Buscar

revisão economia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Revisão pra prova 
O que é a Lei da Oferta e Demanda? 
A Lei da Oferta e Demanda – também chamada de Lei da Oferta e Procura – é uma lei da 
economia clássica, criada por Adam Smith. Essa lei busca explicar como funciona um mercado: 
o que determina o preço e a quantidade de um produto no mercado. 
Como coloca Adam Smith, 
 
O preço de mercado de uma mercadoria específica é regulado pela proporção entre 
a quantidade que é efetivamente colocada no mercado [oferta] e a demanda daqueles que 
estão dispostos a pagar o preço natural da mercadoria, ou seja, o valor total da renda 
fundiária, do trabalho e do lucro que devem ser pagos para levá-la ao mercado. 
Bom, o que é oferta e o que é demanda? 
Antes de tudo, precisamos entender o que significa falar em mercado. 
Basicamente, mercado é como se denomina um grupo de compradores e vendedores de 
determinado bem ou serviço. 
Assim, a oferta se refere à quantidade que os vendedores querem e estão dispostos a vender 
um produto, portanto, a oferta é determinado pelos vendedores. Ela é influenciada pelos 
insumos, tecnologias, custos de produção, etc. 
Já a demanda se refere à quantidade que os consumidores querem e estão dispostos 
a comprar determinado bem, ou seja, a demanda é determinado pelos consumidores. Ela é 
influenciada pela renda dos cidadãos, preços, produtos similares, substitutos, entre diversos 
outros exemplos. 
Então, como funciona a Lei da Oferta e Demanda? 
Para começarmos, é necessário salientar que iremos utilizar o método Ceteris Paribus para 
explicar o funcionamento da Lei da Oferta e Demanda. 
E o que é Ceteris Paribus? 
No estudo da economia, os economistas utilizam o Ceteris Paribus, da tradução “todo o resto é 
constante”, que é um método que considera inalterados outros fatores que possam influenciar 
nos modelos e teorias no resultado de alguma coisa. 
No caso da Lei da Oferta e Demanda, são múltiplos os fatores que podem influenciar na 
demanda e na oferta do mercado, como o poder aquisitivo da população, implementação de 
um imposto, o fator clima, custos de produção, tecnologias, insumos, entre outros. Utilizando 
o Ceteris Paribus, assim, conseguimos explicar como é o funcionamento do mercado 
usando somente o ponto de vista da oferta e da demanda. 
Lei da Demanda 
A Lei da Demanda diz que quanto menor for o preço, maior a quantidade de consumidores 
procurando no mercado os produtos que desejam comprar; da mesma forma, quanto maior 
for o preço, menor a quantidade de consumidores procurando no mercado os produtos que 
desejam comprar. 
Portanto, a curva da procura/demanda representada graficamente é uma curva negativa, ou 
seja, decrescente. Ela relaciona a quantidade de consumidores à procura de determinado bem 
ou produto no mercado com o preço desse bem ou produto. 
 
Se ocorre o aumento da demanda, consequentemente, ocorre o deslocamento da curva de 
demanda para a direita. 
E se ocorre a diminuição da demanda, consequentemente, ocorre o deslocamento da curva 
para a esquerda. 
Vejamos um exemplo! 
Três compradores estão diferentemente dispostos à comprar um fone de ouvido, dependendo 
do preço do produto. Vamos supor que em um mercado, se o preço for 20, os três 
compradores não estarão dispostos a comprar. Agora, se o preço for 15, um deles irá 
comprar; se o preço for 10, dois deles irão comprar; e se o preço for 5, os três irão comprar. 
Simplificando, se o preço for 20, a quantidade demandada é 0 – ou seja, nenhuma pessoa está 
disposta a comprar o fone de ouvido por aquele preço. Se o preço for 15, a quantidade 
demandada é 1 – ou seja, uma pessoa está disposta a comprar por esse preço. E assim por 
diante, como pode ser visto no gráfico abaixo. 
 
Agora, imagine se o preço do fone de ouvido custasse R$3,00? O número de consumidores iria 
aumentar ou a quantidade comprada de fone de ouvido seria mais do que um por pessoa. Isso 
significa que dentro desse mercado, com a redução do preço, os consumidores estariam mais 
dispostos a comprar ele, aumentando assim a quantidade comprada desse produto ou o 
número de consumidores. Significa que com o fone de ouvido à esse preço, isso ocasionaria 
um “excesso de demanda“. 
Lei da Oferta 
A Lei da Oferta explica que quanto maior for o preço de determinado produto, mais os 
vendedores estarão dispostos a vender seu produto, pois assim irão obter mais lucros. Por 
outro lado, quanto menor for o preço de determinado produto em um mercado, menos os 
vendedores estarão dispostos a ofertar esse produto.Portanto, a curva da oferta representada 
graficamente é uma curva positiva, ou seja, crescente. Ela relaciona a quantidade do produto 
colocado no mercado e o quanto os produtores recebem por ele. 
 
Se ocorre um aumento da oferta, ocorre deslocamento da curva para a direita e se ocorre 
diminuição da oferta, ocorre deslocamento para a esquerda. 
Vejamos um exemplo! 
Um vendedor oferta coxinhas pelo preço de R$3,00 a unidade; se ele vender 5 quantidades, 
ele receberá R$15; se ele vender 10 unidades, ele receberá R$30; se ele vender 15 unidades, 
ele receberá R$45. 
 
