de informática no ensino, o tipo de software para 
trabalho era o tutorial e foi a partir da década de 60, que houve uma grande 
evolução referente ao software utilizado, quando se passou a utilizar rotinas 
desenvolvidas em linguagem de programação BASIC e LOGO. 
 
39 
 
A partir de 1975, aplicou-se o uso de computadores com fim didático. Surgiu 
neste período a facilidade de comprar microcomputadores, e as rotinas 
passaram a se chamar SOFTWARE EDUCATIVOS a atender disciplinas não 
só de Matemática como Línguas, Ciências físicas e biológicas e Ciências 
sociais. Para aplicar este tipo de tecnologia, é necessário ocorrer uma 
adaptação entre os procedimentos didáticos e pedagógicos com o 
conhecimento que transmite. 
 COMPUTADOR 
 
 
 
 PROFESSOR ALUNO 
Tópico III - O Uso do Computador como Tecnologia 
Nível Político-Pedagógico 
Dando destaque para os dois pontos da tecnologia educacional, observaram-se 
as seguintes referências: 
 Concepção da sociedade; 
 Relação com a Educação; 
 Diferentes considerações sobre a introdução da tecnologia no ambiente 
educacional; 
 No aspecto histórico-social é destacada a determinação dos processos 
de produção sobre a Educação expressada na introdução da tecnologia 
no ensino. 
Segundo Almeida, ―(...) a informática na Educação foi mais uma imposição do 
estágio da industrialização e do debate político da sociedade global do que um 
anseio dos meios educacionais. Quando muito, as grandes escolas que 
 
40 
 
adotaram uma posição mais próxima dos modelos mercantil-industriais foram 
as que trouxeram para suas salas, o computador.‖ A citação refere-se ao 
avanço social pressionando a Educação para que volte os seus objetivos para 
aquele, ou seja, que o progresso beneficie a todos. O avanço tecnológico age 
de forma ideológica na consciência, influenciando na forma de pensar. 
Almeida, afirma: ―(...) a tecnocracia guarda uma relação estreita com o 
totalitarismo da própria razão. Ele elimina todas as dimensões do real que não 
caibam na ―ratio‖ técnica: ele opera fundamentalmente no plano ontológico e 
epistemológico...‖ 
As dimensões do real que não são expressas pela razão técnica são a 
subjetividade e as contradições sociais. Estes destaques não são 
operacionalizados. Considera-se que o desenvolvimento tecnológico é um 
ganho de toda sociedade e não de uma classe social específica e a utilização 
do computador no ambiente educacional deve ser entendida dessa forma. 
Em 1984, foi deduzido que o uso do computador, no ensino, implica uma 
compreensão do real, reduzida à sua lógica. Tornou-se um instrumento, fruto 
de trabalho humano acumulado, desprovido de características humanas. 
Nível teórico-ideológico. 
Destaca-se neste aspecto: 
 Dividir o conteúdo a ser transmitido em diversos passos sequenciais; 
 Exigir a interação do aluno; 
 Feedback imediato do aluno. 
Marcuse cita que a operacionalização de conceitos reduz as dimensões da 
realidade àquela, fazendo coincidir pensamento e realidade imediata, 
abstraindo o objeto do conhecimento da sua realidade material, tornando o 
pensamento ajustado à realidade. 
 
 
41 
 
Nível Pedagógico 
Devem-se observar os conteúdos para que o tratamento não perca o seu 
sentido dentro do contexto educacional. Conteúdos diferentes não podem ter o 
mesmo tratamento, logo os mesmos não são trabalhados separadamente. Seu 
trabalho em conjunto colabora para definir seu sentimento. 
O computador é uma ferramenta auxiliar que irá influenciar e colaborar para o 
aprendizado, pois segundo Burke, ―(...) a questão, então, é como um sistema 
de instrução dirigida por um computador pode ser humanizado para levar, cada 
estudante, a seguir a sua própria inclinação, seus próprios objetivos, enquanto 
provê a ele um sistema de atividade guiado.‖ É importante que o aluno tenha o 
máximo de decisão possível, para que não se sinta preso a uma ―linha de 
montagem‖. 
Após observar que a intersubjetividade é utilizada para o aprendizado do 
conteúdo escolar, surge à proposta de La Taille (1988) que defende o 
isolamento do aluno para desenvolver os exercícios escolares, sendo que 
aplica o computador como ferramenta com os objetivos: 
 O aluno controla o seu tempo (ritmo individual); 
 Feedback imediato da máquina; 
 Retorno da ―resposta correta‖ em caso de fracasso do aluno. 
Estes objetivos estão propostos na teoria de Skinner. O ambiente educacional 
por sua impossibilidade de transmitir conteúdos ou formas de pensar contrárias 
à realidade existente; torna-se massificador. De um lado, transmite conteúdos 
sem sentidos, e de outro, avalia o aprendizado deste conteúdo pela sua 
quantidade. 
Respeitar o ritmo próprio do aluno é a transformação de algunsaspectos 
administrativos, ou seja, o ritmo do aluno e as diferenças são pontos que 
transformam os currículos dentro do ambiente educacional. 
 
