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PROP CIRÚRGICA – AFECÇÕES ORIFICIAIS Anatomia • Canal anal: Inervação somática sensitiva (dor) • Linha pectínea (denteada): Transição de epitélio pele-mucosa Limite inervação somática-visceral • Reto Inervação visceral Sinais e Sintomas Alteração de ritmo intestinal • Obstipação • Diarreia o Frequência (número de evacuações) o Tempo das manifestações (dias, semanas, meses, anos) o Fatores que influenciam esta alteração (alimentação, medicações) Alteração do formato das fezes • Dimensão • Calibre o Fezes em lápis ou fezes em fita o Neoplasia de ânus, canal anal, reto Classificação dos tipos de fezes Sangue nas fezes • Tipo o Melena (sangue digerido) o Enterorragia (sangue vivo) o Hematoquezia (sangue vivo ou coágulos misturados com fezes) • Intensidade: pequena, média, profusa o Hemodinamicamente estável (baixa e média intensidade) o Hemodinamicamente instável (alta intensidade) • Relacionado às evacuações (durante ou após) • Matéria fecal o Laivos ao seu redor o Gotejamento o Sangue misturado com fezes o No papel quando limpa • Associação com outras manifestações clínicas o Dor o Prolapso Muco nas fezes • Quantidades variáveis o D. inflamatória intestinal o Retites o Tumores vilosos ou grandes pólipos de reto o Hemorróidas volumosas Saída de material purulento pelo ânus ou por orifício perianal • Quantidade variável • Associado ou não com dor local o Fístulas perianais o D. Infecciosas anorretais Dor e ardor • No momento da evacuação • Ardor persistente pós-evacuação (fissuras anais) • Contínua (trombo hemorroidário ou abscesso) o Prurido (oxiuríase). OXIURIASE (Enterobius vermiculares) SINAIS E SINTOMAS Puxo • Sensação de evacuação incompleta Tenesmo • Desejo constante de evacuar associado a desconforto ou dor o Reto comprometido por tumor, processo inflamatório, hemorróidas ou estenose. Prolapso • Exteriorização de mucosa retal pelo ânus o Redução digital ou espontânea Procidência • Exteriorização de todas camadas do Reto. INCONTINÊNCIA ANAL • Perda involuntária de gazes e fezes o Paciente mais idosos com epifisiotomias e fistulectomias prévias, ou o Expostos a trauma do mecanismo esfincteriano Alterações locais • Lesões de pele • Verrugas • Fissuras • Ulcerações Manifestações sistêmicas • Anorexia • Perda de peso • Febre o Neoplasia avançada o D. Inflamatória intestinal o D. infecciosas Antecedentes Pessoais • Hábitos (dieta, exercícios físicos) Familiares • Componente familiar o Polipose adenomatosa familiar o Câncer colorretal hereditário não polipose (HNPCC) o D. Crohn Exame físico proctológico Explicar antecipadamente ao paciente o O que será realizado o Como será realizado NÃO ESQUECER DAS LUVAS DESCARTAVEIS Etapas o Inspeção (estática e dinâmica) o Palpação externa o Toque retal o Anuscopia (estática e dinâmica). Exame físico proctológico - Posicionamento • Decúbito lateral esquerdo com flexão de MID – Posição de Sims • Decúbito lateral com flexão de MMII • Decúbito dorsal com elevação dos MMII • Posição genupeitoral • Posição litotomia • Posição ortostática com corpo inclinado para frente apoiado em mesa. Exame físico – Inspeção Estática • Visualizar alterações da pele perianal • Plicomas (tamanho e extensão) • Elevações e suas características (trombo, abscesso, tumor) • Orifícios fistulosos • Fissura anal • Prolapso de mucosa anal • Formato da fenda anal Exame físico - Inspeção Observar tonicidade anal • Repouso (interno) • Contração (externo) o Checa função dos esfíncteres anais Exame físico – Inspeção Dinâmica • Solicita que o paciente realize esforço evacuatório • Identificar eventual exteriorização de: o Mamilo hemorroidário (prolapso) o Pólipos o Tumores pediculados Exame físico – Palpação