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Tecnologias Aplicadas à Educação - Temas 1 a 8

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Matéria: Tecnologias Aplicadas à Educação 
Assunto: Temas 1 ao 8. 
Curso de Pedagogia 
Licenciatura – 1º Período 
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Anhanguera - Pedagogia – Tecnologias Aplicadas à Educação – Temas 1 ao 8.............................. Página 2 de 48 
 
É fato que os computadores conectados à internet estão cada vez mais presentes 
na sociedade e chegam às escolas como um recurso fundamental para a 
modernização do sistema educacional. Junto a eles está a internet, que modificou 
radicalmente o processo de ensino-aprendizagem. 
A presença da internet na Educação é um processo irreversível: temos o grande 
avanço tecnológico, que exige uma mudança do modelo educacional tradicional, 
além da necessidade urgente de despertar para um novo modelo educacional, com 
diálogo entre os meios tecnológicos e didáticos. 
Temos um novo paradigma educacional que inclui as Tecnologias da 
Informação e Comunicação como facilitadoras da aprendizagem, enquanto 
mediadoras, já que possibilitam ao aluno construir seu próprio conhecimento. 
Assim, os recursos tecnológicos que temos à disposição hoje são, realmente, agentes 
de mudança para a melhoria do processo de ensino-aprendizagem. 
De acordo com Marchetti (2001, p. 7), 
[...] a educação hoje é uma prioridade política e social em todos os países. O processo, 
as técnicas e os meios de ensino e aprendizagem vêm sofrendo grandes alterações 
para continuar garantindo sua eficiência. 
Várias mudanças ocorreram devido a pesquisas realizadas que, aos poucos, foram 
alterando o foco de uma educação centrada no ensino, que desconsiderava qualquer 
diferença e preferência individual de aprendizagem, para uma postura mais flexível, 
tendo como objetivo o desenvolvimento individual e grupal de todos os envolvidos 
no processo. 
Neste contexto, a Informática, representada pelos mais diferentes recursos de 
tecnologia, foi aos poucos sendo incorporada na educação, de tal forma que hoje 
ninguém consegue imaginar um processo de desenvolvimento cognitivo sem o 
apoio dela. 
As questões sobre tecnologia educacional são inúmeras, sendo utilizado o 
mesmo ambiente para dar diferentes significados a um mesmo instrumento. No 
ambiente educacional, tanto as ferramentas quanto as tecnologias sempre 
estiveram presentes, facilitando o processo de ensino-aprendizagem. Hoje, essa 
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Anhanguera - Pedagogia – Tecnologias Aplicadas à Educação – Temas 1 ao 8.............................. Página 3 de 48 
tecnologia está integrada às áreas de Comunicação e Informação de forma 
diferenciada. 
 
O termo tecnologia pode ser definido como: 
1. teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, 
meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da atividade 
humana; 
2. técnica ou conjunto de técnicas de um domínio particular; 
3. qualquer técnica moderna e complexa. 
(DICIONÁRIO HOUAISS, 2009) 
Em relação à etimologia da palavra, tecnologia vem do grego e pode ser 
separada em duas partes: “téchne”, definida como ofício ou arte, e “logia”, que é o 
estudo de algo. 
Então, podemos entender tecnologia como aquilo que tem a intenção de 
facilitar/aperfeiçoar o trabalho com a arte, ou a resolução de um problema específico 
ou, ainda, a execução de uma tarefa. 
O termo tecnologia educacional ou tecnologia na educação é utilizado, em 
vários momentos, com a expressão "nova" (nova tecnologia educacional, novas 
tecnologias da educação etc.). Entretanto, é importante termos em mente que o que 
é novo, na verdade, não são as tecnologias, mas as formas como são empregadas. 
Um livro-texto é considerado uma “tecnologia educacional”; a lousa, a caneta, 
todos o são; enfim, se empregarmos o conceito específico de tecnologia, notaremos 
que, especificamente no contexto educacional, utilizamos muitas tecnologias para 
facilitar tanto o processo de ensino quanto o de aprendizagem. 
No início, a impressão de um livro era vista como uma ação que utilizava 
“modernas tecnologias”; entretanto, com o passar do tempo, fomos nos 
acostumando a várias tecnologias, a ponto de esta palavra ser usada quase 
exclusivamente para softwares, hardwares, realidade virtual, internet etc. 
Kelly (2007, p. 28) afirma que: 
“[...] a ação da tecnologia mostrou-se tão forte que, agora, a percebemos como um 
superpoder e também como algo que sempre leva a culpa quando uma coisa dá 
errado. Na realidade, a tecnologia é matéria, é força e é muito mais. É tudo o que 
criamos”. 
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Há alguns anos, não se imaginava a possibilidade da comunicação on-line entre 
pessoas distantes fisicamente, nem o compartilhamento de informações por meio 
de envio de documentos e imagens. Com o avanço dos recursos tecnológicos, 
podemos nos comunicar com mais velocidade e de várias formas diferentes. 
Com o advento das tecnologias digitais, novas gerações também surgiram. A 
primeira delas, que faz parte do período de disseminação da internet, é a Geração Y, 
nascida entre 1975 e 1995. Essa geração não nasceu com as tecnologias digitais à 
disposição, mas foi exposta a elas ainda na juventude, o que fez com que se 
familiarizasse facilmente. Essa geração já está no mercado de trabalho e tem 
características bem marcantes: são pessoas questionadoras; adoram desafios; e 
necessitam ser avaliadas constantemente. 
A próxima geração, nascida entre 1995 e 2010 é chamada de Geração Z, é aquela 
que já nasceu impulsionada pelas tecnologias digitais. São os chamados nativos 
digitais, que hoje são nossos alunos! Para eles, zapear é o verbo. Não usam mais e-
mails e são capazes de interagir com diversas tecnologias ao mesmo tempo. Estudam 
assistindo TV, navegando na internet, ouvindo música e trocando mensagens de 
texto pelo celular. 
A geração Z, em razão de ter crescido com amplo acesso à tecnologia, é capaz de, 
intuitivamente, utilizar grande número de recursos tecnológicos de forma 
confortável, sem a leitura de manuais. Essa geração é mais visual do que as gerações 
anteriores, transitando entre imagens reais e virtuais com tranquilidade e 
ampliando sua alfabetização para além do letramento. 
As pessoas que fazem parte da Geração Z são “multitarefas”, ou seja, são capazes 
de executar, simultaneamente, inúmeras atividades e possuem uma predisposição 
para aquisição de conhecimento e exploração nunca presente em outras gerações. 
Além disso, tais pessoas, pela prática e pelo uso de mensagens instantâneas, serão 
capazes de trabalhar em equipes virtuais de forma diferenciada. 
É comum imaginarmos que os representantes da Geração Z desejarão usar a 
tecnologia em todos os momentos educacionais; entretanto, se questionados sobre 
qual tecnologia gostariam de utilizar, eles, provavelmente, não saberão responder. 
O foco não consiste no “tipo de tecnologia” a ser utilizada, mas no que ela faz ou 
poderá fazer. Esse é o enfoque a ser considerado quando da escolha de uma nova 
ferramenta para o processo de ensino-aprendizagem – sua escolha não deve ser 
pautada no quão nova e atual ela é, mas, sim, na sua funcionalidade e na forma como 
estimula a aprendizagem ou a interatividade. 
A geração Alpha, formada por crianças que nasceram a partir de 2010, não se 
sentem motivadas neste modelo de ensino porque têm características próprias 
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construídas da relação com o meio. Que mundo vivemos hoje? Faça uma breve 
reflexão de como era sua vida há 10 e há 5 anos atrás. O que mudou de lá para cá? 
A criança nasceu com sua intimidade exposta amilhares de pessoas através das 
redes sociais, manuseiam as ferramentas digitais com desenvoltura, pois foram 
apresentadas a elas desde muito novas, por isso é tudo muito simples e intuitivo… é 
o mundo onde elas nasceram. 
O professor deve encarar o desafio da utilização da Informática na educação de 
forma séria e coerente, partindo dos princípios educacionais. O emprego da 
Informática não diminuirá as distâncias entre as classes sociais nem promoverá a 
inclusão digital, ou o letramento digital, como muitas pessoas afirmam hoje, mas, 
sim, os projetos a serem implantados utilizarão a tecnologia da Informática como 
ferramenta fundamental para atingir os objetivos pedagógicos propostos por um 
professor bem capacitado. 
No entanto, nem todas as pessoas podem ter acesso às tecnologias de 
informação e comunicação, o que acentua ainda mais as desigualdades sociais. 
Embora isso aconteça, a inclusão tecnológica é irreversível e traz consigo mudanças 
significativas para a vida em sociedade e para as formas do trabalho humano. 
O mercado de trabalho é um exemplo: ele sofre sensíveis mudanças no que diz 
respeito à utilização de certos equipamentos, ao surgimento de novas funções e ao 
perfil do trabalhador. Atualmente, o perfil do trabalhador é fundamentado em 
conhecimentos atualizados, iniciativa, flexibilidade mental, atitude crítica, 
competência técnica, capacidade de criar novas soluções, tendo competência para 
lidar com a crescente quantidade de informações em novos formatos e com novas 
maneiras de acesso. Desta forma, na educação, há a esperança de redução das 
diferenças e das desigualdades. 
Para tanto, é necessário que os educadores acompanhem tais mudanças, 
oferecendo, assim, aos alunos, uma formação atualizada. 
É imprescindível que a escola ofereça a seus alunos uma formação que 
contemple aspectos como: informações técnicas; desenvolvimento de habilidades e 
atitudes; formação de cidadãos críticos e reflexivos. 
Além disso, é fundamental que os alunos conheçam as novas tecnologias e 
aprendam a utilizá-las. Para adquirir esse domínio, precisam possuir habilidades 
relacionadas ao tratamento da informação, isto é, precisam aprender a localizar, 
selecionar, julgar a pertinência, procedência, utilidade das informações, bem como 
ter capacidade de criar e comunicar-se por esses meios. 
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Informática: é um termo usado para descrever o conjunto das ciências relacionadas 
ao armazenamento, transmissão e processamento de informações em meios digitais 
por meio de computadores. 
Internet: é a rede mundial de computadores especial conectando milhões de 
dispositivos de computação, enquanto a World Wide Web é apenas um dos muitos 
serviços que funcionam dentro da internet. A internet é uma coleção de documentos 
interligados (páginas web) e outros recursos, ligados por conexões (hiperlinks). 
Além da web, uma infinidade de outros serviços são implementados por meio da 
internet, como e-mail, transferência de arquivos, controle remoto de computador, 
grupos de notícias e jogos online. 
Recursos Tecnológicos: produtos da tecnologia, qualquer objeto criado para facilitar 
o trabalho humano. Portanto, a roda, o machado, os utensílios domésticos, a 
televisão, o telefone, o trator e o relógio são recursos tecnológicos, assim como 
motores, engrenagens, turbinas, cabos e satélites (BRASIL, 1998, p. 135). 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs): correspondem a todas as 
tecnologias que interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos 
ou, ainda, um conjunto de recursos tecnológicos integrados entre si. 
 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em sua Resolução 217 A (III), 
da Assembleia Geral das Nações Unidas, promulgada em 10 de dezembro de 1948, 
em seu Artigo 26, assinala que: 
1) Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos 
graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A 
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução 
superior, esta baseada no mérito. 
 
