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Vict�ria K. L. Card�so Dermat�ses eritemato escam�sas Dermatite seborreica Conceito: é uma inflamação na pele que causa descamação e eritema em algumas áreas da face, como sobrancelhas, cantos do nariz, couro cabeludo, orelhas e tórax. ● Apresenta multiplicação, Características gerais: ● Dermatose crônica com períodos de exacerbação e de calmaria. ● Possui placas eritêmato descamativas. ● Pode atingir adultos e lactentes. ● Etiologia: não é totalmente conhecida. ○ Pode estar relacionada a: ■ Inflamação de origem genética ou desencadeada por agentes externos, como nas alergias. ■ Ao tipo de sebo produzido pela pele. ■ Situações de fadiga ou estresse emocional. ■ Baixa temperatura. ■ Consumo de álcool. ■ Alguns tipos de medicamentos. ■ Excesso de oleosidade. Lactentes: ● Recém-nascidos têm uma dermatite de condição inofensiva e temporária. Vict�ria K. L. Card�so ● Quadro clínico: ○ Apresenta cascas grossas amareladas ou marrons sobre o couro cabeludo da criança. ○ Outras locais com escamas: pálpebras, orelhas, ao redor do nariz e na virilha. ● Pseudo tíneas amiantácea: variação da DS onde as escamas, muito gordurosas e espessas, formam uma placa que adere aos pêlos do couro cabeludo. ● Tratamento: ○ Usar emolientes, como óleos minerais para remoção das escamas. ○ Uso de cetoconazol 2% em creme. ○ Uso breve de creme corticóide. ○ Xampus com antifúngicos. Adulto: ● Quadro clínico: ○ Oleosidade na pele e no couro cabeludo. ○ Escamas brancas e amareladas, oleosas, com pirose e que descamam. ○ Prurido, que pode piorar caso a área seja infectada. ○ Leve hiperemia na área. ○ Possível perda de cabelo. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Locais mais frequentes: ○ Couro cabeludo. ○ Zona T. face. ○ Zona retroauricular. ○ Conduto auditivo externo. ○ Tórax. ● Tratamento: ○ Uso de cetoconazol 2% em creme. ○ Uso breve de creme corticóide. ○ Xampus com antifúngicos. ○ Ác. salicílico. ○ Outros: manter hábitos de vida saudáveis, controlar o estresse físico e mental e a ansiedade, garantir uma alimentação balanceada e boas noites de sono. Obs: tanto em adultos quanto em crianças, a doença não é contagiosa e não é causada por falta de higiene. Psoríase Conceito: ● Dermatose inflamatória crônica, recorrente, não contagiosa e imunologicamente mediada. ● Está associada a algumas manifestações sistemas. Características: ● Forma de apresentação: presença de manchas eritematosas, cobertas por escamas esbranquiçadas. ○ Pode ocorrer desde formas localizadas e discretas, até formas muito severas comprometendo grande área de superfície corporal. ● Sinais e sintomas gerais: lesões assintomáticas ou pruriginosas. ● Acomete ambos os sexos e pode iniciar em qualquer idade. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ É raro em: pessoas negras, japoneses e indígenas. ● Fatores de exacerbação: ○ Traumas (físico e químico) → fenômeno de Kobner. ○ Queimadura solar. ○ Infecção por HIV. ○ Infecção por estreptococo beta-hemolítico (relaconado à psoríase gutata). ○ Fármacos (betabloqueadores, cloroquina, lítio, indometacina, inibidores da enzima conversora de angiotensina, terbinafina e alfainterferona). ○ Estresse emocional. ○ Consumo de álcool. ○ Tabagismo. ○ Obesidade. ● Locais mais comuns: ○ Áreas extensoras. ■ Cotovelos. ■ Joelhos. ■ Palmas das mãos e Plantas dos pés. ○ Couro cabeludo (ultrapassando a área de implantação do cabelo). ○ Tronco. ○ Unhas. ● Etiologia: é desconhecida, mas é geneticamente. ● População mais acometida: ○ Homens e mulheres, em qualquer idade. Patogenia: ● Possui aceleração do ciclo germinativo epidérmico, com imunoestimulação dos queratinócitos. