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Revisão pra prova O que é a Lei da Oferta e Demanda? A Lei da Oferta e Demanda – também chamada de Lei da Oferta e Procura – é uma lei da economia clássica, criada por Adam Smith. Essa lei busca explicar como funciona um mercado: o que determina o preço e a quantidade de um produto no mercado. Como coloca Adam Smith, O preço de mercado de uma mercadoria específica é regulado pela proporção entre a quantidade que é efetivamente colocada no mercado [oferta] e a demanda daqueles que estão dispostos a pagar o preço natural da mercadoria, ou seja, o valor total da renda fundiária, do trabalho e do lucro que devem ser pagos para levá-la ao mercado. Bom, o que é oferta e o que é demanda? Antes de tudo, precisamos entender o que significa falar em mercado. Basicamente, mercado é como se denomina um grupo de compradores e vendedores de determinado bem ou serviço. Assim, a oferta se refere à quantidade que os vendedores querem e estão dispostos a vender um produto, portanto, a oferta é determinado pelos vendedores. Ela é influenciada pelos insumos, tecnologias, custos de produção, etc. Já a demanda se refere à quantidade que os consumidores querem e estão dispostos a comprar determinado bem, ou seja, a demanda é determinado pelos consumidores. Ela é influenciada pela renda dos cidadãos, preços, produtos similares, substitutos, entre diversos outros exemplos. Então, como funciona a Lei da Oferta e Demanda? Para começarmos, é necessário salientar que iremos utilizar o método Ceteris Paribus para explicar o funcionamento da Lei da Oferta e Demanda. E o que é Ceteris Paribus? No estudo da economia, os economistas utilizam o Ceteris Paribus, da tradução “todo o resto é constante”, que é um método que considera inalterados outros fatores que possam influenciar nos modelos e teorias no resultado de alguma coisa. No caso da Lei da Oferta e Demanda, são múltiplos os fatores que podem influenciar na demanda e na oferta do mercado, como o poder aquisitivo da população, implementação de um imposto, o fator clima, custos de produção, tecnologias, insumos, entre outros. Utilizando o Ceteris Paribus, assim, conseguimos explicar como é o funcionamento do mercado usando somente o ponto de vista da oferta e da demanda. Lei da Demanda A Lei da Demanda diz que quanto menor for o preço, maior a quantidade de consumidores procurando no mercado os produtos que desejam comprar; da mesma forma, quanto maior for o preço, menor a quantidade de consumidores procurando no mercado os produtos que desejam comprar. Portanto, a curva da procura/demanda representada graficamente é uma curva negativa, ou seja, decrescente. Ela relaciona a quantidade de consumidores à procura de determinado bem ou produto no mercado com o preço desse bem ou produto. Se ocorre o aumento da demanda, consequentemente, ocorre o deslocamento da curva de demanda para a direita. E se ocorre a diminuição da demanda, consequentemente, ocorre o deslocamento da curva para a esquerda. Vejamos um exemplo! Três compradores estão diferentemente dispostos à comprar um fone de ouvido, dependendo do preço do produto. Vamos supor que em um mercado, se o preço for 20, os três compradores não estarão dispostos a comprar. Agora, se o preço for 15, um deles irá comprar; se o preço for 10, dois deles irão comprar; e se o preço for 5, os três irão comprar. Simplificando, se o preço for 20, a quantidade demandada é 0 – ou seja, nenhuma pessoa está disposta a comprar o fone de ouvido por aquele preço. Se o preço for 15, a quantidade demandada é 1 – ou seja, uma pessoa está disposta a comprar por esse preço. E assim por diante, como pode ser visto no gráfico abaixo. Agora, imagine se o preço do fone de ouvido custasse R$3,00? O número de consumidores iria aumentar ou a quantidade comprada de fone de ouvido seria mais do que um por pessoa. Isso significa que dentro desse mercado, com a redução do preço, os consumidores estariam mais dispostos a comprar ele, aumentando assim a quantidade comprada desse produto ou o número de consumidores. Significa que com o fone de ouvido à esse preço, isso ocasionaria um “excesso de demanda“. Lei da Oferta A Lei da Oferta explica que quanto maior for o preço de determinado produto, mais os vendedores estarão dispostos a vender seu produto, pois assim irão obter mais lucros. Por outro lado, quanto menor for o preço de determinado produto em um mercado, menos os vendedores estarão dispostos a ofertar esse produto.Portanto, a curva da oferta representada graficamente é uma curva positiva, ou seja, crescente. Ela relaciona a quantidade do produto colocado no mercado e o quanto os produtores recebem por ele. Se ocorre um aumento da oferta, ocorre deslocamento da curva para a direita e se ocorre diminuição da oferta, ocorre deslocamento para a esquerda. Vejamos um exemplo! Um vendedor oferta coxinhas pelo preço de R$3,00 a unidade; se ele vender 5 quantidades, ele receberá R$15; se ele vender 10 unidades, ele receberá R$30; se ele vender 15 unidades, ele receberá R$45. Agora, imagine se o preço da coxinha custasse R$5,00? O vendedor estaria mais disposto a ofertar mais quantidades do bem para aumentar seus lucros, portanto, iria produzir mais coxinhas para vender. Essa situação provocaria, provavelmente, um “excesso de oferta”. Vale lembrar que se ocorresse o contrário – se o preço fosse muito baixo -, o vendedor não estaria disposto a produzir mais, pois iria lucrar pouco ou nada vendendo o produto. Equilíbrio de mercado Agora, vamos pôr em prática os dois conceitos juntos. Vamos ver