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JOAO LEONARDO CARVALHO ARAUJO SOUSA Evolução do pensamento geográfico RESUMO: A evolução do pensamento geográfico. São Luís – MA 2021 Universidade estadual do Maranhão-UEMA Centro de Educação de ciências Exatas e Naturais-CECEN Departamento de História e geografia -DHG Curso: Geografia Bacharelado Professor: Ademir Terra Evolução do pensamento geográfico JOAO LEONARDO CARVALHO ARAUJO SOUSA Resumo: A evolução do pensamento geográfico Trabalho apresentado ao Curso Bacharelado em geografia da universidade estadual do maranhão como pré-requisito para obtenção de nota na disciplina evolução do pensamento geográfico. Prof. Dr. Ademir Terra São Luís – MA 2021 Esse resumo tem por objetivo apresentar os pontos mais relevantes contidos no livro evolução do pensamento geográfico de autorias de Conceição Coelho Ferreira e Natércia Neves Simões. As autoras iniciam o livro falando do capítulo1, sobre o contexto histórico da geografia, fazendo uma relação dos fatos a vida dos humanos no planeta terra, sendo que seria necessário saber a causas dos acontecimentos de cada fenômeno e a importância destes na trajetória dos seres humanos, assim as autoras utilizam a percepção das coisas como uma maneira de adquiri e manipular as experiências. Com passar do tempo as culturas foram criando padrões e sistema no qual podiam manipular as experiencias por todos os seus componentes pois as perguntas necessitavam de respostas satisfatórias e exclusivas para a comunidade, onde no fundo precisava-se estabelecer uma ordem que permitia organizar um sistema coerente, onde as experiencias obtidas precisavam se enquadra as perguntas e respostas da sociedade. A necessidade de respeitar uma ordem preestabelecida e facilmente verificável no estabelecimento de sistemas religiosos e sociais. Onde o surgimento desta ordem era necessário nos diversos domínios que o homem foi ramificando por suas conquistas tecnológicas como em várias invenções que mudaram o rumo da sociedade. O homem estava inserido em diversas problemáticas onde era necessário resolver e nem sempre a experiencia não tinha capacidade para resolver os problemas pontuais, onde foi necessário criar sistemas para buscar estas respostas. Assim surgiu a ordem tecnológica e posteriormente a ciência que é produto do pensamento humano destinado a criar meios para atingir objetivos finais, onde explicava as experiencias do passado, atuais e futuras, no entanto a ciência não seria o único sistema possível, onde se homem descobrisse novos sistemas ele abandonaria a ciências junto ao sistema tecnológico obtido nestas. Na ciência há uma sistematização de fases em 4 níveis onde este são: A resolução dos problemas, a metodologia, a pesquisa e o enquadramento filosófico. A primeira fase os problemas são resolvidos pelos conhecimentos técnicos, que se baseiam em princípios já estabelecidos, atras dos métodos e busca uma solução para o problema. A parte metodológica e parte que se aplica os métodos que serão aplicados para respostas mais eficazes para os problemas. A pesquisa ou a descoberta de novas áreas e novos problemas do âmbito de cada ciência particular onde e feita por teóricos onde eles destinam o que fazer no campo cientifico. Por fim o enquadramento filosófico ou abstrato que é feito pelos filósofos que se preocupam com o pensamento em geral. Assim podemos considerar que os filósofos constroem a base de conceitos de todas as atividades em que os teóricos lhe fornecem, criam técnicas fundamentais além que os técnicos resolvem os problemas que lhe são colocadas pela comunidade sobre assuntos diversos, utilizando técnicas fornecidas pelos metodólogos. Onde cada ramo cientifico vai solucionar um conjunto de problemas de modo que, da sua inter-relação e complementaridade, onde se produzia uma sociedade mais estável, com relação a um sistema de conhecimento que produz um bem estar social cada vez melhor. Chegamos ao ponto livro onde se abordar o surgimento da geografia como um conhecimento, segundos as autoras se tinham o questionamento de como enquadra a geografia na ordem cientifica? Primeiro será necessário reconhecer quais os acontecimentos relacionados do âmbito geográfico e partir disto buscar as respostas e as encontra-las. Estas questões servem para identificar um acontecimento casual, seja qual for são englobadas em todas as ciências onde estas questões são ligadas as estruturas espaciais que representam o pensamento geográfico e assim identificando a geografia. Os geógrafos são questionados sobre a distribuição relativos as estruturas e suas consequências, onde o planeta em que vivemos são expostos sobre a distribuição espacial, respectivas estruturas e suas consequências. No texto apresenta problemas relacionados a geografia dos anos 70 e 80 (Desigualdade econômica, Guerra fria e a superpopulação) onde todas eles têm a ver como particularidades da distribuição no espaço e precisa de uma resolução. De acordo com as autoras da obra compete a geografia descobrir os processos que criam as estruturas espaciais, encontra qual a sua ordem, de modo a unir esta ordem na experiencia, para que estes possam ser aperfeiçoados e assim obter os conhecimentos adquiridos. As descobertas permitem resolver as questões de ordem espacial, onde os geógrafos tem a possibilidade de resolver os problemas das comunidades sobre as estruturas da distribuição espaciais. Onde estas respostas feitas pelo geográfico serão as mais adequadas para o assunto relacionado a distribuição geográfica. A geografia como ciência e justificada como ciência pela capacidade de criar réplicas de distribuições espaciais. Elas devem permitir estabelecer padrões conceituais eficaz para definir as sequências de acontecimentos que criam estruturas espaciais que seja em qualquer tempo da história. Assim a geografia será capaz de criar sistemas ordenados de reposta, onde poderá criar métodos para responder questões sobre as estruturas e as suas consequências , além de descobrir técnicas que permitam resolver problemas relacionados a geografia. Com isso estes sistemas de respostas uteis sobre o modo e as estruturas espaciais são feitos para catalogar novas experiências geográficas que podem ser uteis a outras ciências e colaborando para o bem estar da sociedade. A geografia enquadrasse no sistema cientifico que explicasse as experiências sobre o espaço e seus componentes. A autora entra no trecho do livro que explica sobre ciências , ciências e métodos científicos , onde a ciência e um produto do pensamento humano , tal como outros sistema do pensamento, sendo um instrumento destinado a resolver certas tarefas humanas entretanto se revelou um instrumento poderoso que em geral passou-se a se pensar na ciência como uma instrução super-humana , devido ao fato de ser supraindividual e supranacional onde pode afirma que se trata de uma construção em virtude de ser uma estrutura hierárquica , composta por um conjunto de conceitos , construções e relações. Conforme a autora a ciência não e um acumulo de conhecimento mais sim uma ordem humana imposta, por conta que permite dar respostas convenientes as dúvidas do homem. A ciências e composta por diferentes espécies de ciências, Carnap separa as ciências em 2 tipos; As ciências factuais e as ciências formais. As factuais detêm conteúdo empíricos e trabalham diretamente com fatos, compreendem, assim, ciências físicas, seja humana, puras ou aplicadas. As ciências formais são aquelas demostram apenas sistemas de pensamento, como a lógica e a matemática, ambas se baseiam em dois conceitos: relação e número. As ciências factuais são sustentadas em construções, ou seja , nas experiencias de conceito sendo ideias abstratas e não empíricas , baseadana relação , no número e nas combinações. Já as ciências formais não se preocupam com o conhecimento empírico e trabalham os seus conceitos como axiomas. Para a resolução de um problema que e coloca para a ciência e necessário um método de trabalho que leve o pesquisador a resposta certa e concreta, onde são feitos por várias fases, estas fases as autoras fazem menção no livro especificando e explicando cada uma delas. A primeira fase é a formulação da hipótese, nesta fase o problema e exposto, onde será necessário reconhecê-lo como um acontecimento ou como um serie de acontecimentos sendo que estes estabelecem relação entre si ou como outros acontecimentos. Onde aquilo que se pretende descobrir e o porque do acontecimento, onde será necessário descobri o que causa este problema. Os pesquisadores usam a logica e seu aprimoramento, raramente se inicia uma investigação sem nem uma ideia daquilo que vai se investigar. A coleta de dados e procurar uma relação a outro fenômeno será inútil na investigação de um novo problema cientifico. A segunda fase e a descrição e a observação , esta fase e usada para testar as hipóteses , os cientistas nesta fase tem que selecionar fatos que lhe são mais relevantes , para isto os cientistas se baseiam em teorias preconcebidas que determinam os tipos de fatos que são relevantes para a investigação , após e necessário descrever os fatos , que e feito de 2 maneiras: A descrição nominal e a descrição operacional , após esta definição e necessário tratar da medição como parte final da descrição. Após definir os fatos e tratar e necessário estabelecer maneiras de medição podendo ser numérica , escrita ou verbal. Geralmente e usada pelos cientistas a forma numérica pois e mais fácil de armazenar , tratar , manipular e produzir os dados e tem medições mais exatas e objetivas. Entretanto para as ciências sociais a técnica de medição numérica encontrasse pouco desenvolvida , por fim a observação e uma operação complexa , que exige técnicas que causem uma exatidão na elaboração na coleta e registro