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ○ Fatores ambientais provocam uma resposta inflamatória e subsequente hiperproliferação dos queratinócitos. ● É mediada por células T. Manifestações clínicas: ● Psoríase Vulgar: lesões de tamanhos variados, delimitadas e hiperemiadas, com escamas secas, aderentes, prateadas ou acinzentadas. ○ Locais mais comuns: couro cabeludo, joelhos e cotovelos; ● Psoríase gutata: pequenas lesões localizadas, em forma de gotas, associadas a processos infecciosos. ○ Locais mais comuns: tronco, braços e coxas (bem próximas aos ombros e quadril). ○ Maior freqüência em crianças e adultos jovens. ● Psoríase Eritrodérmica: lesões generalizadas em pelo menos 75% do corpo. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Psoríase Ungueal: depressões puntiformes ou manchas amareladas principalmente nas unhas das mãos. ○ Formas: mancha de óleo, piting e distrofia ungueal. ● Psoríase Artropática: pode estar associada a comprometimento articular. Inicia com a presença de dor nas pontas dos dedos das mãos e dos pés, ou nas grandes articulações como a do joelho. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Psoríase Pustulosa: lesões com pus nos pés e nas mãos (forma localizada) ou espalhadas pelo corpo. ● Psoríase Palmo-Plantar: fissuras nas palmas das mãos e nas solas dos pés. ● Psoríase Invertida: lesões mais úmidas, localizadas em áreas de dobras como couro cabeludo, joelhos e cotovelos. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Diagnóstico: ● É essencialmente clínico. ● Pode ser comprovado com a curetagem de Brocq: ○ Manobra realizada na identificação de lesões psoriásicas. ○ Caso positivo, apresenta o sinal do Orvalho Sangrante, também chamado de Sinal de Auspitz, é um sinal semiológico representado pelo sangramento puntiforme. Tratamento: ● É uma doença sem prevenção, mas que possui controle. ● Uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. ● Objetivo do tratamento: reduzir o número e a gravidade das lesões. ● Medicamentos: ○ Tópicos: pomadas, cremes, gel, loção cremosa, loção capilar, injeção intralesional e xampus → ambos com corticóides. ■ Pomada com análogos da vitamina D (calcipotriol). ○ Sistêmicos: metotrexato, retinóides orais, ciclosporina e agentes imunomoduladores (em casos mais severos). ● Casos leves e moderados (cerca de 80%): uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol. Pitiríase rósea Conceito: doença eruptiva benigna que acomete a pele, comum em pessoas saudáveis, principalmente crianças e adultos jovens. Características: ● Mais comum na primavera e outono, nos climas temperados. ○ Mas pode ser mais frequente no verão em algumas outras regiões. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Causas: ainda não se tem certeza da origem, mas há a possibilidade de ser desencadeada de algumas formas: ○ Por agentes infecciosos de origem viral. ○ Após o uso de algumas vacinas (BCG, HPV e difteria). ○ Após o uso bem como de medicações (ácido acetilsalicílico, barbitúricos, bismuto, captopril, clonidina, ouro, imatinib, isotretinoína, cetotifeno, levamisol, metronidazol, omeprazol, D-penicilamina e terbinafina, entre outras). ● Deve pedir sorologia para sífilis. Manifestações clínicas: ● Erupção papuloescamosa aguda, autolimitada, pruriginosas (com duração média de 6-8 semanas) e de curso lento. ○ Variações atípicas: ■ Forma papulosa múltipla. ■ Forma sem medalhão. ■ Forma com mais de um medalhão. ■ Padrões purpúricos ou vesiculosos. