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Unidade 4 Livro Didático Digital MÁrcia ValÉria Marconi Teorias Contábeis Diretor Executivo DAVID LIRA STEPHEN BARROS Gerente Editorial CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA Projeto Gráfico TIAGO DA ROCHA Autora MÁRCIA VALÉRIA MARCONI A AUTORA Márcia Valéria Marconi Olá! Meu nome é Márcia Valéria Marconi. Sou formada em Ciências Contábeis, com uma experiência técnico-profissional nas áreas de contabilidade, controladoria, custos, recursos humanos e educação, sendo mais de 20 anos de atuação. Passei por empresas como, a Esso Brasileira de Petróleo Ltda., Sadia S.A., Econet Editora Ltda, Grupo Uninter, Universidade Positivo e FAEC. Sou apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! ICONOGRÁFICOS Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimento de uma nova compe- tência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser priorizadas para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofundamen- to do seu conheci- mento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou dis- cutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últi- mas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma atividade de au- toaprendizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; SUMÁRIO Aprendendo Sobre o Princípio da Transparência .......................... 10 Definição de Fraude ...................................................................................................................... 12 Conhecendo o Princípio da Equidade ................................................ 19 Direitos e Deveres ...........................................................................................................................24 Responsabilidade Corporativa ..............................................................27 Gestão de Riscos .............................................................................................................................28 Prestação de Contas ..................................................................................36 Accountability ................................................................................................................................... 39 Teorias Contábeis 7 LIVRO DIDÁTICO DIGITAL UNIDADE 04 Teorias Contábeis8 INTRODUÇÃO Você sabe qual é a principal responsabilidade da gestão de recursos humanos? Nesse estudo você aprenderá sobre as dúvidas mais frequentes sobre os tipos de gestão estratégica, além de ser capaz de conhecer sobre competências na gestão corporativa. Com isso, também, aprenderá sobre a importância do gerenciamento de conflitos. Desse modo, ao final da disciplina você estará preparado para tomar decisões sobre as práticas voltadas para a competitividade no mercado de trabalho, que tem a ver com se adaptar às mudanças na organização na empresa. Por essa razão, abordar esse tema significa também compreender as decisões estratégicas na organização, seu conceito, papel, informações sistêmicas e que traga criatividade para alcançar o sucesso na organização. Entendeu? Ao longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo! Teorias Contábeis 9 OBJETIVOS Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 4. Nosso propósito é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes objetivos de aprendizagem até o término desta etapa de estudos: 1. Refletir junto com os alunos sobre os tipos de gestão estratégica; 2. Apontar para a importância do desenvolvimento das competências; 3. Apresentar a diferença entre desenvolvimento de pessoal e treinamento na gestão corporativa; 4. Preparar o profissional para levantar e utilizar os dados da gestão de risco e a imparcialidade do profissional na tomada de decisão. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! Teorias Contábeis10 Aprendendo Sobre o Princípio da Transparência INTRODUÇÃO: Conceituar os princípios da Governança Corporativa a começar pelo Princípio Transparência, pois foi a partir de casos de fraude que foi necessário criar esta nova forma de governar, observando todas as áreas e realizando ações preventivas e corretivas em relação à ética corporativa. Veremos conceitos básicos, como a diferença entre erro e fraude, que ocorrem nos ambientes internos das empresas e consequente ambientes externos, e ainda os tipos de fraudes. Iremos reconhecer o que motiva o colaborador a cometer as fraudes e o perfil do fraudador. Também apresentaremos bases estatísticas e classificações dos conceitos mais relevantes de fraudes. E ainda, saberemos o papel da auditoria interna e ações antifraude nas empresas. Juntamente com as auditorias internas surgiram as normas conhecidas como Internacional Standard Organization (ISO). Não serão analisadas as fraudes realizadas por pessoas jurídicas contra o Governo, as instituições públicas e privadas e/ou contra os acionistas, bem como as chamadas “fraudes contábeis”, bem como não será abordado neste trabalho a questão e atuação das auditorias internas da qualidade nas empresas, de acordo com a norma ISO (Internacional Standard Organization). Exemplo: Um gerente de loja que necessita de dados operacionais, segundo Ching (2006): • Clientes • Giro do estoque • Reposição de mercadoria • Lucro da loja • Informações de vendas etc. Teorias Contábeis 11 Estes são os stakeholders que necessitam das informações transparentes para o bom andamento do negócio. O referencial teórico, que forma o esqueleto central deste trabalho, será as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, principalmente as seguintes: NBC T-11 (Normas de Auditoria Independente das Demonstrações Contábeis), NBC T-12 (Da Auditoria Interna) e a Interpretação Técnica NBC T11 – IT – 03 (Fraude e erro). Além disso, veremos os princípios da Governança Corporativa, que são: Transparência, Equidade, Responsabilidade Corporativa e Prestação de Contas (Accountability). Figura 1: Princípios da Governança Corporativa Fonte: Elaborada pela autora (2020) NOTA: Governança Corporativa (segundo IBGC – Instituto de Governança Corporativa) zela pelo incentivo à boa comunicação interna e externa (espontânea, franca e rápida). A comunicação não deve restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, mas deve contemplar, também, os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação empresarial e que conduzem à criação de valor. Teorias Contábeis12 Definição de Fraude Conforme a Interpretação Técnica NBC T11 – IT – 03 (Fraude e erro), aprovada pela Resolução CFC n° 836/99, a fraude pode ser caracterizada por: a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a modificar os registros de ativos, de passivos e de resultados; b) apropriação indébita de ativos; c) supressão ou omissão de transações nos registros contábeis; d) registro de transações sem comprovação; e e) aplicação de práticas contábeis indevidas (CFC, 1999, p. 207). O referencial teórico, que forma o esqueleto central deste