de dados onde a seleção e manipulação deve ser de maneira clara e precisa. A terceira fase e a classificação onde se dá uma seleção de dados que considera relevante para resolver um problema, é necessário manipular, com isto generaliza os fatos através de uma classificação precedente. Muitas vezes o processo de classificação e inconscientes ou imediato, desde que os fatos já estejam integrados, classificados e já estabelecidos, os cientistas englobam todos os fatos possíveis em um acontecimento, onde se considera relevante podendo se dividir em categorias taxonômicas especificas. Onde esta ocupa lugar importante na ciência. Embora a classificação um sistema, mais esta permite estabelecer mais facilmente relações entre as classes e fatos dos dados individualizados. A quarta fase e a teste da hipótese e elaborações de leis, nestas fases os cientistas tem de decidir o seu julgamento sobre as relações entre experiencias é que seja validos pra pesquisa, onde e necessário examinar um grande numero de casos, onde se pode determinar as suas observações condizem os fatos percebidos em relação aos estabelecidos. A investigação e lenta e feita com muita cautela, pois a determinação da sua validade da hipótese acarreta em si, uma forte subjetividade, já que depende do pesquisador aceitar ou recusar as provas da validação da hipótese. Uma hipótese e considerada comprovada e valida, passa-se a elaboração de uma lei cientifica. Onde a probabilidade de determinado evento cientifico pode acontecer. A quinta fase e a teoria, que é um termo e especifico e utiliza-se para designar o processo de construção de estruturas concepcionais formais em ciências, assim as teorias são compostas por lei e pelas regras segundo as quais estas leis se juntam. As teorias são sequencias dos processos seguidos anteriormente, ou seja, e um produto das experiencias e hipóteses. Assim a teoria e como um grande eixo do desenvolvimento cientifico, na qual uma área do conhecimento não se reconhece como ciência, já que não apresenta características explicativas e produzidas dos acontecimentos sobre qual o estuda. Concluísse que a ciência tem como objetivo de explicar e predizer, através das suas aplicações práticas. As autoras explicam a geografia no contexto das ciências, onde ela começa explicando que a ciência não pode ser caracterizada pelo método pois é comum este método a todas áreas e nem pelo objetivo de estudo, por conta de ter várias ciências no mesmo campo de estudo, sendo que diferenciara seria o conjunto de problemas, que são as questões ainda sem resposta acerca das experiencias junto isto os métodos na qual será explicado. O objetivo da geografia como ciência são os fenômenos existentes na superfície terrestre, sendo na medida que estes ocupem o espaço geográfico, ou seja não seria os fenômenos em si que lhe interessaria mais sim a expressão geográfica padrão da distribuição no espaço. Durante um longo período de tempo pensou-se que a geografia era uma ciência integradora que possuía método único e próprio, que levou os geógrafos a procurarem sobre problemas que não lhes diziam diretamente a geografia, já que procuravam respostas em outras ciências. Como exemplos geógrafos não tinham competência de saber as leis que falava sobre vulcanismo , mais sim verificar se existe padrão na destruição dos vulcões na superfície terrestre. Com a criação de uma serie de ciências a geografia ficou com campo restrito , ou seja buscando a melhor compreensão do fenômenos no campo geográfico. Assim ficou perceptivo ficou que vários fenômenos geográficos poderiam ser estudados por várias ciências, um exemplo seria o crescimento das cidades que poderia ser estudado tanto pela sociologia por conta onde explicara o contexto social, cultura e a economia e a geografia explicaria o contexto espacial, os padrões e a distribuição espacial diferente do crescimento da cidade. Assim os geógrafos se aliavam a trabalho executados a outras ciências para e explicação de perguntas do cunho geográfico. Assim a difusão da epidemiologia foram uteis ao estudo da difusão de movimentos e ideias. Á geografia são colocadas por pergunta onde e porque acontecem os fenômenos geográficos e onde acontecem estes, a assim o geografo deve buscar respostas mais certas para estas perguntas para tanto os outros cientistas buscam a explicação destes fenômenos e outras ciências. Conforme o texto até hoje os geógrafos mantiveram entre si uma controvérsia sobre o papel da geografia, onde este seguram vários caminhos que foram desvantajosos para a geografia. Com isto as autoras falam 2 grande tendencias que surgiram na geografia, a sistemática e a regional. Na os geografia regional os fenômenos devem ser encarados com singularidade, ou seja, mesmo que esteja em outros campos de estudo, devem ser de maior estudo da geografia o ocasionalmento destes fenômenos, onde leva a estudar a região como um fenômeno único, cuja as combinações não se repetem, não podendo ser encontrado em leis a aplicar em áreas ainda não estudadas, o que leva a geografia uma mera descrição de fenômenos que se interligam no espaço. Entretanto os geógrafos tem um ponto de vista diferente, onde apesar do método individualizador ser usado, e necessário que a geografia receba o seu caráter estritamente cientifico apenas através do método generalista, criando base para uma forma mais certa de explicação, apoiada em leis cientificas. Na geografia sistemática e usado o método cientifico como o único para possíveis investigações, na busca de descobrir as leis que regem os fenômenos geográficos. A geografia é essencialmente nomotética e também uma ciência ideográfica e simultaneamente, nomotética levantando dificuldades ao pretendendo interagir e um determinado conjunto de ciências, este problema se tornamais dificultoso quando se consideram os dois principais ramos da geografia sistemática a geografia física e humana. Conforme o texto a geografia física adota muitos conceitos e métodos das ciências da natureza como a geologia e a botânica , já a geografia humana adota métodos e conceitos e métodos de outros ciências humanas como sociologia e economia. A geografia física e facilmente incluída no grupo das ciências da natureza a geografia humana no grupo das ciências humanas, assim a geografia é uma ciência que se reparte por vários grupos, onde fica difícil de incluir num grupo definido. Já as ciências nomotética são as que buscam leis gerais de aplicação universal onde se encaixam na base das ciências naturais. Com isto muitas vezes temos uma visão dualista da geografia. Com isso muitos autores sustentam só o estudo da região que devia constituir o objeto de estudo da geografia, na medida que está e única ciência que estuda a superfície terrestre em áreas ou territórios, assim sendo em regiões. Mais o fato e que os geógrafos sistemáticos se preocupam com a distribuição da superfície terrestre que o fenômeno da biografia, ou da geografia econômica ou a geografia cultural, colocando, sempre em destaque a diferença da definição espacial da superfície da terra. Sendo assim não se pode considerar a região como único objeto de estudo da geografia, sendo que o geografo estuda sempre a repetição espacial de qualquer fenômeno. Para responder os questionamentos relacionados as estruturas espaciais e a sua determinação conforme a geografia se recorre ao exercício cronológico, onde entra polemicas acadêmicas e juízos de valores errados, primeiramente Hettner determinou a geografia com termo Wissensschaft, sendo a sabedoria do espaço, sendo este termo muito mais amplo que outro termos utilizados que designa qualquer corpo organizado de conhecimento. Para alguns geógrafos não é possível os conceitos científicos da época não eram apropriados para a geografia, sendo necessário a descobertas de leis, enquanto outros iam estudar as regiões que são espaços heterogêneos e únicos. Assim a geografia incluísse nas ciências ideológicas, que é a geografia regional, nas ciências nomotéticas, no caso da geografia sistemática, nas ciências das naturezas, considerado geografia física a nas ciências humanas, considerando a geografia humana. Mais não significa que a geografia e uma ciência que se reparte, mais, entretanto ela tem ligações com as outras ciências. O núcleo de estudo da geografia e o pensar geograficamente, ou seja, estudar os fenômenos na sua distribuição territorial e as suas diversas correlações. A geografia se configura como uma ciência de ligação, que está situada entre as ciências das naturezas e as ciências humanas, sendo que isto trás dificuldade a própria geografia. Conforme o texto as autoras podem-se definir a geografia como s ciência que estuda as variações das distribuições espaciais e os fenômenos da superfície da terra como os bióticos e culturais, assim como a relação entre homem e o meio natural e a individualização e análise das regiões da superfície terrestre. Assim se tem 2 pontos de consenso sem haver duvidas que é a geografia deve descobrir as leis que regem a divisão territorial e a geografia estuda a estrutura espacial de um fenômeno da superfície terrestre e não fenômeno entre si. As distribuições geográficas podem ser feitas em várias dimensões espaciais e geralmente usam técnicas cartográficas para ser representado e distribuída facilmente facilitando as deduções. Mesmo com uso de mapas ou historiógramas, se verifica uma distribuição variada em padrão de intensidade de um lugar para o outro. Estas representações são muito uteis no processo de abstração, permitindo criar conexões fundamentais as relações existentes. Segundo as autoras para se descobrir os padrões existentes, a escala de analise geográfica pode variar de um simples desenho de uma casa até a superfície do planeta terra, sendo que qualquer escala pode ser