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SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB CÓLON, RETO E ÂNUS ANAMNESE: Identificar: Grupo etário: o Crianças: o Sangramento anal - pólipos o Obstipação intestinal em crianças – megacólon congênito o Adulto: o Se vive em zona endêmica – megacólon chagásico o Jovens – doença hemorroidária o Idosos (> 50 anos) – CA Sexo: o Mulheres – doença hemorroidária Genética (Ca intestinal ou polipose) Procedência / profissão: o Ingesta de pouca fibra – doença diverticular do cólon o Muito tempo sentado ou em pé – doença hemorroidária o Sedentário – doença diverticular do cólon SINAIS E SINTOMAS: DOR: sintoma mais comum 1. Definir se é perineal ou abdominal Perineal é mais fácil de avaliar (inspeção / palpação) Dor pode ser: Aguda (instalação súbita e pouco tempo de duração) o Trombose o Abscessos o Fissuras Tenesmo: sensação de dor no reto e no períneo, acompanhada do desejo imperioso de defecar. Dor intensa espasmódica e tem a impressão de que a defecação será abundante, mas elimina apenas pequena quantidade de fezes ou de muco. Causas de tenesmo: Processos inflamatórios agudos Síndrome disentérica. Dor Crônica (persiste por dias, semanas ou meses) Dor difusa: Difunde-se por todo abdome (mesmo tendo começado em apenas um lugar) Peritonite (abdome agudo = inflamatório, perfurativo, vascular, traumático) Colite Obstrução intestinal Impactação fecal (fecaloma) SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB Para facilitar o raciocínio diagnóstico: ESQUEMATIZAR A DOR ABDOMINAL PELO QUADRANTE: Diagnóstico anatômico: Dor no quadrante superior direito Dor no quadrante superior esquerdo Dor no quadrante inferior esquerdo Dor no quadrante inferior direito SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB DIARREIA: Mais de 3 evacuações ao dia, com diminuição da consistência fecal, e as vezes presença de restos alimentares. ANÁLISE CRITERIOSA PARA DIFERENCIAR SE É ALTA OU BAIXA! O cólon dorme a noite! Se um paciente apresenta diarreia continua dia e noite, deve se considerar que sua origem não é colônica, ou seja, ocorre no delgado. Diarreia alta: Causada no delgado Diarreia baixa: Nos cólons (cólon, sigmoide e reto) AGUDA: o Retocolite o Colites o Retites o Crohn o CA CRÔNICA: o Cólon irritável (principalmente se tem período de remissão e agudização) DISENTERIA: Síndrome composta de diarreia com cólicas intensas, fezes mucossanguinolentas, com tenesmo ao final de cada evacuação. Pode ser de origem amebiana ou bacilar (Shigellose). MUDANÇA DO RITMO INTESTINAL: PENSAR EM CA Obstipação intestinal: Ritmo normal = desde 3 evacuações por dia até 1 a cada 2 dias – intervalos de 8-48 horas Fezes retidas por mais de 48 h: CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Levar em conta a consistência fecal: o FEZES EM CÍBALOS: Fezes em pequenas bolas, como nos caprinos. CAUSAS DA OBSTIPAÇÃO INTESTINAL: 1. MECÂNICAS: lesões que ocluem o lúmen ou impedem a contração das paredes intestinais a. Malformações b. Impactação fecal c. CA d. Inflamação e. Pólipos 2. NEUROGÊNICAS: comprometimento dos componentes nervosos a. Aganglionose ou Hirschsprung (pcte não tem neurônios no intestino) b. Megacólon chagásico c. Paraplegia 3. METABÓLICO-HORMONAIS: a. Hipotireoidismo b. Uremia c. Porfiria 4. PSICOGÊNICAS: Alterações emocionais a. Abuso 5. MEDICAMENTOSAS: a. Antiácidos b. Anticolinérgicos c. Opiáceos. 