Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 TUTORIAL 05 – VERÃO MÓDULO IV KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 • Existe troca constante de líquidos e solutos com o meio externo e entre os compartimentos do corpo, auxiliando a manter o volume ideal de líquidos corporais Entrada Diária de Água: variável entre pessoas e diferentes ocasiões, dependendo do clima, do hábito e atividade física • 2100 mL/dia ingerida na forma de líquidos ou nos alimentos • 200 mL/dia sintetizada pelo corpo por oxidação de carboidratos Perda Diária de Água do Corpo Perda Insensível de Água: não pode ser precisamente regulada, pois conscientemente não percebemos 700 mL/dia nas condições normais. • Difusão pela pele é um exemplo, e ocorre independentemente da sudorese e até sem as glândulas sudoríparas 300 a 400 mL/dia. o É minimizada pela camada com colesterol da pele Quando não está presente, como em queimaduras, a intensidade da evaporação aumenta até 10x por isso se recebe muito líquido preferencialmente intravenoso. • A perda pelo trato respiratório varia de 300 a 400 mL/dia. Quando o ar entra no trato respiratório, fica saturado por umidade, com pressão de vapor de 47 mmHg. Pela pressão ser geralmente menor, a água é continuamente perdida pelos pulmões na respiração. • No frio, a pressão diminui até quase 0, causando perda de água ainda maior sensação de ressecamento nas vias respiratórias. Perda de Líquido no Suor: normalmente 100 mL/dia, sendo variável. Em climas quentes ou durante exercícios, a perda geralmente aumenta para 1 a 2 L/hora. o Essa perda pode depletar os líquidos corporais, caso o ganho de líquidos também não seja aumentado. Perda de Água nas Fezes: 100 mL/dia pode aumentar muito em pessoas com diarreia grave. Perda de Água pelos Rins: meio mais importante pelo qual o corpo mantém o equilíbrio entre o ganho e a perda de água e eletrólitos, variando entre 0,5 L/dia, em pessoa desidratada, a 20 L/dia em pessoa que ingere muita água. COMPARTIMENTO DE LÍQUIDO CORPORAL ➢ Divisão em liquido intracelular e extracelular (liquido intersticial + plasma); ➢ Liquido transcelular: líquido dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e o líquido cefalorraquidiano, assim como os líquidos secretados → 1 a 2L; o Terceiro espaço é proposto por Randall, quando o líquido extracelular é perdido ou sequestrado em uma área em que não participa das trocas e não satisfaz às necessidades do paciente (p. ex. líquido peritoneal na peritonite, líquido peripancreático na pancreatite aguda e o edema do queimado ➢ Homem: cerca de 60% o peso do corpo; ➢ Mulheres: cerca de 50% o peso do corpo (maior quantidade de tecido adiposo); ➢ Crianças prematuras ou recém-nascidos: 70 a 75% o peso do corpo; ➢ Com o envelhecimento a quantidade de água corporal é diminuída → está, em parte, relacionado ao aumento de tecido adiposo; ➢ Compartimento de líquido intracelular: • Cerca de 40% do peso corporal; • Considerado um grande compartimento; • Em torno de 28 a 42 litros de líquido; ➢ Compartimento de líquido extracelular: • Dividido em líquido intersticial (3/4) e plasma (1/4); • Plasma: parte não celular do sangue responsável por trocas do líquido intersticial para o sangue → poros dos capilares altamente permeáveis; • Os dois possuem praticamente a mesma composição → exceto pelas proteínas em alta concentração no plasma; 2 TUTORIAL 05 – VERÃO MÓDULO IV KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 ➢ Volume Sanguíneo: • Importante no controle da dinâmica cardiovascular • Contém tanto líquido extracelular (plasma – 60%) quanto intracelular (nas hemácias – 40%); • Volume sanguíneo: cerca de 7% do peso corporal; • Hematócrito: medição da porcentagem de hemácias no sangue; CONSTITUINTES DOS LIQUIDOS INTRA E