utilizada, pois o comportamento espacial humano interessa os geógrafos e criar as teoria e leis do espaço não geográfico que podem ser aplicadas na distribuição espaços geográficos. Criando uma inter-relação entre a geografia física e outras ciências do ambiente natural e também da geografia humana e de outras ciências sociais. Os geógrafos a fim de responder questões de caráter geográfico que são relacionadas a face da Terra, trabalham basicamente com dois sistemas de localização: A localização absoluta que é um sistema convencional que posiciona cada ponto em relação espaço onde a latitude e a longitude definem a localização absoluta e a localização relativa que um sistema pelo qual se posiciona um ponto em relação a outro através de características e paisagens. Por muitos anos os geógrafos tentaram construir uma imagem exata dos diferentes pontos da superfície terrena para construir uma melhor representação e organização do plano terrestre, chegando à conclusão que é preciso descobrir os padrões de distribuição dos fenômenos humanos e físicos nesse espaço, também o espaço da geografia como ciência. Chegamos agora ao segundo capitulo do livro A evolução do pensamento geográfico, onde as autoras irão retratar a evolução histórica do pensamento geográfico, para iniciar as autoras sobre a consciência da estrutura das distribuições geográficas, suas causas e consequências e das relações que se estabelecem entre conjunto das distribuições espaciais com a finalidade de construir sistema de organização espacial. Entretanto não foi fácil chegar a esta consciência por conta que a maior parte das questões geográficas sempre tiveram irregularidades da distribuição física e humanas, onde ficou difícil de definir pontos comuns e assim dificuldade de criar métodos que permitiam criar padrões. A preocupação do homem em representar a distribuição dos fenômenos geográficos surgiram desde a antiguidade. Nos tem remotos o homem vivia em grupos e viviam se locomovendo a procurar de melhores condições para sua sobrevivência ou em atividades de guerra, com isto o homem sentiu necessidade de representar informações sobre os caminhos percorridos e as direções para que pudesse transmitir a outros. Assim surgiram os primeiros embolsos que representavam a superfície terrestre, ou seja, os primeiros mapas. Estas representações mostram o melhor caminho de ponto a há um ponto b, além que estas representações mostram os obstáculos ao longo do percurso e os fatos importantes a serem observado no caminho. Os altores consideram que fazer mapas e uma aptidão inata da humanidade. O mapa mais antigo conhecido atualmente foi encontrado em escavações na cidade da cidade de Ga Sur, a 300 km ao norte da Babilônia, datado de 2500 a.C, e uma pequena placa de argila que representa o vale do rio Eufrates, com uma montanha de cada lado acompanhado por um delta de três braços. Os pontos Norte, leste e Oeste estão assinalados com círculos com inscrições. Com as mesmas características foram encontradas outras placas, representado o povoamento da babilônia, que demostra e importância da cartografia na antiguidade. No antigo Egito foram construídos mapas resultantes das medições feitas no vale do Nilo no reinado de Ramsés II, entretanto não estão conservados para observação até a atualidade. Na época acreditava-se que a terra era plana, em forma de um disco e constituída por uma massa continental que flutuava na água, com a abobada celeste por cima. A expansão política, comercial e marítima dos povos do mediterrânea impulsionou a elaboração de mapas marinhos e com isto a descrição de lugares e de povos. Estas descrições eram chamadas de périplos, que são conhecidas pela referencia a escritores da antiguidade, onde chegaram poucas destas obras aos dias atuais. Estas obras inspiraram Homero (850 a.C) para a escrita desuas obras. O périplo mais antigo relatado pelos escritores gregos foi de realizado por marinheiros fenícios a serviço do governo do Egito, onde navegaram e descreveram do mar vermelho dirigindo para o sul e navegando na costa africana , assim contornaram a África e se nortearam pelo sol para saber que tinham dobrado a extremidade sul do continente , anos depois regressaram ao mediterrâneo. Já no século VI a.C Cartago organizou duas expedições em busca de regiões produtoras de estanho. Uma desta expedições contornou a África ate camarões pelo ocidente onde se avistou o vulcão camarões e outra contornou a costa europeia ate a costa da Bretanha. Marselhês Píteias contornou no século IV a.C contornou novamente a costa europeia, chegando nas Ilhas Britânicas e a Escócia e lá ouviu falar dos dias de 24 horas e das terras nebulosas onde era a Noruega e Islândia. Na Grécia surgiu o pensamento geográfico sistematizado e a palavra geografia que foi criada por eles e significa escrever a terra. Anaximandro de Mileto (650- 615) foi o criador do primeiro mapa grego, foi discípulo da tales de mileto que era geografo. Escreveu relatos das suas viagens, foi o inventor do gnómon que serve para medir a altura do sol, além de ser o criador do principio do geocentrismo e o estabeleceu no século VI a.C. Hecateu de Mileto (560 a 480 a.C) foi quem elaborou o segundo mapa. viajou por parte do mundo conhecido, escreveu a descrição da terra, na qual ilustrou por um mapa em que a terra esta representada por um disco sendo circuncidada por água a sua volta. Este mundo conhecido pelos gregos se estendia do Atlântico ao rio Indo, as regiões norte e sul eram pouco conhecidas. O mundo habitável tinha uma forma alongada, onde o eixo Leste-Oeste possuía o dobro do tamanho do eixo norte-sul. Derivou os termos longitude e latitude conhecidos até hoje. A esfericidade da terra foi aceita apenas no século V a.C, foi resultado de reflexão filosófica sobre forma ideal dos corpos e não da observação onde a esfera seria a forma mais perfeita de todas, assim a terra a obra mestra dos deuses seria uma esfera. Parménides (510-450 a.C) foi o filosofo que criou esta teoria, Platão que lhe deu a credibilidade necessária, entretanto as provas só surgiram anos depois Aristóteles, onde se baseou em 2 argumentos: o primeiro era relação que a sobra da terra e da lua eram redondas assim observado nos eclipses e segundo a altura dos astros em relação ao horizonte variava quando se movia-se do Norte para o sul. Heródoto (485-425 a.C) percorreu a maior parte do mundo habitável conhecido. Colheu informações sobre do Saara e a rota das caravanas que ligavam o norte da África as regiões mais a sul, produtoras de ouro e estanho. Ele pretendia conhecer os locais onde havia acontecidos os fatos históricos no qual ele ia publica em seu livro, assim ele estudou sobre as populações e características, contexto espacial, e a organização política, estas informações era uteis para os gregos que queria dominar os bárbaros dos territórios vizinhos. Alexandre Magno (334-323 a.C) fez expedições que aumentarão o conhecimento geográfico grego da época, nestas expedições foram vários sábios acompanhado, onde de vários dois eram discípulos de Aristóteles. Mandou fazer um senso do império, traçar estradas e verificar as comunicações com o mar negro e o mar vermelho. Esta obra foi reunida na biblioteca de Alexandria. Ainda no século iv , Dicearco elaborou um mapa usando dois eixos perpendiculares no sentido Leste-Oeste, onde o diagrama passava pela colunas de Hércules e Rodes. Erastóstenes (217-196 a.C), passou a ter o cargo de diretor da biblioteca de Alexandria, foi primeiro filosofo grego a se autodeterminasse geógrafo. Onde este aperfeiçoou o mapa de Dicearco onde introduzi-os vários meridianos e paralelos, formando uma rede retangular. Em seus estudos teve conhecimento que existia em Siena um poço onde o Sol incidia verticalmente em um único dia do ano, sendo no dia do solstício de verão. Observou que no mesmo dia, em Alexandria os objetos tinham sombras. Ele construiu a partir das suas medidas uma quadricula com vários meridianos e paralelos, que consistiu a base da rede de meridianos e paralelos ainda hoje utilizados para a localização em qualquer lugar. Entretanto surge o problema da localização, extremamente ligado a astronomia e a geometria. onde estes aspectos da geografia sendo a ciência de localização dos lugares dura até o século XVIII. A precisão na localização geográfica passa a ser um dilema na geografia, onde como seria possível localizar em um mapa um ponto na superfície terrestre. A solução vem em outra pesquisa de saber onde existe estes lugares. Assim estes questionamentos e dados pelos viajantes, que descrevem os fatos observados nas suas viagens. Assim se desenvolve paralelamente duas tendencias geográficas: a geografia matemática ligada a astronomia e geometria e a geografia descritiva, resultado da descrição do mundo conhecido. Hiparco de Niceia (190-125 a.C) astrônomo de Rodes, melhorou o quadriculado utilizado por Erastóstenes. Conforme seus estudos, a posição rigorosa de um ponto só pode ser determinada astronomicamente e a sua representação cartográfica deve ser feita com base na projeção da superfície esférica da Terra em um plano. Utilizou a divisão 360 graus e constituiu uma rede de paralelos e meridianos, mais projetados e igualmente distanciados. Assim para medir a longitude propôs que se fizesse observações simultâneas ao eclipse lunar, o que não chegou a ser posto em pratica. Ele ainda elaborou a teoria das zonas climáticas que foi consideradas zonas compreendidas entre os paralelos. onde se contatou zonas extremamente quentes e frias para ser habitadas. Como o estudo do espaço habitado da terra chegou-se a um problema, onde o espaço era muito pequeno, ocupado apenas 25% do globo terrestre, onde observou o mundo desequilibrado. Onde não se ajustava ao conceito grego de simetria. Assim foi necessário