dois exemplos! Imagine que o preço unitário da coxinha em determinado mercado custasse 0,50 (exemplo 1). E em outro custasse R$10,00 (exemplo 2). O que aconteceria em cada um desses casos? Como explicado anteriormente: quanto menor o preço de um produto, maior é a quantidade da demanda. Quanto maior o preço de um produto, maior é a quantidade da oferta. Portanto, com essas afirmações, poderíamos prever o que provavelmente aconteceria. No exemplo 1, é bem provável que não existisse mais coxinha para ser vendida no mercado, pois a demanda seria muito grande, enquanto que a oferta seria praticamente inexistente. Lembre-se: com um preço baixo, os consumidores procuram mais o produto; mas por o preço de venda do produto ser baixo, os vendedores não ficam tão dispostos a produzi-lo. Aqui temos um exemplo do chamado “excesso de demanda”. Quando isso acontece, o mercado precisa encontrar um ponto de equilíbrio para que tanto a demanda quanto a oferta se estabilizem, de forma que não falte esse produto no mercado. O movimento natural do mercado é de aumento dos preços. Isso porque com a demanda muito grande e a oferta muito baixa, os vendedores aumentarão os preços para conseguirem lucrar, estabilizando, assim, a a demanda e a oferta. No exemplo 2, é bem provável que não existisse consumidores dispostos a pagar o preço de R$10 por uma coxinha. Nesse caso, a demanda seria praticamente inexistente, enquanto a oferta seria alta. Afinal, aqui os vendedores teriam estímulo para produção, pensando no lucro, mas os consumidores provavelmente não estariam dispostos a pagar o produto por esse preço. Aqui temos um exemplo do chamado “excesso de oferta”. Do mesmo modo como o exemplo anterior, é também necessário que o mercado encontre o ponto de equilíbrio para que tanto a oferta quanto a demanda se estabilizem, de forma que haja consumidores dispostos à pagar pela coxinha. O movimento natural do mercado seria de reduzir os preços, aumentando a demanda pelo produto e reduzindo o interesse dos vendedores em produzir a coxinha – ou seja, diminuindo a oferta. Portanto, equilíbrio é uma situação na qual o preço atingiu o nível em que a quantidade ofertada é igual a quantidade demandada. Assim, em teoria, o próprio mercado, naturalmente, tende a estabilizar os preços dos produtos por causa da lei da oferta e da demanda. O pontodo gráfico onde a curva da oferta e a curva da procura se cruzam é chamado de ponto de equilíbrio. Ele indica o preço que o produto precisa ter para que sua oferta no mercado seja igual à sua procura. Vamos considerar um exemplo em que a demanda e a oferta da coxinha seja: (Na demanda) Se o preço for 0,00, a quantidade demandada é 20 Se o preço for 0,50, a quantidade demandada é 18 Se o preço for 1,00, a quantidade demandada é 16 Se o preço for 1,50, a quantidade demandada é 14 Se o preço for 2,00, a quantidade demandada é 12 Se o preço for 2,50, a quantidade demandada é 10 […] Se o preço for 5,00, a quantidade demandada é 0,00 = inexistente (Na oferta) Se o preço for 4,50 a quantidade ofertada é 18 Se o preço for 4,00, a quantidade ofertada é 16 Se o preço for 3,50 a quantidade ofertada é 14 Se o preço for 3,00, a quantidade ofertada é 12 Se o preço for 2,50, a quantidade ofertada é 10 […] Se o preço for 0,00, a quantidade ofertada é 0 = inexistente. Sabendo disso, qual é o ponto de equilíbrio, nesse caso? A resposta é o preço de R$2,50, pois tanto a quantidade ofertada e demandada é a mesma pros dois nesse preço. Isso significa que se o preço da coxinha for R$2,50, o mercado de coxinhas seria, teoricamente, perfeita, ou seja, a coxinha, no preço de R$2,50, iria suprir perfeitamente a necessidade do mercado. Bem inferior: O bem inferior é um tipo de bem que tem a sua demanda reduzida conforme a renda do consumidor aumenta. Intuitivamente, quanto maior a renda de um indivíduo mais ele irá consumir de todos os bens, certo? Na realidade, nem sempre isto é verdade. Existem certos tipos de bens que, por possuírem características de produtos ou serviços de menor qualidade, tem a sua demanda reduzida conforme a renda aumenta. Qual seria, então, um exemplo de bem inferior? Um exemplo muito prático para obter a compreensão de o que é um bem inferior são as passagens de ônibus. Suponha que um indivíduo receba um salário mínimo, e se desloque para o seu trabalho diariamente através do uso do transporte público. Caso este indivíduo receba um grande aumento e passe a ganhar, suponha R$ 10 mil por mês, ele iria consumir mais passagens de ônibus? O cenário mais provável é que não. Outro exemplo é a insulina. Se um indivíduo consome insulina todos os dias e essa insulina sobre d epreço, ele não vai consumir mais ou menos insulina por isso. Bem normal: Um bem normal é aquele cuja demanda aumenta conforme a renda das pessoas aumenta. Ou seja, há uma relação diretamente proporcional entre a renda e o consumo deste bem. Como o próprio nome indica, estes bens são a maioria na economia, e seguem a lógica básica de que, quanto maior a renda, maior será o consumo. Um exemplo de bem normal são os veículos automotores. Ou também os pacotes de turismo. Conforme a renda das pessoas aumenta, estes dois bens passam a ser mais demandados, logo, são bens normais. Mercado Monopolista x Concorrência Perfeita Em um mercado monopolista , as empresas são fabricantes de preços porque controlam os preços de bens e serviços. Nesse tipo de mercado, os preços geralmente são altos porque as empresas têm controle total do mercado. Como as barreiras à entrada em um mercado monopolista são altas, as empresas capazes de