6. DIETA: pobre em fibras 7. INIBIÇÃO REITERADA DO REFLEXO DA EVACUAÇÃO a. Trauma raque-medular 8. HIPOSSENSIBILIDADE SENIL SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB Origem da obstipação intestinal = exame clinico bem feito: o Toque retal / RX e endoscópico do intestino grosso. SANGRAMENTO ANAL: Quase sempre relacionado a hemorroidas Doença diverticular difusa dos cólons (indivíduos > 40 anos) Pólipos Doenças inflamatórias HDA (melena) Vai depender se o transito está muito acelerado e do volume do sangramento: o Muito volume – não dá tempo de metabolizar o Pouco volume – é metabolizado (melena) o Sangue oculto – não se vê (pedir Ex. sangue oculto) PRURIDO ANAL: Geralmente por má higiene anal Enterobíase (principal em crianças) Doenças anorretais cutâneas: o Eczemas o Dermatite seborreica o Dermatite de contato Doenças sistêmicas: o Diabetes o Hepatopatias crônicas DISTENSÃO ABDOMINAL: Aumento do volume do ventre Causas: o Ascite o Meteorismo o Fecaloma o Neoplasias. o Dificuldade de transito nos cólons. Causas AGUDAS: o Volvo do sigmoide torção do colón sigmoide sobre o seu próprio eixo (complicação grave do megacólon chagásico) o Fecaloma (impactação fecal) - Pode ser causada por câncer do intestino. NAUSEAS E VÔMITOS: são incomuns. Colón irritável, durante as crises dolorosas. Oclusão intestinal (fecalóides) ANEMIA E EMAGRECIMENTO: CA cólon direito (pedir sangue oculto e fazer colonoscopia para ver a lesão) Megacólon chagásico Doença diverticular – anemia aguda Doença hemorroidária Prolapso Cólon direito Cólon esquerdo SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB EXAME FÍSICO: Inspeção Ausculta Percussão Palpação Toque retal (50% tumores de intestino estão localizados no reto e 2/3 de identifica com toque retal) PERCUSSÃO - Ruído timpânico (exceção loja hepática = maciço) Ceco – percutível se há distensão Sigmóide – mais acessível Fecaloma - submaciço PALPAÇÃO Cólon ascendente – difícil de palpar em obesos Transverso – sem posição fixa; ângulos não acessíveis Sigmoide – próximo a parede abdominal = mais fácil de palpar o Consistência mais firme o Cólon irritável – cordão fibroso o Doença diverticular – massa com dor o Fecaloma – massa firme e móvel SINAL DE GERSUNY: Patognomônico para fecaloma Palpação profunda com a mão espalmada no “tumor fecal” na topografia da sigmoide. Solta-se a mão com suavidade, voltando a comprimi-la ritmicamente. Quando positivo, ouve-se ligeira crepitação, decorrente do ar interposto entre a parede intestinal e o fecaloma. SINAL DO GARGAREJO: Percepção de um ruído típico provocado pela compressão e descompressão brusca do órgão. Sua presença traduz a existência de liquido no interior do ceco - diarreia. AUSCULTA: Valor diagnostico restrito a duas patologias: o Diarreia - aumento dos ruídos hidroaéreos dos cólons e do intestino delgado o Íleo paralítico - provocado por peritonite ou no período pós-operatório imediato (silencio abdominal) EXAME PROCTOLÓGICO: Preparo e posição Estabelecer elo de confiança, explicando motivo e necessidade do exame Assistente na sala Vestes adequadas, com abertura nas costas Boa iluminação POSIÇÃO LATERAL DE SIMS Decúbito lateral direito ou esquerdo com pernas fletidas sobre o abdome Examinador sentado Vantagem: maior comodidade para paciente e para examinador Desvantagem: dificulta exame endoscópico SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB POSIÇÃO GENUPEITORAL (OU DE PRECE MAOMETANA) Paciente ajoelha-se na extremidade da mesa, flexiona o tórax de modo a apoiá-lo na mesa, torção lateral do rosto e estende os braços Vantagem: o Boa visualização o Facilita exame endoscópico Desvantagem: o Menos cômoda o Aumenta o constrangimento INSPEÇÃO DA REGIÃO ANAL: Mãos espalmadas nas nádegas Canalfechado está fechado – entreabre com ligeira pressão e solta, se fecha completamente (normal) Se ao