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Bruna de Abreu Silva, Gabrielli Lima de Alcantara Ramos, Felipe da Torre Fernandes, Flávia Silva Cardoso Moreno e Silvio Eduardo Meirelles de Oliveira O QUE É TANQUE-REDE? Tanques rede são estruturas flutuantes com tela, utilizadas no confinamento de peixes em reservatórios ou cursos d’água, ela constitui um modo intensivo de produção com renovação contínua da água, permitindo a passagem do seu fluxo e dos dejetos dos peixes. É uma formas de fácil manejo, que viabiliza o aproveitamento de vários ambientes aquáticos, a exemplo de reservatórios de usinas hidrelétricas e açudes voltados para esse fim. O sistema de produção em tanques-rede é mais intensivo que o cultivo em viveiros escavados. Neste sistema há total dependência de ração como alimento, pois a contribuição do alimento natural é quase nula para o crescimento e engorda dos peixes, e os custos com as dietas completas contribuem com mais de 70% dos custos totais de produção. Para o cultivo em tanques-rede, onde a densidade por área utilizada é alta, é necessária uma elevada renovação de água. Portanto, a produtividade dos tanques-rede sofre influências do tamanho do mesmo, formato, tamanho da malha e disposição dos tanques-rede em relação a correnteza, taxa de renovação de água, qualidade da água interna e externa ao tanque-rede e da qualidade do alimento fornecido, bem como da qualidade dos animais estocados. VANTAGENS DOS TANQUES REDE Produtividade Elevada Facilidade na despesca Controle Eficiente da População e da Sanidade DESVANTAGENS DOS TANQUES REDE Possibilidade de uso racional dos recursos hídricos Rápida implantação Em grandes depleções, poderá alterar a qualidade da água e o local Grande suscetibilidade a furtos e a atos de vandalismo Dependência absoluta de alimentação artificial TIPOS DE TANQUES-REDE ● O tanque pode apresentar formatos variados, como quadrado, circular, hexagonal, retangular, entre outros. Os mais utilizados são o retangular e o circular. ● De maneira geral, os tanques-rede podem ser classificados de acordo com o seu tamanho, mais especificamente, pelo seu volume e forma construtiva. TIPOS DE TANQUES-REDE ● Classificação de acordo com o volume: ➔ Pequeno volume: tanques de até 8 m³. ➔ Médio volume: tanques entre 8 m³ e 108 m³. ➔ Grande volume: tanques maiores que 108 m³. TIPOS DE TANQUES-REDE ● Classificação de acordo com a forma construtiva: ➔ Formato circular: Geralmente é usado para tanques-rede de grande volume instalados em grandes corpos d’água. Malha a ser usada: Volume 25 metros cúbicos – malha 19mm Volume 200 metros cúbicos – malha 19mm Volume 300 metros cúbicos – malha 19mm Volume 400 metros cúbicos – malha 19mm TIPOS DE TANQUES-REDE ● Classificação de acordo com a forma construtiva: ➔ Formato retangular: É usado para facilitar o manejo reprodutivo, larvicultura e reversão sexual. Malha a ser usada: Volume 4,8 metros cúbicos (2,0 x 2,0 x 1,2) - malha 17 ou 19 mm Volume 6,0 metros cúbicos (2,0 x 2,0 x 1,5) - malha 13 ou 19 mm Volume 13,5 metros cúbicos (3,0 x 3,0 x 1,5) - malha 19mm Volume 18 metros cúbicos (3,0 x 3,0 x 2,0) - malha 19 mm TIPOS DE TANQUES-REDE ● Tanques-rede submersíveis: ➔ São instalados em áreas de ocorrência de furacões, sendo instalados totalmente submersos. COMPONENTES DO TANQUE REDE Armação Malhas ComedouroTampa Bolsão de alevinagem (opcional) Flutuadores Sistema de Ancoragem ARMAÇÃO A estrutura metálica do tanque-rede é essencial para manter a forma e sustentação do tanque, bem como funcionar como ponto de fixação de flutuadores, tampa e malhas. É importante utilizar materiais fortes para resistir ao vento, à correnteza e à corrosão, mas ao mesmo tempo leves. Estruturas constituídas de alumínio, aço inox ou aço galvanizado devem ser priorizadas. Fonte:https://panoramadaaquicultura.com.br/ MALHAS As malhas, ou telas, usadas no tanque rede para abrigar os peixes, devem possuir características como resistência para reter os peixes no interior e impedir a ação de predadores do lado externo. Por outro lado, também deve ser razoavelmente flexível e não muito grossa para facilitar a renovação de água e o manejo. Quanto maior a abertura da malha e mais fino o fio, maior será a taxa de renovação de água e menos materiais orgânicos ficarão presos na tela (como algas), facilitando a limpeza. Fonte: nauticexpo.com.br Para a abertura mínima da malha também deve-se considerar o tamanho dos peixes. Dentre os materiais de malha mais utilizados estão os fios de arame metálico galvanizado e poliéster com PVC, assim como o aço inox e o nylon. INDICAÇÕES DE MALHA DE ACORDO COM O TAMANHO E PESO Peso e Tamanho Abertura Mínima Material 0,3g e 3 cm 5 mm Poliéster com PVC/Multifilamento de poliamida 2 g e 6 cm 7 mm Poliéster com PVC / multifilamento de poliamida 10 g e 8 cm 12 mm Poliéster com PVC / multifilamento de poliamida 30 g e 13 cm 18 mm Fio galvanizado com capa de PVC / Inox / liga metálica 70 g e 16 cm ou mais 25 mm Fio galvanizado com capa de PVC / Inox / liga metálica TAMPAS A tampa é importante para evitar fuga de peixes, impedir ação de predadores e evitar furtos. Em geral, é constituída da mesma malha do corpo do tanque, porém de fio um pouco mais fino e possibilitando maior abertura. A estrutura também pode apresentar dobradiças para facilitar a abertura e o trancamento. ➔ Para locais ensolarados, recomenda-se o uso de sombrite na tampa para evitar retenção de calor e estresse dos peixes. COMEDOURO Estruturas posicionadas dentro dos tanques, amarradas à própria tela ou à armação do tanque, para alimentação dos peixes confinados. São colocadas de 15 a 20 cm acima da superfície da água e 40 a 50 cm abaixo dela, para a retenção da ração no interior do tanque-rede. O comedouro deve ser resistente e não causar danos aos peixes, como ferimentos, bem como deve reter o mínimo possível de resíduos. Geralmente, utiliza-se fio de PVC, nylon ou plástico. FLUTUADORES Os flutuadores são importantes para manter o tanque boiando acima do nível da água, na profundidade de interesse. A quantidade e o tamanho dessas estruturas varia com o peso e tamanho do tanque . Há diferentes modelos disponíveis, como galões de 20 a 50 litros, tubos de PVC lacrados nas extremidades e bóias feitas de polietileno. Recomenda-se o uso de flutuadores de cor amarela para melhor percepção em casos de baixa visibilidade. BOLSÃO DE ALEVINAGEM O bolsão de alevinagem é uma estrutura opcional, posicionada no interior do tanque, geralmente de tecido nylon, com abertura entre 3mm a 7mm, utilizada para criação de peixes menores, alevinos, já que poderiam escapar da malha externa. SISTEMA DE ANCORAGEM O sistema de ancoragem do tanque rede é responsável pela fixação do tanque no local desejado, sem que fique solto na água. Dentre as estruturas constituintes, estão: - Linha de amarração: pode-se utilizar corda ou um cabo de aço, posicionados na posição perpendicular ao fluxo de água, sendo fixado na margem, como, por exemplo, em um tronco, pedra ou estaca cravada no chão, ou em bóias de amarração apoitadas na água. - Bóia de amarração: um flutuador com a função de manter a linha de amarração sempre na superfície, acompanhando a variação do nível da água, indicando ainda onde estão as poitas. - Poita: essencial para segurar o tanque, ligado a poita pela linha. Deve ser, então, pesada o suficiente para resistir à correnteza, com ganchos ou pontas que ajudem na sua fixação no fundo. Geralmente são feitas de peso de concreto e pedras, com uma alça de ferro para prender a corda. - Bóias de sinalização: útil para marcar os limites dos tanques, evitando entrada de outras pessoas no terreno de cultivo e evitar colisões com embarcações. SISTEMA DE ANCORAGEMESTRUTURAS DE APOIO Depósito Balsa O depósito (Galpão) é um local importante para a estocagem de materiais de manejo e ração, sendo essa última protegida do calor e umidade excessivos. Local para realização de manejos, como biometrias, classificação e transferência de peixes e, despescas. SISTEMA DE ILUMINAÇÃO O sistema de iluminação é importante para evitar furtos e facilitar a perceção dos tanques-rede na água. Uma luz direcionada de alta potência deve ser utilizada para iluminação da área, mesmo que parcialmente, no período noturno. FAROL HOLOFOTES ESCOLHA DO LOCAL Antes de iniciar a criação de peixes, é necessário realizar uma avaliação preliminar do lugar que se pretende instalar o tanque-rede. A instalação de um tanque-rede deve ser bem posicionada, planejando previamente correntes de água, ventos, distribuição de ração, manejo e despescas. PONTOS A SEREM CONSIDERADOS: ➔ Qualidade do ambiente; ➔ Taxa de renovação da água no interior do