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2) A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da 
personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e 
pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância 
e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as 
atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz [...] (ONU, 1948). 
Podemos afirmar que essa concepção de educação é a que atende às 
demandas educacionais vigentes em nossa sociedade. Então, as modalidades devem 
ser determinadas, porque, por meio delas, a escola irá atingir os melhores processos 
de formação. Se esses processos consistem em uma simples transmissão de 
conhecimentos e regras, ou se estes supõem, tal como já havíamos previsto, relações 
mais complexas entre o professor e o aluno, tratamos do “pleno desenvolvimento da 
personalidade humana” (PIAGET, 1998, p. 34-35). 
Piaget orienta-nos para um sistema educacional que supere as barreiras 
colocadas pelas formas primitivas e tradicionais de transmissão de conhecimentos. 
Requer o envolvimento de todos os sujeitos do processo educativo, a tomada de 
consciência de saberes necessários para a construção de novas aprendizagens, a 
reflexão crítica sobre a informação, o questionamento, a inquietação. Assim, 
reconhecer o direito do ser humano à educação é adquirir um encargo muito mais 
pesado do que simplesmente continuar possibilitando a leitura, a escrita e o cálculo: 
Significa, a rigor, garantir para toda criança o pleno desenvolvimento de suas 
funções mentais e a aquisição dos conhecimentos, bem como dos valores morais que 
correspondam ao exercício dessas funções, até a adaptação à vida social atual 
(PIAGET, 1998, p. 34). 
De acordo com Piaget (1998), ao mesmo tempo em que a educação busca 
desenvolver plenamente a personalidade do ser, instaura-se o direito de 
encontrarmos, na escola, tudo o que é necessário para a constituição do sujeito, de 
seus pensamentos complexos e de uma consciência ética ativa e transformadora. 
Podemos reconhecer nessa situação que as tecnologias aplicadas à Educação 
contribuem para o avanço deste processo, resgatando pessoas que, até então, 
estavam à margem da sociedade, por meio da inclusão digital. 
Quando o aluno se apropria dos mecanismos necessários ao domínio da 
Informática, por exemplo, ele se torna autônomo no processo de construção de suas 
aprendizagens, capaz de buscar com responsabilidade as informações que lhe são 
necessárias, de realizar pesquisas e de fazer leituras críticas sobre elas que 
contribuirão para que antigos conceitos relacionados à política e à cultura, por 
exemplo, sejam quebrados ou reafirmados. 
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Ao encontro das necessidades educacionais da sociedade contemporânea, 
Moran (2000, p. 137) elucida: 
Educar é colaborar para que professores e alunos – nas escolas e organizações – 
transformem suas vidas em processos permanentes de aprendizagem. É ajudar os 
alunos na construção da sua identidade, do seu caminho pessoal e profissional – do 
seu projeto de vida, no desenvolvimento das habilidades de compreensão, emoção e 
comunicação que lhes permitam encontrar seus espaços pessoais, sociais e 
profissionais e tornar-se cidadãos realizados e produtivos. 
O autor alerta-nos para o fato de que todos nós, alunos e professores, 
precisamosreaprender a conhecer, a nos comunicar, a ensinar e a aprender, a 
compreender a intervenção do tecnológico em nosso dia a dia. 
Moran (2000) afirma, ainda, que mudanças significativas acontecem 
beneficiando o processo de ensino-aprendizagem quando integramos de maneira 
inovadora todas as tecnologias, por exemplo, a telemática, que é a utilização da 
Informática via computador, junto a outros meios de telecomunicação, além das 
tecnologias audiovisuais, textuais, orais, musicais, lúdicas e corporais. 
É evidente que o professor encontra à sua disposição inúmeras 
possibilidades metodológicas, de organização e de comunicação junto ao aluno, para 
explorar novos temas, tanto para trabalhar presencial quanto virtualmente. 
Contudo, cabe ao docente analisar e escolher quais são os recursos tecnológicos e 
metodológicos que melhor atenderão às necessidades educacionais de seus alunos. 
A diversidade encontrada em sala de aula demandará que cada professor 
busque os recursos que lhe proporcionem segurança, facilitem o processo de 
comunicação, de interação com os alunos e de construção da aprendizagem. É fato 
que os recursos tecnológicos e metodológicos por si só não darão conta de garantir a 
aprendizagem dos alunos. É preciso que o professor estabeleça vínculos afetivos com 
eles, procurando conhecer suas histórias de vida, suas experiências, seus valores, 
seus interesses e aspirações. 
De acordo com Moran (2000, p. 138), utilizando os recursos disponíveis em 
programas de computadores: 
Professor pode criar uma página pessoal na Internet, como espaço virtual de 
encontro e divulgação, um lugar de referência para cada matéria e para cada aluno. 
Essa página pode ampliar o alcance do trabalho do professor, de divulgação de suas 
ideias e propostas, de contato com pessoas fora da universidade ou escola. Num 
primeiro momento a página pessoal é importante como referência virtual, como 
ponto de encontro permanente entre ele e os alunos. A página pode ser aberta a 
qualquer pessoa ou só para os alunos, dependerá de cada situação. O importante é 
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que professor e alunos tenham um espaço, além do presencial, de encontro e 
visibilização virtual. 
Quando o professor apresenta uma concepção de educação que visa ao 
desenvolvimento pleno do aluno, quando se interessa pelas novas tecnologias, tem 
uma visão pedagógica inovadora, torna-se mais fácil e viável lançar mão de recursos 
virtuais teoricamente simples, como listas, fóruns, blogs, e-mails, que contribuirão 
para a melhoria significativa nas relações pessoais, na produção coletiva e nas 
aprendizagens. 
É fato que a internet contribui, significativamente, para o processo de 
construção cooperativa e colaborativa, entre professores e alunos, tendo em vista 
que podem realizar pesquisas em tempo real, desenvolver projetos em grupo e 
investigar problemas atuais. 
No entanto, tais ações necessitam de planejamento, organização, 
flexibilidade e constante avaliação, pois integram um processo dinâmico em que a 
aprendizagem acontece subsidiada pelos recursos tecnológicos diversificados, pela 
prática, pelas pesquisas, além da integração da escrita com o audiovisual, do texto 
linear com o hipertexto, do presencial com o virtual e do avanço em relação às 
práticas tradicionais. 
Então, o que muda no papel do professor? 
Muda a relação de espaço, tempo e comunicação com os alunos. O espaço de trocas 
aumenta da sala de aula para o virtual. O tempo de enviar ou receber informações se 
amplia para qualquer dia da semana. O processo de comunicação se dá na sala de 
aula, na internet, no e-mail, no chat. É um papel que combina alguns momentos do 
professor convencional – às vezes é importante dar uma bela aula expositiva – com 
mais momentos de gerente de pesquisa, de estimulador de busca, de coordenador 
dos resultados. É um papel de animação e coordenação muito mais flexível e 
constante, que exige muita atenção, sensibilidade, intuição (radar ligado) e domínio 
tecnológico (MORAN, 2000, p.141). 
Podemos afirmar que um dos maiores desafios conferidos aos professores 
está na descentralização do eixo do ensinar para caminhos que levam ao aprender, 
reforçando a necessidade da utilização de práticas em que professores e alunos 
estejam em um permanente processo de aprender a aprender. De acordo com o 
trecho a seguir: 
[...] não basta o professor conhecer o conteúdo de sua área de conhecimento para 
utilizar o computador na criação de ambientes amigáveis que favoreçam a 
aprendizagem do aluno. É a integração entre as dimensões tecnológica, pedagógica 
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e específica da área de conhecimento que torna mais efetivo o uso do computador na 
aprendizagem (ALMEIDA, 2001, p. 12). 
As questões sobre tecnologia educacional são inúmeras, sendo utilizado o 
mesmo ambiente para dar diferentes significados a um mesmo instrumento. No 
ambiente educacional, tanto as ferramentas quanto as tecnologias sempre 
estiveram presentes, facilitando o processo ensino-aprendizagem. Hoje, essa 
tecnologia está integrada às áreas de Comunicação e Informação de forma 
diferenciada. 
Atualmente, a expressão tecnologia educacional ou tecnologia na educação é 
utilizada, em vários momentos, com o termo “nova” (nova tecnologia educacional, 
novas tecnologias da educação etc.). Entretanto, é importante termos em mente que 
o que é novo, na verdade, não são as tecnologias, mas as formas como são 
empregadas. Um livro-texto é considerado uma “tecnologia educacional”; a lousa, o 
giz, todos o são; enfim, se empregarmos o conceito específico de tecnologia, 
notaremos que, especificamente no contexto educacional, utilizamos muitas 
tecnologias para facilitar tanto o processo de ensino quanto de aprendizagem. 
No início, a impressão de um livro era entendida como uma ação que 
utilizava “modernas tecnologias”; entretanto, com o passar do tempo, fomos nos 
acostumando a várias tecnologias, a ponto de essa palavra, hoje, ser usada quase 
exclusivamente para softwares, hardwares, realidade virtual, internet etc., que são, 
na verdade, tecnologias digitais. 
O início da tecnologia digital voltada à Educação no Brasil, segundo 
Nascimento (2007), aconteceu na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que 
foi a primeira a utilizar o computador como objeto de estudo e pesquisa, com base 
em uma disciplina voltada para o ensino de Informática. Assim, em 1973, a UFRJ deu 
início ao estudo acadêmico voltado para a avaliação dos alunos matriculados nas 
disciplinas de Química. 
A partir de então, vários projetos foram iniciados no Brasil, todos com 
regulamentação governamental. Isso ocorreu em razão da importância que tais 
discussões já fomentavam na academia. Em 1984, o MEC assumiu, definitivamente, 
todos os projetos relacionados ao setor, a fim de regulamentar e centralizar as 
iniciativas nacionais. Desde então, o uso das tecnologias educacionais é tema de 
estudos e discussões sobre sua relevância em sala de aula e como prática pedagógica. 
As tecnologias digitais chegam à Escola para contribuir com o ensino e, 
consequentemente, para a construção de uma sociedade melhor, mas é necessário 
que haja um desejo coletivo e uma dedicação de todos para que o processo se 
consolide. O emprego da Informática não diminuirá as distâncias entre as classes 
sociais nem promoverá a inclusão digital, ou o letramento digital, como muitas 
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Anhanguera - Pedagogia – Tecnologias Aplicadas à Educação – Temas 1 ao 8.............................. Página 11 de 48 
pessoas afirmam hoje, mas, sim, os projetosa serem implantados utilizarão a 
tecnologia da informática como ferramenta fundamental para atingir os objetivos 
pedagógicos propostos por um educador bem-capacitado. 
Além disso, é fundamental que os alunos conheçam as novas tecnologias e 
aprendam a utilizá-las. Para adquirir esse domínio, precisam possuir habilidades 
relacionadas ao tratamento da informação, isto é, precisam aprender a localizar, 
selecionar, julgar a pertinência, procedência, utilidade das informações, bem como 
ter capacidade de criar e comunicar-se por esses meios. 
A velocidade de acesso às informações e modificações dos recursos 
tecnológicos pode, por um lado, fazer com que algumas pessoas se sintam 
discriminadas ou constrangidas diante da incapacidade de realizar algumas 
atividades, mas, por outro lado, possibilita a aprendizagem contínua por meio da 
autonomia na construção e reconstrução do conhecimento, conforme as novas 
informações são processadas. 
Podemos considerar, ainda, que a incorporação das novas tecnologias só tem 
sentido se for para melhorar a qualidade do ensino, contribuindo, assim, para o 
processo ensino aprendizagem de forma positiva. 
Se, atualmente, queremos provocar mudanças significativas no processo 
educacional, é necessário compreender, com clareza, a diferença entre duas 
abordagens conceituais que têm o objetivo de desenvolver o ensino de diferentes 
áreas do conhecimento por meio dos computadores, cabendo ao professor a criação 
de situações de aprendizagens desafiadoras. 
Almeida (2001, p. 19) afirma que: 
“As intenções e metas de uma atividade pedagógica são explicitadas no projeto de 
trabalho do professor cujo objetivo fundamental é a aprendizagem do aluno, 
responsável por seus projetos de trabalho e por sua aprendizagem”. 
Deste modo, cabe ao professor articular a utilização das TICs com outras 
atividades desenvolvidas em sala de aula. Na abordagem Instrucionista, de acordo 
com Almeida (2001), o conteúdo a ser ensinado está subdividido em módulos. No 
final de cada módulo, o educando responde a uma pergunta, cuja resposta correta o 
leva ao próximo módulo. 
Caso ele erre, retorna ao módulo anterior até conseguir acertar a resposta 
correta. Os processos pelos quais o educando passa para emitir determinada 
resposta são desprezados. 
Esse tipo de procedimento prepara os educandos para o domínio dos 
recursos da computação. Com base nesta abordagem, originou-se uma nova 
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disciplina totalmente dissociada das demais. Para essa disciplina, destina-se uma 
pessoa (instrutor) que tenha somente domínio sobre o equipamento e, 
consequentemente, sem preocupação com o processo ensino-aprendizagem. Logo, 
não é necessário que seja um educador. 
Conforme Almeida (2001), a abordagem Instrucionista teve sua origem na 
aplicação dos estudos de Skinner, que utilizava a máquina com o conceito de 
instrução programada, ou seja, o conteúdo é dividido em pequenos blocos, de acordo 
com a perspectiva de quem o planejou; ao final, os aprendizes respondem a várias 
questões. Caso esses aprendizes atinjam um mínimo de acertos, eles podem 
prosseguir. 
Na abordagem construcionista, Almeida (2001) afirma que o computador 
não é o detentor do conhecimento, mas, sim, uma ferramenta por meio da qual o 
educando pode buscar informações na rede de comunicação, navegando de forma 
não linear, conforme sua maneira de pensar e suas necessidades. As informações 
obtidas são utilizadas em aplicativos, tais como editor de textos, planilhas 
eletrônicas e apresentações, integradas a outras mídias, fazendo com que o 
educando consiga representar seu conhecimento por meio de sucessivas operações 
que, no final, mostram-se com nova roupagem. Nesta situação, o professor precisa 
se esforçar para compreender o processo mental do aluno. 
Pode-se afirmar que o aluno “ensina” o computador, pois é ele quem 
direciona seu trabalho “dizendo” o que deve ser feito e como deve ser formatado, 
qual imagem utilizar, diferentemente da situação anterior, em que o educando tinha 
de seguir por um caminho predefinido pelo autor do software. 
Conforme Papert (1986, p. 45): 
Os ambientes intelectuais oferecidos às crianças pelas sociedades atuais são pobres 
em recursos que as estimulem a pensar, aprender a falar sobre isto e testar suas 
ideias através da exteriorização das mesmas. O acesso aos computadores pode 
mudar completamente esta situação. 
Enfim, para que o professor possa usar as novas TICs em sua prática 
pedagógica, é necessária uma atualização constante que implica não apenas 
dominar a tecnologia e suas possibilidades, mas que também o instigue a refletir, 
com profundidade, sobre seu papel na Escola. Como mediador da construção de 
conhecimentos junto aos alunos, o professor precisa permanentemente se 
aperfeiçoar, para que sua atuação como profissional de Educação seja competente, 
dinâmica e inovadora. 
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Hipertexto: termo que remete a um texto, ao qual se agregam outros conjuntos de 
informação na forma de blocos de textos, palavras, imagens ou sons, cujo acesso 
ocorre por meio de referências específicas, chamadas hiperlinks (ou simplesmente 
links). Esses links ocorrem na forma de termos destacados no corpo do texto 
principal, ícones gráficos ou imagens e têm a função de interconectar os diversos 
conjuntos de informação, oferecendo acesso às informações que estendem ou 
complementam o texto principal. 
Inclusão Digital: é a tentativa de garantir a todas as pessoas o acesso às Tecnologias 
de Informação e Comunicação (TICs), facilitando sua própria vida pelo uso da 
tecnologia. 
Nativos Digitais: aqueles que nasceram e cresceram com as tecnologias digitais 
presentes em sua vivência. 
Software: programa de computador. 
Virtual: que constitui uma simulação criada por meios eletrônicos. 
 
