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SISTEMAS ESTRUTURAIS Prof.: Sandy Rebelo BANDEIRA Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia MANAUS 2022 FUNDAÇÃO CENTRO DE ANÁLISE, PESQUISA E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA AULA 1.1 CONCEITOS FUNDAMENTAIS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ✓ „Relacionar os conceitos fundamentais a pratica dos sistemas estruturais de engenharia; ✓ Identificar os princípios básicos envolvidos no conhecimento da teoria das estruturas; ✓ „Transformar os apoios/vínculos em reações. CONCEITOS FUNDAMENTAIS INTRODUÇÃO O conhecimento dos conceitos fundamentais da teoria das estruturas auxilia na tomada de decisões quando do desenvolvimento de uma estrutura eficiente, econômica e atraente. Permite ainda avaliar a segurança de uma estrutura por meio da sua resistência e da rigidez e também prever as cargas de construção temporárias que podem atuar sobre ela em meio a sua construção. CONCEITOS FUNDAMENTAIS SISTEMAS ESTRUTURAIS Toda estrutura, seja de um edifício, de uma ponte ou de uma torre de transmissão, é um sistema estrutural. Cada sistema estrutural é composto por diversos outros elementos estruturais que, juntos, formam uma grande estrutura. Cada elemento estrutural individualmente pode ter diversas funções e características diferentes, o que permite uma grande variabilidade de combinações para a criação de uma estrutura com uma funcionalidade específica. CONCEITOS FUNDAMENTAIS ELEMENTOS ESTRUTURAIS O engenheiro deve estar familiarizado com os diversos tipos de elementos estruturais que podem ser aplicados em uma estrutura e deve possuir capacidade de classificar esses elementos de acordo com a sua forma e a sua função. Os elementos estruturais mais comuns são: •Vigas; •Pilares; •Treliças; •Pórticos, •Placas e cascas , entre outros. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Barras submetidas à flexão: Vigas Os elementos estruturais esbeltos submetidos a carregamentos perpendiculares ao seu eixo longitudinal são chamados de vigas. O carregamento imposto sobre uma viga tende a provocar sua curvatura no sentido e na direção da força. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Distribuição de tensões na seção da viga submetida a flexão. Barras submetidas à flexão: Vigas A flexão viga na ocorre em função do momento fletor atuante, que gera tensões normais de tração e compressão na mesma seção da viga. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Momento fletor atuante e surgimento de tensão tangencial. Barras comprimidas: Pilares Pilares (também chamados de colunas) são barras utilizadas para transmitir os esforços de compressão direta provocados pela ação das cargas permanentes e das sobrecargas e pela ação de cargas móveis e do vento. Os tipos de apoios e vínculos nas extremidades das colunas influenciam também na sua capacidade de carga, que está relacionada ao comprimento efetivo de flambagem, que varia conforme o tipo de apoio. Uma coluna de comprimento L simplesmente apoiada nas extremidades possui menor capacidade de carga se estiver engastada nas extremidades. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Barras comprimidas: Pilares CONCEITOS FUNDAMENTAIS Coeficiente de flambagem de colunas. Barras axialmente carregadas: Treliças planas Elementos estruturais compostos por barras esbeltas e submetidas apenas por cargas pontuais nos nós de ligação das barras são chamadas de treliças. Devido ao carregamento ser aplicado apenas nos nós de ligação, os esforços internos que surgem nas barras serão apenas axiais, de tração e de compressão, tornando o sistema mais eficiente devido à maior utilização do material empregado nas barras. As estruturas treliçadas são geralmente projetadas formando um padrão triangular entre as barras, por ser a configuração geométrica mais simples e estável. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Barras axialmente carregadas: Treliças planas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Treliça de cobertura de um galpão industrial. Elementos de uma treliça. Pórticos são considerados rígidos quando o ângulo formado pelas barras, vigas e pilares não muda. Para que essa condição seja satisfeita, as ligações entre as barras devem ser rígidas o suficiente para impedir a deformação nessas ligações. As ligações entre as vigas e os pilares metálicos devem ser dimensionadas para suportar os esforços de momento fletor e da força cortante de tal forma que a ligação tenha rigidez suficiente para impedir deformações nas ligações. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Estruturas submetidas a flexão e carga axial: Pórticos rígidos Estruturas submetidas a flexão e carga axial: Pórticos rígidos CONCEITOS FUNDAMENTAIS Pórtico rígido constituído por pilares de concreto e de aço e vigas em aço. Estruturas planas são aquelas consideradas bidimensionais devido às dimensões de largura e comprimento predominarem sobre a sua espessura. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Estruturas planas submetidas à flexão: Placas Estrutura plana. As placas são muito utilizadas como lajes e pisos de edificações e, dependendo do sistema construtivo da laje, pré-moldada ou maciça, seu comportamento será definido dependendo da maneira que for apoiada nas vigas. As lajes podem ser projetadas em conjunto com as vigas para resistir aos esforços, formando uma seção tipo T. Uma parcela da laje atua como mesa colaborante de uma viga, que por sua vez tem sua rigidez aumentada devido ao aumento da seção transversal proporcionado pela laje. