Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Estadual do Norte Fluminense – Darcy Ribeiro Bioquímica II – Licenciatura em Ciências Biológicas Resumo Aula 10 – Integração Metabólica As vias metabólicas se dividem em vias anabólicas e vias catabólicas. As vias catabólicas tendem a ser convergentes e as vias anabólicas tendem a ser divergentes. Do ponto de vista metabólico, cada tecido se especializa em determinadas funções. Principalmente o fígado, que possui uma função central para o metabolismo, processando e distribuindo diversos nutrientes. Quando relacionado ao pâncreas, ele secreta insulina e glucagon em resposta aos níveis de glicemia. A insulina é liberada quando há muita glicose no sangue o glucagon quando temos pouca glicose no sangue. E as glândulas adrenais secreta epinefrina quando necessitamos de glicose rapidamente, em situações de luta e fuga. Os açúcares são metabolizados no fígado e convertidos em glicose 6- fosfato. Quando a glicose 6-fosfato está baixa, ocorre a liberação da glicose para a corrente sanguínea. Já quando o excesso, ocorre o estoque do glicogênio, a glicólise, ácidos graxos e etc. Para metabolizar aminoácidos, possuímos vias anabólicas e catabólicas. Em baixa glicemia as proteínas musculares vão para o fígado para a gliconeogênese e são restauradas após a alimentação. Neste estado também, as proteínas musculares são degradadas em aminoácidos. Em intensa atividade, o músculo produz piruvato, lactato e amônia. Pelo ciclo de Cori o lactato vai para o fígado e retorna para o músculo como glicose e pelo ciclo glicose-alanina, piruvato e amônia são levados ao fígado como alanina, que retorna para o músculo como glicose. O músculo utiliza ATP para trabalho mecânico. Em repouso ele consome 50% do O2 que respiramos e utiliza ácidos graxos (AG) e corpos cetônicos. Em atividade moderada, glicose sanguínea além de AG e corpos cetônicos. Já em atividade extrema ocorre a quebra de glicogênio muscular e fermentação láctica. Quando se trata do músculo cardíaco, tratamos de um músculo que nunca para e é completamente aeróbico. Ele utiliza glicose, ácidos graxos e corpos cetônicos. O bloqueio de irrigação sanguínea pode causar trombose ou aterosclerose, levando assim, a morte. O tecido adiposo é amorfo distribuído pelo corpo. Os adipócitos são muito ativos, respondem rapidamente à estímulo hormonal em sua correlação com fígado, músculos esquelético e cardíaco. A epinefrina estimula a ativação da triacilglicerol lipase e a insulina tem o efeito oposto. O cérebro utiliza energia para transmissão de impulsos elétricos. Ele consome quase 20% do O2 que respiramos, utiliza glicose e, em situações extremas, corpos cetônicos. O sangue transporta oxigênio, metabólitos e hormônios. Metade do volume é composto de células, outra metade de parte líquida. Ele é o "intermediário" de quase todas as interações metabólicas entre os tecidos, transporta nutrientes do intestino para o fígado, do fígado e tecido adiposo para outros tecidos. Além de transportar CO2 e hormônios. Quando se trata de sinalização, temos um gene dentro da célula que está sendo reprimido e fora da célula a expressão desse gene é necessária. Porém o gene está isolado. Para que consigamos que isso ocorra, nós necessitamos de um sinalizador na parte externa da célula que será reconhecida por um receptor transmembrana e esse receptor dispara uma cascata de sinalização para dentro da célula. Assim, ocorre a ligação necessária e o gene é expresso. Já o sistema de transdução de sinal é um sistema que deve ter especificidade, dessensibilização, amplificação e integração. Grande parte dos processos biológicos em organismos multicelulares são regulados por hormônios e quem regula os hormônios é sempre o sistema nervoso central. Os hormônios fazem parte do sistema neuro-imuno-endócrino. Três hormônios agem de forma coordenada para regular o metabolismo energético: epinefrina, glucagon e insulina. São quatro mecanismos gerais de sinalização celular: 1) Receptores associados a canais iônicos; 2) Receptores associados a enzimas; 3) Receptores associados a proteína G e 4) Proteínas nucleares que ligam esteroides e atuam como fatores de transcrição. Essa comunicação entre células pode ocorrer de duas maneiras: 1) Alvos locais e 2) Alvos distantes. Em alvos locais ela pode ser sinalização autócrina ou sinalização parácrina. Já em alvos distantes ela pode ser sinalização endócrina ou sinalização sináptica. Existem três situações hormonais do metabolismo energético: 1) Indivíduo bem alimentado: Insulina alta, 2) Indivíduo em jejum: Glucagon alto e 3) Indivíduo em perigo: epinefrina alta. No indivíduo bem alimentado ocorre a elevação da taxa de glicose, que estimula a liberação da célula beta do pâncreas que vai liberar insulina e inibe a célula alfa. Essa liberação de insulina promove a absorção da glicose no fígado e o estoque dessa glicose na forma de glicogênio no fígado. No indivíduo em jejum ocorre a liberação da célula alfa no pâncreas que vai liberar glucagon e inibir a célula beta. Ocorrerá a degradação do glicogênio e a promoção da gliconeogênese e ocorre a mobilização dos ácidos graxos que serão usados para a produção de corpos cetônicos. Em caso de perigo, existe a sinalização por adrenalina que disparam efeitos fisiológicos, aumentando a entrada de oxigênio e efeitos metabólicos, promovendo a maior entrada de glicose no sistema.
Compartilhar