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Aula 01
Banco do Brasil (Escriturário-Agente
Comercial) Conhecimentos Bancários -
2021 (Pós-Edital)
Autor:
Amanda Aires, Vicente Camillo
Aula 01
29 de Junho de 2021
1 
 
Sumário 
Sistema financeiro nacional - parte 2: Operadores ................................................................................... 3 
5 - Agentes de Mercado: Introdução ....................................................................................................... 3 
6 - Instituições Financeiras Públicas e Privadas ...................................................................................... 8 
6.1 - IFs Públicas ...................................................................................................................................... 9 
6.2 - IFs Privadas .................................................................................................................................... 10 
7 - Instituições Financeiras Bancárias ..................................................................................................... 12 
7.1 - Bancos Comerciais ....................................................................................................................... 12 
7.2 - Caixas Econômicas ....................................................................................................................... 13 
7.3 - Cooperativas de Crédito ............................................................................................................. 16 
7.4 - Bancos Comerciais Cooperativos .............................................................................................. 18 
7.5 - Bancos Múltiplos........................................................................................................................... 18 
8 - Instituições Financeiras Não Bancárias ............................................................................................ 19 
8.1 - Bancos de Desenvolvimento ...................................................................................................... 19 
8.2 - BNDES ............................................................................................................................................ 21 
8.3 - Bancos de Investimento .............................................................................................................. 22 
8.4 - Entidades que Concedem Crédito Imobiliário ........................................................................ 24 
9 - Instituições Auxiliares .......................................................................................................................... 27 
9.1 - Administradoras de Consórcios ................................................................................................. 27 
9.2 - Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras) ................................. 27 
9.3 - Sociedades de Crédito ao Microempreendedor .................................................................... 28 
9.4 - Agências de Fomento .................................................................................................................. 29 
9.5 - Sociedade de Arrendamento Mercantil.................................................................................... 30 
Amanda Aires, Vicente Camillo
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2 
 
9.6 - Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVMs) ..................................... 30 
9.7 - Sociedades e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVMs) ............................ 32 
9.8 - Bolsas de Valores e de Mercadorias e Futuros........................................................................ 33 
9.9 - Sociedade de Fomento Mercantil (Factoring) ......................................................................... 35 
9.10 - Administradora de Cartões de Crédito .................................................................................. 36 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 38 
Lista de Questões ............................................................................................................................................. 47 
Gabarito .......................................................................................................................................................... 55 
Resumo ........................................................................................................................................................... 56 
 
 
Amanda Aires, Vicente Camillo
Aula 01
Banco do Brasil (Escriturário-Agente Comercial) Conhecimentos Bancários - 2021 (Pós-Edital)
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3 
 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - PARTE 2: OPERADORES 
Pessoal, tudo certinho? 
Fizemos um ajuste nas aulas para deixar mais didático. Então, se você baixou o material antes do dia 29/06, 
não se preocupe em ver essa aula. O que eu fiz foi somente dividir o material, tá? 
Peço desculpas pelo inconveniente, mas agora ficará tudo 100% alinhado. 
Estarei aqui com vocês até a aprovação. 
Sigamos juntos, 
Amanda. 
 @profamandaaires profamandaaires@gmail.com 
5 - Agentes de Mercado: Introdução 
O Sistema Financeiro Nacional não é composto apenas pelo CMN, Banco Central, COPOM, CVM, CRSFN e 
outras entidades normativas/supervisoras apresentadas. Há também os operadores. 
Nesta seção serão tratados conceitos básicos sobre estas entidades. O que são, para que servem, quais as 
principais atividades exercidas. 
Antes, há que se detalhar o porquê estas entidades estão divididas em instituições financeiras bancárias e 
não bancárias e instituições financeiras auxiliares. 
Começamos pela diferença entre instituições financeiras bancárias e não bancárias. 
O mercado bancário é composto de instituições financeiras que captam depósitos à vista e, portanto, 
multiplicam a moeda em circulação na economia. 
 
Guarde este conceito: para ser bancária, a instituição deve captar depósitos à vista. 
Esta regra aparentemente simples permite ganhar pontos preciosos no momento da prova. Há grandes 
chances de a Banca tentar confundir os candidatos sobre a diferença entre instituição bancária e não 
bancária. 
Amanda Aires, Vicente Camillo
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Outra maneira de confundir é denominar as instituições bancárias de instituições monetárias. Não se 
assuste, pois, as duas entidades representam a mesma coisa. Do mesmo modo, as instituições não 
bancárias são também chamadas de não monetárias. 
 
 
 
 
Mas, como seria este processo de multiplicar a moeda? 
 
As instituições bancárias, assim como qualquer outra entidade, possuem ativos e passivos. Seus ativos 
correspondem às aplicações que possuem. Por exemplo, empréstimos concedidos, aplicações em títulos 
públicos, ações de empresas, entre outros investimentos diversos. 
O financiamento destas aplicações é feito de diversas formas e corresponde ao passivo destas instituições. 
A modalidade de financiamento que nos interessa são os depósitos à vista. Todos os indivíduos que 
realizam transações bancárias já realizaram depósitos à vista. Consistem nos valores líquidos, depositados 
nas instituições financeiras bancárias e prontamente disponíveis aos correntistas. 
Desta forma, quando nos dirigimos ao banco para realizar um saque da conta corrente, o dinheiro estará ali 
pronto para ser sacado e utilizado. Até aqui tudo bem! 
Mas, apesar de não ser tão aparente assim, nossas disponibilidades líquidas (depósitos à vista) não estão 
totalmente reservadas no caixa do banco. Elas são circulantes e financiam diversas outras aplicaçõesdo 
banco. Assim, caso você tenha um saldo de R$ 1 mil, parte deste valor provavelmente estará financiando 
outro indivíduo com saldo negativo. 
Instituição Financeira Capta Depósitos à vista Bancária (Monetária) 
Instituição Financeira Não Capta Depósitos à vista 
Não Bancária 
(Não Monetária) 
Amanda Aires, Vicente Camillo
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Consequentemente, se todos os correntistas forem ao banco sacar toda sua disponibilidade, o banco não 
terá como pagar a todos. 
Por isto diz-se que os bancos multiplicam os depósitos à vista. Ou seja, eles elevam a quantidade de 
depósitos à vista em sua posse. 
Na teoria econômica, este valor é dado pelo multiplicador bancário, o qual multiplica a quantidade de 
depósitos à vista, resultando na quantidade de moeda em circulação. Não é preciso conhecê-lo a fundo no 
momento, pois este é um conceito cobrado em Economia. Mas, ao menos você sabe o conceito por trás do 
multiplicador bancário. 
Isto é, a possibilidade de receber depósitos à vista, além de categorizar as instituições financeiras como 
bancárias (monetárias), permitem-nas multiplicar a quantidade de moeda em circulação na economia. 
E, por fim, o que seriam as instituições financeiras auxiliares? 
 
Resumidamente, são auxiliares as instituições que se prestam à intermediação de recursos entre 
poupadores e devedores (e investidores) na economia, mesmo que não forneçam propriamente os 
recursos. Ou seja, elas promovem serviços com a finalidade de conferir eficiência à intermediação de 
recursos e estão, em sua grande parte, lotadas no mercado de valores mobiliários. 
 
Neste momento, precisamos compreender mais uma ideia importante sobre o funcionamento do mercado 
de capitais antes de continuar com o estudo das instituições. 
Como já foi visto, no mercado de crédito ocorre a intermediação de recursos financeiros entre agentes 
superavitários e deficitários com a finalidade de atender as necessidades de liquidez de curto e médio 
prazos. Ocorre que, neste mercado, as instituições financeiras intermediam os recursos, o que significa que 
os agentes superavitários direcionam a elas seus recursos e elas os direcionam aos agentes deficitários. Isto 
é, as instituições financeiras figuram, além de intermediárias, como centralizadoras de recursos no 
mercado de crédito. O esquema abaixo fornece uma ilustração desta ideia: 
 
Instituições financeiras auxiliares 
Se prestam à intermediação de recursos entre 
poupadores e devedores (e investidores) na 
economia, mesmo que não forneçam 
propriamente os recursos 
Amanda Aires, Vicente Camillo
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É fácil notar que o intermediário (as instituições financeiras) no mercado de crédito centraliza os recursos 
financeiros, captando-os com os agentes superavitários e os destinando aos deficitários. O esquema 
também mostra que as instituições financeiras assumem o risco da operação (o que é óbvio) e são 
remuneradas por isso através do spread (diferença entre a taxa de juros de captação e a taxa de juros de 
concessão do crédito). 
No entanto, no mercado de capitais não é assim que os recursos circulam. Pelo contrário, não há esta 
figura “central” que promove a intermediação de recursos, pois o dinheiro e os títulos negociados circulam 
diretamente entre as partes. Aqui, a função dos intermediários (instituições financeiras auxiliares) é 
prestar serviços com a finalidade de promover eficiência nesta circulação de recursos. 
Abaixo, o esquema com a ideia: 
 
