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TCC FINAL

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL 
 
MONIQUE ESCÓSSIA CABRAL ANTUNES SILVA 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E O IMPACTO NA SOCIEDADE.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PETRÓPOLIS RJ 2021 
MONIQUE ESCÓSSIA CABRAL ANTINES SILVA
 
 
 
 
 
 
 
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E O IMPACTO NA SOCIEDADE.
 
 
 
 
Trabalho individual apresentado ao curso de graduação em serviço social da universidade norte do paraná como requisito parcial para obtenção do título de bacharel em serviço social. 
Profª. supervisora: Valquíria Aparecida Dias 
Capriolli 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PETRÓPOLIS RJ 
 2021 
 
SILVA, Monique Escóssia C. A. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER E O IMPACTO NA SOCIEDADE. (Bacharelado em Assistência Social) - Sistema de ensino presencial conectado. Universidade Norte do Paraná, 2021. 
RESUMO
 
A violência contra mulheres é uma violação grave dos direitos humanos. O impacto deste ato traz consigo múltiplas consequências físicas, sexuais e mentais imediatas ou a longo prazo para mulheres de todas as idades, incluindo a morte, além de danos graves no contexto familiar, pois na maioria das vezes os filhos presenciam esse tipo de violência. Pode-se afirmar que o trabalho da Assistente Social é de suma importância no acolhimento e orientações das usuárias, uma vez que as unidades de emergência estão se configurando como a porta de entrada para o público em questão.
PALAVRAS-CHAVE: SOCIEDADE; VIOLENCIA; ASSISTENTE SOCIAL; MULHER.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SUMÁRIO
 
1 INTRODUÇÃO	5
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	8
2.1 QUEM SOMOS NÓS	8
2.2 SIGNIFICADO DE LGBTQIAP+	8
2.3 MOVIMENTO LGBT: HISTÓRIA LGBTPQIA+	9
2.4 CONQUISTAS DO MOVIMENTO LGBTQIA+	10
3 O QUE É SAÚDE	11
3.1 SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTQIA+	11
3.2 HISTÓRICO DA SAÚDE LGBTQIA+ NO BRASIL	12
3.3 ORGANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO NOS SERVIÇOS	15
3.4 ABORDAGEM NA CONSULTA EM SAÚDE	16
3.5 LGBTIFOBIA INSTITUCIONAL	18
3.6 AFINAL, O QUE É LGBTI + FOBIA INSTITUCIONAL?	19
3.7 COMO IDENTIFICAR O ASSÉDIO MORAL LGBTQIA + FÓBICO?	20
3.8 ACOLHIMENTO E ATENDIMENTO SOCIAL	21
3.9 SERVIÇO SOCIAL EM AÇÃO	22
4 TRABALHO COM FAMÍLIAS	24
4.1 TRABALHO EM REDE	25
4.2 TRABALHO COM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA	26
4.3 A PESSOA COM DEFICIÊNCIA LGBTQIA+	26
4.4 O QUE É CAPACITISMO	28
5 CONCLUSÃO	29
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	31
INTRODUÇÃO 
 
O assistente social na saúde trabalha em defesa dos direitos dos seus usuários de forma tanto individual quanto coletiva, ouvindo e buscando atender necessidades e superar as dificuldades institucionais e de saúde. Vários estudos indicam as habilidades da profissão nessa direção; é possível afirmar que a valorização profissional está vinculada (FIGUEREDO SR; MELO LP; LOPESJUNIOR, 2021, p.40). 
No campo da saúde, o assistente social desenvolve um conjunto de ações que se integram no processo coletivo de trabalho, que abrange “ações de caráter emergencial, educação, informação e comunicação em saúde, planejamento e assessoria, mobilização e participação social” (COSTA, 2006, p.315). 
Tais ações podem abranger dimensões individuais, familiares e coletivas. Trata-se de um modo de olhar o usuário dos serviços numa perspectiva integral, do levantamento de recursos necessários para que o cuidado que necessita seja realizado, das informações prestadas quanto aos direitos, dos caminhos que o usuário pode percorrer para ampliar seu acesso aos serviços por trás dos determinantes imediatos da saúde (educação, habitação, emprego decente, segurança alimentar, proteção social e cuidados universais de saúde). 
Encontram-se os determinantes estruturais mais profundos, incluindo as relações desiguais de poder e o acesso desigual aos recursos e às tomadas de decisão. A ampliação das iniquidades e a discriminação institucionalizada através de eixos de classe, raça, gênero, etnicidade, casta, indigenicidade, idade e capacidade / falta de capacidade, contribuem para a impossibilidade de atingir boa saúde. A ação sobre estes determinantes estruturais da saúde é esse social para superar as crises econômica, ambiental, do desenvolvimento e alimentar (NOGUEIRA, 2011, p.51). 
Estabelecer sistemas de monitoramento e avaliação das políticas e das intervenções implementadas, dentro das competências do assistente social identifica, em cada espaço sócio-ocupacional, como se configuram as desigualdades sociais em saúde, favorecendo a opção de alternativas de intervenção eficazes e duradouras, tendo como marco teórico a determinação social do processo saúde-doença. 
Saúde é uma questão social, econômica, política e, acima de tudo, um direito humano fundamental. Desigualdades, pobreza, exploração, violência e injustiça encontram‐se entre as causas das doenças e morte dos pobres e marginalizados. (SILVA; RODRIGUES, 2015, p.39) 
O Assistente social tem a possibilidade, de articular dimensões da vida dos usuários que nem sempre são valorizadas ou possíveis de serem incorporadas por outros profissionais no ato de cuidar, mas que podem ser imprescindíveis para viabilizá-lo. 
O objetivo geral do trabalho é o de analisar a atuação do Assistente Social no SUS – Sistema Único de Saúde no atendimento, acolhimento e ampliação da rede da população LGBTQIA+. Para isto, foi necessário um levantamento teórico acerca das políticas sociais públicas implementadas especialmente para o público LGBTQIA+. 
Os objetivos específicos foram delimitados a partir de alguns tópicos que se mostraram relevantes ao longo de todo o estudo acerca do tema trabalhado no presente trabalho, como entender a atuação do assistente social no SUS, como são executadas as diversas formas de atendimento ao LGBTQIA+ pelo Sistema Único de Saúde – o SUS – descriminar a capacidade quantitativa de atendimento, se é algo feito apenas em situações específicas, ou se o atendimento é eficiente. 
Foi buscado nesse trabalho, elucidar alguns aspectos sobre o processo de construção do SUS e sobre a luta pela implementação da Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (PNSI LGBT), a partir de pesquisa bibliográfica que focam o contexto político e do movimento LGBT, tendo como referência os marcos jurídico-legais de cidadania e direitos desses sujeitos e apontar algumas conquistas referentes às legislações no âmbito do SUS e por fim ressaltar a importância do Serviço Social na luta contra as opressões a este segmento. 
Para concluir a presente pesquisa, optou-se por iluminar um pouco do trabalho que o assistente social executa no dia a dia de um ambiente tão conturbado como o SUS, especialmente no tratamento aos deficientes físicos que são LGBTQIA+. Como é feita essa abordagem do assistente com o deficiente, e quais os desafios a serem superados. 
À luz de todas essas questões que serão abordadas, será feito uma revisão bibliográfica levantando problemas, virtudes e possíveis soluções para população LGBTQIA+ na literatura, artigos e sites relacionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
QUEM SOMOS NÓS 
 