EXTRACELULARES ➢ Liquido extracelular: Concentrações iônicas do plasma e do líquido intersticial são similares; ❖ Maior diferença é que o plasma possui maior concentração de proteínas, que são grandes o bastante para não atravessarem a membrana do capilar; ❖ Efeito Donnan: em situação hipotética, as proteínas, com cargas negativas repelem substancias com a mesma carga, essas sendo em maior concentração no líquido intersticial; já as substancias de cargas opostas se atraem (como o sódio e o potássio), essas estando em maior concentração no plasma → na prática as concentrações são consideradas iguais; ❖ Composição do plasma é bem regulada pelos rins → permite quantidade suficiente de eletrólitos e nutrientes para funcionamento das células; ❖ Grandes quantidades de íons sódio e cloreto; Consideráveis quantidades de íons bicarbonato; Pequenas quantidades de íons magnésio, potássio, cálcio, fosfato e ácidos orgânicos ➢ Constituintes do líquido intracelular: ❖ Separado do extracelular por membrana celular muito permeável à água e pouco a eletrólitos. ❖ Grande quantidade de íons potássio e fósforo; ❖ Consideráveis concentrações de íons magnésio e sulfato; ❖ Quase quatro vezes maior a concentração de proteína que o plasma; O PRINCÍPIO INDICADOR-DILUIÇÃO ➢ Tem como objetivo a medida do volume do compartimento líquido; ➢ Baseia-se no princípio da concentração das massas → após a dispersão no compartimento líquido, será a mesma massa total injetada no compartimento; ➢ Coloca-se uma substancia indicadora para a dispersão homogênea do indicador no compartimento líquido → analisa-se então a diluição do indicador; ➢ Esse método pode ser utilizado para medir o volume de qualquer compartimento do corpo desde que: ▪ O indicador se disperse igualmente por todo compartimento; ▪ O indicador só se disperse pelo compartimento de interesse; ▪ O indicador não seja metabolizado ou excretado; ➢ Tudo que se precisa o cálculo é a quantidade total do indicador injetado na câmara (numerador); e a concentração do líquido na câmara após a substância ter se dispersado (denominador). DETERMINAÇÃO DO VOLUME DE DIFERENTES COMPARTIMENTOS ❖ Medida da água total do corpo: ➢ Técnica de diluição quando se adiciona uma quantidade conhecida de soluto a um volume desconhecido de solvente, e dosa-se a concentração final da substância, é possível calcular o volume do solvente ➢ A água radioativa ou a água pesada pode ser injetada para medir o volume de água → liga-se a água → medida da concentração após a injeção mostra o volume de água total; ➢ Antipirina também pode ser utilizada para medição da água total do corpo por ser altamente lipossolúvel e se permear pelas membranas das células → se distribui uniformemente pelos compartimentos intra e extracelulares; ❖ Medida do volume de líquido extracelular: ➢ Qualquer substancia que seja permeável ao plasma e ao líquido intersticial, mas não seja permeável a membrana das células que seja excluída das células e permaneça no espaço extracelular. (sódio radioativo, cloreto radioativo, iotalamato radioativo, íon tiossulfato e inulina); ➢ Elas variam quanto à sua capacidade de penetração nas células, e os resultados da determinação do VEC acabam variando de 16 a 28%. Na prática, considera-se que o VEC seja 20% do peso corporal. ❖ Cálculo do volume intracelular: não pode ser calculado diretamente água total do corpo – volume extracelular 40% ❖ Medida do volume do plasma: ➢ A partir de substâncias que ficam confinadas ao leito vascular permeáveis ao sistema vascular após a injeção; ➢ Substância: albumina sérica marcada com iodo radioativo em torno de 4,5% ➢ Também: corantes que coram as proteínas do plasma (corante azul de Evans) podem ser usados para medir volume; ❖ Cálculo do volume de líquido intersticial