 
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Como é possível notar, os recursos circulam diretamente entre superavitários e deficitários, que 
assumem grande parte dos riscos envolvidos, e os prestadores de serviços são remunerados pelo auxilio 
que prestam na eficiência destas transações, motivo que os denominam como instituições auxiliares. 
Adicionalmente, cabe já comentar mais uma ideia relativa aos agentes do mercado de capitais. Como 
vimos, é comum a ideia de denominar os agentes de superavitários e deficitários no mercado financeiro 
em geral. No mercado de capitais, apesar desta denominação estar correta, é mais comum utilizarmos 
outros dois termos: emissores (que substituem os deficitários) e investidores (que substituem os 
superavitários). 
A ideia será explanada com maior riqueza de detalhes no momento oportuno. Mas, por ora, entenda que 
no mercado de capitais são emitidos e negociados títulos, chamados de valores mobiliários. Ocorre que 
os agentes que intencionam captar recursos neste mercado (como as companhias abertas, por exemplo), 
emitem os tais valores mobiliários para tanto e, por isto, são chamados de emissores. Por sua vez, os 
superavitários investem nestes valores mobiliários e, portanto, são conhecidos como investidores. 
 
 
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6 - Instituições Financeiras Públicas e Privadas 
Na aula passada, vimos os detalhes teóricos das instituições normativas e supervisoras do sistema 
financeiro nacional. 
Nesta nos resta detalhar as características das instituições financeiras bancárias, não bancárias e auxiliares. 
Para iniciar, nada mais apropriado do que apresentar o conceito de instituição financeira. 
 
Consideram-se instituições financeiras (“IFs”) as pessoas jurídicas públicas ou privadas, que tenham 
como atividade principal ou acessória a coleta, intermediação ou aplicação de recursos financeiros 
próprios ou de terceiros, em moeda nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de propriedade de 
terceiros. Importante citar que se equiparam às IFs as pessoas físicas que exerçam qualquer das 
atividades referidas acima, de forma permanente ou eventual. 
Para funcionar no País, dependem de prévia autorização do BACEN, tanto nacionais quanto estrangeiras. 
Vale notar que atualmente, não é necessário o decreto do Poder Executivo como no passado. 
Por enquanto, recorde destes conceitos: 
Mercado de capitais 
Emitidos e negociados títulos, 
chamados de valores mobiliários 
Emissores: emitem os tais valores 
mobiliários 
Investidores: investem nestes 
valores mobiliários 
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Características de instituição financeira: 
 Pessoa jurídica pública ou privada 
 Tenha como atividade principal ou acessória: 
 a coleta, 
 a intermediação ou 
 a aplicação 
Equipara-se à IF: 
 Pessoas físicas que exerçam qualquer das atividades referidas acima, de forma permanente ou 
eventual. 
Para funcionar: 
 IFs nacionais  autorização do BACEN 
Continuando, é preciso definir as diferenças entre instituições financeiras públicas e privadas. 
6.1 - IFs Públicas 
A relevância das IFs públicas é entendida já pela sua definição: as instituições financeiras públicas são 
órgãos auxiliares da execução da política de crédito do Governo Federal. 
A legislação separa, para fins de classificação, as IFs púbicas federais das IFs públicas estaduais. 
O Conselho Monetário Nacional regulará as atividades, capacidade e modalidade operacionais das 
instituições financeiras públicas federais, que deverão submeter à aprovação deste órgão, com a prioridade 
por ele prescrita, seus programas de recursos e aplicações, de forma que se ajustem à política de crédito 
do Governo Federal. Ademais, acabe ao CMN estatuir normas para as operações das instituições 
financeiras públicas, para preservar sua solidez e adequar seu funcionamentoaos objetivos do sistema 
financeiro nacional (promover desenvolvimento sustentado). 
Muito interessante esta disposição. Isto é, o CMN pode atribuir prioridades às IFS públicas federais, 
ajustando a aplicação de seus recursos, de forma que se ajustem à política crédito do Governo Federal. Um 
exemplo interessante são as aplicações do Banco do Brasil (BB) em crédito rural. A concessão de crédito 
para este setor da economia é parte da política de crédito do Governo Federal, cuja regulação do CMN 
concedeu como função prioritária do Banco do Brasil. 
Além do BB, outra importante IF pública federal é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e 
Social (BNDES), pois ele é o principal instrumento de execução de política de investimentos do Governo 
Federal. O objetivo primordial do BNDES é apoiar programas, projetos, obras e serviços que se relacionem 
de recursos financeiros próprios ou de terceiros, em moeda 
nacional ou estrangeira, e a custódia de valor de 
propriedade de terceiros. 
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com o desenvolvimento econômico e social do País, visando a estimular a iniciativa privada, sem prejuízo 
de apoio a empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor público. 
Por fim, em relação às IFs públicas federais, a escolha dos seus Diretores ou Administradores das e a 
nomeação dos respectivos Presidentes é feita da seguinte forma: 
o O Presidente e os Diretores das IFS públicas federais deverão ser pessoas de 
reputação ilibada e notória capacidade; 
o A nomeação do Presidente da IFs públicas federais será feita pelo Presidente da 
República, após aprovação do Senado Federal; e 
o As substituições eventuais do Presidente das IFs pública federais não poderão 
exceder o prazo de 30 (trinta) dias consecutivos, sem que o Presidente da 
República submeta ao Senado Federal o nome do substituto. 
Já as instituições financeiras públicas não federais ficam sujeitas às disposições relativas às instituições 
financeiras privadas, como visto adiante. 
6.2 - IFs Privadas 
As instituições financeiras privadas, exceto as cooperativas de crédito, constituir-se-ão unicamente sob a 
forma de sociedade anônima, devendo a totalidade de seu capital com direito a voto ser representada por 
ações nominativas. Observadas as normas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional as IFs privadas 
poderão emitir até o limite de 50% de seu capital social em ações preferenciais. 
A justificativa para a emissão de ações preferenciais é muito simples. Como estas concedem preferência no 
recebimento de direitos econômicos pelos seus titulares, mas, em geral, não conferem direito a voto nas 
decisões assembleares, atraem acionistas interessados apenas no exercício de direitos econômicos (como, 
por exemplo, preferência no recebimento de dividendos), mas respeitam um percentual mínimo de ações 
ordinárias, que conferem direito a voto, de 50% do capital social. 
Uma importante regra aplica-se às instituições financeiras privadas (e também públicas): o capital inicial 
será sempre realizado em moeda corrente. Ou seja, não é possível, quando da sua constituição, que o 
acionista realize o capital em bens ou créditos. É preciso que o faça em moeda corrente (dinheiro). 
Adicionalmente, será exigida no ato a realização de, pelo menos 50% (cinquenta por cento) do montante 
subscrito. O valor remanescente do capital subscrito, inicial ou aumentado, em moeda corrente, deverá ser 
integralizado dentro de um ano da data da solução do respectivo processo. 
Mas, como tudo em direito, existem exceções às subscrições em dinheiro, que são: 
o Decorrentes de incorporação de reservas; e 
o Decorrentes da reavaliação da parcela dos bens do ativo imobilizado, 
representado por imóveis de uso e instalações 
Em resumo, a regra geral é que todo o acionista subscreva sua parcela no capital social em dinheiro. No 
mínimo, 50% desta subscrição deve ser feita à vista e o restante em até 1 ano. Exceção à regra são as 
possibilidades de aumento do capital decorrentes de incorporação de reservas (por exemplo, incorporação 
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de reservas de lucros) e realização de bens do ativo imobilizado. Esta segunda possibilidade ocorre quando 
os bens são reavaliados pelo valor de mercado e este fato aumentativo também eleva o patrimônio líquido, 
sendo registrado como aumento de capital. 
Em relação aos seus administradores (diretores e conselheiros de administração), as instituições 
financeiras privadas deverão comunicar ao Banco Central da República do Brasil os atos relativos à eleição 
de diretores e membros de órgão consultivos, fiscais e semelhantes, no prazo de 15 dias de sua ocorrência. 
O BACEN, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, decidirá aceitar ou recusar o nome do eleito. 
E, para encerrar o assunto, temos que analisar as vedações aplicadas às IFs públicas e privadas. Recordem 
que, as vedações abaixo, aplicam-se às IFs, independente se de constituição pública ou privada. Abaixo, 
seguem de forma esquematizada: 
 