 
Século XVIII e XIX - O contexto do surgimento da Sociologia Positivista 
O homem, desde os tempos mais remotos, tem a necessidade de comunicar-
se. Neste sentido, a troca de informações, o registro de fatos e o expressar das ideias 
e emoções foram fatores que incentivaram a evolução das formas de comunicação. 
Por isso, atualmente, a comunicação faz-se cada vez mais presente em nossas vidas. 
É por meio dos sentidos que os seres humanos conseguem obter informações 
e, assim, adquirir contato com o meio ambiente, possibilitando a transmissão e o 
recebimento de mensagens. Quanto à troca de mensagens, esta permite ao homem 
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formar uma teia social ou formular ideias coletivamente, desde as mais simples até 
as mais complexas. 
Inicialmente, sons e gestos eram utilizados para transmitir mensagens entre 
os homens, de maneira que, com o tempo, a fala, os símbolos gráficos e a escrita 
cumpriram este papel. 
Temos de considerar, também, que a escrita ocupa um lugar especial na 
capacidade de comunicação humana, pois foi o primeiro método de comunicação 
assíncrono, além de ter possibilitado a perpetuação da história e do conhecimento 
por meio de livros e documentos redigidos. 
O aparecimento de novas tecnologias sempre implica mudanças na 
estrutura da sociedade, como ocorreu com o ato de escrever, o qual evoluiu desde a 
escrita cuneiforme (Figura 3.1), em tijolos cerâmicos, passando pela invenção do 
papel e todas as demais formas de grafia. Entretanto, foi a invenção da prensa 
mecânica (Figura 3.2), por Gutenberg, que expandiu a capacidade da escrita em 
divulgar e perpetuarideias, modificando o modo de pensar, de agir e de perceber o 
mundo. Com isso, iniciou-se, realmente, a democratização do conhecimento. 
 