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Geralmente inicia com uma lesão maior → medalhão mãe. ● Após isso surgem erupções com outras lesões, só que menores e de crescimento centrífugo (se afastando do centro). ○ Essas erupções secundárias ocorrem após uns 15 dias, persistindo por mais 15 dias, clareando lentamente. ○ As lesões dorsais, podem ter um aspecto de árvore de natal. ● É comumente confundida com outras patologias como psoríase, sífilis, tíneas e dermatoses alérgicas. ○ Por conta disso é importante realizar alguns exames de diagnósticos diferenciais. ● Não é considerada uma doença transmissível. ● Duração: 6-8 semanas, mas raramente pode durar de 3-6 meses. ● Pode causar: aborto, se ocorrer nas quinze primeiras semanas de gravidez, parto prematuro e recém-nascidos com alterações neurológicas. Tratamento: ● Por ser comumente assintomática e autolimitada,não precisa de tratamento. ● Deve-se evitar: substâncias que possam provocar irritações e automedicações. ● Quadros mais descamativos: (com prurido acentuado ou manchas residuais) usam-se pomadas com corticóide e poucas vezes com tratamento sistêmico. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so Pitiríase liquenóide Conceito: ● É uma doença inflamatória rara com etiologia incerta, que se manifesta como uma dermatite papuloescamosa polimórfica disseminada, com evolução imprevisível. ● Muito raramente, pode evoluir para um linfoma cutâneo. Características: ● Possui formas agudas e crônicas, que podem evoluir de aguda para crônica ou não recidivar. ○ Forma aguda: ocorre em crianças e adultos jovens, com lesões assintomáticas semelhantes à varicela. ■ As cicatrizes regridem em semanas ou meses. ○ Forma crônica: inicia como pápulas descamativas, planas e vermelho-acastanhadas, que regridem em meses ou anos. ● Patogenia: distúrbio da clonagem de linfócitos T, que se desenvolve em resposta a infecções ou fármacos e pode estar associado ao linfoma cutâneo de células T. O tratamento pode incluir vários fármacos tópicos e orais. ● População mais acometida: ○ Sexo masculino. ○ Portadores de HIV. ○ Ocorre mais da infância ao início da fase adulta Diagnósticos diferenciais: ● Psoríase gutata. ● Parapsoríase em placas pequenas. ● Sífilis secundária. ● Varicela. Manifestações clínicas: ● Caracteriza-se por erupção polimórfica de máculas eritematosas que rapidamente evoluem para pápulas de 2‐3 mm, de conteúdo hemorrágico ou pustuloso, que sofrem necrose, seguindo com uma crosta residual. ● Podem apresentar ardor e prurido. ● Doença de Mucha-Habermann: (forma aguda) quadro varicela‐símile, com lesões úlcero necróticas, com repercussão sistêmica, febre e quadro geral alterado, potencialmente fatal. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Forma crônica: chamada de parapsoríase em gotas, possui pequenas pápulas rosa, marrom ou avermelhadas na pele, não evoluem com necrose e crostas, mas podem descamar. Tratamento: ● Uso de orticoides tópicos ou de tacrolimus tópico. ● Antibióticos orais. ● Fototerapia. ● Imunossupressores. Pitiríase rubra pilar Conceito: ● É uma doença crônica rara que causa hiperqueratose vermelho-alaranjada da pele. ● As pápulas foliculares vermelhas se juntam e formam placas escamosas @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so vermelho-alaranjadas, com áreas confluentes de eritema e áreas de pele normal entre as lesões. Características: ● Áreas mais afetadas: tronco, extremidades, palmas das mãos e solas dos pés. ● Formas de apresentação: ○ Forma clássica juvenil: ocorre por herança autossômica dominante e tem início na infância. ○ Forma adulta clássica: geralmente não tem aparente hereditariedade. ○ Formas atípicas (não clássicas): ocorre em todas as faixas etárias. ■ Desencadeadores: luz solar, HIV ou outra