entrar no mercado ainda são frequentemente dominadas por uma empresa maior. Um mercado monopolista geralmente envolve um único vendedor, e os compradores não têm a opção de onde comprar seus produtos ou serviços. Em um mercado que experimenta uma concorrência perfeita, os preços são ditados pela oferta e pela demanda. As empresas em um mercado perfeitamente competitivo são todas tomadoras de preço, porque nenhuma empresa possui controle de mercado suficiente. Ao contrário de um mercado monopolista, as empresas em um mercado perfeitamente competitivo têm uma pequena participação de mercado. As barreiras à entrada são relativamente baixas e permitem que as empresas entrem e saiam com facilidade. Ao contrário de um mercado monopolista, um mercado perfeitamente competitivo tem muitos compradores e vendedores, e os consumidores podem escolher onde compram seus bens e serviços. Entre um mercado monopolista e a concorrência perfeita, existe uma concorrência monopolista. Na competição monopolista, existem muitos produtores e consumidores no mercado, e todas as empresas têm apenas um certo grau de controle de mercado, enquanto um monopolista em um mercado monopolista tem total controle do mercado. Ao contrário de um mercado monopolista, a concorrência monopolista oferece muito poucas barreiras à entrada. Todas as empresas podem entrar no mercado se acharem que os lucros são atraentes o suficiente. Isso torna a concorrência monopolista semelhante à concorrência perfeita. No entanto, em um mercado competitivo monopolista, há diferenciação de produto. Os produtos em concorrência monopolística são substitutos próximos; os produtos têm características distintas, como marca ou qualidade. Imposto Se o governo impor um imposto sobre os produtores de um bem, O ônus será dividido entre o ofertante e o consumidor. Essa divisão é decidida de acordo com a elasticidade das curvas: quanto mais elástica for a curva, maior será o ônus pago por quem representa esta curva. Elasticidade e incidência tributária Tipicamente, a incidência, ou carga, de um imposto recai tanto sobre os consumidores quanto sobre os produtores do bem tributado. No entanto, se quisermos prever qual grupo suportará a maior parte da carga, tudo o que precisamos fazer é examinar a elasticidade da demanda e da oferta. No exemplo do tabaco acima, a carga tributária recai sobre o lado mais inelástico do mercado. Se a demanda for mais inelástica do que a oferta, os consumidores suportarão a maior carga tributária. Mas, se a oferta for mais inelástica do que a demanda, os vendedores suportarão a maior carga tributária. Pense desta maneira—quando a demanda é inelástica, os consumidores não respondem muito a mudanças de preços, e a quantidade demandada permanece relativamente constante quando o imposto é introduzido. No caso dos cigarros, a demanda é inelástica porque os consumidores são viciados no produto. O vendedor pode então passar o fardo do imposto para os consumidores na forma de preços mais altos sem muito declínio da quantidade de equilíbrio. Quando um imposto é introduzido em um mercado com uma oferta inelástica — como, por exemplo, hotéis à beira-mar — os vendedores não tem escolha, senão aceitar preços mais baixos para os seus negócios. Impostos não afetam significativamente a quantidade de equilíbrio. Neste caso, a carga fiscal fica sobre os vendedores. Se a oferta fosse elástica e os vendedores tivessem a possibilidade de reorganizar seus negócios para evitar ofertar o bem taxado, a carga fiscal sobre os vendedores seria muito menor e o imposto resultaria em uma quantidade muito menor vendida ao invés de preços mais baixos recebidos. Você pode ver a relação entre a incidência de impostos e a elasticidade da procura e da oferta representada graficamente abaixo. Dois gráficos que representam a relação entre a elasticidade e a incidência tributária. O gráfico A mostra a situação que ocorre quando a demanda é elástica e a oferta é inelástica—a incidência tributária é menor sobre os consumidores. O gráfico B mostra a situação que ocorre quando a demanda é inelástica e a oferta é elástica—a incidência tributária é menor sobre os produtores. No diagrama A, acima à esquerda, a oferta é inelástica e a demanda é elástica—assim como no exemplo dos hotéis à beira-mar. Enquanto os consumidores podem ter outras opções de férias, os vendedores não podem realocar seus empreendimentos facilmente. Ao introduzir um imposto, o governo cria, essencialmente, uma discrepância entre o preço pago pelos consumidores, {Pc}art text, P, c, end text, e o preço recebido pelos produtores, \text{Pp}Ppstart text, P, p, end text. Em outraspalavras, do preço total pago pelos consumidores, parte é retida pelos vendedores e parte é paga ao governo na forma de impostos. A diferença entre \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text e \text{Pp}Ppstart text, P, p, end text é a taxa do imposto. O novo preço de mercado é \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text, mas os vendedores recebem somente \text{Pp}Ppstart text, P, p, end text por unidade vendida, já que pagam \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text-\text{Pp}Ppstart text, P, p, end text para o governo. Uma vez que o imposto pode ser visto como um aumento no custo de produção, também pode ser representado por um deslocamento à esquerda da curva da oferta. A nova curva da oferta interceptará a demanda na nova quantidade \text{Qt}Qtstart text, Q, t, end text. Para simplificar, o diagrama acima omite o deslocamento na curva da oferta. A receita tributária é dada