Agora, imagine se o preço da coxinha custasse R$5,00? O vendedor estaria mais disposto 
a ofertar mais quantidades do bem para aumentar seus lucros, portanto, iria produzir mais 
coxinhas para vender. Essa situação provocaria, provavelmente, um “excesso de oferta”. 
Vale lembrar que se ocorresse o contrário – se o preço fosse muito baixo -, o vendedor não 
estaria disposto a produzir mais, pois iria lucrar pouco ou nada vendendo o produto. 
Equilíbrio de mercado 
Agora, vamos pôr em prática os dois conceitos juntos. Vamos ver dois exemplos! Imagine 
que o preço unitário da coxinha em determinado mercado custasse 0,50 (exemplo 1). E em 
outro custasse R$10,00 (exemplo 2). O que aconteceria em cada um desses casos? 
Como explicado anteriormente: quanto menor o preço de um produto, maior é a quantidade 
da demanda. Quanto maior o preço de um produto, maior é a quantidade da oferta. 
Portanto, com essas afirmações, poderíamos prever o que provavelmente aconteceria. 
No exemplo 1, é bem provável que não existisse mais coxinha para ser vendida no mercado, 
pois a demanda seria muito grande, enquanto que a oferta seria praticamente inexistente. 
Lembre-se: com um preço baixo, os consumidores procuram mais o produto; mas por o preço 
de venda do produto ser baixo, os vendedores não ficam tão dispostos a produzi-lo. 
Aqui temos um exemplo do chamado “excesso de demanda”. Quando isso acontece, o 
mercado precisa encontrar um ponto de equilíbrio para que tanto a demanda quanto a oferta 
se estabilizem, de forma que não falte esse produto no mercado. O movimento natural do 
mercado é de aumento dos preços. Isso porque com a demanda muito grande e a oferta muito 
baixa, os vendedores aumentarão os preços para conseguirem lucrar, estabilizando, assim, a a 
demanda e a oferta. 
No exemplo 2, é bem provável que não existisse consumidores dispostos a pagar o preço de 
R$10 por uma coxinha. Nesse caso, a demanda seria praticamente inexistente, enquanto a 
oferta seria alta. Afinal, aqui os vendedores teriam estímulo para produção, pensando no 
lucro, mas os consumidores provavelmente não estariam dispostos a pagar o produto por esse 
preço. 
Aqui temos um exemplo do chamado “excesso de oferta”. Do mesmo modo como o exemplo 
anterior, é também necessário que o mercado encontre o ponto de equilíbrio para que tanto a 
oferta quanto a demanda se estabilizem, de forma que haja consumidores dispostos à pagar 
pela coxinha. O movimento natural do mercado seria de reduzir os preços, aumentando a 
demanda pelo produto e reduzindo o interesse dos vendedores em produzir a coxinha – ou 
seja, diminuindo a oferta. 
Portanto, equilíbrio é uma situação na qual o preço atingiu o nível em que a quantidade 
ofertada é igual a quantidade demandada. Assim, em teoria, o próprio mercado, 
naturalmente, tende a estabilizar os preços dos produtos por causa da lei da oferta e da 
demanda. 
O pontodo gráfico onde a curva da oferta e a curva da procura se cruzam é chamado de ponto 
de equilíbrio. Ele indica o preço que o produto precisa ter para que sua oferta no mercado seja 
igual à sua procura. 
 
Vamos considerar um exemplo em que a demanda e a oferta da coxinha seja: 
(Na demanda) 
Se o preço for 0,00, a quantidade demandada é 20 
Se o preço for 0,50, a quantidade demandada é 18 
Se o preço for 1,00, a quantidade demandada é 16 
Se o preço for 1,50, a quantidade demandada é 14 
Se o preço for 2,00, a quantidade demandada é 12 
Se o preço for 2,50, a quantidade demandada é 10 
[…] Se o preço for 5,00, a quantidade demandada é 0,00 = inexistente 
(Na oferta) 
Se o preço for 4,50 a quantidade ofertada é 18 
Se o preço for 4,00, a quantidade ofertada é 16 
Se o preço for 3,50 a quantidade ofertada é 14 
Se o preço for 3,00, a quantidade ofertada é 12 
Se o preço for 2,50, a quantidade ofertada é 10 
[…] Se o preço for 0,00, a quantidade ofertada é 0 = inexistente. 
Sabendo disso, qual é o ponto de equilíbrio, nesse caso? 
A resposta é o preço de R$2,50, pois tanto a quantidade ofertada e demandada é a mesma 
pros dois nesse preço. 
Isso significa que se o preço da coxinha for R$2,50, o mercado de coxinhas seria, teoricamente, 
perfeita, ou seja, a coxinha, no preço de R$2,50, iria suprir perfeitamente a necessidade do 
mercado. 
 
Bem inferior: 
O bem inferior é um tipo de bem que tem a sua demanda reduzida conforme a renda do 
consumidor aumenta. Intuitivamente, quanto maior a renda de um indivíduo mais ele irá 
consumir de todos os bens, certo? Na realidade, nem sempre isto é verdade. Existem certos 
tipos de bens que, por possuírem características de produtos ou serviços de menor qualidade, 
tem a sua demanda reduzida conforme a renda aumenta. Qual seria, então, um exemplo de 
bem inferior? Um exemplo muito prático para obter a compreensão de o que é um bem 
inferior são as passagens de ônibus. Suponha que um indivíduo receba um salário mínimo, e se 
desloque para o seu trabalho diariamente através do uso do transporte público. Caso este 
indivíduo receba um grande aumento e passe a ganhar, suponha R$ 10 mil por mês, ele iria 
consumir mais passagens de ônibus? O cenário mais provável é que não. Outro exemplo é a 
insulina. Se um indivíduo consome insulina todos os dias e essa insulina sobre d epreço, ele 
não vai consumir mais ou menos insulina por isso. 
Bem normal: 
Um bem normal é aquele cuja demanda aumenta conforme a renda das pessoas aumenta. Ou 
seja, há uma relação diretamente proporcional entre a renda e o consumo deste bem. 
Como o próprio nome indica, estes bens são a maioria na economia, e seguem a lógica básica 
de que, quanto maior a renda, maior será o consumo. Um exemplo de bem normal são os 
veículos automotores. Ou também os pacotes de turismo. Conforme a renda das pessoas 
aumenta, estes dois bens passam a ser mais demandados, logo, são bens normais. 
 
