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RESENHA DO TEXTO 1 “UM BREVE HISTÓRICO DA PSICOLOGIA JURÍDICA NO BRASIL E SEUS CAMPOS DE ATUAÇÃO” 
 
 
A. Resumo da leitura feita 
 
 	O presente texto relata brevemente os referenciais históricos da psicologia jurídica no Brasil e a atuação que o psicólogo realiza nesse campo. Existem várias áreas onde este profissional pode exercer suas funções desde o Direito da Família, da Criança e do Adolescente perpassando também o Direito do Trabalho. 
 	A Psicologia Jurídica é uma área científica recente, logo, ainda está atrelada ao Direito devido aos primeiros trabalhos que ocorreram na esfera criminal com adultos criminosos e adolescentes infratores. Com isso, a visão de avaliador continua sendo predominante, pois o psicodiagnóstico, laudos, relatórios e pareceres continuam sendo grandes ferramentas para esses profissionais. 
 	Porém, outras funções são realizadas como orientação familiar, mediação em casos de divórcios e adolescentes infratores, participação em audiências, regulamentação de visitas, entre outros. Além disso, é importante que esse profissional tenha as habilidades de empatia, acolhimento e paciência, assim irá facilitar a compreensão e a interação das pessoas pertencentes ao caso.
Infelizmente, em algumas universidades a disciplina de Psicologia Jurídica não faz parte da grade curricular e, quando se faz, se torna matéria com pouca carga horária ou optativa referente aos estágios. Essa área de estudo ainda é recente, contudo, se faz necessário uma maior divulgação, pois, assim, haveria mais estudos científicos acerca do tema e, também, mais inserção e valorização deste trabalho.
 
B. Pontos que chamaram atenção 
 
· A escassez de artigos e textos sobre essa área. 
· A carência existente da Psicologia Jurídica (teoria e estágio) nas grades curriculares de algumas faculdades brasileiras. 
· As várias atuações e lugares que um psicólogo jurídico pode trabalhar. 
 
C. Pontos a melhorar 
 
· A escassez de artigos e textos sobre essa área jurídica. 
· A carência existente nos currículos do curso de Psicologia, pois não são todas as universidades que disponibilizam esse tipo de conteúdo na grade e quando oferecem são cargas horárias pequenas e não são matérias obrigatórias. 
· A visão predominante de que um psicólogo jurídico é apenas um avaliador, pois esse profissional não exerce somente essa função. 
· Pouca divulgação sobre a área jurídica, pois a Psicologia é mais associada à área clínica. 
 
D. Relação com os conteúdos vistos nos encontros e a partir de outras leituras 
 
 	
Segundo Trindade (2007), a Psicologia busca explicações para os comportamentos e o Direito busca regular esses comportamentos para um melhor convívio em sociedade, portanto ambas possuem o mesmo objeto de estudo sob diferentes visões. O autor aponta a importância das perspectivas variadas para ampliar a compreensão dos atos humanos e o trabalho interdisciplinar para produzir mais pesquisas científicas, assim, haveria mais estudos referentes à área jurídica. 
De acordo com Bernardi (2005), o psicólogo jurídico não tem um trabalho focado, somente, no cunho pericial, mas este profissional também realiza acompanhamento de caso, mediação, orientação, encaminhamentos conforme as necessidades do momento de atendimento do caso. 
Silva (2003), infere que o psicólogo jurídico é um profissional de confiança do juiz, pois oferece uma visão técnico científico acerca dos casos, assim como está previsto no artigo 139 do Código de Processo Civil. Além disso, as pessoas envolvidas no caso podem, também, contratar de forma particular esse especialista. 
Silva (2003) ressalta ainda que o psicólogo jurídico deve ter implicações éticas, políticas, consciência e refletir sobre seu trabalho dentro do caso, considerando sempre os resultados dominantes para a decisão do juiz, embora o mesmo não precise utilizar do laudo psicológico para dar sua decisão. Ademais, a autora comenta que este profissional deve aceitar casos que estejam dentro de suas competências e possibilidades de atuação.
E. Referências 
 
BERNARDI, D. C. F. (2005). Avaliação Psicológica no Âmbito das Instituições Judiciárias. In: O Trabalho do Psicólogo no Campo Jurídico. São Paulo: Casa do Psicólogo. 
Lago, Vivian de Medeiros et al. Um breve histórico da psicologia jurídica no Brasil e seus campos de atuação. Estudos de Psicologia (Campinas) [online]. 2009, v. 26, n. 4 [Acessado 20 fevereiro 2022], pp. 483-491. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0103-166X2009000400009>. Epub 23 Fev 2010. ISSN 1982-0275. https://doi.org/10.1590/S0103-166X2009000400009. 
SILVA, D.M.P. (2003). Psicologia Jurídica no Processo Civil Brasileiro: a interface da psicologia com direito às questões de família e infância. São Paulo - Casa do Psicólogo. 
TRINDADE, J. (2007). Manual de Psicologia Jurídica para Operadores do Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado.

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