42 
 
Segundo Boocock, ―(...) a significância de qualquer inovação educacional 
particular está mais em como afetar a estrutura da situação de aprendizado do 
que em seus detalhes puramente mecânicos. Se o novo meio terá, ou não, 
qualquer impacto sobre as escolas, depende do educador. Tentar observá-lo 
na presente estrutura de classe, usá-lo como meio de livrar-se do que é 
absoluto, movendo-se para mais aprendizados autodirigidos ou orientado para 
objetivos que os estudantes percebam como excitantes e relevantes...‖ 
Nível Técnico-Didático 
Analisar os efeitos que são imputados ao computador, no ensino sobre o aluno 
em algumas das utilizações propostas, mostra limites do computador, que 
levam à transmissão do conhecimento formalizado. 
De acordo com as teorias de Freud, Adorno e Horkheimer são importantes para 
o pensamento e conhecimento, sendo a projeção entendida no sentido 
psicanalítico. Não estimular a repetição e sim o entendimento. 
Os produtos oferecidos neste nível devem ser claros e objetivos, pelo menos 
estar condizente com a proposta implantada. 
 
 
43 
 
UNIDADE 7 
Objetivo: Conhecer como o aluno percebe o computador em seu uso no ensino 
e saber como orientá-lo na seleção dos trabalhos escolares. 
Métodos de Ensino por Computadores 
Tópico I – Computador, o Recurso mais Utilizado no Ensino 
Com a entrada do computador na sala de aula, a didática vem utilizando-o com 
promissores resultados, como podemos observar podemos na reportagem 
abaixo: 
Roberto Setton 
 
A estudante do ensino médio Micaela 
Monteiro, 16 anos, tem todos os seus 
trabalhos escolares organizados em 
arquivos no computador. Adepta dos 
recursos tecnológicos desde a 3ª série, ela 
utiliza seus aparelhos eletrônicos para 
melhorar o desempenho na escola. Com 
eles, Micaela arquiva seus documentos, 
faz pesquisas na internet e incrementa 
suas apresentações de trabalhos com 
pequenos vídeos, montagens de 
fotografias e música. "Não sei como se 
estuda sem computador." 
www.veja.com.br – Revista Veja de 16 de Janeiro de 2007 
Segundo a reportagem da Revista VEJA, de 26 de setembro de 2003 ―Chegou 
à hora de mudar o disco para quem passou os últimos anos se perguntando se 
precisava mesmo comprar um computador. A pergunta que muita gente anda 
se fazendo agora é outra: "Que tipo de computador devo comprar? ‖Não é 
apenas uma daquelas tiranias típicas da sociedade de consumo em que, de 
http://www.veja.com.br/
 