contrário, aumentar abertura (inversão do reflexo retal): o Prolapso de reto o Inflamação o Prurido o Crianças vítimas de abuso Achados: Tumorações (trombose hemorroidária) Abscessos (pele lisa, brilhante, dolorosa, fina) Prolapsos (CA, pólipos) Fissuras Plicomas (excesso de pele) Condilomas Fístulas (Crohn) Prolapsos retais TOQUE RETAL: Mão direita com luva (MÃO DOMINANTE) Dedo indicador lubrificado Massagem no introito anal Introdução com delicadeza Sempre relatando ao paciente o que está fazendo Dedo na posição lateral, após introdução, rotação para: o Homem - Tocar próstata (face anterior) o Mulher - Relevo vaginal NO CANAL ANAL, AVALIA-SE: Tônus do esfíncter anal (normotônico, hipotônico ou hipertônico) Sensibilidade (doloroso ou indolor) Elasticidade (normal, diminuída ou inelástico) Tumorações (trombos hemorroidários, papilas hipertróficas, neoplasias benignas e malignas). Sangue (pode aparecer na luva) TOQUE NORMAL = Paredes lisas Sem rugosidades Sem massas Sem sangue na luva SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB Se encontrar anormalidades - ANUSCOPIA Toque anorretal doloroso - quase sempre indica: o Fissura anal o Processos inflamatórios o Lesões estenosantes (papilites, criptites, neoplasias) o Trombose hemorroidária o Abscessos. Esfíncter hipotônico: o Idosos o Doença hemorroidária o Ressecção do esfíncter ANUSCOPIA: Metálicos e plásticos (transparentes) Anuscópio de 6-10 cm de comprimento, 6-7 cm diâmetro, com mandril (alguns vem com iluminação embutida) Boa iluminação EXAMES COMPLEMENTARES: EXAME DAS FEZES: NORMAL: Cilíndrica (2 ou + cm diâmetro) Fragmentadas 200-250 g/dia ANORMAL: Líquidas Cíbalos (ressecada, fica mto tempo no cólon) o Megacólon o Dç diverticular o Lesão estenosante o Obstipação grave Em fita (estreitamento do lúmen do cólon) Muco e/ou pus Sangue: Pesquisa de sangue oculto (comum em anemia crônica) Melena (enegrecidas, odor fétido, pegajosa) Enterorragia (sangue vivo) Hematoquezia (raias de sangue no conteúdo fecal) LABORATORIAIS: Hemograma Anemia Leucocitose com desvio a esquerda (processo inflamatório agudo) Prova de função hepática Fosfatase alcalina Gamaglutamil transpeptidade – GGT Transaminases = metástases de CA colorretal Antigeno carcinoembrionário (CEA): usado para acompanhamento pós CA (não dá dx.) Elevação pós-CA = metástase Hemocultura Em paciente com processo inflamatório Sepse Antibiograma Inicia-se com os mais comuns Reações sorológicas Chagas (90-96%) Urina I - Fistula colovesical SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB USG DE ABDOME: Reto e canal anal RETOSSIGMOIDOSCOPIA: 25-30 cm, rígido Posição genupeitoral – mais fácil Não precisa fazer preparo CA Retite Retocolite Terço distal de sigmóide Crohn Pólipos Dç. hemorroidária COLONOSCOPIA – vê lesão e biopsia NUNCA SE FAZ EM ABDOME AGUDO! (pq injeta ar e pode perfurar) Precisa de preparo intestinal e sedação Colonoscópio chega a 15 de íleo (vê todo o cólon) Virtual – não biopsia (se há contraindicação qto a real – paciente que não consegue fazer preparo ou não pode ser sedade) Real – vejo e biopsio Sangramento Alteração do hábito Prevenção CA Pólipos (vilosos = > chance de malignidade, adenovilosos adenomatosos) o Após ressecar = biopsia o Macroscopicamente: com pedículo fino (benignos), grossos (vilosos) o Repetir anualmente o exame RX SIMPLES DO ABDOME: Abdome agudo obstrutivo (sinal de empilhamento de moedas) Vólvulo / volvo (sinal de grão de café) o Mais comum em sigmoide (mais solto), pode acontecer em alça descendente (se estiver dilatado) o Em malformações (não tem ligamento que seguram) ou tamanho aumentado Fecaloma o Passar