 conceder empréstimos ou adiantamentos 
1. a seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e 
semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges; 
2. aos parentes, até o 2º grau, das pessoas anteriormente referidas; 
3. as pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10% (dez por 
cento), salvo autorização específica do Banco Central da República do Brasil, em cada caso, 
quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resultantes de transações 
de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados pelo Conselho 
Monetário Nacional, em caráter geral; 
4. as pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento); 
5. às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por cento), quaisquer 
dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem como seus cônjuges 
e respectivos parentes, até o 2º grau; 
 emitir debêntures, salvo as IFs que não recebem depósitos do público, quando autorizadas pelo 
BACEN; e 
 adquirir bens imóveis não destinados ao próprio uso, salvo os recebidos em liquidação de 
empréstimos de difícil ou duvidosa solução, caso em que deverão vendê-los dentro do prazo de 
um (1) ano, a contar do recebimento, prorrogável até duas vezes, a critério do Banco Central da 
República do Brasil. 
A concessão de empréstimos ou adiantamentos aos seus diretores e membros dos conselhos consultivos 
ou administrativo, fiscais e semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges constitui crime e sujeitará os 
responsáveis pela transgressão à pena de reclusão de um a quatro anos, aplicando-se, no que couber, o 
Código Penal e o Código de Processo Penal. 
Cabe ainda afirmar que há uma exceção às vedações acima expostas em relação às IFs públicas. Elas não 
estão vedadas da prática de concessão de empréstimos ou adiantamentos às pessoas jurídicas de cujo 
capital participem, com mais de 10% (dez por cento). 
Amanda Aires, Vicente Camillo
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7 - Instituições Financeiras Bancárias 
Como o próprio nome sugere, as instituições normativas são as responsáveis por estabelecer as normas 
gerais do SFN e de seus mercados. A instituição normativa por excelência é o CMN (normatiza os mercados 
de câmbio, capitais, crédito e monetário). Ele é o cobrado pelo nosso edital; no entanto, o CNSP é também 
apresentado. 
Antes de iniciarmos o estudo das instituições, faço uma importante ressalva: todo o conteúdo apresentado 
está baseado nas Leis 4.595/64 (Lei do Sistema Financeiro Nacional) e 9.069/95 (Leido Plano Real). Ocorre 
que a Lei 4.595/64 foi atualizada desde que publicada, mas muitas das suas atualizações não estão 
refletidas em seu texto legal. 
Isto significa que as bancas, ao cobrarem a letra da lei, solicitam dispositivos que não estão mais em vigor. 
Para lidar com este problema resolvi apresentar o conteúdo legal no decorrer da aula, exatamente como as 
Leis apresentam em seus textos legais. E, na aula anterior, foi apresentada a LEI 4.595 COMENTADA, anexo 
em que são discutidas estas alterações normativas supervenientes e como funciona. 
7.1 - Bancos Comerciais 
O banco comercial é a instituição bancária por excelência, pois o recebimento de depósitos à vista consiste 
em sua mais importante função. 
O objetivo principal dos bancos comerciais é proporcionar o suprimento de recursos necessários para 
financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços e as 
pessoas físicas. 
 
No prazo de financiamento: os bancos comerciais trabalham no curto e médio prazos. O 
financiamento de longo prazo da economia é feito de preponderantemente pelo 
mercado de capitais e pelo BNDES. 
Dentre as maneiras que os bancos comerciais possuem para atender estes objetivos estão: 
o Desconto de títulos 
o Operações de crédito simples e de conta corrente (conta garantia) 
o Operações especiais, tais como as de crédito direcionado (crédito rural, entre 
outras) e câmbio 
o Captar depósitos à vista e a prazo 
o Obter recursos internos e externos para repasse 
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Fique tranquilo! O estudo dos produtos bancários será feito oportunamente. 
 
Em resumo, os bancos comerciais se colocam como intermediários financeiros entre os agentes 
superavitários (poupadores) e os deficitários (devedores, investidores). A captação, via depósitos à vista e a 
prazo, além de outras maneiras, é direcionada de forma seletiva aos que necessitam destes recursos para 
cumprir com suas obrigações deficitárias. 
7.2 - Caixas Econômicas 
Além de captarem depósitos à vista e operarem como banco comercial, as Caixas Econômicas integram o 
Sistema Brasileiro de Poupança (SBP) e o Sistema Financeiro de Habitação (SFH). 
Quanto ao SBP, as Caixas Econômicas captam os depósitos na tradicional caderneta de poupança. Estes 
recursos são direcionados ao SFH, financiando o crédito imobiliário. 
Ademais, cabe a estas instituições a captação e gerenciamento dos recursos do Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviços (FGTS). 
Banco Comercial 
Função mais importante: 
recebimento de depósitos à 
vista 
No prazo de financiamento: 
os bancos comerciais 
trabalham no curto e médio 
prazos 
Objetivo principal: 
proporcionar o suprimento 
de recursos necessários 
para financiar, a curto e 
médio prazos, o comércio, 
a indústria, as empresas 
prestadoras de serviços e as 
pessoas físicas 
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Atualmente existe tão somente 1 instituição neste âmbito: a Caixa Econômica Federal (CEF). 
A CEF é a instituição financeira sob a forma de empresa pública (possui como único acionista a União 
Federal) e responsável pela operacionalização das políticas de do Governo Federal para habitação popular 
e saneamento básico. 
Basicamente, a CEF exerce as seguintes atividades: 
o Bancária, sendo também Banco Múltiplo; 
o Captação e administração de recursos da poupança, para aplicação em 
empréstimos vinculados, principalmente na habitação; 
o Administração de loterias e de fundos, dentre os quais se destaca o FGTS. 
 
 
 
O Estatuto da CEF dispõe sobre todas suas funções cujas principais seguem a seguir: 
 
A
tiv
id
ad
es
 C
EF
 
Bancária, sendo também 
Banco Múltiplo; 
Captação e administração de 
recursos da poupança, para 
aplicação em empréstimos 
vinculados, principalmente na 
habitação 
Administração de loterias e de 
fundos, dentre os quais se 
destaca o FGTS 
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 receber depósitos, a qualquer título, inclusive os garantidos pela União, em especial os de 
economia popular, com o propósito de incentivar e educar a população brasileira nos hábitos da 
poupança e fomentar o crédito em todas as regiões do País; 
 
 prestar serviços bancários de qualquer natureza, por meio de operações ativas, passivas e 
acessórias, inclusive de intermediação e suprimento financeiro, sob suas múltiplas formas; 
 
 administrar, com exclusividade, os serviços das loterias federais, nos termos da legislação 
específica; 
 
 exercer o monopólio das operações de penhor civil, em caráter permanente e contínuo; 
 
 prestar serviços delegados pelo Governo federal e prestar serviços, mediante convênio, com 
outras entidades ou empresas, observada sua estrutura e natureza de instituição financeira; 
 
 realizar quaisquer operações, serviços e atividades negociais nos mercados financeiros e de 
capitais, internos ou externos; 
 
 efetuar operações de subscrição, aquisição e distribuição de ações, obrigações e quaisquer outros 
títulos ou valores mobiliários no mercado de capitais, para investimento ou revenda; 
 
 realizar operações de câmbio; 
 
 realizar operações de corretagem de seguros e de valores mobiliários, arrendamento residencial e 
mercantil, inclusive sob a forma de leasing; 
 
 prestar, direta ou indiretamente, serviços relacionados às atividades de fomento da cultura e do 
turismo, inclusive mediante intermediação e apoio financeiro; 
 
 atuar como agente financeiro dos programas oficiais de habitação e saneamento e como principal 
órgão de execução da política habitacional e de saneamento do Governo federal, e operar como 
sociedade de crédito imobiliário para promover o acesso à moradia, especialmente para a 
população de menor renda; 
 
 atuar como agente operador e financeiro do FGTS; 
 
 administrar fundos e programas delegados pelo Governo federal; 
 
 conceder empréstimos e financiamentos de natureza social de acordo com a política do Governo 
federal, observadas as condições de retorno, que deverão, no mínimo, ressarcir os custos 
operacionais, de captação e de capital alocado; 
 
 manter linhas de crédito específicas para as microempresas e para as empresas de pequeno 
porte; 
 
 realizar, na qualidade de agente do Governo federal, por conta e ordem deste, quaisquer 
operações ou serviços que lhe forem delegados, nos mercados financeiro e de capitais; 
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 prestar serviços de custódia de valores mobiliários; 
 
