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Resumo livro pensamento geografico

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Prévia do material em texto

JOAO LEONARDO CARVALHO ARAUJO SOUSA 
Evolução do pensamento geográfico 
 
 
 
 
 
 
RESUMO: A evolução do pensamento geográfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís – MA 
2021 
 
Universidade estadual do Maranhão-UEMA 
Centro de Educação de ciências Exatas e Naturais-CECEN 
Departamento de História e geografia -DHG 
Curso: Geografia Bacharelado 
Professor: Ademir Terra 
Evolução do pensamento geográfico 
 
 
JOAO LEONARDO CARVALHO ARAUJO SOUSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo: A evolução do pensamento geográfico 
Trabalho apresentado ao Curso Bacharelado em 
geografia da universidade estadual do maranhão 
como pré-requisito para obtenção de nota na 
disciplina evolução do pensamento geográfico. 
 
Prof. Dr. Ademir Terra 
 
 
 
São Luís – MA 
2021 
Esse resumo tem por objetivo apresentar os pontos mais relevantes contidos 
no livro evolução do pensamento geográfico de autorias de Conceição Coelho Ferreira e 
Natércia Neves Simões. 
As autoras iniciam o livro falando do capítulo1, sobre o contexto histórico da 
geografia, fazendo uma relação dos fatos a vida dos humanos no planeta terra, sendo que 
seria necessário saber a causas dos acontecimentos de cada fenômeno e a importância 
destes na trajetória dos seres humanos, assim as autoras utilizam a percepção das coisas 
como uma maneira de adquiri e manipular as experiências. Com passar do tempo as 
culturas foram criando padrões e sistema no qual podiam manipular as experiencias por 
todos os seus componentes pois as perguntas necessitavam de respostas satisfatórias e 
exclusivas para a comunidade, onde no fundo precisava-se estabelecer uma ordem que 
permitia organizar um sistema coerente, onde as experiencias obtidas precisavam se 
enquadra as perguntas e respostas da sociedade. A necessidade de respeitar uma ordem 
preestabelecida e facilmente verificável no estabelecimento de sistemas religiosos e 
sociais. Onde o surgimento desta ordem era necessário nos diversos domínios que o 
homem foi ramificando por suas conquistas tecnológicas como em várias invenções que 
mudaram o rumo da sociedade. 
O homem estava inserido em diversas problemáticas onde era necessário 
resolver e nem sempre a experiencia não tinha capacidade para resolver os problemas 
pontuais, onde foi necessário criar sistemas para buscar estas respostas. Assim surgiu a 
ordem tecnológica e posteriormente a ciência que é produto do pensamento humano 
destinado a criar meios para atingir objetivos finais, onde explicava as experiencias do 
passado, atuais e futuras, no entanto a ciência não seria o único sistema possível, onde se 
homem descobrisse novos sistemas ele abandonaria a ciências junto ao sistema 
tecnológico obtido nestas. Na ciência há uma sistematização de fases em 4 níveis onde 
este são: A resolução dos problemas, a metodologia, a pesquisa e o enquadramento 
filosófico. 
A primeira fase os problemas são resolvidos pelos conhecimentos técnicos, 
que se baseiam em princípios já estabelecidos, atras dos métodos e busca uma solução 
para o problema. A parte metodológica e parte que se aplica os métodos que serão 
aplicados para respostas mais eficazes para os problemas. A pesquisa ou a descoberta de 
novas áreas e novos problemas do âmbito de cada ciência particular onde e feita por 
teóricos onde eles destinam o que fazer no campo cientifico. Por fim o enquadramento 
filosófico ou abstrato que é feito pelos filósofos que se preocupam com o pensamento em 
geral. 
Assim podemos considerar que os filósofos constroem a base de conceitos de 
todas as atividades em que os teóricos lhe fornecem, criam técnicas fundamentais além 
que os técnicos resolvem os problemas que lhe são colocadas pela comunidade sobre 
assuntos diversos, utilizando técnicas fornecidas pelos metodólogos. Onde cada ramo 
cientifico vai solucionar um conjunto de problemas de modo que, da sua inter-relação e 
complementaridade, onde se produzia uma sociedade mais estável, com relação a um 
sistema de conhecimento que produz um bem estar social cada vez melhor. 
Chegamos ao ponto livro onde se abordar o surgimento da geografia como 
um conhecimento, segundos as autoras se tinham o questionamento de como enquadra a 
geografia na ordem cientifica? Primeiro será necessário reconhecer quais os 
acontecimentos relacionados do âmbito geográfico e partir disto buscar as respostas e as 
encontra-las. Estas questões servem para identificar um acontecimento casual, seja qual 
for são englobadas em todas as ciências onde estas questões são ligadas as estruturas 
espaciais que representam o pensamento geográfico e assim identificando a geografia. Os 
geógrafos são questionados sobre a distribuição relativos as estruturas e suas 
consequências, onde o planeta em que vivemos são expostos sobre a distribuição espacial, 
respectivas estruturas e suas consequências. No texto apresenta problemas relacionados a 
geografia dos anos 70 e 80 (Desigualdade econômica, Guerra fria e a superpopulação) 
onde todas eles têm a ver como particularidades da distribuição no espaço e precisa de 
uma resolução. 
De acordo com as autoras da obra compete a geografia descobrir os processos 
que criam as estruturas espaciais, encontra qual a sua ordem, de modo a unir esta ordem 
na experiencia, para que estes possam ser aperfeiçoados e assim obter os conhecimentos 
adquiridos. As descobertas permitem resolver as questões de ordem espacial, onde os 
geógrafos tem a possibilidade de resolver os problemas das comunidades sobre as 
estruturas da distribuição espaciais. Onde estas respostas feitas pelo geográfico serão as 
mais adequadas para o assunto relacionado a distribuição geográfica. 
A geografia como ciência e justificada como ciência pela capacidade de criar 
réplicas de distribuições espaciais. Elas devem permitir estabelecer padrões conceituais 
eficaz para definir as sequências de acontecimentos que criam estruturas espaciais que 
seja em qualquer tempo da história. Assim a geografia será capaz de criar sistemas 
ordenados de reposta, onde poderá criar métodos para responder questões sobre as 
estruturas e as suas consequências , além de descobrir técnicas que permitam resolver 
problemas relacionados a geografia. Com isso estes sistemas de respostas uteis sobre o 
modo e as estruturas espaciais são feitos para catalogar novas experiências geográficas 
que podem ser uteis a outras ciências e colaborando para o bem estar da sociedade. A 
geografia enquadrasse no sistema cientifico que explicasse as experiências sobre o espaço 
e seus componentes. 
A autora entra no trecho do livro que explica sobre ciências , ciências e 
métodos científicos , onde a ciência e um produto do pensamento humano , tal como 
outros sistema do pensamento, sendo um instrumento destinado a resolver certas tarefas 
humanas entretanto se revelou um instrumento poderoso que em geral passou-se a se 
pensar na ciência como uma instrução super-humana , devido ao fato de ser 
supraindividual e supranacional onde pode afirma que se trata de uma construção em 
virtude de ser uma estrutura hierárquica , composta por um conjunto de conceitos , 
construções e relações. Conforme a autora a ciência não e um acumulo de conhecimento 
mais sim uma ordem humana imposta, por conta que permite dar respostas convenientes 
as dúvidas do homem. 
A ciências e composta por diferentes espécies de ciências, Carnap separa as 
ciências em 2 tipos; As ciências factuais e as ciências formais. As factuais detêm conteúdo 
empíricos e trabalham diretamente com fatos, compreendem, assim, ciências físicas, seja 
humana, puras ou aplicadas. As ciências formais são aquelas demostram apenas sistemas 
de pensamento, como a lógica e a matemática, ambas se baseiam em dois conceitos: 
relação e número. As ciências factuais são sustentadas em construções, ou seja , nas 
experiencias de conceito sendo ideias abstratas e não empíricas , baseadana relação , no 
número e nas combinações. Já as ciências formais não se preocupam com o conhecimento 
empírico e trabalham os seus conceitos como axiomas. 
Para a resolução de um problema que e coloca para a ciência e necessário um 
método de trabalho que leve o pesquisador a resposta certa e concreta, onde são feitos por 
várias fases, estas fases as autoras fazem menção no livro especificando e explicando cada 
uma delas. 
A primeira fase é a formulação da hipótese, nesta fase o problema e exposto, 
onde será necessário reconhecê-lo como um acontecimento ou como um serie de 
acontecimentos sendo que estes estabelecem relação entre si ou como outros 
acontecimentos. Onde aquilo que se pretende descobrir e o porque do acontecimento, 
onde será necessário descobri o que causa este problema. Os pesquisadores usam a logica 
e seu aprimoramento, raramente se inicia uma investigação sem nem uma ideia daquilo 
que vai se investigar. A coleta de dados e procurar uma relação a outro fenômeno será 
inútil na investigação de um novo problema cientifico. 
A segunda fase e a descrição e a observação , esta fase e usada para testar as 
hipóteses , os cientistas nesta fase tem que selecionar fatos que lhe são mais relevantes , 
para isto os cientistas se baseiam em teorias preconcebidas que determinam os tipos de 
fatos que são relevantes para a investigação , após e necessário descrever os fatos , que e 
feito de 2 maneiras: A descrição nominal e a descrição operacional , após esta definição 
e necessário tratar da medição como parte final da descrição. Após definir os fatos e tratar 
e necessário estabelecer maneiras de medição podendo ser numérica , escrita ou verbal. 