volume do liquido extracelular – volume do plasma 12% do peso corporal 3 TUTORIAL 05 – VERÃO MÓDULO IV KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 ❖ Medida do volume sanguíneo: ➢ 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑠𝑎𝑛𝑔𝑢í𝑛𝑒𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑝𝑙𝑎𝑠𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑜 1−ℎ𝑒𝑚𝑎𝑡ó𝑐𝑟𝑖𝑡𝑜 ➢ Também pode ser utilizada a marcação de hemáciaspor radiação (normalmente cromo radioativo), liberando essa hemácia na circulação e depois de um tempo analisar a amostra com o método de indicador-diluição com a radioatividade de amostra de sangue; REGULAÇÃO DA TROCA DE LÍQUIDOS E QUILÍBRIO OSMÓTICO ENTRE OS LÍQUIDOS INTRA E EXTRACELULAR ➢ Quantidades relativas de LEC e sua distribuição são determinadas pelo equilíbrio das forças hidrostáticas e coloidosmótica; ➢ A distribuição de líquidos do meio intra e extracelular depende do efeito osmóticos de solutos menores (sódio, cloreto e outros eletrólitos) → membrana pouco permeável aos íons ➢ Água passa facilmente pela membrana → meio intra e extracelular permanece isotônico; OSMOLARIDADE NOS LÍQUIDOS CORPORAIS ➢ Determinada pela concentração total de solutos em determinada solução o Tonicidade corresponde à capacidade que os solutos têm de promover uma força osmótica que provoca movimento de água ➢ 80% da osmolaridade dos líquidos extracelulares são derivados dos íons sódio e cloreto; ➢ Metade da osmolaridade dos líquidos intracelulares é derivada do potássio; ➢ Osmolaridade do plasma é 1 mOsm/L maior que do líquido intersticial e do meio intracelular → causada pelos efeitos osmóticos das proteínas do plasma; ➢ Osmolaridade recorrente: 300 mOsm/L; ➢ No diabetes melito descontrolado, a concentração elevada de glicose no plasma pode levar a um aumento da osmolalidade e tonicidade, causando movimento de água para dentro do espaço extracelular. EQUILÍBRIO OSMÓTICO ❖ Pode haver uma passagem de água com muita força pela membrana quando os meios intra e extracelular não estão em equilíbrio osmótico → essa força pode gerar alterações pequenas nas concentrações de solutos impermeantes do líquido extracelular → pode causar grandes alterações no volume da célula; Isotônico: meio com solutos impermeantes de osmolaridade 282 mOsm/L → meios que tem a osmolaridade próxima → concentração de água igual → soluto não entra ou sai da célula → não sofrem alterações no volume do meio (ex: glicose 5%; cloreto de sódio a 0,9% → importante na clínica pois podem ser injetadas no sangue sem grandes alterações na osmolaridade dos meios intra e extracelulares); Hipotônico: meio com concentrações de solutos impermeantes com osmolaridade menor que 282 mOsm/L → água funde do meio extracelular para a célula → aumento de volume → turgência → caso o inchaço ultrapasse os limites da célula, ela se rompe (ex: cloreto de sódio com concentração menor que 0,9%); Hipertônico: meio com concentração maior de solutos impermeantes → água intracelular vai para o meio extra → volume celular diminui → célula plasmolisada (ex: solução de cloreto de sódio maiores do que 0,9%); ❖ Soluções com substancias muito permeantes pode causar efeito transitório até se igualarem as concentrações → ex: ureia; ❖ A transição de água é rápida → equilíbrio osmótico rapidamente atingido → em torno de 30 min para atingir o equilíbrio osmótico em todo corpo depois da ingesta de água; VOLUME E OSMOLARIDADE EM ESTADOS ANORMAIS ❖ Fatores: ➢ Ingestão de água; ➢ Desidratação; ➢ Infusão intravenosa de diferentes tipos de solução; ➢ Perda de grandes quantidades de liquido pelo trato gastrointestinal; ➢ Perdas anormais de líquido através do suor ou rins; ❖ Considerações para alterações no volume e busca de terapia: ➢ A água se move rapidamente de um