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Cu�d��o� n� ���a d� ���ci���t� Preparo para a assistência na sala de parto ● Realização da anamnese materna ● Disponibilidade do material para atendimento ● Presença de equipe treinada para reanimação Para a realização da assistência ao RN na sala de parto se faz necessário realizar a anamnese materna, incluindo a identificação, antecedentes pessoais e obstétricos, história obstétrica atual e idade gestacional. Ademais, deve ser avaliado a disponibilidade de materiais para o atendimento que inclui todos os materiais necessários para a assistência ao RN na sala de parto, que inclui, sala de parto equipada com todos os materiais necessários para a reanimação com temperatura de 26 graus celsius; material para a aspiração; material para a ventilação, material para intubação traqueal, medicações, material para cateterismo umbilical, EPIs, entre outros. Além disso, a assistência deve ser realizada por uma equipe treinada para reanimação neonatal, contendo pelo menos 3 profissionais capacitados para reanimar o RN de maneira rápida e efetiva, contando com a presença de um médico neonatologista e enfermeiro. Ava���ção d� ���al����e �� na���r A necessidade de reanimação neonatal será avaliada de forma rápida, após o nascimento do feto. São feitas as seguintes perguntas: ★ Gestação a Termo? ★ Ausência de Mecônio? ★ Respirando e chorando? ★ Tônus muscular bom? Considera-se que o RN não necessita de reanimação neonatal se a resposta for sim para todas as perguntas. As�i�ên�i� �o R� ��m ��a ��t��i��d� Assim, o RN com boa vitalidade, ou seja, respirando, chorando, com tônus muscular em flexão, sem a presença de líquido amniótico meconial e sem necessidade de reanimação, será então direcionado para realizar o clampeamento oportuno do cordão umbilical. Para isto, deve-se secá-lo e colocá-lo sobre o abdome da mãe a nível da placenta e aguardar entre 1 e 3 minutos o cordão umbilical parar de pulsar, para realizar o clampeamento. Após o clampeamento oportuno, o RN deve ser mantido junto à mãe na sala de parto. Ele pode ser mantido sobre o abdome e/ou tórax materno. Deve-se prover calor ao RN, manter as vias aéreas pérvias e avaliar continuamente sua vitalidade. O RN deve ser seco, especialmente a região cefálica, local que mais perde calor. O RN deve ser mantido em contato pele-a-pele com a mãe e coberto com tecido de algodão. Isso irá reduzir o risco para hipotermia. Nesse momento também pode-se iniciar a amamentação, que quando realizado na primeira hora de vida extrauterina, diminui o risco para mortalidade neonatal, melhora a interação do binômio mãe-bebe e diminui o risco de hemorragia materna. As�i�ên�i� �o R� c�� ��ce���d��e �� r�a����ção A necessidade de reanimação depende da avaliação simultânea de dois sinais: Respiração (média de 40 a 60 irpm) e Frequência cardíaca (120 a 160 bpm). É importante lembrar que a FC é o principal determinante para indicar a necessidade de realização de manobras de reanimação. A FC menor que 100 bpm é indicativo de necessidade de reanimação neonatal e pode ser avaliada por meio da ausculta do precórdio com o estetoscópio, palpação do pulso na base do cordão umbilical. A presença de cianose periférica não é mais utilizada para avaliar a necessidade de reanimação neonatal, uma vez que os RN’s com um minuto de vida, apresentam saturação de oxigênio ao redor de 60%-65%, e só atinge os valores de 87% a 92% no quinto minuto de vida no ar ambiente. O boletim de apgar deve ser utilizado para avaliar a eficácia das manobras de reanimação e não para avaliar a necessidade de manobras de reanimação. O boletim de apgar é divido em 5 sinais: frequência cardíaca, frequência respiratória, tônus muscular, irritabilidade reflexa e cor, cuja as pontuação vão de 0, 1 e 2. Se o escore for inferior a sete no quinto minuto, é recomendado que aplique as manobras de reanimação a cada cinco minutos até 20 minutos de vida. Outras bibliografias sugerem que realize o escore de apgar no primeiro e quinto minuto para avaliar a vitalidade