 prestar serviços de assessoria, consultoria e gerenciamento de atividades econômicas, de políticas 
públicas, de previdência e de outras matérias relacionadas a sua área de atuação, diretamente ou 
mediante convênio ou consórcio com órgãos, entidades ou empresas; 
 
 realizar, na forma fixada pelo Conselho Diretor e aprovada pelo Conselho de Administração da 
CEF, aplicações não reembolsáveis ou parcialmente reembolsáveis destinadas especificamente a 
apoiar projetos e investimentos de caráter socioambiental, que se enquadrem em seus programas e 
ações, que beneficiem prioritariamente a população de baixa renda, e principalmente nas áreas de 
habitação de interesse social, saneamento ambiental, gestão ambiental, geração de trabalho e 
renda, saúde, educação, desportos, cultura, justiça, alimentação, desenvolvimento institucional, 
desenvolvimento rural, e outras vinculadas ao desenvolvimento sustentável. 
Das operações acima citadas, foram destacadas aquelas quediferenciam a CEF de outras instituições 
financeiras bancárias. É o caso, por exemplo, das funções de cunho social geridas pela instituição, como a 
administração do FGTS. 
Adicionalmente, verifica-se outras funções não exatamente compreendidas em uma instituição financeira 
bancária, como a administração da loteria federal e o monopólio nas operações de penhor comum, 
operação na qual o devedor entrega bem móvel de valor ao credor (neste caso, a CEF), com a finalidade de 
garantir o pagamento do débito. 
Desta forma, o interessado na obtenção de um financiamento pode se dirigir à Caixa Econômica Federal e 
entregar à instituição financeira algum bem de valor, geralmente metais preciosos e bens afins, como 
garantia de pagamento do crédito tomado. 
O financiamento é liberado após a aprovação da penhora, podendo o devedor emprestar até o limite de 
130% do valor do bem penhorado. 
Podem ser penhorados os seguintes bens: 
o Joias 
o Metais Nobres 
o Diamantes Lapidados 
o Pérolas 
o Relógios 
o Canetas e Pratarias originais de valor significativo 
7.3 - Cooperativas de Crédito 
Uma sociedade cooperativa consiste na união de pessoas que reciprocamente se obriguem a contribuir 
com bens ou serviços para o exercício de atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de 
lucro. 
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Naturalmente, uma cooperativa de crédito atende a finalidade de conceder crédito e, desta maneira, está 
inclusa no organograma do SFN. 
Segundo definição legal, as cooperativas de crédito destinam-se, precipuamente, a prover, por meio da 
mutualidade, a prestação de serviços financeiros a seus associados, sendo-lhes assegurado o acesso aos 
instrumentos do mercado financeiro. 
As cooperativas de crédito podem atuar das seguintes maneiras: 
 
o Captar depósitos, somente de associados. 
o Obter empréstimos ou repasses de instituições financeiras nacionais ou 
estrangeiras. 
o Conceder créditos e prestar garantias. 
o Aplicar recursos no mercado financeiro, inclusive em depósitos à vista e a prazo. 
o Prestar serviços a associados ou não associados, serviços de cobrança, de 
custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros, entidades 
públicas e privadas. 
Interessante notar que as cooperativas de crédito têm como finalidade atender aos seus associados, que 
seriam uma espécie de “sócio” da cooperativa. Assim, a captação de recursos e concessão de créditos e 
garantias é direcionada aos associados das cooperativas de crédito, e não há qualquer interessado. 
Mas, claro, sempre há exceções: para ser mais preciso, são 3 exceções. 
Neste caso, mesmo que a captação de recursos e a concessão de créditos e garantias sejam restritas aos 
associados, é possível a captação de recursos (i) dos Municípios, de seus órgãos ou entidades e das 
empresas por eles controladas, as operações (ii) realizadas com outras instituições financeiras e (iii) os 
recursos obtidos de pessoas jurídicas, em caráter eventual, a taxas favorecidas ou isentos de remuneração. 
Por fim, cabe lembrar que a prestação de serviços financeiros em geral (que não se confundem com a 
intermediação de recursos, como captações ou concessões de empréstimos) pode ser praticada pelas 
cooperativas de crédito a qualquer interessado. Por exemplo, ela pode prestar um serviço de cobrança a 
uma empresa que não seja sua associada. Neste caso, a cooperativa está praticando um serviço financeiro, 
não intermediando recursos (o que, como foi visto, é permitido apenas a associados). 
Em termos legais, isso significa que as cooperativas de crédito podem atuar em nome e por conta de 
outras instituições, com vistas à prestação de serviços financeiros e afins a associados e a não 
associados. 
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7.4 - Bancos Comerciais Cooperativos 
É caracterizado como banco comercial na forma de sociedade anônima de capital fechado, com 
participação exclusiva de sociedades cooperativas de crédito singulares e centrais cooperativas. 
Desta forma, são instituições financeiras bancárias, mas controlados por cooperativas, pois estas devem 
possuir, no mínimo, 51% das ações ordinárias (com direito a voto) 
É vedado a estas instituições participar do capital social de outras instituições financeiras autorizadas a 
funcionar pelo Bacen. Esta vedação é aplicada para manter viva a ideia de cooperativa, ou seja, o 
atendimento de seus associados. 
 
Em resumo, trata-se de cooperativas de crédito organizadas na forma de banco comercial, pois a 
natureza das operações praticadas pelas cooperativas de crédito é mantida e a elas adicionada as 
operações bancárias tradicionais, como a emissão de talão de cheques, de cartões de crédito e 
administração de carteira de crédito. 
Adicionalmente, visto se organizarem como banco comercial ou múltiplo, cabe aos bancos cooperativos o 
respeito às normas regulamentares e prudenciais estabelecidas pelo Bacen, como o respeito ao Acordo de 
Basileia. 
7.5 - Bancos Múltiplos 
O Banco Múltiplo é a pessoa jurídica que oferece diversos serviços financeiros. Ou seja, mantém 
operações financeiras diversas, que seriam prestadas por distintas instituições, como uma só instituição. 
Um banco múltiplo pode operar com as seguintes carteiras: 
o comercial; 
o investimento e/ou desenvolvimento (sendo esta exclusiva para bancos públicos); 
o de crédito imobiliário; 
o de crédito, financiamento e investimento; e 
o de arrendamento mercantil. 
Para configurar como banco múltiplo, a instituição financeira deve, no mínimo, possuir ao menos duas 
carteiras, sendo, obrigatoriamente, uma delas comercial ou de investimento. 
Vale lembrar que não há vinculação entre as fontes de recursos captados e as aplicações do banco 
múltiplo, salvo os casos previstos em legislação e regulamentação específicas. Ou seja, o banco múltiplo 
pode fazer, por exemplo, uma captação em depósito à vista (carteira comercial) e direcionar estes para a 
concessão de crédito imobiliário. 
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Os bancos múltiplos cumprem um relevante papel na economia nacional, pois permitem reduzir os custos 
das operações financeiras por eles realizadas, conferindo maior eficiência à intermediação financeira. 
A ideia é muito simples. Podemos imaginar duas instituições distintas, uma realizando atividades bancárias, 
e outras atividades de câmbio. A união destas duas instituições em um banco múltiplo permite a diluição 
de custos operacionais, barateando o custo total da atividade. Desta forma, todos ganham. 
 
Esta possibilidade de exercício de diversas atividades por um banco múltiplo. Nem todas 
as operações de um banco múltiplo criam moeda, tão somente as envolvidas na carteira 
comercial, pois são as que aceitam depósitos à vista. 
8 - Instituições Financeiras Não Bancárias 
Como já salientado, as instituições não bancárias (não monetárias) não captam depósitos à vista e, 
portanto, não multiplicam a quantidade de moeda em circulação na economia. Elas se financiam através da 
captação de depósitos a prazo. 
Em resumo, as entidades não monetárias captam recursos, através da emissão de títulos, para concessão 
de empréstimos e financiamentos diversos. Desta forma, exercem intermediação da moeda. 
As instituições financeiras não bancárias estão divididas em: 
 
