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MARA RUBIA DE SOUZA
Redação de Conclusão de Curso
Curso: ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE
RESUMO
A educação especial segundo a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva do ano 2008 passou a ser entendida como uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, cabendo a propria educação especial disponibilizar o Atendimento Educacional Especializado - AEE e os recursos próprios desse atendimento e a orientação dos educandos e professores quanto à utilização desses recursos nas turmas comuns do ensino regular. A função primordial do AEE é complementar e/ou suplementar a formação do aluno, disponibilizando serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade.
Palavras-chave: Educação Especial. Atendimento Educacional Especializado.
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Atualmente na esfera da educação especial vivenciamos transformações paradigmáticas que se efetivam através de avanços teóricos, legais, conceituais, terminológicos e alterações nas práticas sociais e educacionais destinadas ao público com necessidades educativas especiais e cumprimento dos direitos de todos os cidadãos. Na trajetória da história da educação especial reconhecemos espaços e lugares segregadores tomado pelos educandos que abarcam este universo. Perpassamos através da historia pelo convencimento de que não eram passiveis de escolarização julgando - os incapazes de aprender, passamos pelo modelo médico que enfatizavam a adoção de diagnósticos, com níveis de deficiência “leve”, “moderada” e “grave” e categorização educacional, “educáveis”, “treináveis” e “dependentes”, que minimizavam as oportunidades de aprendizagem reduzindo o educando à sua própria deficiência. O grau do comprometimento desses educandos culminava por determinar os espaços escolares que poderiam frequentar, delegando a ele a responsabilidade única e exclusiva de se adequar ao espaço educativo, ao ritmo e ao tempo de aprendizagem do lugar onde estava inserido. A terminologia necessidades educacionais especiais aparece pela primeira vez na década de 70 em uma pesquisa, realizada sob a coordenação de Mary Warnock, e buscava discriminar a deficiência e sua desvantagem relacionada diretamente aos diferentes contextos sociais nos quais esses indivíduos estavam inseridos exaltando as adaptações recíprocas necessárias entre sujeito e meio. Passou –se a enxergar o educando além do diagnóstico, reconhecendo possibilidades de aprendizagens, apostando em adaptações tanto do sujeito como do meio.
Assim, segundo Warnock, um indivíduo com mobilidade reduzida teria maior ou menor desigualdade em relação ao meio, visto a presença ou não de barreiras arquitetônicas e de acessibilidade nos diferentes espaços físicos sociais.
 BRIDI, (2006, p. 7), cita o conceito de necessidades educacionais especiais de acordo com a pesquisa de Warnock quando diz que o:
Conceito de necessidades educacionais especiais permite que se questionem as categorias de classificação da deficiência, deslocando a ênfase do aluno com deficiência para centrar-se na resposta educativa da escola, sem desrespeitar ou negar a circunstância vivida pelo aluno. Um dos aspectos inovadores desse conceito evidencia-se na relação estabelecida entre alunos com deficiência que apresentam dificuldades escolares e aqueles sem deficiência, mas com dificuldades de aprendizagem. Nesse sentido a expressão ainda serve para representar todas as exigências vividas pelos alunos durante sua vida escolar. 
 A Declaração de Salamanca de 1994 especifica as orientações para a educação especial e também aborda o termo necessidades educacionais especiais para significar os relativos indivíduos da educação especial. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases, LDB 9.394/96, usa esta terminologia no âmbito legal, e estabelece em documentos oficiais as diretrizes para a organização da educação especial no país. 
O termo “necessidades educacionais especiais” acabou por englobar em sua conceitualização alunos sem deficiências, mas com necessidades educacionais especiais em alguma instância em seus processos de escolarização. Esta percepção mudou o olhar lançado à educação especial, que passou a abarcar em seu serviço todos os indivíduos que, em algum momento de sua vida escolar, dela necessitasse.
De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva do ano 2008 a educação especial passou a ser entendida como uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades da educação básica e superior, cabendo a propria educação especial disponibilizar o Atendimento Educacional Especializado - AEE e os recursos próprios desse atendimento, orientando alunos e professores quanto à utilização desses recursos nas turmas comuns do ensino regular.
Este fato ascende um ponto histórico na área da educação especial, que indaga sobre “quem são os sujeitos da educação especial”, pois tal definição passou a abarcar em sua práxis um grande número de alunos com dificuldades de aprendizagem e não com deficiências, contudo, a política define que a educação especial se destina a alunos com deficiência física, deficiência mental, alunos com surdez, cegueira, baixa visão, surdo cegueira, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades.