trabalho, serãoas Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), emitidas pelo Conselho. Em relação à diferenciação do erro e da fraude em contabilidade, muito bem esclarece Serpa (2002): É preciso fazer distinção entre fraude e erro, em contabilidade. Fraude é uma ação premeditada para lesar alguém. O erro é uma ação involuntária, sem o intuito de causar dado. Embora possam ocorrer sobre os mesmos fatos e documentos (balanços, balancetes, livros comerciais etc.) são de características diferentes. Pelo que já foi reportado, pode-se afirmar então que a diferença básica entre o erro e a fraude é que o primeiro é involuntário, espontâneo e/ou não intencional e o segundo é intencional, realizado com má-fé, visando como fim o benefício próprio e/ou de terceiros. No âmbito das fraudes contra as organizações, para Attie (1992, p. 215-216), a fraude assume múltiplas modalidades. Das diversas classificações históricas de fraudes, já efetuadas, reveste-se de interesse a que as dividem em: Teorias Contábeis 13 a) Não encobertas: são aquelas que o autor não considera necessário mascarar, porque o controle interno é muito fraco. Um exemplo seria a retirada de dinheiro do caixa, sem se efetuar nenhuma contabilização. b) Encobertas temporariamente: são feitas sem afetar os registros contábeis; por exemplo, retirar dinheiro proveniente das cobranças, omitindo o registro delas de modo que seu montante possa ser coberto com o registro de cobranças posteriores, e assim sucessivamente. c) Encobertas permanentemente: nesses casos, os autores da irregularidade preocupam-se em alterar a informação contida nos registros e outros arquivos, para assim ocultar a irregularidade. Por exemplo, a retirada indevida de dinheiro recebido de clientes poderia ser encoberta, falsificando-se as somas dos registros de cobranças; porém, isto não bastaria, pois, como o valor a creditar aos clientes não poderia ser alterado sem o risco de futuras reclamações, deve-se procurar outro artifício. Figura 2: Definição de Fraude e motivações Fonte: Elaborada pela autora (2020) Teorias Contábeis14 Para Mortimer Dittenhofer, existem três razões básicas que motivam as pessoas a cometer a fraude. Os elementos que na verdade podem influenciar se a fraude vai ser ou não seriam os seguintes (apud TCE BA, 1995, p. 71-72): 1º- Pressões de uma situação. Essas pressões podem ser de ordem econômica, incidentes psicossomáticos, condições psicossomáticas, uma aberração atitudinal, ou comportamental. 2º- A oportunidade para cometer a fraude. Essa é uma situação ambiental que consiste de um ou alguns destes quatro subitens a seguir: 2.1 Controles internos falhos. 2.2 Apatia gerencial. Uma administração ou gerência que na verdade não está muito interessada em evitar a fraude. 2.3 Incidentes prévios, que na verdade não tiveram nenhuma punição; a impunidade. 2.4 Um indivíduo que está ocupando uma posição de confiança. 3º- A integridade pessoal. Este elemento se relaciona ao código pessoal daquele indivíduo, um código de conduta, incluindo a ética, honestidade, moralidade e outros pontos que geram integridade. Também se leva em consideração a consciência, que é uma mistura de atitudes morais básicas, além de um sentido de apreensão relativo a ser pego, e o medo das sanções e punições que podem ocorrer a essa pessoa se for pega no ato. Então, esse elemento inclui também o ato de racionalização de um ato mal feito. Um indivíduo de baixa integridade facilmente racionaliza os seus atos inadequados, a pessoa com alto nível de integridade tem muito mais dificuldade com relação a isso. Dependendo do tipo de informação contábil de que necessitamos, seja ela para fins financeiros ou para fins de gerenciamento, podemos optar pela Contabilidade Financeira ou pela Contabilidade Gerencial – há Teorias Contábeis 15 uma demonstração sobre as diferenças entre ambas. Para Ching (2006, p. 6), Contabilidade Financeira significa que as informações são agregadas e resumidas no que se refere à organização. Em Contabilidade Gerencial, as informações são desagregadas sobre produtos e clientes. E, em Contabilidade de Custos, as informações são agregadas sobre custos da produção e das vendas. Podemos observar as diferenças da Contabilidade Gerencial e da Contabilidade Financeira, pois utilizam as informações contábeis em favor de públicos diferentes, sendo que cada uma tem suas particularidades. Na Financeira, a preocupação com seus números reflete no comportamento externo, ou seja, o comportamento de analista reflete no comportamento de auditores externos. Já quanto à gerencial, a preocupação concentra-se em como as medidas adotadas refletem nos seus gerentes. A Contabilidade Gerencial, além dos números e das informações financeiras prestadas ao gestor ou a quem delas se utiliza, também informa questões físicas e operacionais para a tomada de decisões. Nesse sentido, conforme exemplo citado por Ching (2006), um gerente de loja que necessita de dados operacionais para gerir sua unidade adequadamente, necessita de informações sobre o atendimento de seus clientes, o giro do estoque, a reposição de mercadoria, o lucro da loja, as informações de vendas etc. A Contabilidade Gerencial, podemos dizer, detém-se nos setores da empresa, como, por exemplo, o setor de atendimento aos clientes, fornecedores etc. Sua preocupação concentra-se em como a adoção de certas medidas do gestor influenciará o futuro da entidade, ou da empresa, mas sem descuidar do presente, dando muita importância para informações relevantes, flexíveis e rápidas. Isso ocorre porque, caso necessite, o gestor precisa ter em mãos dados relevantes e de forma rápida. Teorias Contábeis16 Figura 3: Contabilidade Gerencial Fonte: Plataforma Deduca (2018). No entanto, cabe o seguinte questionamento: a quem a Contabilidade Gerencial deve se subordinar? Ching (2006, p. 13) nos esclarece com uma resposta: A contabilidade Gerencial não deve ser vista como uma área funcional na empresa, portanto não deve ficar subordinada a ninguém. Todos os colaboradores, em qualquer nível, têm interesse em extrair informações para tomar suas decisões e, em troca, têm a responsabilidade de acrescentar periodicamente informações relativas à suas áreas. Assim, qualquer colaborador terá as informações de que necessitar. Para isso acontecer dentro da Contabilidade Gerencial, é necessário que a área de Tecnologia da Informação (TI) entre em ação, até porque deve ser respeitado o nível de acesso. Por exemplo, um vendedor terá acesso somente aos dados de seu setor, ao passo que seus gestores poderão ter acesso a qualquer nível. Um ponto muito importante, que não se pode deixar de comentar, é o fato de que as informações encontradas possuem caráter confidencial. Teorias Contábeis 17 Por tradição, a Contabilidade Gerencial utilizava-se de informações financeiras para elaborar seus relatórios, seja em moeda nacional (real) ou americana (dólar). Assim, esses relatórios gerenciais