8.1 - Bancos de Desenvolvimento 
Os bancos de desenvolvimento existem para promover o desenvolvimento da região à qual fazem parte. 
Meio obvio, não é? 
Os Bancos de Desenvolvimento são instituições financeiras públicas não federais, constituídas sob a forma 
de sociedade anônima, com sede na Capital doEstado da Federação que detiver seu controle acionário. 
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Seu objetivo principal é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários ao 
financiamento, a médio e longo prazos, de programas e projetos que visem a promover o desenvolvimento 
econômico e social dos respectivos Estados da Federação onde tenham sede, cabendo-lhes apoiar 
prioritariamente o setor privado. 
Pelas características acima, é importante citar o caráter regional dos bancos de desenvolvimento. São 
controlados pelos governos do estado que fazem parte e sua atuação se limita a esta região. 
Estão autorizados a financiar projetos de desenvolvimento fora da região que fazem parte tão somente se 
o empreendimento visar benefícios de interesse comum, ou seja, que atenda também a sua região. 
Entre suas funções estão: 
 
o Impulsionar o desenvolvimento econômico e social do País/Região/Estado. 
o Fortalecer o setor empresarial. 
o Atenuar os desequilíbrios regionais, criando novos polos de produção. 
o Promover o desenvolvimento integrado das atividades agrícolas, industriais e de 
serviços. 
Para atender a seu objetivo, os Bancos de Desenvolvimento podem apoiar iniciativas que visem a: 
I - Ampliar a capacidade produtiva da economia, mediante implantação, expansão e/ou relocalização de 
empreendimentos; 
II - Incentivar a melhoria da produtividade, por meio de reorganização, racionalização, modernização de 
empresas e formação de estoques - em níveis técnicos adequados - de matérias primas e de produtos 
finais, ou por meio da formação de empresas de comercialização integrada; 
III - Assegurar melhor ordenação de setores da economia regional e o saneamento de empresas por meio 
de incorporação, fusão, associação, assunção de controle acionário e de acervo e/ou liquidação ou 
consolidação de passivo ou ativo onerosos; 
Bancos de 
desenvolvimento 
São instituições financeiras 
públicas não federais 
Objetivo: promover o 
desenvolvimento da região à 
qual fazem parte 
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IV - Incrementar a produção rural por meio de projetos integrados de investimentos destinados à formação 
de capital fixo ou semifixo; 
V - Promover a incorporação e o desenvolvimento de tecnologia de produção, o aperfeiçoamento 
gerencial, a formação e o aprimoramento de pessoal técnico, podendo, para este fim, patrocinar 
programas de assistência técnica, preferencialmente através de empresas e entidades especializadas. 
Cabe salientar que no caso dos empreendimentos de que trata o item IV (produção rural), o financiamento 
do custeio pode ser realizado diretamente pelo Banco de Desenvolvimento, ou, preferencialmente, por 
intermédio de convênios com outras instituições financeiras autorizadas a realizar esse tipo de atividade. 
Adicionalmente, ressalta-se o seguinte fato: O Estado da Federação autorizado a constituir Banco de 
Desenvolvimento detém, obrigatoriamente, o controle acionário da instituição. Isto não significa que em 
todos os casos o Estado terá a totalidade das ações emitidas pelo banco, pois é permitido, em relação 
aos Bancos de Desenvolvimento registrados como sociedade anônima de capital aberto, emitir ações 
preferenciais, nas formas nominativas e ao portador, sem direito a voto, neste último caso desde que 
previamente autorizados pelo Banco Central. 
Ou seja, os Bancos de Desenvolvimento estão autorizados a negociar suas ações com terceiros, não 
relacionados com o acionista controlador, desde que seguindo as regras dispostas acima. 
8.2 - BNDES 
Antes de estudarmos o BNDES, é importante saber que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico 
e Social NÃO é um banco de desenvolvimento! 
Mas, como assim?! Ele possui “desenvolvimento” até no nome?! 
Bem, bancos de desenvolvimento são instituições financeiras controladas por ente da federação não 
federal. O BNDES, como é controlado pela União, não pode ser considerado como banco de 
desenvolvimento na perspectiva do regime jurídico aplicado ao SFN. 
O BNDES é uma empresa pública federal (todas suas ações são detidas pela União Federal), dotada de 
personalidade jurídica de direito privado: 
o Sendo principal instrumento de execução da política de investimento do Governo 
Federal; 
o Tendo por objetivo primordial apoiar programas, projetos, obras e serviços que se 
relacionem com o desenvolvimento econômico e social do País; e 
o exercendo suas atividades com o objetivo de a estimular a iniciativa privada, sem 
prejuízo de apoio a empreendimentos de interesse nacional a cargo do setor 
público. 
Dentre suas funções, podemos destacar as seguintes: 
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o financiar a aquisição de ativos e investimentos realizados por empresas de capital 
nacional no exterior, desde que contribuam para o desenvolvimento econômico e 
social do País; 
o financiar e fomentar a exportação de produtos e de serviços, inclusive serviços de 
instalação, compreendidas as despesas realizadas no exterior, associadas à 
exportação; 
o efetuar aplicações não reembolsáveis em projetos ou programas de ensino e 
pesquisa, de natureza científica ou tecnológica, inclusive mediante doação de 
equipamentos técnicos ou científicos e de publicações técnicas a instituições que 
se dediquem à realização dos referidos projetos ou programas ou tenham dele 
recebido colaboração financeira com essa finalidade específica; 
o efetuar aplicações não reembolsáveis, destinadas especificamente a apoiar 
projetos e investimentos de caráter social, nas áreas de geração de emprego e 
renda, serviços urbanos, saúde, educação e desportos, justiça, alimentação, 
habitação, meio ambiente, recursos hídricos, desenvolvimento rural e outras 
vinculadas ao desenvolvimento regional e social, bem como projetos de natureza 
cultural, observadas as normas regulamentares expedidas pela Diretoria; 
o contratar estudos técnicos e prestar apoio técnico e financeiro, inclusive não 
reembolsável, para a estruturação de projetos que promovam o desenvolvimento 
econômico e social do País; 
o realizar, como entidade integrante do Sistema Financeiro Nacional, quaisquer 
outras operações no mercado financeiro ou de capitais, em conformidade com as 
normas e diretrizes do Conselho Monetário Nacional; e 
o utilizar recursos captados no mercado externo, desde que contribua para o 
desenvolvimento econômico e social do País, para financiar a aquisição de ativos e 
a realização de projetos e investimentos no exterior por empresas brasileiras, 
subsidiárias de empresas brasileiras e empresas estrangeiras cujo acionista com 
maior capital votante seja, direta ou indiretamente, pessoa física ou jurídica 
domiciliada no Brasil, bem como adquirir no mercado primário títulos de emissão 
ou de responsabilidade das referidas empresas. 
Vale destacar, ainda, que o BNDES não capta depósitos do público atualmente e está apesentado no tópico 
de “instituições não bancárias” por similaridade operacional e funcional em relação aos bancos de 
desenvolvimento. 
Os recursos que financiam as operações do BNDES são, basicamente, dotações no orçamento da União, 
receitas operacionais e patrimoniais, fundo públicos (como o PIS, PASEP e outros) e recursos oriundos de 
operações de crédito, assim entendidos os provenientes de empréstimos e financiamentos obtidos pela 
entidade. 
8.3 - Bancos de Investimento 
Os bancos de investimento são instituições financeiras de natureza privada, devem ser constituídos sob a 
forma de sociedade anônima, especializadas em operações de participação societáriade caráter 
temporário, de financiamento da atividade produtiva para suprimento de capital fixo e de giro e de 
administração de recursos de terceiros. 
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Várias operações são apresentadas nessa denominação do banco de investimento. Elas são analisadas em 
momento oportuno, mas podemos afirmar, por ora, que são operações realizadas, em sua grande maioria, 
no mercado de capitais, pois destinam-se ao financiamento de investimentos de prazo mais estendido. 
De qualquer forma, fique com o esquema adiante a respeito destas operações: 
 
 
 
 
 
 
Como já salientado, elas serão analisadas em momento oportuno. 
Continuando, aos bancos de investimento é facultado, além da realização das atividades inerentes à 
consecução de seus objetivos: 
o praticar operações de compra e venda, por conta própria ou de terceiros, de 
metais preciosos, no mercado físico, e de quaisquer títulos e valores mobiliários, 
nos mercados financeiros e de capitais; 
OPERAÇÕES ATIVAS 
• Empréstimos de capital 
de fixo/ giro 
 
• Comprar e vender 
títulos e val. mob. 
(recursos próprios e de 
terceiros) 
 
• Operar bolsa M&F (rec. 
próprios e 3º) 
CAPTAÇÕES (PASSIVOS) 
• Depósitos a prazo 
(CDB e RDB) 
 
• Obtenção de recursos 
internos e externos para 
repasses. 
SERVIÇOS 
• Underwritting com 
garantia e sem. 
 