Geralmente e usada pelos cientistas a forma numérica pois e mais fácil de armazenar , 
tratar , manipular e produzir os dados e tem medições mais exatas e objetivas. Entretanto 
para as ciências sociais a técnica de medição numérica encontrasse pouco desenvolvida , 
por fim a observação e uma operação complexa , que exige técnicas que causem uma 
exatidão na elaboração na coleta e registro de dados onde a seleção e manipulação deve 
ser de maneira clara e precisa. 
A terceira fase e a classificação onde se dá uma seleção de dados que 
considera relevante para resolver um problema, é necessário manipular, com isto 
generaliza os fatos através de uma classificação precedente. Muitas vezes o processo de 
classificação e inconscientes ou imediato, desde que os fatos já estejam integrados, 
classificados e já estabelecidos, os cientistas englobam todos os fatos possíveis em um 
acontecimento, onde se considera relevante podendo se dividir em categorias 
taxonômicas especificas. Onde esta ocupa lugar importante na ciência. Embora a 
classificação um sistema, mais esta permite estabelecer mais facilmente relações entre as 
classes e fatos dos dados individualizados. 
A quarta fase e a teste da hipótese e elaborações de leis, nestas fases os 
cientistas tem de decidir o seu julgamento sobre as relações entre experiencias é que seja 
validos pra pesquisa, onde e necessário examinar um grande numero de casos, onde se 
pode determinar as suas observações condizem os fatos percebidos em relação aos 
estabelecidos. A investigação e lenta e feita com muita cautela, pois a determinação da 
sua validade da hipótese acarreta em si, uma forte subjetividade, já que depende do 
pesquisador aceitar ou recusar as provas da validação da hipótese. Uma hipótese e 
considerada comprovada e valida, passa-se a elaboração de uma lei cientifica. Onde a 
probabilidade de determinado evento cientifico pode acontecer. 
A quinta fase e a teoria, que é um termo e especifico e utiliza-se para designar 
o processo de construção de estruturas concepcionais formais em ciências, assim as 
teorias são compostas por lei e pelas regras segundo as quais estas leis se juntam. As 
teorias são sequencias dos processos seguidos anteriormente, ou seja, e um produto das 
experiencias e hipóteses. Assim a teoria e como um grande eixo do desenvolvimento 
cientifico, na qual uma área do conhecimento não se reconhece como ciência, já que não 
apresenta características explicativas e produzidas dos acontecimentos sobre qual o 
estuda. Concluísse que a ciência tem como objetivo de explicar e predizer, através das 
suas aplicações práticas. 
As autoras explicam a geografia no contexto das ciências, onde ela começa 
explicando que a ciência não pode ser caracterizada pelo método pois é comum este 
método a todas áreas e nem pelo objetivo de estudo, por conta de ter várias ciências no 
mesmo campo de estudo, sendo que diferenciara seria o conjunto de problemas, que são 
as questões ainda sem resposta acerca das experiencias junto isto os métodos na qual será 
explicado. O objetivo da geografia como ciência são os fenômenos existentes na 
superfície terrestre, sendo na medida que estes ocupem o espaço geográfico, ou seja não 
seria os fenômenos em si que lhe interessaria mais sim a expressão geográfica padrão da 
distribuição no espaço. 
Durante um longo período de tempo pensou-se que a geografia era uma 
ciência integradora que possuía método único e próprio, que levou os geógrafos a 
procurarem sobre problemas que não lhes diziam diretamente a geografia, já que 
procuravam respostas em outras ciências. Como exemplos geógrafos não tinham 
competência de saber as leis que falava sobre vulcanismo , mais sim verificar se existe 
padrão na destruição dos vulcões na superfície terrestre. Com a criação de uma serie de 
ciências a geografia ficou com campo restrito , ou seja buscando a melhor compreensão 
do fenômenos no campo geográfico. 
Assim ficou perceptivo ficou que vários fenômenos geográficos poderiam ser 
estudados por várias ciências, um exemplo seria o crescimento das cidades que poderia 
ser estudado tanto pela sociologia por conta onde explicara o contexto social, cultura e a 
economia e a geografia explicaria o contexto espacial, os padrões e a distribuição espacial 
diferente do crescimento da cidade. Assim os geógrafos se aliavam a trabalho executados 
a outras ciências para e explicação de perguntas do cunho geográfico. Assim a difusão da 
epidemiologia foram uteis ao estudo da difusão de movimentos e ideias. Á geografia são 
colocadas por pergunta onde e porque acontecem os fenômenos geográficos e onde 
acontecem estes, a assim o geografo deve buscar respostas mais certas para estas 
perguntas para tanto os outros cientistas buscam a explicação destes fenômenos e outras 
ciências. Conforme o texto até hoje os geógrafos mantiveram entre si uma controvérsia 
sobre o papel da geografia, onde este seguram vários caminhos que foram desvantajosos 
para a geografia. 
Com isto as autoras falam 2 grande tendencias que surgiram na geografia, a 
sistemática e a regional. Na os geografia regional os fenômenos devem ser encarados com 
singularidade, ou seja, mesmo que esteja em outros campos de estudo, devem ser de maior 
estudo da geografia o ocasionalmento destes fenômenos, onde leva a estudar a região 
como um fenômeno único, cuja as combinações não se repetem, não podendo ser 
encontrado em leis a aplicar em áreas ainda não estudadas, o que leva a geografia uma 
mera descrição de fenômenos que se interligam no espaço. Entretanto os geógrafos tem 
um ponto de vista diferente, onde apesar do método individualizador ser usado, e 
necessário que a geografia receba o seu caráter estritamente cientifico apenas através do 
método generalista, criando base para uma forma mais certa de explicação, apoiada em 
leis cientificas. Na geografia sistemática e usado o método cientifico como o único para 
possíveis investigações, na busca de descobrir as leis que regem os fenômenos 
geográficos. A geografia é essencialmente nomotética e também uma ciência ideográfica 
e simultaneamente, nomotética levantando dificuldades ao pretendendo interagir e um 
determinado conjunto de ciências, este problema se tornamais dificultoso quando se 
consideram os dois principais ramos da geografia sistemática a geografia física e humana. 
Conforme o texto a geografia física adota muitos conceitos e métodos das 
ciências da natureza como a geologia e a botânica , já a geografia humana adota métodos 
e conceitos e métodos de outros ciências humanas como sociologia e economia. A 
geografia física e facilmente incluída no grupo das ciências da natureza a geografia 
humana no grupo das ciências humanas, assim a geografia é uma ciência que se reparte 
por vários grupos, onde fica difícil de incluir num grupo definido. Já as ciências 
nomotética são as que buscam leis gerais de aplicação universal onde se encaixam na base 
das ciências naturais. Com isto muitas vezes temos uma visão dualista da geografia. Com 
isso muitos autores sustentam só o estudo da região que devia constituir o objeto de estudo 
da geografia, na medida que está e única ciência que estuda a superfície terrestre em áreas 
ou territórios, assim sendo em regiões. Mais o fato e que os geógrafos sistemáticos se 
preocupam com a distribuição da superfície terrestre que o fenômeno da biografia, ou da 
geografia econômica ou a geografia cultural, colocando, sempre em destaque a diferença 
da definição espacial da superfície da terra. Sendo assim não se pode considerar a região 
como único objeto de estudo da geografia, sendo que o geografo estuda sempre a 
repetição espacial de qualquer fenômeno. 
Para responder os questionamentos relacionados as estruturas espaciais e a 
sua determinação conforme a geografia se recorre ao exercício cronológico, onde entra 
polemicas acadêmicas e juízos de valores errados, primeiramente Hettner determinou a 
geografia com termo Wissensschaft, sendo a sabedoria do espaço, sendo este termo muito 
mais amplo que outro termos utilizados que designa qualquer corpo organizado de 
conhecimento. Para alguns geógrafos não é possível os conceitos científicos da época não 
eram apropriados para a geografia, sendo necessário a descobertas de leis, enquanto 
outros iam estudar as regiões que são espaços heterogêneos e únicos. 
Assim a geografia incluísse nas ciências ideológicas, que é a geografia 
regional, nas ciências nomotéticas, no caso da geografia sistemática, nas ciências das 
naturezas, considerado geografia física a nas ciências humanas, considerando a geografia 
humana. Mais não significa que a geografia e uma ciência que se reparte, mais, entretanto 
ela tem ligações com as outras ciências. O núcleo de estudo da geografia e o pensar 
geograficamente, ou seja, estudar os fenômenos na sua distribuição territorial e as suas 
diversas correlações. A geografia se configura como uma ciência de ligação, que está 
situada entre as ciências das naturezas e as ciências humanas, sendo que isto trás 
dificuldade a própria geografia. 
Conforme o texto as autoras podem-se definir a geografia como s ciência que 
estuda as variações das distribuições espaciais e os fenômenos da superfície da terra como 
os bióticos e culturais, assim como a relação entre homem e o meio natural e a 
individualização e análise das regiões da superfície terrestre. Assim se tem 2 pontos de 
consenso sem haver duvidas que é a geografia deve descobrir as leis que regem a divisão 
territorial e a geografia estuda a estrutura espacial de um fenômeno da superfície terrestre 
e não fenômeno entre si. As distribuições geográficas podem ser feitas em várias 
dimensões espaciais e geralmente usam técnicas cartográficas para ser representado e 
distribuída facilmente facilitando as deduções. Mesmo com uso de mapas ou 
historiógramas, se verifica uma distribuição variada em padrão de intensidade de um lugar 
para o outro. Estas representações são muito uteis no processo de abstração, permitindo 
criar conexões fundamentais as relações existentes. 
Segundo as autoras para se descobrir os padrões existentes, a escala de analise 
geográfica pode variar de um simples desenho de uma casa até a superfície do planeta 
terra, sendo que qualquer escala pode ser utilizada, pois o comportamento espacial 
humano interessa os geógrafos e criar as teoria e leis do espaço não geográfico que podem 
ser aplicadas na distribuição espaços geográficos. Criando uma inter-relação entre a 
geografia física e outras ciências do ambiente natural e também da geografia humana e 
de outras ciências sociais. 
