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Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Farmacologia UCXVI Antidepressivos Estrutura do neurônio No contexto dos antidepressivos: as monoaminas ou catecolaminas (serotonina, dopamina, noradrenalina) liberadas pelas fibras pré-sinápticas dos neurônios ativam receptores (são agonistas), desencadeando respostas excitatórias ou inibitórias ao SNC. Teoria das monoaminas: no paciente depressivo, há uma deficiência dessas monoaminas → depressão e ansiedade Podem ser em diversos locais (hipotálamo, sistema límbico, gânglios da base, etc) A serotonina (5-HT) é, entre as monoaminas, o alvo principal. Provoca a sensação de bem-estar e só é ativada na presença de dopamina. Importante efetividade na resposta ansiolítica e/ou antidepressiva – os medicamentos relacionados devem aumentar sua eficiência ou sua quantidade no alvo Os medicamentos que interferem na 5-HT são adjuvantes no tratamento de ansiedade e/ou depressão O neurônio precisa estar em bom funcionamento para que o tratamento tenha sucesso! Boa parte das fibras precisam de bainha de mielina íntegra → por meio dos componentes da dieta (ácidos graxos, vitamina B12/cianocobalamina) o IBPs diminuem a absorção de B12 Os neurotransmissores precisam ser produzidos: o 5-HT: a partir do AA triptofano (AA essencial – dieta proteica), sendo transportada até os botões dos axônios para ser armazenada nas vesículas Vitamina B1 (tiamina): importante para oxidar glicose em ATP para que a célula possa produzir as substâncias importantes, como fosfolipídeos A degradação das catecolaminas é feita pelas enzimas COMT e MAO-A, localizadas na fenda sináptica e no citosol do botão axônico Entretanto, a principal forma de “descarte” das catecolaminas é por meio da recaptação A serotonina é recaptada na fenda sináptica por bomba de transporte e realocada no citosol da fibra pré-sináptica o Tal processo demanda energia (ATP) Poucas moléculas são realmente degradadas pelas enzimas COMT e MAO-A Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Sinapse Principal estímulo que vai agir na fibra: Glutamato Principal estímulo que vai inibir a fibra: GABA o Benzodiazepínicos potencializam o GABA → rebaixam demais o SNC Glutamato estimula a fibra pré-sináptica → abre canais de sódio → célula passa a ser positiva → abre canais cálcio voltagem-dependente → cálcio estimula as vesículas a exocitose → libera neurotransmissores na fenda sináptica → fibra pós-sináptica é encontrada pelos neurotransmissores Os medicamentos que bloqueiam canais de sódio vão ↓ a despolarização, fazendo com que as fibras neuronais tenham também ↓ atividade Com a baixa disponibilidade de cálcio, poucas vesículas se abrem→ menor depressão do SNC Temos receptores nos dendritos (inibitórios e excitatórios) e nos axônios (predominantemente inibitórios) Auto-regulação: se a serotonina em excesso na fenda sináptica ativar o receptor 5-HTI da fibra pré → uma proteína G inibitória será ativada → diminui entrada de cálcio → menor liberação de neurotransmissores o Do sistema 5-HT: receptor 5-HTI, presentes nas fibras nervosas, são do tipo inibitório. Estão presentes no botão axônico, tendo o papel de auto-regulação o NA: receptor alfa2 o Dopamina: receptor D1 Os receptores auto regulatórios podem sofrer dessensibilização por meio das medicações: após 20-30 dias de uso → param de funcionar → a liberação de catecolaminas volta ao normal → acumula 5-HT na fenda o Caracteriza-se pelo tempo de latência para o efeito do antidepressivo Distribuídos em diversas áreas do cérebro, com diversas funções: Receptores Local Efeito 5-HTI SNC, veias Inibitório 5-HT2 SNC, SNP Excitatório 5-HT3 SNP Excitatório 5-HT4 SNC, coração, bexiga, TGI Excitatório 5-HT5 SNC Inibitório 5-HT6 SNC Excitatório 5-HT7 SNC, veias, TGI Excitatório Os antidepressivos, ao aumentarem a quantidade de serotonina → causam náuseas e vômitos ao agirem no tronco cerebral Os efeitos adversos variam muito entre as pessoas! Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Depressão A depressão é uma condição clínica comum, crônica e recorrente. Está frequentemente associada a incapacitação funcional e comprometimento da saúde física Os pacientes deprimidos apresentam limitação da sua atividade e bem-estar, além de uma maior utilização de serviços de saúde Caracteriza-se por humor deprimido e/ou perda de interesse em praticamente todas as atividades por pelo menos duas semanas, acompanhado de pelo menos três ou quatro dos seguintes sintomas: Insônia ou sonolência Sentimentos de desvalorização ou excesso de culpa; Fadiga ou falta de energia; Redução da capacidade de pensar ou concentrar- se; Alteração significativa no apetite ou peso; Retardo ou agitação psicomotora; Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio. Diretrizes da AMB: Iniciar com terapias cognitivas, atividade física e alimentação adequada → sem melhora: tratamento farmacológico (sem histórico pessoal de depressão) Sintomas emocionais: diminuição da capacidade de sentir prazer, perda de interesse pelas atividades habituais, tristeza, pessimismo, crises de choro, desamparo, ansiedade, sentimento de culpa e manifestações psicóticas (p. ex., alucinações auditivas e delírios). Sintomas físicos: fadiga, dor (particularmente cefaleia), transtorno do sono, diminuição ou aumento do apetite, perda do interesse sexual e queixas gastrintestinais (GI) e cardiovasculares (principalmente palpitações). Sintomas intelectuais ou cognitivos: diminuição da capacidade de concentração ou pensamento lento, memória deficiente para eventos recentes, confusão e indecisão. Distúrbios psicomotores: retardo psicomotor (movimentos físicos, processos do pensamento e fala alentecidos) ou agitação psicomotora A depressão tem correlação com: polimorfismos genéticos, grelina, leptina, microbiota intestinal, ansiedade, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, hormônios sexuais, sistema imune inato, cortisol, etc Fisiopatologia da depressão maior A Hipótese Monoaminérgica da depressão sugere que a depressão está relacionada com uma deficiência na quantidade ou na função da serotonina (5-HT), norepinefrina (NE) e dopamina (DA) corticais e límbicas → sustenta também a hipótese neurotrófica Tem medicamentos que atuam diretamente sobre ela (sobre 5-HT, DA, NE) A Hipótese Neurotrófica: BDNF fatores de crescimento dos nervos, atua na regulação da plasticidade neural, resiliência e neurogênese. Os dados sugerem que a depressão está associada a uma perda do suporte neurotrófico, e que as terapias antidepressivas efetivas aumentam a neurogênese e a conexão sináptica nas áreas corticais, como o hipocampo. Não tem medicamentos que atuam diretamente sobre o BNDF, apenas indiretamente O objetivo do tratamento longo (1-2 anos) seria aumentar a árvore dendrítica por meio do aumento do BNDF ↓ BNDF: falta de atividade física, pouco estímulo amoroso na infância, stress (cortisol) ↑ BNDF: enriquecimento ambiental, exercício físico, estímulo mental, interações sociais, antidepressivos Plasticidade neuronal A depressão pode ser explicada por uma deficiência de serotonina e PRINCIPALMENTE de receptores para a 5- HT. Receptores são excitados graças à inibição de recaptação de serotonina pelo fármaco → proteína CREB é ativada → estimula a fita de DNA → transcrição de BDNF* (fator de crescimento neuronal – produção de dendritos → mais receptores para receber os neurotransmissores) Essa transcrição gênica é um processo demorado! Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Tratamento farmacológico Os antidepressivos são efetivos no tratamento das depressões moderadas e graves, quer melhorando os sintomas (resposta), quer eliminando-os (remissão completa), porém não diferentesde placebo em depressões leves. Uma revisão sistemática de tratamento antidepressivo em transtorno depressivo associado com doença física mostrou taxas de resposta semelhantes Exemplo: dor neuropática (tratamento com anticonvulsivantes e antidepressivos) Os diferentes antidepressivos têm eficácia semelhante para a maioria dos pacientes deprimidos, variando em relação ao perfil de efeitos colaterais e potencial de interação com outros medicamentos. Tentar passar o medicamento mais seguro ao paciente 1° LINHA: ISRS As metanálises sobre efeitos colaterais no uso agudo de antidepressivos têm se concentrado na comparação entre os inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS) e os tricíclicos. O uso de ISRS está associado com menor índice de abandono de tratamento comparado com os tricíclicos. A prescrição de antidepressivos está associada com diminuição do risco de suicídio. Consultas com frequência semanal no início do tratamento estão associadas a maior adesão e melhores resultados em curto prazo. o Os efeitos adversos costumam aparecer nos primeiros dias, e a depender da gravidade, pode ser necessário fazer a troca o Todos causam boca seca (ISRS) A resposta ao tratamento agudo com antidepressivo é observada entre 2-4 semanas após o início do uso; contudo, o início da resposta costuma ocorrer na primeira semana o OBS.: primeiros 30 dias, vigilância 24h o Prescrever antidepressivo + antipsicótico Estratégias para pacientes