Mercado Monopolista x Concorrência Perfeita 
Em um mercado monopolista , as empresas são fabricantes de preços porque controlam os 
preços de bens e serviços. Nesse tipo de mercado, os preços geralmente são altos porque as 
empresas têm controle total do mercado. Como as barreiras à entrada em um mercado 
monopolista são altas, as empresas capazes de entrar no mercado ainda são frequentemente 
dominadas por uma empresa maior. Um mercado monopolista geralmente envolve um único 
vendedor, e os compradores não têm a opção de onde comprar seus produtos ou serviços. 
 
Em um mercado que experimenta uma concorrência perfeita, os preços são ditados pela 
oferta e pela demanda. As empresas em um mercado perfeitamente competitivo são todas 
tomadoras de preço, porque nenhuma empresa possui controle de mercado suficiente. Ao 
contrário de um mercado monopolista, as empresas em um mercado perfeitamente 
competitivo têm uma pequena participação de mercado. As barreiras à entrada são 
relativamente baixas e permitem que as empresas entrem e saiam com facilidade. Ao 
contrário de um mercado monopolista, um mercado perfeitamente competitivo tem muitos 
compradores e vendedores, e os consumidores podem escolher onde compram seus bens e 
serviços. 
 
Entre um mercado monopolista e a concorrência perfeita, existe uma concorrência 
monopolista. Na competição monopolista, existem muitos produtores e consumidores no 
mercado, e todas as empresas têm apenas um certo grau de controle de mercado, enquanto 
um monopolista em um mercado monopolista tem total controle do mercado. Ao contrário de 
um mercado monopolista, a concorrência monopolista oferece muito poucas barreiras à 
entrada. Todas as empresas podem entrar no mercado se acharem que os lucros são atraentes 
o suficiente. Isso torna a concorrência monopolista semelhante à concorrência perfeita. No 
entanto, em um mercado competitivo monopolista, há diferenciação de produto. Os produtos 
em concorrência monopolística são substitutos próximos; os produtos têm características 
distintas, como marca ou qualidade. 
Imposto 
Se o governo impor um imposto sobre os produtores de um bem, O ônus será dividido entre o 
ofertante e o consumidor. Essa divisão é decidida de acordo com a elasticidade das curvas: 
quanto mais elástica for a curva, maior será o ônus pago por quem representa esta curva. 
Elasticidade e incidência tributária 
Tipicamente, a incidência, ou carga, de um imposto recai tanto sobre os consumidores quanto 
sobre os produtores do bem tributado. No entanto, se quisermos prever qual grupo suportará 
a maior parte da carga, tudo o que precisamos fazer é examinar a elasticidade da demanda e 
da oferta. 
No exemplo do tabaco acima, a carga tributária recai sobre o lado mais inelástico do mercado. 
Se a demanda for mais inelástica do que a oferta, os consumidores suportarão a maior carga 
tributária. Mas, se a oferta for mais inelástica do que a demanda, os vendedores suportarão a 
maior carga tributária. 
Pense desta maneira—quando a demanda é inelástica, os consumidores não respondem muito 
a mudanças de preços, e a quantidade demandada permanece relativamente constante 
quando o imposto é introduzido. No caso dos cigarros, a demanda é inelástica porque os 
consumidores são viciados no produto. O vendedor pode então passar o fardo do imposto 
para os consumidores na forma de preços mais altos sem muito declínio da quantidade de 
equilíbrio. 
Quando um imposto é introduzido em um mercado com uma oferta inelástica — como, por 
exemplo, hotéis à beira-mar — os vendedores não tem escolha, senão aceitar preços mais 
baixos para os seus negócios. Impostos não afetam significativamente a quantidade de 
equilíbrio. Neste caso, a carga fiscal fica sobre os vendedores. Se a oferta fosse elástica e os 
vendedores tivessem a possibilidade de reorganizar seus negócios para evitar ofertar o bem 
taxado, a carga fiscal sobre os vendedores seria muito menor e o imposto resultaria em uma 
quantidade muito menor vendida ao invés de preços mais baixos recebidos. Você pode ver a 
relação entre a incidência de impostos e a elasticidade da procura e da oferta representada 
graficamente abaixo. 
Dois gráficos que representam a relação entre a elasticidade e a incidência tributária. O gráfico 
A mostra a situação que ocorre quando a demanda é elástica e a oferta é inelástica—a 
incidência tributária é menor sobre os consumidores. O gráfico B mostra a situação que ocorre 
quando a demanda é inelástica e a oferta é elástica—a incidência tributária é menor sobre os 
produtores. 
No diagrama A, acima à esquerda, a oferta é inelástica e a demanda é elástica—assim como no 
exemplo dos hotéis à beira-mar. Enquanto os consumidores podem ter outras opções de 
férias, os vendedores não podem realocar seus empreendimentos facilmente. Ao introduzir 
um imposto, o governo cria, essencialmente, uma discrepância entre o preço pago pelos 
consumidores, {Pc}art text, P, c, end text, e o preço recebido pelos 
produtores, \text{Pp}Ppstart text, P, p, end text. Em outraspalavras, do preço total pago pelos 
consumidores, parte é retida pelos vendedores e parte é paga ao governo na forma de 
impostos. A diferença entre \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text e \text{Pp}Ppstart text, P, p, 
end text é a taxa do imposto. O novo preço de mercado é \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text, 
mas os vendedores recebem somente \text{Pp}Ppstart text, P, p, end text por unidade 
vendida, já que pagam \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text-\text{Pp}Ppstart text, P, p, end 
text para o governo. Uma vez que o imposto pode ser visto como um aumento no custo de 
produção, também pode ser representado por um deslocamento à esquerda da curva da 
oferta. A nova curva da oferta interceptará a demanda na nova quantidade \text{Qt}Qtstart 
text, Q, t, end text. Para simplificar, o diagrama acima omite o deslocamento na curva da 
oferta. 
A receita tributária é dada pela área sombreada, a qual pode ser calculada multiplicando-se o 
imposto por unidade pela quantidade total vendida, \text{Qt}Qtstart text, Q, t, end text. A 
incidência tributária sobre os consumidores é dada pela diferença entre o preço 
pago, \text{Pc}Pcstart text, P, c, end text, e o preço de equilíbrio inicial, \text{Pe}Pestart text, 
P, e, end text. A incidência tributária sobre os vendedores é dada pela diferença entre o preço 
de equilíbrio inicial, \text{Pe}Pestart text, P, e, end text, e o preço que eles recebem depois 
que o imposto é introduzido, \text{Pp}Ppstart text, P, p, end text. 
No diagrama A, acima à esquerda, a carga tributária recai desproporcionalmente sobre os 
vendedores e uma proporção maior da carga tributária—a área sombreada—é devido a um 
preço resultante recebido pelos vendedores menor que os preços resultantes mais altos pagos 
pelos consumidores. 
Por outro lado, se voltarmos ao nosso exemplo dos impostos sobre o cigarro, a situação se 
pareceria mais com o diagrama B—acima à direita—no qual a oferta é mais elástica que a 
demanda. A incidência tributária agora recai desproporcionalmente sobre os consumidores, 
como mostrado pela grande diferença entre o preço que eles pagam, \text{Pc}Pcstart text, P, 
c, end text, e o preço inicial de equilíbrio, \text{Pe}Pestart text, P, e, end text. Os vendedores 
recebem um preço menor que antes do imposto, mas essa diferença é muito menor que a 
mudança no preço ao consumidor. 
Usando esse tipo de análise, nós também podemos prever se um imposto deverá criar uma 
grande receita ou não. Quanto mais elástica a curva da demanda, mais fácil para o consumidor 
reduzir a quantidade ao invés de pagar preços mais altos. Quanto mais elástica a curva da 
oferta, mais fácil para os vendedores reduzirem a quantidade vendida ao invés de aceitar 
preços menores. Em um mercado em que ambos, demanda e oferta, são muito elásticos, a 
imposição de impostos gera baixas receitas. 
As pessoas frequentemente pensam que impostos sobre consumo prejudicam indústrias 
específicas a que se dirigem. Mas, por fim, saber se a carga tributária recairá mais sobre a 
indústria ou sobre os consumidores dependerá simplesmente da elasticidade da demanda e da 
oferta. 
Peso Morto 
• É a redução do excedente total decorrente de uma distorção do mercado (imposto, 
monopólio, etc) 
Determinantes do Peso Morto • O tamanho do peso morto depende da elasticidade da oferta 
e da demanda. – Quanto mais elástica for a demanda e quanto mais elástica for a oferta, maior 
o peso morto; – Quanto mais inelástica for a demanda e quanto mais inelástica for a oferta, 
menor o peso morto. 
• O tamanho do peso morto é uma questão empírica. • Os que defendem altos impostos 
estão, implicitamente, assumindo que o peso morto é pequeno, ou seja, oferta e demanda são 
inelástica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Representação gráfica do peso morto 
 