Os geógrafos a fim de responder questões de caráter geográfico que são 
relacionadas a face da Terra, trabalham basicamente com dois sistemas de localização: A 
localização absoluta que é um sistema convencional que posiciona cada ponto em relação 
espaço onde a latitude e a longitude definem a localização absoluta e a localização relativa 
que um sistema pelo qual se posiciona um ponto em relação a outro através de 
características e paisagens. Por muitos anos os geógrafos tentaram construir uma imagem 
exata dos diferentes pontos da superfície terrena para construir uma melhor representação 
e organização do plano terrestre, chegando à conclusão que é preciso descobrir os padrões 
de distribuição dos fenômenos humanos e físicos nesse espaço, também o espaço da 
geografia como ciência. 
Chegamos agora ao segundo capitulo do livro A evolução do pensamento 
geográfico, onde as autoras irão retratar a evolução histórica do pensamento geográfico, 
para iniciar as autoras sobre a consciência da estrutura das distribuições geográficas, suas 
causas e consequências e das relações que se estabelecem entre conjunto das distribuições 
espaciais com a finalidade de construir sistema de organização espacial. Entretanto não 
foi fácil chegar a esta consciência por conta que a maior parte das questões geográficas 
sempre tiveram irregularidades da distribuição física e humanas, onde ficou difícil de 
definir pontos comuns e assim dificuldade de criar métodos que permitiam criar padrões. 
A preocupação do homem em representar a distribuição dos fenômenos 
geográficos surgiram desde a antiguidade. Nos tem remotos o homem vivia em grupos e 
viviam se locomovendo a procurar de melhores condições para sua sobrevivência ou em 
atividades de guerra, com isto o homem sentiu necessidade de representar informações 
sobre os caminhos percorridos e as direções para que pudesse transmitir a outros. Assim 
surgiram os primeiros embolsos que representavam a superfície terrestre, ou seja, os 
primeiros mapas. Estas representações mostram o melhor caminho de ponto a há um 
ponto b, além que estas representações mostram os obstáculos ao longo do percurso e os 
fatos importantes a serem observado no caminho. Os altores consideram que fazer mapas 
e uma aptidão inata da humanidade. 
O mapa mais antigo conhecido atualmente foi encontrado em escavações na 
cidade da cidade de Ga Sur, a 300 km ao norte da Babilônia, datado de 2500 a.C, e uma 
pequena placa de argila que representa o vale do rio Eufrates, com uma montanha de cada 
lado acompanhado por um delta de três braços. Os pontos Norte, leste e Oeste estão 
assinalados com círculos com inscrições. Com as mesmas características foram 
encontradas outras placas, representado o povoamento da babilônia, que demostra e 
importância da cartografia na antiguidade. No antigo Egito foram construídos mapas 
resultantes das medições feitas no vale do Nilo no reinado de Ramsés II, entretanto não 
estão conservados para observação até a atualidade. Na época acreditava-se que a terra 
era plana, em forma de um disco e constituída por uma massa continental que flutuava na 
água, com a abobada celeste por cima. 
A expansão política, comercial e marítima dos povos do mediterrânea 
impulsionou a elaboração de mapas marinhos e com isto a descrição de lugares e de 
povos. Estas descrições eram chamadas de périplos, que são conhecidas pela referencia a 
escritores da antiguidade, onde chegaram poucas destas obras aos dias atuais. Estas obras 
inspiraram Homero (850 a.C) para a escrita desuas obras. O périplo mais antigo relatado 
pelos escritores gregos foi de realizado por marinheiros fenícios a serviço do governo do 
Egito, onde navegaram e descreveram do mar vermelho dirigindo para o sul e navegando 
na costa africana , assim contornaram a África e se nortearam pelo sol para saber que 
tinham dobrado a extremidade sul do continente , anos depois regressaram ao 
mediterrâneo. Já no século VI a.C Cartago organizou duas expedições em busca de 
regiões produtoras de estanho. Uma desta expedições contornou a África ate camarões 
pelo ocidente onde se avistou o vulcão camarões e outra contornou a costa europeia ate a 
costa da Bretanha. Marselhês Píteias contornou no século IV a.C contornou novamente a 
costa europeia, chegando nas Ilhas Britânicas e a Escócia e lá ouviu falar dos dias de 24 
horas e das terras nebulosas onde era a Noruega e Islândia. 
Na Grécia surgiu o pensamento geográfico sistematizado e a palavra 
geografia que foi criada por eles e significa escrever a terra. Anaximandro de Mileto (650-
615) foi o criador do primeiro mapa grego, foi discípulo da tales de mileto que era 
geografo. Escreveu relatos das suas viagens, foi o inventor do gnómon que serve para 
medir a altura do sol, além de ser o criador do principio do geocentrismo e o estabeleceu 
no século VI a.C. 
Hecateu de Mileto (560 a 480 a.C) foi quem elaborou o segundo mapa. viajou 
por parte do mundo conhecido, escreveu a descrição da terra, na qual ilustrou por um 
mapa em que a terra esta representada por um disco sendo circuncidada por água a sua 
volta. Este mundo conhecido pelos gregos se estendia do Atlântico ao rio Indo, as regiões 
norte e sul eram pouco conhecidas. O mundo habitável tinha uma forma alongada, onde 
o eixo Leste-Oeste possuía o dobro do tamanho do eixo norte-sul. Derivou os termos 
longitude e latitude conhecidos até hoje. 
A esfericidade da terra foi aceita apenas no século V a.C, foi resultado de 
reflexão filosófica sobre forma ideal dos corpos e não da observação onde a esfera seria 
a forma mais perfeita de todas, assim a terra a obra mestra dos deuses seria uma esfera. 
Parménides (510-450 a.C) foi o filosofo que criou esta teoria, Platão que lhe deu a 
credibilidade necessária, entretanto as provas só surgiram anos depois Aristóteles, onde 
se baseou em 2 argumentos: o primeiro era relação que a sobra da terra e da lua eram 
redondas assim observado nos eclipses e segundo a altura dos astros em relação ao 
horizonte variava quando se movia-se do Norte para o sul. 
Heródoto (485-425 a.C) percorreu a maior parte do mundo habitável 
conhecido. Colheu informações sobre do Saara e a rota das caravanas que ligavam o norte 
da África as regiões mais a sul, produtoras de ouro e estanho. Ele pretendia conhecer os 
locais onde havia acontecidos os fatos históricos no qual ele ia publica em seu livro, assim 
ele estudou sobre as populações e características, contexto espacial, e a organização 
política, estas informações era uteis para os gregos que queria dominar os bárbaros dos 
territórios vizinhos. 
Alexandre Magno (334-323 a.C) fez expedições que aumentarão o 
conhecimento geográfico grego da época, nestas expedições foram vários sábios 
acompanhado, onde de vários dois eram discípulos de Aristóteles. Mandou fazer um 
senso do império, traçar estradas e verificar as comunicações com o mar negro e o mar 
vermelho. Esta obra foi reunida na biblioteca de Alexandria. Ainda no século iv , Dicearco 
elaborou um mapa usando dois eixos perpendiculares no sentido Leste-Oeste, onde o 
diagrama passava pela colunas de Hércules e Rodes. 
Erastóstenes (217-196 a.C), passou a ter o cargo de diretor da biblioteca de 
Alexandria, foi primeiro filosofo grego a se autodeterminasse geógrafo. Onde este 
aperfeiçoou o mapa de Dicearco onde introduzi-os vários meridianos e paralelos, 
formando uma rede retangular. Em seus estudos teve conhecimento que existia em Siena 
um poço onde o Sol incidia verticalmente em um único dia do ano, sendo no dia do 
solstício de verão. Observou que no mesmo dia, em Alexandria os objetos tinham 
sombras. Ele construiu a partir das suas medidas uma quadricula com vários meridianos 
e paralelos, que consistiu a base da rede de meridianos e paralelos ainda hoje utilizados 
para a localização em qualquer lugar. Entretanto surge o problema da localização, 
extremamente ligado a astronomia e a geometria. onde estes aspectos da geografia sendo 
a ciência de localização dos lugares dura até o século XVIII. 
A precisão na localização geográfica passa a ser um dilema na geografia, onde 
como seria possível localizar em um mapa um ponto na superfície terrestre. A solução 
vem em outra pesquisa de saber onde existe estes lugares. Assim estes questionamentos 
e dados pelos viajantes, que descrevem os fatos observados nas suas viagens. Assim se 
desenvolve paralelamente duas tendencias geográficas: a geografia matemática ligada a 
astronomia e geometria e a geografia descritiva, resultado da descrição do mundo 
conhecido. 
Hiparco de Niceia (190-125 a.C) astrônomo de Rodes, melhorou o 
quadriculado utilizado por Erastóstenes. Conforme seus estudos, a posição rigorosa de 
um ponto só pode ser determinada astronomicamente e a sua representação cartográfica 
deve ser feita com base na projeção da superfície esférica da Terra em um plano. Utilizou 
a divisão 360 graus e constituiu uma rede de paralelos e meridianos, mais projetados e 
igualmente distanciados. Assim para medir a longitude propôs que se fizesse observações 
simultâneas ao eclipse lunar, o que não chegou a ser posto em pratica. Ele ainda elaborou 
a teoria das zonas climáticas que foi consideradas zonas compreendidas entre os paralelos. 
onde se contatou zonas extremamente quentes e frias para ser habitadas. Como o estudo 
do espaço habitado da terra chegou-se a um problema, onde o espaço era muito pequeno, 
ocupado apenas 25% do globo terrestre, onde observou o mundo desequilibrado. Onde 
não se ajustava ao conceito grego de simetria. Assim foi necessário imaginar 3 
continentes que servissem de contrapeso. Assim surgir o conceito de antípoda ou 
continente sul, A terra Australis, atual Antártida. 
