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ECONOMIA AP3 - TEORIA MACROECONOMICA

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UNIVERSIDADE UNIGRANRIO
NOME DO ALUNO: NATASHA FERREIRA SOUZA
MATRÍCULA: 0903434
TÍTULO: 
TEORIA MACROECONÔMICA: OBJETIVOS E INSTRUMENTOS
RIO DE JANEIRO, 2021
5
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO: POLÍTICA MACROECONÔMICA	2
2 MACROECONOMIA: OBJETIVOS	2
2.1 MACROECONOMIA: INSTRUMENTOS	4
2.2 TEORIA NA PRÁTICA	6
3 CONCLUSÃO	6
REFERÊNCIAS	7
1 INTRODUÇÃO: POLÍTICA MACROECONÔMICA
	O presente trabalho tem como tema, a Política Macroeconômica seus objetivos e instrumentos para atuação. A macroeconomia estuda a economia como um todo, nela preocupam-se a análise dos grandes agregados como a renda e o produto nacional (PIB), o nível de investimento na economia, a poupança e o consumo agregado, o nível geral de preços (inflação), nível de emprego e taxa de desemprego, estoque de moeda e taxa de juros, balanço de pagamentos e a taxa de câmbio. Na macroeconomia existem dois tipos de análises importantes, a primeira delas é a análise de curto prazo, essas são questões conjurais da economia como a inflação, o desemprego ou a taxa de juros, estas são mais sensíveis aos instrumentos de política econômica, ou seja, existem instrumentos que podem ser aplicados e que entregam resultados a curto prazo. A segunda é a análise de longo prazo que estuda a teoria de desenvolvimento e crescimento econômico, tratam-se de questões estruturais que envolvem outros fatores da política econômica e exigem um tempo maior de maturação.
2 MACROECONOMIA: OBJETIVOS
	 De acordo com Herdy (2018, p. 6) “Os objetivos ou metas de política econômica referem-se às preocupações com o comportamento da economia e a geração do produto por meio de suas variáveis.” Adiante citarei as quatro principais. 
	Temos como uma das principais preocupações o alto nível de empregos, até os anos de 1930 o desemprego não preocupava os economistas pois estes acreditavam que o mercado se auto regulava, portanto, a ausência de políticas econômicas levou à quebra da bolsa de valores em 1929 gerando a crise de desemprego, somente após este acontecimento John Maynard Keynes fincou as bases da moderna teoria macroeconômica e da intervenção do estado na economia através da publicação de seu livro A teoria geral do emprego, dos juros e da moeda, este feito auxiliou a recuperar o nível de emprego gerado pela crise. Desde então o nível de emprego tornou-se um fator fundamental para a agenda dos governantes.
	A estabilidade de preços visa o combate aos processos inflacionários e às distorções sobre a renda, a inflação é o aumento continuo e generalizado de preços, esta acarreta distorções na distribuição de renda e quanto maior o nível de atividade econômica do país maior são as tensões inflacionárias, a população de baixa renda costuma ser a mais afetada pela alta dos preços, isso devido ao fato de que essas pessoas gastam a maior parte de sua renda com produtos de supermercado e cesta básica, contrário à população que possui maiores condições, estas conseguem se proteger por outros meios ainda que exista inflação. Por isto, a estabilidade de preços e o controle da inflação deve ser uma busca contínua por parte da política macroeconômica, é preciso que haja equilíbrio para que o país possa crescer de forma estável. 
	Com o passar dos anos, a população do país cresce cada vez mais e por isto, o crescimento da economia precisa estar em sincronia com o mesmo, caso contrário, em determinado momento o país não será capaz de atender a grande demanda de consumidores. Se há capacidade ociosa e desemprego existe a possibilidade de crescimento através do estimulo da atividade produtiva, caso a economia se encontre em seu pleno emprego, é necessário que sejam adotadas políticas que promovam a expansão da capacidade produtiva, tais ações ocorrem por meio do aumento de recursos disponíveis, avanço tecnológico, otimização dos processos produtivos e principalmente pela qualificação da mão de obra.
	O Brasil ocupava a oitava posição no ranking do PIB nominal nas estimativas de 2018, ou seja, este se encontrava sendo oitavo país mais rico do mundo, todavia, quando divido o PIB pela população do país para que se obtenha o PIB per capita, o Brasil encontrava-se na quinquagésima posição do ranking, isto revela o elevado nível de desigualdade e a enorme concentração de renda existente em nosso país. A redução dessa desigualdade é fundamental pois só assim o país será capaz de crescer e se sustentar a longo prazo, de nada adianta a inflação estar controlada, que haja empregos para todos se a renda não estiver sendo distribuída de maneira justa. Atualmente a crise gerada pela pandemia da COVID-19 teve muita influência na queda do PIB do país no ano de 2020, este fator foi considerado uma das principais razões para a queda da economia.
