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Aula 02 - Direito Penal para o Ministério Público do Estado - Estágio

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DIREITO PENAL – PARTE GERAL
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL
INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA
Em conformidade com o STF.
Origem: Direito Romano. Frase “de minimus non curat praetor”, ou seja, ou juízes não cuidam do que é insignificante. NO Direito Romano era usado na área cível. No Direito Penal começou a ser usado na Alemanha por Claus Roxin.
Finalidade: efetuar uma interpretação restritiva do Direito Penal. Proteger o Cidadão do Punitivo do Estado. 
Natureza Jurídica: Causa Supralegal de Exclusão de Tipicidade Material. Torna o fato atípico.
Requisitos Objetivos – Ligados ao Fato e; Subjetivos – Ligados ao Agente e à Vítima:
	Objetivos: a) Mínima Ofensividade da Conduta; b) Ausência de Periculosidade Social da ação; c) reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e; d) inexpressividade da lesão jurídica provocada. 
	Subjetivos: a) Condições Pessoais do Agente:
1) Reincidente: 1ª Corrente: SIM - STJ: a reincidência é uma agravante genérica, incide na segunda fase da aplicação da pena, não tem nada a ver com a verificação do crime, só serve para aumentar a pena; 2ª Corrente NÃO - STF: é um instrumento de política criminal.
2) Criminoso Habitual (aquele que faz do crime seu meio de vida): Não se aplica.
3) Militares: Não se aplica. Se aplica também aos Policiais Civis, ao membros do MP e do Judiciário.
	b) Condições Pessoais da Vítima: 
1) Extensão do Dano: depende da vítima. Ex. bicicleta de um pedreiro e máquina de costura de uma costureira pobre: não se aplica. 
2) Valor Sentimental do Bem: ex. porta retrato com uma foto do único filho pequeno que morreu e disco de ouro que não é de ouro de um cantor que caiu no esquecimento: não se aplica.
Aplicabilidade e Inaplicabilidade: Aplica-se o princípio da insignificância a qualquer crime que com ele seja compatível, mas não apenas aos crimes patrimoniais. 
	Exceções (crimes incompatíveis com a insignificância): 
a) STJ – súmula 599: Crimes contra Administração Pública.
Valoração pela autoridade policial: quem deverá aplicar o princípio? O Poder Judiciário. Porém, o delegado pode aplicar? 1ª Posição: STJ disse que não. 2ª Posição: Sim. O delegado possui conhecimento técnico. 
INSIGNIFICÂNCIA IMPRÓPRIA
Surgiu na Alemanha com Claus Roxin. 
	INSIGNIFICÂNCIA
	INSIGNIFICÂNCIA IMPRÓPRIA
	Fato Atípico
	Fato Típico, Ilícito e o Agente é Culpável
	Excludente da Tipicidade Material
	Causa Supralegal de Extinção da Punibilidade
	Não se Instaura a Persecução Penal
	Instaura-se a Persecução Penal
	