Posiodónio de Apameia efetuou uma nova medição da terra. Usou a distancia 
linear entre Rodes e Alexandria e calculou a distancia com o auxilio da estrela de canopo. 
O comprimento calculado para o meridiano foi de 29000km, sendo menor que a calculada 
por Erastóstenes. Ptolomeu e cartógrafos do século XV usaram este mesmo valor. 
Chegamos as conquistas da era romana que enriqueceram os conhecimentos 
geográficos tal como acontecera antes com Alexandre. O império se estendeu da foz do 
Danúbio no mar negro até o Atlântico, desde o norte da África até as ilhas britânicas. 
Fizeram expedições a fim de obter conhecimentos detalhados das regiões que iam ser 
conquistadas, elaborando relatórios, onde fizeram medições e censos para ter o controle 
de seus recursos militares e econômicos. Os itinerários não tinham valor cartográfico onde 
se consistia em uma lista de cidades situadas ao longo das principais vias de comunicação, 
onde tinha propósitos somente econômicos e administrativos, era usados pelo exercito e 
os administradores das províncias. Neste contexto os sábios gregos que mantiveram o 
desenvolvimento do conhecimento geográfico. 
Estrabão (64 a.C - -21d.C) foi um grego que viveu em Roma, foi um grande 
viajante tendo percorrido grande parte do mundo conhecido. Segundo ele a geografia era 
de interesse governamental e os geógrafos não deviam se preocupar com mundo fora do 
mundo abitado. Era opositor da geografia matemática na sua obra Geographica descreveu 
varias partes do mundo conhecidas, baseadas em suas viagens e em informações 
recolhidas de obras gregas. 
Ptolomeu de Alexandria (90-168 d.C.) foi ultimo geografo da antiguidade, ele 
retomou as concepções de Hiparco, tendo criado um processo de projeção cônicada 
superfície terrestre num plano. Elaborou um mapa mais aperfeiçoado que o de 
Erastóstenes, onde representou uma área maior. Escreveu oito volumes da sua obra, onde 
no primeiro fala sobre a construção de globos e a projeção de mapas , no ultimo volume 
indica os princípios da geografia matemática e da cartografia e faz relação a 8000 lugares 
com a sua longitude e latitude. Onde estas coordenadas foram indicadas por mapas já 
existentes. Nesta obra ainda continha 26 mapas detalhados constituindo o atlas mundial. 
Este mapa representava uma área de 180 graus de longitude, desde as Ilhas Canarias ate 
a China, neste atlas a África estava unida pela Ásia pelo sul. 
 A continuidade dos conhecimentos geográficos gregos foi essencial para 
estudos de muito estudiosos gregos quanto mais no campo da geografia descritiva que 
teve grande utilidade para o conhecimento e administração por terras pelo império 
romano. Entretanto a geografia matemática não teve tantas obras. A descontinuidade dos 
pensamentos geográficos se deu no uso da geografia por necessidade de obras para suprir 
a demanda da sociedade que presava por obras que visava o conhecimento de locais para 
a política econômica, administrativa e militar de Roma. 
As autoras chegam na linha cronológica ao período da idade media onde seu 
inicio se da com a queda do império romano pelos bárbaros, onde início a difusão do 
cristianismo e uma regressão no conhecimento cientifico e consequentemente no 
conhecimento geográfico. Estas causas estão relacionadas ao contexto social, religioso e 
econômico da época. As invasões barbaras vão provocar uma situação de guerras 
generalizadas a todo espaço europeu ocupado pelo Império romano, gerando 
consequência desastrosas como o isolacionismo e a criação de um sistema feudal. 
Outras consequências foram grande parte da população masculina sendo 
usada em produção produtivas para funções militares , o abandono das atividades 
agrícolas , que levou a diminuição da população , aumento considerável na taxas de 
mortalidade por conta de fomes , guerras e pestes , desorganização do sistema econômico 
, social e politico existentes , destruição dos sistemas de comunicação e pôr fim a invasão 
de povos diferentes que passaram a dominar áreas distintas com a diversificação de 
políticas. Assim a Europa e dividida em pequenas áreas politicas diferenciadas, deixando 
de existir uma politica uniforme sobre o território. 
Com a distração dos sistemas de comunicação a Europa se encontrou sem a 
troca de material humano, bens e produtos e ideais de diferentes áreas europeias. O 
sistema feudal vai gerar um sistema de isolamento, que vai tentar resolver os problemas 
de autossubsistência do próprio feudo. deixa de existir a mobilidade que se verificava na 
antiguidade e o desconhecimento de outras áreas que não seja o feudo. Neste contexto a 
igreja ganhou o maior pode possível, onde era o único poder central europeu , as questões 
e respostas deveriam ser a luz do que estava escrito na bíblia. 
O questionamento humano continuou mesmo ainda com domínio da igreja, 
só que as respostas eram a luz do que a igreja ensinava, questões era solucionada a luz da 
bíblia que continha referência cosmológica e geográficos que satisfaziam. O fato de a 
igreja dar estas respostas que antes era encontradas pelas ciências e consequência não 
somente do poder da igreja, mais sim do imobilismo gerado pelos fins das viagens 
exploradoras e do intercâmbio de informações por conta da destruição dos meios de 
comunicação. O desenvolvimento da ciência ou da religião depende das preocupações 
humanas do tipo de respostas que ele a humanidade procura. Com isto a ciências progride 
quando os homens se preocupam com mundo que lhe cerca e assim pode-se ter respostas 
satisfatórias relacionado a este mundo físico que ele vive. Com a difusão do cristianismo 
foram problemas de ordem religiosa, ou problema que tinham reposta na religião onde 
passaram a interessar a população. 
Conhecimentos bíblicos foram empregados na cartografia, onde utilizavam 
mapas circulares romanos, nos quais tinha caráter teológico e não geográfico. No mapa 
Jerusalém ocupava o centro do mapa por ser considerada a cidade santa para o 
cristianismo; o paraíso está localizado a leste na parte superior do mapa, o mediterrâneo 
tinha uma posição meridiana no mapa, no mapa não mostra a esfericidade da terra e nem 
seus espaços banhados a mar. Assim Ptolomeu foi o último geografo sem influencia 
religiosa e com consciência crítica até o século XV. O pensamento geográfico estava 
sendo construído na idade média, entretanto sem formulação em termo científicos, sendo 
influenciado por ordem religiosa onde buscava as respostas, isto gerou o desparecimento 
da geografia como ciência neste determinado período de tempo. 
Enquanto isto no mundo árabe, com o surgimento e estabelecimento do 
império mulçumano, depois do ano 800 d.C., passou se ter um grande crescimento e 
desenvolvimento das ciências e quanto mais o pensamento geográfico. Este império 
dominava uma área muito vasta que ia do Afeganistão até o Atlântico, assim surgiu a 
curiosidade e a necessidades deste império conhecer o mundo. Ao mesmo tempo se tinha 
a necessidade religiosa por conta que todo mulçumano deve ir uma vez na vida a Meca 
que é a cidade sagrada da sua religião. Com isto as viagens e o comercio sofreram um 
novo impulso havendo um avanço no campo geográfico. 
Os viajantes Al-Birune, Al-Idrisi ( 1099-1164) e Ibn Battuta foram viajantes 
que escreveram extensos e importantes relatos sobre as regiões que viajaram , Idrisi a 
serviço do rei da Sicília , criou a escola de palermo onde pode elaborar o mapa árabe mais 
completo que se tem conhecimento. Os monarcas muçulmanos promoveram as ciências 
e as artes. Se teve tradução as obras de Ptolomeu para a língua árabe e assim se 
desenvolveu a geografia, astronomia, astrologia, matemática e a geometria. Entretanto o 
conhecimento e as descrições geográficas produzidas pelos árabes têm muitas 
imprecisões e as localizações pouco rigorosas. Eles não usavam a latitude e a longitude 
para localizar lugares na face terrestre e elaborar seus mapas. Surgindo assim uma 
separação entre os geógrafos e astrônomos no mundo árabe que não existia na 
antiguidade. 
Conforme as autoras simultaneamente, a cartografia se desenvolvia na China, 
sem contato com o mundo árabe e os ocidentais. O governo chines desde os princípios se 
preocupavam em fazer descrições geográficas das áreas administradas, acompanhado de 
mapas. A invenção do papel e da bússola impulsionaram a criação de mapas chineses, 
onde se criou muitos mapas locais por todo império chines. Pie Hsiu (224-273) foi um 
grande cartografo chines que coordenou muitos mapas locais e lançou as bases para a 
cartografia chinesa, com o uso de um reticulado. Representou desde os percas ao Japão, 
entretanto os chineses não conheciam o ocidente. Estes mapas continuaram a ser feitos e 
evoluindo, com as chegadas dos jesuítas à China, no século XVI foram encontrado uma 
quantidade numerosa de mapas de boa qualidade que permitiu a construção do atlas do 
império. 
As cruzadas que surgiram no fim da idade média, peregrinaram aos lugares 
sagrados e o renascimento do comercio na Europa e no oriente levaram a ressurgir a 
curiosidade pelo novo desconhecido. promovendo uma nova etapa no desenvolvimento 
da geografia. Ressurge os itinerários de viagens e as obras que descrevem os lugares 
visitados, o livro de marco polo descreveu vários povos durante suas viagens. Com 
desenvolvimento da navegação houve necessidade de reativar uma cartografia realista, os 
portulanos, eram assinados com notável exatidão os acidentes costeiros e a cartografia 
religiosa foi abandonada. 