 
Figura 3.1 Escrita cuneiforme. 
 
 
Figura 3.2 Prensa de Gutenberg. 
 
Mas foi no início do século XX, com o surgimento das várias tecnologias, que 
o homem pôde se comunicar a longa distância, de forma quase instantânea. O 
telégrafo com fio e o rádio são bons exemplos dessas inovações. 
Já a partir da década de 1940 surgiu a chamada Era da Informação, com o 
despontar da cibernética e, consequentemente, de novas tecnologias, as quais 
permitiram uma comunicação mais estruturada, rápida, efetiva e interativa. Neste 
contexto, podemos falar, inclusive, sobre o surgimento e a evolução do computador. 
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Surgimento e Evolução do Computador 
A chegada dos computadores nas salas de aula brasileiras é recente. Porém, o 
desenvolvimento do equipamento para uso em pesquisas já soma décadas. O 
primeiro computador, chamado Z-1, que fazia uso de relês, foi inventado em 1936 
pelo alemão Konrad Zuse (Figura 3.3). 
 
Figura 3.3 O Z-1 foi o primeiro computador criado pelo homem. 
Entretanto, o governo nazista subestimou o equipamento e não se interessou 
pela máquina. Avançando um pouco no tempo, chegamos à Segunda Guerra 
Mundial. Neste período, as pesquisas na área da eletrônica aumentaram, e, em 1944, 
a marinha americana, em conjunto com a Universidade de Harvard e a IBM, 
construiu o MARK I (Figura 3.4). Tal equipamento era um gigante eletromagnético, 
que ocupava 120 metros quadrados, tinha milhares de relês e, para realizar a 
multiplicação de um número de dez dígitos, demorava três segundos. 
 
Figura 3.4 O gigantesco Mark I, da IBM. 
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Paralelamente, o exército americano também desenvolvia seu computador, 
com o objetivo de calcular as trajetórias de mísseis com maior precisão. Inaugurado 
em fevereiro de 1946, batizado de ENIAC, utilizava apenas válvulas, era mil vezes 
mais rápido e tinha o dobro do tamanho do MARK I (Figura 3.5). Contudo, foi o 
matemático húngaro John von Neumann que formalizou, em 1945, o projeto lógico 
de um computador digital e sugeriu a adoção do sistema binário em todos os 
computadores, bem como sugeriu que as instruções fossem armazenadas 
internamente na sequência correta de sua utilização. 
 
