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Homologação de decisão estrangeira e exequatur

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HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA E 
“EXEQUATUR” 
Homologação de decisão estrangeira e 
“Exequatur” 
1- CONCEITO E NATUREZA JURÍDICA. DISTINÇÃO 
PARA EXEQUATUR. 
“A homologação de decisão estrangeira é obtida por 
meio de ação proposta perante o STJ, de cognição restritiva, 
em que se busca dar eficácia e cumprimento a uma decisão 
proveniente de outro estado soberano.” 
Temos que lembrar que na competência internacional temos 
a competência exclusiva e a concorrente, a concorrente que 
aceitamos decisões de fora, mas precisamos passar por um 
filtro – Art. 105, I, i). 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de 
Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
i) a homologação de sentenças 
estrangeiras e a concessão de 
exequatur às cartas rogatórias; 
Competência exclusiva- são aquelas que envolvem bens 
situados no Brasil, rechaçamos qualquer decisão estrangeira, 
somente nós podemos dar a decisão efetiva 
O STJ serve como tribunal que filtra as decisões estrangeiras. 
Competência concorrente- se exerce simultaneamente 
sobre a mesma matéria por mais de uma autoridade ou 
órgão. Aceitamos a decisão vinda do exterior. 
Ação homologatória da decisão estrangeira serve para 
sentenças estrangeiras e definitivas e a carta rogatória para 
exequatur para decisões interlocutórias estrangeiras, tenho 
uma forma mais rápida, mais célere, se eu me deparar com 
uma decisão definitiva precisaria de uma ação 
homologatória proposta no STJ. Art 216 a à x do regimento 
interno do STJ. 
Quando houver uma ação homologatória o réu deve ser 
citado, em uma decisão interlocutória apenas intimação, 
pois se dará na carta rogatória. 
Art. 960. A homologação de decisão estrangeira 
será requerida por ação de homologação de 
decisão estrangeira, salvo disposição especial 
em sentido contrário prevista em tratado. 
§ 1º A decisão interlocutória estrangeira poderá 
ser executada no Brasil por meio de carta 
rogatória. 
§ 2º A homologação obedecerá ao que 
dispuserem os tratados em vigor no Brasil e o 
Regimento Interno do Superior Tribunal de 
Justiça. 
§ 3º A homologação de decisão arbitral 
estrangeira obedecerá ao disposto em 
tratado e em lei, aplicando-se, 
subsidiariamente, as disposições deste 
Capítulo. 
É feita uma distinção, a homologação de decisão definitiva 
estrangeira por ação, e o exequatur por carta rogatória. 
Ou seja: 
DECISÃO DEFINITIVA: Ação 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA: Rogatória 
Salvo disposição ao contrário definido em tratado, como por 
exemplo protocolo de Las Leñas, países do merco sul, onde 
um execute a decisão definitiva do outro por carta rogatória, 
muito mais célere que por ação. 
Ao estado juiz respeitando a soberania do estado estrangeiro 
não é dado mexer na decisão estrangeira, nem na 
homologação nem na rogatória, salvo se atingir competência 
exclusiva do Brasil. 
Respeitar soberania não é dado ao superior dar juízo de 
mérito. 
2- CONDIÇÃO PARA EFICÁCIA DA HOMOLOGAÇÃO DA 
DECISÃO ESTRANGEIRA OU PARA CONCESSÃO DO 
EXEQUATUR. POSSIBILIDADE DE MEDIDA DE 
URGÊNCIA NA DECISÃO ESTRANGEIRA. 
961. A decisão estrangeira somente 
terá eficácia no Brasil após a 
homologação de sentença 
estrangeira ou a concessão do 
exequatur às cartas rogatórias, salvo 
disposição em sentido contrário de lei 
ou tratado. 
§1º É passível de homologação a 
decisão judicial definitiva, bem como 
a decisão não judicial que, pela lei 
brasileira, teria natureza jurisdicional. 
§2º A decisão estrangeira poderá ser 
homologada parcialmente. 
§3º A autoridade judiciária brasileira 
poderá deferir pedidos de urgência e 
realizar atos de execução provisória 
no processo de homologação de 
decisão estrangeira. 
§4º Haverá homologação de decisão 
estrangeira para fins de execução 
fiscal quando prevista em tratado ou 
em promessa de reciprocidade 
apresentada à autoridade brasileira. 
 