eram nada mais do que relatórios da Contabilidade Financeira. Quando a empresa começava a crescer e expandir seus negócios, as outras áreas e regiões, os gestores/ administradores necessitavam de novos relatórios gerenciais, e desde então se começou a dar ênfase à Contabilidade Gerencial. Figura 4: Contabilidade Financeira Fonte: Plataforma Deduca (2018). O princípio contábil aplicado ao custo é o do Princípio da Competência, que ocorre com a realização da receita quando reconhece o resultado contábil com lucro ou prejuízo. Desta forma, os custos são transformados até antes desse momento em despesas. Conforme Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) 750/1993:“Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimentoou pagamento”. Teorias Contábeis18 De acordo com Ching, 2006, sabemos que: Os demonstrativos contábeis financeiros das empresas, por serem destinados aos usuários externos, têm de ser comparáveis entre si para serem compreendidos. É preciso haver segurança de que as informações foram preparadas segundo regras básicas comuns que ajudam a evitar fraudes. Essas regras são os princípios contábeis geralmente aceitos e representam as premissas básicas sobre fatores econômicos - destinados aos usuários externos, têm de ser financeiros, conforme os quais a contabilidade financeira deve operar (CHING, 2006, p. 7). A Contabilidade Financeira, por sua vez, baseia-se em dados de informações que já ocorreram, ou seja, em informações que já estão lançadas nas suas respectivas contas contábeis. Dessa forma, ela é obrigatória às entidades e empresas, visto que as demonstrações contábeis são exigidas pela legislação vigente no país pela Secretaria da Receita Federal. Devido a fiscalização e às normas por ela aplicadas, as informações contábeis precisam ser claras, objetivas e confiáveis, para que caso haja necessidade, possam ser analisadas por uma auditoria externa. RESUMINDO: E então meu aluno (a), o que achou de nosso momento de troca de conteúdo? Para seu conhecimento, você teve a oportunidade de estudar um pouco sobre conceitos básicos, como a diferença entre erro e fraude, que ocorrem nos ambientes internos das empresas e consequentemente em ambientes externos, e ainda os tipos de fraudes. Estudamos também o que motiva o colaborador a cometer as fraudes e o perfil do fraudador, juntamente a bases estatísticas e classificações dos conceitos mais relevantes de fraudes. E por último vimos, também, o papel da auditoria interna e ações antifraude nas empresas. Espero que tenha gostado! Teorias Contábeis 19 Conhecendo o Princípio da Equidade INTRODUÇÃO: O objetivo de nosso encontro é de estudar um pouco sobre a teoria da firma em analisar seu potencial de investimento, como intuito de aprender a extrair lucro e gerar custo- benefício nas organizações, através de análise e menor risco possível. Preparado? Vamos em frente. Segundo IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), toda organização tem seus dirigentes, quando se trata de Sociedade Anônima tem sua Diretoria, Conselhos Fiscal e Administrativo, Auditoria Independente e Acionistas. O objetivo da Governança Corporativa é contribuir para que a empresa permaneça e mantenha e melhoria contínua com crescimento constante e competitividade. Então, nos perguntamos: qual nosso papel enquanto gestores de negócios, sabendo-se que cada ato praticado, ou cada negociação fechada junto aos clientes e fornecedores poderá afetar significativamente todos os setores envolvidos no processo produtivo e administrativo? De acordo com Ribeiro (2013, p. 60), “[...] os materiais compreendem os bens utilizados no processo de fabricação, podendo ou não integrar o produto fabricado”. Dessa forma, em uma empresa industrial, o principal material que compõe um produto chama-se matéria-prima. Alguns materiais que integram o produto, devido ao pequeno valor que representam em relação ao custo total podem também ser classificados como materiais indiretos para facilitar a apropriação dos custos. Assim, algumas empresas industriais consideram somente a matéria-prima como material direto, deixando os demais materiais (material secundário, material de embalagem, de acabamento, de limpeza etc.) como materiais indiretos. Em conformidade com o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) o que caracteriza este princípio é a forma igual e justa nos Teorias Contábeis20 chamados stakeholders (partes interessadas) para os grupos menos privilegiados, podendo ser: clientes, colaboradores, fornecedores, credores, entre outros. Um exemplo envolve várias áreas que é o Método de custos ABC (Baseado em Atividades), segundo Nakagawa (1994, p.40): [...] conceitualmente, o ABC é algo muito simples, pois trata de uma metodologia desenvolvida para facilitar a análise estratégica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de uma empresa. A quantidade, a relação de causa e efeito e a eficiência e eficácia com que os recursos são consumidos nas atividades mais relevantes de uma empresa constituem o objetivo da análise estratégica de custos do ABC. Baker (apud Ching, 2001, p.122) define “ABC como uma metodologia que mensura o custo e desempenho das atividades, recursos e objetos de custo. Recursos são atribuídos às atividades e as atividades são atribuídas aos objetos de custo baseado no seu uso. ABC reconhece a relação causal dos direcionadores de custo para as atividades”. Beirem e Oliveira (1996 apud Kaplan e Cooper, p.33) afirmam que o. ABC é uma abordagem que analisa o comportamento dos custos por atividade, estabelecendo relações entre as atividades e o consumo de recursos, independentemente de fronteiras departamentais, permitindo a identificação dos fatores que levam a instituição ou empresa a incorrer em custos e serviços e de atendimento a mercados e clientes. O objetivo principal do ABC não é a substituição dos métodos hoje empregados pela empresa, e sim uma apropriação de custos com mais gastos indiretos aos seus respectivos produtos, permitindo, desta forma, a possibilidade de realização de um controle mais rigoroso desse tipo de gasto, bem como um ganho significativo na tomada de decisão gerencial. O ABC tem como evidência de ganho a possibilidade de serem evidenciadas as atividades que agregam e não agregam valor e produção da empresa. Teorias Contábeis 21 As que agregam valor são as que absorvem recursos financeiros e conseguem transformar em produtos e serviços que venham a atender a satisfação dos clientes. As que não agregam valor podem ser eliminadas e permite que haja alteração nos atributos dos produtos e serviços. Para tanto, a análise das atividades se faz necessária no sentido de visualizar de onde são originários os custos e podem servir de ferramenta para a tomada de decisão pelos gestores no sentido de se realizar redução de custos. Conforme Nakagawa (1994, p. 39), “os produtos surgem como consequência das atividades consideradas estritamente necessárias