que não respondem ao tratamento: Aumento de dose; o Ideal começar com a dose mínima efetiva ou meio comprimido Potencialização com lítio (estabilizador de humor – também utilizado em mania) o Atua como o sódio, causa despolarização na célula o É um fármaco com baixa margem de segurança (suicídio) Associação de antidepressivos (porém soma muitos efeitos colaterais); o JAMAIS de mesma classe Troca de antidepressivo; Eletroconvulsoterapia (ECT); Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Associação com psicoterapia Atividade aeróbica A chance de que um próximo tratamento antidepressivo funcione decresce a cada nova tentativa que falha. Importante explicar isso ao paciente! Fases do tratamento: Aguda: 6-12 semanas; recuperação completa dos sintomas Continuação: 4-9 meses; prevenir a recaída Manutenção: > 1 ano; prevenir a recorrência de um episódio depressivo o Pacientes com maior chance de recorrência A suspensão abrupta de medicações antidepressivas está associada ao aparecimento de sintomas de descontinuação (síndrome de retirada). Infrarregulação dos receptores pós-sinápticos e baixa concentração de serotonina na fenda sináptica Mecanismo de ação dos antidepressivos Podem se dividir em 4 principais, com mecanismos de ação diferentes: Inibidores da MAO (em desuso) Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS) Antidepressivos Tricíclicos (ATC/ADT) Inibidores da Recaptação de Serotonina e Noradrenalina (IRSN) ISRS: inibem a bomba de transporte de recaptação de 5-HT, aumentando sua concentração na fenda sináptica De uma forma geral é o principal neurotransmissor Os fármacos tendem a interferir menos nos outros receptores (consequentemente, menos efeitos colaterais) Exemplos: fluoxetina, paroxetina, citalopram, escitalopram, sertralina Fármacos de eleição no SUS IRSN: bloqueiam os transportadores de NE e 5-HT Efeitos adversos: hipertensão, taquicardia (por conta do bloqueio da NE) Exemplos: venlafaxina, duoloxetina, desvenlafaxina ATC: inibem os transportadores de NE, 5-HT e DA (em menor proporção) Bloqueiam outros tipos de receptores: o Alfa adrenérgicos a1 (consequência: hipotensão por vasodilatação) o Histaminérgicos H1 (consequência: sedação, sono, fome) o Muscarínicos M3 (consequência: constipação, retenção urinária, boca seca) Exemplos: amitriptilina, nortriptilina, imipramina Na depressão, o conceito é de que o neurônio de 5HT apresenta deficiência relativa do neurotransmissor 5HT. Além disso, o número de receptores de 5HT está suprarregulado, inclusive os autorreceptores 5HT1A pré-sinápticos e os receptores de 5HT pós-sinápticos. Quando se administra um ISRS, ele bloqueia imediatamente a bomba de recaptação de serotonina. Todavia, isso provoca elevação significativa de serotonina na área somatodendrítica do neurônio serotoninérgico (ativação de autorreceptores) e também nos terminais axônicos (receptores 5HT) A consequência do aumento da serotonina na área somatodendrítica do neurônio serotoninérgico (5HT), consiste na dessensibilização ou na infrarregulação dos autorreceptores 5HT1A somatodendríticos Uma vez infrarregulados os receptores somatodendríticos, ocorre aumento na liberação de 5HT no terminal axônico. Esse retardo resulta do tempo necessário para que a 5HT somatodendrítica infrarregule os receptores 5HT1A e ative o fluxo de impulsos neuronais no neurônio 5HT – explica porque os antidepressivos não aliviam imediatamente a depressão. Após os ISRS bloquearem a bomba de recaptação [SERT], e aumentarem a concentração de serotonina (5HT), observa-se as respostas antidepressivas. A etapa final consiste na dessensibilização dos receptores pós- sinápticos de 5HT. Essa dessensibilização pode mediar Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina a redução de alguns efeitos colaterais conforme a tolerância se desenvolve. Todos os ISRS compartilham a mesma característica farmacológica importante: a inibição seletiva e potente da recaptação de serotonina, também conhecida como inibição do transportador de serotonina ou SERT. Promove diminuição da síntese e invaginação de receptores de neurotransmissores Aumento da síntese de vários fatores neurotróficos, como o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) – plasticidade neural e neurogênese. O principal efeito adverso de todos os antidepressivos é a diminuição do libido sexual (mais relevante nos homens que nas mulheres – promovem o retardo da ejaculação) Indicações de tratamento antidepressivo Episódio depressivo moderado a grave e Distimia: Os medicamentos antidepressivos são a primeira linha de tratamento independente da