A autora finaliza este tópico mostrado como a invenção da bússola foi 
possível desenhar os rumos dos ventos, construindo uma rede de rumos, seguidos quando 
se navega,a partir de um ponto conhecido onde uma rosa dos ventos central e ligada a 
várias direções. A cartografia deste tipo foi desenvolvida pelos catalães e italianos. 
As autoras começam a discorrer nesta parte do livro sobre a geografia do 
século XV ao século XIX. O marco inicial deste espaço temporal foi a tradução do árabe 
para o latim a obra de Ptolomeu e assim teve uma grande difusão desta na Europa , assim 
as ideias sobre a cartografia e forma da terra tiveram grande mudanças , assim foi 
retomada a ideia de esfericidade da terra. Obras de Antiguidade são traduzidas e a 
geografia toma dois rumos já usados na antiguidade que era a geografia matemática ligada 
a cartografia e as observações dos astros e a geografia descritiva. 
O Século XV foi impulsionado pelas grandes navegações e as longas viagens 
e a descoberta de novos territórios. Surgiram descrições de novos territórios que 
maravilharam os europeus por conta de seu clima, vegetação, hábitos e população. Assim 
se teve aperfeiçoamento dos mapas utilizados nas viagens, assim surgiram mapas mais 
exatos de navegação marítima. A concepção geográfica do mundo mudou rapidamente 
no primeiro quarto do século XVI do que em qualquer época. 
Se teve o aparecimento de duas problemáticas: A medição da latitude e 
longitude com precisão usando apenas o astrolábio e a construção de mapa do mundo 
inteiro. Assim na questão das medições ainda se usava o astrolábio para latitude e os 
cálculos de longitude persistia o método de Ptolomeu que havia erros. Na construção de 
mapas se recorria aos sistemas de projeção matemática sendo que as mais importantes 
foram as construídas por Mercator (1569) que foi o pai da cartografia holandesa e Ortelius 
(1570), em Antuérpia. Mercator foi primeiro cartografo a corrigir o erro do mapa de 
Ptolomeu, dando mediterrâneo uma extensão de 53 graus. Sua projeção de 1570 e 
construída por um mapa-múndi, em que o velho mundo e o novo mundo figuravam e um 
círculo, com meridianos curvos. Em 1492, surgi o primeiro globo terrestre construído por 
Martin Behaim. 
No século XVII modificou-se a ideia da posição da terra no universo, no qual 
está deixa de ser geocêntrica e passa ser heliocêntrica, esta conclusão foi fruto dos estudos 
de Copérnico, Galileu e Kepler. Os cálculos da latitude e longitude passaram a ser exatos 
a partir da invenção do cronometro e do relógio em 1658 e a do sextante em 1678. Onde 
estas medidas passam ser medida da diferença de horário entre 2 lugares e somente a 
partir da medição precisa do tempo se pode calcular com exatidão a longitude de algum 
ponto, assim foi necessário corrigir os erros dos mapas elaborados anteriormente. 
Simultaneamente na França começou a se desenvolver a cartografia em longa escala que 
permitiu representar boa parte do território se visse com argumento para a administração 
política, guerra e para obras. Onde a academia de ciências ficou responsável de elaborar 
os primeiros mapas. 
Em 1744, foi elaborado o primeiro mapa, sendo elaborado por Cassini , no 
mesmo ano começou os trabalhos para a elaboração de um novo mapa, que foi concluído 
durante a revolução francesa. Foi batizado de a Carte Géométrique de la France, feito na 
escala 1:86400 com 182 folhas. Os outros países europeus começaram fazer seus 
levantamentos topógrafos a partir de 1750, onde a responsabilidade era dos serviços 
geográficos dos exércitos. Ainda neste período e publicada na Alemanha a obra 
Geographia Generalis do autor Bernhard Varenius. Esta obra teve grande importância no 
desenvolvimento do pensamento geográficos nos séculos anteriores (XVII E XVIII). 
Usando as reflexões gregas como base o autor destingiu dois tipos de geografia sendo a 
geografia geral ou Universal e a geografia espacial. 
A geografia geral dizia respeito das características físicas da terra, onde 
utilizava métodos físicos e matemáticos para demostra características da terra onde podia-
se fazer generalizações e leis dependo da unidade politica de cada território. A geografia 
espacial faz descrição dos países em 2 pontos de vista: 1 corográfico, abrangendo as 
grandes áreas. 2 topográfico, abrangendo pequenas áreas onde não seria possível elaborar 
leis por conta da imprevisibilidade da região. O autor considerou que a geografia espacial 
ou regional seria difícil se considerar ciência por conta da simples descrição dos fatos. 
Onde seria necessário que a geografia criasse um conjunto de leis que pudesse se aplicar 
de maneira generalizada que explicasse os fenômenos de cada região. 
As descobertas do século XVII se deu ainda grandes descobertas, várias terras 
ainda eram desconhecidas, foi organizado expedições para reconhecer o a américa do 
norte, as Índias orientais, países da África e a Oceania, e o russos ainda exploravam a 
Sibéria. Diversos países europeus criaram diversas obras geográficas na qual descreviam 
em geral os territórios nacionais, suas produções e bens. No decorrer do século surgir 
Emanuel Kent (1724-1804) que foi professor de geografia durante 40 anos na 
universidade de Consiberga na Alemanha. Sua importância como geógrafo pelas suas 
reflexões filosóficas sobre a natureza do conhecimento e a forma de o classificar. Onde o 
conhecimento pode ser adquirido por dois processos o primeiro sendo através da 
experiência e o segundo através do raciocínio. Antes entendia-se que não era necessário 
da experiência na busca do conhecimento, assim sente a razão bastaria. Onde bastaria 
para comprovar seria através de sistemas e resultantes de explicação. 
Kant definia a geografia como um conhecimento empírico, onde se derivava-
se como ciências aparte das experiencias humanas, onde o conhecimento comum seria 
sistematizar e classificar os pontos da superfície terrestre. Na sua teoria do conhecimento 
Kant considera as disciplinas organizadas em 3 grupos: as ciências sistemáticas, que 
estudam as categorias dos fenômenos, as ciências históricas que estudam a relação entre 
a história e os fenômenos no tempo a terceira seria as ciências geográficas que estudam 
os fatos relacionados a suas relações com o espaço. O autor assume particularmente a 
importância nas questões sobre a natureza geográfica e o conhecimento geográfico. 
As autoras da obra resumida chegam no livro na era da geografia moderna. O 
dilema da geografia moderna iniciasse a partir de 1800 onde notasse uma preocupação 
profunda na percepção dos geógrafos onde com boa parte da terra conhecida já seria capaz 
de responder onde se localiza cada local com base no raciocínio geográfico. Neste período 
deixa de estudar a terra enquanto astro para estudar a ciência da localização exata dos 
lugares e a cartografia. Outra dúvida que os geógrafos tinham na época era relacionada a 
o que existe em cada lugar? A partir desta duvidas passaram a estudar somente a 
superfície terrestre com somente 2 problemas que lhe interessavam: o estudo da 
diferenciação do espaço e o estudo da relação homem-meio. Esta preocupação era 
existente desde os tempos dos geógrafos matemáticos e intendia-se que era mais 
importante o conhecimento dos fatos que o conhecimento do que existe na superfície da 
terra do que a localização exata dos lugares. 
Os grandes viajantes árabes e comerciantes do fim da idade média, 
navegadores dos descobrimentos era preocupados com a descrição dos locais, onde este 
conhecimento não possuía uma metodologia própria, ao contrario se sucedia a geografia 
matemática. Kant se preocupou sobre a natureza do conhecimento geográfico tentando 
defini-la como a ciência do espaço sendo a tendencia assim surgindo como conspecção 
da geografia como ciência que estudas os espaços, ou áreas como que são únicas. A partir 
desta característica de ciência corográfica pode se distinguir a geografia das outras 
ciências. Pois nem uma outra estuda o espaço terrestre. 
A geografia do século XIX vai se desenvolver independente das outras 
ciências. Alexandervon Humboldt (1769-1859) e Karl Ritter (1779-1859) vão dar a 
geografia descritiva um caráter sistemático e uma metodologia própria, onde permitiu a 
geografia passar ser considerada uma ciência moderna, assim estes 2 cientistas alemão 
são considerados os fundadores, apesar de seus trabalhos serem totalmente diferente. 
Humboldt tenhas formação naturalista. Estudou as engenharias de minas, geologia, 
botânica, filosofia e física. Por sua condição financeira pode fazer varias viagens e 
organizar expedições, assim durante 5 anos viajou por grande parte da América latina e 
explorou a hidrografia desta passando por Venezuela, peru e México estudou a bacia 
amazônica e a cordilheira dos Andes. 
Durante suas viagens recolheu diversos dados científicos onde mediu a 
latitude e longitude de diversos lugares e estabeleceu a relação deste fator as variações da 
vegetação, colheu amostras geológicas, estudou vulcões, mediu a temperatura das 
correntes marítimas e mais tarde por sua corrente notou a essência de povos nômades 
pastoris. De volta a Europa organizou os dados recolhidos e discutiu as suas informações 
com outros cientistas. Viajou para Sibéria e, a partir de 1829, começou a elaborar suas 
obras, onde a obra Cosmos, sendo feito em 5 volumes onde utilizou primeiramente o 
traçado de isolinhas para o estudo das temperaturas. Na sua obra a geografia ainda não 
era tratada como ciência, sendo está ainda a geografia matemática que tratava da 
localização absoluta dos lugares. O objetivo era busca de uma ciência que pudesse 
integrar através da harmonia com a natureza, pois ele tinha a terra um todo orgânico, em 
que diversos fenômenos são interdependentes. 