para fabricá-los e/ou comercializá-los, e como forma de se atender as necessidades, expectativas e anseios dos clientes”. Além da contribuição citada pelo Custeio ABC, segundo Nakagawa (1994), esta ferramenta foi desenvolvida nos anos de 1980 e tinha como objetivo estratégico ser uma ferramenta para melhorar a precisão do custeio de produtos e serviços, e consequentemente, a determinação do melhor mix e preços de produtos. Segundo Martins (2010), a partir do método de custeio ABC, foi possível realizar a análise de custos sob duas visões: a) visão econômica de custeio, ou seja, uma visão vertical, no sentido de que apropria os custos aos objetos de custeio através das atividades realizadas em cada departamento; b) visão de aperfeiçoamento de processos, que é uma visão horizontal, no sentido de que capta os custos dos processos através das atividades realizadas nos vários departamentos funcionais. O custeio baseado em atividades (ABC), mesmo sendo uma ferramenta de controle com maior grau de fidedignidade, menos arbitrariedade e atender a legislação brasileira, apresenta-se como uma ferramenta de muito custo para implantação nas empresas, considerando que para utilização deste método devem as empresas investir em pessoas, processos, e nos produtos envolvidos, devendo ser verificado pelos gestores as vantagens e desvantagens de sua utilização. Os custos podem ser classificados de diversas maneiras, porém, em nosso estudo, apresentaremos as principais formas de classificá-los. Teorias Contábeis22 Quando falamos em classificação de custos em relação aos produtos,podemos categorizá-los em diretos e indiretos (RIBEIRO, 2013). Entre os custos diretos, temos os gastos com matéria-prima, mão de obra direta e os gastos gerais de fabricação aplicados diretamente no produto. Esses custos são classificados como diretos quando são facilmente identificados em relação ao produto. Por exemplo, na fabricação de uma mesa, é fácil sabermos que tipo de matéria-prima será utilizado, em que quantidade e qual o custo desta matéria-prima. Portanto, podemos saber qual o custo direto. Tomando esse mesmo exemplo e atribuindo o fato de que essa indústria produz mesas de madeira, temos que os seus tipos de custos diretos são (RIBEIRO, 2013, p. 28): • Matéria-prima: madeira. • Materiais secundários: dobradiças, pregos, cola, verniz e lixa (desde que as quantidades sejam facilmente identificadas em relação ao produto e os valores compensem os cálculos a serem efetuados para essa classificação; caso contrário, deverão ser classificados como Custos Indiretos). • Mão de obra: salários e encargos do pessoal que trabalha diretamente na produção. IMPORTANTE: É importante observar que essa empresa poderá ter muito trabalho para identificar os materiais secundários corretamente em relação aos produtos, como é o caso do uso de lixas e vernizes, citado anteriormente. Por isso, caso os valores sejam pequenos e com pouca representação em relação ao custo total do produto, é possível classificá-los como custos indiretos, o que exigirá um critério de rateio para a distribuição de seu valor aos produtos. Segundo Ribeiro (2013, p. 28), “Custos Indiretos compreendem os gastos com materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação aplicados Teorias Contábeis 23 indiretamente no produto”. Ou seja, existe um grau de dificuldade maior para identificar quanto de custo indireto cada produto irá receber. É impossível saber com exatidão a sua quantidade e valores em relação a cada unidade de produto. Além dos custos que não são facilmente identificados aos produtos, também são classificados nesse grupo os custos de pequeno valor, que não compensam a realização de cálculos para considerá-los como custos diretos. Exemplo: a lixa e o verniz para a fabricação de uma mesa. Os custos indiretos são difíceis de serem identificados para cada produto porque seus valores são utilizados para a produção de vários artigos, e não de um produto exclusivamente. Dessa forma, seus valores apresentam-se no montante total. São exemplos de custos indiretos (RIBEIRO, 2013, p. 28): • Energia elétrica – quando não houver medidor em cada máquina, possibilitando identificar o consumo de energia em relação a cada produto fabricado, o valor consumido por toda a fábrica num determinado período deverá ser rateado entre todos os produtos fabricados no referido período. • Aluguel da fábrica – esse gasto é impossível de ser identificado em relação a cada produto. • Salários e encargos dos chefes de seção e dos supervisores da fábrica – esse pessoal trabalha dando assistência e supervisão a vários setores da fábrica, sendo, portanto, impossível identificar a porcentagem dos salários e encargos em relação a cada produto. Mais uma vez é importante você saber que, como os custos indiretos são praticamente impossíveis de ser determinado diretamente para cada produto, a forma de atribuí-los às unidades produzidas é adotando bases de rateio. De acordo com Ribeiro (2013, p. 29): “[...] a distribuição dos Custos Indiretos aos produtos denomina-se, conforme já dissemos, rateio, e o critério escolhido para se efetuar essa distribuição denomina-se base de rateio”. Os custos de materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação, que compõem o cálculo de custos, podem ser classificados tanto como Teorias Contábeis24 custos diretos, quanto como custos indiretos. Eles serão diretos quando forem facilmente identificados em relação aos produtos, e indiretos quando for impossível a sua identificação com o produto. Desses três elementos, geralmente, os gastos gerais de fabricação possuem maior incidência de custos indiretos. Figura 5: Equidade (stakeholders envolvidos) Fonte: Elaborada pela autora (2020) Ocorre o conflito de agência quando há conflito de interesses entre as partes interessadas, entre o executivo (empreendedor) e o investidor (acionista), isso ocorre quando divergem nos seus interesses na administração dos negócios. Direitos e Deveres Governança Corporativa e Valor ao acionista (IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. A fim de preservar e aumentar o valor ao acionista deve haver integração entre esses fatores. Figura 6: Integração entre fatores Fonte: Elaborada pela autora (2020) Teorias Contábeis 25 Segue os fatores de integração: 1. Custo e redução de custo A organização deve operar eficientemente e reduzir seus riscos proporcionalmente a seus retornos. 2. Reputação e legitimidade. Inclusão dos interesses dos stakeholders pode aumentar a reputação e legitimidade. 3. Inovação e reposicionamento. A empresa deve desenvolver, internamente, competências, habilidades e tecnologias que garantam a criação de produtos e serviços no futuro. 