presença de fatores ambientais Episódios depressivos leves (primeiro episódio) o Antidepressivos não estão indicados; o Educação, suporte e simples solução de problemas são recomendados; o Monitorar a persistência ou o desenvolvimento de episódio depressivo moderado a grave Episódios depressivos leves persistentes: Teste terapêutico com medicamento antidepressivo Episódio depressivo leve em paciente com história prévia de episódio depressivo moderado a grave: Considerar tratamento com antidepressivo. Episódios depressivos leves a moderados: Psicoterapias específicas para depressão (cognitiva e interpessoal) são alternativas efetivas aos medicamentos, dependendo da disponibilidade de profissionais e preferência do paciente. Escolha do Medicamento Antidepressivo: 1. Individualizar o tratamento considerando os aspectos específicos do paciente; a. Tentar associar as queixas dos pacientes aos efeitos adversos. Exemplo: se insônia → ADT, pois causa sonolência 2. Na ausência de fatores especiais, escolher antidepressivos bem tolerados, seguros quando tomados em excesso e mais prováveis de serem tomados nas doses prescritas. Há mais evidências em relação a estes critérios para os ISRS. No entanto, mirtazapina, reboxetina e venlafaxina são também seguros e bem tolerados. 3. Para episódios depressivos graves em pacientes hospitalizados, considerar o uso dos tricíclicos ou venlafaxina preferencialmente; 4. Levar em conta também os seguintes fatores: a. Resposta prévia a um fármaco particular; b. Tolerabilidade e efeitos adversos em relação a um fármaco de uso prévio; c. Perfil de efeitos colaterais (p.ex. ganho de peso, sedação, alteraçõesna sexualidade); d. Baixa letalidade se risco de suicídio atual ou passado; i. Risco de suicídio: não dar ATC; não tem antídoto (bloqueiam canais de sódio → parada cardiorrespiratória) e. Doença física concomitante que pode dificultar o uso de um antidepressivo específico; f. Uso de medicamentos concomitantes que possa interagir com o medicamento antidepressivo e outras drogas; i. Álcool: liberação de dopamina (euforizante) → atividade inibitória do GABA → risco de surto psicótico ii. Anfetaminas g. Doença psiquiátrica concomitante que possa responder a um antidepressivo específico (p.ex. transtorno obsessivo-compulsivo e ISRS); h. Preferência do paciente; i. Custo A opção por tratamento medicamentoso é influenciada pela gravidade e apresentação dos sintomas, presença de comorbidades clínicas e preferência do paciente. A efetividade dos AD pode ser considerada comparável entre classes e intraclasses, considerando os transtornos depressivos em geral, clínica da depressão. Sendo assim, a escolha do AD baseia-se em alguns fatores: Perfil de efeitos colaterais, segurança e tolerabilidade. Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina Resposta anterior individual ou em membros da família. Preferência do paciente. Evidências disponíveis. Custo do tratamento. Apresentação clínica dos sintomas depressivos. Uma vez iniciado o tratamento, se após 4 a 8 semanas não houver pelo menos uma melhora moderada, deve-se reavaliá-lo, verificar a adesão, fatores farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Caso a resposta seja parcial, é mandatório otimizar o tratamento, aumentando a dose até a máxima permitida e tolerada. Diante de resposta insatisfatória ou ausente, as opções de manejo incluem: Aumento da dose. Troca por AD mais eficaz. Potencialização com lítio ou tri-iodotironina (T3). Associação de AD. Eletroconvulsoterapia. Tipos de agentes antidepressivos Inibidores da monoaminoxidase (IMAO) Inibidores não seletivos de recaptura de monoaminas (ADTs) - ATC Inibidores seletivos de recaptura de serotonina (ISRS) Inibidores seletivos de recaptura de 5-HT/NE (ISRSN) Inibidores de recaptura de 5-HT e antagonistas 5- HT2A Estimulantes da recaptura de 5-HT (ERS) Inibidores seletivos de recaptura de NE (ISRN) Inibidores seletivos de recaptura de DA (ISRD) Antagonistas de alfa-2 adrenorreceptores o 5-HT: serotonina; NE: noradrenalina; DA: dopamina TODOS os antidepressivos podem desencadear: Intoxicação em uso de doses elevadas: Síndrome serotoninérgica (tremor, hipertermia, colapso cardiovascular) o IRSN: síndrome colinérgica o ATC: outras síndromes Suspensão abrupta do tratamento: Síndrome de retirada – as manifestações clínicas iniciam entre o segundo ao décimo dia – pico entre 3° ao 5° dia: sintomas de gripe, distúrbios sensoriais, gastrintestinais (náuseas) e psíquicos (angústia, desespero, síndrome do pânico, sensação de morte), dor torácica o Há pouco neurotransmissor na fenda sináptica