pela área sombreada, a qual pode ser calculada multiplicando-se o imposto por unidade pela quantidade total vendida, \text{Qt}Qtstart text, Q, t, end text. A incidência tributária sobre os consumidores é dada pela diferença entre o preço pago, \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text, e o preço de equilíbrio inicial, \text{Pe}Pestart text, P, e, end text. A incidência tributária sobre os vendedores é dada pela diferença entre o preço de equilíbrio inicial, \text{Pe}Pestart text, P, e, end text, e o preço que eles recebem depois que o imposto é introduzido, \text{Pp}Ppstart text, P, p, end text. No diagrama A, acima à esquerda, a carga tributária recai desproporcionalmente sobre os vendedores e uma proporção maior da carga tributária—a área sombreada—é devido a um preço resultante recebido pelos vendedores menor que os preços resultantes mais altos pagos pelos consumidores. Por outro lado, se voltarmos ao nosso exemplo dos impostos sobre o cigarro, a situação se pareceria mais com o diagrama B—acima à direita—no qual a oferta é mais elástica que a demanda. A incidência tributária agora recai desproporcionalmente sobre os consumidores, como mostrado pela grande diferença entre o preço que eles pagam, \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text, e o preço inicial de equilíbrio, \text{Pe}Pestart text, P, e, end text. Os vendedores recebem um preço menor que antes do imposto, mas essa diferença é muito menor que a mudança no preço ao consumidor. Usando esse tipo de análise, nós também podemos prever se um imposto deverá criar uma grande receita ou não. Quanto mais elástica a curva da demanda, mais fácil para o consumidor reduzir a quantidade ao invés de pagar preços mais altos. Quanto mais elástica a curva da oferta, mais fácil para os vendedores reduzirem a quantidade vendida ao invés de aceitar preços menores. Em um mercado em que ambos, demanda e oferta, são muito elásticos, a imposição de impostos gera baixas receitas. As pessoas frequentemente pensam que impostos sobre consumo prejudicam indústrias específicas a que se dirigem. Mas, por fim, saber se a carga tributária recairá mais sobre a indústria ou sobre os consumidores dependerá simplesmente da elasticidade da demanda e da oferta. Peso Morto • É a redução do excedente total decorrente de uma distorção do mercado (imposto, monopólio, etc) Determinantes do Peso Morto • O tamanho do peso morto depende da elasticidade da oferta e da demanda. – Quanto mais elástica for a demanda e quanto mais elástica for a oferta, maior o peso morto; – Quanto mais inelástica for a demanda e quanto mais inelástica for a oferta, menor o peso morto. • O tamanho do peso morto é uma questão empírica. • Os que defendem altos impostos estão, implicitamente, assumindo que o peso morto é pequeno, ou seja, oferta e demanda são inelástica. Representação gráfica do peso morto O que é falha de mercado? Falha de mercado é a situação econômica onde um mercado não consegue produzir uma alocação natural que seja eficiente. Ou seja, nesses casos, as transações do mercado acabam gerando mais efeitos negativos para todos do que satisfazendo individualmente os ofertantes e os demandantes. Ou seja, microeconomicamente falando, uma falha de mercado acontece quando os agentes econômicos formam uma alocação que não seja Pareto-eficiente. Logo, o custo marginal social desse ponto de equilíbrio não é igual ao benefício marginal que ele gera – e, por isso, a falha de mercado acaba sendo prejudicial tanto para os envolvidos quanto para o restante da sociedade. Existem diversos tipos de falhas de mercado. Alguns exemplos são: Assimetria de informação A distribuição desigual de informações entre a parte ofertante e demandante pode causar imperfeição nas alocações e favorecendo comportamentos indesejáveis. Um exemplo de assimetria de informação seria a venda de carros usados com problemas sem o conhecimento do comprador. Bens públicos A oferta de alguns tipos de bens e serviços só fazem sentido se eles forem disponibilizados pelo governo. Nessa situação se encontram bens públicos. Isso acontece porque, em alguns casos, o consumo adicional de uma unidade por uma pessoa não afeta o consumo de terceiros. Dessa forma, pessoas que não pagam pelo serviço ou produto podem utilizá-lo à vontade (free riders). Logo, os agentes privados passam a não ter nenhum interesse em investir nesse mercado. São exemplos disso a iluminação pública, a justiça, o policiamento e a segurança nacional. Externalidades A decisão de um agente econômico pode gerar indiretamente efeitos positivos ou negativos no bem-estar de uma terceira parte. Logo, isso causaria uma externalidade. Alguns exemplos disso são a emissão de poluentes (externalidade negativa) e criação de novas tecnologias (externalidade positiva). Poder de Mercado Algumas empresas têm capacidade operacional e financeira para manter os preços acima dos níveis de mercado por um período de tempo significativo. O abuso de poder de mercado pode afetar a concorrência e originar um monopólio que prejudiquem tanto as outras empresas quantos os consumidores. ondutas anticompetitivas Empresas e pessoas podem se associar para prejudicar e até mesmo eliminar seus concorrentes, dominando o mercado e prejudicando todo o restante. Dessa forma, condutas como cartel, trustes, dumping, venda casada, contratos de exclusividade também são falhas que impedem o funcionamento livre do mercado. Monopólios naturais Nem sempre a concorrência entre empresas irá oferecer as melhores alocações de recursos em um mercado. Logo, devido às