• Câmbio 
 
• Coordenar processos 
de reorganização e 
reestruturação. 
FUNÇÕES DE MERCADO DE CAPITAIS 
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o operar em bolsas de mercadorias e de futuros, bem como em mercados de balcão 
organizados, por conta própria e de terceiros; 
o operar em todas as modalidades de concessão de crédito para financiamento de 
capital fixo e de giro; 
o participar do processo de emissão, subscrição para revenda e distribuição de 
títulos e valores mobiliários; 
o operar em câmbio, mediante autorização específica do Banco Central do Brasil; 
o coordenar processos de reorganização e reestruturação de sociedades e 
conglomerados, financeiros ou não, mediante prestação de serviços de 
consultoria, participação societária e/ou concessão de financiamentos ou 
empréstimos; 
o realizar outras operações autorizadas pelo Banco Central do Brasil. 
Note que parte destas funções consiste na prestação de serviços no mercado de capitais, o que coloca os 
bancos de investimento também como entidade auxiliar neste mercado, mesmo que sua classificação seja 
de instituição financeira não bancária. 
Os bancos de investimento podem empregar em suas atividades, além de recursos próprios, os 
provenientes de: 
o depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; 
o recursos oriundos do exterior, inclusive por meio de repasses interbancários; 
o repasse de recursos oficiais; 
o depósitos interfinanceiros; 
o outras formas de captação autorizadas pelo Banco Central do Brasil. 
E, por fim, é preciso saber que os bancos de investimento podem manter contas, sem juros e não 
movimentáveis por cheque, relativas a recursos de terceiros: 
o recebidos para aplicação em títulos e valores mobiliários e outros ativos 
financeiros e/ou modalidades operacionais disponíveis nos mercados financeiro e 
de capitais, referentes à movimentação dessas aplicações; 
o vinculados à execução de suas operações ativas ou relacionadas com a prestação 
de serviços. 
Ressalta-se apenas que estas contas, sem juros e não movimentáveis por cheque, relativas a recursos de 
terceiros, não são contas correntes, pois elas não permitem depósitos à vista. 
8.4 - Entidades que Concedem Crédito Imobiliário 
Nosso SFN possui 3 instituições dedicadas na concessão de crédito imobiliário. São elas: associações de 
poupança e empréstimos, companhias hipotecárias e sociedades de crédito imobiliário. 
Iremos analisar as especificidades de cada uma delas e, ao final, apresentar um quadro resumo com suas 
características. 
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Antes, apenas um lembrete: essas entidades são dedicadas à concessão de crédito imobiliários e 
financiadas com recursos específicos para este fim; no entanto, outras entidades também atuam na 
concessão de crédito imobiliário, como os bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliários e a Caixa 
Econômica Federal. Não se esqueça disso! 
ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMOS 
Associação de Poupança e Empréstimo (APE) é uma instituição criada para facilitar aos associados a 
aquisição da casa própria e captar, incentivar e disseminar a poupança. Os depositantes tornam-se 
associados da instituição. 
Os associados podem participar da APE de duas formas básicas: ao adquirir financiamento imobiliário ou ao 
depositar seu dinheiro para formar poupança. 
Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário, inclusive ao Sistema 
Financeiro de Habitação – SFH. Já as operações passivas, além dos depósitos de poupança, são constituídas 
de: 
o letras hipotecárias; 
o repasses e refinanciamentos contraídos no País; 
o empréstimos e financiamentos contraídos no exterior; 
o letras de crédito imobiliário, letra financeira e depósitos interfinanceiros. 
A APE compõe o Sistema Brasileira de Poupança e Empréstimo (SBPE) e o Sistema Financeiro de Habitação, 
atua sob a forma de sociedade civil, sendo supervisionada pelo Banco Central. 
O Decreto-Lei nº 70, de 21 de novembro de 1966, estabeleceu a atuação regional das APEs. Ao longo do 
tempo perderam representatividade no Sistema Financeiro, restando apenas a Poupex - Associação de 
Poupança e Empréstimo, única APE em pleno funcionamento, criada com o amparo da Lei 6.855, de 18 de 
novembro de 1980. 
COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS 
Companhia hipotecária (CH) tem por objetivo a concessão de financiamentos imobiliários residenciais ou 
comerciais, empréstimos garantidos por hipotecas ou alienação fiduciária de imóveis e repasses de 
recursos relacionados a programas imobiliários, além da administração de fundos de investimento 
imobiliário. 
Foi criada pela Resolução 2.122, de 30 de novembro de 1994, para fomentar o financiamento imobiliário 
além dos limites do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Com a publicação da Lei nº 11.977, de 7 de 
julho de 2009, que instituiu o Programa Minha Casa, Minha Vida, a Companhia Hipotecária passou a fazer 
parte do SFH. 
A CH não recebe depósitos de poupança. Seus recursos provêm, entre outros, de letras hipotecárias, 
debêntures, empréstimos, financiamentos no País e no Exterior e letras de crédito imobiliário (LCI). 
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Considerada instituição financeira, a CH é autorizada e supervisionada pelo Banco Central e regulada não 
só por esta autarquia, como também pelo Conselho Monetário Nacional. Deve ser constituída sob a forma 
de sociedade anônima e a expressão “Companhia Hipotecária” deve constar de sua denominação social. 
SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO 
A Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) é um tipo de instituição financeira especializada no financiamento 
habitacional, integrante do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 
O foco da SCI consiste no financiamento para construção de habitações, na abertura de crédito para 
compra ou construção de casa própria e no financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, 
produtoras e distribuidoras de material de construção. Atualmente, em decorrência da sua condição de 
repassadora, as SCIs têm atuado de forma mais limitada, voltando-separa operações específicas, como o 
programa “Minha Casa, Minha Vida”. 
A SCI é constituída na forma de sociedade anônima e é supervisionada pelo Banco Central. Deve constar 
de sua denominação social a expressão crédito imobiliário. 
Desde a década de 80, as SCIs não captam recursos do público e atuam somente na condição de 
repassadoras de recursos captados por instituições depositantes. 
QUADRO RESUMO 
Abaixo, segue quadro resumo retirado do sítio do Bacen na internet, destacando as diferenças entre elas: 
 
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9 - Instituições Auxiliares 
São auxiliares as instituições que NÃO captam depósitos do público e se prestam a auxiliar na 
intermediação financeira entre agentes deficitários e superavitários e a ofertas produtos e serviços 
financeiros. 
Vamos conhecer algumas delas, destacando que, informações adicionais, se necessárias, serão trabalhadas 
em aula específica. 
9.1 - Administradoras de Consórcios 
Consórcio é a reunião de pessoas naturais e jurídicas em grupo, com prazo de duração e número de cotas 
previamente determinados, promovida por administradora de consórcio, com a finalidade de propiciar a 
seus integrantes, de forma isonômica, a aquisição de bens ou serviços, por meio de autofinanciamento. 
A administradora de consórcios é a pessoa jurídica prestadora de serviços com objeto social principal 
voltado à administração de grupos de consórcio, constituída sob a forma de sociedade limitada ou 
sociedade anônima. 
 