e, consequentemente, pouca chance de excitar a fibra pós o Ideal: retirada de ¼ de dose por semana Inibidores da enzima monoamina oxidase - IMAO Foram os primeiros a serem introduzidos na clínica Causam inibição da MAO – esta inativa as aminas biogênicas (NA, 5HT, DA) Mecanismo de ação: inibição da MAO resulta em um aumento na concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica e nas vesículas de armazenamento. Raramente são utilizados devido à sua toxicidade – interações medicamentosas e alimentar. Exemplo: Moclobemida (Aurorix®) o Baixa eficácia Antidepressivos tricíclicos Mecanismo de ação: bloqueiam a recaptação de aminas pelas terminações nervosas ao competirem pelo sítio de ligação da proteína transportadora, principalmente de NA e 5-HT, e em menor proporção para a DA. Bloqueio de receptores 5-HT1. Uma das maiores desvantagens dos ATC tem sido a multiplicidade de ações farmacológicas: ações antimuscarínicas, anti-histamínicas e bloqueadora dos receptores -adrenérgicos que contribuem, exclusivamente, para a toxicidade destes fármacos. ATC além da síndrome serotoninérgica, bloqueio canais de sódio – toxicidade cardíaca. Exemplos: Imipramina (Tofranil ® 10,25 mg / 75-300 mg/dia) Clomipramina (Anafranil ® 10,25,75 mg / 75-250 mg/dia) Amitriptilina (Tryptanol ® 25,75 / 75-300 mg/dia) Nortriptilina (Pamelor ® 10,25,50,75 / 50- 150mg/dia) Farmacocinética: A vida média de eliminação varia (imipramina de 4 a 34 horas, amitriptilina de 10 a 46h, clomipramina de 17 a 37 e nortriptilina de 13 a 88h) e o estado de equilíbrio é atingido em cerca de 5 dias. A farmacocinética varia entre os sexos e a concentração pode diminuir antes da menstruação. Mulheres lactantes podem tomar: imipramina e amitriptilina, ou nortriptilina e clomipramina. Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina ATC: tomar sempre à noite, por conta de um dos efeitos colaterais ser a sonolência (mais indicado para pacientes com insônia, por exemplo); Muscarínicos/anticolinérgicos: boca seca, retenção urinária, constipação Serotoninérgicos: disfunção sexual Alguns efeitos colaterais sofrem tolerância ao longo do tempo, outras não. Inibidores seletivos da recaptação de 5-HT Mecanismo de ação: inibem seletivamente a recaptação de serotonina – potencializam a neurotransmissão serotoninérgica Farmacocinética: todos apresentam alta fixação plasmática. Fluoxetina tem metabólito ativo – ação prolongada. Fluoxetina, paroxetina - diminuem o seu próprio metabolismo e de outros fármacos por inibirem sua metabolização (isoenzimas P450). Sertralina e citalopram → cinética linear. As interações mais comuns com os ISRSs são farmacocinéticas. Paroxetina e fluoxetina são potentes inibidores da CYP2D6 – cuidado ao associar com ATC. A fluvoxamina, um inibidor da CYP3A4, pode causar elevação dos níveis de substrato dessa enzima administrados concomitantemente, como diltiazem, e induzir bradicardia ou hipotensão. Outros ISRSs, como o citalopram e o escitalopram, são relativamente desprovidos de interações farmacocinéticas. Medicamentos: Fluoxetina (Prozac® 10,20 mg / 20-60 mg/dia) - Paroxetina (Pondera ® 10,15,20,25,30 mg / 10-60 mg/dia) Sertralina (Zoloft ® 25,50,75,100 mg / 50-200 mg/dia) Citalopram (Procimax® 20,40mg / 20-40 mg 1 x dia) Escitalopram (Lexapro ® 10,20 mg / 10-20 mg 1 x dia) Fluvoxamina (Luvox ® 100 mg / 100-300 mg/dia) Efeitos adversos: náuseas, vômitos, diarreias, perda ou ganho de peso, insônia ou sonolência, disfunções sexuais (perda de libido, retardo na ejaculação), boca seca, agitação, reações dermatológicas. Tratamento para homens com ejaculação precoce: antidepressivos (qualquer classe) TROCA DE CLASSE: se o paciente usou por mais de 60 dias uma classe se não houve melhora dos sintomas (falha terapêutica) OU tentou 3 medicamentos da mesma classe, não tolerando os efeitos adversos TROCA SEM CLASSE: se o paciente não tolerou os sintomas adversos de um fármaco, deve-se mudar para outro DE MESMA CLASSE, PREFERENCIALMENTE. Embora os ISRS compartilhem do mesmo mecanismo de ação, cada paciente reage de maneira muito diferente a um ISRS em comparação com outro. Alguns pacientes apresentam uma resposta terapêutica a determinado ISRS e não a outro, enquanto outros pacientes toleram um ISRS e não outro. Cada ISRS exerce outras ações farmacológicas secundárias além do bloqueio do SERT. Esses perfis de ligação secundários podem explicar as diferenças na eficácia e na tolerabilidade observadas em pacientes individuais. Tais dados fornecem a base racional para que os médicos tentem mais de um desses agentes - “eles Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina NÃO são todos iguais” ainda que o mecanismo principal de ação seja o mesmo. 