imaginar 3 continentes que servissem de contrapeso. Assim surgir o conceito de antípoda ou continente sul, A terra Australis, atual Antártida. Posiodónio de Apameia efetuou uma nova medição da terra. Usou a distancia linear entre Rodes e Alexandria e calculou a distancia com o auxilio da estrela de canopo. O comprimento calculado para o meridiano foi de 29000km, sendo menor que a calculada por Erastóstenes. Ptolomeu e cartógrafos do século XV usaram este mesmo valor. Chegamos as conquistas da era romana que enriqueceram os conhecimentos geográficos tal como acontecera antes com Alexandre. O império se estendeu da foz do Danúbio no mar negro até o Atlântico, desde o norte da África até as ilhas britânicas. Fizeram expedições a fim de obter conhecimentos detalhados das regiões que iam ser conquistadas, elaborando relatórios, onde fizeram medições e censos para ter o controle de seus recursos militares e econômicos. Os itinerários não tinham valor cartográfico onde se consistia em uma lista de cidades situadas ao longo das principais vias de comunicação, onde tinha propósitos somente econômicos e administrativos, era usados pelo exercito e os administradores das províncias. Neste contexto os sábios gregos que mantiveram o desenvolvimento do conhecimento geográfico. Estrabão (64 a.C - -21d.C) foi um grego que viveu em Roma, foi um grande viajante tendo percorrido grande parte do mundo conhecido. Segundo ele a geografia era de interesse governamental e os geógrafos não deviam se preocupar com mundo fora do mundo abitado. Era opositor da geografia matemática na sua obra Geographica descreveu varias partes do mundo conhecidas, baseadas em suas viagens e em informações recolhidas de obras gregas. Ptolomeu de Alexandria (90-168 d.C.) foi ultimo geografo da antiguidade, ele retomou as concepções de Hiparco, tendo criado um processo de projeção cônicada superfície terrestre num plano. Elaborou um mapa mais aperfeiçoado que o de Erastóstenes, onde representou uma área maior. Escreveu oito volumes da sua obra, onde no primeiro fala sobre a construção de globos e a projeção de mapas , no ultimo volume indica os princípios da geografia matemática e da cartografia e faz relação a 8000 lugares com a sua longitude e latitude. Onde estas coordenadas foram indicadas por mapas já existentes. Nesta obra ainda continha 26 mapas detalhados constituindo o atlas mundial. Este mapa representava uma área de 180 graus de longitude, desde as Ilhas Canarias ate a China, neste atlas a África estava unida pela Ásia pelo sul. A continuidade dos conhecimentos geográficos gregos foi essencial para estudos de muito estudiosos gregos quanto mais no campo da geografia descritiva que teve grande utilidade para o conhecimento e administração por terras pelo império romano. Entretanto a geografia matemática não teve tantas obras. A descontinuidade dos pensamentos geográficos se deu no uso da geografia por necessidade de obras para suprir a demanda da sociedade que presava por obras que visava o conhecimento de locais para a política econômica, administrativa e militar de Roma. As autoras chegam na linha cronológica ao período da idade media onde seu inicio se da com a queda do império romano pelos bárbaros, onde início a difusão do cristianismo e uma regressão no conhecimento cientifico e consequentemente no conhecimento geográfico. Estas causas estão relacionadas ao contexto social, religioso e econômico da época. As invasões barbaras vão provocar uma situação de guerras generalizadas a todo espaço europeu ocupado pelo Império romano, gerando consequência desastrosas como o isolacionismo e a criação de um sistema feudal. Outras consequências foram grande parte da população masculina sendo usada em produção produtivas para funções militares , o abandono das atividades agrícolas , que levou a diminuição da população , aumento considerável na taxas de mortalidade por conta de fomes , guerras e pestes , desorganização do sistema econômico , social e politico existentes , destruição dos sistemas de comunicação e pôr fim a invasão de povos diferentes que passaram a dominar áreas distintas com a diversificação de políticas. Assim a Europa e dividida em pequenas áreas politicas diferenciadas, deixando de existir uma politica uniforme sobre o território. Com a distração dos sistemas de comunicação a Europa se encontrou sem a troca de material humano, bens e produtos e ideais de diferentes áreas europeias. O sistema feudal vai gerar um sistema de isolamento, que vai tentar resolver os problemas de autossubsistência do próprio feudo. deixa de existir a mobilidade que se verificava na antiguidade e o desconhecimento de outras áreas que não seja o feudo. Neste contexto a igreja ganhou o maior pode possível, onde era o único poder central europeu , as questões e respostas deveriam ser a luz do que estava escrito na bíblia. O questionamento humano continuou mesmo ainda com domínio da igreja, só que as respostas eram a luz do que a igreja ensinava, questões era solucionada a luz da bíblia que continha referência cosmológica e geográficos que satisfaziam. O fato de a igreja dar estas respostas que antes era encontradas pelas ciências e consequência não somente do poder da igreja, mais sim do imobilismo gerado pelos fins das viagens exploradoras e do intercâmbio de informações por conta da destruição dos meios de comunicação. O desenvolvimento da ciência ou da religião depende das preocupações humanas do tipo de respostas que ele a humanidade procura. Com isto a ciências progride quando os homens se preocupam com mundo que lhe cerca e assim pode-se ter respostas satisfatórias relacionado a este mundo físico que ele vive. Com a difusão do cristianismo foram problemas de ordem religiosa, ou problema que tinham reposta na religião onde passaram a interessar a população. Conhecimentos bíblicos foram empregados na cartografia, onde utilizavam mapas circulares romanos, nos quais tinha caráter teológico e não geográfico. No mapa Jerusalém ocupava o centro do mapa por ser considerada a cidade santa para o cristianismo; o paraíso está localizado a leste na parte superior do mapa, o mediterrâneo tinha uma posição meridiana no mapa, no mapa não mostra a esfericidade da terra e nem seus espaços banhados a mar. Assim Ptolomeu foi o último geografo sem influencia religiosa e com consciência crítica até o século XV. O pensamento geográfico estava sendo construído na idade média, entretanto sem formulação em termo científicos, sendo influenciado por ordem religiosa onde buscava as respostas, isto gerou o desparecimento da geografia como ciência neste determinado período de tempo. Enquanto isto no mundo árabe, com o surgimento e estabelecimento do império mulçumano, depois do ano 800 d.C., passou se ter um grande crescimento e desenvolvimento das ciências e quanto mais o pensamento geográfico. Este império dominava uma área muito vasta que ia do Afeganistão até o Atlântico, assim surgiu a curiosidade e a necessidades deste império conhecer o mundo. Ao mesmo tempo se tinha a necessidade religiosa por conta que todo mulçumano deve ir uma vez na vida a Meca que é a cidade sagrada da sua religião. Com isto as viagens e o comercio sofreram um novo impulso havendo um avanço no campo geográfico. Os viajantes Al-Birune, Al-Idrisi ( 1099-1164) e Ibn Battuta foram viajantes que escreveram extensos e importantes relatos sobre as regiões que viajaram , Idrisi a serviço do rei da Sicília , criou a escola de palermo onde pode elaborar o mapa árabe mais completo que se tem conhecimento. Os monarcas muçulmanos promoveram as ciências e as artes. Se teve tradução as obras de Ptolomeu para a língua árabe e assim se desenvolveu a geografia, astronomia, astrologia, matemática e a geometria. Entretanto o conhecimento e as descrições geográficas produzidas pelos árabes têm muitas imprecisões e as localizações pouco rigorosas. Eles não usavam a latitude e a longitude para localizar lugares na face terrestre e elaborar seus mapas. Surgindo assim uma separação entre os geógrafos e astrônomos no mundo árabe que não existia na antiguidade. Conforme as autoras simultaneamente, a cartografia se desenvolvia na China, sem contato com o mundo árabe e os ocidentais. O governo chines desde os princípios se preocupavam em fazer descrições geográficas das áreas administradas, acompanhado de mapas. A invenção do papel e da bússola impulsionaram a criação de mapas chineses, onde se criou muitos mapas locais por todo império chines. Pie Hsiu (224-273) foi um grande cartografo chines que coordenou muitos mapas locais e lançou as bases para a cartografia chinesa, com o uso de um reticulado. Representou desde os percas ao Japão, entretanto os chineses não conheciam o ocidente. Estes mapas continuaram a ser feitos e evoluindo, com as chegadas dos jesuítas à China, no século XVI foram encontrado uma quantidade numerosa de mapas de boa qualidade que permitiu a construção do atlas do império. As cruzadas que surgiram no fim da idade média, peregrinaram aos lugares sagrados e o renascimento do comercio na Europa e no oriente levaram a ressurgir a curiosidade pelo novo desconhecido. promovendo uma nova etapa no desenvolvimento da geografia. Ressurge os itinerários de viagens e as obras que descrevem os lugares visitados, o livro de marco polo descreveu vários povos durante suas viagens. Com desenvolvimento da navegação houve necessidade de reativar uma cartografia realista, os portulanos, eram assinados com notável exatidão os acidentes costeiros e a cartografia religiosa foi abandonada. A autora finaliza este tópico mostrado como a invenção da bússola foi possível desenhar os rumos dos ventos, construindo uma rede de rumos, seguidos quando se navega,a partir de um ponto conhecido onde uma rosa dos ventos central e ligada a várias