O Movimento LGBTQIA+ é um movimento civil e social que busca defender a aceitação das pessoas LGBTQIA+ na sociedade. Apesar de não ser um movimento centralizado e organizado nos seus mais diversos núcleos ao redor do mundo, existem inúmeras organizações não-governamentais que atuam nesse sentido, oferecendo apoio e representação para essa parcela da sociedade. 
Sempre enfrentando ondas de preconceito e de ódio, o Movimento LGBT age em busca da igualdade social, seja por meio da conscientização das pessoas contra bifobia, homofobia, lesbofobia e transfobia, seja pelo aumento da representatividade das pessoas LGBT nos mais diversos setores da sociedade civil. 
Naturalmente, como todo e qualquer movimento social, o Movimento LGBT, quando organizado, é composto por uma ampla rede de ativismo político e atuações culturais, incluindoas já famosas marchas de rua, bem como grupos voltados para a mídia, as artes e até mesmo as pesquisas acadêmicas. 
 
SIGNIFICADO DE LGBTQIAP+ 
 
LGBT é a sigla utilizada para denominar Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros. Sendo utilizada desde meados dos 1990, a sigla é considerada uma adaptação de LGB, utilizada desde então para substituir o termo “gay” ao fazer referência à comunidade LGBT no fim dos anos 1980. 
Como a terminologia “gay” não abrange ou representa toda a comunidade LGBT, ativistas da causa buscam por adaptações capazes de trazer inclusão para as mais diversas orientações sexuais e identidades de gênero existentes. 
A sigla LGBT tem como principal objetivo promover a diversidade cultural com base nas questões de identidade sexual e gênero. Atualmente, é utilizada para se referir a qualquer pessoa que não se enquadra como heterossexual ou cisgênero. Dessa forma, algumas variantes da sigla surgiram ao longo dos anos, como: 
LGBTPQIA+ – adicionando a letra Q, para aquelas pessoas que se identificam como queer; a letra I, para incluir as pessoas que se identificam como intersexuais; a letra A como forma de incluir os assexuais, arromânticos ou simpatizantes (aliados); as letras P e N, para incluir pansexuais, polissexuais e pessoas não-binárias; o sinal de “+”, procura-se atender e representar quaisquer outras pessoas que não se sintam incluídas em nenhuma das outras identidades cobertas pelas iniciais da sigla (GOMES; BARBOSA; CARVALHO; MORAES; PASSOS; ANDRADE, 2021). 
Vale ressaltar que essas são apenas algumas variantes das siglas, de modo que é possível encontrar referências que utilizam siglas como LGBTI, LGBTIQ, LGBTPN, LGBTA, LGBTQA, entre outras. Dessa forma, a maneira mais utilizada de se fazer referência à comunidade é utilizando o termo LGBTPQIA+. 
 
MOVIMENTO LGBT: HISTÓRIA LGBTPQIA+ 
 
Os primeiros registros históricos de indivíduos homossexuais são datados de cerca de 1.200 a.C., de modo que boa parte dos pesquisadores, estudiosos e historiadores afirmam que a orientação homossexual era aceita em diversas civilizações. Entretanto, em vários momentos e partes do mundo, a comunidade LGBT foi e ainda é violentada, torturada, morta e tem seus direitos usurpados. 
Historicamente, códigos penais combatendo a homossexualidade são muito presentes, sendo que o primeiro registro nesse sentido data do século XIII, no império de Gengis Kahn. Lá, a sodomia levava à condenação por pena de morte. 
Já no hemisfério ocidental, as primeiras leis nesse sentido, redigidas sobre uma forte influência do movimento cristão da Inquisição, surgiram no ano de 1533. O inglês Buggery Act e o Código Penal de Portugal traziam os “Atos de 
Sodomia”, que carregavam o julgamento por um tribunal eclesiástico, podendo levar à pena de morte. 
Em um contexto no qual Inglaterra e Portugal, junto com a Espanha e a 
França, dominavam boa parte dos territórios ao redor do globo, a influência dessas legislações preconceituosas se estendeu não apenas pela Europa, mas também por todas as colônias. 
 