	Uma das diversas maneiras de verificar a distribuição da renda é através do Coeficiente de Gini que possui variação de 0 a 1 em que o número zero representa um país igualitário e o número 1 representa um país desigual, ou seja, quanto mais próximo de zero, mais igualitário será o país e quanto mais próximo de um, mais desigual este mesmo será.
2.1 MACROECONOMIA: INSTRUMENTOS 
	
	Dados os objetivos da Política Macroeconômica adiante detalharei os meios para o atingimento dos mesmos. Para alcançar tais metas, o governo possui determinadas ferramentas conhecidas como Instrumentos de Política Macroeconômica que lhe permitem intervir e atuar na economia.
	Das metas anteriormente listadas, a Política Fiscal, através da política tributária o governo é capaz de controlar e administrar as contas públicas e os gastos públicos, a principal fonte de arrecadação tributária advém da receita pública, esta refere-se ao total de dinheiro recolhido pelo Tesouro Nacional, a receita pública é composta de taxas, impostos, contribuições de melhoria entre outros, assim o governo faz uso deste meio para receber o valor dos tributos, por meio da política fiscal, o governo também é capaz de controlar suas próprias despesas.
	A Política Fiscal pode ser aplicada de duas formas, primeiramente a expansionista, esse método visa incentivar a atividade econômica do país através da redução dos impostos e a ampliação dos gastos públicos. A restritiva ou contracionista tem como objetivo, frear o crescimento da economia, este método desestimula a demanda agregada e tenta controlar a inflação, todavia pode acarretar o desemprego, os instrumentos utilizados para tal são a redução dos gastos do governo e o aumento dos impostos.
	A Política Monetária consiste na quantidade de moeda que gira na economia, tais ações afetam diretamente a inflação e a taxa básica de juros do país. No Brasil, o principal agente é o Banco Central que dispõe de algumas ferramentas para atuação, uma das três principais é a Reserva Compulsória que diz respeito aos depósitos que os bancos comerciais são obrigados a deixar junto ao Banco Central sendo um meio de segurança do sistema bancário. Suponhamos que um cliente faça um deposito em conta corrente no valor de R$1.000 em algum banco, dependendo da taxa do compulsório, o banco é obrigado a deixar um percentual desse valor no Banco Central, isto pode ser definido como uma taxa que os bancos comerciais pagam ao Bacen e o recolhimento desta taxa pode ser feito por moedas ou títulos públicos federais. Por fim, quanto maior for a taxa do compulsório menores serão os recursos que os bancos poderão oferecer e como consequência disto, menor será a quantidade de moeda circulando na economia sendo caracterizada uma política monetária contracionista, quando reduzido o percentual da taxa, é imposta uma política monetária expansionista pois bancos comerciais poderão oferecer maior quantidade de moeda.
	A segunda ferramenta é o que chamamos de Redesconto, refere-se ao empréstimo que o Bacen permite aos bancos comerciais e instituições financeiras. Em caso de aumento na taxa do redesconto, os bancos terão menos acesso ao crédito e consequentemente oferecerão menos e assim limitando a circulação da moeda impondo uma política monetária contracionista, entretanto,caso o Bacen reduza o valor da taxa, os bancos comerciais terão mais acesso ao crédito e emprestarão mais expandindo a quantidade de moeda em circulação e, assim impondo uma política monetária expansionista.
	As Operações de Mercado Aberto ou Open Market diz respeito ao ambiente onde o Bacen faz negócios de títulos públicos com os bancos comerciais, e segundo Silva (2012) “é o mais importante instrumento de política monetária, e o fator que determina os movimentos da base monetária e a oferta da moeda”. Quando os títulos são vendidos pelo Bacen aos bancos comerciais, este banco fica em posse deste título, porém o mesmo tem menores condições de oferecer dinheiro aos clientes, portanto a quantidade de moeda em circulação é contraída caracterizando uma política monetária contracionista. Por outro lado, quando o Bacen compra novamente estes títulos, os bancos comerciais recebem por eles e com isso, é possível oferecer maior quantidade de moeda e aumentar a sua circulação, esta caracteriza uma política monetária expansionista.