características específicas de um setor só é viável economicamente que uma ou poucas empresas se estabeleçam oferecendo produtos e serviços. Por isso, esse tipo de demanda deve ser atendida por um monopólio natural. É o caso, por exemplo, dos serviços básicos, como abastecimento, saneamento básico, energia elétrica, telefonia, entre outros. Seleção adversa A seleção adversa é o nome que se dá ao fenômeno de informação assimétrica que ocorre quando os compradores “selecionam” de maneira incorreta determinados bens e serviços no mercado. O que é PIB? "PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, que, em linhas gerais, é um indicador econômico bastante utilizado na Macroeconomia (ramo das Ciências Econômicas) que apresenta a soma de todos os bens e serviços produzidos em uma área geográfica em um determinado período (podendo ser um ano ou um trimestre). Sendo assim, o PIB representa a dinâmica econômica do lugar, apontando o possível crescimento da economia." "Basicamente, o PIB serve para medir a atividade econômica, tendo como a análise do resultado do crescimento econômico do lugar em questão. Ao calcular o PIB, cria-se não só a possibilidade de analisar o crescimento econômico, mas também oportuniza comparações com outras localidades. Esse nível de crescimento pode também indicar possíveis problemas (caso não tenha crescido como o esperado) e, assim, permitir diagnósticos que apontem caminhos para a melhoriada economia. O PIB também permite analisar quais setores da economia geram mais ou menos renda. Sendo assim, é possível identificar as fragilidades econômicas, bem como enxergar em quais setores deve-se investir." "O cálculo do PIB considera os bens e serviços finais, o que significa que não se leva em consideração o ferro utilizado na produção de um carro, por exemplo, mas sim o carro em si. Isso evita que alguns produtos sejam contabilizados duas vezes. A medição do nível de riqueza pode ser feita de três formas (chegando ao mesmo resultado): Riqueza: Somam-se todas as riquezas produzidas na área. Assim, considera-se tudo que foi produzido. Nessa soma, leva-se em consideração o que foi produzido pela indústria, pelo setor de serviços (todas as atividades remuneradas) e pela agropecuária. Desconsideram-se, nesse caso, os produtos intermediários, ou seja, as matérias-primas, para não contabilizá-las duas vezes. Demanda: Considera-se o consumo, ou seja, leva-se em conta a despesa interna, sendo assim, há uma análise sobre o que é consumido pelas famílias e pelo governo, bem como despesas das empresas (privadas ou governamentais) que investem. As exportações e importações também são consideradas nesse cálculo. A soma é feita a partir de tudo que é comprado. Renda: Somam-se as remunerações com base nos salários, juros, aluguéis e lucros distribuídos. Nesse caso, considera-se que o salário pode pagar pela comida vendida no restaurante, por exemplo, e, dessa forma, paga-se também pelo serviço, garantindo ainda o lucro obtido pelo estabelecimento, assim como os custos da produção. O cálculo do PIB é feito com base na soma dos bens produzidos durante um determinado tempo em um determinado lugar." São considerados no cálculo: Bens e produtos finais (vendidos ao consumidor final); Serviços (atividades remuneradas); Investimentos (gastos de empresas privadas ou do governo com o objetivo de aumentar a produção); Gastos do governo (o que é gasto para atender as demandas populacionais). Não são considerados no cálculo: Bens intermediários (produtos utilizados na produção de um produto final, ou seja, as matérias-primas); Serviços não remunerados; Bens que já existem (uma casa só é levada em consideração quando construída. Quando ela é revendida, não entra no cálculo); Atividades informais. Qual a diferença entre PIB nominal e PIB real? O PIB nominal corresponde àquele cujo cálculo é feito com base nos preços correntes, portanto, no ano em que o produto final foi produzido e comercializado. O PIB nominal considera que há variações nos preços mediante a inflação ou deflação. Já o PIB real corresponde àquele cujo cálculo é feito com base nos preços constantes, escolhendo, então, um ano específico e não levando em consideração o efeito da inflação. Portanto, o PIB real é o mais utilizado pelos economistas, pois, ao escolher um ano específico, calcula-se a produção sem muita variação. O que é PIB per capita? PIB per capita ou PIB por pessoa é o indicador que representa o que cada pessoa do local analisado teria do total de riquezas que são produzidas no país. Sendo assim, o PIB é dividido pelo número de habitantes da área, indicando o que cada pessoa produziu. O PIB per capita é considerado, de certa forma, um indicador do padrão de vida. É importante dizer que, se um país ou um determinado lugar possui um PIB elevado, mas tem muitos habitantes, o PIB per capita será baixo, mas isso nem sempre significa que o país possui uma má qualidade de vida. O mesmo acontece para países com PIB médio, como a Noruega. Por não ser um país muito populoso, o PIB per capita acaba sendo elevado. É válido ressaltar que países que apresentam elevados PIB per capita tendem a apresentar maiores Índices de Desenvolvimento Humano, visto que o crescimento da renda é proporcional à qualidade de vida. Porém, muitos estudiosos preferem não utilizar o PIB como um determinante da qualidade de vida, já que ele não leva em consideração a distribuição desigual da renda. "O crescimento do PIB está relacionado com a ascensão da economia. Quanto maior o PIB, maior é a renda de um determinado lugar, portanto, por