CONQUISTAS DO MOVIMENTO LGBTPQIA+ 
 
Ao longo das décadas, o Movimento LGBTQIA+ obteve diversas conquistas. No Brasil, até a década de 1980 o chamado “homossexualismo” (com o sufixo –ismo, utilizado para designar doenças) ainda era visto como um transtorno sexual pelo Código de Saúde do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social. 
Assim, o Grupo Gay da Bahia iniciou, no ano de 1981, uma campanha em nível nacional para a despatologização da homossexualidade, obtendo vitória em 1985 frente ao Conselho Federal de Medicina. Este processo aconteceu cinco anos antes de a OMS retirar a homossexualidade de sua lista internacional de doenças. 
Também na década de 1980, o Movimento LGBTQIA+, por meio do Grupo 
Triângulo Rosa, defendeu a utilização do termo “orientação sexual” contra o até então socialmente utilizado “opção sexual”. A ideia era incluir menções ao termo na Constituinte de 1987, mais particularmente nas políticas que vetam a discriminação. Apesar de não conseguir atingir este objetivo em nível nacional, o termo passou a fazer parte de legislações municipais e estaduais. 
As Paradas do Orgulho LGBT também são uma importante conquista do movimento no Brasil, reunindo um grande público a cada ano e trazendo ainda mais visibilidade para a comunidade. 
A união civil estável e o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo são algumas das mais recentes e mais importantes conquistas do Movimento LGBT brasileiro. O casamento entre homossexuais foi legalizado, em 2013, pelo Conselho Nacional de Justiça. 
Os procedimentos de redesignação sexual, também conhecidos popularmente como “mudança de sexo”, do fenótipo masculino para o feminino, passaram a ser autorizados pelo Conselho Federal de Medicina. Assim, desde 2008, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a cirurgia para os brasileiros. 
Já em 2010, o processo de redesignação do fenótipo feminino para o masculino foi aprovado e passou a ser atendido pela rede de saúde pública. 
Entretanto, a fila de espera pode ultrapassar os 20 anos, de modo que a maioria das pessoas busca por soluções privadas, quando há condição financeira para tanto. 
A utilização do nome social e as mudanças de registro civil para a população de transexuais e travestis também é outra importante conquista do Movimento LGBT. Desde 2009 os nomes sociais podem ser utilizados no SUS e, desde 2013, é permitido o uso no Enem. Já em março de 2018, o STF determinou que os indivíduos transgêneros fossem permitidos a alterar, oficialmente e em cartório, seus nomes e registros de sexo. 
Apesar de algumas conquistas ao longo dos anos a muito o que se conquistar principalmente na área da saúde para essa população e o assistente social é o facilitador nesse processo e nós vamos ver alguns desafios que esse profissional enfrenta na área da saúde para dar visibilidade a essa população. 
O QUE É SAÚDE 
 
Saúde pode ser entendida como a capacidade que as pessoas e comunidades têm de intervir criativamente no seu contexto e construir seus projetos de vida (CANGUILHEM; AYRES, 2012). Portanto, "ter saúde" não é o mesmo que "não ter doença''. Há pessoas com saúde e sem doença; pessoas com saúde e doenças; pessoas sem saúde com doenças; e pessoas que não tem saúde nem doenças. (CIASCA SV, HERCOWITZ A, LOPES JUNIOR A, 
2021). 
 
SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBTQIA+ 
 
Promover a saúde das pessoas LGBTQIAQIA+ significa ampliar sua capacidade de intervirem na sua própria vida, de forma criativa, com liberdade. Significa garantir a diversidade e a singularidade de cada projeto, de cada sujeito. Cuidar da saúde passa por prevenir doenças, mas vai além disso. Promover saúde envolve fortalecer laços comunitários, garantir que as pessoas tenham autonomia sobre seus corpos, que não sintam medo de exporem sua sexualidade, que possam ser o que desejam ser. Portanto, promover saúde de pessoas LGBTQIA+ significa promover a paz e combater a LGBTQIA + fobia dentro de casa, na rua, nas escolas, nos serviços de saúde e sociedade. Fatores como desigualdades e injustiças, tão presentes na nossa sociedade, influenciam diretamente nos processos de adoecimento da população. (FIGUEREDO SR, MELO LP, LOPES-JUNIOR, 2021, p.20). 
 