4. Caminho de crescimento e trajetória. Articulação de uma clara visão sobre a estratégia que a empresa pretende seguir. Isto deve ser de conhecimento não apenas do conselho e da alta diretoria, mas de todos os funcionários. Figura 7: Dimensões chave do acionista Fonte: Elaborada pela autora (2020) Teorias Contábeis26 A Governança Corporativa tem um raio de amplitude muito grande, desde o estritamente fiscalista, ao extremamente contributivista. O melhor resultado é obtido por um equilíbrio entre estas posturas. REFLITA: “Não se trata mais de formalidade legal. Conselhos influenciam decisões, gestores tomam decisões. Conselheiros e gestores ampliam as respectivas perspectivas e, naturalmente o que emerge dessa situação é a melhor reflexão de negócios disponível em qualquer lugar”. (Ram Charam,2015) RESUMINDO: Tudo bem até agora? Gostou de nosso momento de troca de conteúdo? Então, neste segundo momento podemos estudar um pouco sobre o Princípio da Equidade, e espero que tenha absorvido a maior quantidade de informações. Diante de informações sobre a trajetória de empresas, espero que estas informações deixem você ciente de que as empresas precisam ser ajustadas de acordo com suas necessidades. Teorias Contábeis 27 Responsabilidade Corporativa INTRODUÇÃO: Tudo bem atém agora meu aluno (a)? Vamos para mais conteúdos de primeira qualidade? Nesse capítulo vamos apresentar o caso Enron, onde iniciou o processo de Governança Corporativa, juntamente com a Lei Sarbanes- Oxlei (SOX´s) em 2003, para garantir, através das auditorias de segurança confiáveis, manter as empresas livres de riscos e fraudes. Vamos lá! A análise das qualidades inerentes à informação contábil permite criar valor no processo de gerenciamento das organizações. A Resolução CFC n. 1.374/2011, estabelece a estrutura conceitual para elaboração e divulgação de relatório contábil-financeiro. Visto que a informação contábil deve conter várias qualidades para ser julgada útil no processo de gerenciamento das organizações: Quadro 1: Processo de Gerenciamento Qualidades primárias Qualidades que adicionam valor Relevância Comparabilidade Fidedignidade Verificabilidade Tempestividade Compreensibilidade Fonte: Elaborada pelo autor (2019). Teorias Contábeis28 Gestão de Riscos A Relevância é um atributo da informação contábil que faz a diferença em um processo decisório. Isso é possível pela capacidade da contabilidade de predizer cenários futuros ou confirmá-los. Assim, quando a informação contábil é empregada internamente pelos dirigentes e gerentes, esses cenários estão diretamente ligados ao impacto da decisão sobre o patrimônio e o desempenho da organização. Quando utilizada pelos usuários externos da organização,podem estar ligados a outra finalidade, como decisões de investir, comprar, vender, associar-se à organização etc. Com isso, a informação contábil tem valor preditivo se puder servir como dado de entrada em processos utilizados pelos usuários, para antecipar comportamentos. Para ter a capacidade de confirmar cenários, a informação contábil necessita retroalimentar o processo decisório, servindo como feedback comparativo dos impactos causados pela decisão tomada em uma predição. O valor preditivo e o valor confirmatório da informação contábil estão inter-relacionados. Toda informação que tem valor preditivo pode ser confirmada no momento em que se espera que os impactos se concretizem. Por exemplo, ao elaborar um orçamento empresarial, as organizações predizem comportamentos de receitas, custos, despesas, tributos, fluxos de caixa, resultados e necessidades patrimoniais e financeiras para um período. Portanto, estabelece-se um cenário futuro baseado em diversas predições, muitas delas originadas das informações contábeis. Dessa forma, a informação contábil retroalimenta o processo de gestão do orçamento da organização. Para ser relevante, a informação contábil também necessita possuir características de materialidade. Segundo a Resolução CFC n. 1.374/2011, “a materialidade é um aspecto de relevância específico da entidade baseado na natureza ou na magnitude, ou em ambos, dos itens para os quais a informação está relacionada” (RESOLUÇÃO CFC. n. 1.374/2011, QC11, p. 12). Teorias Contábeis 29 Nessa perspectiva, diz que a informação contábil é material quando sua ausência ou divulgação distorcida podem influenciar o processo decisório dos usuários. Portanto, a materialidade pressupõe a perícia e a ética do profissional contábil, de forma que quando empregadas garante a informação reportada com exatidão à realidade patrimonial e financeira da entidade. Sendo assim, a relevância da informação pode ser demonstrada quando sua existência e consideração fortalecer ou enfraquecer a seleção de alternativas, confirmando comportamentos e resultados esperados ou propiciando novas abordagens ao processo decisório dos usuários da informação contábil. A Fidedignidade é um termo relacionado à veracidade, autenticidade, credibilidade e confiabilidade da informação contábil, para se afirmar que a informação contábil é fidedigna. Contudo, “nem a representação fidedigna de fenômeno irrelevante, tampouco a representação não fidedigna de fenômeno relevante auxiliam os usuários a tomarem boas decisões” (RESOLUÇÃO CFC n. 1.374/2011, QC17). Logo, a utilidade da informação contábil depende de relevância e fidedignidade. VOCÊ SABIA? A Comparabilidade é a característica da informação contábil que permite aos usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre os mesmos objetos de decisão. Um objeto de decisão é aquele para o qual é canalizado todo o esforço de análise, avaliação e predição. Alguns exemplos de objeto de decisão são: • obter o maior retorno sobre o investimento; • reduzir gastos operacionais de curto prazo; • elevar lucros na operação; • gerar mais caixa. Teorias Contábeis30 Em suma, os objetos de decisão representam os resultados esperados a partir da tomada de decisão do usuário. Ressalta se que para haver a comparabilidade é necessário que as bases comparativas estejam consistentes e uniformes. A consistência refere-se ao uso dos mesmos métodos para os mesmos itens comparáveis, o que pode ser representado como período, base monetária, valor real ou atualizado. Já a uniformidade diz respeito à estrutura das bases comparativas dos itens comparáveis. Tais estruturas precisam ser iguais para ocorrer o processo de comparabilidade. Exemplo: Por exemplo, ao comparar o crescimento do faturamento de um período a outro, faz-se necessário que algumas regras estejam implícitas na informação contábil, como: • As informações devem estar representadas na mesma medida de valor (moeda). • Todas as informações estão acumuladas para o mesmo intervalo de meses. • Todas as informações referem-se às mesmas fontes de receitas. Consequentemente, a informação contábil acerca da entidade terá mais utilidade caso possa ser comparada com uma informação similar, de outras entidades ou com informação similar sobre a mesma entidade em outro período. A Verificabilidade é a qualidade da informação contábil referente à capacidade de comprovação da autenticidade, por qualquer usuário e em qualquer tempo. Para tanto, ela