sonda com soro o Fleet enema o Extração manual o Cirurgia Abdome agudo perfurativo (pneumoperitôneo) Corpo estranho Abdome agudo inflamatório o Apendicite: Apagamento da linha do psoas e da gordura pré- peritoneal Escoliose antálgica Fecalito Alça sentinela (QUANDO TEM PERITONITE - FUNCIONA COMO TAMPONAMENTO) TOMOGRAFIA: Diverticulite aguda PADRÃO-OURO Investigação / estadiamento de CA ENEMA OPACO: Sonda via retal, injeta contraste rico em bário, com insuflação de ar, verificando o deslocamento RX sequenciais o Alterações mucosas do relevo: Pólipos Divertículos SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB o Alterações do calibre: CA Megacólon Não se faz mais hoje em dia porque: Com a COLONOSCOPIA se vê bem a lesão e é possível biopsiar! Bário tende a formar pedras (baroma) RMN: Dx. Estadiamento Controle MANOMETRIA ANORRETAL: Coloca um balão cheio de furinho no reto, injeta agua e observa se canal anal está incontinente ou não (se contrai). Pede-se ao paciente segurar o máximo que puder Verifica: o Atividade motora do cólon, reto e canal anal DOENÇAS DO CÓLON, RETO E ANUS SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL Sintomas ligados a alteração emocional Predomina no sexo feminino e grupos etários mais jovens. Manifestação principal: dor abdominal em cólica Acompanha distúrbios do ritmo intestinal, alternando períodos de diarreia e obstipação. É um dx. de exclusão: o Crohn o Retocolite ulcerativa Melhora com terapia COLITES: Processo inflamatório de qualquer segmento do intestino grosso. Colite amebiana: Protozoário Entamoeba histolytica Transmissão fecal-oral. Diarreia crônica, as vezes com sangue e pus Parasitológico de feses + para Entamoeba Retossigmóidoscopia ou colono - biopsiar Complicações: amebíase hepática e cerebral Colite tuberculosa: Ocorre na tuberculose (Bacilos de Koch nos fragmentos de lesão) Não tem lesão pulmonar (mas fazer RX tórax para confirmar) Contaminação alimentar (leite) Clínica: o Ocorre quase sempre obstipação intestinal o Meteorismo o Distensão o Cólica o Anemia o Sangramento o Podem formar alguma massa Dx diferencial para: Crohn Apendicite aguda Tumor de intestino Colite granulomatosa ou doença de Crohn: Pode ocorrer qqer porção do tubo digestivo Origem indeterminada Evolução crônica com exacerbações periódicas SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB Quando agudizadas apresenta: o Diarreia (hematoquezia / enterorragia, pus e muco) o Dor abdominal o Emagrecimento É um abdome agudo inflamatório, e pode ter complicações! Lesões segmentares Pode evouir: o Sangrar (abdome agudo hemorrágico) o Abscessos (sepse) o Fistulas (uma das grandes complicações): Cólon-cólon Cólon-delgado Cólon-parede abdominal Cólon-canal anal Segmento mais afetado: porção íleo-cacal Diagnóstico: o Colonoscopia (biopsiar – porção íleo-cecal) o TC Retocolite ulcerativa inespecífica: é pré-maligna Processo inflamatório do colón, que pode evoluir até a formação de ulcerações. Tem evolução crônica, com fases de remissão Ocorre em indivíduos jovens, sexo feminino Segmento mais afetado: reto (caráter ascendente) Fase aguda: o Diarreia com sangue, muco ou pus o Cólica abdominal o Perda de peso o Anemia Diagnostico: biopsia é mandatória o Retossigmoidoscopia o Colonoscopia Encontra-se: o Processo inflamatório difuso o Hiperemia da mucosa o Sangramento fácil o Edemao Muco o Pus o Ulcerações Complicações: o CA o Perfurações do megacólon Colite isquêmica: Consequência da diminuição da irrigação sanguínea segmentar do colón, podendo ser abrupto ou gradativo. DOENÇA DIVERTICULAR DOS CÓLONS = DIVERTICULOSE Se tem as bolsas saculares