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Estruturas planas submetidas à flexão: Placas CONCEITOS FUNDAMENTAIS Estruturas planas submetidas à flexão: Placas Laje apoiada em todas as bordas. A flexão ocorre nas duas direções. Laje apoiada somente em duas vigas. A flexão ocorre em uma direção. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Estruturas planas submetidas à flexão: Placas Viga em T formada por viga e laje de concreto armado. Viga T constituída de perfil metálico e laje de concreto. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ESTÁTICA DAS ESTRUTURAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS O processo de criação de uma estrutura inicia com a idealização dessa estrutura a partir de um projeto arquitetônico, de um equipamento ou de uma necessidade específica, como, por exemplo, um reforço estrutural. Idealizar uma estrutura nada mais é do que imaginar, criar uma estrutura utilizando as informações de projeto para definir a posição de colunas, os vãos das vigas e os apoios de cada elemento estrutural, ao mesmo tempo prevendo como a estrutura se comportará. CONCEITOS FUNDAMENTAIS Pórtico rígido para suportar a carga de uma parede de alvenaria de blocos. Estrutura idealizada do pórtico real utilizada na analise. APOIOS E VÍNCULOS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Os apoios ou vínculos são os pontos de fixação da estrutura com o meio externo ou entre os elementos estruturais. Os apoios podem ser simples, quando se trata de estruturas muito leves, como um simples pórtico, ou bastante complexos, quando as estruturas são pesadas e necessitam suportar grandes cargas, como os apoios de uma ponte rodoviária. APOIO/VÍNCULO GRAU DE LIBERDADE RESTRIÇÃO REAÇÃO DE APOIO APOIO DE 1° GÊNERO 02 01 01 APOIO DE 2° GÊNERO 01 02 02 APOIO DE 3° GÊNERO 00 03 03 CONCEITOS FUNDAMENTAIS DIAGRAMA DE CORPO LIVRE (DCL) CONCEITOS FUNDAMENTAIS O diagrama de corpo livre (DCL) é a forma esquematizada simplificada da estrutura real onde são apresentadas as condições de contorno da estrutura através da geometria, do apoio, das reações de apoio e dos carregamentos. Viga continua submetida a diversos carregamentos. CONCEITOS FUNDAMENTAIS O DCL de uma estrutura apresentará todas as forças que atuam na estrutura permitindo uma análise mais precisa do modelo estrutural. Diagrama de corpo livre de uma viga continua. EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DA ESTÁTICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS As análises das equações de equilíbrio partem da premissa de que o corpo está em equilíbrio estático, ou seja, está em repouso, de forma que a aceleração linear do centro de gravidade desse corpo e a aceleração angular desse mesmo corpo em relação ao centro de gravidade sãoiguais a zero. Para que um corpo seja considerado estático, as equações fundamentais de equilíbrio da estática a seguir devem ser respeitadas: ΣFx = 0; ΣFy = 0; ΣM = 0 CONVENÇÃO DE SINAIS: FORÇAS E MOMENTO CONCEITOS FUNDAMENTAIS Para a análise das reações de apoio vamos adotar a convenção a seguir: ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Estruturas hipostáticas Estrutura com número de reações menores que as equações de equilíbrio. Estrutura com número de reações iguais ao número das equações de equilíbrio. As estruturas hipostáticas normalmente não são estáveis, não possuem equilíbrio estático, tendo algum movimento não restringido. O número de reações de apoio é normalmente menor que o número de equações de equilíbrio. ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Viga com dois apoios do 1° gênero. Diagrama de corpo livre (DCL). Estruturas hipostáticas ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Estrutura com número de reações iguais ao número das equações de equilíbrio. Estrutura com número de reações maiores do que número das equações de equilíbrio. As estruturas isostáticas são estáveis, possuem equilíbrio estático, não tendo por isso algum movimento permitido. O número de reações de apoio é normalmente igual o número de equações de equilíbrio, sendo o estritamente necessário para manter o equilíbrio estático. Estruturas isostáticas ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Viga com 1 apoio de 1° gênero e 1 apoio de 2° gênero. Diagrama de corpo livre (DCL). Estruturas isostáticas ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Estrutura com número de reações igual a 4. Estrutura com GH 1. Estrutura com número de reações igual a 5. Estrutura com GH 2. As estruturas hiperestáticas são estáveis, não tendo por isso algum movimento não restringido. O número de reações de apoio é maior que o número de equações de equilíbrio. Estas estruturas não podem ser calculadas apenas com às equações de equilíbrio da estática. Estruturas hiperestáticas ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Elemento engastado. Diagrama de corpo livre (DCL). Estruturas hiperestáticas ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Aplicação prática Dada a estrutura abaixo, determinar as reações de apoio. ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Aplicação prática – Espaço reservado para cálculos ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Aplicação prática – Espaço reservado para cálculos ESTRUTURAS HIPO, ISO E HIPERESTÁTICAS CONCEITOS FUNDAMENTAIS Aplicação prática – Espaço reservado para cálculos OBRIGADO! 98418-7279
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