vezes, o PIB está relacionado com a qualidade de vida. E se uma economia cresce, cresce também a oferta de trabalho, visto que houve aumento da demanda a ser atendida. Assim, podemos dizer que o crescimento está diretamente relacionado com a geração de empregos, assim como o aumento do número de empresas e possíveis investimentos. O aumento das empresas e a geração de empregos têm como consequência o aumento da oferta dos produtos e serviços, o que contribui para o controle da inflação. Vale ressaltar que o PIB está relacionado com o nível de desenvolvimento econômico, mas não com o desenvolvimento de um determinado local como um todo, visto que não leva em consideração questões como distribuição de renda ou questões sociais, como investimentos no setor da saúde ou educação. Outra questão importante abordada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, órgão responsável pelo cálculo do PIB no Brasil, é de que o PIB seja o total de riquezas de um determinado lugar. O PIB não é um estoque de dinheiro, mas, sim, o indicador de atividade econômica que demonstra o que foi produzido. Se o lugar em questão não produzir nada em um ano, seu PIB será zero. Como a taxa de juros controla a inflação A inflação é a perda de valor do dinheiro resultante de um aumento generalizado nos preços da economia. Ou seja, se hoje você tem R$ 20,00 e consegue comprar uma entrada no cinema, com uma inflação de 10% ao mês, você precisará de R$ 22 para ir ao cinema mês que vem. Na prática seus R$ 20 valem menos do que valiam no mês anterior. Este aumento de preço quando torna-se parte das expectativas dos agentes econômicos (empresários, trabalhadores, famílias e empresas), pode tomar proporções catastróficas sendo acelerado e resultando em hiperinflação, como ocorreu no Brasil há algumas décadas. No Brasil, a inflação e medida pelos índices IPCA (calculado pelo IBGE e medida oficial do governo), IGP (da Fundação Getúlio Vargas) e outros índices paralelos. Além da taxa de inflação, que mede o aumento dos preços, temos a taxa de juros Selic que determina o nível básico de juros na economia. Se você pudesse emprestar dinheiro para qualquer um, quem seria o menos arriscado a não te pagar? A resposta pode parecer contraditória, mas este alguém é o governo. Afinal, no limite, ele pode imprimir dinheiro para pagar suas dívidas (isso geraria inflação, mas em última instância você seria pago). Portanto, a taxa de juros que o governo paga para tomar dinheiro emprestado deve ser a mais baixa da economia. No caso do Brasil é justamente a taxa Selic (as LFTs são títulos públicos pós fixados e indexados à Selic). Por mais que este seja o sonho de qualquer Banco Central, não é possível controlar a inflação diretamente. Ao definir uma taxa de juros, o objetivo é impactar diversos aspectos da economia, que por sua vez irão impactar a inflação diretamente. Estes são os chamados meios de transmissão da política monetária. Existem diversos estudos bastante complexos sobre este tema e constantemente são levantados novos canais de transmissão, porém os mais amplamente reconhecidos e discutidos são: Taxa de Juros Crédito Taxa de Câmbio Valor dos Ativos O que vale ter em mente aqui é que estes canais podem acelerar (com queda nos juros) ou reduzir (pelo aumento dos juros) a atividade econômica (produção, nível de emprego, etc). Dilema Inflação x Crescimento Chegamos então a um dos fundamentos da economia moderna, o dilema entre crescimento o inflação. Se você entendeu tudo até agora, deve ter a ideia de que: Queda na Taxa de Juros -> Aquece a Economia Economia Super Aquecida -> Gera Inflação Inflação Passada – > Gera Inflação Hoje (indexação) Portanto veja que não épossível o governo fazer a economia crescer acima de seu potencial, somente reduzindo as taxas de juros, uma vez que isso resultaria em aceleração da inflação. Desta forma, podemos entender por que o Banco Central aumentou a meta da taxa de juros Selic, mesmo com o crescimento da economia não estando lá essa coisas: a inflação já está ganhando força e fez-se necessário reduzir o nível de atividade econômica para conter o avanço da inflação. No entanto, é preciso ter em mente que este aumento não seja o suficiente. Inclusive, em 2022 a expectativa é que a inflação suba para 10,12% e a Selic chegue a 11,25%. Nesses casos, os investimentos em renda fixa tornam-se extremamente atrativos, já que estão atrelados à Selic em alta. O que é política monetária expansionista? Política monetária expansionista é o nome que se dá ao conjunto de práticas que têm como objetivo aumentar a liquidez de moeda na economia e reduzir os juros. Portanto, ela tem como meta estimular o consumo e a retomada da economia. A política monetária expansiva se dá através do uso dos instrumentos de política monetária. São 3 os principais instrumentos: Open Market; Depósito compulsório; Redesconto. Open market Open market se refere ao mercado aberto de títulos. Este é o mercado onde o Banco Central (Bacen) pode comprar ou vender títulos de dívida. Em uma política monetária expansiva o Bacen busca comprar os títulos do mercado. Pois, ao fazer isto, o Bacen está incorporando os títulos ao seu balanço e inserindo mais moeda na economia. Por sua vez, esta moeda será utilizada pelas instituições financeiras para conceder crédito e estimular a economia. Depósito compulsório O depósito compulsório se trata de uma taxa recolhida pelo Banco Central dos depósitos nos bancos comercias. Por exemplo, se esta taxa for de 10% isto significa que a cada R$ 100 que você aplique no banco R$ 10 deverão ir para o