Figura 3.5 O ENIAC foi desenvolvido pelo exército. 
A primeira geração comercial de computadores chegou ao mercado em 1951, 
com o UNIVAC, e, posteriormente, com o IBM 701 e 704, além dos ingleses MADAM, 
SEC e APEC. Tais máquinas tinham um tamanho monstruoso e consumiam cerca de 
14.000 watts. 
Com a invenção do transistor, no final da década de 1950, chega a segunda 
geração de computadores, os quais pesavam em torno de 150 quilos e consumiam 
menos que 1.500 watts. Alguns exemplos dessa geração são o IBM 1401, o 
BURROUGHS B 200 e o TRADIC, do Bell Laboratories. Em seguida, surgiram os 
circuitos integrados, apresentados pela Texas Instruments, em 1964, que 
trouxeram ao mundo os computadores de terceira geração. 
Diante disso, surgiram conceitos como memória virtual, sistema 
operacional, multiprogramação e software. Essa geração propiciou o surgimento 
dos microcomputadores ou computadores pessoais e mudou radicalmente a 
sociedade em que vivemos. Há alguns anos, por exemplo, não se imaginava a 
possibilidade da comunicação on-line entre pessoas distantes fisicamente nem o 
compartilhamento de informações por meio do envio de documentos e imagens. 
Com o avanço dos recursos tecnológicos, podemos nos comunicar com mais 
velocidade e de várias formas diferentes. 
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Evolução da Telecomunicação 
A era da telecomunicação foi iniciada em 1844, quando Samuel Morse 
transmitiu a primeira mensagem por uma linha telegráfica entre Washington e 
Baltimore utilizando o Código Morse. A partir de então, a telegrafia foi o único meio 
de telecomunicação por mais de 30 anos. Até que, em 1876, Graham Bell apresentou 
ao mundo o telefone. Tal invento revolucionou a maneira como a telecomunicação 
era feita, em primeiro lugar, por não necessitar da utilização de um código específico 
para isso, pois usava algo que já era de domínio das pessoas: a fala; e, em segundo 
lugar, por ocorrer sem a necessidade de estações especiais para tal operação. 
Outro marco da evolução da telecomunicação foi a invenção do transmissor 
por ondas de rádio em 1895, por Gugliermo Marconi. Obviamente, esse tipo de 
transmissão foi aproveitado para aprimorar o telégrafo e o telefone, tornando-os, 
em alguns casos, independentes de fios. Ademais, foi utilizado em diversas outras 
formas de telecomunicação, como rádio, televisão, rádio de comunicação, satélites 
etc. 
Com a corrida espacial, a telecomunicação ganhou um novo campo. Em 
1957, o primeiro satélite foi posto em órbita pelos russos, de nome Sputnik, que 
transmitia um sinal de rádio em forma de bips que podia ser captado por receptores 
na Terra. Em 1962, entrou em operação o Telstar, o primeiro satélite dedicado à 
telecomunicação que permitia a transferência de conversas telefônicas, fotos e 
sinais de televisão. Atualmente, há uma classe de dispositivos dedicados a realizar a 
comunicação entre dispositivos eletrônicos, como computadores pessoais, consoles 
de videogames, PDAs, celulares etc. Tais dispositivos podem se conectar por cabos e, 
também, por ondas de rádio sem o uso de fios (wireless). As tecnologias mais 
utilizadas para as conexões wireless são: 
- Bluetooth: permite a transmissão de dados de forma simples a uma 
distância de até 100 metros, com velocidade de até 3Mbp/s. 
- Wi-fi: permite a conexão de dispositivos para a transmissão de dados a uma 
distância de até 100 metros. 
- Redes 3G e 4G: utilizadas pelo serviço móvel celular com o objetivo de 
disponibilizar uma conexão para transmissão de dados em alta velocidade. 
Essas formas de transmissão nos trazem para uma nova realidade em 
telecomunicações: os podcasts. Esses arquivos de áudio podem ser acessados de 
tablets, celulares e computadores, distribuídos via feed RSS, ou seja, enviados em um 
formato de distribuição em tempo real pela internet. O usuário escolhe o assunto de 
seu interesse, assina o canal de notícias e recebe as atualizações permanentemente 
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como músicas, programas esportivos, culturais, opiniões, tudo gravado e sem 
precisar navegar pelo site principal. 
O Desenvolvimento da Internet 
No final da década de 1950 e início da década de 1960, pesquisadores 
utilizaram linhas telefônicas para que computadores pudessem realizar troca de 
dados. Em resposta ao lançamento do satélite russo Sputnik, em 1957, foi criada, 
pelo departamento de defesa dos Estados Unidos, a Advanced Research Projects 
Agency (ARPA). Como alternativa a uma rede de computadores centralizada no 
Pentágono, foi lançada, em 1969, a ARPANET, que interligava os departamentos de 
pesquisa da ARPA sem qualquer tipo de centralização. 
Pouco tempo depois, nas décadas de 1970 e 1980, a ARPANET estendeu-se 
para fins militares, de maneira que apenas os pesquisadores que possuíam trabalhos 
relativos à defesa tinham autorização para se conectar à rede. Foi apenas na década 
de 1990 que o departamento de defesa permitiu quecivis tivessem acesso à rede, que 
viria a ser denominada internet. Em 1995, havia seis milhões de computadores 
unidos permanentemente à rede. 
Desde então, termos como multimídia, hipertexto, telemática e hipermídia 
são frequentes em nosso cotidiano. O desenvolvimento tecnológico e a internet, de 
fato, revolucionaram a maneira como vivemos e como enxergamos o mundo. Temos 
hoje um mundo globalizado e interconectado, em que as informações e o 
conhecimento estão a apenas um clique de nós. Na Educação, para que o professor 
possa usar esses recursos em sua prática pedagógica, é preciso uma formação 
adequada e uma constante atualização. Essa situação implica não somente dominar 
a tecnologia e suas possibilidades, mas uma reflexão profunda sobre o papel do 
professor nos novos tempos e na sociedade da informação. 
O número gigantesco de usuários fez que a internet tivesse os mais diversos 
propósitos: acesso à rede de pesquisa, a servidores remotos de dados e a servidores 
de jogos, os quais foram algumas das primeiras aplicações da internet. Diversos 
outros serviços passaram a estar disponíveis pela internet em virtude da evolução 
da tecnologia, como acessos a banco de dados, Educação a Distância, transações 
bancárias, serviço de vendas (e-commerce), serviços de relacionamentos, entre 
outros. Atualmente, temos acesso a essas tecnologias, como a produção colaborativa 
de conteúdo, a aprendizagem eletrônica (e-learning), que tem exigido a inserção do 
computador no processo de ensino-aprendizagem em todos os níveis e modalidades 
educacionais. 
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Outro fator que contribuiu para o crescimento da internet é seu potencial 
para uso nos negócios, podendo agilizar processos ou reduzir custos de 
comunicação. Neste contexto, uma das áreas mais exploradas é a realização de 
transações comerciais via web, a qual é denominada comércio eletrônico, ou e-
commerce. Existem vários exemplos na internet de empresas que tiveram sucesso 
em suas operações on-line. No Brasil, temos o caso da Americanas.com, que possui 
lojas físicas, e do Submarino, que não tem. Mas é a Amazon.com o maior caso 
internacional de sucesso, que iniciou suas operações como uma livraria. 
Educação a Distância (EAD) 
Estamos vivenciando de modo efetivo algo que você está, neste momento, 
realizando: a Educação a Distância. As novas Tecnologias da Informação e 
Comunicação têm ocupado vários papéis na sociedade atual. Ao ensino, elas têm 
propiciado grandes avanços, desde a automatização de tarefas administrativas até o 
apoio ao processo de aprendizagem. A junção das novas tecnologias multimídias 
com as possibilidades oferecidas pelas telecomunicações e a internet tem 
revolucionado a forma como o conhecimento é disseminado na sociedade, 
especialmente, com a Educação a Distância (EAD). 
Apesar do grande destaque que a EAD tem recebido ultimamente, ela não é 
uma atividade nova. O esforço de levar conhecimento a pessoas distantes é realizado 
há muito tempo, tanto que alguns se confundem com o aparecimento da própria 
escrita. Tais esforços sempre foram potencializados com a evolução dos meios de 
comunicação, por exemplo, a imprensa, e da telecomunicação, como o rádio, a 
televisão e, recentemente, a internet. 
O desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da comunicação e da 
informação provocou mudanças na evolução da EAD. Essa evolução tecnológica da 
qual a EAD faz parte pode ser dividida em fases cronológicas: 
 A primeira ocorreu até a década de 1960 ‒ foi chamada de geração 