Pelo seu trabalho, Humboldt demostrou interesse em explicar diferenças de 
diversas partes do globo, buscando encontrar relações que se estabeleçam entre diversos 
fenômenos à superfície da terra, do modo que produzem espaços com características 
diferentes sendo a paisagem resultantes de vários fenômenos. Fez a comparação vegetal 
de diversas regiões visitadas por ele. Observou no Andes a variação climática com a 
altitude, tendo introduzido a terminologia quente, frio e temperado, usada até atualmente. 
Encontrou semelhanças entre povos asiáticos e os índios americanos e tentou 
explicar. Criou uma sistematização dos conhecimentos geográficos, assim com Humboldt 
a geografia passou a ser uma ciência sistemática. Assim um mesmo fenômeno poderá ser 
estudado em nível mundial como ao nível regional. A compreensão universal foi talvez a 
compreensão mais importante do autor onde comparava diversas paisagens de áreas 
estudadas a outras áreas em outras partes da Terra. Seu método era empírico e indutivo, 
onde tentava obter leis gerais a partir de casos específicos. 
Ritter, discípulo de Humboldt, estudou diversas ciências, Ritter foi um 
professor da universidade de Berlin preocupou-se com a geografia da natureza mesmo 
não encontrando soluções que permitisse definir o que é natureza, em suas analises 
verificou que a geografia obtinha dados de diversas fontes e aquilo que lhe dava a unidade 
era por conta de serem conteúdos a respeito da superfície da terra, habitat do homem. 
Analisou fenômenos da geografia física que poderão ser estudados nas suas inter-relações 
e que estes são independentes da ação do homem. Assim Ritter relacionou a importância 
dos fenômenos com os homens. 
Conforme as autoras do livro Ritter escreveu uma obra vasta, na sua obra 
Erdkunde teve 19 volumes elaborados foram especificamente para a região da Ásia e 
África, não chegando a escrever sobre a Europa. Nestas obras descrevia diversas áreas 
pelo mundo, onde intrigava o quadro físico com a ocupação humana, estabelecendo um 
método de estudo que levava em considerações o relevo, clima, população e etc. As suas 
descrições eram consideradas únicas devido a inter-relação dos fenômenos existentes. Foi 
de grande importância as observações do simples para o complexo. Observasse uma 
grande inquietação pedagógica para que a geografia fosse uma disciplina que passasse 
fazer parte do currículo da universidade. 
A geografia descritiva estabeleceu-se metodologicamente a partir das obras 
de Humboldt e Ritter. A contribuição de ambos, no entanto e distinta. Enquanto Humboldt 
estuda vários assuntos, usou varias escalas, comparando regiões e deu a geografia uma 
característica de ciência sistemática. Já Rittter já organizou pedagogicamente o trabalho 
de Humboldt, se dedicou com atenção as análises de regiões, com objetivo de inter-
relação entre os fenômenos existentes, pois tinha o entendimento que as leis criadas pela 
geografia sistemática se deveriam verificar por região. Entre eles se tinha um objetivo 
comum: criar leis geográficas. 
As alterações no pensamento geográfico também alteraram os rumos da 
cartografia e fez com que esta tivesse alterações. Na época o mundo conhecido estava 
todo cartografado. Com isto no início do século XIX surgiram os censos que gerou o 
interesse de cartografar os fenômenos ainda não conhecidos cujo os dados ainda não havia 
sido recolhido. Assim surgiram os mapas temáticos que representavam o clima, vegetação 
e a população das localidades estudadas. 
Após o falecimento de Humboldt e Ritter a geografia teve um certo 
enfraquecimento. Mesmo assim se manteve com uma disciplina de grande dinamismo, o 
que se refletiu em vias duas diferentes: a primeira a constituição de numerosas sociedades 
de geografia e a segunda a permanência como disciplina estudada no ensino primário e 
secundário. 
Durante o século XIX se teve grande viagens de exploração nos continentes 
Asiático e na América latina explorando o interior destes continentes. As sociedades 
geográficas surgiram ligadas a estas explorações onde está organizavam expedições, 
conferencias, exposições, elaboravam mapas, editavam revistas e etc. Eram financiadas 
pelos estados que praticavam a política colonialista, portanto ligado a aumento do 
colonialismo europeu. A primeira sociedade geográfica foi a de Paris fundada em 1821, 
após foi a de Berlin em 1828 e a de Londres em 1830 e assim por diante. Onde quase 
todos países europeus possuíam suas sociedades geográficas poderosas. Estas sociedades 
geográfica levaram a expansão do ensino da geografia nas universidades e ao 
relacionamento oficial da geografia como ciência, apesar de muitos cientistas se oporem 
a geografia como ciência. A presença da geografia no ensino primário e no secundário se 
deu pelo crescente nacionalismo na França e na Alemanha e era necessário aprender a 
história e a geografia de sua pátria. Assim apesar do pensamento geográfico não evoluir 
neste período de tempo mais a geografia permaneceu como uma ciência dinâmica ao 
longo da metade do século XIX. 
As autoras chegam ao ponto no livro que estudasse o positivismo e o 
determinismo do fim do século XIX. Neste contexto o desejo de realizar uma ciência 
positiva apoiada na observação dos fatos, vem dos princípios e se desenvolveu a partir 
dos estudos da física de Newton, este conhecimento vinha a partir da observação, do 
cálculo e da comparação dos resultados, de modo, onde a partir disto se elaborou leis. Os 
conceitos filosóficos ajudaram no desenvolvimento das ciências sendo físicas ou 
humanas. O desenvolvimento da física experimental ajudou no aumento da outras 
ciências da natureza como a geologia, biologia e outras ciências. Assim se teve 
transformações nas teorias cientificas. 
O desenvolvimento da história natural ajudou o desenvolvimento da história 
e da sociologia, no século XIX continuo a expansão das ciências da natureza com isto a 
geografia dedicava-se aos estudos do clima, da fauna e vegetação e sobretudo a 
geomorfologia que estudava as formas de relevo. Já a geografia humana teve pouca 
evolução e continuou a usar os métodos de Ritter que descrevia entre o homem e o 
ambiente em que vive. A geografia humana correu risco de desaparecerpor conta das 
dificuldades de formular leis. 
Surgiu-o nos meados de XIX, Auguste Comte com a filosofia positivista, que 
deu a ciência uma nova metodologia que era o positivismo que se baseava em 3 princípios 
:a primeira que a observação é a única base do conhecimento, o segundo era que os 
estudos dos fenômenos devem basear-se apenas no que era observável, renunciando as 
especulações de qualquer origem ao destino, já a terceira seria as leis positivistas 
destinam-se a prever. O positivismo na sua essência não admite a separação entre o 
mundo físico e o mundo espiritual entre as ciências da natureza e as ciências do homem. 
Comte todo fenômeno observado pode ser um complexo de fenômenos físico-químico. 
A influencia do positivismo no desenvolvimento das ciências e evidente nos 
conceitos evolucionistas de Darwin, segundo ele os seres humanos sofreram variações e 
mudanças que se transmitiram hereditariamente de modo que o tornou mais aditáveis a 
seu habitat natural, assim surgiram ideias da luta pela vida e da seleção dos mais fortes. 
Em sua obra A evolução das espécies em 1859 influencio muitos cientistas sociais que 
levou muitos deles a rever seus conceitos. Este estudo da relação homem-meio pode 
explicar as diferenças culturais e econômica ao longo da superfície terrestre. Estas ideais 
influenciaram muitos geógrafos que com base nos estudos de Darwin construíram a teoria 
do determinismo geográfico que descore sobre a relação entre o homem e o meio onde o 
ser humano precisa de apitar ao meio para sobreviver e assim apitar o seu modo de vida 
ao ambiente que vive. 
Conforme as autoras a geografia tornou-se a ciência que estuda as respostas 
do homem ao meio físico e assim deve ser capaz de prever como o homem reagirá em 
diferentes ambientes. A geografia passou ter caráter positivista, na medida que pode 
levantar hipóteses, fazer deduções e formular leis. Conforme o texto surgiu o perigo da 
geografia se dividir em duas áreas: a geografia física praticada por geógrafos dessedentes 
das ciências naturais e a geografia humana praticada por geógrafos com formação 
histórica, sendo a geografia física mais fácil de se enquadra aos padrões positivistas. 
Já o determinismo se desenvolveu principalmente na Alemanha com Ratzel 
(1844-1904), que foi professor de geografia da Universidade de Lípsia. Ratzel fez viagens 
para Europa pelas Américas do Norte e Central e estudou as migrações humanas e de 
animais, estudou as causas que levaram a concentração da população em algumas áreas, 
além da influência do ambiente físico nos deslocamentos e na distribuição da população, 
influenciando no indivíduo e na sociedade onde o homem era sujeito as leis da natureza 
e as intercidades de cada local habitado. As suas concepções estendessem ao campo da 
geografia política. Para ele os grupos humanos são organismos que crescem e se 
multiplicam, se expandido, assim como consequência tendem a alargar o seu território, 
ocupando áreas maiores e se interligando com territórios vizinho tentando os domina-los, 
assim criando a supremacia dos vencedores sobre os vencidos. 