do RN. As�i�ên�i� �o R� c�� �íqu��� a�n�óti�� ��co����, Não se deve realizar a aspiração das vias aéreas na presença de líquido amniótico meconial, fluido ou espesso, porque, não diminui a síndrome de aspiração de mecônio tampouco a necessidade de ventilação mecânica. A conduta do enfermeiro deve ser realizada dependendo da vitalidade do RN quando há presença de líquido tinto de mecônio. Se o neonato, após o nascimento, apresentar boa vitalidade, com movimentos respiratórios rítmicos e regulares, tônus muscular adequado, FC maior que 100, mesmo na presença de líquido amniótico deve-se proceder a seguinte conduta: ★ Levar o RN a mesa de reanimação ★ Colocá-lo sob fonte de calor radiante ★ Posicionar sua cabeça com uma leve extensão do pescoço ★ Aspirar o excesso de secreções da boca e do nariz com sonda de aspiração traqueal número 10 ★ Secar e desprezar os campos úmidos, verificando novamente a posição da cabeça ★ Avaliar a frequência cardíaca e respiratória Se, após a conduta descrita anteriormente, a avaliação do RN for normal, deve-se seguir os cuidados de rotina na sala de parto. No entanto, se o RN apresentar ritmo respiratório irregular e/ou tônus muscular flácido ou frequência cardíaca menor que 100, o enfermeiro deve retirar o mecônio residual da hipofaringe e da traqueia sob visualização direta e com fonte de calor ionizante. As�i�tên�i� �o R� c�� ��ce���d��e �� r�a����ção Indica-se a necessidade de reanimação, quando a resposta a qualquer pergunta chave for não e/ou a FC e FR estiver alterada. A conduta do enfermeiro deve seguir os seguintes passos: ★ Prover calor ★ Posicionar a cabeça em leve extensão ★ Aspirar as vias aéreas, se houver excesso de secreções ★ Secar e desprezar os campos úmidos (se RN >1500g) ★ Reposicionar a cabeça se necessário O RN com IG menor que 29 semanas ou peso inferior a 1.500g, é preconizado que sob fonte de calor ionizante, antes de secá-lo, introduza sobre seu corpo, exceto a cabeça o saco plástico transparente de polietileno. Além disso, recomenda-se que cubra a região da fontanela, com uma touca de lã, para evitar a perda de calor nesta região. Essa prática é realizada para evitar a hipertermia, que pode agravar a lesão cerebral em RNs asfixiados. Se o RN apresenta a FC >100, não demonstrar desconforto respiratório e estiver com bom tônus muscular, o enfermeiro deve seguir com os procedimentos de rotina na sala de parto. Ao manter a pervidade das vias aéreas, com o posicionamento da cabeça em leve extensão, deve-se avaliar se há excesso de secreções nas vias aéreas. Aspira-se a boca e depois as narinas de forma delicada com auxílio da sonda traqueal conectada ao aspirador a vacua, sob pressão máxima de 100 mmHg. É importante que a introdução da sonda seja feita de maneira delicada, pois quando feita de forma brusca ou quando atinge a faringe posterior, induz-se a resposta às vagas e ao espasmo laríngeo, com apneia e bradicardia. Além disso, deve-se evitar realizar a aspiração da hipofaringe, pois pode causar atelectasia e dessa forma prejudicar o estabelecimento de respiração efetiva. Após realizar as manobras de reanimação, avalia-se a FC e FR. Se o RN apresentar boa vitalidade, ou seja, FC >100, respiração rítmica e regular, o enfermeiro deve seguir com os procedimentos de rotina na sala de parta. No entanto, se o RN não apresentar sinais de melhora, ou índice de apgar <6, inicia-se a ventilação com pressão positiva, no primeiro minuto de vida (“minuto de ouro”). Ven����ção c�� �r���ão p����iv� A ventilação pulmonar é um procedimento simples, muito importante e efetivo para reanimação do RN na sala de parto. Esse procedimento acarreta na dilatação da vasculatura pulmonar e com isso a hematose volta acontecer de forma adequada. Indica-se VPP quando, após 30 segundos iniciais da reanimação, o RN apresentar, apneia e/ou respiração irregular e/ou FC <100bpm. Para a realização da ventilação com pressão positiva, deve-se colocar a máscara sobre a face do RN uma vez conectado ao balão autoinflável. Deve-seaplicar uma pressão individualizada