direções. A cartografia deste tipo foi desenvolvida pelos catalães e italianos. As autoras começam a discorrer nesta parte do livro sobre a geografia do século XV ao século XIX. O marco inicial deste espaço temporal foi a tradução do árabe para o latim a obra de Ptolomeu e assim teve uma grande difusão desta na Europa , assim as ideias sobre a cartografia e forma da terra tiveram grande mudanças , assim foi retomada a ideia de esfericidade da terra. Obras de Antiguidade são traduzidas e a geografia toma dois rumos já usados na antiguidade que era a geografia matemática ligada a cartografia e as observações dos astros e a geografia descritiva. O Século XV foi impulsionado pelas grandes navegações e as longas viagens e a descoberta de novos territórios. Surgiram descrições de novos territórios que maravilharam os europeus por conta de seu clima, vegetação, hábitos e população. Assim se teve aperfeiçoamento dos mapas utilizados nas viagens, assim surgiram mapas mais exatos de navegação marítima. A concepção geográfica do mundo mudou rapidamente no primeiro quarto do século XVI do que em qualquer época. Se teve o aparecimento de duas problemáticas: A medição da latitude e longitude com precisão usando apenas o astrolábio e a construção de mapa do mundo inteiro. Assim na questão das medições ainda se usava o astrolábio para latitude e os cálculos de longitude persistia o método de Ptolomeu que havia erros. Na construção de mapas se recorria aos sistemas de projeção matemática sendo que as mais importantes foram as construídas por Mercator (1569) que foi o pai da cartografia holandesa e Ortelius (1570), em Antuérpia. Mercator foi primeiro cartografo a corrigir o erro do mapa de Ptolomeu, dando mediterrâneo uma extensão de 53 graus. Sua projeção de 1570 e construída por um mapa-múndi, em que o velho mundo e o novo mundo figuravam e um círculo, com meridianos curvos. Em 1492, surgi o primeiro globo terrestre construído por Martin Behaim. No século XVII modificou-se a ideia da posição da terra no universo, no qual está deixa de ser geocêntrica e passa ser heliocêntrica, esta conclusão foi fruto dos estudos de Copérnico, Galileu e Kepler. Os cálculos da latitude e longitude passaram a ser exatos a partir da invenção do cronometro e do relógio em 1658 e a do sextante em 1678. Onde estas medidas passam ser medida da diferença de horário entre 2 lugares e somente a partir da medição precisa do tempo se pode calcular com exatidão a longitude de algum ponto, assim foi necessário corrigir os erros dos mapas elaborados anteriormente. Simultaneamente na França começou a se desenvolver a cartografia em longa escala que permitiu representar boa parte do território se visse com argumento para a administração política, guerra e para obras. Onde a academia de ciências ficou responsável de elaborar os primeiros mapas. Em 1744, foi elaborado o primeiro mapa, sendo elaborado por Cassini , no mesmo ano começou os trabalhos para a elaboração de um novo mapa, que foi concluído durante a revolução francesa. Foi batizado de a Carte Géométrique de la France, feito na escala 1:86400 com 182 folhas. Os outros países europeus começaram fazer seus levantamentos topógrafos a partir de 1750, onde a responsabilidade era dos serviços geográficos dos exércitos. Ainda neste período e publicada na Alemanha a obra Geographia Generalis do autor Bernhard Varenius. Esta obra teve grande importância no desenvolvimento do pensamento geográficos nos séculos anteriores (XVII E XVIII). Usando as reflexões gregas como base o autor destingiu dois tipos de geografia sendo a geografia geral ou Universal e a geografia espacial. A geografia geral dizia respeito das características físicas da terra, onde utilizava métodos físicos e matemáticos para demostra características da terra onde podia- se fazer generalizações e leis dependo da unidade politica de cada território. A geografia espacial faz descrição dos países em 2 pontos de vista: 1 corográfico, abrangendo as grandes áreas. 2 topográfico, abrangendo pequenas áreas onde não seria possível elaborar leis por conta da imprevisibilidade da região. O autor considerou que a geografia espacial ou regional seria difícil se considerar ciência por conta da simples descrição dos fatos. Onde seria necessário que a geografia criasse um conjunto de leis que pudesse se aplicar de maneira generalizada que explicasse os fenômenos de cada região. As descobertas do século XVII se deu ainda grandes descobertas, várias terras ainda eram desconhecidas, foi organizado expedições para reconhecer o a américa do norte, as Índias orientais, países da África e a Oceania, e o russos ainda exploravam a Sibéria. Diversos países europeus criaram diversas obras geográficas na qual descreviam em geral os territórios nacionais, suas produções e bens. No decorrer do século surgir Emanuel Kent (1724-1804) que foi professor de geografia durante 40 anos na universidade de Consiberga na Alemanha. Sua importância como geógrafo pelas suas reflexões filosóficas sobre a natureza do conhecimento e a forma de o classificar. Onde o conhecimento pode ser adquirido por dois processos o primeiro sendo através da experiência e o segundo através do raciocínio. Antes entendia-se que não era necessário da experiência na busca do conhecimento, assim sente a razão bastaria. Onde bastaria para comprovar seria através de sistemas e resultantes de explicação. Kant definia a geografia como um conhecimento empírico, onde se derivava- se como ciências aparte das experiencias humanas, onde o conhecimento comum seria sistematizar e classificar os pontos da superfície terrestre. Na sua teoria do conhecimento Kant considera as disciplinas organizadas em 3 grupos: as ciências sistemáticas, que estudam as categorias dos fenômenos, as ciências históricas que estudam a relação entre a história e os fenômenos no tempo a terceira seria as ciências geográficas que estudam os fatos relacionados a suas relações com o espaço. O autor assume particularmente a importância nas questões sobre a natureza geográfica e o conhecimento geográfico. As autoras da obra resumida chegam no livro na era da geografia moderna. O dilema da geografia moderna iniciasse a partir de 1800 onde notasse uma preocupação profunda na percepção dos geógrafos onde com boa parte da terra conhecida já seria capaz de responder onde se localiza cada local com base no raciocínio geográfico. Neste período deixa de estudar a terra enquanto astro para estudar a ciência da localização exata dos lugares e a cartografia. Outra dúvida que os geógrafos tinham na época era relacionada a o que existe em cada lugar? A partir desta duvidas passaram a estudar somente a superfície terrestre com somente 2 problemas que lhe interessavam: o estudo da diferenciação do espaço e o estudo da relação homem-meio. Esta preocupação era existente desde os tempos dos geógrafos matemáticos e intendia-se que era mais importante o conhecimento dos fatos que o conhecimento do que existe na superfície da terra do que a localização exata dos lugares. Os grandes viajantes árabes e comerciantes do fim da idade média, navegadores dos descobrimentos era preocupados com a descrição dos locais, onde este conhecimento não possuía uma metodologia própria, ao contrario se sucedia a geografia matemática. Kant se preocupou sobre a natureza do conhecimento geográfico tentando defini-la como a ciência do espaço sendo a tendencia assim surgindo como conspecção da geografia como ciência que estudas os espaços, ou áreas como que são únicas. A partir desta característica de ciência corográfica pode se distinguir a geografia das outras ciências. Pois nem uma outra estuda o espaço terrestre. A geografia do século XIX vai se desenvolver independente das outras ciências. Alexandervon Humboldt (1769-1859) e Karl Ritter (1779-1859) vão dar a geografia descritiva um caráter sistemático e uma metodologia própria, onde permitiu a geografia passar ser considerada uma ciência moderna, assim estes 2 cientistas alemão são considerados os fundadores, apesar de seus trabalhos serem totalmente diferente. Humboldt tenhas formação naturalista. Estudou as engenharias de minas, geologia, botânica, filosofia e física. Por sua condição financeira pode fazer varias viagens e organizar expedições, assim durante 5 anos viajou por grande parte da América latina e explorou a hidrografia desta passando por Venezuela, peru e México estudou a bacia amazônica e a cordilheira dos Andes. Durante suas viagens recolheu diversos dados científicos onde mediu a latitude e longitude de diversos lugares e estabeleceu a relação deste fator as variações da vegetação, colheu amostras geológicas, estudou vulcões, mediu a temperatura das correntes marítimas e mais tarde por sua corrente notou a essência de povos nômades pastoris. De volta a Europa organizou os dados recolhidos e discutiu as suas informações com outros cientistas. Viajou para Sibéria e, a partir de 1829, começou a elaborar suas obras, onde a obra Cosmos, sendo feito em 5 volumes onde utilizou primeiramente o traçado de isolinhas para o estudo das temperaturas. Na sua obra a geografia ainda não era tratada como ciência, sendo está ainda a geografia matemática que tratava da localização absoluta dos lugares. O objetivo era busca de uma ciência que pudesse integrar através da harmonia com a natureza, pois ele tinha a terra um todo orgânico, em que diversos fenômenos são interdependentes. Pelo seu trabalho, Humboldt demostrou interesse em explicar diferenças de diversas partes do globo, buscando encontrar relações que se estabeleçam entre diversos fenômenos à superfície da terra, do modo que produzem espaços com características diferentes sendo a paisagem resultantes de vários fenômenos. Fez a comparação vegetal de diversas regiões visitadas por ele. Observou