Conforme o texto os estados organizassem de forma hierarquizada, com 
justificativa a expansão dos povos superiores à custa dos povos inferiores, assim 
determinado as consequências políticas imediatas, esta ideia foi utilizada na década de 30 
do século XX pelos nazistas para o expansionismo alemão. Ratzel ainda modificou seus 
conceitos dando importância aos acontecimentos históricos como fatores que explicam 
os aspectos da sociedade humana. Ratzel teve mérito de dar a geografia um método 
cientifico, sendo o primeiro a ter estudado a geografia humana, além de manter a unidade 
entre a geografia física e a geografia humana, pois no seu trabalho sempre estava ligado 
o homem ao ambiente físico. 
Ellen Semple desenvolveu a teoria determinista nos Estados unidos, ela 
estudou com Ratzel na Alemanha, na sua obra ela deu importância a relação homem e o 
meio, sendo que esta ignorou as mudanças feitas por seu mestre. Conforme a Ellen 
Semple, a sociedade humana pode ser um organismo que depende do meio físico. Em sua 
obra a autora considera que tudo e explicado pelo meio, assim os territórios pequenos 
possuem sociedade mais conflituosas e com mais tendencias expansionistas do que os 
grandes estados, falava que clima determinava a saúde do povo local e assim influenciava 
a sua agilidade física e mental. 
Nos Estados Unidos tivemos outros geógrafos que consideravam o estudo da 
geografia humana e o estudo da influencia sobre o homem. William Morris Davis foi um 
dos que contribuiu para o estudo da geografia física onde sua contribuição mais 
importante foi o estudo do domínio da geomorfologia onde estudou o ciclo da erosão, 
onde estudou as formações do relevo, para Davis a geografia deveria estudar as 
características naturais da superfície da terra e considerou o efeito destas características 
sobre o homem e a sua atividade. 
Chegamos à parte da obra das autoras onde e explanado sobre o historicismo 
e o possibilismo, primeiramente as autoras dão ênfase ao historicismo que surgi no fim 
do século XIX, acentuando o papel do homem na sociedade onde sua origem são de 
correntes neo-idealistas e neokantianas. Conforme o historicismo as ciências humanas se 
diferenciam das ciências naturais e não podem aplicar os seus métodos. Onde não poderia 
se procurar através de métodos ou deduções, mas sim entender a vida do ser humano 
através do estudo de casos concretos e únicos. Assim surge novamente a distinção feita 
por Kant entre as ciências sistemáticas e as ideográficas que são ciências que estudam 
casos únicos onde neste caso se encontra a história e a geografia. 
Baseado no historicismo surge o possibilismo que se apõe ao determinismo. 
Conforme o determinismo, conforme o determinismo o homem resulta do ambiente já 
segundo o possibilismo o homem e o agente que atua no meio ambiente, onde qualquer 
grupo humano toma conhecimento do ambiente físico que o rodeia, criando modelos de 
como poder utilizá-lo e seleciona as coisas que estão mais de acordo com suas aptidões 
culturais. Com o possibilismo a geografia ultrapassa o perigo de se dividir em geografia 
física e humana e passa a ser uma ciência ponte que se situa entre as ciências humanas e 
naturais e assim define se objeto de estudo a região. Segundo as autoras se define como 
espaço as suas características naturais e culturais ou físicas e humanas onde estas se 
relacionam de tal forma, como resultado de uma evolução histórica, que competem a este 
espaço características únicas que diferenciam de qual outro espaço. Assim a região resulta 
da relação entre o homem e o meio sendo esta síntese objeto de estudo da geografia. 
Vidal De La Blache (1845 a 1918) era um historiador francês fundador da 
escola regional da França, teve papel importante na geografia, ele foi encarregado pelo 
governo francês de elaborar uma divisão regional da França de acordo com a realidade 
econômica, social e política de cada local para auxiliar a divisão administrativa local, pois 
a última estava datada de 1790, ou seja, já tinha mais de 100 anos de atraso e a revolução 
dos transportes mostrou esta diferença. Ele se aprofundou no estudo geográfico da França 
e dividiu em 15 regiões sendo cada uma capital regional. Elaborou o primeiro atlas com 
mapa temáticos e uma revista com publicações de estudos da geografia, criou uma escola 
geográfica e teve vários discípulos onde estes se multiplicaram pelas universidades 
francesas. 
Ele sugeriu vários conceitos como o de região que era expresso pelo autor 
como espaço que sintetizava o ambiente natural e do aproveitamento que o homem fazia 
sobre este para a sua importância histórica, também fez o conceito sobre modo de vida 
ressaltando este como um produto da civilização e resultado do homem com o meio, além 
do conceito de circulação que é o movimento quepõem em contato as diferentes partes 
do mundo, especialmente as recém descobertas com as desenvolvidas. 
A partir de seus conceitos a geografia se tornou claramente antideterminista, 
onde seu objetivo deixou de ser o estabelecimento de leis entre o homem e meio assim a 
geografia passa a observar as relações as relações conjuntas entre o homem e o ambiente 
físico, onde não pode se estabelecer limites entre fenômenos naturais e culturais pois eles 
se interpretam. Ele foi sucedido por vários discípulos que deram continuidade a sua obra 
fazendo várias publicações tanto na Europa como nos Estados Unidos. O método regional 
passou a ter uma estrutura própria de estudo onde primeiro se analisa o meio físico e após 
se analisa as ocupações e as atividades humanas e por fim o processo de integração entre 
homem e ambiente. 
Neste contexto as regiões tradicionais estavam ameaçadas de sumir por conta 
das grandes modificações socioeconômicas causadas pela industrialização crescente o 
surgimento e a difusão dos meios de transportes, estas regiões estudadas eram 
constituídas por comunidades agrarias em meio rural onde o modo de vida se refletia na 
utilização dos recursos do meio. Ao estudar o Leste da França o autor reconheceu que as 
modificações eram muito grandes e que seria necessário estudar no futuro a inter-relação 
entre as cidades e a região em que está inserida. Este estudo acontecera no futuro com 
discípulos de Ratzel com alterações no conceito de Vidal De La Blache, assim 
desenvolvendo ideais padronizadas do que antes era imutável. A geografia regional não 
foi presente em todos os países exatamente como feito na França. Podemos considerar as 
diferenças de resultados nos conceitos de região e paisagens em lugares com línguas 
anglo-saxónicas que se diferenciou do seu significado original. 
Se teve diversas formas de encarar o estudo da paisagem neste contexto. de 
teve a regionalização que o estado de uma região ou de um espaço onde as características 
resultam entre a relação homem e meio , se teve a ecologia da paisagem estudo entre a 
relação de uma cidade com o território que o rodeia , foi posto em pratica nos anos 50 
quando surge a noção de região polarizada, a paisagem cultural que o estudo de diversas 
modificações sofridas pela paisagem natural e alteradas pelo grupo de humanos ao longo 
do tempo , este conceito surgir na Alemanha onde este estudos assumem grande 
importância a partir de 1930. 
Tanto na geografia regional francesa, ou na anglo-saxónica, os elementos 
físicos e humanos da região se inter-relacionam, criando uma síntese que caracteriza a 
geografia regional. Na Alemanha ao mesmo tempo se tinha a preocupação sobre a 
natureza do pensamento geográfico , a sua inclusão no campo das ciências humanas, onde 
a geografia regional ao estudar espaços e regiões se considera única e que entregam em 
um objeto de estudo vários elementos , assim pode se considerar uma ciência ideográfica 
conforme Kant. 
Alfred Hettner (1859-1941) retorna a ideia de Kant e define a geografia como 
ciência que estuda o espaço, para o autor a geografia tinha caraterísticas temporal, 
corológica e históricas. Por ser corológica tem como objetivo conhecer as características 
dos países ou regiões, a partir do entendimento da existência dos diversos reinos da 
natureza nas diferentes formas. Hettner tinha uma preocupação em banir o dualismo da 
geografia entre física e humana, onde estudou simultaneamente, onde em espaço estudou 
os fenômenos físicos e humanos sendo a geografia uma ciência tanto física como humana. 
Entretanto a geografia desde a antiguidade tinha estes 2 aspectos: uma 
geografia geral, onde se faz uma descrição da terra, e uma geografia regional ou 
corológica. A partir do século XIX, a geografia geral deixa de ter sentindo com o 
desenvolvimento de outras ciências da terra como e geologia e a geofísica. Assim a 
essência da geografia passa ser construída a partir da sua característica corológica, onde 
a geografia deve descrever as unidades espaciais, defini-las e compara-las. Onde cada 
local e caracterizado pela a associação dos fenômenos espaciais existente neste lugar 
diferenciando de outro lugar, entretanto ao estudar as regiões a geografia utiliza conceitos 
da geografia geral não havendo uma separação radical entre as duas, existindo pequenas 
diferenças. Hettner também acentuo o caráter corológico da geografia geral. 
As preocupações em relação o método da geografia estendeu-se a outros 
geógrafos e a outros países. Mackinder (1861-1947) geografo britânico acentuo na obra 
o caráter ideográfico da disciplina onde desenvolveu simultaneamente um trabalho 
semelhante ao de Vidal De La Blache, ao introduzir a geografia como disciplina 
universitária em Oxford em 1887. A sua contribuição englobou o ensino primário e o 
secundário tendo fundado os graus de ensino da geografia. 
Richard Hartshorne retomo as ideias de Hettner nos Estados Unidos por conta 
da sua preocupação com a natureza da geografia. Richard assentou o caráter corológico 
da geografia, onde usou o conceito que é geografia deveria estudar a diferenciação 
espacial da superfície da terra, as diferenças da sua características regionais e assim como 
Hettner conceituo. Richard retornou a tendencia da sistematização da geografia onde 
desenvolveu técnicas quantitativas de análise. Ao acentuar o caráter corológico da 
geografia ou autor considerava que os estudos da região não abrangiam todos os 
fenômenos existentes nela, sendo necessário o geografo selecionar os fenômenos que dão 
características a estas regiões onde e preciso definir unidades mínimas de estado e 
delimitar áreas da superfície terrestre na qual formaria um mapa de uma região. Tanto 
Richard como Hettner não defiram os tamanhos da região. 