lado ao outro da membrana celular osmolaridade intra e extra iguais ➢ As membranas celulares são quase completamente impermeáveis a muitos solutos número de osmois constante ❖ Efeito da adição de solução salina ao líquido extracelular: ➢ Solução isotônica: mesma osmolaridade → aumento do volume extracelular; Volume do líquido intracelular: 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑙𝑖𝑜𝑠𝑚ó𝑖𝑠 𝑛𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑟𝑎𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 Volume do líquido extracelular: 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑙𝑖𝑚ó𝑖𝑠 𝑛𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑥𝑡𝑟𝑎𝑐𝑒𝑙𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎çã𝑜 4 TUTORIAL 05 – VERÃO MÓDULO IV KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 ➢ Solução hipertônica: aumento da osmolaridade → osmose de água do meio intra para o extra → diminuição do volume intracelular → aumento do volume extracelular → aumento da osmolaridade de ambos; ➢ Solução hipotônica: diminuição da osmolaridade → osmose da água do extra pro intra → aumento do volume de ambos; ❖ Calculo de deslocamento de líquido e das osmolaridades após a infusão salina hipertônica: 1. Condições iniciais → volume, concentração e quantidade de miliosmóis em cada compartimento (líquido extracelular: 20% do peso corporal; líquido intracelular: 40% do peso corporal); 2. Efeito instantâneo de adição de 2L de NaCl a 3,0% (significa 3,0g/ 100 mL) → aumento apenas do líquido extracelular; 3. Efeito de adição de 2 litros de cloreto de sódio a 3,0% após o equilíbrio osmótico; OBS: cálculos baseados em hipótese de que o NaCl adicionado no meio extracelular permaneça nesse compartimento, não se movendo para dentro das células; Na adição de 2 litros de solução hipertônica de cloreto de sódio causa aumento de volume por mais de 5 litros no meio extracelular, enquanto diminui o volume do líquido intracelular por mais de 3 litros; Glicose e outras soluções com objetivo nutricional ❖ Em pessoas que não podem ingerir o suficiente ❖ Na ingesta, o normal é a utilização de substancia isotônica ao plasma → para não ocorrer mudança de osmolaridade e outros problemas; ❖ Depois de metabolizados, excesso de água ainda permanece, em particular, se for ingerido líquido adicional. ❖ Na liberação pelos rins, uma quantidade muito pequena é eliminada junto com a urina → muito diluído → maior parte da ingesta vai permanecer no organismo; ❖ Frequentemente, para tratar a desidratação é utilizada solução de glicose a 5%, que é quase isosmótica. Como a solução é isosmótica, pode ser infundida por via intravenosa sem inchar as hemácias, como ocorreria com uma infusão de água pura ANORMALIDADES CLÍNICAS ❖ Hiponatremia: quando a concentração de sódio no plasma está abaixo do normal ➢ Perda primária de NaCl resulta em desidratação hiposmóticas associada à redução do volume de líquido extracelular. ➢ Hiponatremia-desidratação: quando a perda de sódio causa perda de volume do líquido extracelular; ➢ O excesso de secreção de hormônios diuréticos → inibe a reabsorção do sódio nos túbulos renais → pode gerar a perda de sódio na urina; ➢ Doença de Addison: inibição da secreção de aldosterona → impede a reabsorção de sódio nos túbulos renais; ➢ Pode ser causado pela retenção excessiva de água (Hiponatremia-hiperhidratação) → exemplo da secreção excessiva de hormônio antidiurético ➢ A hiponatremia pode inchar as células e gerar efeitos intensos em tecidos e órgãos; ➢ A rápida redução de sódio plasmático pode causar edema em células cerebrais → dor de cabeça, náusea, letargia e desorientação; ➢ Caso ocorra grande inchaço das células cerebrais, já que a caixa craneana tem um limite de volume que não ultrapassa um aumento de 