§5º A sentença estrangeira de 
divórcio consensual produz efeitos no 
Brasil, independentemente de 
homologação pelo Superior Tribunal 
de Justiça. 
§6º Na hipótese do § 5º, competirá a 
qualquer juiz examinar a validade da 
HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA E 
“EXEQUATUR” 
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“Exequatur” 
decisão, em caráter principal ou 
incidental, quando essa questão for 
suscitada em processo de sua 
competência. 
§1 Lei administrativa que passe com um caráter judicial. Vai 
ter força de lei uma decisão administrativa. 
§2 não pode ser reanalisada, mas se uma decisão que ofenda 
a competência exclusiva, não será homologada, somente a 
competência concorrente. Posso acolher no todo ou em 
parte, mas não alterar. 
§3 possibilidade de tutelas provisórias, se se tratar de 
homologação de decisão estrangeira o STJ pode deferir 
tutelas provisórias, que devem respeitar a decisão, deferir 
tutela no âmbito da execução de uma decisão estrangeira. 
Ex.: mãe biológica brasileira e pai americano, brigam pela 
guarda da criança. Pode proibir a saída do Brasil enquanto 
decide. 
§4º residência fiscal em monaco, aqui o legislador deixa claro 
que as execuções fiscaus estrangerias é preciso que esteja 
previsto essa possibilidade em tratados etc. 
§5º STJ estava entupido de ações para serem homologadas, 
divórcios feitos em território estrangeiro, decidiram que a 
decisão de divorcio feita no estrangeiro teria efeito no Brasil 
sem passar por filtro. 
§6º pode analisar a decisão feita no §5º, tanto faz ser juiz 
estadual ou federal, basta que se depare com essa decisão 
para analisa-la, desconcentrou do STJ. 
Art. 962. É passível de execução a 
decisão estrangeira concessiva de 
medida de urgência. 
§1º A execução no Brasil de decisão 
interlocutória estrangeira concessiva 
de medida de urgência dar-se-á por 
carta rogatória. 
§2º A medida de urgência concedida 
sem audiência do réu poderá ser 
executada, desde que garantido o 
contraditório em momento posterior. 
§3º O juízo sobre a urgência da 
medida compete exclusivamente à 
autoridade jurisdicional prolatora da 
decisão estrangeira. 
§4º Quando dispensada a 
homologação para que a sentença 
estrangeira produza efeitos no Brasil, 
a decisão concessiva de medida de 
urgência dependerá, para produzir 
efeitos, de ter sua validade 
expressamente reconhecida pelo juiz 
competente para dar-lhe 
cumprimento, dispensada a 
homologação pelo Superior Tribunal 
de Justiça. 
 
Exequatur, carta rogatória e decisão interlocutória, tutela 
provisória e medidas de urgências. 
§1º cartas rogatórias 
§2º a liminar pode ser concedida sem ouvir a parte contraria 
lá, mas desde que garantido o contraditório, se não será 
exigido por carta rogatória que se escute a parte contrária. 
§3º reforça sobre o juízo brasileiro não poder se debruçar 
sobre a decisão estrangeira, se sai uma liminar estrangeira 
para buscar e apreender o menor e entregar aos pais a 
justiça brasileira não compete nenhum retoque 
§4º protocolo de Las Leñas- dispensada a homologação Art 
109 CF e 105 I, i), a competência é do STJ, mas agora no 109 
X diz que compete aos juízes federais a homologação por 
ação ou exequatur, são chancelas que cabem no STJ, 
homologada a sentença, não se aplica ao STJ a fase de 
cumprimento de sentença, ele só diz homologo ou execute-
se, a execução será feita pela 1ª instancia do STF 
3- REQUISITOS INDIPENSAVEIS A HOMOLOGAÇÃO OU 
À CONCESSÃO DO EXEQUATUR. 
Além dos requisitos do 963, o regimento interno exige 
como documentos indispensáveis sejam chancelados 
por competência, para que sejam provados a 
autenticidade. 
Art. 963. Constituem requisitos 
indispensáveis à homologação da 
decisão: 
I – ser proferida por autoridade 
competente; 
II – ser precedida de citação regular, 
ainda que verificada a revelia; 
III – ser eficaz no país em que foi 
proferida; 
IV – não ofender a coisa julgada 
brasileira; 
V – estar acompanhada de tradução 
oficial, salvo disposição que a 
dispense prevista em tratado;VI – não conter manifesta ofensa à 
ordem pública. 
Parágrafo único. Para a concessão do 
exequatur às cartas rogatórias, 
observar-se-ão os pressupostos 
previstos no caput deste artigo e no 
art. 962, § 2º. 
HOMOLOGAÇÃO DE DECISÃO ESTRANGEIRA E 
“EXEQUATUR” 
Homologação de decisão estrangeira e 
“Exequatur” 
Aqui entra o juízo de derivação, verificação da presença 
desses requisitos, passou pela chancelaria, só tem que 
observar isso, não precisa tocar no mérito, apenas observar 
esses requisitos. As mesmas exigências valem para a carta 
rogatória 
Juízo de derivação- “é um exame limitado a verificação da 
presença de certos requisitos formais, essenciais para que se 
homologue a sentença oriunda de órgão jurisdicional 
estrangeiro, ou de órgão administrativo que pratique atos no 
Brasil que teriam natureza jurisdicional.” – Alexandre 
Câmera. 
4- NEGATIVA DE HOMOLOGAÇÃO OU DE CONCESSÃO 
DO EXEQUATUR E JUÍZO COMPETENTE PARA O 
EFETIVO CUMPRIMENTO DA DECISÃO 
ESTRANGEIRA. 
Art. 964. Não será homologada a decisão 
estrangeira na hipótese de competência 
exclusiva da autoridade judiciária brasileira. 
Parágrafo único. O dispositivo também se 
aplica à concessão do exequatur à carta 
rogatória. 
 
Art. 965. O cumprimento de decisão 
estrangeira far-se-á perante o juízo federal 
competente, a requerimento da parte, 
conforme as normas estabelecidas para o 
cumprimento de decisão nacional. 
Parágrafo único. O pedido de execução deverá 
ser instruído com cópia autenticada da decisão 
homologatória ou do exequatur, conforme o 
caso. 
Exceção a regra, tipo judicial execução, quando o processo é 
de conhecimento ou desmembro em face de conhecimento 
e em fase de execução. A sentença pode ter sido modificada 
até o STF, mas tem que começar a ser executada na instancia 
original, a regra é o retorno a origem para que se conceda a 
execução- Art 23 CPC 
Art 965- desmembramento, cumprimento far-se-a perante 
juízo federal.

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