no Andes a variação climática com a altitude, tendo introduzido a terminologia quente, frio e temperado, usada até atualmente. Encontrou semelhanças entre povos asiáticos e os índios americanos e tentou explicar. Criou uma sistematização dos conhecimentos geográficos, assim com Humboldt a geografia passou a ser uma ciência sistemática. Assim um mesmo fenômeno poderá ser estudado em nível mundial como ao nível regional. A compreensão universal foi talvez a compreensão mais importante do autor onde comparava diversas paisagens de áreas estudadas a outras áreas em outras partes da Terra. Seu método era empírico e indutivo, onde tentava obter leis gerais a partir de casos específicos. Ritter, discípulo de Humboldt, estudou diversas ciências, Ritter foi um professor da universidade de Berlin preocupou-se com a geografia da natureza mesmo não encontrando soluções que permitisse definir o que é natureza, em suas analises verificou que a geografia obtinha dados de diversas fontes e aquilo que lhe dava a unidade era por conta de serem conteúdos a respeito da superfície da terra, habitat do homem. Analisou fenômenos da geografia física que poderão ser estudados nas suas inter-relações e que estes são independentes da ação do homem. Assim Ritter relacionou a importância dos fenômenos com os homens. Conforme as autoras do livro Ritter escreveu uma obra vasta, na sua obra Erdkunde teve 19 volumes elaborados foram especificamente para a região da Ásia e África, não chegando a escrever sobre a Europa. Nestas obras descrevia diversas áreas pelo mundo, onde intrigava o quadro físico com a ocupação humana, estabelecendo um método de estudo que levava em considerações o relevo, clima, população e etc. As suas descrições eram consideradas únicas devido a inter-relação dos fenômenos existentes. Foi de grande importância as observações do simples para o complexo. Observasse uma grande inquietação pedagógica para que a geografia fosse uma disciplina que passasse fazer parte do currículo da universidade. A geografia descritiva estabeleceu-se metodologicamente a partir das obras de Humboldt e Ritter. A contribuição de ambos, no entanto e distinta. Enquanto Humboldt estuda vários assuntos, usou varias escalas, comparando regiões e deu a geografia uma característica de ciência sistemática. Já Rittter já organizou pedagogicamente o trabalho de Humboldt, se dedicou com atenção as análises de regiões, com objetivo de inter- relação entre os fenômenos existentes, pois tinha o entendimento que as leis criadas pela geografia sistemática se deveriam verificar por região. Entre eles se tinha um objetivo comum: criar leis geográficas. As alterações no pensamento geográfico também alteraram os rumos da cartografia e fez com que esta tivesse alterações. Na época o mundo conhecido estava todo cartografado. Com isto no início do século XIX surgiram os censos que gerou o interesse de cartografar os fenômenos ainda não conhecidos cujo os dados ainda não havia sido recolhido. Assim surgiram os mapas temáticos que representavam o clima, vegetação e a população das localidades estudadas. Após o falecimento de Humboldt e Ritter a geografia teve um certo enfraquecimento. Mesmo assim se manteve com uma disciplina de grande dinamismo, o que se refletiu em vias duas diferentes: a primeira a constituição de numerosas sociedades de geografia e a segunda a permanência como disciplina estudada no ensino primário e secundário. Durante o século XIX se teve grande viagens de exploração nos continentes Asiático e na América latina explorando o interior destes continentes. As sociedades geográficas surgiram ligadas a estas explorações onde está organizavam expedições, conferencias, exposições, elaboravam mapas, editavam revistas e etc. Eram financiadas pelos estados que praticavam a política colonialista, portanto ligado a aumento do colonialismo europeu. A primeira sociedade geográfica foi a de Paris fundada em 1821, após foi a de Berlin em 1828 e a de Londres em 1830 e assim por diante. Onde quase todos países europeus possuíam suas sociedades geográficas poderosas. Estas sociedades geográfica levaram a expansão do ensino da geografia nas universidades e ao relacionamento oficial da geografia como ciência, apesar de muitos cientistas se oporem a geografia como ciência. A presença da geografia no ensino primário e no secundário se deu pelo crescente nacionalismo na França e na Alemanha e era necessário aprender a história e a geografia de sua pátria. Assim apesar do pensamento geográfico não evoluir neste período de tempo mais a geografia permaneceu como uma ciência dinâmica ao longo da metade do século XIX. As autoras chegam ao ponto no livro que estudasse o positivismo e o determinismo do fim do século XIX. Neste contexto o desejo de realizar uma ciência positiva apoiada na observação dos fatos, vem dos princípios e se desenvolveu a partir dos estudos da física de Newton, este conhecimento vinha a partir da observação, do cálculo e da comparação dos resultados, de modo, onde a partir disto se elaborou leis. Os conceitos filosóficos ajudaram no desenvolvimento das ciências sendo físicas ou humanas. O desenvolvimento da física experimental ajudou no aumento da outras ciências da natureza como a geologia, biologia e outras ciências. Assim se teve transformações nas teorias cientificas. O desenvolvimento da história natural ajudou o desenvolvimento da história e da sociologia, no século XIX continuo a expansão das ciências da natureza com isto a geografia dedicava-se aos estudos do clima, da fauna e vegetação e sobretudo a geomorfologia que estudava as formas de relevo. Já a geografia humana teve pouca evolução e continuou a usar os métodos de Ritter que descrevia entre o homem e o ambiente em que vive. A geografia humana correu risco de desaparecerpor conta das dificuldades de formular leis. Surgiu-o nos meados de XIX, Auguste Comte com a filosofia positivista, que deu a ciência uma nova metodologia que era o positivismo que se baseava em 3 princípios :a primeira que a observação é a única base do conhecimento, o segundo era que os estudos dos fenômenos devem basear-se apenas no que era observável, renunciando as especulações de qualquer origem ao destino, já a terceira seria as leis positivistas destinam-se a prever. O positivismo na sua essência não admite a separação entre o mundo físico e o mundo espiritual entre as ciências da natureza e as ciências do homem. Comte todo fenômeno observado pode ser um complexo de fenômenos físico-químico. A influencia do positivismo no desenvolvimento das ciências e evidente nos conceitos evolucionistas de Darwin, segundo ele os seres humanos sofreram variações e mudanças que se transmitiram hereditariamente de modo que o tornou mais aditáveis a seu habitat natural, assim surgiram ideias da luta pela vida e da seleção dos mais fortes. Em sua obra A evolução das espécies em 1859 influencio muitos cientistas sociais que levou muitos deles a rever seus conceitos. Este estudo da relação homem-meio pode explicar as diferenças culturais e econômica ao longo da superfície terrestre. Estas ideais influenciaram muitos geógrafos que com base nos estudos de Darwin construíram a teoria do determinismo geográfico que descore sobre a relação entre o homem e o meio onde o ser humano precisa de apitar ao meio para sobreviver e assim apitar o seu modo de vida ao ambiente que vive. Conforme as autoras a geografia tornou-se a ciência que estuda as respostas do homem ao meio físico e assim deve ser capaz de prever como o homem reagirá em diferentes ambientes. A geografia passou ter caráter positivista, na medida que pode levantar hipóteses, fazer deduções e formular leis. Conforme o texto surgiu o perigo da geografia se dividir em duas áreas: a geografia física praticada por geógrafos dessedentes das ciências naturais e a geografia humana praticada por geógrafos com formação histórica, sendo a geografia física mais fácil de se enquadra aos padrões positivistas. Já o determinismo se desenvolveu principalmente na Alemanha com Ratzel (1844-1904), que foi professor de geografia da Universidade de Lípsia. Ratzel fez viagens para Europa pelas Américas do Norte e Central e estudou as migrações humanas e de animais, estudou as causas que levaram a concentração da população em algumas áreas, além da influência do ambiente físico nos deslocamentos e na distribuição da população, influenciando no indivíduo e na sociedade onde o homem era sujeito as leis da natureza e as intercidades de cada local habitado. As suas concepções estendessem ao campo da geografia política. Para ele os grupos humanos são organismos que crescem e se multiplicam, se expandido, assim como consequência tendem a alargar o seu território, ocupando áreas maiores e se interligando com territórios vizinho tentando os domina-los, assim criando a supremacia dos vencedores sobre os vencidos. Conforme o texto os estados organizassem de forma hierarquizada, com justificativa a expansão dos povos superiores à custa dos povos inferiores, assim determinado as consequências políticas imediatas, esta ideia foi utilizada na década de 30 do século XX pelos nazistas para o expansionismo alemão. Ratzel ainda modificou seus conceitos dando importância aos acontecimentos históricos como fatores que explicam os aspectos da sociedade humana. Ratzel teve mérito de dar a geografia um método cientifico, sendo o primeiro a ter estudado a geografia humana, além de manter a unidade entre a geografia física e a geografia humana, pois no seu trabalho sempre estava ligado o homem ao ambiente físico. Ellen Semple desenvolveu a teoria determinista nos Estados unidos, ela estudou com Ratzel na Alemanha, na sua obra ela deu importância a relação homem e o meio, sendo que esta ignorou as mudanças feitas por seu mestre. Conforme