tanque; ➔ Quantidade e espécie dos alevinos; ➔ Características da espécie a ser criada. ESCOLHA DO LOCAL Fatores a serem analisados para a escolha do local: ● Regularizar o empreendimento para assegurar o uso racional dos recursos hídricos. ● Selecionar lugares afastados de culturas agrícolas, indústrias e centros urbanos, pois seus resíduos podem contaminar a água; ● Evitar lugares com correntes de água fortes ou corredores de vento, que prejudicam a instalação do tanque e as operações de manejo; ● Buscar locais com margens preservadas, pois a vegetação ao redor evita a erosão, mantendo a boa qualidade da água para a criação; ● Evitar áreas com intensa navegação, uma vez que as embarcações podem estressar os peixes e causar acidentes; ● Verificar o acesso à área, considerando o escoamento da produção, o acesso de veículos de transporte de rações e equipamentos, por exemplo; ● Evitar locais próximos a estações de bombeamento e captação de água, principalmente destinadas ao consumo, já que os peixes podem afetar a qualidade da água. ESCOLHA DO LOCAL Fatores a serem analisados para a escolha do local: ● Qualidade da água ESCOLHA DO LOCAL Fatores a serem analisados para a escolha do local: ● Temperatura da água CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO LOCAL Uma área com boas características, permite minimizar dos custos de produção, assim como garante do bom desenvolvimento dos peixes e facilidade no processo de escoamento da produção e na compra de insumos. CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO LOCAL ● O acesso ao local deve propiciar o fluxo de carros e caminhões durante o ano todo. O terreno a ser usado como base de apoio deve ter uma área suficiente para as operações de manejo e estocagem da ração. Além disso, o terreno não deve ser muito íngreme, a fim de facilitar o manejo da produção. e deve ser próximo ao local de instalação dos tanques-rede. Terreno a ser usado como base de apoio CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO LOCAL A profundidade deve ser pelo menos o dobro da altura do tanque-rede. Locais com pouca circulação de água apresentam baixa renovação dos tanques-rede, o que diminui o percentual de oxigênio disponível. Áreas com correntes de água fortes precisam de um sistema de ancoragem adequado e tanques-redes mais resistentes do que as que são fabricadas normalmente, dificultando, ainda, as atividades de manejo. Portanto, o ideal são locais com boa circulação de água, mas sem correntes muito fortes - remansos. ● Profundidade, dinâmica e velocidade da água CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO LOCAL ● Qualidade da água O ideal é que o local apresente fonte de água sem a contaminação de poluentes provenientes da agricultura, centros urbanos e indústrias. O quadro ao lado mostra os parâmetros ideais e tolerados para a qualidade da água de tanques-rede: CARACTERÍSTICAS DESEJÁVEIS DO LOCAL O sistema de rede-tanque, geralmente, apresenta mão de obra fixa, sendo composta por técnicos, vigilantes e tratadores, podendo ter também trabalhadores temporários, para ajudar nas classificações e no manejo de despesca. Dessa forma, deve-se verificar a disponibilidade de mão de obra e a facilidade de deslocamento até o local. O local deve ter disponibilidade de energia elétrica, de modo que haja iluminação aos acessos, à margem, galpão de armazenamento de insumos e que se possa utilizar os aparelhos que necessitam de energia. ● Disponibilidade de mão de obra ● Disponibilidade de energia elétrica IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO LOCAL ADEQUADO ➔ Os efeitos da má qualidade da água, juntamente aos efeitos do adensamento, podem acarretar danos irreparáveis a toda a produção, podendo, inclusive, levar à morte de todos os peixes. ➔ É importante lembrar, que, no ambiente natural, os peixes possuem a capacidade de procurar locais com as melhores condições para seu crescimento e desenvolvimento, o que não é possível quando esses animais estão alocados em tanques-rede. Assim, o local escolhido para a instalação do tanque-rede deve apresentar uma água de boa qualidade durante todo o ciclo produtivo. ➔ Em alguns casos, é impossível corrigir a qualidade da água, por isso torna-se necessário escolher bem os locais destinados a instalação dos tanques-rede. IMPORTÂNCIA DA ESCOLHA DO LOCAL