	 Política Cambial e Comercial ambas tratam do setor externo econômico, consiste nas relações comerciais e financeiras entre os países. Através da política cambial o governo atua sobre as taxas de câmbio e permite ou não sua flexibilidade. A política comercial refere-se as decisões adotadas em relação às importações e exportações e funciona como um estimulador ou inibidor do comércio exterior, dentre os diversos instrumentos podemos destacar as barreiras tarifárias e a taxa de juros subsidiadas.
	E por fim, a Política de Rendas, o uso deste instrumento consiste na intervenção direta na da renda do país, esta ferramenta normalmente é utilizada para a formação de renda e o governo pode interferir diretamente nos preços e salários praticados pelo mercado, entretanto, pode também, ser utilizada como método de combate à inflação através da fixação dos salários e o tabelamento dos preços.
	
2.2 TEORIA NA PRÁTICA 
Após o estudo das metas e instrumentos de Política Macroeconômica, exemplificarei uma ação em que o governo fez uso de um destes instrumentos para atingir uma meta.
	De acordo com a notícia em destaque, o Banco Central em 28/03/2018 reduziu de 40% para 25% o valor da reserva compulsória dos depósitos à vista que as instituições financeiras são obrigadas a deixar junto ao Bacen, tal modificação liberou 25,7 bilhões no sistema financeiro. 
	A partir disto, é possível perceber que o governo, através do Bacen utilizou-se do instrumento de Reserva Compulsória para estimular o movimento da atividade econômica. Impondo uma política monetária expansiva, o Bacen reduziu o valor do compulsório, o que gerou maiores condições de empréstimos aos bancos comerciais e como visto nos capítulos anteriores, quando aplicada a política monetária expansiva, maior será a quantidade de moeda circulando na economia. Com isso, a maior atividade econômica vai gerar um considerável crescimento na economia.
3 CONCLUSÃO
	Por fim, se faz clara a importância do estudo e conhecimento das metas e instrumentos de Política Macroeconômica, estes quando utilizados de maneira adequada, contribuem para a possível solução de problemas como a inflação, desemprego e a distribuição equitativa da renda bem como o próprio desenvolvimento econômico do país.
REFERÊNCIAS 
HERDY, Arody et al. Teoria Macroeconômica - Unidade 5. [S. l.], 2018. Disponível em: Conteúdo da Disciplina. Acesso em: 20 out. 2021.
OLIVEIRA, Silvio. Introdução à macroeconomia: O tema diz respeito ao estudo dos principais fundamentos da política macroeconômica, bem como seus objetivos e os recursos utilizados para alcançá-los.. [S. l.], 21 set. 2010. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/introducao-a-macroeconomia. Acesso em: 20 out. 2021.
SILVA, Fabio. Instrumentos da Política Monetária: Resumo sobre os instrumentos da Política Monetária no Brasil. [S. l.], 19 dez. 2012. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/instrumentos-da-politica-monetaria. Acesso em: 21 out. 2021.
G1, Globo. Brasil deve cair à 8ª maior economia do mundo em 2018, mostra FMI: País deve perder posição para a Índia. Fundo reduziu estimativa de crescimento do PIB brasileiro em 2014 e 2015.. [S. l.], 10 abr. 2014. Disponível em: http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/04/brasil-deve-cair-8-maior-economia-do-mundo-em-2018-mostra-fmi.html. Acesso em: 21 out. 2021.
MIOZZO, Julia. PIB caiu 4,1% em 2020. O que está por trás disso?: Resultado foi puxado pelo baixo desempenho do setor de serviços em meio à pandemia do Covid-19. Entenda o que está por trás desse resultado.. [S. l.], 3 mar. 2021. Disponível em: https://blog.nubank.com.br/pib-caiu-41-em-2020-o-que-esta-por-tras-disso/. Acesso em: 21 out. 2021.
ALVES, Alexandre. Como funciona a arrecadação Tributária?: Como se forma o processo tributário administrativo ?. [S. l.], 2017. Disponível em: https://xanderzonexx.jusbrasil.com.br/artigos/545800800/como-funciona-a-arrecadacao-tributaria. Acesso em: 22 out. 2021.
REIS, Tiago. Política Monetária: o que é e como ela impacta a economia?. [S. l.], 21 out. 2021. Disponível em: https://www.suno.com.br/artigos/politica-monetaria/. Acesso em: 23 out. 2021.
ISTO É, Revista. BC reduz depósito compulsório e injeta R$ 25,7 bilhões na economia. [S. l.], 28 mar. 2018. Disponível em: https://istoe.com.br/bc-reduz-deposito-compulsorio-e-injeta-r-257-bilhoes-na-economia/. Acesso em: 23 out. 2021.

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