ajuda a assegurar que a informação contábil represente, com fidedignidade, o fenômeno econômico que se propõe a representar. Em situações de predição da informação contábil, pode não ser possível verificar algumas explicações e alguma informação sobre o futuro. Assim, para ajudar os usuários a decidirem se desejam utilizar a informação contábil preditiva é necessário divulgar as premissas, métodos de obtenção da informação e outros fatores e circunstâncias que foram utilizadas na sua formação. Essa divulgação permitirá que os usuários Teorias Contábeis 31 possam avaliar se algum item foi aplicado de forma equivocada, podendo repetir o processo de predição e criar novas bases para a tomada de decisão. Por outro lado, a Tempestividade está relacionada ao tempo em que a informação está disponível aos tomadores de decisão. Esse tempo deve ser adequado e dentro do espaço de tempo em que a decisão vai ser (ou precisa ser) tomada pelos usuários. Geralmente, a informação mais antiga tem menor utilidade do que a informação mais recente. De acordo com a Resolução CFC n. 1374/2011, “certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências” (RESOLUÇÃO CFC n. 1374/2011, QC29). Para isso, a informação deve ser tratada como qualquer outro produto disponível para o consumo (PADOVEZE, 2010). Algumas vezes não se sabe quando os usuários vão consumir as informações, mas na maioria das vezes sim. Por isso, a contabilidade tem o papel fundamental de mapear as necessidades de informações dos usuários internos e externos, e criar procedimentos e ferramentas que lhes permitam acessá-las, com agilidade quando houver necessidade. Indiscutivelmente, os avanços da tecnologia da informação, sobretudo as tecnologias aplicadas aos negócios, têm trabalhado muito para criar condições para que a informação esteja disponível no tempo certo para a tomada de decisão. Algumas vezes, vai além da manifestação da necessidade do usuário, sendo a própria tecnologia o meio para detectar situações e criar essas necessidades. Dessa maneira, softwares poderosos, como sistemas integrados de gestão, banco de dados robustos e soluções de mineração de dados aliados a hardwares mais eficientes, permitem a identificação de comportamentos e situações empresariais em desacordo e comunicam- se com o usuário da informação para que tome as providências necessárias. Em alguns casos, o próprio software dá início a uma ação programada que corrige ou inibe a ocorrência de erros e fraudes. Teorias Contábeis32 IMPORTANTE: É preciso que existam recursos, conhecimento, estrutura de suporte e condições ambientais, para haver inovação. A inovação tecnológica pode causar mudanças nas organizações e nas populações e melhorar as competências de alguns participantes do processo organizacional, fazendo com que surjam novas competências individuais e coletivas, entre elas ética e responsabilidade social para que a gestão de riscos aconteça. Com o avançar do desenvolvimento social e com o compartilhamento do conhecimento, o capital humano necessita entender a Gestão do Riscos como uma ferramenta, a qual fomenta as competências agregadas, adquiridas por meio dos três níveis do conhecimento,com o intuito de garantir a manutenção dos indivíduos para o alcance dos objetivos definidos e fortalecendo a estratégia empresarial. Todo tipo de empresa pode e deve realizar o mapeamento de gestão de riscos, através de um projeto para gerenciar esta estratégia. Este mapeamento da análise de risco nada mais é que um PDCA, onde serão priorizadas ações preventivas para que não ocorra graves problemas com a empresa. Figura 8:Gestão de Risco - Estratégia Fonte: Elaborada pela autora (2020) Teorias Contábeis 33 NOTA: É preciso um investimento na estratégia de gestão de pessoas, muito mais do que fortalecer os indivíduos que interagem por intermédio do conhecimento. Isso as torna atrativas justamente porque elas procuram encontrar e manter seus talentos, além de desenvolvê-los nas perspectivas teóricas e práticas. O fato é que as empresas estão transformando seu cenário ao se voltarem para a educação organizacional. Referente ao vínculo empregatício, não pode ter nenhum tipo de vínculo com a empresa auditada, para manutenção da independência para não recarem processos trabalhistas ou penais. Com relação ao empregado, na auditoria interna é contratado da empresa auditada, ou seja, trabalha internamente na mesma, e na auditoria externa não pode ter nenhum tipo de vínculo com a empresa auditada, para manutenção da independência. Quanto à independência, o empregado na auditoria interna tem menor grau de independência, já que os funcionários são da própria empresa auditada, e na auditoria externa tem independência total, uma vez que a empresa auditada não possui nenhum vínculo com o auditor. O objetivo da auditoria interna é verificar o cumprimento das normas internas da companhia ou do grupo, bem como da necessidade de aprimoramento dos controles internos que já são praticados e a criação de novos controles. Também efetua a auditoria das Demonstrações Contábeis em outras áreas da empresa. Já na auditoria externa, os objetivos são emitir parecer sobre as Demonstrações Contábeis, verificando se estas refletem corretamente a posição financeira e econômica das empresas. Também verifica se as demonstrações estão de acordo com os Princípios Contábeis e legislação vigente. O volume de teste na auditoria interna é grande, uma vez que o processo de auditoria interna é feito de forma constante, assim é possível testar constantemente as Demonstrações Contábeis e os processos, mas Teorias Contábeis34 na auditoria externa é menor o número de testes, uma vez que o auditor possui tempo e uma amostra determinada para o seu trabalho, pois o interesse está em erros que de forma individual ou cumulativamente possam alterar as Demonstrações Contábeis. Referente a obrigatoriedade na auditoria interna, ocorre de forma voluntária, por vontade dos sócios, acionistas ou controladores, e na auditoria externa pode ocorrer de forma obrigatória, por força de lei, ou ainda de forma voluntária quando pedida pelos sócios, acionistas ou controladores. Figura 9: Autoria Interna e Externa Fonte: Autora (2019) Teorias Contábeis 35 As auditorias são motivadas por várias situações específicas, como: • Por força da disposição da lei • Por exigência dos sócios ou acionistas • Por obrigatoriedade do Governo • Pela necessidade da empresa quando for adquirir controle acionário de outra empresa O grande impacto da parceria é o estabelecimento de uma Gestão de Pessoas justa, e composta por gestores que valorizem o capital humano como um grande parceiro da organização. As práticas pessoais e empresariais envolvidas permite-nos trabalhar em conjunto, transferindo e compartilhando informações, experiências e cultura. RESUMINDO: Mas uma etapa foi vencida. Espero que você tenha gostado de todas as informações que foram passadas relacionadas a Gestão de