5-HT: utilizarpela manhã, pois na maioria dos pacientes causa insônia (se causar sono, pode trocar para a noite – e muito deverão utilizar outra fármaco para o tratamento da insônia) Primeiras doses causam sono – orientar! Fluoxetina (Prozac): Além de atuar como ISRS também exerce ações antagonistas de 5HT2C o Os receptores 5HT2C são pós-sinápticos e regulam a liberação (inibem) tanto de dopamina quanto de noradrenalina. O bloqueio dos receptores 5HT2C estimula a liberação de dopamina e de noradrenalina no córtex pré frontal e exerce ações pró-cognitivas, porém particularmente antidepressivas. Pacientes com apatia → potencializa a resposta! Assim, muitos pacientes, mesmo com a primeira dose, percebem que a fluoxetina produz um efeito energizante e de redução da fadiga, havendo também melhora na concentração e na atenção. Esse mecanismo talvez seja mais apropriado para pacientes deprimidos que apresentam redução do afeto positivo, hipersonia, retardo psicomotor, apatia e fadiga. Obs: pacientes com agitação, insônia e ansiedade podem ter o quadro agravado. Sertralina (Zoloft): Inibição ISRS e inibição do transportador de dopamina (DAT) e a ligação aos receptores sigma- 1 (σ1) Indicado para pacientes com “depressão atípica”, o que melhora os sintomas de hipersonia, baixa energia e reatividade do humor. As ações σ1 da sertralina não estão bem elucidadas, mas podem contribuir para seus efeitos ansiolíticos e, em particular, para seus efeitos na depressão psicótica e na depressão delirante, nas quais a sertralina pode ter efeitos terapêuticos vantajosos, em comparação com alguns outros ISRS Muitos pacientes relatam dor/pressão no peito como efeito adverso ESPECÍFICO da Sertralina Paroxetina (Aropax): Este ISRS é utilizado por muitos clínicos em pacientes com sintomas de ansiedade. A paroxetina tende a ser mais tranquilizante e, até mesmo, sedativa no início do tratamento. Talvez as ações anticolinérgicas leves da paroxetina contribuam para esse perfil clínico A paroxetina também tem propriedades inibitórias fracas sobre o NAT (transportador de noradrenalina), que podem contribuir para sua eficácia na depressão, particularmente em doses altas. A paroxetina inibe a enzima óxido nítrico sintase – pode contribuir para a disfunção sexual, em especial nos homens. o Há aumento da resistência vascular periférica → hipertensão o Óxido nítrico é essencial para a ereção peniana A paroxetina pode causar reações de abstinência súbita e severa se descontinuada abruptamente: acatisia, inquietação, sintomas gastrintestinais, tontura e formigamento. Citalopram (Cipramil, Proximax): este ISRS (mistura enantiomêros R e S) mais tolerado. Tem ação anti- histamínicas leves (R) – recomendado para idosos. Entretanto, tem uma ação terapêutica um tanto inconsistente na menor dose, o que costuma exigir o aumento da dose para otimizar o tratamento. Todavia, o aumento da dose é limitado, em virtude do potencial de prolongamento do QTc. Todos esses achados sugerem que não seja adequado que o citalopram contenha o enantiômero R Enantiômero R: causa uma leve sedação (tomar à noite), apesar de não ter muito efeito antidepressivo Importante: alteração cardíaca no ECG, tanto no Citalopram quanto no Escitalopram Bocejos excessivos Escitalopram (Lexapro) (S - puro): menor dose já apresenta efetividade. O escitalopram é o ISRS, cujas ações farmacológicas são quase todas explicadas, mais provavelmente, pela inibição pura do SERT. O escitalopram é considerado, talvez, o ISRS mais bem tolerado (exceto quando desencadeia bocejar acentuado), com as menores taxas de interações medicamentosas mediadas por CYP. Tomar de dia Menos efeitos adversos que o Citalopram Bocejos excessivos Os ISRS têm revolucionado a psiquiatria não somente em função de sua eficácia no tratamento da depressão, mas também devido à sua capacidade de aliviar outras desordens associadas a disfunções serotoninérgicas: ansiedade, obesidade, bulimia, agressão, síndromes obsessiva-compulsiva, tensão pré-menstrual, Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina ejaculação precoce, distúrbios do estresse pós- traumático. Constituem queixas comuns de pacientes usuários de fármacos ISRS, IRSN e ATCs: o retardo no orgasmo e a impotência orgásmica (anorgasmia). Em excesso: síndrome serotoninérgica; aumento da temperatura corporal, rabdomiólise, morte Em relação com drogas de abuso (anfetaminas e metanfetaminas): promovem a liberação de 5-HT e NE + bloqueio da recaptação → reação grave para