 
 
O que é falha de mercado? 
Falha de mercado é a situação econômica onde um mercado não consegue produzir 
uma alocação natural que seja eficiente. Ou seja, nesses casos, as transações do mercado 
acabam gerando mais efeitos negativos para todos do que satisfazendo individualmente os 
ofertantes e os demandantes. 
Ou seja, microeconomicamente falando, uma falha de mercado acontece quando os agentes 
econômicos formam uma alocação que não seja Pareto-eficiente. 
Logo, o custo marginal social desse ponto de equilíbrio não é igual ao benefício marginal que 
ele gera – e, por isso, a falha de mercado acaba sendo prejudicial tanto para os envolvidos 
quanto para o restante da sociedade. 
Existem diversos tipos de falhas de mercado. Alguns exemplos são: 
Assimetria de informação 
A distribuição desigual de informações entre a parte ofertante e demandante pode causar 
imperfeição nas alocações e favorecendo comportamentos indesejáveis. 
Um exemplo de assimetria de informação seria a venda de carros usados com problemas sem 
o conhecimento do comprador. 
Bens públicos 
A oferta de alguns tipos de bens e serviços só fazem sentido se eles forem disponibilizados 
pelo governo. Nessa situação se encontram bens públicos. 
Isso acontece porque, em alguns casos, o consumo adicional de uma unidade por uma pessoa 
não afeta o consumo de terceiros. 
Dessa forma, pessoas que não pagam pelo serviço ou produto podem utilizá-lo à vontade (free 
riders). Logo, os agentes privados passam a não ter nenhum interesse em investir nesse 
mercado. São exemplos disso a iluminação pública, a justiça, o policiamento e a segurança 
nacional. 
Externalidades 
A decisão de um agente econômico pode gerar indiretamente efeitos positivos ou negativos 
no bem-estar de uma terceira parte. Logo, isso causaria uma externalidade. Alguns exemplos 
disso são a emissão de poluentes (externalidade negativa) e criação de novas tecnologias 
(externalidade positiva). 
Poder de Mercado 
Algumas empresas têm capacidade operacional e financeira para manter os preços acima dos 
níveis de mercado por um período de tempo significativo. O abuso de poder de mercado pode 
afetar a concorrência e originar um monopólio que prejudiquem tanto as outras empresas 
quantos os consumidores. 
ondutas anticompetitivas 
Empresas e pessoas podem se associar para prejudicar e até mesmo eliminar seus 
concorrentes, dominando o mercado e prejudicando todo o restante. Dessa forma, condutas 
como cartel, trustes, dumping, venda casada, contratos de exclusividade também são falhas 
que impedem o funcionamento livre do mercado. 
 