ADEQUADO DIMENSÕES A dimensão do tanque-rede é dada em volume, considerando a largura, o comprimento e a profundidade. A maioria dos tanques-rede possui volume variando entre 4 e 18m³, com estruturas entre 2m x 2m x 1m e 3m x 3m x 2m, respectivamente. Alguns tanques podem ser maiores, porém exigem um investimento consideravelmente maior. Estruturas com uma profundidade muito grande não são recomendadas por dificultar o manejo. O volume do tanque, em geral, é dividido em dois grupos: - Tanques de pequeno volume e alta densidade (PVAD): maior renovação de água. - Tanques de grande volume e baixa densidade (GVBD): menor renovação de água. DIMENSÕES DISPOSIÇÃO Orientação: é essencial para o sucesso do cultivo. Os tanques devem estar alinhados e dispostos de forma que a água que sai de um tanque não entre em outro logo a diante. Por isso, é importante o correto posicionamento dos tanques, de forma que a correnteza seja útil e não prejudicial à renovação de água correta. É importante manter um espaçamento mínimo de 1m entre um tanque e outro. O espaçamento entre uma linha de produção também deve ser feito de maneira adequada. Entre uma fileira e outra, o espaçamento pode ser de 10m, chegando a até 25m. Devem estar posicionadas no sentido perpendicular ao curso da água. DISPOSIÇÃO Profundidade: deve haver pelo menos 1,50m entre o fundo dos tanques-rede e o fundo. O mal posicionamento dos tanques com relação à profundidade pode ser prejudicial à criação, devido ao risco de mistura (ou desestratificação) da coluna d’água. Com o aumento na profundidade, a intensidade de luz diminui, desacelerando a fotossíntese e reduzindo a produção de oxigênio, resultando em uma redução progressiva no oxigênio dissolvido. A verificação dos níveis de oxigênio, com o auxílio de um oxímetro, da superfície ao fundo pode confirmar se o local é adequado ou não. CONSTRUÇÃO DO TANQUE: • Canos de aço galvanizado •Cotovelos de aço galvanizado; • Jogo de telas para tanque-rede de aço galvanizado revestido de PVC ou aço inox; • Parafusos de inox; • Arruelas e porcas de inox; • Alicate; • Alicate de corte; • Cavaletes; • Jogo de chaves; e • Martelo de borracha. MATERIAIS: CONSTRUÇÃO DO TANQUE: ● Preparação do local de montagem ● Montagem da armação do tanque-rede A montagem do tanque-rede pode ser feita com auxílio de dois cavaletes altos como suporte para a armação ou pendurados, a partir de roldanas e corda para erguê-los. Para aguentar o peso do tanque-rede, a estrutura deve ser firme, evitando, desse modo, apresentar riscos para as pessoas encarregadas da montagem. CONSTRUÇÃO DO TANQUE: ● Instalaçãoda tela do corpo principal na armação do tanque-rede Fixação da tela na lateral e no fundo por meio de costura, utilizando o material indicado pelo fabricante (arame, fio de cobre encapado com PVC, entre outros) na armação do tanque-rede. CONSTRUÇÃO DO TANQUE: ● Montagem do comedouro ● Fixação dos flutuadores O comedouro deve estar preso nas laterais do tanque-rede utilizando braçadeiras. Mantenha a tela a uma altura de 40 a 50 cm abaixo da linha d’água prevista. Os flutuadores devem ser fixados na armação usando parafusos e arruelas ou outro material indicado pelo fabricante. CONSTRUÇÃO DO TANQUE: ● Instalação da tampa Para instalar a tampa, é necessário prender a estrutura basculante na armação do tanque-rede, fixando-a em seguida. Antes de instalar o tanque-rede na água, deve ser feito uma vistoria em todos os seus componentes. ACOMPANHAMENTO DA CRIAÇÃO Monitoramento da qualidade da água Avaliar o desempenho dos peixes Monitorar o estado de saúde dos peixes Replicagem dos peixes AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO É fundamental o acompanhamento do crescimento dos peixes, mediante a realização de biometrias (pesagens) periódicas, em proporções representativas das quantidades estocadas. Esses dados servem como fator de regulação da quantidade de alimento a ser ministrado e como subsídio à futura análise quantitativa e possibilitam a análise de desempenho dos peixes cultivados. Amostragens Biométricas AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO Amostragens Biométricas O peso médio é obtido dividindo-se o peso total registrado pelo número de peixes da amostra. Exemplo: 100 peixes foram contados e pesados, totalizando 140 g, já descontado o peso do balde. Durante