HISTÓRICO DA SAÚDE LGBTQIA+ NO BRASIL 
 
 A nossa Constituição Federal, de 1988, traz a afirmação de que todas as pessoas cidadãs devem receber o mesmo tratamento e que a dignidade humana é um bem imensurável, devendo ser protegida pelo Estado e garantida pela sociedade, assim como a visão de que a saúde é direito de todos e dever do Estado. Sendo assim, é necessário compreender a importância da determinação social dos indivíduos no processo saúde-doença, com a consciência de que os processos de exclusão social decorrentes do desemprego, da falta de acesso à moradia e à alimentação digna, bem como da dificuldade de acesso à educação, saúde, lazer e cultura, interferem diretamente na qualidade de vida das pessoas, por isso as políticas sociais devem sempre perpassar a transversalidadeao pensar nas particularidades de cada indivíduo e grupos de indivíduos (HILLMAN J., 2017). 
É nesse contexto que a organização do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais no Brasil surge ao final do regime militar, em um cenário de luta por direitos e de mobilização social, associados ao abrandamento da censura, que trouxe mudanças no seguimento dos homossexuais, cansados de uma vida restrita a boates e bares. Estes começaram a se reunir para discutir as implicações sociais e pessoais de sua orientação sexual, debatendo um modelo onde a identidade sexual fosse igualitária, sem hierarquia nas relações sexuais ou afetivas, reivindicando uma identidade homossexual na qual se identificavam todos aqueles que se sentiam vítimas de algum tipo de discriminação e violência. 
Esse momento é marcado pelo surgimento de grupos homossexuais conquistando seu espaço em mídias alternativas, tendo início em 1978, com o lançamento do jornal homossexual “Lampião da Esquina”, no Rio de Janeiro. Esta publicação aborda as questões homossexuais de forma não pejorativa, inserindo esse grupo no contexto político da época, deixando de lado a ideia de que os homossexuais eram motivos de chacota e ironia, e reconhecendo suas lutas e reivindicações (FIGUEREDO SR, MELO LP, LOPES-JUNIOR, 2021). 
Posteriormente, encontros nacionais ocorreram nos anos seguintes, em que foram debatidas pautas políticas do movimento emergente, incluindo as relacionadas à saúde, através do reconhecimento legal das identidades sexuais não-hegemônicas pelo processo de incorporação na Constituição brasileira da proteção dos direitos em função da “opção sexual”, que posteriormente passou a ser nomeada como “orientação sexual, bem como ainda, a despatologização das identidades sexuais em uma tentativa de tornar sem efeito o tratamento da homossexualidade como doença, incluída na Classificação Internacional de Doenças - CID 10, que trazia a homossexualidade como sub-categoria (302.0) da categoria "Desvios e Transtornos Sexuais" (302), no Capítulo dos "Transtornos Mentais" (Capítulo V). 
A partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) nos anos 90, o movimento LGBT passa a se articular com instâncias estatais para uma resposta à epidemia de aids, estreitando as relações entre ativistas e autoridades na construção de políticas de saúde voltadas ao movimento LGBT, evidenciando que o SUS é uma política de Estado e não de governos. Para que se dê materialidade ao que está definido na Constituição Federal, faz-se necessário que o Estado dê conta de sua responsabilidade sanitária, através de políticas econômicas e sociais que promovam a inclusão social, proteção ambiental, integração da política de saúde com as outras políticas públicas e, sobretudo uma articulação efetiva e eficaz entre os entes federados. Trazer a questão do SUS para o campo de uma política estatal é trazer o conceito e o exercício da cidadania para o espaço da democracia. (CIASCA SV, HERCOWITZ A, LOPES JUNIOR A, 2021). 
Tais políticas foram colocadas na agenda estatal a partir da instituição, em 2004, do Programa Brasil Sem Homofobia (PBSH), que trazia por objetivo o combate à violência e à discriminação homofobias, equiparando direitos e assegurando o respeito às especificidades de cada um dos segmentos populacionais focalizados – gays, lésbicas, transgêneros e bissexuais. Em 2006, a “Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde” (Ministério da Saúde, 2006) deu destaque ao direito ao atendimento livre de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, e ao reconhecimento do nome social, buscando responder à reivindicação por equidade e tratamento igualitário no âmbito do SUS. Já em 2007, na 13ª Conferência Nacional de Saúde, propostas como a garantia de acesso ao SUS, o fomento a uma política nacional de saúde integral para LGBT, o incentivo à pesquisa e à produção de conhecimentos sobre essas populações, foram trazidas ao debate, demonstrando a grande expressão de demandas populares nas instâncias de participação social. Todos esses movimentos levaram à construção da Política Nacional de Saúde Integral da População LGBT. Em 2008, foi regulamentado no SUS o processo transexualizador, além da criação de procedimentos para implantar serviços em todo o país. Esse processo foi redefinido e ampliado em 2013, de forma a garantir a integralidade da atenção à saúde para pessoas travestis e transexuais. Em 2011, a Política Nacional de Saúde Integral à população LGBT (PNSI-LGBT) foi publicada oficialmente. Essa política é fundada no respeito aos direitos humanos da população LGBT, articulando com outras políticas sociais e trazendo o reconhecimento de que as condições de vida, saúde e doença são diretamente influenciados pelos processo de discriminação e estigmatização por orientação sexual e identidade de gênero. Além disso, reconhece também as diferentes experiências para os grupos que formam a sigla LGBT, distinguindo ainda as diferentes formas de preconceito sofridas por essa população, como a lesbofobia, a gayfobia, a bifobia, a travestifobia e a transfobia, mas também por outros marcadores de diferenças sociais, como a orientação sexual, a identidade de gênero, raça-etnia e território (FIGUEREDO SR, MELO LP, LOPES-JUNIOR, 2021). 
São evidentes as conquistas na garantia do direito à saúde de pessoas LGBT, já expressadas na Constituição de 1988, além de estarem de acordo com os princípios da universalidade, integralidade e equidade no âmbito do SUS. Entretanto, muito há que ser feito ainda no que diz respeito a continuidade e aprofundamento das políticas públicas voltadas para essa população, na busca pela implementação descentralizada da política de saúde LGBT nos diversos municípios e estados do país, bem como o estabelecimento de linhas de cuidado de atenção à saúde para seus diferentes segmentos (HILLMAN J., 2017). 
 
ORGANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO NOS SERVIÇOS 
 
 Existem poucos serviços de saúde sensíveis às especificidades de saúde da população LGBTI+. Experiências de discriminação, preconceito e violência contra esses grupos, quando ocorridas dentro dos serviços de saúde, provocam barreiras no acesso à saúde e aumenta em 6x a chance de a pessoa evitar o serviço de saúde quando precisar e aderir aos cuidados preconizados. Quanto às barreiras, pode-se citar: discriminação em relação a pessoas com expressão de gênero não binária, homens gays com comportamento considerado mais feminino e pessoas trans. Muitas podem procurar o serviço por questões de saúde não relacionadas ao processo de transição de gênero, e terem seu acesso barrado pelo simples fato de serem trans. Outras procuram por hormonização e cuidados específicos, enfrentando o déficit de serviços especializados, a falta de hormônios na rede e a desassistência em geral. Cabe salientar que as farmácias podem administrar a dose injetável de hormônios, se necessário. (Ciasca SV, Hercowitz A, Lopes Junior A 2021). 
O acolhimento da pessoa LGBTI+ em serviços de saúde começa pela ambiência, devendo ser um local onde a pessoa possa se sentir confortável e acolhida. No caso de pacientes trans, o uso do nome social e dos pronomes adequados deve ser respeitado por toda equipe de funcionários do local. Caso haja registros anteriores, estes devem ser retificados. Sugere-se que símbolos e materiais de interesse sobre saúde LGBTI+ fiquem à mostra, para demonstrar a aceitação da diversidade e ao mesmo tempo educar os indivíduos em relação aos cuidados necessários para a prevenção de problemas de saúde. É fundamental que existam banheiros de uso universal ou com sinalizações indicando que a pessoa possa utilizá-lo relacionado ao gênero ao qual se identifica. Toda a equipe de apoio deve ser treinada para usar termos neutros e não heterossexistas, tanto na abertura de fichas como nas falas. (Noronha JC de, Lima LD de, Machado CV, 2019). 
O registro de informações no prontuário deve conter perguntas relacionadas à identidade de gênero e à orientação sexual. A necessidade de coleta dessas informações pode gerar um obstáculose o profissional tiver dificuldade de realizar perguntas adequadas e não heterocisnormatizantes e se houver uma falta de alternativas adequadas nos formulários para registro da diversidade sexual e de gênero, por exemplo. O uso de um formulário autopreenchido pode facilitar a coleta de informações sobre gênero e orientação sexual, entretanto, é uma estratégia limitada em populações com baixo nível de escolaridade. Por outro lado, uma equipe de recepção treinada pode oferecer uma primeira impressão acolhedora durante a coleta de dados demográficos, esclarecendo as perguntas e os termos utilizados. Os formulários de admissão devem permitir a coleta de informações de identificação, como o nome de registro, o nome social em destaque e o pronome pelo qual a pessoa gostaria de ser chamada; e de dados demográficos, como identidade de gênero, orientação sexual e estado civil. (Hillman J.2017). 
 