Monopólios naturais 
Nem sempre a concorrência entre empresas irá oferecer as melhores alocações de recursos 
em um mercado. Logo, devido às características específicas de um setor só é viável 
economicamente que uma ou poucas empresas se estabeleçam oferecendo produtos e 
serviços. 
Por isso, esse tipo de demanda deve ser atendida por um monopólio natural. É o caso, por 
exemplo, dos serviços básicos, como abastecimento, saneamento básico, energia elétrica, 
telefonia, entre outros. 
 
Seleção adversa 
A seleção adversa é o nome que se dá ao fenômeno de informação assimétrica que ocorre 
quando os compradores “selecionam” de maneira incorreta determinados bens e serviços no 
mercado. 
 
 
 
 
O que é PIB? 
 
"PIB é a sigla para Produto Interno Bruto, que, em linhas gerais, é um indicador econômico 
bastante utilizado na Macroeconomia (ramo das Ciências Econômicas) que apresenta a soma 
de todos os bens e serviços produzidos em uma área geográfica em um determinado período 
(podendo ser um ano ou um trimestre). Sendo assim, o PIB representa a dinâmica econômica 
do lugar, apontando o possível crescimento da economia." 
"Basicamente, o PIB serve para medir a atividade econômica, tendo como a análise do 
resultado do crescimento econômico do lugar em questão. Ao calcular o PIB, cria-se não só a 
possibilidade de analisar o crescimento econômico, mas também oportuniza comparações 
com outras localidades. Esse nível de crescimento pode também indicar possíveis problemas 
(caso não tenha crescido como o esperado) e, assim, permitir diagnósticos que apontem 
caminhos para a melhoriada economia. 
O PIB também permite analisar quais setores da economia geram mais ou menos renda. Sendo 
assim, é possível identificar as fragilidades econômicas, bem como enxergar em quais setores 
deve-se investir." 
"O cálculo do PIB considera os bens e serviços finais, o que significa que não se leva em 
consideração o ferro utilizado na produção de um carro, por exemplo, mas sim o carro em si. 
Isso evita que alguns produtos sejam contabilizados duas vezes. A medição do nível de riqueza 
pode ser feita de três formas (chegando ao mesmo resultado): 
 
Riqueza: Somam-se todas as riquezas produzidas na área. Assim, considera-se tudo que foi 
produzido. Nessa soma, leva-se em consideração o que foi produzido pela indústria, pelo setor 
de serviços (todas as atividades remuneradas) e pela agropecuária. Desconsideram-se, nesse 
caso, os produtos intermediários, ou seja, as matérias-primas, para não contabilizá-las duas 
vezes. 
 
Demanda: Considera-se o consumo, ou seja, leva-se em conta a despesa interna, sendo assim, 
há uma análise sobre o que é consumido pelas famílias e pelo governo, bem como despesas 
das empresas (privadas ou governamentais) que investem. As exportações e importações 
também são consideradas nesse cálculo. A soma é feita a partir de tudo que é comprado. 
 
Renda: Somam-se as remunerações com base nos salários, juros, aluguéis e lucros distribuídos. 
Nesse caso, considera-se que o salário pode pagar pela comida vendida no restaurante, por 
exemplo, e, dessa forma, paga-se também pelo serviço, garantindo ainda o lucro obtido pelo 
estabelecimento, assim como os custos da produção. 
 
O cálculo do PIB é feito com base na soma dos bens produzidos durante um determinado 
tempo em um determinado lugar." 
 
São considerados no cálculo: 
Bens e produtos finais (vendidos ao consumidor final); 
Serviços (atividades remuneradas); 
Investimentos (gastos de empresas privadas ou do governo com o objetivo de aumentar a 
produção); 
Gastos do governo (o que é gasto para atender as demandas populacionais). 
 
 
Não são considerados no cálculo: 
Bens intermediários (produtos utilizados na produção de um produto final, ou seja, as 
matérias-primas); 
Serviços não remunerados; 
Bens que já existem (uma casa só é levada em consideração quando construída. Quando ela é 
revendida, não entra no cálculo); 
Atividades informais. 
 
Qual a diferença entre PIB nominal e PIB real? 
O PIB nominal corresponde àquele cujo cálculo é feito com base nos preços correntes, 
portanto, no ano em que o produto final foi produzido e comercializado. O PIB nominal 
considera que há variações nos preços mediante a inflação ou deflação. 
 
Já o PIB real corresponde àquele cujo cálculo é feito com base nos preços constantes, 
escolhendo, então, um ano específico e não levando em consideração o efeito da inflação. 
Portanto, o PIB real é o mais utilizado pelos economistas, pois, ao escolher um ano específico, 
calcula-se a produção sem muita variação. 
 
O que é PIB per capita? 
PIB per capita ou PIB por pessoa é o indicador que representa o que cada pessoa do local 
analisado teria do total de riquezas que são produzidas no país. Sendo assim, o PIB é dividido 
pelo número de habitantes da área, indicando o que cada pessoa produziu. O PIB per capita é 
considerado, de certa forma, um indicador do padrão de vida. 
 
É importante dizer que, se um país ou um determinado lugar possui um PIB elevado, mas tem 
muitos habitantes, o PIB per capita será baixo, mas isso nem sempre significa que o país possui 
uma má qualidade de vida. O mesmo acontece para países com PIB médio, como a Noruega. 
Por não ser um país muito populoso, o PIB per capita acaba sendo elevado. 
 
É válido ressaltar que países que apresentam elevados PIB per capita tendem a apresentar 
maiores Índices de Desenvolvimento Humano, visto que o crescimento da renda é 
proporcional à qualidade de vida. Porém, muitos estudiosos preferem não utilizar o PIB como 
um determinante da qualidade de vida, já que ele não leva em consideração a distribuição 
desigual da renda. 
"O crescimento do PIB está relacionado com a ascensão da economia. Quanto maior o PIB, 
maior é a renda de um determinado lugar, portanto, por vezes, o PIB está relacionado com a 
qualidade de vida. E se uma economia cresce, cresce também a oferta de trabalho, visto que 
houve aumento da demanda a ser atendida. 
 