causar a intoxicação por serotonina Em relação com álcool: num primeiro momento, promovem liberação de dopamina + bloqueio da recaptação → psicose Os ISRS partilham do mesmo mecanismo de ação, perfis terapêuticos e de tolerabilidade semelhantes → pacientes reagem de modo diferente a cada um dos fármacos deste grupo. Segundo a experiência dos prescritores é de que alguns ISRS são mais bem tolerados e eficazes em determinadas situações que outros. Também a nível do seu metabolismo pelo citocromo P450, os ISRS apresentam diferenças importantes, e que são determinantes do seu perfil de segurança e tolerabilidade Inibidores da recaptura de 5-HT/NE (IRSN) NÃO TEM SUS 3 representantes: Duloxetina (Cymbalta ® 30,60 mg / 60-120 mg/dia) o Depressão + dor neuropática o Exemplo: prebagalina (2° linha) Venlafaxina (Efexor ® 37,5-150mg / 75-375mg/dia) Desvenlafaxina (Pristiq® 50, 100mg) o Transtornos depressivos e de ansiedade generalizada (1° linha para pacientes com muito estado de sonolência e apatia) o Desvenlafaxina é mais pura → menor dose A duloxetina e venlafaxina e seu metabólito ativo Odesmetilvenlafaxina são inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina. Alteram a sensibilidade de receptores beta- adrenérgicos após dose única, diferente de outros antidepressivos que levam à dessensibilização (down regulation) desses receptores após doses repetidas. Podem ser utilizados para incontinência urinária. Efeitos adversos: cefaleia, náuseas, anorexia, tonturas, sonolência ou insônia, ansiedade, irritação, fadiga, xerostomia, alterações libido, hipertensão (em alguns pacientes, por conta do aumento de NE) Os inibidores da recaptação de serotonina- noradrenalina (IRSN) combinam a inibição substancial do SERT produzida pelos ISRS com vários graus de inibição do transportador de noradrenalina (NAT). Duloxetina (Cymbalta®): tratamento de diversas síndromes dolorosas – fibromialgia. Venlafaxina (Efexor®): apresenta diferentes graus de inibição da recaptação de 5HT, em comparação com a recaptação de NA (desvenlafaxina (Pristiq®) – metabólito ativo tem maior potência de inibição sobre o receptor NAT). Dados contraditórios: venlafaxina ou outros IRSN terem maior eficácia do que os ISRS na depressão maior. A venlafaxina também está aprovada para o tratamento de ansiedade. EA raro e significativo: sudorese e elevação da pressão arterial. Inibidores da receptação de noradrenalina e de dopamina Bupropiona (Zyban®): inibe a recaptação tanto da dopamina (DAT) quanto da noradrenalina (NAT). A bupropiona é metabolizada em vários metabólitos ativos, alguns dos quais não apenas são inibidores do NAT mais potentes do que a própria bupropiona e inibidores igualmente potentes do DAT, como também se concentram no cérebro. Quando há um aumento brusco de Dopamina pode induzir ao uso abusivo, porém, a bupropiona promove aumento gradual de dopamina no estriado e no nucleus accumbens de maneira suficiente para reduzir a fissura (abstinência da nicotina), porém não o suficiente para provocar uso abusivo – indicada tratamento da dependência de nicotina (na prática clínica: pouco efetivo – depende da vontade do paciente). Associação em pacientes em falha terapêutica de um 1° antidepressivo (adjuvante) o Ou já está na dosemáxima o Ou o aumento de dose causa intolerância aos efeitos adversos Terapêutica de manutenção (exemplo: começa a baixar a fluoxetina, introduz a bupropiona) Por não interferir na serotonina, NÃO tem o efeito adverso de disfunção sexual Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina As observações clínicas de pacientes deprimidos também são consistentes com a inibição do DAT e do NAT como mecanismo de ação da bupropiona, pois esse agente parece ser particularmente útil, como melhora dos sintomas de perda de alegria, felicidade, interesse, prazer, energia, entusiasmo, vigilância e autoconfiança. Em geral, a bupropiona é ativadora ou, até mesmo, estimulante. Poucas queixas de disfunção sexual. A combinação de bupropiona com um ISRS ou um IRSN tem justificativa teórica como estratégia para cobrir todo o espectro de sintomas, desde os sintomas de redução do afeto positivo até aqueles de aumento do afeto negativo. Bloqueadores de receptores 5HT2 e alfa-2 1° escolha para tratar insônia em pacientes com histórico de abuso de álcool Ocorre aumento da atividade noradrenérgica e serotonérgica central. Mirtazapina (Remeron®) e Mianserina (Tolvon) A mirtazapina bloqueia os receptores α2, e também exerce ações antagonistas potenciais adicionais sobre os receptores 5HT2A, 5HT2C, 5HT3 e de histamina H1. As ações anti-histamínicas