Divertículos: o Bolsas saculares, múltiplas o Localizam-se nas paredes dos cólons (mais ao lado esquerdo), principalmente no sigmoide Causa: o Aumento da pressão intracolônica, com pressão da mucosa ao encontro da parede, em pontos mais fracos – tênias 65 anos Difusos por todo cólon Assintomática – achado, sangramento pequeno (gera anemia crônica) ou maciço (gera choque hipovolêmico) SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB Complicações: o Inflamação o Perfuração o Hemorragia Quando estas bolsas se inflamam = DIVERTICULITE o Abscesso e perfuração Clínica: o Dor em FIE o Febre o Distensão abdominal o Leucocitose com desvio a esquerda o Sinais de irritação peritoneal (Blumberg +, massa) Trata somente a 1ª crise de diverticulite, na 2ª já é cirúrgico (ressecar) MEGACÓLON CHAGÁSICO: Incoordenação motora da musculatura do cólon, reto e anus, por redução dos neurônios dos plexos nervosos intramurais, pelo Tripanosoma cruzi. 40-60 anos Clínica: o Obstipação intestinal crônica, progressiva o Distensão o Timpanismo Associação com: o Megaesôfago o Cardiopatia. Principais complicações: o Fecaloma o Volvo do sigmoide PÓLIPOS: Adenomatosos – 90% casos A poliose familiar adenomatosa múltipla tem possibilidade de malignizar em 100% dos pacientes que atingem 50 anos de idade. Assintomáticos, podem sangrar Se for de 1 a 3, podem ser ressecados Se múltiplos – biopsia – ressecção do trajeto do intestino CÂNCER DE CÓLON E RETO: Tipo histológico mais comum – adenocarcinoma Massa ulcerada, lesão poliploide, infiltrada ou estenosante 45% reto 20-25% sigmoide 8-10% ceco 50-60 anos Clinica: o Sangramento o Alteração do ritmo intestinal o Emagrecimento o Anemia o Massa palpável (se tumor já está volumoso) DIVERTICULITE AGUDA: Processo inflamatório agudo e purulento, decorrente na maioria das vezes, da dificuldade de drenagem do conteúdo apendicular. Com aumento do volume do apêndice e alterações circulatórias (isquemia) = pode ocorrer perfuração e/ou abscesso Adolescentes / adultos jovens Dx. diferencial: o Linfadenite mesentérica SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB ANTES DA PANDEMIA: Dx. por meios semiotécnicos clínicos (HC e Ex. físico) DURANTE PANDEMIA: TC (para descartar linfadenite mesentérica causada pelo COVID) Clinica: o Dor em região epigástrica / periumbilical, de início súbito o Náuseas e vômitos o Após algumas horas, dor localiza-se em FID o Febre baixa (pode ou não ter) Idosos, imunodeprimidos e gestante pode não ter SINAL DE BLUMBERG: Peritonite - Pode ser feito em qualquer quadrante do abdome - Se só em 1 quadrante = PERITONITE LOCALIZADA - Se em 2 ou mais quadrantes = PERITONITE DIFUSA SINAIS INDICATIVOS DE APENDICITE AGUDA: Saber bem 5 sinais (3 estiverem positivos e uma HC condinzente) = apendicite aguda 1. SINAL DE LENANDER: Dissociação temperatura retal e axilar - > que 0,5 graus. 2. SINAL DE DUMPHY: Dor em FID desencadeada pela percussão abdominal (epigástrio) ou que piora com a tosse. 3. SINAL DE AARON: Palpação profunda no epigástrio, com dor no Ponto de MacBurney. 4. SINAL DE ROVSING: Palpação profunda e ascendente do hemicólon esquerdo (pressão progressiva, lenta e contínua), observando se provoca sensação dolorosa. 5. BLUMBERG NO PONTO DE MACBURNEY (Ponto apendicular): Ponto apendicular (Ponto de MacBurney) situa-se geralmente na extremidade dos 2/3 da linha que une a espinha ilíaca anterossuperiora direita ao umbigo. SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB 6. SINAL DE LASÈGUE: Paciente deitado em decúbito dorsal, elevar a perna direita, cerca de 30 a 60 graus = paciente sente dor em FIC (Lasègue positivo). 