a operação, devem ser tomados cuidados rigorosos para que os animais não sofram com o estresse decorrente da manipulação excessiva, que pode retardar seu crescimento e/ou levá-los à morte. peso total quantidade de peixes Peso médio dos peixes = 140 100 Peso médio dos peixes = = 1,4 g Deve ser evitado pesar uma quantidade muito grande de peixes de cada vez, recomendando-se um maior número de pesagens com menos peixes. AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO A Conversão Alimentar (CA) é um índice que mede o aproveitamento da ração pelos peixes. Esse índice é obtido a partir da divisão da quantidade total de ração fornecida, pelo ganho de peso total dos peixes. Conversão Alimentar quantidade total de ração fornecida (kg) ganho de peso total dos peixes (kg) CA = O acompanhamento da conversão alimentar é fundamental para avaliar o desempenho produtivo e financeiro da operação de produção em tanques-rede. Quanto menor o valor da conversão alimentar, melhor é para o criador. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA A qualidade da água é um dos fatores fundamentais para o bem estar geral dos organismos cultivados em tanques-rede. Compete ao piscicultor empenhar-se em manter as variáveis ambientais que mais interferem sobre o bem estar e crescimento dos peixes (oxigênio dissolvido, pH, temperatura e turbidez), em níveis toleráveis. uma espécie em relação a cada variável ambiental podem mudar, em função do estágio de desenvolvimento, tamanho e da própria interação entre os fatores ambientais. Oxigênio O risco de mortalidade desencadeada por baixas concentrações de oxigênio aumenta à medida que o sistema se intensifica. Para a maioria das espécies cultiváveis, o teor de OD deve ser superior a 5 mg/L. Em tanques-rede, a exposição prolongada a teores inferiores a 3 mg/L pode provocar mortalidade em massa dos peixes. A manutenção dos níveis de oxigênio em tanques-rede, inclui: • Renovação de água quando possível. • Limpeza e/ou troca de redes. • Aeração preventiva ou emergencial. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA Temperatura O metabolismo dos peixes está diretamente associado à temperatura, pois são animais pecilotérmicos. Na medida em que a temperatura aumenta, acentua-se a atividade metabólica, com o conseqüente incremento do consumo de oxigênio, produção de amônia e dióxido de carbono e a medida que a temperatura da água cai, diminuem o apetite e o consumo de ração. A medição da temperatura da água deve ser realizada a partir de um termômetro de vidro ou digital, imergindo-o na água e posteriormente realizando a leitura da temperatura em graus Celsius (°C). MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA Monitoramento do pH O pH atua diretamente nos processos de permeabilidade da membrana celular, interferindo no transporte iônico intracelular e extracelular e entre os organismos e o meio. Valores extremos podem danificar a superfície das brânquias, levando os peixes à morte. O pH fora da faixa de conforto compromete várias funções do metabolismo dos peixes, afetando negativamente o seu desempenho. Para a maioria das espécies aquáticas, o seu valor ideal está entre 6 e 8,5. Em tanques-rede instalados em corpos d’água lênticos, valores adequados de pH podem ser alcançados mediante os procedimentos normais de melhoria da qualidade da água, como a calagem. REPLICAGEM DOS PEIXES Os peixes podem apresentar crescimento desigual ao longo do cultivo nos tanques-rede. Lotes desuniformes apresentam piores conversões alimentares, crescimento insuficiente e maior difi culdade de venda. Por essas razões, ao final de cada fase de produção, quando for dividir o número de peixes para outros tanques-rede (repicagem), verifique a uniformidade dos lotes e, caso estejam muito desuniformes, faça a classifi cação e a separação dos peixes por tamanho. Classifique os peixes de acordo com o tamanho De acordo com o sistema de classificação a ser adotado, manual ou com equipamentos, classifique os peixes. Divida os peixes em duas ou mais classes, conforme a desigualdade do lote, colocando-os em novos tanques-redes com outros de tamanhos parecidos REPLICAGEM DOS PEIXES Neste momento, deve-se aproveitar para a realização da vacinação e a classificação em lotes de mesmo tamanho/peso. A classificação e padronização em lotes de