ABORDAGEM NA CONSULTA EM SAÚDE 
 
 É frequente que o/a profissional de saúde seja o primeiro a quem o indivíduo revela sua diversidade sexual e/ou de gênero. Esta revelação pode ser feita de forma explícita ou velada. Ao/à profissional cabe acolher e apoiar a pessoa, entendendo que esse momento não é nada simples e que, às vezes, tal confidência não poderia ser feita em outros ambientes. Também deve estar ciente de que a própria pessoa deve fazer essa revelação e que não deve jamais ser sugerida, mesmo que ela seja menor de idade. Trabalhar a autoestima, mapear sua rede de apoio, oferecer-se para estar junto no momento da “saída do armário”, ou para conversar com a família, são algumas das atitudes que podem ser tomadas pelo/a profissional que atende a pessoa LGBTI+ (HILLMAN J., 2017). 
Em relação às crianças e adolescentes que não se enquadram na cisheteronormatividade, os cuidados dispensados devem incluir a educação de seus familiares. Para tanto, os/as profissionais da saúde devem estar aptos e seguros para cumprir esse papel de discutir e orientar as questões sobre diversidades trazidas, com o intuito de diminuir as barreiras que possam impedir o acolhimento pleno. Dentre esses pontos incluem-se: explicar a diversidade de corpos, de gênero, de orientação sexual e o impacto da aceitação e da rejeição parental na saúde, fortalecer os vínculos intrafamiliares, respeitando suas crenças e valores. Se for o caso, fornece literatura adequada para maior embasamento são algumas das ações recomendadas para o acompanhamento integral dessa população (FIGUEREDO SR, MELO LP, LOPES-JUNIOR, 2021). 
Não menos importante é olhar e acolher os idosos LGBTI+ de forma respeitosa, aceitar suas identidades sexuais, relações sociais e histórias de vida. Essas são atitudes que minimizam agravos de saúde mental e física e criam oportunidade para um envelhecer leve e saudável. É no processo de envelhecimento que mais se apresentam sinais e sintomas de agravos que precisam ser controlados, como a obesidade, ou que ações preventivas devam ser feitas, como a realização de exames de rastreamento para câncer e outras doenças. 
Assim como o suporte familiar adequado e a ligação com serviços públicos, estar engajado em grupos comunitários, nos quais as pessoas possam se identificar e vivenciar sua diversidade é também um fator protetor dos agravos de saúde e de fortalecimento pessoal, tais quais atividades esportivas, religiosas e grupos constituídos por outros jovens LGBTI+ na sociedade. É importante que profissionais de saúde entendam e incentivem a relação das pessoas com grupos de base onde possam ser incluídas. O sentimento de pertencimento é fator de proteção à saúde! (NORONHA JC DE, LIMA LD DE, MACHADO CV, 2019). 
 Normalizar as questões sobre identidade de gênero e orientação sexual e enfatizar o impacto que as identidades produzem nos desfechos em saúde são fundamentais. É importante atentar para uma linguagem menos generificada e evitar expressões estigmatizantes, como "mulher biológica", "sexo de verdade" ao se referir a pessoas cis e homens cis (CIASCA SV, HERCOWITZ A, LOPES JUNIOR A, 2021). 
 
LGBTIFOBIA INSTITUCIONAL 
 O trabalho tem como uma de suas finalidades a segurança de produção em proveito da coletividade e do Estado sendo considerado um dos elementos fundamentais de progresso e prosperidade dos mesmos, logo é considerado um dever social, seja ele intelectual, técnico ou manual. Por isso, o Estado tem obrigação de criar condições para que o trabalho seja acessível a todos os indivíduos indistintamente. (Figueredo SR, Melo LP, Lopes-Junior 2021) 
 Porém isso não ocorre na prática, parte da população LGBTI+ ainda sofre dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, violação de direitos, assédio moral e discriminação, ou seja, são diversas as relações violentas que perpassam as instituições, principalmente para as pessoas trans e as pessoas que trazem marcadores comportamentais que a identifiquem como membro da população LGBTI+. (Ciasca SV, Hercowitz A, Lopes Junior A 2021). 
 De acordo com relatório da Pesquisa Nacional por Amostra da População LGBTI+ (TODES, 2020), 67,28% das pessoas responderam que esconderam ser LGBTI + durante o ensino médio, enquanto 32,72% não esconderam ou disfarçaram. Outra pesquisa sobre orgulho no trabalho da rede social profissional LinkedIn, respondida por 1.088 profissionais de todas as regiões do Brasil em junho de 2019, 35% das pessoas LGBTI+ dizem já ter sofrido discriminação no ambiente de trabalho e apenas 32% disseram se sentir acolhidos no ambiente de trabalho. O estudo revelou ainda que 50% das pessoas LGBTI+ entrevistadas assumiram a orientação sexual no trabalho, 25% revelaram para alguns colegas e 25% ainda escondem a orientação sexual no trabalho (LINKEDIN, 2019). 
A realidade apontada nas pesquisas remete a ao assédio moral LGBTI + fóbico no trabalho e bullying LGBTIQIA + fóbico nas escolas enquanto violências vivenciadas por pessoas LGBTQIA+ nas instituições, podendo ser diárias e contínuas e, portanto, trazem impactos para a saúde mental e para as relações sociais, em especial para a aderência ao processo educacional, para o desempenho profissional, além de prejudicar na qualidade de vida no trabalho. (HILLMAN J., 2017) 
 As relações de poder e violência são uma herança da sociedade patriarcal, ainda do tempo em que as pessoas eram escravizadas e perpassa tempos recentes quando os trabalhadores não tinham direitos ou salário-mínimo. Logo, o poder institucionalizado tem conexão com a organização hierárquica estabelecida socialmente, ou seja, o lugar social de homens brancos cisgêneros e cristãos, de mulheres, de pessoas negras, indígenas, entre outras, bem como, a invisibilidade e exclusão de parte da população LGBTI +, em especial as que trazem em seus comportamentos as evidências de sua orientação sexual e identidade de gênero. 
 É neste contexto que se explica o porquê de parte da população LGBTI+ trabalhadora e estudante não se sentir segura em seu ambiente de trabalho e na escola e esconder sua orientação sexual. Portanto, parte-se desse entendimento para caracterizar o assédio moral LGBTI + fóbico no trabalho e suas consequências. (CIASCA SV, HERCOWITZ A, LOPES JUNIOR A, 2021). 
 