Bacen. Ao fazer isto o Banco Central garante uma maior solidez para o sistema financeiro. Quando busca estimular a economia as autoridades financeiras reduzem a taxa exigida do depósito compulsório. Dessa forma os bancos ficam com mais recursos disponíveis para emprestar. Ainda, a redução do depósito compulsório possui uma consequência direta no efeito multiplicador da moeda. O tornando mais expressivo e estimulando ainda mais a economia. Redesconto O redesconto pode ser encarado, de certa forma, como o oposto do depósito compulsório. Pois ele se trata de um empréstimo do Bacen aos bancos comercias para quando estes precisam de liquidez. Esse empréstimo costuma ter uma taxa muito alta, a chamada taxa de redesconto, como forma de punir os bancos pela falta de liquidez. Porém, no caso da política monetária expansiva, as taxas cobradas são reduzidas. Isto estimula os bancos a emprestarem mais recursos e correrem mais riscos. Afinal, com uma taxa mais baixa, o banco será menos prejudicado por acessar o redesconto. Exemplo do uso de política monetária expansionista Um exemplo de política monetária expansiva ocorreu no Brasil de 2016 a 2018. Para vencer a recessão e, uma vez com as expectativas de inflação ancoradas, o Banco Central deu início a um agressivo programa de redução da taxa de juros. A taxa Selic, taxa básica de juros da economia, saiu de elevados 14,25% em agosto de 2016 para a sua mínima histórica de 6,5% em março de 2018. A política monetária expansionista é um modo válido para ajudar países a vencer crises e recessões. No entanto, é necessário muito cuidado ao manejar os instrumentos de política monetária. Uma vez que, se as autoridades exageraram em suas políticas, é possível que ocorra um aumento da inflação e que a economia entre em uma recessão ainda mais profunda. O que é deflação? Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços de forma contínua e por um período razoavelmente longo. Embora seja comum ver gente chamando o recuo pontual de índices de inflação de deflação, a queda em um ou dois meses apenas não configura por si só um processo deflacionário e não permite dizer que a deflação é uma tendência. Não há consenso entre os economistas sobre a duração. É necessário tempo suficiente para que o fenômeno seja considerado tendência. Os recuos precisam também ser generalizados. Ou seja, devem afetar uma grande gama de produtos e serviços. Reduções em poucos segmentos não significam deflação, mesmo que influenciem negativamente os índices inflacionários. Num primeiro momento, é fácil pensar que preços em baixa são algo positivo. E são, se as quedas forem pontuais. Afinal, quem não quer pagar menos? Se você tem a expectativa de que daqui a um mês um bem estará mais barato do que hoje, vale a pena esperar para comprar, dependendo de sua urgência. No entanto, a queda generalizada de preços por tempo indeterminado é ruim. Isso significa que o poder de compra das pessoas está reduzido, e os comerciantes e prestadores de serviços cortam seus ganhos para tentar despertar a demanda. Tal dinâmica pode criar um ciclo vicioso. Com a tendência de queda, as pessoas adiam suas intenções de consumo na esperança de conseguir preços ainda mais baixos no futuro. O adiamento alimenta a deflação, já que o comércio se vê obrigado a reduzir ainda mais os preços. Deflação é sinal de baixo crescimento ou economia estagnada e, nesse sentido, contribui para um quadro de aumento do desemprego, queda do poder aquisitivo da população e depressão da atividade econômica em geral. Demanda Agregada de Moeda • Quantidade total de moeda demandada pelos indivíduos e pelas empresas na economia. • Determinada por três fatores principais: • Taxa de Juros; Um aumento na taxa de juros causa redução da demanda de moeda. • Nível de Preços: um aumento no nível de preços aumenta a demanda de moeda. • Renda Nacional Real: Um aumento no valor real das transações aumenta a demanda por moeda. A Ligação entre Moeda, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio O mercado monetário de um país determina a taxa de juros na moeda local, que por sua vez afeta a taxa de câmbio que mantém a paridade dos juros. O que é desemprego O desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem ser consideradas desempregadas: um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos uma dona de casa que não trabalha fora uma empreendedora que possui seu próprio negócio De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD Contínua, o estudante e a dona de casa são pessoas que estão fora da força de trabalho; já a empreendedora é considerada ocupada. A PNAD Contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados há no Brasil. Nela, o que é conhecido popularmente como “desemprego” aparece no conceito de “desocupação”. Provavelmente, você já ouviu falar que “segundo o IBGE” a taxa de desemprego no Brasil é “tal”. Esta taxa, que divulgamos com base na PNAD Contínua como taxa de desocupação, é a porcentagem de pessoas na força de trabalho que estão desempregadas. Participam da força de trabalho as pessoas que têm idade para trabalhar (14 anos ou mais) e que estão trabalhando ou procurando trabalho (ocupadas e desocupadas). Bolha especulativa Ou bolha financeira, é quando um ativo ou produto sofre um aumento muito rápido e extremo, fazendo com que seja negociado a preços muito acima do que realmente vale. Essa alta dos preços pode ocorrer por boatos ou até mesmo notícias que fazem com que os investidores acreditem que vale a pena comprar determinado ativo. Entretanto, chega um ponto em que sua cotação fica