7. SINAL DO PSOAS: Paciente em decúbito ventral, dor em FID com elevação e extensão da perna direita. 8. SINAL DE BASSLER Dor à compressão do apêndice entre a parede abdominal e o osso ilíaco. 9. SINAL DE TEM HORN: Dor em FID causada pela tração genital do testículo direito. 10. SINAL DO OBTURADOR: Dor em FID com rotação interna e flexão da perna direita. EXAMES PARA CONFIRMAÇÃO DE APENDICITE AGUDA: Laboratório: Leucocitose com neutrofilia e desvio a esquerda Rx abdome: Sinais AA inflamatório (apagamento da linha do psoas, escoliose antálgica para direita, fecalito, alça sentinela) USG abdome total / TC Apêndice com paredes espessadas, com liquido de permeio, com perda densidade, com diminuição da luz apendicular SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB Diagnóstico diferencial para apendicite: Diverticulite de Meckel Cólica ureteral Ruptura cisto ovariano DIP (doença inflamatória pélvica) Gravidez ectópica Linfoadenite mesentérica FISSURA ANAL: Úlcera ou fenda na região mucocutânea que não ultrapassa a linha pectínea. Jovens de 15-45 anos Causas: o Microtraumatismos provocados pela eliminação de fezes endurecidas (esforço evacuatório) ou diarreia. 90% na linha posterior do canal anal Dor lancinante após o ato evacuatório, seguida com perda de pequena quantidade de sangue e a dor vai diminuindo com o passar do tempo. Prurido Sangue no papel higiênico DOENÇA HEMORROIDÁRIA: Dilatações varicosas no segmento anorretal Ingurgitamento dos plexos vasculares Hemorroidas internas: formadas por varizes do plexo hemorroidário interno, subsidiário do sistema porta. Hemorroidas externas: varizes do plexo hemorroidário externo, subsidiário das veias hipogástricas. Mistas: associação das duas anteriores; Doença de alta prevalência na população geral Pode evoluir com pouco ou nenhum sintoma. É ampliada com a idade. Sintoma mais importante e mais frequente - sangramento. Complicações: Trombose e fissuras que se manifestam por dor e prolapso perineal. Trombose hemorroidária: Extremamente doloroso Tratamento clínico: o Medicações trombolíticas o Banho de assento o Cirurgia (mas não se opera hemorroida trombosada. Drena o trombo e após 30 dias opera) Geralmente as tromboses ocorrem, olhando a região anal como um relógio, às 3, 7 e/ou 11 horas. PLICOMA: Hipertrofia da pele perianal normal em resposta a um processo inflamatório crônico Indolor Prurido Dificulta higiene local FÍSTULAS: Processo supurativo crônico, caracterizado pela comunicação anormal entre a porção anorretal e os tecidos ou órgãos vizinhos Secreção purulenta Dor Complicações do abscesso e de Crohn SEMIOLOGIA DO ABDOME (PORTO – 7ª EDIÇÃO) Laura Helena Marcon Teixeira / MEDICINA IMEPAC-IUB Classificadas: o Trajeto (completas ou incompletas) o Números de orifícios (simples ou complexas) o Em relação aos músculos esfincterianos TUMOR DE CANAL ANAL: Carcinoma epidermóide – mais frequente Sangramento Dor Lesão nodular Secreção purulenta Alteração hábito intestinal (obstipação) Biópsia Dx. diferencial: o Condilomas ABCESSOS: Infecções agudas localizadas nos espaços teciduais ao redor do ânus e da porção terminal do reto. Penetração de germes contidos nas fezes ou muco dentro de uma cripta Fase aguda da fístula: o Dor o Abaulamento oHiperemia o Febre Drenagem + ATB ABSCESSO DIAGNOSTICADO É ABSCESSO TRATADO! Drenar Antibióticoterapia PROLAPSO: Desnutrição – diminuição da gordura isquio retal Verminoses – Trichiuris trichiura Adultos – hemorroidas ou lesão de esfíncter CONDILOMA: Crista de galo Causado pelo HPV (6-11) Pré-maligno Diagnóstico diferencial: o Condilomas
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