a Ellen Semple, a sociedade humana pode ser um organismo que depende do meio físico. Em sua obra a autora considera que tudo e explicado pelo meio, assim os territórios pequenos possuem sociedade mais conflituosas e com mais tendencias expansionistas do que os grandes estados, falava que clima determinava a saúde do povo local e assim influenciava a sua agilidade física e mental. Nos Estados Unidos tivemos outros geógrafos que consideravam o estudo da geografia humana e o estudo da influencia sobre o homem. William Morris Davis foi um dos que contribuiu para o estudo da geografia física onde sua contribuição mais importante foi o estudo do domínio da geomorfologia onde estudou o ciclo da erosão, onde estudou as formações do relevo, para Davis a geografia deveria estudar as características naturais da superfície da terra e considerou o efeito destas características sobre o homem e a sua atividade. Chegamos à parte da obra das autoras onde e explanado sobre o historicismo e o possibilismo, primeiramente as autoras dão ênfase ao historicismo que surgi no fim do século XIX, acentuando o papel do homem na sociedade onde sua origem são de correntes neo-idealistas e neokantianas. Conforme o historicismo as ciências humanas se diferenciam das ciências naturais e não podem aplicar os seus métodos. Onde não poderia se procurar através de métodos ou deduções, mas sim entender a vida do ser humano através do estudo de casos concretos e únicos. Assim surge novamente a distinção feita por Kant entre as ciências sistemáticas e as ideográficas que são ciências que estudam casos únicos onde neste caso se encontra a história e a geografia. Baseado no historicismo surge o possibilismo que se apõe ao determinismo. Conforme o determinismo, conforme o determinismo o homem resulta do ambiente já segundo o possibilismo o homem e o agente que atua no meio ambiente, onde qualquer grupo humano toma conhecimento do ambiente físico que o rodeia, criando modelos de como poder utilizá-lo e seleciona as coisas que estão mais de acordo com suas aptidões culturais. Com o possibilismo a geografia ultrapassa o perigo de se dividir em geografia física e humana e passa a ser uma ciência ponte que se situa entre as ciências humanas e naturais e assim define se objeto de estudo a região. Segundo as autoras se define como espaço as suas características naturais e culturais ou físicas e humanas onde estas se relacionam de tal forma, como resultado de uma evolução histórica, que competem a este espaço características únicas que diferenciam de qual outro espaço. Assim a região resulta da relação entre o homem e o meio sendo esta síntese objeto de estudo da geografia. Vidal De La Blache (1845 a 1918) era um historiador francês fundador da escola regional da França, teve papel importante na geografia, ele foi encarregado pelo governo francês de elaborar uma divisão regional da França de acordo com a realidade econômica, social e política de cada local para auxiliar a divisão administrativa local, pois a última estava datada de 1790, ou seja, já tinha mais de 100 anos de atraso e a revolução dos transportes mostrou esta diferença. Ele se aprofundou no estudo geográfico da França e dividiu em 15 regiões sendo cada uma capital regional. Elaborou o primeiro atlas com mapa temáticos e uma revista com publicações de estudos da geografia, criou uma escola geográfica e teve vários discípulos onde estes se multiplicaram pelas universidades francesas. Ele sugeriu vários conceitos como o de região que era expresso pelo autor como espaço que sintetizava o ambiente natural e do aproveitamento que o homem fazia sobre este para a sua importância histórica, também fez o conceito sobre modo de vida ressaltando este como um produto da civilização e resultado do homem com o meio, além do conceito de circulação que é o movimento quepõem em contato as diferentes partes do mundo, especialmente as recém descobertas com as desenvolvidas. A partir de seus conceitos a geografia se tornou claramente antideterminista, onde seu objetivo deixou de ser o estabelecimento de leis entre o homem e meio assim a geografia passa a observar as relações as relações conjuntas entre o homem e o ambiente físico, onde não pode se estabelecer limites entre fenômenos naturais e culturais pois eles se interpretam. Ele foi sucedido por vários discípulos que deram continuidade a sua obra fazendo várias publicações tanto na Europa como nos Estados Unidos. O método regional passou a ter uma estrutura própria de estudo onde primeiro se analisa o meio físico e após se analisa as ocupações e as atividades humanas e por fim o processo de integração entre homem e ambiente. Neste contexto as regiões tradicionais estavam ameaçadas de sumir por conta das grandes modificações socioeconômicas causadas pela industrialização crescente o surgimento e a difusão dos meios de transportes, estas regiões estudadas eram constituídas por comunidades agrarias em meio rural onde o modo de vida se refletia na utilização dos recursos do meio. Ao estudar o Leste da França o autor reconheceu que as modificações eram muito grandes e que seria necessário estudar no futuro a inter-relação entre as cidades e a região em que está inserida. Este estudo acontecera no futuro com discípulos de Ratzel com alterações no conceito de Vidal De La Blache, assim desenvolvendo ideais padronizadas do que antes era imutável. A geografia regional não foi presente em todos os países exatamente como feito na França. Podemos considerar as diferenças de resultados nos conceitos de região e paisagens em lugares com línguas anglo-saxónicas que se diferenciou do seu significado original. Se teve diversas formas de encarar o estudo da paisagem neste contexto. de teve a regionalização que o estado de uma região ou de um espaço onde as características resultam entre a relação homem e meio , se teve a ecologia da paisagem estudo entre a relação de uma cidade com o território que o rodeia , foi posto em pratica nos anos 50 quando surge a noção de região polarizada, a paisagem cultural que o estudo de diversas modificações sofridas pela paisagem natural e alteradas pelo grupo de humanos ao longo do tempo , este conceito surgir na Alemanha onde este estudos assumem grande importância a partir de 1930. Tanto na geografia regional francesa, ou na anglo-saxónica, os elementos físicos e humanos da região se inter-relacionam, criando uma síntese que caracteriza a geografia regional. Na Alemanha ao mesmo tempo se tinha a preocupação sobre a natureza do pensamento geográfico , a sua inclusão no campo das ciências humanas, onde a geografia regional ao estudar espaços e regiões se considera única e que entregam em um objeto de estudo vários elementos , assim pode se considerar uma ciência ideográfica conforme Kant. Alfred Hettner (1859-1941) retorna a ideia de Kant e define a geografia como ciência que estuda o espaço, para o autor a geografia tinha caraterísticas temporal, corológica e históricas. Por ser corológica tem como objetivo conhecer as características dos países ou regiões, a partir do entendimento da existência dos diversos reinos da natureza nas diferentes formas. Hettner tinha uma preocupação em banir o dualismo da geografia entre física e humana, onde estudou simultaneamente, onde em espaço estudou os fenômenos físicos e humanos sendo a geografia uma ciência tanto física como humana. Entretanto a geografia desde a antiguidade tinha estes 2 aspectos: uma geografia geral, onde se faz uma descrição da terra, e uma geografia regional ou corológica. A partir do século XIX, a geografia geral deixa de ter sentindo com o desenvolvimento de outras ciências da terra como e geologia e a geofísica. Assim a essência da geografia passa ser construída a partir da sua característica corológica, onde a geografia deve descrever as unidades espaciais, defini-las e compara-las. Onde cada local e caracterizado pela a associação dos fenômenos espaciais existente neste lugar diferenciando de outro lugar, entretanto ao estudar as regiões a geografia utiliza conceitos da geografia geral não havendo uma separação radical entre as duas, existindo pequenas diferenças. Hettner também acentuo o caráter corológico da geografia geral. As preocupações em relação o método da geografia estendeu-se a outros geógrafos e a outros países. Mackinder (1861-1947) geografo britânico acentuo na obra o caráter ideográfico da disciplina onde desenvolveu simultaneamente um trabalho semelhante ao de Vidal De La Blache, ao introduzir a geografia como disciplina universitária em Oxford em 1887. A sua contribuição englobou o ensino primário e o secundário tendo fundado os graus de ensino da geografia. Richard Hartshorne retomo as ideias de Hettner nos Estados Unidos por conta da sua preocupação com a natureza da geografia. Richard assentou o caráter corológico da geografia, onde usou o conceito que é geografia deveria estudar a diferenciação espacial da superfície da terra, as diferenças da sua características regionais e assim como Hettner conceituo. Richard retornou a tendencia da sistematização da geografia onde desenvolveu técnicas quantitativas de análise. Ao acentuar o caráter corológico da geografia ou autor considerava que os estudos da região não abrangiam todos os fenômenos existentes nela, sendo necessário o geografo selecionar os fenômenos que dão características a estas regiões onde e preciso definir unidades mínimas de estado e delimitar áreas da superfície terrestre na qual formaria um mapa de uma região. Tanto Richard como Hettner não defiram os tamanhos da região. Finalizando o tema geografia regional as autoras dizem que e impossível descobri leis na geografia regional, onde seu objetivo e simplesmente a descrição das diferentes superfícies da terra onde será necessário realizar estudos