H1 da mirtazapina e da mianserina devem aliviar teoricamente a insônia noturna e melhorar a ansiedade durante o dia, porém também podem causar sonolência diurna. Em combinação com as propriedades antagonistas de 5HT2C, e as ações anti-histamínicas (H1) também podem causar ganho de peso. Utilizar pela noite O antagonismo de alfa-2 (α2) - promove o aumento da liberação de monoaminas e exerce a ação antidepressiva. Convém lembrar que a noradrenalina desativa sua própria liberação ao interagir com autorreceptores α2 pré-sinápticos nos neurônios noradrenérgicos. Por isso, quando se administra um antagonista α2, a noradrenalina não pode mais desativar sua própria liberação, e em heterorreceptores (Interneurônios) α2 pré-sinápticos (neurônios serotoninérgicos) os antagonistas α2 bloqueiam a desativação da liberação de serotonina pela noradrenalina. Dessa maneira, os neurônios serotoninérgicos são desinibidos e a liberação de serotonina aumenta. Um segundo mecanismo para aumentar a liberação de serotonina após a administração de um antagonista α2 pode ser ainda mais importante. Convém lembrar que os neurônios noradrenérgicos do locus coeruleus inervam os corpos celulares dos neurônios serotoninérgicos na rafe do mesencéfalo e estimulam a liberação de serotonina dos terminais axônicos serotoninérgicos por meio de um receptor α1 pós- sináptico no corpo celular serotoninérgico. Assim, quando antagonistas α2 provocam a liberação de noradrenalina na rafe, isso também causa a estimulação dos receptores α1 pós-sinápticos nos corpos celulares neuronais serotoninérgicos na rafe provocando a liberação de mais serotonina dos terminais axônicos distais, como os do córtex. Por isso, as ações dos antagonistas α2 produzem duplo aumento na liberação de 5HT e de NA. Outros Trazodona (Donaren): Antagonista/inibidor da recaptação de serotonina (AIRS) e antagonista de receptores 5HT2 e de receptores α1-adrenérgicos. As doses baixas: hipnótico – tratamento insônia em pacientes que apresentam episódio depressivo maior e pode aumentar as taxas de remissão, devido à melhora de outros sintomas, como perda de energia e humor deprimido. Baixa efetividade no tratamento da depressão se utilizado isoladamente. Inibidores seletivos de recaptura de NE (ISRN) Reboxetina (Prolift) e Viloxazina (Vivalan): A reboxetina – inibidores da recaptação de noradrenalina (IRNAs). Apresenta atividade seletiva sobre a recaptação de noradrenalina, com atividade antagonista alfa-2. Não possui efeitos significativos sobre receptores colinérgicos, histamínicos, alfa-1-adrenérgicos, ou na inibição da monoaminoxidase. o Não utilizados comumente para depressão o Indicados mais para pacientes que querem ficar mais “acordados”, melhorar a concentração Agonista do receptor de melatonina 1 (MT1) e melatonina 2 (MT2) Agomelatina (Valdoxan): A agomelatina é um antidepressivo que exerce ações agonistas nos receptores de melatonina 1 (MT1) e melatonina 2 (MT2) e ações antagonistas nos receptores 5HT2C. Os receptores 5HT2C estão Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 6° fase Medicina localizados não apenas na rafe do mesencéfalo e no córtex pré-frontal, onde regulam a liberação de dopamina e de noradrenalina, mas também no núcleo supraquiasmático (NSQ) do hipotálamo, ciclo circadiano (sono/vigília). A agomelatina, ao estimular os receptores de melatonina no NSQ e ao bloquear simultaneamente os receptores 5HT2C nessa mesma região, parece ressincronizar os ritmos circadianos, reverter a defasagem de fase observada na depressão e, portanto, exercer o efeito antidepressivo Foi constatado que o antagonismo 5HT2C com agonismo MT1/MT2 produz diversos efeitos biológicos: Aumento da neurogênese e do BDNF; Reajuste das fases sono/vigília e claro/escuro; Diminuição da liberação de glutamato induzida por estresse; Regulação das cascatas de transdução de sinais corrente abaixo e genes circadianos; ressincronização dos ritmos circadianos Ações antidepressivas Hypericum perforatum: erva de são joão O extrato de H. perforatum é utilizado no tratamento da depressão leve a moderada, com perfil de tolerabilidade superior aos antidepressivos sintéticos. Existem evidências de que o hipérico reduza os níveis séricos de vários fármacos, provavelmente por indução das enzimas hepáticas (citocromo P 450 - isoenzima CYP1A2) Importante: mulheres que utilizam ACO Mecanismo de ação: Fraca inibição MAO-A e MAO-B Inibição da recaptação de serotonina, noradrenalina e dopamina. Efeitos adversos: irritação TGI, fotossensibilidade, cefaleia, agitação.
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