textual e utilizava somente textos impressos enviados pelos Correios. 
 A segunda ocorreu entre as décadas de 1960 e 1980 ‒ foi chamada de 
geração analógica e utilizava como suporte textos impressos 
complementados por recursos tecnológico-audiovisuais. 
 A terceira, e atual, é a geração digital ‒ utiliza o suporte de recursos 
tecnológicos modernos, tais como as tecnologias de informação e 
comunicação e de fácil acesso à internet e a banco de dados. Neste 
contexto, a Informática, representada pelos mais diferentes recursos 
de tecnologia, foi aos poucos sendo incorporada na educação, de tal 
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forma que hoje ninguém consegue imaginar nenhum processo de 
desenvolvimento cognitivo sem o apoio dela. 
A integração de diferentes tecnologias ao processo educacional trouxe 
inúmeros benefícios, tais como a agilidade de acesso às informações, a flexibilidade 
de ensino e aprendizagem, a possibilidade de simular um ambiente educacional 
contextualizado, próximo à realidade profissional e pessoal do aluno. A EAD permite 
oportunidades de educação que utilizam estratégias diferenciadas para um número 
crescente de pessoas que procuram por modelos alternativos, e isto permite que as 
pessoas possam adquirir, atualizar ou complementar seu conhecimento pessoal ou 
profissional. 
Tecnologia Educacional 
Quando falamos em tecnologia educacional, automaticamente associamos a 
ela atividades que envolvam computadores e softwares, ou seja, a informática 
auxiliando o processo de ensino-aprendizagem em ambientes de aprendizagem. Mas 
será que tecnologia educacional se resume a isso? 
Um livro-texto é considerado uma “tecnologia educacional”; a lousa, o giz, 
todos o são; enfim, se empregarmos o conceito específico de tecnologia, notaremos 
que, especificamente no contexto educacional, utilizamos muitas tecnologias para 
facilitar tanto o processo de ensino quanto o de aprendizagem. 
A experiência de implantação do uso da tecnologia em escolas, tanto 
particulares como públicas, já nos mostrou que não basta ter computadores em salas 
de aula nem laboratórios, internet, softwares, projetores multimídia, livros, 
apostilas se esses recursos não forem utilizados para produzir conhecimento. 
Por mais versátil que essas ferramentas possam parecer à primeira vista, é 
preciso algo a mais para que se produzam ganhos significativos nos processos 
educacionais contando com tais recursos. 
Considerando este contexto, a afirmação de Levy (2008, p. 161) é muito 
relevante: 
[...] As novas tecnologias da comunicação e da informação transformam o conceito 
de conhecimento. O adquirir de competências torna-se um processo contínuo e 
múltiplo, em suas fontes, em suas vias de acesso, em suas formas. Um autêntico 
universo oceânico de informações alimenta o fluxo incessante de construções 
possíveis de novos saberes. Nessa perspectiva, a tecnologia sempre esteve presente 
nos contextos educacionais, seja pelo uso do quadro-negro, do livro didático ou da 
televisão. 
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No início, a impressão de um livro era entendida como uma ação que 
utilizava “modernas tecnologias”; entretanto, com o passar do tempo, fomos nos 
acostumando a várias tecnologias, a ponto de essa palavra, hoje, ser usada quase 
exclusivamente para softwares, hardwares, realidade virtual, internet, mídias etc. 
A mídia, como a origem da palavra sugere: meios, é algo que se coloca entre, 
no mínimo, dois participantes da dinâmica educacional: aluno-professor, aluno-
aluno, professor aluno, entre outras possibilidades de configuração. 
A mídia não é só a mensagem. Toda mídia, como meio que se interpõe e 
viabiliza a interação entre pessoas participantes de um processo educacional, não é 
o agente criativo; ela pode carregar mensagens em informações, mas, por si só, é 
incapaz de produzir conhecimento, pronto para ser oferecido. 
Informática Aplicada à Educação 
Pierre Lévy fez umaconstatação muito importante sobre o computador, pois 
ele é incompleto sem principalmente o homem ao seu comando: 
“o computador não é o centro, mas um pedaço, um fragmento da trama, um 
componente incompleto de uma rede calculadora universal” (LÉVY, 1996, p. 47). 
O uso de tecnologias cada vez mais avançadas tem exigido das instituições 
educacionais uma revisão de seus conceitos, de seus métodos, de seus recursos. Com 
a missão de preparar os jovens que estão sob sua responsabilidade para exercer 
plenamente a cidadania em um mercado cada vez mais competitivo, nenhuma 
instituição pode fechar os olhos para as grandes mudanças que se anunciam para 
aqueles que têm o domínio tecnológico, tampouco pode se eximir de refletir sobre o 
significado da adoção dessas novas tecnologias em seus projetos pedagógicos. 
A descoberta de novas formas de ensinar e aprender por meio da informática 
é um desafio extremamente motivador que implica e demanda trabalhos de 
investigação voltados para a produção de meios e materiais que possibilitem 
também a teorização a respeito de sua aplicação em relações mediadas por esta 
tecnologia. 
Direito Autoral e Domínio Público 
Antes da internet, não era comum ouvirmos falar sobre direitos autorais. Era 
uma área do conhecimento geralmente restrita aos especialistas jurídicos que se 
interessavam pelo assunto. 
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Porém, a sociedade digital trouxe consigo uma realidade muito mais 
participativa e colaborativa. Hoje, o internauta usa da tecnologia e da internet para 
ser consumidor de informação e autor/produtor de informação. E, por isso, deseja 
ter a liberdade de criação, mas também a garantia de proteção sobre sua obra. 
Mas precisamos entender o que é isso. Direitos Autorais são os direitos que 
um autor tem por ter criado uma obra. 
E pode ser de dois tipos: moral e patrimonial. 
A ideia, por si só, não há como ser protegida, a não ser que materializada. 
Os direitos morais não podem ser vendidos nem o autor pode abrir mão 
deles. Um exemplo foi na Grécia antiga, onde era comum o autor vender a autoria de 
sua peça, ou seja, uma pessoa escrevia uma peça teatral e a vendia para outra pessoa; 
assim, essa última pessoa passaria a assinar como autora da obra. 
Os direitos patrimoniais, por sua vez, relacionam-se essencialmente com a 
exploração econômica da obra, ou seja, a condição de autor não pode ser vendida, 
mas a obra pode, e a venda da obra implica a venda também dos direitos de explorá-
la comercialmente. 
Outra frase comum que sempre ouvimos é: “Ah! Esse livro caiu em domínio 
público!”. 
Mas, o que é isso mesmo? 
Domínio Público é uma situação jurídica na qual se encontra a obra cujo 
prazo de proteção expirou; a obra de um autor falecido que não deixou herdeiros; ou 
a obra de um autor desconhecido. A regra geral para o domínio público tem como 
prazo de proteção da obra 70 anos a partir de 1° de janeiro do ano seguinte ao do 
falecimento do autor. Porém, a obra cairá imediatamente em domínio público após 
o falecimento do autor, caso ele não tenha sucessores. 
Isso nos leva a pensar em outro assunto: o plágio na educação. 
Principalmente em sala de aula, em que a construção do conhecimento é diária, 
precisamos nos atentar para o assunto. 
Muitas vezes buscamos inspiração ou referências em outros trabalhos, por 
exemplo, em uma pesquisa na internet. Isso é comum e não há qualquer problema. 
Porém, é importante que essa inspiração não leve ao plágio, ou seja, à cópia idêntica 
da obra pesquisada. Isso vale para a internet, mas também para livros, revistas etc., 
ou seja, não podemos copiar o que outra pessoa criou sem que este material original 
seja citado. 
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A obra pode ser alterada se for de domínio público, como vimos 
anteriormente. Mas, se esse conteúdo for protegido, não podemos copiá-lo, pois 
estaríamos infringindo os direitos do autor. Quer um exemplo? Um trabalho de 
escola não pode ser copiado da internet. Sabe por quê? Além da questão do 
desenvolvimento do aluno, é importante saber que a cópia simples, sem a referência 
da origem da informação, não é legal. 
Como não dá para pedir autorização na hora do trabalho para o autor 
daquelas informações que nos interessam, podemos aproveitar o direito de citação 
ou referência. 
É simples: você pode utilizar as informações em seu trabalho, seja copiando 
um trecho contínuo ou parafraseando, mas deve colocar quem é o autor daquela 
informação. 
Tomando este cuidado, você estará respeitando a lei do Direito Autoral e 
facilitando o entendimento do seu trabalho. 
 