Risco, de como encarar e como aplicar algumas práticas voltadas para esse tipo de gestão. É de suma importância que você saiba de alguns impactos causados pela gestão de alguns estabelecimentos. Espero que tenha aproveitado. Teorias Contábeis36 Prestação de Contas INTRODUÇÃO: O nosso intuito é de apresentar uma estratégia empresarial, com melhoria da qualidade de vida do trabalho, com estímulos e oportunidades, através de avalição de desempenho no trabalho. Vamos juntos, aprender mais e mais? Inclui-se neste princípio a contratação preferencial de recursos (trabalho e insumos) oferecidos pela própria comunidade. O orçamento de investimentos deve atender a três iniciativas simultâneas, conforme define Lunkes (2003, P. 67): • • Alinhamento do orçamento de investimentos às demais peças orçamentárias, principalmente o orçamento de caixa; • • Utilização de um sistema dinâmico de avaliação do risco; e, • • Integração dos projetos à cultura empresarial. Conselheiros e executivos devem zelar pela perenidade das organizações: incorporar considerações de ordem social e ambiental na definição dos negócios e operações. A análise da viabilidade do empreendimento visa, principalmente, decidir sobre a aplicação dos recursos e o retorno sobre o investimento. Sendo assim, para analisar a viabilidade da empresa ou de algum setor, verificamos os cálculos do Retorno sobre o investimento (ROI), o Tempo de recuperação do investimento realizado (Payback), a Taxa Interna de Retorno (TIR) e o Valor Presente Líquido (VPL). Estes indicadores financeiros são calculados com o objtivo de analisar o grau de endividamento do projeto e o potencial de pagamento para auxiliar na tomada de decisão. Na sequência vejamos o que significa cada uma desses cálculos: • ROI: é o período de amortização do investimento, para iniciar a geraração de lucros; Teorias Contábeis 37 • Payback: indica basicamente quando o investimento necessário será recuperado; • TIR: é a taxa de juros necessária para igualar o valor de um investimento (valor presente) com seus respectivos retornos. Indica a saúde financeira da empresa, para isso quanto maior melhor. • VPL: é o resultado da diferença entre o valor dos fluxos livres de caixa trazidos ao período inicial e o valor do investimento. Indica se o projeto será viável ao apresentar valor maior que 0. Exemplo: Como exemplo prático para a compreensão dos cálculos utilizaremos o centro de distribuição da Decori. A Decori é uma empresa de revestimentos cerâmicos que está crescendo no mercado e necessita de uma análise de retorno de investimento para verificar a viabilidade de criar nova loja. Para a implantação do centro de distribuição foi analisada a viabilidade através do orçamento público e da Decori por meio dos cálculos do ROI , Payback, TIR e VPL. Além dos cálculos de indicadores financeiros. Para Lunkes (2003, p. 71): O objetivo do orçamento de caixa é assegurar recursos monetários suficientes para atender as operações da empresa estabelecidas nas peças orçamentárias. O orçamento de caixa está sujeito a incertezas e falhas; é necessário ter uma margem de segurança que permita assim atender a um eventual erro da previsão. Fluxo de Caixa, como define Brookson (2000, P. 46), “ (...) é o movimento de dinheiro para dentro e para fora da empresa. Sem um adequado controle desse fluxo, a organização estará ameaçada.” Teorias Contábeis38 Figura 10: Fluxo de Caixa Projetado Jan/20xx Fev/20xx Mar/20xx Total Saldo Inicial 12.000,00 500,00 26.500,00 12.000,00 Recebimentos 230.500,00 270.000,00 300.000,00 4.200.000,00 242.500,00 270.500,00 326.500,00 4.212.000,00 Pagamentos Fornecedores 120.000,00 120.000,00 130.000,00 2.320.000,00 Salários 98.000,00 98.000,00 110.000,00 1.440.000,00 Outros Custos e Despesas 24.000,00 26.000,00 32.000,00 432.000,00 242.000,00 244.000,00 272.000,00 4.192.000,00 Saldo Final 500,00 26.500,00 54.500,00 20.000,00 Fonte: Lunkes (2003, p. 35) Exemplo: Um exemplo de Accountability é: Em uma conversa ao telefone, entre um consultor empresariale seu cliente, surge o seguinte questionamento: • “Você me disse que com o orçamento implantado na empresa, isto não iria acontecer!” • Mas o que pode dar errado? É importante ter em mente que o orçamento empresarial não é a única ferramenta de gestão existente e que somente ele não resolve todos os problemas da empresa. A Contabilidade Gerencial utilizava-se de informações financeiras para elaborar seus relatórios, seja em moeda nacional (real) ou americana (dólar). Assim, esses relatórios gerenciais eram nada mais do que relatórios da Contabilidade Financeira. Com isso, dividimos esta contabilidade como: • Contabilidade de Custos: produz informações imprescindíveis às contabilidades gerencial e financeira. • Contabilidade de Custos: depende das informações da Contabilidade Financeira e vice-versa para realizar o orçamento e trabalharem realizando ajustes para a redução de custos sugerida para a Contabilidade Gerencial. Teorias Contábeis 39 Todas são importantes, a única diferença é que a Contabilidade Gerencial não está na hierarquia funcional, mas contribui para a tomada de decisão. Accountability O orçamento geral é o resumo de todos com o objetivo de gerar orçamentos, elaborado através de demonstrativos econômicos e financeiros existentes na Contabilidade, que, segundo Brookson (2000, P. 49), possuem o fim de “[...] descrever os objetivos gerais da empresa e as expectativas de ganhos, fluxo de caixa e condição financeira.” Welsch (1983, p. 255) define que as principais finalidades do orçamento de caixa são: 1. Indicar a posição financeira provável em resultado das operações planejadas; 2. Indicar o excesso ou a insuficiência de disponibilidades; 3. Indicar a necessidade de empréstimos ou a disponibilidade de fundos parainvestimento temporário; 4. Permitir a coordenação dos recursos financeiros em relação a: (1) capital de giro total; (2) vendas; (3) investimentos; e (4) capital de terceiros; 5. Estabelecer bases sólidas para a política de crédito; e, 6. Estabelecer bases sólidas para o controle corrente da posição financeira. A elaboração do orçamento de caixa pode ser realizada por meio de um: • Fluxo projetado de entradas e saídas, considerando o recebimento das receitas, • O pagamento de despesas, • Investimentos. Teorias Contábeis40 Dessa forma, podem-se apurar os saldos de caixa durante o período orçado. Figura 11: DRE RECEITA BRUTA Vendas de Produtos 1.037.500,00 (-) Impostos -245.368,75 RECEITA LÍQUIDA 792.131,25 CUSTO DE FABRICAÇÃO MP -521.547,73 MOD -342.900,00 CIF -190.392,22 PREJUÍZO BRUTO -262.708,70 DESPESAS OPERACIONAIS Vendas -42.350,00 Administrativas -52.700,00 PREJUÍZO OPERACIONAL 357.758,70 PREJUÍZO LÍQUIDO 357.758,70 Fonte: Lunkes (2003, p. 72) De acordo com o Chiavenato (2004, p. 152): O planejamento se constitui na primeira função do processo administrativo, permitindo o estabelecimento dos objetivos organizacionais em função dos recursos