Finalizando o tema geografia regional as autoras dizem que e impossível 
descobri leis na geografia regional, onde seu objetivo e simplesmente a descrição das 
diferentes superfícies da terra onde será necessário realizar estudos regionalizados onde 
talvez possa se generalizar mais sem criar leis. 
Ao estudar a geografia quantitativa as autoras associam está a influência do 
positivismo em algumas áreas cientificas através das atitudes naturalista e evolucionistas. 
Entretanto no início do século XX alguns filósofos alemães vão aprofundar a linha 
positivista, trazendo de volta a metafisica e o idealismo e desenvolvimento de um nova 
corrente da filosofia chamada de neopositivismo. Teve com principais atributos uma clara 
definição dos objetivos e atributos deste movimento advém do círculo de Viena fundado 
em 1920 e do grupo de Berlin, estas definições eram; conseguir uma ciência unificada, 
ultrapassando a visão entre ciência natural e humanas, procurar uma linguagem objetiva 
com simbolismo livre da linguagem histórica e considerar que a base do conhecimento 
assenta na evidencia dos sentidos onde nenhum conhecimento que utilize juízos de valor 
e válido. 
O neopositivismo foi perseguido pelos nazistas com forte repreensão ao 
circulo de Viena, assim a sua evolução na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos para onde 
seus estudiosos que sobreviveram fugirão. Seu desenvolvimento se da entre os anos 1940 
a 1950 onde define suas características que foram; todo conhecimento e baseado na 
experiência além de ser anti-idealista excluído os problemas metafísicos. A criação de 
uma linguagem comum em todas as ciências. A investigação cientifica e os seus 
resultados devem ser expressos de maneira clara exigindo o uso de uma linguagem 
matemática e da logica e por fim a recusa de uma divisão cientifica entre as ciências 
naturais e sociais. O movimento neopositivista foi contemporâneo do desenvolvimento 
da física e passa a considerar que existe uma indeterminação entre a previsão e os 
acontecimentos futuros, onde se dá importância a probabilidade em determinação da 
relação causa-efeito, onde surge a probidadeda verdade e da falsidade de teorias 
cientificas estudadas. 
Entre 1930 a 1940 foi um período de evolução das ciências sociais por conta 
das crises financeira americana em 1928 e pós primeira guerra mundial na Europa. Foi 
observado um grande surto urbano, acompanhado pela degradação habitacional e por 
muitos problemas sociais. A segunda guerra mundial corresponde um período onde se 
pausou os estudos de ciências, entre elas a geografia. Assim a partir de 1945 surgi novos 
problemas socias como; A necessidade se superar a crise econômica capitalista, a procura 
de instrumentas de controle social mais eficazes e a exigência de uma planificação 
regional e urbana causadas pela crise econômica em áreas devastadas pela guerra. 
Conforme as autoras o problema da organização espacial já não podia ser 
encarado como uma necessidade de descrição, mais eram necessárias para procura de 
soluções que permitissem otimizar a utilização do espaço terrestre, de modo que a própria 
organização espacial das atividades humanas serem mais eficazes entre sie 
principalmente nas atividades que tem a relação entre o território e o ser humano. Assim 
surgir duvidas da melhor localização para as atividades humanas. 
A geografia embora tarde sofre influência de outras ciências sociais mesmo 
que tardiamente, esta sofreu influencia do movimento neopositivista anglo-saxónico, obra 
deste movimento ataca diretamente o conceito da concepção regional historicista de 
geografia. William Bunge em sua obra publicada em 1962 fundamentou nesta a nova 
geografia. Esta nova geografia tem influencia do neopositivismo na analise dos Estados 
Unidos e após se expandiu para Inglaterra e Suécia e mais tarde para as diversas escolas 
europeias e assim pôs em questão a maior parte dos conceitos pelas comunidades de 
geógrafos, tendo desencadeado uma revolução quântica 
As autoras falam sobre as características da geografia quântica ou nova 
geografia. Onde as características da nova geografia podem se resultar da seguinte forma; 
A primeira característica e a geografia como uma ciência empírica, visto seus dados de 
observação assim como a biologia e a física, onde para experimentar e necessário se 
recorrer á logica e a matemática. A segunda característica e a adoção de um método 
cientifico e o desenvolvimento de um corpo teórico que permitia explicar os fenômenos 
espaciais. A terceira e a utilização de modelos espaciais resultantes da atividade humana, 
onde se adotou escalas nacionais, regionais, locais e mundiais e dos processos que levam 
á existência desses modelos como objeto da geografia. E por último a necessidade do 
tratamento estatístico de uma grande quantidade de dados, onde se utilizou a 
probabilidade para explicar dados de causas. Estas características da nova geografia 
trouxe uma maior dificuldade na sua linguagem e na sua interpretação dos dados. 
Chegamos a o ponto no texto no livro que as autoras vão discorre sobre o 
espaço absoluto e espaço relativo, para os geógrafos responder à pergunta ´´onde? ´´ era 
necessário para verificar a distribuição dos fenômenos espaciais de maneira regular ou 
irregular pela superfície terrestre, onde a densidade varia, sendo locais com elevada e 
lugares com baixa densidade. Para definir a localização dos fenômenos, os geógrafos tem 
a necessidade de definir o tipo de espaço e como vai se localizar o local. A noção de 
espaço absoluto vem desde os gregos que consideravam os fenômenos corpos que 
flutuavam no vazio. Este conceito foi usado pela geografia desde os gregos até os anos 
50. Onde para localizar um ponto , era necessário idealizar um sistema de referencia . 
Assim surgiu a rede de meridianos e paralelos e as distancias quilométricas onde as 
medidas neste sistema não variam ao longo do tempo. 
No século XIX surgiu a noção de espaço relativo que foi desenvolvido por 
Paincaré que considerava o tempo e o espaço inseparáveis onde nada existente no mundo 
físico que seja puramente espacial ou temporal. Com este conceito a localização relativa 
de um ponto e a sua posição em relação a outro ponto e que pode variar conforme o tempo 
com outros fatores. Em mapas estão as medidas absolutas, onde a distância dos lugares e 
calculada em função do sistema de referencia absoluta. As distancias também podem ser 
cartografadas dando origem a mapas com aspectos diferentes dos habituais. 
Durante os anos 60 surgiram as primeiras criticas a nova geografia por conta 
que os modelos que ela se apoiava era insuficiente para explicar a realidade, estes modelos 
estavam afastados da conduta real do homem, estes modelos procuravam apenas 
descobrir aspectos que tornaria o mundo tendo em consideração apenas certos 
pressupostos da racionalidade econômica a por fim a nova geografia não se preocupava 
com os problemas sociais. 
A geografia dos radicais surgiu em um período de contates transformações 
mundiais que vão da área da economia e área social isto faz com que o pensamento 
cientifico e social também passe por transformações. Houve vários acontecimentos que 
levaram estas transformações como a guerra fria, mudanças nos países de terceiro mundo 
e a crise do sistema de dominação ocidental, estas mudanças geraram a descolonização 
de vários territórios nos países africanos, que mudou de modo radical as relações 
internacionais. Começou o questionamento do subdesenvolvimento dos países de terceiro 
mundo. Gerando a conferencia de Bandung em 1955 que pedia mais participação destes 
países nas relações internacionais. Em 1964 a conferência mundial de comercio e 
desenvolvimento permitiu se discutir muitos problemas socias e econômicos do 
subdesenvolvimento e influenciou não só a economia mais as ciências sociais. 
Assim poderemos analisar o subdesenvolvimento com outra resolução, visto 
que se tornou conhecida o lado negativo dá dominação dos sistemas capitalistas e as 
relações existentes entre o atraso econômico e intercambio internacional. Esta crise 
mundial capitalista gerou uma serie de movimentos que geram transformações 
econômicas e politicas como a china comunista, a independência de países africanos e a 
revolução cubana, todos estes movimentos com politicas socialistas. Estas crises gerarão 
tensões mundiais como a guerra do Vietnã. Assim as ciências socias abriram um campo 
de trabalho a partir de uma nova concepção dos problemas dos países dependentes e do 
papel da potencias econômicas ocidentais e do próprio sistema capitalista em relação ao 
subdesenvolvimento. 
Na década de 1960 os cientistas socias estavam insatisfeitos com o 
neopositivismo por conta que este não fornecia mecanismos para entender a sociedade, 
assim surgiram novas correntes no meio do neopositivismo como a fenomenologia e o 
existencialismo. Onde era necessário introduzir na análise social uma nova dimensão 
psicológica e valorizar a experiencia pessoal. Assim surgem movimentos críticos ou 
radicais em todas as ciências sociais , assim também na geografia em parte como herança 
do historicismo. As novas condições dos sistemas de produção capitalista , as condições 
de trabalho e a constante degradação das cidades traduzem as rebeliões sociais da época, 
assim as ciências sociais fica responsável para resolver estes problemas e conciliar estes 
problemas sociais , assim sendo estimulados por instituições governamentais onde estas 
buscavam informações para resolver estes problemas. Simultaneamente a crescente 
degradação da biosfera fazem surgir movimentos ecologistas. 
O sistema de racionalidade entra em crise, assim os cientistas começam a 
questionar sobre o papel da ciência e da tecnologia e seus valores fundamentais na vida 
humana, assim a ciência começa a perder a excelência de imagem de conhecimento e 
assim a relação entre a racionalidade da ciência moderna e os valores sociais e posto em 
questionamento, assim chegasse à conclusão que a investigação cientifica deve obedecer 
a resultados

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