Assim, podemos dizer que o crescimento está diretamente relacionado com a geração de 
empregos, assim como o aumento do número de empresas e possíveis investimentos. O 
aumento das empresas e a geração de empregos têm como consequência o aumento da oferta 
dos produtos e serviços, o que contribui para o controle da inflação. 
 
Vale ressaltar que o PIB está relacionado com o nível de desenvolvimento econômico, mas não 
com o desenvolvimento de um determinado local como um todo, visto que não leva em 
consideração questões como distribuição de renda ou questões sociais, como investimentos 
no setor da saúde ou educação. 
 
Outra questão importante abordada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, órgão 
responsável pelo cálculo do PIB no Brasil, é de que o PIB seja o total de riquezas de um 
determinado lugar. O PIB não é um estoque de dinheiro, mas, sim, o indicador de atividade 
econômica que demonstra o que foi produzido. Se o lugar em questão não produzir nada em 
um ano, seu PIB será zero. 
 
Como a taxa de juros controla a inflação 
A inflação é a perda de valor do dinheiro resultante de um aumento generalizado nos preços 
da economia. 
 
Ou seja, se hoje você tem R$ 20,00 e consegue comprar uma entrada no cinema, com uma 
inflação de 10% ao mês, você precisará de R$ 22 para ir ao cinema mês que vem. Na prática 
seus R$ 20 valem menos do que valiam no mês anterior. 
Este aumento de preço quando torna-se parte das expectativas dos agentes econômicos 
(empresários, trabalhadores, famílias e empresas), pode tomar proporções catastróficas sendo 
acelerado e resultando em hiperinflação, como ocorreu no Brasil há algumas décadas. 
No Brasil, a inflação e medida pelos índices IPCA (calculado pelo IBGE e medida oficial do 
governo), IGP (da Fundação Getúlio Vargas) e outros índices paralelos. 
Além da taxa de inflação, que mede o aumento dos preços, temos a taxa de juros Selic que 
determina o nível básico de juros na economia. Se você pudesse emprestar dinheiro para 
qualquer um, quem seria o menos arriscado a não te pagar? A resposta pode parecer 
contraditória, mas este alguém é o governo. Afinal, no limite, ele pode imprimir dinheiro para 
pagar suas dívidas (isso geraria inflação, mas em última instância você seria pago). Portanto, a 
taxa de juros que o governo paga para tomar dinheiro emprestado deve ser a mais baixa da 
economia. No caso do Brasil é justamente a taxa Selic (as LFTs são títulos públicos pós fixados e 
indexados à Selic). 
Por mais que este seja o sonho de qualquer Banco Central, não é possível controlar a inflação 
diretamente. Ao definir uma taxa de juros, o objetivo é impactar diversos aspectos da 
economia, que por sua vez irão impactar a inflação diretamente. Estes são os chamados meios 
de transmissão da política monetária. Existem diversos estudos bastante complexos sobre este 
tema e constantemente são levantados novos canais de transmissão, porém os mais 
amplamente reconhecidos e discutidos são: 
 Taxa de Juros 
 Crédito 
 Taxa de Câmbio 
 Valor dos Ativos 
O que vale ter em mente aqui é que estes canais podem acelerar (com queda nos juros) ou 
reduzir (pelo aumento dos juros) a atividade econômica (produção, nível de emprego, etc). 
Dilema Inflação x Crescimento 
Chegamos então a um dos fundamentos da economia moderna, o dilema entre crescimento o 
inflação. Se você entendeu tudo até agora, deve ter a ideia de que: 
Queda na Taxa de Juros -> Aquece a Economia 
Economia Super Aquecida -> Gera Inflação 
Inflação Passada – > Gera Inflação Hoje (indexação) 
Portanto veja que não épossível o governo fazer a economia crescer acima de seu potencial, 
somente reduzindo as taxas de juros, uma vez que isso resultaria em aceleração da inflação. 
Desta forma, podemos entender por que o Banco Central aumentou a meta da taxa de juros 
Selic, mesmo com o crescimento da economia não estando lá essa coisas: a inflação já está 
ganhando força e fez-se necessário reduzir o nível de atividade econômica para conter o 
avanço da inflação. 
 
No entanto, é preciso ter em mente que este aumento não seja o suficiente. Inclusive, em 
2022 a expectativa é que a inflação suba para 10,12% e a Selic chegue a 11,25%. Nesses casos, 
os investimentos em renda fixa tornam-se extremamente atrativos, já que estão atrelados à 
Selic em alta. 
 
 
O que é política monetária expansionista? 
Política monetária expansionista é o nome que se dá ao conjunto de práticas que têm como 
objetivo aumentar a liquidez de moeda na economia e reduzir os juros. Portanto, ela tem 
como meta estimular o consumo e a retomada da economia. 
A política monetária expansiva se dá através do uso dos instrumentos de política monetária. 
São 3 os principais instrumentos: Open Market; Depósito compulsório; Redesconto. 
Open market 
Open market se refere ao mercado aberto de títulos. Este é o mercado onde o Banco 
Central (Bacen) pode comprar ou vender títulos de dívida. 
Em uma política monetária expansiva o Bacen busca comprar os títulos do mercado. Pois, ao 
fazer isto, o Bacen está incorporando os títulos ao seu balanço e inserindo mais moeda na 
economia. 
Por sua vez, esta moeda será utilizada pelas instituições financeiras para conceder crédito e 
estimular a economia. 
Depósito compulsório 
O depósito compulsório se trata de uma taxa recolhida pelo Banco Central dos depósitos nos 
bancos comercias. 
Por exemplo, se esta taxa for de 10% isto significa que a cada R$ 100 que você aplique no 
banco R$ 10 deverão ir para o Bacen. 
Ao fazer isto o Banco Central garante uma maior solidez para o sistema financeiro. 
Quando busca estimular a economia as autoridades financeiras reduzem a taxa exigida do 
depósito compulsório. Dessa forma os bancos ficam com mais recursos disponíveis para 
emprestar. 
Ainda, a redução do depósito compulsório possui uma consequência direta no efeito 
multiplicador da moeda. O tornando mais expressivo e estimulando ainda mais a economia. 
Redesconto 
O redesconto pode ser encarado, de certa forma, como o oposto do depósito compulsório. 
Pois ele se trata de um empréstimo do Bacen aos bancos comercias para quando estes 
precisam de liquidez. 
Esse empréstimo costuma ter uma taxa muito alta, a chamada taxa de redesconto, como 
forma de punir os bancos pela falta de liquidez. 
Porém, no caso da política monetária expansiva, as taxas cobradas são reduzidas. Isto estimula 
os bancos a emprestarem mais recursos e correrem mais riscos. 
Afinal, com uma taxa mais baixa, o banco será menos prejudicado por acessar o redesconto. 
 