regionalizados onde talvez possa se generalizar mais sem criar leis. Ao estudar a geografia quantitativa as autoras associam está a influência do positivismo em algumas áreas cientificas através das atitudes naturalista e evolucionistas. Entretanto no início do século XX alguns filósofos alemães vão aprofundar a linha positivista, trazendo de volta a metafisica e o idealismo e desenvolvimento de um nova corrente da filosofia chamada de neopositivismo. Teve com principais atributos uma clara definição dos objetivos e atributos deste movimento advém do círculo de Viena fundado em 1920 e do grupo de Berlin, estas definições eram; conseguir uma ciência unificada, ultrapassando a visão entre ciência natural e humanas, procurar uma linguagem objetiva com simbolismo livre da linguagem histórica e considerar que a base do conhecimento assenta na evidencia dos sentidos onde nenhum conhecimento que utilize juízos de valor e válido. O neopositivismo foi perseguido pelos nazistas com forte repreensão ao circulo de Viena, assim a sua evolução na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos para onde seus estudiosos que sobreviveram fugirão. Seu desenvolvimento se da entre os anos 1940 a 1950 onde define suas características que foram; todo conhecimento e baseado na experiência além de ser anti-idealista excluído os problemas metafísicos. A criação de uma linguagem comum em todas as ciências. A investigação cientifica e os seus resultados devem ser expressos de maneira clara exigindo o uso de uma linguagem matemática e da logica e por fim a recusa de uma divisão cientifica entre as ciências naturais e sociais. O movimento neopositivista foi contemporâneo do desenvolvimento da física e passa a considerar que existe uma indeterminação entre a previsão e os acontecimentos futuros, onde se dá importância a probabilidade em determinação da relação causa-efeito, onde surge a probidadeda verdade e da falsidade de teorias cientificas estudadas. Entre 1930 a 1940 foi um período de evolução das ciências sociais por conta das crises financeira americana em 1928 e pós primeira guerra mundial na Europa. Foi observado um grande surto urbano, acompanhado pela degradação habitacional e por muitos problemas sociais. A segunda guerra mundial corresponde um período onde se pausou os estudos de ciências, entre elas a geografia. Assim a partir de 1945 surgi novos problemas socias como; A necessidade se superar a crise econômica capitalista, a procura de instrumentas de controle social mais eficazes e a exigência de uma planificação regional e urbana causadas pela crise econômica em áreas devastadas pela guerra. Conforme as autoras o problema da organização espacial já não podia ser encarado como uma necessidade de descrição, mais eram necessárias para procura de soluções que permitissem otimizar a utilização do espaço terrestre, de modo que a própria organização espacial das atividades humanas serem mais eficazes entre sie principalmente nas atividades que tem a relação entre o território e o ser humano. Assim surgir duvidas da melhor localização para as atividades humanas. A geografia embora tarde sofre influência de outras ciências sociais mesmo que tardiamente, esta sofreu influencia do movimento neopositivista anglo-saxónico, obra deste movimento ataca diretamente o conceito da concepção regional historicista de geografia. William Bunge em sua obra publicada em 1962 fundamentou nesta a nova geografia. Esta nova geografia tem influencia do neopositivismo na analise dos Estados Unidos e após se expandiu para Inglaterra e Suécia e mais tarde para as diversas escolas europeias e assim pôs em questão a maior parte dos conceitos pelas comunidades de geógrafos, tendo desencadeado uma revolução quântica As autoras falam sobre as características da geografia quântica ou nova geografia. Onde as características da nova geografia podem se resultar da seguinte forma; A primeira característica e a geografia como uma ciência empírica, visto seus dados de observação assim como a biologia e a física, onde para experimentar e necessário se recorrer á logica e a matemática. A segunda característica e a adoção de um método cientifico e o desenvolvimento de um corpo teórico que permitia explicar os fenômenos espaciais. A terceira e a utilização de modelos espaciais resultantes da atividade humana, onde se adotou escalas nacionais, regionais, locais e mundiais e dos processos que levam á existência desses modelos como objeto da geografia. E por último a necessidade do tratamento estatístico de uma grande quantidade de dados, onde se utilizou a probabilidade para explicar dados de causas. Estas características da nova geografia trouxe uma maior dificuldade na sua linguagem e na sua interpretação dos dados. Chegamos a o ponto no texto no livro que as autoras vão discorre sobre o espaço absoluto e espaço relativo, para os geógrafos responder à pergunta ´´onde? ´´ era necessário para verificar a distribuição dos fenômenos espaciais de maneira regular ou irregular pela superfície terrestre, onde a densidade varia, sendo locais com elevada e lugares com baixa densidade. Para definir a localização dos fenômenos, os geógrafos tem a necessidade de definir o tipo de espaço e como vai se localizar o local. A noção de espaço absoluto vem desde os gregos que consideravam os fenômenos corpos que flutuavam no vazio. Este conceito foi usado pela geografia desde os gregos até os anos 50. Onde para localizar um ponto , era necessário idealizar um sistema de referencia . Assim surgiu a rede de meridianos e paralelos e as distancias quilométricas onde as medidas neste sistema não variam ao longo do tempo. No século XIX surgiu a noção de espaço relativo que foi desenvolvido por Paincaré que considerava o tempo e o espaço inseparáveis onde nada existente no mundo físico que seja puramente espacial ou temporal. Com este conceito a localização relativa de um ponto e a sua posição em relação a outro ponto e que pode variar conforme o tempo com outros fatores. Em mapas estão as medidas absolutas, onde a distância dos lugares e calculada em função do sistema de referencia absoluta. As distancias também podem ser cartografadas dando origem a mapas com aspectos diferentes dos habituais. Durante os anos 60 surgiram as primeiras criticas a nova geografia por conta que os modelos que ela se apoiava era insuficiente para explicar a realidade, estes modelos estavam afastados da conduta real do homem, estes modelos procuravam apenas descobrir aspectos que tornaria o mundo tendo em consideração apenas certos pressupostos da racionalidade econômica a por fim a nova geografia não se preocupava com os problemas sociais. A geografia dos radicais surgiu em um período de contates transformações mundiais que vão da área da economia e área social isto faz com que o pensamento cientifico e social também passe por transformações. Houve vários acontecimentos que levaram estas transformações como a guerra fria, mudanças nos países de terceiro mundo e a crise do sistema de dominação ocidental, estas mudanças geraram a descolonização de vários territórios nos países africanos, que mudou de modo radical as relações internacionais. Começou o questionamento do subdesenvolvimento dos países de terceiro mundo. Gerando a conferencia de Bandung em 1955 que pedia mais participação destes países nas relações internacionais. Em 1964 a conferência mundial de comercio e desenvolvimento permitiu se discutir muitos problemas socias e econômicos do subdesenvolvimento e influenciou não só a economia mais as ciências sociais. Assim poderemos analisar o subdesenvolvimento com outra resolução, visto que se tornou conhecida o lado negativo dá dominação dos sistemas capitalistas e as relações existentes entre o atraso econômico e intercambio internacional. Esta crise mundial capitalista gerou uma serie de movimentos que geram transformações econômicas e politicas como a china comunista, a independência de países africanos e a revolução cubana, todos estes movimentos com politicas socialistas. Estas crises gerarão tensões mundiais como a guerra do Vietnã. Assim as ciências socias abriram um campo de trabalho a partir de uma nova concepção dos problemas dos países dependentes e do papel da potencias econômicas ocidentais e do próprio sistema capitalista em relação ao subdesenvolvimento. Na década de 1960 os cientistas socias estavam insatisfeitos com o neopositivismo por conta que este não fornecia mecanismos para entender a sociedade, assim surgiram novas correntes no meio do neopositivismo como a fenomenologia e o existencialismo. Onde era necessário introduzir na análise social uma nova dimensão psicológica e valorizar a experiencia pessoal. Assim surgem movimentos críticos ou radicais em todas as ciências sociais , assim também na geografia em parte como herança do historicismo. As novas condições dos sistemas de produção capitalista , as condições de trabalho e a constante degradação das cidades traduzem as rebeliões sociais da época, assim as ciências sociais fica responsável para resolver estes problemas e conciliar estes problemas sociais , assim sendo estimulados por instituições governamentais onde estas buscavam informações para resolver estes problemas. Simultaneamente a crescente degradação da biosfera fazem surgir movimentos ecologistas. O sistema de racionalidade entra em crise, assim os cientistas começam a questionar sobre o papel da ciência e da tecnologia e seus valores fundamentais na vida humana, assim a ciência começa a perder a excelência de imagem de conhecimento e assim a relação entre a racionalidade da ciência moderna e os valores sociais e posto em questionamento, assim chegasse à conclusão que a investigação cientifica deve obedecer a resultados
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