Consideram-se alunos com deficiência àqueles que têm impedimentos de longo prazo, de natureza física, intelectual ou sensorial que tem suas interações restringidas por barreiras que impedem sua participação plena e efetiva na escola e na sociedade. Os alunos com transtornos globais do desenvolvimento são aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com transtorno do espectro do autista e psicose infantil e alunos com altas habilidades/superdotaҫão que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes. Dentre os transtornos funcionais específicos estão: dislexia, disortográfica, discalculia, transtorno de atenção e hiperatividade, entre outros. (BRASIL, 2008, p. 15) 
Ainda, conforme o documento, cabe destacar que o trabalho da educação especial será de forma articulada com o ensino comum visando o atendimento das necessidades educacionais especiais do educando segundo suas especificidades. Logo, diante desse contexto, compreende se o termo necessidade educacional especial não como a definição do universo dos educandos da educação especial, mas na caracterização das necessidades educacionais por eles apresentadas, passando a constituir a proposta pedagógica da escola.
O decreto Nº 6.571/2008 define o Atendimento Educacional Especializado- AEE como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular.
A matricula desse público no AEE é preferencialmente realizada no contra turno da instituição escolar comum frequentada. Há ainda a possibilidade desse atendimento acontecer em uma outra escola próxima ou em um centro especializado.
A ação especifica do AEE deve disponibilizar programas de enriquecimento curricular, ensino de linguagens e códigos específicos de comunicação e sinalização, ajudas técnicas e tecnologia assistiva. Objetivando em sua ação prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular, garantir a transversalidade das ações da educação especial, desenvolver recursos didáticos e pedagógicos e assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis de ensino.
O AEE é organizado para suprir as necessidades de acesso ao conhecimento e à participação dos alunos com deficiência e dos demais que são público alvo da Educação Especial, nas escolas comuns constituindo oferta obrigatóriados sistemas de ensino, embora participar do AEE seja uma decisão do aluno e/ou de seus pais/responsáveis.
Na educação infantil o AEE expressa-se por meio de serviços de estimulação precoce, que objetivam otimizar o processo de desenvolvimento e aprendizagem, em interface com os serviços de educação, saúde e assistência social, este atendimento também está presente em outras modalidades de ensino, na educação indígena, do campo e quilombola e nos projetos pedagógicos construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos.
O mesmo decreto Nº 6.571/2008 ainda define as atribuições do Ministério da Educação – MEC para o AEE delegando a este a implantação das salas de recursos multifuncionais, a formação continuada de professores para o AEE, a adequação dos prédios escolares para acessibilidade de mobilidade, a elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a estruturação de núcleos de acessibilidade comunicacional com a utilização de formas alternativas de linguagem e expressão, braile, libras e comunicação aumentativa e alternativa. 
Cabe ao atendimento educacional especializado – AEE o apoio ao desenvolvimento do aluno com deficiência, transtornos gerais de desenvolvimento e altas habilidades com a mediação de professores habilitados para docência e com formação para educação especial. 
De acordo com a resolução 04/2009, a elaboração e a execução do plano de AEE são de competência dos professores que atuam na sala de recursos multifuncionais ou centros de AEE. É este profissional que identifica, elabora, produz e organiza serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias que atenda às necessidades específicas dos educandos, defini os recursos, elabora e executa o plano de AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos.
As atividades desenvolvidas no AEE diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. O AEE deve se articular com a proposta da escola comum, embora suas atividades se diferenciem das realizadas em salas de aula.
A mesma resolução, 04/2009 ainda descreve em seu texto a função primordial do AEE como complementar ou suplementar a formação do aluno, disponibilizando serviços, recursos de acessibilidade e estratégias que eliminem as barreiras para sua plena participação na sociedade e desenvolvimento de sua aprendizagem. 
É concernente ao atendimento educacional orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo educando, ensinar e usar a tecnologia assistiva e estabelecer articulação com os professores de sala de aula comum na utilização dos recursos e estratégias de ensino.
Consideramos fator de importância no Atendimento Educacional Especializado a regulamentação das diretrizes, do apoio técnico e financeiro ofertado pela União e o de desenvolver um planejamento centrado nas potencialidades do educando estimulando - o a avançar em habilidades adaptativas, oferecendo atividades que viabilizem e facilitem a quebra de barreiras efetivando o desenvolvimento de sua aprendizagem e sua plena participação na sociedade.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB 9.394, 1996.
BRIDI, F. R. S.; FORTES, C. C.; BRIDI FILHO, C. A. Experiências educacionais inclusivas: Programa de educação inclusiva: direito à diversidade. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006.
GOMES, A. L. L. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência mental São Paulo: MEC/SEESP, 2007.

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