AFINAL, O QUE É LGBTI + FOBIA INSTITUCIONAL? 
 
A LGBTI + fobia institucional, seja assédio moral no trabalho ou Bullying, reproduz as relações de poder e a violência da sociedade e se manifesta por uma conduta abusiva dos assediadores com objetivo de constranger e humilhar as vítimas. Quando o ambiente de trabalho e escolar possui relações assediadoras sendo estas repetitivas ou duradouras, ainda que não intencional, ou apresenta ameaças, agressões físicas e investidas sexuais, leva a vítima ao isolamento, sofrimento e desenvolvimento de algum transtorno mental. 
 
COMO IDENTIFICAR O ASSÉDIO MORAL LGBTQIA + FÓBICO? 
 
Tratamento com desprezo, humilhação e uso de linguagem abusiva e LGBTI + fóbica; 
Intimidação e perseguição devido à orientação sexual e identidade de gênero; 
Divulgação de rumores e comentários maliciosos e exposição da vida privada das pessoasLGBTI + para os colegas e clientes; 
Exposição da pessoa LGBTI + a situações adversas, com efeitos físicos ou mentais; 
Exclusão da pessoa LGBTI + das reuniões e demais atividades, escondendo informações necessárias ao desempenho de suas atribuições; 
Exigência do cumprimento de atribuições estranhas ou de atividades incompatíveis com as suas atribuições, em condições e prazos inexequíveis, com o intuito de menosprezar a pessoa. 
 A inserção do assistente social na política de saúde do Brasil (Legislação do Serviço Social para o atendimento da população LGBTPQIA+) 
O Serviço Social possui lutas históricas que compõem o projeto ético político e estão presentes no código de ética da profissão. O combate à discriminação e a busca pela cidadania da população LGBTQI+ estão expressos em diretrizes como: 
· Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, idade e condição física. 
· Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes autonomias, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; 
· Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças; 
 Na resolução 1/2018 do Conselho Nacional de Assistência Social em conjunto com Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais são dispostas diretrizes para o atendimento para população LGBTQI no Sistema Único de Assistência Social também sendo aplicáveis a atuação do assistente social no SUS. 
· Nos registros dos atendimentos prestados pela rede socioassistencial, deve haver a possibilidade de informar nome social, orientação sexual e identidade de gênero; (Figueredo SR, Melo LP, Lopes-Junior 2021) 
· O reconhecimento da identidade de gênero deve ser estendido para crianças e adolescentes; A rede socioassistencial precisa garantir a utilização de, por exemplo, banheiros, vestiários e alojamentos conforme a identidade de gênero dos usuários; (Noronha JC de, Lima LD de, Machado CV, 2019) 
· União, estados, municípios e o Distrito Federal devem reconhecer como família aquela em que os responsáveis sejam LGBT. Além de promover ações para combater o preconceito contra essa população; 
ACOLHIMENTO E ATENDIMENTO SOCIAL 
 
 Ofertar e garantir o sigilo em todos os atendimentos realizados tendo em vista que alguns usuários podem não compartilhar a informação sobre suas orientações sexuais em seus núcleos familiares ou sociais. Compreender sua situação e realizar o encaminhamento adequado; informar e mobilizar o usuário acerca de seus direitos e de seu papel como cidadão. Tem em sua ação a visita domiciliar, cujo caráter vai além do atendimento emergencial, curativo e seletivo, de exames e consultas ou da provisão de medicamentos, conforme vivenciamos em nossa atuação profissional. A visita neste caso também pode ser apreendida como momento de construção de vínculos. Já, para o assistente social a visita tem como intenção esclarecer informações que não estejam tão claras para fundamentar o parecer social. Acolhimento “integrante do processo interventivo dos assistentes sociais e congrega três elementos que agem em concomitância: a escuta, a troca de Informações e o conhecimento da situação em que se encontra o usuário” (CHUPEL; MIOTO, 2010, p. 55). 
Concretizar vínculos e o trabalho com grupos e famílias LGBT no território que podem ter sua vulnerabilidade social ampliada devido discriminação e lbgtfobia. Trabalhar com famílias com integrantes LGBT, convivência familiar, trabalhando temas Juventude LGBT escolas. 
(https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/sss/article/view/8635756/3471) 
 É o direito a convivência familiar potencialidade educativa Serviço social dentro desta ideia, ademais, o Assistente Social tendo por competência profissional o trabalho com grupos e sujeitos, pode proporcionar espaços de trocas reflexivas, críticas, descontraídas através de meios lúdicos, instigando os sujeitos ao debate de aspectos levantados por eles mesmos em oficinas socioeducativas e salas de espera. (CIASCA SV, HERCOWITZ A, LOPES JUNIOR A, 2021). 
 