tamanho/peso busca diminuir a dominação dos peixes entre si, no qual um maior se alimenta melhor que outros, gerando uma desigualdade. A repicagem deve ser realizada em um período do dia que a temperatura esteja mais amena, para evitar mais estresse para os peixes. Na captura dos peixes é importante manuseá-los com peneiras e puçás de maneira rápida. MONITORAMENTO DA SANIDADE DOS PEIXES O monitoramento da saúde dos peixes é de essencial importância no acompanhamento da criação. Na maioria das ocasiões, a ocorrência de enfermidades se deve a fatores como manejo incorreto, problemas de qualidade de água, fatores nutricionais, o estresse que pode ser causado pela manipulação e transporte dos animais, superpopulação e espécies competidoras criadas no mesmo ambiente ou ainda ao somatória desses fatores, que devem ser primeiramente resolvidos para o efetivo controle da enfermidade. • Perda parcial ou total do apetite dos peixes • Presença de hemorragias ou feridas no corpo • Podridão ou necrose das nadadeiras • Presença de peixes escuros, nadando separados. • Olhos saltados ou esbranquiçados • Natação irregular ou corpo curvado • Peixes se esfregando contra estruturas ou se batendo • Presença de tufos ou pontos brancos sobre o corpo • Aumento anormal e progressivo da mortalidade. Principais sinais clínicos que indicam enfermidades dos peixes: O diagnóstico de uma doença não é fácil e geralmente deve-se contar com o apoio de técnicos especializados, como veterinários e técnicos de centros laboratoriais. Doenças Bacterianas Doenças Fúngicas Doenças Parasitárias Vermes Doenças Virais Doenças Bacterianas Doenças Fúngicas Doenças Parasitárias Vermes Doenças Virais EXEMPLO: Exophiala salmonis: Os peixes apresentam natação confusa, exoftalmia, formações ulcerosas na cabeça e comprometimento de órgãos internos como o rim, o fígado, o baço e o coração. Doenças BacterianasDoenças Fúngicas Doenças Parasitárias Vermes Doenças Virais EXEMPLO: Ictio: Ocorre principalmente onde há oscilações bruscas de temperatura ou condições inadequadas de qualidade de água. Doenças Bacterianas Doenças Fúngicas Doenças Parasitárias Vermes Doenças Virais EXEMPLO: Cestóides: Lotes de peixes acometidos por esse parasita devem ser separados e isolados, pois a transmissão ocorre, em geral, por meio da água, e o tratamento é difícil. Povoamento dos tanques-rede com alevinos: Os alevinos devem ficar de observação por alguns dias antes de irem aos tanques-redes como medida preventiva e devem ter entre 2 e 3 cm e um peso médio de 0,5 e 1 grama, assim não conseguirão atravessar a malha de berçário. É importante que durante o povoamento do berçário, os alevinos passem pelo processo de aclimatação, se estiverem em sacos de plásticos, deve-se colocar os sacos dentro do berçário por 30 minutos, para que a temperatura da MANEJO DE MANUTENÇÃO água de dentro do saco se equilibre com a do berçário, mas se foram transportados em caixas, então é recomendado que vá misturando aos poucos a água do berçário na água da caixa, até o equilíbrio da temperatura, e em ambos casos deve ser feito na hora do dia em que a temperatura estiver mais amena, para evitar o surgimento de doenças oportunistas que se aproveitam que os alevinos estão com o sistema de defesa em baixa por conta do estresse da viagem. Na fase de alevinagem, os alevinos devem permanecer aproximadamente de 30 a 60 dias até atingirem o peso ideal de 30-50 gramas, para serem classificados, vacinados e repicados. Na limpeza dos tanques-rede: pode ser feito com jatos de água pressurizados. Em alguns casos, também é permitido realizá-la manualmente, tomando-se o cuidado de remover tudo o que estiver aderido a qualquer um dos componentes, porém nunca se deve utilizar produtos químicos, já que pode haver contaminação da água e dos peixes. MANEJO DE MANUTENÇÃO Vistoria: Com o tanque-rede limpo, deve ser feito a vistoria observando as condições gerais e verificando, principalmente: • Fixação dos flutuadores • Rasgos nas telas e costuras • Rasgos e rompimentos dos comedouros • Funcionamento da tela de abertura MANEJO DE MANUTENÇÃO Após fazer a vistoria e verificar que não há nenhum problema, os tanque-rede devem ser retornados para a linha de amarração para ser novamente povoado. MANEJO ALIMENTAR O manejo alimentar é um dos principais fatores para o sucesso da criação