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1 Victória Nágila Questionamentos - Antiarrítmicos 1. Por que a Ibutilida e a Amiodarona foram efetivas na conversão do ritmo cardíaco do Dr. W. H. J. em ritmo sinusal normal? Estes fármacos fazem parte dos antiarrítmicos de classe III. Eles atuam inibindo a repolarização das células por meio do bloqueio dos canais de K+. Dessa forma, aumenta a duração da fase de platô, retardando a repolarização. A Ibutilida, além do que já foi dito, também intensifica a corrente de Na+ lenta dirigida para dentro da célula, o que prolonga ainda mais a repolarização, e faz com que esse fármaco seja muito eficaz para interromper a fibrilação e o flutter atriais. Já a Amiodarona, atua também como classe I, II e IV. Dessa forma, além de atuar nos canais de K+, ela bloqueia os canais de Na+; exerce papel antagônico não-competitivo com os receptores α e β-adrenérgicos e atua também como bloqueador dos canais de Ca++. Devido a todas essas atuações da amiodarona, ela se tornou um fármaco de uso frequente no tratamento das arritmias. 2. Por que a Ibutilida só deve ser administrada sob cuidadoso monitoramento? Porque a Ibutilida prolonga o intervalo QT, o que pode causar uma arritimia grave, denominada Torsades de Pointes, e essa condição exige cardioversão. 3. Que efeitos adversos de Amiodarona poderiam ocorrer com a administração de doses diárias mais altas? A Amiodarona apresenta toxicidade significativa, quando ministrada em altas doses. Seus efeitos adversos incluem complicações cardíacas, pulmonares, tireoidianas, hepáticas, neurológicas e idiossincráticas. Ela pode reduzir a função do nó AV ou AS (bloqueio dos canais de cálcio), além de causar hipotensão devido sua atuação como antagonista α- adrenérgico. A complicação pulmonar mais temida é a pneumonite, que leva à fibrose pulmonar. 4. Por que o Diltiazem diminuiu a frequência cardíaca de Dr. W. H. J. sem afetar seu distúrbio de ritmo cardíaco subjacente, a fibrilação atrial? O Diltiazem é um antiarrítmico de classe IV. Os agentes dessa classe podem diminuir a excitabilidade das células do nó SA, além de provocar bloqueio nodal AV por reduzir excessivamente a velocidade de condução. Dessa forma, essa classe de antiarrítmicos mostra-se eficaz no tratamento de arritmias que envolvem reentrada através do nó AV, sem afetar, no que diz respeito ao caso clínico, o distúrbio de ritmo cardíaco subjacente.
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