externa Identificar •Enduramento • Flutuação • Área dolorosa Exame físico – Toque retal • Efetuado com dedo indicador • Uso de luva descartável • Lubrificar dedo enluvado o Xilocaína gel o Vaselina • Informar paciente • Pedir para fazer força • Palpa a procura de lesões o Introduzir o dedo e girar a mão no sentido horário e depois anti- horário. Observar ampola retal: • Ampla / Reduzida • Livre / Cheia • Tônus do esfíncteres anais o Normotônico o Hipertônico (ansiedade, inflamação, fibrose) o Hipotônico (d. neurológicas, lesão raquimedular S2-S4, lesão de esfíncteres). Identificar • Presença de fezes e sua consistência o Pastosas / Síbalos / Fecaloma • Irregularidade da transição anorretal (fissura) • Cripta dolorosa • Papila hipertrófica • Abaulamento de mucosa retal • Tumor ou pólipo no reto distal • Próstata / Colo uterino AO TÉRMINO • Retire o dedo delicadamente • Limpe o ânus do paciente, ou • Forneça papel para que ele se limpe • Observar dedo de luva: o Material fecal – coloração das fezes o Presença de sangue, muco ou secreções (pus). Exame físico – Anuscopia • Estática e dinâmica • Permite visualização direta do ânus e do reto distal • Alterações da mucosa • Realização de biópsias • Coleta de material para cultura • Procedimentos terapêuticos o Ligadura elástica o Esclerose de mamilos hemorroidários o Exérese de papilas hipertróficas Retossigmoidoscopia - Rígida - Flexível - Quando há necessidade de visualizar o intestino grosso distal. AFECÇÕES ORIFICIAIS E PERIANAIS - PROPEDÊUTICA CIRÚRGICA Plicoma anal • Excesso de pele na margem anal • Comum • Maioria assintomático hemorroida externa • Veias hemorroidárias dilatadas abaixo da linha pectínea o Recobertas por pele • Raramente sintomática • Trombose provoca dor localizada aguda o Piora com ato de defecar e sentar Fatores predisponentes ✓ Hereditariedade ✓ Gravidez ✓ Postura ereta ✓ Obstipação intestinal ✓ Esforço evacuatório ✓ Diarreia crônica ✓ Tumor pélvico ✓ ICC ✓ Cirrose Hemorroidas internas • Dilatação do plexo hemorroidário acima da linha pectínea • Normalmente não palpáveis • Podem sangrar vermelho-vivo (especialmente na defecação) • Podem prolapsar através do canal anal (massa avermelhada úmida). Prolapso retal Quando a mucosa retal projeta-se através do ânus com esforço de defecação. Procidência Prolapso de toda parede retal FISSURA ANAL • Ulceração no canal anal • Em geral região posterior da linha média • Pode ter plicoma sentinela • Muito dolorosa • Sangue ao limpar o ânus com papel • Músculo do esfíncter espástico • Exame doloroso Abscesso perianal • Massa avermelhada redundante • Coleção purulenta • Febre • Calafrios • Dor na região anal • Calor local Fístula anorretal • Trajeto ou canal inflamatório • Uma extremidade no ânus ou reto • Outra extremidade na superfície cutânea ou em outra víscera • Habitualmente precedida por Abscesso. SÍNDROME DE FOURNIER • Infecção grave da região perineal • Bacteriana (E. coli) • Odor fétido • Comum em obesos e diabéticos Pólipos retais • Comuns • Dimensão e número variáveis • Pedunculados (haste) • Sésseis (na superfície mucosa) • Moles (difícil palpação) • Sangue nas fezes Condilomas perianais • HPV (Papiloma vírus) • DST • Lesões verrucosas • Prurido leve Câncer de ânus • Massa com bordos irregulares • Consistência firme • Sangramentos Prateleira retal • Metástases peritoneais disseminadas na área da reflexão peritoneal • Consistência firme e endurecida Cisto e Fístula Pilonidal • Comum • Abertura de trajeto fistuloso • Pequeno tufo de cabelo com halo de eritema ao redor o Assintomáticos o Drenagem de secreção o Formação de abscesso o Fístulas secundárias Cirurgia - Exéresede Cisto Pilonidal
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