de peixes em tanques-rede. O confinamento de peixes em tanques-rede não possibilita a busca por alimentos no restante do espaço aquático. Custos com alimentação: A primeira preocupação para produtores que desejam iniciar a criação de peixes deve ser o quanto de ração será utilizado, bem como o quanto de dinheiro será necessário empregar. Isso porque, em tanques-rede, o custo de alimentação dos peixes representa muito, chegando a ultrapassar 70 % de todos os custos da criação. MANEJO ALIMENTAR Para a alimentação dos peixes dos tanques-rede: É de fundamental importância que os insumos, como as rações, sejam de alta qualidade na piscicultura, produzidos por boas empresas, que possuam o certificado fitossanitário, principalmente numa criação em tanques-redes, em local mais aberto, então o manejo tem que ser feito com perfeição. Já existem equipamentos, dimensionados de acordo com o tamanho do tanque-rede, que libera a ração nos intervalos e quantidades pré-determinadas. Deve ser evitado alimentar os peixes em excesso. Quando o peixe come o máximo de que é capaz em cada refeição (até a saciedade), cresce mais rápido, mas gasta mais ração para ganhar peso, piorando a conversão alimentar. Isso aumenta o custo de produção e diminui o lucro. Se houver sobras de ração no tanque-rede, deve ser removido a ração velha e reduzido a quantidade a ser fornecida no próximo trato. Pouco apetite pode indicar algum problema, que pode ser devido à qualidade da água, estresse de manejo ou até alguma enfermidade MANEJO ALIMENTAR MANEJO ALIMENTAR Armazenamento corretamento da ração •A ração deve ser armazenada em local próprio e bem ventilado; •O depósito deve ser protegido contra umidade, sol, chuva e animais; •Não armazene produtos químicos, pesticidas ou combustíveis no mesmo local; •Os sacos de ração devem ser colocados sobre estrados, evitando o contato direto com o piso; •Não encoste ou escore as pilhas de sacos nas paredes do depósito, deixando um espaço de pelo menos 20cm da parede para permitir ventilação; •Separe as pilhas de ração por lotes de entrega, usando primeiro as rações mais antigas. DESPESCA Fonte:engepesca.com.br A despesca é o processo de retirada e coleta de peixes do tanque rede, quando atingem o tamanho e peso ideal para comercialização. O início do processo se dá pelo esvaziamento parcial do tanque, chegando a 30% do volume total, ocorrendo a retirada total ou parcial de peixes. DESPESCA A despesca pode ser parcial ou total, sendo realizada por meio de balsa ou pelo rebocamento dos tanques-rede até a margem. Deve ser realizada de maneira rápida, com auxílio de puçás, baldes, balaios e engradados, sendo os peixes transferidos para as caixas de transporte, no menor tempo possível, com suficiente mão de obra para a operação. Este procedimento pode reduzir o estresse do abate, sem gerar comprometimento à qualidade da carne. - Evitar horários quentes para não ocorrer tanto estresse dos animais e manter a qualidade dos peixes. - Animais devem ficar no mínimo 24 horas em jejum, para evitar contaminações durante o abate. - O pescado deve ser mantido vivo até o abate, dentro de caixas oxigenadas com temperatura reduzida, para controle do estresse e manutenção da qualidade do produto final. - Recomenda-se o intervalo mínimo de 15 dias entre uma despesca e outra. - Deve-se realizar a limpeza do tanque com a retirada de resíduos, como algas presas e resto de ração, após despesca total. A despesca de qualidade deve ser planejada para evitar prejuízos: 1 2 3 4 5 ABATE Antes do abate os peixes devem passar por um período de jejum de 24 horas para que ocorra o esvaziamento do intestino, melhorando assim o sabor, aspecto e textura da carne. Os peixes vendidos abatidos devem sofrer um choque térmico com a imersão de gelo, numa mistura de 50% água e 50% gelo. Os vendidos vivos devem ser transportados por caminhões com caixas próprias para esse tipo de transporte, com mecanismo de oxigenação e água salinizada, para evitar estresse, é recomendado no máximo 350 kg de peixes para 1000 litros de água. O que NÃO fazer durante o cultivo em tanques-rede: ➔ Instalações improvisadas e não regularizadas, fora das normas de segurança e sem aprovação de órgãos responsáveis. ➔ Construção de tanques-rede sem sistema de iluminação adequada, favorecendo acidentes e invasões. ➔ Uso de