inflacionada e passa a entrar no campo da especulação.Na especulação, as pessoas tentam realizar lucros comprando e vendendo esse ativo em um curto espaço de tempo. E, assim como houve um aumento muito rápido dos ativos, ocorre uma queda também muito rápida. Isso leva ao estouro da bolha especulativa e costuma deixar prejuízos para os investidores. No começo de uma bolha especulativa, as pessoas estão comprando altas quantidades de um determinado ativo. Isso faz com que esse ativo fique cada vez mais valorizado. Com essa valorização, outras pessoas começam a achar que esse ativo é uma boa oportunidade de investimento e começam a comprá-lo também. Isso acontece por causa do efeito manada que vimos anteriormente. Cada vez mais pessoas compram e, quanto mais isso acontece, mais pessoas passam a comprar também. Esse efeito se repete até o momento em que percebem que o ativo está sendo negociado por um preço muito acima do que ele vale, e resolvem vender para se livrar o quanto antes. Quando todo mundo começa a vender, o efeito manada entra em ação de novo: quanto mais pessoas vendem desesperadas para se livrar do ativo, outras resolvem vender também, até chegar ao ponto em que estão vendendo grandes quantidades desse ativo por preços muito menores para conseguirem se livrar dele. Quando isso acontece, é o estouro da bolha especulativa. O que é inflação Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada pelos índices de preços, comumente chamados de índices de inflação. O IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA, considerado o oficial pelo governo federal, e o INPC. Para que servem o IPCA e o INPC? O propósito de ambos é o mesmo: medir a variação de preços de uma cesta de produtos e serviços consumida pela população. O resultado mostra se os preços aumentaram ou diminuíram de um mês para o outro. A cesta é definida pela Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, do IBGE, que, entre outras questões, verifica o que a população consome e quanto do rendimento familiar é gasto em cada produto: arroz, feijão, passagem de ônibus, material escolar, médico, cinema, entre outros. Os índices, portanto, levam em conta não apenas a variação de preço de cada item, mas também o peso que ele tem no orçamento das famílias. Taxas de câmbio e inflação Quando analisamos as leis de mercado, chegamos a conclusão de que quando existe excesso de um produto no mercado, a tendência é que o seu preço caia. Ao contrário, quando falta determinado produto, seu preço tende a subir. O mesmo raciocínio deve ser utilizado no mercado cambial, assim, basta imaginar a moeda estrangeira como um bem e a taxa de câmbio como o seu preço no mercado. Se os agentes no Brasil procuram muito pelo dólar, a demanda da moeda estrangeira é alta, com isso seu preço deve subir, ou seja, a taxa de câmbio deve aumentar. Quando ocorre este aumento da taxa cambial, dissemos que teve uma desvalorização cambial, pois a moeda nacional sofreu uma perda no seu poder de compra. Supondo o contrário, que há um excesso de dólar no mercado brasileiro, ou seja, a oferta de moeda estrangeira está alta. Analisando novamente o raciocínio das leis do mercado, se um bem existe em abundância seu preço deve cair. Dessa forma, a taxa de câmbio sofre uma queda. Quando ocorre uma queda na taxa de câmbio, dissemos que aconteceu uma valorização cambial, pois houve um aumento do poder de compra da moeda nacional. Os exportadores vendem mercadorias produzidas no Brasil para o exterior. Em contrapartida a essa venda os exportadores recebem moedas estrangeiras. Para poderem usar essas divisas no Brasil, os exportadores precisam trocá-las por reais. Assim, se as exportações aumentam, acontece um excesso de dólares no mercado brasileiro, o que faz com que a taxa de câmbio caia. Contudo, uma taxa de câmbio muito baixa, tende a aumentar a inflação do país e diminuir a qualidade de vida dos brasileiros. Agora pense no caso dos importadores. Eles compram bens produzidos no exterior e, para tanto, precisam enviar dólares para outros países. Mas para conseguir esses dólares eles precisam trocar seus reais pela moeda estrangeira. Assim, se as importações aumentam, acontece uma maior demanda por dólares no mercado interno, o que faz com que a taxa de câmbio aumente. População Economicamente Ativa A População Economicamente Ativa (PEA) é formada pela população trabalhadora com idade entre 10 e 65 anos (no Brasil) que recebem remuneração salarial pela venda de sua força de trabalho, incluindo também as pessoas que estejam temporariamente desempregadas. Sendo assim há duas classificações feitas pelo IBGE que determinam as pessoas integrantes da PEA como População Ocupada e População Desocupada. A População Ocupada se refere as pessoas que trabalham, sendo divididas entre: Empregados: pessoas que trabalham para alguém, com jornada de trabalho em troca de remuneração econômica, podendo ser em dinheiro, moradia, alimentação, etc. Nessa categoria também estão os militares e cargos relacionados à igreja; Empregadores: pessoas que exploram atividade econômica de outra, ou exercem algum oficio que necessitem de auxílio de um empregado; Conta Própria: pessoas que exercem alguma profissão sem auxílio de empregados; Não Remunerados: pessoas que trabalham menos de 15h por semana e que não recebem salário de fato pelo oficio, sendo considerados estagiários e aprendizes. A população Desocupada se refere as pessoas que se encontram temporariamente desempregadas, mas que estejam em busca de algum ofício.
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