A adesão de um consorciado a um grupo de consórcio se dá mediante assinatura de contrato de 
participação. Nesse contrato, devem estar previstos os direitos e os deveres das partes, tais como a 
descrição do bem a que o contrato está referenciado e seu respectivo preço (que será adotado como 
referência para o valor do crédito e para o cálculo das parcelas mensais do consorciado). No contrato deve 
haver, ainda, as condições para concorrer à contemplação por sorteio, bem como as regras da 
contemplação por lance. 
O interesse do grupo de consórcio prevalece sobre o interesse individual do consorciado. Os grupos de 
consórcio caracterizam-se como sociedade não personificada com patrimônio próprio, o qual não deve ser 
confundido com o patrimônio dos demais grupos nem com o da administradora. 
9.2 - Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (Financeiras) 
As sociedades de crédito, financiamento e investimento (SCFI), conhecidas como “financeiras”, são 
instituições privadas que fornecem empréstimo e financiamento para aquisição de bens, serviços e 
capital de giro. 
Muitas das financeiras não ligadas a bancos fazem parte de conglomerados econômicos e operam como 
braço financeiro de grupos comerciais ou industriais. É o caso, por exemplo, de algumas lojas de 
departamento e montadoras de veículos que possuem suas próprias financeiras, concentrando suas 
operações no financiamento de seus próprios produtos. 
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As SCFIs também podem operar em nichos que não são atendidos pelos conglomerados bancários, 
principalmente nos empréstimos e financiamentos com características específicas (risco mais elevado, 
financiamento de veículos usados, convênios com estabelecimentos comerciais). 
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, em cuja denominação social deve constar a 
expressão "Crédito, Financiamento e Investimento". São supervisionadas pelo Banco Central. 
Não é possível abrir uma conta corrente na SCFI. As Financeiras captam recursos por meio de aceite e 
colocação de Letras de Câmbio, Recibos de Depósitos Bancários - RDB, Certificados de Depósitos Bancários 
- CDB, Depósitos Interfinanceiros - DI, operações de cessão de créditos, e mais recentemente, Depósitos a 
Prazo com Garantia Especial do Fundo Garantidor de Créditos – DPGE. 
As letras de câmbio e Recibos de Depósitos Bancários – RDB são garantidos pelo Fundo Garantidor de 
Créditos - FGC, até o valor estabelecido na regulamentação vigente. 
9.3 - Sociedades de Crédito ao Microempreendedor 
A sociedade de crédito ao microempreendedor e à empresa de pequeno porte (SCMEPP) é a instituição 
criada para ampliar o acesso ao crédito por parte dos microempreendedores (pessoas naturais) e 
empresas de pequeno porte (pessoas jurídicas). 
Essas instituições são impedidas de captar, sob qualquer forma, recursos do público, bem como emitir 
títulos e valores mobiliários destinados à colocação e oferta públicas. Por outro lado, podem atuar como 
correspondentes no país. 
As SCMEPPs devem ser instituídas sob a forma de companhia fechada ou de sociedade limitada, devendo 
constar a expressão "Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte" na 
denominação social. São supervisionadas pelo Banco Central. 
As SCMEPPs recebem tratamento simplificado em termos de exigências regulatórias, coerente com a maior 
simplicidade de suas operações e com o objetivo de estimular o crédito para os segmentos em que atuam. 
As SCMEPP somente podem conceder financiamentos e prestação de garantias às microempresas ou 
empresas de pequeno porte, bem como a pessoas físicas no desempenho das atividades relativas ao seu 
objeto social, definido em lei. Além disso, podem ceder ou adquirir créditos em conformidade com seu 
objeto social e na forma da regulamentação em vigor. 
A fim de obter recursos para suas atividades (operações passivas), podem receber repasses e empréstimos 
originários de instituições financeiras, de entidades voltadas para ações de fomento e desenvolvimento, 
inclusive de Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público - OSCIP, e de fundos oficiais. Podem ainda 
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captar recursos junto aos bancos por meio de depósito interfinanceiro vinculado a operações de 
microfinanças - DIM. 
9.4 - Agências de Fomento 
Agência de fomento é a instituição com o objetivo principal de financiar capital fixo e de giro para 
empreendimentos previstos em programas de desenvolvimento, na unidade da Federação onde estiver 
sediada. 
Entre os potenciais beneficiários do financiamento (operações ativas) estão projetos de infraestrutura, 
profissionais liberais e micro e pequenas empresas. Indústria, comércio, agronegócio, turismo e 
informática são exemplos de áreas que podem ser fomentadas. 
A agência de fomento pode inclusive abrir linhas de crédito para municípios de seu estado, voltadas para 
projetos de interesse da população. Excepcionalmente, quando o empreendimento visar benefícios de 
interesse comum, as agências de fomento podem prestar assistência a programas e projetos desenvolvidos 
em estado limítrofe à sua área de atuação. 
A agência fomento deve ser constituída sob a forma de sociedade anônima de capital fechado. Cada 
estado e o Distrito Federal podem constituir uma única agência, que ficará sob o controle do ente 
federativo onde tenha sede. A expressão Agência de Fomento, acrescida da indicação da Unidade da 
Federação controladora, deve constar obrigatoriamente da denominação social da instituição. A supervisão 
de suas atividades é feita pelo Banco Central. 
As operações realizadas pela agência de fomento são: 
 
o financiamento para o desenvolvimento de empreendimentos de natureza 
profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, inclusive a pessoas físicas; 
o financiamento de capitais fixo e de giro associados a projetos; 
o operações de crédito rural; 
o cessão de créditos; 
o prestação de garantias em operações compatíveis com o objeto social; 
o prestação de serviços de consultoria e de agentefinanceiro; 
o prestação de serviços de administrador de fundos de desenvolvimento; 
o operações específicas de câmbio; 
o aplicação de disponibilidades de caixa em títulos públicos federais, ou em cotas de 
fundos de investimento cujas carteiras estejam representadas exclusivamente por 
títulos públicos federais, desde que assim conste nos regulamentos dos fundos; 
o aquisição de créditos oriundos de operações compatíveis com o objeto social; 
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o participação societária em sociedades empresárias não integrantes do sistema 
financeiro; 
o swap para proteção de posições próprias; 
o operações de arrendamento mercantil; 
o integralização de cotas de fundos que tenham participação da União: 
o aplicação em operações de microfinanças (DIM). 
Além de recursos próprios, essas instituições só podem, em operações passivas, empregar recursos 
provenientes de fundos e programas oficiais; orçamentos federal, estaduais e municipais; organismos e 
instituições financeiras nacionais e internacionais de desenvolvimento; e captação de depósitos 
interfinanceiros vinculados a operações de microfinanças (DIM). É vedada a captação de recursos junto 
do público. 
Ademais, essas instituições devem constituir e manter, permanentemente, fundo de liquidez equivalente, 
no mínimo, a 10% do valor de suas obrigações, a ser integralmente aplicado em títulos públicos federais. 
9.5 - Sociedade de Arrendamento Mercantil 
Sociedade de arrendamento mercantil (SAM) realiza arrendamento de bens móveis e imóveis adquiridos 
por ela, segundo as especificações da arrendatária (cliente), para fins de uso próprio desta. Assim, os 
contratantes deste serviço podem usufruir de determinado bem sem serem proprietários dele. 
Embora sejam fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil e realizem operações com características de um 
financiamento, as sociedades de arrecadamento mercantil não são consideradas instituições financeiras, 
mas sim entidades equiparadas a instituições financeiras. 
As operações de arrendamento mercantil podem ser divididas em duas modalidades: leasing financeiro e 
leasing operacional. A diferença básica é que no leasing financeiro o prazo é usualmente maior e o 
arrendatário tem a possibilidade de adquirir o bem por um valor pré-estabelecido. 
Ao final do contrato, o arrendatário tem as opções de efetivar a aquisição do bem arrendado ou devolvê-lo. 
Ao final do leasing financeiro, em geral o cliente já terá pago a maior parte do valor do bem, não sendo a 
devolução, embora possível, financeiramente vantajosa. 
9.6 - Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVMs) 
As SCTVMs, normatizadas pela Resolução CMN 1.655/1989, possuem como finalidade as seguintes 
operações: 
o operar em recinto ou em sistema mantido por bolsa de valores; 
o subscrever, isoladamente ou em consórcio com outras sociedades autorizadas, 
emissões de títulos e valores mobiliários para revenda; 
o intermediar oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no 
mercado; 
o comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros, 
observada regulamentação baixada pela Comissão de Valores Mobiliários e Banco 
Central do Brasil nas suas respectivas áreas de competência; 
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o encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores 
mobiliários 
o instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; 
o incumbir-se da subscrição, da transferência e da autenticação de endossos, de 
desdobramento de cautelas, de recebimento e pagamento de resgates, juros e 
outros proventos de títulos e valores mobiliários; 
o exercer funções de agente fiduciário; 
o instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; 
o constituir sociedade de investimento - capital estrangeiro e administrar a 
respectiva carteira de títulos e valores mobiliários; 
o exercer as funções de agente emissor de certificados e manter serviços de ações 
escriturais; 
o intermediar operações de câmbio; 
o emitir certificados de depósito de ações; 
o realizar operações compromissadas; 
o praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por 
conta própria e de terceiros; 
o praticar operações de conta margem, conforme regulamentação da Comissão de 
Valores Mobiliários; 
o operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros; 
o prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em 
operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais; e 
o exercer outras atividades expressamente autorizadas, em conjunto, pelo Banco 
Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Como é possível notar, são muitas as funções. Grande parte delas é realizada no mercado de capitais, mas 
há também funções no mercado de câmbio (intermediar operações de câmbio) e no mercado monetário 
(realizar operações compromissadas). 
 