infecção, trauma leve ou doença autoimune. Obs: a forma familiar é insidiosa e a forma adquirida tem início abrupto. Diagnósticos diferenciais: ● Dermatite seborreica (em crianças). ● Psoríase (quando a doença ocorre no couro cabeludo, cotovelos e joelhos). Manifestações clínicas: ● Inicia-se com lesões eritemato-descamativas na face e no couro cabeludo, com evolução craniocaudal. ○ Acomete frequentemente a região palmoplantar. ● As lesões podem coalescer e formar grandes placas, podendo evoluir com eritrodermia. ● Pode haver acometimento de mucosa oral e ocular. ○ A mucosa oral pode ficar com aparência esbranquiçada difusa, placas esbranquiçadas rendilhadas, pápulas e placas branco-acinzentadas, eritema e possíveis erosões. ● Pode haver dor, irritação e prurido (no estágio inicial). ● Na pele as placas são eritemato escamosas, com coloração vermelho-alaranjado e bordas elevadas, que podem expandir e acometer o corpo inteiro, podendo causar eritrodermia. ○ Parte da pele não envolvida = ilhas de pele sã. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Hiperqueratose folicular: comum no dorso das falanges proximais, nos cotovelos e nos punhos. ● Fissuras dolorosas podem se desenvolver em pacientes com ceratodermia palmoplantar. ● Unhas: podem ter descoloração distal amarelo-marrom, hiperqueratose subungueal, sulco longitudinal, placa ungueal, espessamento e hemorragia em estilhas. ○ Corrosão ungueal não é comum, mas pode haver pitting ungueal com ausência de distrofia, o que difere da psoríase. ● Os pacientes com doença extensa podem desenvolver ectrópio. Tratamento: ● Alívio dos sintomas → uso de emolientes, ácido lático tópico, corticoides tópicos ou retinoides orais. ● Controle da descamação: uso de hidratantes ou ácido láctico a 12%, seguido por corticoide tópico. ○ Uso de vitamina A oral pode ser eficaz. @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ● Paciente resistente ao tratamento tópico: usa-se acitretina oral (retinoide) ou metotrexato. ● Outras formas de tratamento: ○ Fototerapia. ○ Agentes imunomoduladores. ○ Ciclosporina, micofenolato mofetil, azatioprina e corticoides (1). Obs: essa doença não costuma ter cura, mas pode haver melhora. Ictiose Conceito: é uma condição dermatológica que resulta em uma pele extremamente seca, podendo ser adquirida ou hereditária. ● O quadro clínico resulta de mutações dos genes que codificam a proteína filagrina, uma das moléculas responsáveis pela impermeabilidade da pele e por sua hidratação. Características: ● Não existe predominância por gênero ou etnia. ● Os sintomas são causados por mutações dos genes que codificam a proteína filagrina (molécula responsável pela impermeabilidade da pele e pela hidratação). Manifestações clínicas: ● Principal sintomatologia: pele seca. ○ Os sintomas pioram em climas secos e sob temperaturas frias. ● Formas mais leves: as manifestações aparecem somente na infância tardia @p�sitivamed Vict�ria K. L. Card�so ou na vida adulta, ocorrendo descamação fina e lamelar da pele. ○ Aqui as áreas de dobras são poupadas. ● Formas mais graves: as manifestações podem aparecer na primeira infância e tem intensa descamação da pele, couro cabeludo, palmas das mãos e plantas dos pés. ○ Pode haver prurido intenso. ○ Geralmente há associação com alergias de contato. (ictiose arlequim) Tratamento: ● Tratamento fundamental: hidratação da pele. ○ Uso de cremes com ureia, lactato de amônia e outros componentes hidratantes, 3x ao dia. ● Uso de ácido salicílico, para auxílio na descamação da pele. ● Em casos mais graves, faz-se uso de medicações orais. @p�sitivamed
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