Exemplo do uso de política monetária expansionista 
Um exemplo de política monetária expansiva ocorreu no Brasil de 2016 a 2018. 
Para vencer a recessão e, uma vez com as expectativas de inflação ancoradas, o Banco 
Central deu início a um agressivo programa de redução da taxa de juros. 
A taxa Selic, taxa básica de juros da economia, saiu de elevados 14,25% em agosto de 2016 
para a sua mínima histórica de 6,5% em março de 2018. 
A política monetária expansionista é um modo válido para ajudar países a vencer crises e 
recessões. No entanto, é necessário muito cuidado ao manejar os instrumentos de política 
monetária. 
Uma vez que, se as autoridades exageraram em suas políticas, é possível que ocorra um 
aumento da inflação e que a economia entre em uma recessão ainda mais profunda. 
 
O que é deflação? 
Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços de forma contínua e por um 
período razoavelmente longo. Embora seja comum ver gente chamando o recuo pontual de 
índices de inflação de deflação, a queda em um ou dois meses apenas não configura por si só 
um processo deflacionário e não permite dizer que a deflação é uma tendência. 
Não há consenso entre os economistas sobre a duração. É necessário tempo suficiente para 
que o fenômeno seja considerado tendência. 
Os recuos precisam também ser generalizados. Ou seja, devem afetar uma grande gama de 
produtos e serviços. Reduções em poucos segmentos não significam deflação, mesmo que 
influenciem negativamente os índices inflacionários. 
Num primeiro momento, é fácil pensar que preços em baixa são algo positivo. E são, se as 
quedas forem pontuais. Afinal, quem não quer pagar menos? Se você tem a expectativa de 
que daqui a um mês um bem estará mais barato do que hoje, vale a pena esperar para 
comprar, dependendo de sua urgência. 
No entanto, a queda generalizada de preços por tempo indeterminado é ruim. Isso significa 
que o poder de compra das pessoas está reduzido, e os comerciantes e prestadores de 
serviços cortam seus ganhos para tentar despertar a demanda. 
Tal dinâmica pode criar um ciclo vicioso. Com a tendência de queda, as pessoas adiam suas 
intenções de consumo na esperança de conseguir preços ainda mais baixos no futuro. O 
adiamento alimenta a deflação, já que o comércio se vê obrigado a reduzir ainda mais os 
preços. 
Deflação é sinal de baixo crescimento ou economia estagnada e, nesse sentido, contribui para 
um quadro de aumento do desemprego, queda do poder aquisitivo da população e depressão 
da atividade econômica em geral. 
 