flutuadores com vazamentos. ➔ Uso de produtos químicos na limpeza do tanque, levando a contaminação da água e dos peixes. O que NÃO fazer durante o cultivo em tanques-rede: ➔ Instalação de tanques de baixa qualidade e resistência ➔ Estocagem de peixes em densidade inadequada ➔ Instalação de um número muito grande de tanques no corpo d’água, desrespeitando a capacidade de suporte do ambiente ➔ Utilização de ração de baixa qualidade e excesso ou falta de alimento para os peixes EVENTUAIS PROBLEMAS Perda direta com a mortalidade dos peixes Os fatores como a densidade de peixes (número de animais por litro de água) e composição química da água (oxigênio e amônia) geram estresse nos peixes. Isso é extremamente ruim para o produtor, uma vez que o estresse favorece o surgimento de doenças, queda na produtividade e mortalidades pontuais - ou seja, quanto maior o estresse, maior o prejuízo do produtor. EVENTUAIS PROBLEMAS Impacto Ambiental Problemas de ordem ambiental estão relacionadosà má qualidade da água, ocasionada pela ação de poluentes diversos, inclusive a própria ração. A princípio, tais problemas podem ser evitados, tomando se um rigoroso cuidado quando da seleção da área para colocação dos tanques-rede, do monitoramento da qualidade da água e do adequado arraçoamento dos peixes. É importante estar atento aos fatores de ordem física da qualidade da água, tais como temperatura fora dos limites de tolerância, exposição excessiva à luz e, principalmente a síndrome do baixo oxigênio dissolvido, fator ambiental estressante mais comum e que desencadeia direta e indiretamente sérios transtornos aos peixes. 6 melhores espécies de peixes para criação em tanques-redes Tilápia: 1. Alimentam-se de itens básicos da cadeia alimentar; 2. Aceitam grande variedade de alimentos podendo ser criadas com rações à base de proteínas de origem vegetal e animal; 3. São bastante resistentes a doenças, elevadas densidades de estocagem e baixos teores de oxigênio dissolvido, aliando rusticidade e alto desempenho; 4. Seus alevinos são produzidos ao longo de todo o ano; 5. Possuem boas características nutricionais, baixo teor de gordura e ausência de espinhas em forma de “Y” que facilita o processamento. Tambaqui: 1.Facilidade na reprodução e, consequentemente, constante oferta de alevinos; 2. Resistência ao manejo; 3. Possui bons índices zootécnicos; 4. Tem boa aceitação no mercado. Geralmente são comercializados “in natura”, eviscerados, resfriados e congelados. 1. Possui características de precocidade e rusticidade; 2. Sua carne é saborosa e de boa aceitação comercial; 3. Apresenta bom crescimento e adaptação à alimentação artificial; 4. Apresenta excelentes características zootécnicas para a criação intensiva em tanques-rede. Pacu: Pirarucu: 1.Alta taxa de crescimento, podendo alcançar até 10 kg no primeiro ano de criação; 2. Grande rusticidade ao manuseio; 3.Possui respiração aérea, não dependendo diretamente do oxigênio da água; 4. Não apresenta canibalismo quando confinado em altas densidades; 5. Aceita ração extrusada após treinamento; 6. Alto rendimento de filé (próximo a 50%). 1. Apesar de carnívora adapta se bem ao treinamento de ração com alto teor de proteína; 2. Resistente ao manejo. Surubim: Matrinxã: 1.Apresentam rápido crescimento principalmente na fase de juvenil; 2.Aceitam bem ração extrusada. CONCLUSÃO O uso de tanques-rede é uma das formas mais intensivas de produção de peixes, permitindo altas densidades de estocagem e facilidade no manejo. O sucesso da produção passa certamente pelo uso de estruturas adequadas de produção instaladas em locais ideais. É um sistema de alta produção em pequenas áreas e com baixo investimento inicial para implantação, a construção dos tanques-rede representa uma alternativa de melhor custo-benefício viabilizando, assim, a atividade. No entanto, deve ser evitado improvisos ao montá-los, pois o prejuízo decorrente de falhas na estrutura, como, por exemplo, a fuga dos peixes, pode ser muito maior do que a economia obtida na sua construção. É de extrema importância os cuidados e o controle da sanidade dos peixes, juntamente com a realização do manejo de forma adequada, para que se tenha um bom desempenho da produção, bem estar dos animais e um menor índice de impactos ambientais. 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