 
Assíncrono: que não mantém sincronia. 
Cidadania: cidadania (do latim, civitas, “cidade”), em Direito, é a condição da pessoa 
natural que, como membro de um Estado, encontra-se no gozo dos direitos que lhe 
permitem participar da vida política. 
Cibernética: ciência que tem por objeto o estudo comparativo dos sistemas e 
mecanismos de controle automático, regulação e comunicação nos seres vivos e nas 
máquinas. 
Habilidade: qualidade ou característica de quem é hábil. 
Hipermídia: é a reunião dos conceitos de não linearidade como hipertexto, interface 
e multimídia em uma só linguagem. 
Hipertexto: sistema que contém referências internas, que são os hiperlinks ou links, 
que nos levam a outros documentos. 
Telemática: integração de recursos da Informática e da Telecomunicação. 
 
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A evolução de uma ação pedagógica pode estimular e incitar o aluno a 
aprender, de acordo com a qualidade e seu objetivo. Somente numa relação de 
afinidade, respeito, empatia, confiança, constitui-se uma relação que propicia a 
aprendizagem do aluno. Na mediação pedagógica, o professor provoca, 
problematiza, desafia e ao mesmo tempo estimula a autonomia do aluno, o interesse 
pelo conteúdo, o gosto por aprender. 
A mediação pedagógica é um processo de interação, no qual tanto o professor quanto 
o aluno aprendem e ensinam juntos, em coconstrução, pois quem ensina aprende ao 
ensinar e quem aprende ensina ao aprender (FREIRE, 1997, p. 25). 
Como a aprendizagem não se dá espontaneamente, os envolvidos exercem 
papéis fundamentais para que ela ocorra. 
O veículo da mediação continua sendo a linguagem. No entanto, com as TIC, 
a linguagem ganha a dimensão da virtualidade e, por isso, toda a potencialidade para 
ir além da linguagem oral e escrita. No entendimento de Silva (2014), a cibercultura 
é uma linguagem que traz uma série de novas possibilidades de transmissão, 
fixação, reprodução, modificação, difusão e manipulação da mensagem. Por meio da 
internet, o sujeito não apenas tem acesso à informação, mas também a produz numa 
arquitetura não linear, hipertextual, de conectividades em rede. 
Sendo assim, o professor, antes detentor do conhecimento, passa a ser mediador de 
um domínio de diferentes linguagens, visando ampliar e diversificar as formas de 
interagir e compartilhar experiências em novas dimensões de tempos e espaços. 
(FELDMANN, 2000). 
Se a proposta de uso das TIC na escola não tiver um comprometimento com 
suas implicações na aprendizagem, se os professores não se apropriarem dos 
recursos para diversificar suas situações de aprendizagem, dificilmente será 
possível afirmar que houve inovação na prática pedagógica e, consequentemente, na 
relação ensino-aprendizagem. 
A introdução de aparatos tecnológicos na escola não se refere apenas à 
possibilidade de propiciar aos alunos e professoreso contato e a aquisição de 
habilidades tecnológicas, ela deve estimular a desconstrução de estruturas antigas e 
priorizar uma educação criativa. 
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Ou seja, utilizar as TIC no processo de mediação pedagógica pode ser 
inovador se as tecnologias forem mediadoras deste processo de ensino-
aprendizagem. O professor pode integrar as tecnologias à mediação pedagógica de 
inúmeras formas, de acordo com seus conhecimentos e necessidades. Ele pode 
expandir seu universo comunicativo – escrito, oral, imagético, hipertextual, 
animado – experimentando diferentes mídias, provocando o aluno por formas de 
compreensão. Ele pode expandir sua experiência metodológica, propiciando 
inúmeras experiências de trabalhos individuais ou em grupos, presenciais, 
semipresenciais ou a distância, promovendo atividades interativas, de simulação e 
de programação, permitindo a criação de novas situações de aprendizagem. Ele pode 
expandir seu universo organizacional, de interação, de pesquisa, de busca de 
informações. 
Para isso, é fundamental que o educador atue como mediador de maneira 
pedagógica e interativa, fomente a inter-relação, estimule e incentive a participação 
colaborativa dos alunos. A escola possui, atualmente, como instrumento de 
trabalho, a informação e deve trabalhar para que seus alunos se apropriem e 
construam algo além dela. Para tanto, a educação, por meio dos professores, deverá 
criar situações de aprendizagem nas quais os alunos realizem atividades e 
construam o seu conhecimento. 
Aprendizagem colaborativa 
Atualmente não é fácil aprender e conviver sem, em algum momento, 
sermos estimulados a trabalhar em equipe, de forma colaborativa. Crescemos com 
nossos pais e professores nos ensinando que, na escola, devemos dividir nossos 
brinquedos, ajudar quem precisa e ser solidário. 
Independentemente do que acontece ao longo do caminho, as questões 
colaborativas e cooperativas têm se tornado cada vez mais presentes, em razão dos 
recursos virtuais de estímulo à aprendizagem. Você não deve apenas trabalhar 
sozinho, no seu computador, mas também ter uma postura de aprendiz e 
colaborador em qualquer processo. 
O uso das TIC na prática pedagógica mostra que a utilização de diferentes 
mídias de forma integrada ao processo de ensino-aprendizagem contribui para a 
formação de uma pessoa mais criativa e engajada no seu desenvolvimento. 
Entretanto, um dos focos no desenvolvimento de nossos alunos é a habilidade de 
trabalhar em equipe (local ou virtual), de forma colaborativa. 
Muitos alunos, mesmo sem saber, já estão familiarizados com esse contexto 
de colaboração no dia a dia, por meio do uso de seus Skype, Facebook, Twitter, 
Instagram etc., contudo o conceito de cooperação a favor da construção de um 
conhecimento pode não ser tão claro para eles. 
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Os avanços tecnológicos dos meios de comunicação e informática 
possibilitam novas formas de comunicação entre as pessoas. Num primeiro 
momento, havia apenas a comunicação do foco; posteriormente, o 
compartilhamento de experiências e, com isso, a troca de informações e conceitos, 
objetivando crescimento (muitas vezes, pessoal) de forma colaborativa. Um 
adolescente, quando recorre a um amigo online para perguntar sobre características 
pessoais ou acadêmicas e obtém respostas, cria, sem perceber, um ambiente 
colaborativo de aprendizagem. 
Para Almeida (2001), ambientes colaborativos de aprendizagem, ou 
ambientes virtuais de colaboração e aprendizagem, podem ser "construídos” por 
meio de um software específico para comunicação online. Por meio desse software, 
um grupo de pessoas aprende em colaboração, mediadas pelas tecnologias de 
informação e comunicação e com o apoio de um educador orientador. 
De acordo com Moran (2013), os ambientes colaborativos possibilitam a 
socialização das produções, ideias e pesquisas de educandos e educadores com fácil 
atualização e participação de terceiros. 
Nesse contexto, podemos falar sobre as principais características de uma 
comunidade virtual de aprendizagem, ou seja, um grupo conectado com o mesmo 
objetivo: 
1) A comunicação não depende nem do tempo, nem do local; 
2) A comunicação se dá entre muitas pessoas; 
3) O produto é coletivo; 
4) Os participantes são ativos; 
5) A escrita é estimulada; 
6) A comunicação ocorre por meio do computador conectado à internet; 
7) A possibilidade de haver um mediador que anima, incentiva e viabiliza o 
debate; 
8) A motivação dos participantes é importante. 
Além disso, podemos citar diversos tipos de ambientes colaborativos 
disponíveis na internet, tais como: 
1. Blog: é uma página na internet que é utilizada como um diário virtual. O 
usuário pode postar textos, imagens, vídeos e sons. Pode ser utilizada 
pedagogicamente como uma ferramenta de registro e de socialização. 
2. Fotolog: página na internet cuja função é a de um álbum de fotografias. 
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3. Videolog: página na internet que armazena vídeos. 
4. Facebook, Google+: redes criadas na internet com o objetivo de ajudar seus 
usuários a criar novas amizades ou a mantê-las. 
5. Wiki: ambiente colaborativo que permite a edição coletiva. 
6. Wikispaces: sites de hospedagem de outros wikis. 
7. Writely: ambiente colaborativo de edição de textos online. 
8. Equitext: ambiente colaborativo de edição de textos online. 
9. Podcast: arquivos de áudio que podem ser acessados pela internet. 
10. Twiki: ferramenta de escrita colaborativa. 
Em tais comunidades, é possível reunir ações das mais variadas com os 
alunos, desde que com objetivos claros tanto para o professor quanto para o aluno. 
Além disso, a linguagem utilizada na comunicação em tempo real, mediada por 
computador, é praticamente uma transcrição da fala, porque o que se escreve é 
aquilo que se quer falar. 
Com isso, a linguagem está sendo recontextualizada, passando a ter 
características como o imediatismo, a redundância e elementos da fala em situações 
de interação verbal em tempo real. 
Pode-se afirmar, então, que uma nova escrita está sendo criada, com 
características da fala, a qual não respeita as regras da linguagem escrita tradicional. 
Outro exemplo desse tipo de linguagem é o blog (diário pessoal virtual), que 
as pessoas utilizam para postar textos, imagens e sons que podem ser atualizados e 
reescritos conforme a necessidade. O conteúdo está sempre acessível ao público, 
diferentemente do que acontecia com o gênero anterior de diário pessoal, em que a 
escrita era uma forma de registro permanente. 
Os ambientes colaborativos de aprendizagem modificam também a forma de 
realizar a leitura, pois na leitura tradicional aprendemos que os olhos deveriam se 
mover de cima para baixo e da esquerda para a direita. Você sabia que isso não 
acontece quando lemos alguma página na internet? 
Isso não ocorre porque os elementos visuais e sonoros (cores, imagens, sons, 
animação e vídeo) com o texto escrito chamam a atenção, simultaneamente, para 
diversos pontos na página, e acabamos não lendo a página toda. Temos a opção de 
escolher somente o que interessa ou o que chama mais nossa atenção. 
Se compararmos dois leitores, constataremos que escolheram caminhos 
diferentes, pois, em uma página multimodal, ou seja, com vários recursos de 
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comunicação, como escrita, imagens e sons, um deles poderá escolher somente ler 
um texto, enquanto o outro prefere ouvir música ou observar uma imagem antes de 
ler o texto. 
O mesmo fato acontece quando o leitor se depara com um hipertexto, já que 
ele, à medida que lê, escolhe os links de seu interesse. 
Podemos, então, afirmar que a linguagem utilizada nas comunidades de 
prática em questão é composta por um conjunto complexo de habilidades que 
interagem, tais como a leitura, a escrita, a fala e a compreensão oral. 
Moran (2000, 2013), em seus textos, nos incita a refletir sobre os avanços 
tecnológicos e a inserção desses recursos na sala de aula. Tudo aconteceu tão rápido 
que não tivemos condições nem de explorá-los intensamente, nem de aprender a 
utilizá-los. Ainda hoje, encontramos muitos educadores que utilizam as tecnologias 
somente para ilustrar as suas aulas. 
A internet está presente no cotidiano e provoca mudanças tanto na educação 
presencial quanto na educação a distância, pois favorece um trabalho cooperativo e 
colaborativo entre as pessoas. Ela, quando utilizada a favor do processo educacional, 
pode potencializar a aprendizagem colaborativa por meio da comunicação entre as 
partes. 
Para Silva (2002), a aprendizagem é um processo de construção em que o 
educando é o autor de sua própria aprendizagem. Nesse contexto, o professor que 
consegue transpor o simples fato de comunicar por meio digital e direcionar seus 
alunos para uma comunicação participativa estimulará a responsabilidade, a 
participação, a comunicação, a interação e o confronto de ideias dos alunos, além de 
desenvolver as competências básicas: curiosidade, criatividade, capacidade de 
trabalhar em equipe, de saber comunicar-se e de buscar. 
Podemos concluir, então, que as pessoas que trabalham de maneira 
colaborativa são coautoras do processo de interação e criação. Cada uma é 
responsável pela sua própria aprendizagem e pela ação colaborativa. Assim, 
seguindo esse mesmo raciocínio, as pessoas tornam-se corresponsáveis pela 
aprendizagem do grupo. 
Como você já pôde observar, mencionamos bastante o papel do professor; 
mas como será o novo papel do aluno? 
Atualmente, existe uma preocupação em relação ao papel dos alunos, a fim de que 
eles sejam mais ativos, autodirigidos, criativos, críticos, pesquisadores e atuantes, 
caso nós, educadores, queiramos que eles produzam conhecimento e transformem 
a nossa realidade (BEHRENS, 2005). 
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Todavia, aprender nesse novo contexto requer habilidades que deverão ser 
desenvolvidas junto ao processo, desde que o professor crie situações para tanto. O 
professor que estimula esse projeto torna-se um dos aprendizes por meio do teste e 
da análise crítica de suas iniciativas. À medida que os participantes de uma 
comunidade virtual se relacionam, realizam trocas que se somam às outras 
vivências. 
Tendo como referência as duas abordagens pedagógicas, a abordagem 
construcionista e a abordagem interacionista, podemos incluir os ambientes 
colaborativos de aprendizagem na abordagem construcionista, pois, conforme 
Nevado (2005), apresentam as seguintes características: 
1. O conhecimento é constantemente construído graças às trocas de 
informações. 
2. O papel do educador é o de provocar situações de desequilíbrios, que levam 
o educando à reconstrução de novos conhecimentos. 
3. O educando é ativo, participante, de maneira que experimenta e 
compartilha novas situações. 
4. O foco está no ato de aprender e não no de ensinar. 
5. A relação educador-educando é flexível. 
6. O educador é parceiro do educando nas atividades e/ou projetos, 
favorecendo a prática da autoria e de novas formas de escrita e leitura coletivas por 
meio de hipertextos. 
Espaços de aprendizagem tradicionais e virtuais 
O professor Peters (2003) nos chama a atenção para a grande diferença entre 
espaços de aprendizagem colaborativos reais tradicionais e os espaços de 
aprendizagem virtuais. 
Nos espaços tradicionais, as atividades de aprendizagem são fixas em razão 
do tempo e da localização, ou seja, o grupo apresenta-se em locais e horas 
preestabelecidos para trocar informações e experiências. 
Já nos espaços virtuais, o tempo e os locais não são fixos, criando uma 
infinidade de atividades, iniciativas de pesquisas e, principalmente, de troca de 
informações, experiências e conhecimento, conforme os desafios são apresentados 
e partindo da "limitação" ou iniciativa de cada integrante do grupo. 
Tendo em vista o acesso à internet, a determinados softwares e recursos da 
maioria dos nossos alunos, Peters (2003) sugere uma lista de ações que podem servir 
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de norte para o desenvolvimento de projetos que buscam explorar a construção do 
conhecimento de forma colaborativa: 
1. Apresentação de dados e informações por meio da utilização de sites 
específicos, como Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), Ministério da Educação 
(MEC), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) etc., além de participação 
em web conferências. 
2. Obtenção de informações por meio de sites de busca de reconhecimento 
científico, bibliotecas, dicionários, revistas digitais especializadas (Google 
Acadêmico, Scielo etc.). 
3. Comunicação por meio de correio eletrônico e softwares de comunicação 
via voz. 
4. Exploração por meio da utilização de hipertextos presentes tanto nos sites 
pesquisados quanto compartilhados entre os alunos. 
5. Armazenamento e recuperação de informações para uso posterior. 
6. Multimídia por meio de apresentações que incluem textos, gráficos, 
imagens, vídeos, áudio e animações. 
7. Processamento eletrônico de textos: hipertextos e hipermídias. 
8. Simulação virtual, realidade virtual e recursos 3D online: jogos de 
simulação, museus virtuais, visitas virtuais. 
Se você observar e analisar criticamente, perceberá que todas essas sugestões 
tiveram como ponto de partida a tradicional visita a uma biblioteca, as reuniões em 
casas de amigos e a redação de um único trabalho em "grupo" criado, hoje, com o 
avanço da tecnologia. Essa integração entre os elementos possibilitou a transposição 
das questões de tempo e espaço. 
Nesse contexto, para que o trabalho atinja o objetivo proposto de construção 
colaborativa do conhecimento, é fundamental o papel do professor, direcionando o 
processo para que o grupo não se afaste do objetivo preestabelecido. 
O uso das tecnologias de informação e comunicação em educação está voltado à 
promoção da aprendizagem, procurando despertar nos alunos o exercício da dúvida 
para que compreendam suas ações e representações, revelando a sua identidade, 
abolindo a polarização objetividade-subjetividade, interagindo com o outro e com 
diferentes formas de produção do conhecimento, "convidando a pensar-se a si 
mesmo na complexidade” (MORIN, 1982 apud ALMEIDA, 2001, p. 37). 
 