	ENTENDE-SE PELA DESNECESSIDADE DA PENA (art. 59, CP)
	PROIBIÇÃO DO “BIS IN IDEM”
Não se admite em hipótese alguma a punição pelo mesmo fato. 
Art. 8º, 4, do Pacto de São José da Costa Rica.
Súmula 241 STJ: A reincidência penal não pode ser considerada como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial.
A EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA DO DIREITO PENAL
FUNCIONALISMO PENAL
É um movimento doutrinário que surgiu na Alemanha na década de 1970. 
Discute qual é a verdadeira função do Direito Penal.
Características Fundamentais do Funcionalismo Penal: a) Proteção do Bem Jurídico; b) Flexibilização do Direito Penal; c) Prevalência do Jurista sobre o Legislador.
	Espécies de Funcionalismo Penal:
Quando a espécie não for tratada de for explícita, fala-se do Funcionalismo de Roxin.
	a) Funcionalismo Moderado, Dualista ou de Política Criminal: Claus Roxin – Escola de Munique;
O Direito Penal tem limites impostos por si mesmo, pelos demais ramos do Direito e pela própria sociedade. (Moderado).
O Direito Penal dialoga com os demais ramos do Direito. (Dualista).
Racional – Teleológico: é movido pela razão, bom senso.
	b) Funcionalismo Radical, Monista ou Sistêmico: Gunther Jakobs – Escola de Bomn.
O Direito Penal só obedece a si mesmo. (Radical).
O Direito Penal é um sistema próprio de regras e valores que independe do demais ramos do Direito. (Monista).
O Direito Penal é um sistema Autônomo, Autorreferente e Autopoiético. 
A função do Direito Penal é punir. “Âmbito de Proteção da Norma”.
DIREITO DE INTERVENÇÃO ou INTERVENCIONISTA
Criado por Winfred Hassemer.
O Direito Penal cresceu demais, de forma que agora perdeu a eficácia. Diante disto, mantem-se no Direito Penal apenas o seu núcleo fundamental, que seria os crimes de Dano e de Perigo Concreto contra bens jurídicos individuais. Todo o resto deve ser deslocado para o Direito de Intervenção, semelhante ao Direito administrativo sancionador, sendo aplicado pela Administração Pública, sem natureza penal.
Propõe a diminuição do Direito Penal.
VELOCIDADES DO DIREITO PENAL
Jesus Maria Silva Sanchez
O Direito penal Sempre se desenvolveu em duas velocidades:
1ª Velocidade: Direito Penal da Prisão. Um Direito Penal Lento e extremamente garantista. Poucos Crimes. Pena Privativa de Liberdade.
2ª Velocidade: Direito Penal Sem Prisão. Multa e Pena Restritiva de Direitos. Grande Maioria dos Crimes. Célere. Admite a flexibilização de Direitos e Garantias. 
3ª Velocidade (Silva Sanches também afirma que existe): É o Direito Penal do Inimigo.
Origem: Gunter jakobs – Universidade de Bonm. Década de 1980. Volta com a teoria na década de 90. No dia de 11 de setembro de 2001 todos olharam para sua teoria.
Base Filosófica: I) Rousseau = O Contrato Social. Bem coletivo; II) Hobbes = Leviatã; III) Kant = Imperativos categóricos de Justiça; IV) Fitcher: Contrato Cidadão.
Quem é o inimigo no Direito Penal: É o contrário do Cidadão. Todo e qualquer ser humano nasce cidadão. Se pratica um crime grave (homicídio, latrocínio) ainda é cidadão. Se reitera o crime grave, ainda é cidadão. Virou um criminoso habitual na prática de crimes graves, ainda é cidadão. Para ser inimigo precisa: I) Ingressar na organização criminosa (estrutura ilícita de poder); II) ser terrorista (inimigo por excelência).
Jakobs divide dois grandes grupos, criando dois direitos penais. O Direito Penal do Cidadão e o Direito Penal do Inimigo.
· Direito Penal do Inimigo: É autoritário. Suprime Direitos e Garantias. A Constituição e as leis são aplicadas para os cidadãos. Prospectivo. Periculosidade. Admite Penas Indeterminadas. Direito Penal do Autor. 
· Direito Penal do Cidadão: Grande maioria das pessoas e mesmo dos criminosos participam do grupo do cidadão. É um direito penal garantista. Retrospectivo. Se baseia na Culpabilidade do agente. É um Direito penal do Fato. 
Efeitos da aplicação do DPI: 
I) Supressão de Direitos e Garantias Fundamentais; 
II) Antecipação da tutela penal: Direito Penal Preventivo. O DPI Pune os atos preparatórios com a mesma pena do crime consumado.
III) Provas. O DPI admite provas ilícitas. Confissão como principal prova (Rainha das provas). Para obter a confissão pode utilizar-se a tortura, nas palavras de Jakobs: interrogatório severo.
IV) Fortalecimento dos Poderes da Polícia.
DPI no Brasil: não é possível aplicar no Brasil nos moldes do Jakobs, tendo em vista que entre em conflita com o art. 5º da CF.
Existem manifestações do DPI na Legislação Brasileira? RDD (regime Disciplinar Diferenciado) (a doutrina minoritária diz que é) (Masson diz que não é). (STJ disse que é Constitucional). Art. 5º na Lei de Terrorismo, punição dos atos preparatórios. (Masson entende que é). Abate de avião e helicópteros que não comunicam. Já informalmente, o DPI existe no Brasil. 
4ª Velocidade: Neopunitivismo, Daniel Pastor. Panpenalismo (Direito penal total). É um Direito mais autoritário, mas abusivo, do que o DPI. Aplica-se aos antigos chefes de Estados pela prática de crimes de guerra. Viola-se o sistema acusatório. É inquisitivo. Viola-se o Juízo Natural. Ofende a Reserva Legal e a Anterioridade. 
5ª Velocidade (bastante criticada kkkk, nem todo mundo afirma): Criação Brasileira. É o Direito Penal com presença massiva em locais públicos.

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