Demanda Agregada de Moeda 
 • Quantidade total de moeda demandada pelos indivíduos e pelas empresas na economia. 
• Determinada por três fatores principais: 
• Taxa de Juros; Um aumento na taxa de juros causa redução da demanda de moeda. 
• Nível de Preços: um aumento no nível de preços aumenta a demanda de moeda. 
• Renda Nacional Real: Um aumento no valor real das transações aumenta a demanda por 
moeda. 
A Ligação entre Moeda, a Taxa de Juros e a Taxa de Câmbio 
 O mercado monetário de um país determina a taxa de juros na moeda local, que por sua vez 
afeta a taxa de câmbio que mantém a paridade dos juros. 
O que é desemprego 
O desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 
14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. 
Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego. 
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora não possuam um emprego, não podem ser 
consideradas desempregadas: 
 um universitário que dedica seu tempo somente aos estudos 
 uma dona de casa que não trabalha fora 
 uma empreendedora que possui seu próprio negócio 
De acordo com a metodologia usada pelo IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de 
Domicílios Contínua – PNAD Contínua, o estudante e a dona de casa são pessoas que estão 
fora da força de trabalho; já a empreendedora é considerada ocupada. 
A PNAD Contínua é a nossa pesquisa que mostra quantos desempregados há no Brasil. Nela, o 
que é conhecido popularmente como “desemprego” aparece no conceito de “desocupação”. 
Provavelmente, você já ouviu falar que “segundo o IBGE” a taxa de desemprego no Brasil é 
“tal”. Esta taxa, que divulgamos com base na PNAD Contínua como taxa de desocupação, é a 
porcentagem de pessoas na força de trabalho que estão desempregadas. 
Participam da força de trabalho as pessoas que têm idade para trabalhar (14 anos ou mais) e 
que estão trabalhando ou procurando trabalho (ocupadas e desocupadas). 
Bolha especulativa 
Ou bolha financeira, é quando um ativo ou produto sofre um aumento muito rápido e 
extremo, fazendo com que seja negociado a preços muito acima do que realmente vale. 
Essa alta dos preços pode ocorrer por boatos ou até mesmo notícias que fazem com que os 
investidores acreditem que vale a pena comprar determinado ativo. 
Entretanto, chega um ponto em que sua cotação fica inflacionada e passa a entrar no campo 
da especulação.Na especulação, as pessoas tentam realizar lucros comprando e vendendo 
esse ativo em um curto espaço de tempo. 
E, assim como houve um aumento muito rápido dos ativos, ocorre uma queda também muito 
rápida. Isso leva ao estouro da bolha especulativa e costuma deixar prejuízos para os 
investidores. 
No começo de uma bolha especulativa, as pessoas estão comprando altas quantidades de um 
determinado ativo. Isso faz com que esse ativo fique cada vez mais valorizado. 
Com essa valorização, outras pessoas começam a achar que esse ativo é uma boa 
oportunidade de investimento e começam a comprá-lo também. Isso acontece por causa do 
efeito manada que vimos anteriormente. Cada vez mais pessoas compram e, quanto mais isso 
acontece, mais pessoas passam a comprar também. 
Esse efeito se repete até o momento em que percebem que o ativo está sendo negociado por 
um preço muito acima do que ele vale, e resolvem vender para se livrar o quanto antes. 
Quando todo mundo começa a vender, o efeito manada entra em ação de novo: quanto mais 
pessoas vendem desesperadas para se livrar do ativo, outras resolvem vender também, até 
chegar ao ponto em que estão vendendo grandes quantidades desse ativo por preços muito 
menores para conseguirem se livrar dele. Quando isso acontece, é o estouro da bolha 
especulativa. 
O que é inflação 
Inflação é o nome dado ao aumento dos preços de produtos e serviços. Ela é calculada pelos 
índices de preços, comumente chamados de índices de inflação. 
O IBGE produz dois dos mais importantes índices de preços: o IPCA, considerado o oficial pelo 
governo federal, e o INPC. 
Para que servem o IPCA e o INPC? 
O propósito de ambos é o mesmo: medir a variação de preços de uma cesta de produtos e 
serviços consumida pela população. O resultado mostra se os preços aumentaram ou 
diminuíram de um mês para o outro. 
A cesta é definida pela Pesquisa de Orçamentos Familiares - POF, do IBGE, que, entre outras 
questões, verifica o que a população consome e quanto do rendimento familiar é gasto em 
cada produto: arroz, feijão, passagem de ônibus, material escolar, médico, cinema, entre 
outros. 
Os índices, portanto, levam em conta não apenas a variação de preço de cada item, mas 
também o peso que ele tem no orçamento das famílias. 
Taxas de câmbio e inflação 
Quando analisamos as leis de mercado, chegamos a conclusão de que quando existe excesso 
de um produto no mercado, a tendência é que o seu preço caia. Ao contrário, quando falta 
determinado produto, seu preço tende a subir. O mesmo raciocínio deve ser utilizado no 
mercado cambial, assim, basta imaginar a moeda estrangeira como um bem e a taxa de 
câmbio como o seu preço no mercado. 
Se os agentes no Brasil procuram muito pelo dólar, a demanda da moeda estrangeira é alta, 
com isso seu preço deve subir, ou seja, a taxa de câmbio deve aumentar. Quando ocorre este 
aumento da taxa cambial, dissemos que teve uma desvalorização cambial, pois a moeda 
nacional sofreu uma perda no seu poder de compra. 
Supondo o contrário, que há um excesso de dólar no mercado brasileiro, ou seja, a oferta de 
moeda estrangeira está alta. Analisando novamente o raciocínio das leis do mercado, se um 
bem existe em abundância seu preço deve cair. Dessa forma, a taxa de câmbio sofre uma 
queda. Quando ocorre uma queda na taxa de câmbio, dissemos que aconteceu uma 
valorização cambial, pois houve um aumento do poder de compra da moeda nacional. 
Os exportadores vendem mercadorias produzidas no Brasil para o exterior. Em contrapartida a 
essa venda os exportadores recebem moedas estrangeiras. Para poderem usar essas divisas no 
Brasil, os exportadores precisam trocá-las por reais. Assim, se as exportações aumentam, 
acontece um excesso de dólares no mercado brasileiro, o que faz com que a taxa de câmbio 
caia. Contudo, uma taxa de câmbio muito baixa, tende a aumentar a inflação do país e 
diminuir a qualidade de vida dos brasileiros. 
Agora pense no caso dos importadores. Eles compram bens produzidos no exterior e, para 
tanto, precisam enviar dólares para outros países. Mas para conseguir esses dólares eles 
precisam trocar seus reais pela moeda estrangeira. Assim, se as importações aumentam, 
acontece uma maior demanda por dólares no mercado interno, o que faz com que a taxa de 
câmbio aumente. 
População Economicamente Ativa 
A População Economicamente Ativa (PEA) é formada pela população trabalhadora com idade 
entre 10 e 65 anos (no Brasil) que recebem remuneração salarial pela venda de sua força de 
trabalho, incluindo também as pessoas que estejam temporariamente desempregadas. 
Sendo assim há duas classificações feitas pelo IBGE que determinam as pessoas integrantes da 
PEA como População Ocupada e População Desocupada. A População Ocupada se refere as 
pessoas que trabalham, sendo divididas entre: 
 Empregados: pessoas que trabalham para alguém, com jornada de trabalho em troca 
de remuneração econômica, podendo ser em dinheiro, moradia, alimentação, etc. 
Nessa categoria também estão os militares e cargos relacionados à igreja; 
 Empregadores: pessoas que exploram atividade econômica de outra, ou exercem 
algum oficio que necessitem de auxílio de um empregado; 
 Conta Própria: pessoas que exercem alguma profissão sem auxílio de empregados; 
 Não Remunerados: pessoas que trabalham menos de 15h por semana e que não 
recebem salário de fato pelo oficio, sendo considerados estagiários e aprendizes. 
A população Desocupada se refere as pessoas que se encontram temporariamente 
desempregadas, mas que estejam em busca de algum ofício.

Continue navegando