fta abs

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Introdução
A sífilis é uma doença de transmissão sexual e vertical, caracterizando-se por uma evolução crônica que causa danos sistêmicos aos órgãos do paciente. O agente etiológico é a bactéria Treponema pallidum, apresentando morfologia de bacilos helicoidais com flagelos periplasmáticos nas extremidades. O Treponema pallidum subespécie endemicum é responsável pela sífilis endêmica, já o Treponema pallidum subespécie pallidum é o agente da sífilis venérea. 
Os testes treponêmicos utilizam o T. pallidum para antígeno e são capazes de confirmar os resultados dos testes não trepônemicos, além de detectar a sífilis recente e tardia. Vale ressaltar que pessoas tratadas ainda permanecem com os resultados reativos durante anos. Os testes treponêmicos são o TPI (prova de imobilização dos treponemas), TPHA e MHA-TP (hemoaglutinação), EIA (imunoensaio enzimático treponêmico), Western-blot e FTA-ABS.
O FTA-ABS se trata de uma reação de imunofluorescência indireta na qual o T. Pallidum se encontra fixado nas áreas da lâmina em que são realizadas as reações. Na primeira etapa, o soro entra em contato com o substrato antigênico (se houver anticorpos no soro, haverá a formação do complexo antígeno-anticorpo). Na segunda etapa é adicionado a antigamaglobulina humana com isotiocianato de fluoresceína que se adere ao complexo antígeno-anticorpo. Logo após, é possível observar via microscópio de fluorescência uma cor verde maçã brilhante caso o resultado seja positivo. Geralmente menos de 1% das pessoas saudáveis tem FTA-ABS positivo, contudo, há a ocorrência de falsos-positivos em casos de doenças auto-imunes, gravidez, malária, leptospirose, infecções por outros tipos de treponemas e etc.
Um fenômeno importante que pode ocorrer em testes não treponêmicos é o efeito prozona, que é caracterizado quando uma amostra que contém anticorpos não treponêmicos apresenta resultados não reagentes quando é testada sem diluir (ou em baixas diluições). Isso é explicado pela desproporcional relação entre as quantidades de anticorpos juntamente com antígenos contidos na reação não treponêmica, resultando em reações falso-negativas. Entretanto, este fenômeno não é observado em testes treponêmicos, e é examinado principalmente em pacientes com sífilis secundária. 
Objetivos
Realizar o teste treponêmico FTA-ABS e observar os resultados obtidos via microscópio em aula prática. 
Referências
· Diagnóstico da Sífilis. Telelab. Disponível em: <https://bit.ly/2qKK095>. Acesso em: 12 nov. 2018;
· Treponema IgG. Hermes Padini. Disponível em: < https://bit.ly/2Q14B70>. Acesso em: 12 nov. 2018;
· CASTRO, RITA. Contribuição para o Estudo de Infecção por T. Pallidum subespécie pallidum: resposta sorológica, diagnóstico molecular e genotipagem. Disponível em: < https://bit.ly/2T9Z8d1>. Acesso em: 12 nov. 2018;
· AVELLEIRA, JOÃO; BOTTINO, GIULIANA. Sífilis: Diagnóstico, tratamento e controle. Disponível em: < https://bit.ly/2qJzRJL>. Acesso em: 12 nov. 2018.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0365-05962006000200002&script=sci_arttext
https://run.unl.pt/bitstream/10362/10356/1/Infec%C3%A7%C3%A3o%20T.%20pallidum.pdf
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/07/vdrl-x-fta-abs.html
https://telelab.aids.gov.br/moodle/pluginfile.php/22197/mod_resource/content/1/S%C3%ADfilis%20-%20Manual%20Aula%206.pdf