As funções de mercado de capitais são diversas e muitas são vistas no decorrer do nosso curso. Por ora, é 
interessante notar que as operações são concentradas nos mercados primário (intermediar oferta pública 
e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado) e secundário, sendo que neste se destacam as 
operações em mercados bolsa de valores (mercado à vista) e nos mercados de mercadorias e futuros 
(commodities e derivativos). 
Ademais, cabe às SCTVMs prestar outros tipos de serviços, como a instituição de fundos de investimento e 
a administração de carteiras e da custódia de títulos e valores mobiliários. 
A constituição e o funcionamento de sociedade corretora depende de autorização do Banco Central do 
Brasil. A sociedade corretora deverá ser constituída sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de 
responsabilidade limitada. 
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Adicionalmente, segundo a Lei 6.385/76, as atividades de (i) distribuição de emissão no mercado; (ii) 
compra de valores mobiliários para revendê-los por conta própria; mediação ou corretagem de operações 
com valores mobiliários; e compensação e liquidação de operações com valores mobiliários DEPENDEM de 
prévia autorização da CVM. 
Nesse sentido, considerando que as SCTVMs realizam parte destas funções, é necessária a autorização da 
CVM para que elas realizem suas atividades no mercado de valores mobiliários. Muita atenção a este 
conceito, pois, em geral, as bancas desconhecem esta disposição e acabam a desconsiderando. 
Por fim, vejamos mais alguma características e vedações aplicáveis às SCTVMs: 
 
 nas operações, em bolsas de valores, as SCTVMs são responsáveis pela liquidação das operações 
(pagamento), pela legitimidade dos títulos ou valores mobiliários entregues e pela autenticidade 
dos endossos em valores mobiliários e legitimidade de procuração ou documentos necessários para 
a transferência de valores mobiliários; 
 a sociedade corretora está obrigada a manter sigilo em suas operações e serviços prestados, 
devendo guardar segredo sobre os nomes e operações de seus comitentes, só os revelando 
mediante autorização desses, dada por escrito; 
 a sociedade corretora deverá manter sistema de conta corrente, não movimentável por cheque, 
para efeito de registro das operações por conta de seus clientes; e 
 às SCTVMs é vedado: 
o realizar operações que caracterizem, sob qualquer forma, a concessão de financiamentos, 
empréstimos ou adiantamentos a seus clientes, inclusive através da cessão de direitos, 
ressalvadas as hipóteses de operação de conta margeme as demais previstas na 
regulamentação em vigor; 
o II - cobrar de seus comitentes corretagem ou qualquer outra comissão referente a 
negociações com determinado valor mobiliário durante seu período de distribuição 
primária; 
o - adquirir bens não destinados ao uso próprio, salvo os recebidos em liquidação de d vidas 
de dif cil ou duvidosa solução, caso em que deverá vende-los dentro do pra o de um ano, 
a contar do recebimento, prorrogável até duas ve es, a critério do Banco Central; e 
o realizar operações envolvendo comitente final que não tenha identificação cadastral na 
Bolsa de Valores. 
9.7 - Sociedades e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (SDTVMs) 
As SDTVMs exercem as mesmíssimas funções das SCTVMs. Não é preciso citá-las novamente, basta você 
verificar acima quais são. 
Mas, você deve estar se perguntando qual a utilidade de se ter duas instituições distintas com as mesmas 
funções? Bom, é que até 2008 elas detinham funções diferentes. 
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As SDTVMs tinham como foco as operações no mercado primário, como as emissões primárias de ações 
das companhias (underwriting), a fim de encontrar interessados em subscrever estas ações antes que elas 
estejam listadas em Bolsa. As SCTVMs, por sua vez, atuavam principalmente no mercado secundário. 
Ocorre que, através da Decisão Conjunta 17/2009 entre Bacen e CVM, foi autorizado às distribuidoras a 
operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos mercados organizados de bolsa de 
valores (mercado secundário) e eliminou-se a principal diferença entre as corretoras e as distribuidoras de 
títulos e valores mobiliários, que hoje podem realizar praticamente as mesmas operações. 
 A diferença entre elas se dá através dos tópicos adiantes citados. 
 
A constituição e o funcionamento de sociedade distribuidora dependem de autorização do Banco Central 
do Brasil. O exercício de atividades de sociedade distribuidora no mercado de valores mobiliários depende 
de prévia e expressa autorização da Comissão de Valores Mobiliários. 
A sociedade distribuidora deve constituir-se sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de 
responsabilidade limitada, devendo constar obrigatoriamente de sua denominação social a expressão 
"DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS". 
9.8 - Bolsas de Valores e de Mercadorias e Futuros 
As bolsas de valores são entidades que pretendem fornecer um local adequado para a realização de 
negócios com títulos e valores mobiliários. 
No momento apropriado trataremos da definição de valores mobiliários. Em suma, são títulos financeiros 
que conferem direitos de propriedade e/ou de crédito a seus investidores. Assim, o adquirente de um valor 
mobiliário tem o direito de receber determinado valor em certa data (direito de crédito) e/ou o direito de 
ganhar a posse de determinado ativo, como a participação acionário em empresas (direito de 
propriedade). 
 
Mas, imagine o quanto difícil e custoso seria encontrar os interessados em adquirir estes títulos e valores 
mobiliários? 
É para isto que servem as bolsas de valores. Elas conferem organização, controle e sistemas propícios para 
o encontro entre compradores e vendedores. Ademais, propiciam formação eficiente de preços, 
Bolsas de valores 
Entidades que pretendem fornecer um local 
adequado para a realização de negócios com títulos 
e valores mobiliários 
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transparência e divulgação das informações pertinentes aos negócios, além de segurança na liquidez e 
compensação das operações. 
Ufa! Quanta coisa! 
É isto mesmo. As bolsas de valores possuem muitas funções, quase todas pertinentes à realização mais 
ordeira de negócios com títulos e valores mobiliários e, por isto, é muito importante para o mercado de 
capitais e para a economia do País. 
Para ser considerada bolsa de valores, a instituição deve: 
 
o funcionar regularmente como sistema centralizado e multilateral de negociação 
que possibilite o encontro e a interação de ofertas de compra e de venda de 
valores mobiliários; 
o ou permitir a execução de negócios tendo como contraparte formador de 
mercado que assuma a obrigação de colocar ofertas firmes de compra e de venda, 
respeitadas as condições estabelecidas na norma. 
Entende-se como sistemas centralizados e multilaterais de negociação aqueles em que todas as ofertas 
relativas a um mesmo valor mobiliário são direcionadas a um mesmo canal de negociação, ficando 
expostas a aceitação e concorrência por todas as partes autorizadas a negociar no sistema. 
Nos ambientes de bolsa, todas as informações sobre os negócios, como os preços, as quantidades e 
horários, entre outras, devem ser publicadas continuamente, com no máximo 15 minutos de atraso. As 
entidades administradoras de mercados de bolsa devem manter sistemas de controle de riscos e, 
especialmente, manter mecanismo de ressarcimento de prejuízos, para assegurar aos investidores o 
ressarcimento de prejuízos decorrentes de erros ou omiss.es das instituições intermediadoras ou seus 
administradores e empregados. 
E as bolsas de valores devem ser administradas por entidade específica para isto, autorizada pela CVM. 
Atualmente no Brasil existe apenas a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). Cumpre citar que a 
legislação nacional permite a existência demais bolsas de valores, mesmo que, no momento, exista tão 
somente uma em funcionamento. 
A BM&FBOVESPA foi originada da união entre Bovespa e BM&F. Esta se destinava às transações com 
mercadoria e futuros. Ou seja, eram negociados contratos de mercadorias (principalmente commodities) e 
derivativos, com vencimento futuro. 
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Localizava-se na cidade de São Paulo, e operava principalmente com taxa de câmbio, taxa de juros, café, 
açúcar, soja, gado bovino, milho e ouro. 
Diferentemente da antiga Bovespa, não se transacionavam ações e títulos emitidos por companhias 
abertas. 
9.9 - Sociedade de Fomento Mercantil (Factoring) 
O fomento mercantil, chamado de factoring, é uma operação financeira pela qual uma empresa vende 
seus direitos creditórios – oriundos de suas operações comerciais que seriam pagos a prazo - a um terceiro. 
Este terceiro, a própria sociedade mercantil, adquire estes direitos pagando-os à vista à empresa, mas com 
um desconto – que é a remuneração da factoring. 
Esta operação, apesar de ser similar a uma operação financeira comum – pois há adiantamento de valores 
e cobrança de taxa de juros – é na verdade um serviço de transferência de créditos da empresa 
fornecedora de bens à factor (a sociedade mercantil) que corresponde à aquisição definitiva destes 
direitos creditórios, inclusive do risco de inadimplência inerente. 
O fomento mercantil tem por objetivo a prestação de serviços e o fornecimento de recursos para 
viabilizar a cadeia produtiva, de empresas mercantis ou prestadoras de serviços, notadamente pequenas e 
médias empresas. A operação é pactuada em contrato onde são partes a sociedade de fomento mercantil e 
a empresa-cliente 
É importante citar a definição da operação de fomento mercantil de maneira mais completa, conforme 
consta nos materiais de estudo mais importantes sobre o assunto. Segue em negrito: 
O fomento mercantil consiste na prestação contínua, por sociedade de fomento mercantil, de um ou 
mais dos seguintes serviços a sociedades ou firmas que tenham por objetivo o exercício das atividades 
mercantis ou de prestação de serviços, bem como a pessoas que exerçam atividade econômica em nome 
próprio

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