necessários para atingi-los de maneira eficaz. Deste modo, para a compreensão desta função administrativa, faz-se necessário conhecer seu conceito. Conforme Kotler e Armstrong (2003, p. 33): O planejamento encoraja a administração a pensar sistematicamente no que esta acontecendo e no que acontecerá. Ele força a empresa a definir melhor seus objetivos e políticas, leva a uma melhor coordenação de seus esforços e oferece padrões de desempenho mais claros para o controle. Teorias Contábeis 41 Para Maximiano (2004), entende-se por planejamento a atividade de se definir um futuro desejado e de se estabelecer os meios pelos quais este futuro será alcançado. Trata-se essencialmente de um processo de tomada de decisões, caracterizado por haver a existência de alternativas. Por fim, Oliveira (2006, p. 34) ainda o define como: [...] o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz [...] Uma empresa se constitui basicamente por dois tipos de capitais, o capital de terceiros e o capital próprio, e os acionistas são remunerados através de dividendos de suas ações. A administração financeira tem o dever de atender essas expectativas, ou seja, dar o retorno do capital distribuindo parte do lucro. O retorno possui riscos, e os dois estão diretamente relacionados, quanto maior o risco maior o retorno, com a taxa interna de retorno (TIR) é possível fazer a avaliação e calcular o risco do investimento. Qualquer investimento tem o seu custo e sua avaliação pode ser feita através da taxa mínima de atratividade (TMA). (FONSECA, 2009). Figura 11: Avaliação de Desempenho Fonte: @freepik. https://br.freepik.com/fotos-premium/mulher-de-negocios-usando-a-calculadora-com-cafe-quente-e-computador_2242921.htm Teorias Contábeis42 Segundo Galvão, et al (2008), os indicadores de rentabilidade são demonstrados na relação entre o resultado líquido da empresa num determinado período e o capital investido. Desta forma, os principais indicadores de rentabilidade são: • Lucro por ação (LPA); • Retorno sobre o investimento (ROI); • Retorno sobre o ativo (ROA); • Retorno sobre o capital próprio (ROE). Desse modo, identificamos HOJI, 2014, p. 12) que: “os índices de rentabilidade verificam o retorno dos capitais investidos, são indicadores vitais para a análise do desempenho das empresas, através destes indicadores é possível identificar se as empresas são viáveis operacionais”. Com isso, observamos que as organizações devem adotar sistemas de gestão eficientes para se manter no mercado, ter lucro e gerar riqueza. Além disso, para uma empresa em crise se reestruturar é muito importante analisar os indicadores para realizar a melhor gestão financeira, profissional/governança e corporativa, analisando a liquidez, a gestão do capital de giro e os indicadores econômicos e financeiros da empresa, que são gerados através dos relatórios contábeis. Sendo assim, segundo KPMG e Guedes, os indicadores de rentabilidade expressam através de números a relação entre o resultado líquido e o capital investido da empresa. Diante disso, veremos na sequência alguns indicadores de rentabilidade, segundo (GALVÃO, et al, 2008, p. 16): • Retorno sobre o investimento: demonstra qual foi, no período, a rentabilidade sobre o investimento realizado para a geração do resultado. • Retorno sobre o ativo: dá uma medida de recuperação do investimento. Quanto maior o resultado, melhor, indicando que a empresa recuperará o capital investido em menor tempo. Teorias Contábeis 43 • Retorno sobre o capital próprio: mostra a rentabilidade do capital próprio num determinado período. A seguir vejamos os indicadores de rentabilidade e como calculá-lo: Tabela 2: Indicadores de rentabilidade Indicadores de rentabilidade Cálculo Retorno sobre o investimento Retorno sobre o investimento = Lucro líquido/ Investimento médio Retorno sobre o ativo Retorno sobre o ativo = Lucro líquido/ Ativo total médio Retorno sobre o capital próprio Retorno sobre o capital próprio = Lucro líquido/ Patrimônio líquido médio Fonte: Elaborada pela autora (2019) Dessa forma, verificamos que os indicadores de rentabilidade demonstram, através de números, qual foi o retorno que a empresa teve diante dos capitais investidos. Esta análise de rentabilidade é muito importante, visto que em uma economia em crise, ser rentável significa maior ganho e, consequentemente, maior competitividade. Assim, é necessário em tempos de crise realizar a gestão financeira da empresa, seja ela relacionada a fatores internos ou externos, pois contribui para a geração de resultado e para a perenidade da empresa.Foram feitos levantamentos de dados para a busca de informações referente às crises, buscou-se também analisar a importância da gestão financeira, as principais ações do gestor e a análise dos resultados encontrados. Sendo assim, houve o alcance de todos os objetivos, tanto geral como específicos. Portanto, a partir desse estudo identificamos que diante das dificuldades que os empresários passam em tempos de crise, a gestão financeira é uma das principais ferramentas que o gestor deve utilizar devido os benefícios que pode oferecer, visto que ajuda a ter uma gestão mais profissional. Uma vez que através dos cálculos dos indicadores econômico-financeiros é possível identificar a liquidez, se o capital de giro Teorias Contábeis44 é suficiente para as operações, o grau de endividamento, a rentabilidade e se a empresa está tendo lucro. Nesta unidade compreendemos que: • Existiam as tendências da gestão estratégica do conhecimento; • Conhecemos sobre a necessidade de Gestão Corporativa; • Aprendemos a diferença entre treinamento e desenvolvimento corporativo. Revisando: Por isso, o gestor precisa conhecer e analisar os riscos e custo-benefício do negócio. Para poder estar alinhado ao mercado e ser um diferencial frente aos concorrentes, analisar a gestão de estratégica junto às mudanças e competitividade no ambiente do trabalho. Caro estudante, você chegou ao fim deste estudo, parabéns! Nela, você aprendeu sobre análise e avaliação de desempenho de cargos. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido o modelo de gestão por competências e suas particularidades. Para complementar seu aprendizado, não deixe de realizar as atividades que acompanham esta aula. Até a próxima! Teorias Contábeis 45 REFERÊNCIAS ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura de análise de balanço: um enfoque econômicofinanceiro. São Paulo: Atlas, 2010. CHING, H. Y. Contabilidade Gerencial: novas práticas contábeis para a gestão de negócios. São Paulo: Pearson, 2006. Manual de custos de instituições de saúde: Sistemas tradicionais de custos e sistema de custeio baseado em atividades (ABC). São Paulo: Atlas, 2001, COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). Pronunciamento conceitual básico (R1): Estrutura conceitual para elaboração e divulgação de Relatório Contábil-Financeiro. 2011. 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