SERVIÇO SOCIAL EM AÇÃO 
 
Pessoas LGBTQIA+ possuem diversas vulnerabilidades sociais e de saúde derivadas da homo, trans e bifobia difundidas em todas as esferas da vivência em sociedade. Alguns importantes direitos conquistados pela população LGBTQIA+ são muito recentes, como uso do nome social, direito de adotar, constituir família e, desta forma, ainda encontram resistência de grupos sociais e profissionais em sua efetivação, intensificando o preconceito e a discriminação vivenciados na realidade diária desta população. 
Reconhecendo a homo, bi e transfobia como expressões da questão social, podemos compreender a saúde da população LGBTQIA+ pelo viés social, econômico e político, percebendo as desigualdades, pobreza, exploração, violência e injustiça como as principais causas das doenças e morte desta população. 
Consiste, desta forma, como uma importante atuação profissional identificar e compreender os determinantes sociais (acesso à educação, renda, habitação, proteção social,etc) que atingem essa população e ampliam as iniquidades em saúde, (...) viabilizando possibilidades para sua superação e a garantia dos direitos dos usuários de forma individual ou coletiva. 
 A Atenção Primária à Saúde é um lócus privilegiado de atuação do assistente social. Por ser a porta de entrada para o Sistema de Saúde e justamente pela proposta do SUS estar em consonância com o Projeto Ético Político do Serviço Social e ter como base de atuação as refrações da questão social, nesse caso, as refrações que interferem no processo saúde e doença (CARVALHO; ALMEIDA; MACHADO, 2018). 
Tendo em vista que um número crescente de usuários LGBT vem demandando por políticas de saúde que são garantidas pela Política Nacional de saúde Integral da população LGBT, o Assistente Social é peça fundamental dentro do sistema único de saúde, sendo o responsável por garantir o seu direito de acessar qualquer serviço que é seu por direito (GONÇALVES, 2017). 
O Serviço Social possui lutas históricas que compõem o projeto ético político e estão presentes no código de ética da profissão. O combate à discriminação e a busca pela cidadania da população LGBTQI estão expressos em diretrizes como: 
Exercício do Serviço Social sem ser discriminado/a, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, idade e condição física. 
Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais; 
Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferença; 
Na resolução 1/2018 do Conselho Nacional de Assistência Social em conjunto com Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais são dispostas diretrizes para o atendimento para população LGBTQI no Sistema Único de Assistência Social também sendo aplicáveis a atuação do assistente social no SUS. 
Nos registros dos atendimentos prestados pela rede socioassistencial, deve haver a possibilidade de informar nome social, orientação sexual e identidade de gênero; 
O reconhecimento da identidade de gênero deve ser estendida para crianças e adolescentes; 
A rede soco assistencial precisa garantir a utilização de, por exemplo, banheiros, vestiários e alojamentos conforme a identidade de gênero dos usuários; 
União, estados, municípios e o Distrito Federal devem reconhecer como família aquela em que os responsáveis sejam LGBT. Além de promover ações para combater o preconceito contra essa população;A Vigilância Socioassistencial deve obter dados da população LGBT nos territórios e elaborar estudos e diagnósticos socioassistenciais. 
 
 
TRABALHO COM FAMÍLIAS 
 
Ainda permeia no imaginário social a responsabilização das famílias sobre as sexualidades da prole, onde, desvios no gênero e na sexualidade são compreendidos como fracasso dos pais na educação dos filhos. Pessoas LGBTQI que residem com suas famílias de origem podem vivenciar diariamente situações de abandono, humilhação e outras violações de direitos que devem ser identificadas e trabalhadas pelo profissional (ROCON; DUARTE; SODRÉ, 2018). 
Desta forma, deve-se identificar as pessoas e famílias LGBTQI pertencentes ao território através dos sistemas de informação e prontuário da unidade, relatórios e experiências de outros profissionais e dos agentes comunitários de saúde, tendo como objetivo reconhecer seus vínculos sociais e possíveis violações de direitos. 
Promover uma discussão integrada sobre a intervenção com famílias, podendo desenvolver ações socioeducativas, através da informação, da reflexão ou mesmo da relação, visam provocar mudanças (valores, modos de vida); ações sócio terapêuticas diante de situações de sofrimento das famílias, expresso nas suas relações ou pelos seus membros, com a intenção de alterar esta situação e ações socioassistenciais, promovendo ação de provimento e de sustentação para atendimento de necessidades das famílias usuárias (ROCON; DUARTE; SODRÉ, 2018). 
 
TRABALHO EM REDE 
 
Para viabilizar a intervenção profissional e o acesso aos recursos sociais para a população atendida é necessário organizar o trabalho interprofissional e a intersetorialidade. 
Os Centros de Referência em Assistência Social (CRAS), além de atender demandas referentes à acesso a direitos sociais e mecanismos de redistribuição de renda, possuem o 
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos que visam o enfrentamento de situações de isolamento social, enfraquecimento ou rompimento de vínculos familiares e comunitários, além de situações discriminatórias e estigmatizantes, podendo ser um recurso importante ao trabalhar dinâmicas sociais e familiares para pessoas LGBTQI. (referência PNAS) 
Situações de risco pessoal e social, violência física, psicológica, negligência, abandono, violência sexual são vivências cotidianas de pessoas LGBTQI, diante destas demandas os Centros de Referência Especializados em Assistência Social podem ser acionados. 
 
TRABALHO COM PESSOAS EM SITUAÇÃO DE RUA 
 
A população LGBT em situação de rua possui piores indicadores de saúde e apresenta maior dificuldade de acesso aos serviços de saúde, quando comparada com os heterossexuais, sendo a rua um espaço mais permissível para declarações discriminatórias para pessoas LGBT (MACHADO, 2015). 
Característica considerada como específica e inerente à população LGBT em situação de rua são problemas de saúde, como o HIV, a tuberculose, as doenças psiquiátricas (MACHADO, 2015). 
Deve-se articular o trabalho das equipes de consultório na rua com o Centros POP para atender as demandas específicas desta população que enfrentam estas mesmas situações de discriminação e violência nos ambientes institucionais. Código de Ética (CFESS, 10ª ed., 2011). 
 