44 
 
uma hora para outra, a pessoa é levada a se sentir miserável porque não tem 
uma secretária eletrônica, um telefone sem fio ou uma agenda eletrônica. Não 
saber usar um computador e não ter um, está-se tornando um transtorno de 
proporções maiores no Brasil. Em algumas situações profissionais pode ser 
quase como estar vestido inadequadamente ou falar errado. Mas os 
computadores chegaram, e vão ficar: eles estão nos escritórios das grandes 
empresas, nos bancos, nos consultórios médicos, nas escolas, nos estúdios de 
arquitetos, nas bancas de advocacia‖. 
O que aconteceu depois: ―Se na década de 80 comprar computador era muito 
difícil no Brasil, na década de 90 o setor viveu uma enorme expansão. Nos 
anos que antecederam a publicação da reportagem de VEJA, a melhor maneira 
de obter uma máquina dessas era procurar um contrabandista. (...) As vendas 
cresceram e os micros ganharam lojas especializadas. Depois, chegaram às 
prateleiras dos supermercados. Cinco anos depois da reportagem, já 
era possível comprar um computador sem sair de casa, pagando pela Internet 
com cartão de crédito e recebendo a máquina pelo correio. (...) Além disso, a 
produtividade do setor disparou no Brasil - na época em que a reportagem foi 
publicada, cada operário brasileiro produzia 360 computadores por ano; dez 
anos depois, cada operário já produzia 1.080 unidades.....‖. 
Vimos que o computador é uma máquina eletrônica que busca imitar o 
funcionamento dos processos mentais superiores do homem, por meio de 
seleção, associação ou anulação de informes para os quais foi programado. 
O computador, procurando trabalhar imitando o cérebro humano o faz com 
uma velocidade simplesmente espantosa, tanto assim que é capaz de realizar 
operações que levariam anos para serem efetuadas, com o simples auxílio de 
lápis e papel... 
Dessa forma os computadores, no ensino podem conter, em sua memória, o 
estado de adiantamento de alunos nas disciplinas para as quais estejam 
programados, podendo oferecer o ensino das mesmas da maneira que mais 
lhes convenha. Assim, quando um educando solicitar estudo de uma disciplina, 
 
45 
 
o computador poderá oferecer o ensino do estado de adiantamento do 
educando para diante. 
Tópico II – Modalidades de Uso de um Computador no Ensino 
O computador pode ser utilizado, para fins de ensino, de várias formas; 
podemos citar algumas como: calculadora, (exemplo na unidade II), simulador, 
dialogador e monitor de ensino, gerenciador de outros instrumentos, e como 
banco de dados. 
a) Uso do computador como calculadora, realizando desde os cálculos 
mais simples, até os mais complexos, na modalidade ―científica‖, tais 
como estatísticos, trigonométricos, logarítmicos, etc. Uma extensão 
bastante útil, é o uso de planilhas de cálculo, como a do Microsoft Office 
EXCEL®, que permite a realização de uma enorme variação de 
aplicações para as mais variadas finalidades, como: de controle 
financeiro, de estoques, etc. Ainda, o computador permite a visualização 
e impressão ou plotagem de gráficos diversos. 
b) O computador se presta à simulação de praticamente qualquer 
fenômeno que possa ser expresso por funções matemáticas. Os 
modelos assim montados levam a enorme vantagem de custarem bem 
menos que os modelos físicos, além de não se estragarem por 
experiências mal sucedidas. Assim, o uso do computador em pesquisa 
deve ser incentivado desde o início da vida acadêmica do estudante e, 
certamente, se perpetuará por sua carreira profissional. 
c) A função de diálogo programada é largamente usada no ensino a 
distância. O diálogo destina-se a fornecer instruções, emitindo ordens, 
transmitindo conhecimentos, fazendo perguntas, aplicando testes e 
respondendo a perguntas. O aluno estuda um tema e dialoga com a 
máquina a respeito do mesmo. Nesta função, o computador substitui em 
grande parte a aula presencial, funcionando como uma espécie de 
monitor de ensino. Um bom sistema de ensino permitirá inclusive que, 
com base na instrução programada, e tendo em vista os resultados 
 
46 
 
alcançados pelo aluno, haja alternativas mais adequadas para o 
prosseguimento do ensino. 
d) Na função de gerenciamento de sistemas multimídia, o computador 
estará em rede com outros computadores, e com as diversas facilidades 
propiciadas por impressoras multifunção, scanner, projetores de 
imagens (data shows), aparelhos de TV, leitores e gravadores de 
DVD/CD, pen drivers, etc. 
e) Como banco de dados, podemos usar o computador em duas 
modalidades. A primeira, quando se arquivam os dados na própria 
máquina, seja usando um programa como o Microsoft Office Access®, 
em que os dados são postos pelo próprio usuário, seja usando 
programas do tipo enciclopédia ―eletrônica‖. A segunda, quando se 
conecta a internet, dando acesso à hoje praticamente infinita base de 
dados do conhecimento mundial. Desde que usadas com os devidos 
cuidados, ambas as modalidades economizam tempo de pesquisa, que 
poderá ser revertido para uma mais profunda reflexão sobre os 
conteúdos consultados. 
 
Tópico III – Método de Ensino com Auxílio de Computadores 
Na maioria das vezes os alunos chegam para estudar no computador ou fazer 
um curso e se fixam somente na informática, ou seja, usam o computador 
como ferramenta. Os alunos não se dão

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