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Abordagem Construcionista: Almeida (2001) afirma que o computador não é o 
detentor do conhecimento, mas, sim, uma ferramenta por meio da qual o professor 
pode buscar informações na rede de comunicação, navegando de forma não linear, 
conforme sua maneira de pensar e suas necessidades. As informações obtidas são 
utilizadas em aplicativos, tais como editor de textos, planilhas eletrônicas e 
apresentações, integradas a outras mídias, fazendo com que o educando consiga 
representaro seu conhecimento por meio de sucessivas operações que, no final, se 
mostram com nova roupagem. Nessa situação, o professor precisa se esforçar para 
compreender o processo mental do aluno. 
Pode-se afirmar que o aluno "ensina" o computador, pois é ele quem direciona o seu 
trabalho "dizendo" o que deve ser feito e como deve ser formatado, qual imagem 
utilizar, diferentemente da situação anterior, em que o educando tinha que seguir 
por um caminho predefinido pelo autor do software. 
Abordagem Interacionista: Conforme Almeida (2001), a abordagem instrucionista 
teve sua origem na aplicação dos estudos de Skinner, que utilizava a máquina com o 
conceito de instrução programada, ou seja, o conteúdo é dividido em pequenos 
blocos, de acordo com a perspectiva de quem o planejou; ao final, os alunos 
respondem a várias questões. 
Caso esses aprendizes atinjam um mínimo de acertos, eles poderão prosseguir. 
Aparatos tecnológicos: equipamentos, estruturas e aparelhos interativos 
(tecnológicos digitais). 
Aprendizagem colaborativa: é um recurso metodológico que usa a interatividade 
entre alunos e professor para que estabeleçam buscas, compreensão e interpretação 
do assunto estudado. É realizado em grupos e seu elemento essencial é o trabalho 
coordenado em equipe. 
Inovador: que ou o que inova; aquele que não é retrógrado. 
WebQuest: é uma metodologia de pesquisa voltada principalmente para a utilização 
da internet na prática pedagógica. Reúne uma série de atividades didáticas com foco 
em recursos da própria internet. 
 
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Discutir o uso de recursos audiovisuais tem grande relevância, porque exige 
uma reflexão acerca do papel do professor e do aluno em tempos de integração da 
mídia escrita e eletrônica no processo de ensino-aprendizagem. Essa integração não 
é simples, mas a prática tem feito com que haja cada vez mais reflexão sobre as 
especificidades das diferentes mídias e as possibilidades de utilizá-las 
pedagogicamente no contexto escolar. 
As novas tecnologias têm trazido, além de novos desafios à Educação, 
reflexões sobre as formas de ensinar e aprender, e maneiras inovadoras na 
construção do conhecimento. 
Esta situação nos mostra a necessidade cada vez maior de criarmos 
momentos e espaços para discussão e estudos voltados à apropriação dessas 
tecnologias no contexto educacional. 
Na sala de aula, a discussão sobre as influências das mídias na sociedade 
colabora para o desenvolvimento do olhar crítico do aluno sobre as mensagens 
subliminares inseridas em nosso dia a dia. Entretanto, é função do professor mediar 
o olhar crítico do aluno sobre o mundo e sobre, inclusive, o uso da tecnologia e sua 
importância. 
Com o foco em algumas mídias, em suas especificidades, possibilidades 
pedagógicas e implicações no processo de ensino-aprendizagem, Ferraz (2008, p. 
123) ressalta: 
Uma das questões amplamente discutidas relacionadas ao quanto e como a mídia 
influencia no processo da aprendizagem. Inúmeras pesquisas são realizadas 
constantemente para sustentar teorias que discutem as possibilidades e limitações 
das mídias utilizadas no contexto educacional. [...] a capacidade particular de uma 
mídia em conjunção com métodos cuidadosamente planejados podem abstrair 
todas as vantagens que ela possui e aplicá-la no contexto educacional, entretanto, 
segundo a autora, é importante salientar que mídia e métodos são indissociáveis. [...] 
a capacidade da mídia de fazer diferença no processo de aprendizagem é dependente 
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da forma como ela é utilizada, e estruturá-la de forma adequada significa não só 
oportunizar o desenvolvimento cognitivo, mas de habilidades e competências [...]. 
 Os temas “Mídia na Escola” e “Recursos audiovisuais na Escola” nunca 
estiveram tão em pauta. Mas, se começarmos a refletir sobre os temas, algumas 
questões surgirão, por exemplo: Quais são as mídias e as tecnologias usadas na 
escola? Quais são as mídias e as tecnologias não usadas na escola? O que são recursos 
audiovisuais, de fato? Qual é a maneira mais adequada para utilizá-los? Como 
perceber se estou utilizando adequadamente uma tecnologia, um recurso 
audiovisual, seja como aluno ou professor? 
Na década de 1980, com o surgimento das TICs, que passaram a nos conectar 
ao mundo, percebeu-se a necessidade implícita de essa realidade fazer parte do 
contexto educacional, mas ainda um bom tempo seria necessário para que 
pudessem fazer parte do processo de ensino-aprendizagem. 
Sem dúvida, o professor pode criar um ambiente virtual, a fim de trocar 
informações de interesse dos seus alunos, como blogs, listas de discussão, e-mails 
etc. Com essas ações, acredita-se que os alunos também se sentirão estimulados a 
aprender por meio da investigação e da pesquisa, o que levará tanto o professor 
quanto o aluno a incluir, cada vez mais, recursos tecnológicos no processo de ensino-
aprendizagem. 
Os avanços tecnológicos têm favorecido uma crescente invasão de imagens 
estáticas e dinâmicas em nosso dia a dia, provenientes da televisão, de outdoors, de 
cartazes, do cinema, de fotografias de jornais e revistas, da internet, das histórias em 
quadrinhos, das charges etc. A evolução tecnológica não é facilmente adequada à 
educação. O processo educacional vem há muito tempo adaptando-se a 
determinadas tecnologias. Entretanto, muitas delas não foram desenvolvidas, 
inicialmente, para serem aplicadas à educação, e sim para outros propósitos 
(FERRAZ, 2008). 
Este repertório traz informações do passado e do presente que precisam ser 
lidas e compreendidas para que possamos conhecer e entender o mundo que nos 
cerca. Diante desta situação, é necessária a alfabetização visual, que consiste na 
construção do olhar crítico para analisar uma mídia por meio de seus diversos 
elementos. 
É claro que muitas escolas no país utilizam na maioria do tempo aulas 
expositivas, com quadro-negro e giz. Muitas vezes, esses são os únicos recursos 
didáticos disponíveis. Por parte dos alunos, é fácil localizar o desânimo para o 
aprendizado. É neste momento que a adaptação de recursos didáticos objetiva 
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melhorar a qualidade do ensino, explorando a aplicação de imagens, movimentos, 
músicas e tecnologias diversas. Essa ação molda o imaginário estudantil e transpõe 
a realidade que será trabalhada em sala de aula. 
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, chamados de PCNs 
(2000, p. 11-12): 
As novas tecnologias da comunicação e da informação permeiam o cotidiano, 
independente do espaço físico, e criam necessidades de vida e convivência que 
precisam ser analisadas no espaço escolar. A televisão, o rádio, a informática, entre 
outras, fizeram com que os homens se aproximassem por imagens e sons de mundos 
antes inimagináveis. [...] Os sistemas tecnológicos, na sociedade contemporânea, 
fazem parte do mundo produtivo e da prática social de todos os cidadãos, exercendo 
um poder de onipresença, uma vez que criam formas de organização e 
transformação de processos e procedimentos. 
A utilização de qualquer outra modalidade didática implica esforço coletivo 
da escola e disponibilidade de materiais. Equipamentos audiovisuais são, talvez, um 
dos recursos didáticos mais utilizados depois da aula expositiva, e há consenso de 
que são aliados importantes para facilitar a aprendizagem, tornando o processo 
educativo mais atraente e dinâmico. 
É importante ressaltar que a utilização

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