até que o RN mantenha a FC >100 bpm. Inicia-se com pressão inspiratória em cerca de 20cmH2O, podendo alcançar (menos comum) 30-40 cmH2O, em casos específicos como RNs com pulmões muito imaturos ou doentes. Deve-se monitorar rigorosamente a pressão do balão pelo manômetro. Realiza-se 40 a 60 movimentos/minuto, seguindo a regra, “aperta, solta, solta, solta, aperta”. Com essa manobra é possível aumentar a FC, melhorar o tônus muscular e restabelecer a respiração espontânea. Uma vez detectado essa melhora, pode-se suspender a ventilação. Mas����m �a�díac� ��o��t�� A massagem cardíaca será iniciada com a intubação orotraqueal, sendo feita de forma coordenada com a ventilação. A Técnica será realizada no terço inferior do esterno, comprimindo cerca de ⅓ do diâmetro anteroposterior do tórax do RN, utilizando os dois polegares enquanto as duas mãos envolvem todo o tórax. A cada 3 compressões, para e faz 1 ventilação. Repete-se o procedimento e reavalia-se a FC a cada ciclo de 60s. Med���ções Quando a FC permanece abaixo de 60 bpm, ainda que seja mantida uma ventilação efetiva e massagem cardíaca adequada, usa-se adrenalina, ou expansor de volume. Cu�d��o� d� ���in� ��ós a ����bi����ção c�íni�� �� R� na ���� de ���t� Laqueadura do cordão umbilical. Fixar o clamp à distância de 2 a 3cm do anel umbilical, envolvendo o coto com gaze embebida em álcool etílico 70% ou clorexidina alcoólica 0,5%.11 Em RN de extremo baixo peso utiliza-se soro fisiológico. Verificar a presença de duas artérias e de uma veia umbilical, pois a existência de artéria umbilical única pode associar-se a anomalias congênitas. Prevenção da oftalmia gonocócica pelo método de Credé. 36 Retirar o vérnix da região ocular com gaze seca ou umedecida com água, sendo contraindicado o uso de soro fisiológico ou qualquer outra solução salina. Afastar as pálpebras e instilar uma gota de nitrato de prata a 1% no fundo do saco lacrimal inferior de cada olho. A seguir, massagear suavemente as pálpebras deslizando-as sobre o globo ocular para fazer com que o nitrato de prata banhe toda a conjuntiva. Se o nitrato cair fora do globo ocular ou se houver dúvida, repetir o procedimento. Limpar com gaze seca o excesso que ficar na pele das pálpebras. A profilaxia deve ser realizada na primeira hora após o nascimento, tanto no parto vaginal quanto cesáreo. Antropometria. Realizar exame físico simplificado, incluindo peso, comprimento e os perímetros cefálico, torácico e abdominal. Prevenção do sangramento por deficiência de vitamina K. Administrar 1mg de vitamina K1por via intramuscular ou subcutânea ao nascimento.37 Detecção de incompatibilidade sanguínea materno-fetal. Coletar sangue da mãe e do cordão umbilical para determinar os antígenos dos sistemas ABO e Rh. Não é necessário realizar o teste de Coombs direto de rotina. No caso de mãe Rh negativo, deve-se realizar pesquisa de anticorpos anti-D por meio do Coombs indireto na mãe e Coombs direto no sangue do cordão umbilical. Realização da sorologia para sífilis e HIV. Coletar sangue materno para determinar a sorologia para sífilis. Caso a gestante não tenha realizado sorologia para HIV no último trimestre da gravidez ou o resultado não estiver disponível no dia do parto, deve-se fazer o teste rápido para anti-HIV o mais breve possível, e administrar a zidovudina profilática antes do parto, caso o teste seja positivo. Identificação do RN: O Estatuto da Criança e do Adolescente (artigo 10 do capítulo 1) regulamenta a identificação do RN mediante o registro de sua impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe. Essa identificação é feita no prontuário. Pulseiras devem ser colocadas na mãe e no RN, contendo o nome da mãe, o registro hospitalar, a data e hora do nascimento e o sexo do RN. Os RNs estáveis devem permanecer com suas mães e ser transportados ao alojamento conjunto. Caso haja a necessidade de transporte do RN para outra unidade neonatal, ele sempre deve ser mostrado à mãe novamente, antes do transporte.
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