A PESSOA COM DEFICIÊNCIA LGBTQIA+ 
 
Segundo a Lei Brasileira da Pessoa com Deficiência "considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas". (LEI 13.146, 2015). 
 Ao publicar a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF), Incapacidade e Saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também apresenta um conceito de deficiência e o relaciona com o de funcionalidade. Para a CIF, deficiência “impairment” é uma perda ou anomalia de uma estrutura corporal ou de uma função fisiológica (incluindo funções mentais), que também pode se correlacionar com o conceito de desvio matemático de uma distribuição normal. Funcionalidade, o oposto de incapacidade “disability”, se refere às atividades que a pessoa consegue realizar em seu cotidiano e o quanto está inserida socialmente, portanto, é determinada não apenas pela sua estrutura corporal/intelectual, mas também pelo contexto social e ambiental. (FARIAS; BUCHALLA, 2005). 
A deficiência pode trazer alguns desafios para a participação social, como dificuldade de acessibilidade para pessoas com alterações motoras, para compreender filmes sem legenda para aquelas com deficiência auditiva, ou pelo estigma associado à deficiência (FARIAS; BUCHALLA, 2005). 
As pessoas LGBTQIA+ com deficiência sofrem dupla discriminação e isso pode acarretar sua invisibilidade perante a sociedade, como minoria sexual ou de gênero e com deficiência. Em alguns casos, elas são discriminadas dentro das próprias comunidades LGBTQIA+ devido a sua deficiência. Da mesma forma, esses indivíduos podem sofrer LGBTIfobia em contextos específicos e de maior vulnerabilidade, como quando um candidato ao emprego recusa a vaga de cuidador porque a pessoa a ser cuidada é LGBTQIA+, ou quando sofre agressões LGBTIfóbicas do próprio cuidador ou da família, com poucas condições de se defender. Por outro lado, a comunidade LGBTQIA+ pode ser um fator de conectividade e resiliência para as pessoas com deficiência. As próprias paradas de orgulho são momentos nos quais as pessoas com deficiência podem se manifestar por direitos e visibilidade, inclusive de sua sexualidade, a fim de desfazer mitos e tabus. 
A saída do armário pode implicar uma negociação interna entre a deficiência e a sexualidade minoritária pela culpa e vergonha em se perceber LGBTQIA+ e ter deficiência. Em um estudo com homens gays com deficiência física, ao se perceberem como homossexuais, alguns evitavam o contato físico com outros rapazes, se recusando a participar de esportes coletivos, e utilizavam a deficiência como justificativa (SOUZA; MOLEIRO, 2015). 
 A intersecção entre deficiência e diversidade sexual / gênero aparece quando outras pessoas reagem como expressões de choque, aversão ou curiosidade ao conhecerem uma PCD (SOUZA; MOLEIRO, 2015). 
Em outro cenário, quando a deficiência é adquirida, a pessoa LGBTQIA+, que já tinha saído do armário, pode passar a vivenciar novas situações de estigmatização, agora relacionada ao Capacitismo. 
 
O QUE É CAPACITISMO 
 
Reconhecendo o impacto da Teoria Queer no campo da sexualidade e do gênero, se desenvolveu a Teoria Crip, que considera a deficiência e a capacidade como construções sociais. A Teoria Queer postula que a sociedade tenta padronizar os corpos, o gênero e a sexualidade a partir do modelo cisgênero e heterossexual. Apenas os corpos cis heterossexuais seriam dignos de existência e humanidade e, nesse sistema patriarcal, os homens cis heterossexuais teriam vantagens e privilégios. Ao usar a palavra crip, "aleijado" em português, a Teoria Crip visa ressignificar o termo pejorativo, assim como ocorreu com queer, "viado/esquisito" na Teoria Queer. 
Para a Teoria Crip, existiria um compulsory able-bodiedness, traduzido como apto normatividade ou corpo normatividade, que seriam regras e dinâmicas sociais que privilegiam e dão direito à existência apenas aos corpos "capazes, aptos ou sem deficiência". A ideia de Capacitismo, portanto, se utiliza do sufixo "ismo", como em sexismo e racismo, para se referenciar a ideia de condições, opressões e "atitudes preconceituosas que hierarquizam sujeitos em função da adequação de seus corpos a um ideal de beleza e capacidade funcional" (MELLO, 2016). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 Como podemos perceber o Assistente social é peça fundamental dentro da política de saúde esse profissional é parte super. importante dentro do sistema único de saúde ele é o responsável por garantir o seu direito de acessar qualquer serviço que é seu por direito. Empoderando aquele indivíduo. Você sabe o que o queas pessoas com deficiência e a população LGBTQIA + tem em comum? O Capacitismo significa a discriminação de pessoas com deficiência. O termo é pautado na construção social de um corpo padrão perfeito denominado como “normal” e da subestimação da capacidade e aptidão de pessoas em virtude de suas deficiências. São excluídos socialmente mais esse conceito pode ser também ampliado para outros grupos populacionais como a população negra e mulheres e por muitas vezes não tem acesso ao serviço que é seu por direito e com essas populações não é diferente muitas vezes não somos tratados de forma adequada seja por problemas estruturas famílias descaso ou pela má gestão da política pública. por isso é de fundamental importância esse profissional de assistência social porque ele será capas de fazer com que aquele usuário recupere a confiança em si sempre mesmo. Sempre com a escuta ativa Instrumento que permite realizar uma escuta qualificada, a entrevista por meio do processo de diálogo, visa estabelecer uma relação com o usuário, com objetivo de conhecer e intervir em sua realidade social, econômica, cultural e política. Pode ser individual ou em grupo que o usuário entenda as polícias públicas como sua aliada por isso é super. Importante valorizar e garantir a presença desse profissional dentro do sistema público e no privado também. No sistema público o fortalecimento de vínculos é fundamental nas políticas públicas de atenção básica e especial. atenção básica definição; 
 A Proteção Social Básica realiza serviços, programas e projetos de prevenção de risco e assistência básica para pessoas em situação de risco ou vulnerabilidade social. O objetivo desse serviço é promover a melhoria da qualidade de vida da população, com ações focadas no atendimento das necessidades básicas de forma igualitária sempre seguindo e respeitando o código de ética da profissão de serviço social. e lutar por uma sociedade mais igualitária, com menos desigualdade social 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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