10%, pode haver uma pressão em cima do pescoço (herniação) → pode levar a lesão cerebral permanente e morte; ➢ Quando há desenvolvimento de hiponatremia lenta, as células cerebrais respondem transportando eletrólitos para o líquido extracelular, que atenua a quantidade de líquido intracelular. ➢ Após isso, se houver uma correção rápida com solução hipertônica, pode ultrapassar o valor possível para recuperação do cérebro, levando a lesão osmótica dos neurônios, com desmielinização. ❖ Hipernatremia: concentração de sódio no plasma está acima do normal; ➢ Aumento da concentração plasmática de sódio → pode ser devido à perda de água do líquido extracelular, que concentra os íons sódio, ou ao excesso de sódio no líquido extracelular; ➢ Quando ocorre perda primária de água do líquido extracelular, verifica-se o desenvolvimento de desidratação hiperosmótica → pode decorrer da incapacidade desecretar hormônio antidiurético (ADH) → os rins excretam grandes quantidades de urina diluída causando desidratação e aumento da concentração de cloreto de sódio no líquido extracelular → geralmente relacionados à prática de exercícios físicos intensos e prolongados; ➢ Pode haver também a hipernatremia-hiperidratação, resultado da adição excessiva de cloreto de sódio ao líquido extracelular, que faz reter água; ➢ Sintomas graves aparecem geralmente quando do aumento ou diminuição rápida da natremia. ➢ A razão para isso é que a hipernatremia causa sede intensa → comprometida em pessoas com lesão no centro da sede; ➢ A correção pode ser feita com solução hiposmótica, de maneira lenta e gradual → assim como na hiponatremia, também há mecanismos de defesa que protegem a célula contra alterações de volume 5 TUTORIAL 05 – VERÃO MÓDULO IV KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 MECANISMO DA SEDE ❖ Rins minimizam a perda de liquido durante as perdas de água, através do sistema de feedback dos osmorreceptores-ADH; ❖ A ingestão de líquido é regulada pelo mecanismo da sede, que, junto com o mecanismo de osmorreceptores-ADH, mantém o controle da osmolaridade do líquido extracelular e da concentração de sódio; ❖ Neurônios atuam como osmorreceptores; CENTROS DA SEDE no SNC; ❖ Localizado na parede antero-ventral do terceiro ventrículo, promove a liberação de ADH e estimula a sede. ❖ Área anterolateral do núcleo pré-óptico, quando estimulada provoca sede imediata ❖ Neurônios do centro respondem a injeções de soluções hipertônicas de sal, estimulando o comportamento de beber → essas células funcionam como osmorreceptores para ativar o mecanismo da sede; ❖ A osmolaridade elevada do líquido cefalorraquidiano, no terceiro ventrículo, apresenta basicamente o mesmo efeito. ❖ É provável que o órgão vasculoso da lâmina terminal, situado abaixo da superfície ventricular da extremidade inferior da região AV3V (terceiro ventrículo), esteja ligada com a mediação dessa resposta. ESTÍMULOS DA SEDE PRA INGESTAO DE ÁGUA ❖ Osmolaridade elevada do liquido extracelular promove desidratação intracelular nos centros da sede, estimulando a beber ❖ Redução de volume extracelular e pressão arterial estimula a sede, através de impulsos aferentes de barorreceptores arteriais e cardiopulmonares independente da osmolaridade plasmática, como em hemorraias ❖ A angiotensina II atua sobre o órgão subfornical e órgão vasculoso da lâmina terminal, que estão fora da barreira hematoencefálica. O estímulo também é indireto, pois a angiotensina II age quando da baixa de volume/pressão arterial; atuando também nos rins pra diminuir a excreção de líquidos ❖ Ressecamento da boca e do esôfago, com saciedade imediata, mesmo a água não tendo sido absorvida pelo TGI; ❖ Estímulos gastrointestinais e faríngeos, através da simples passagem de água pela faringe causando saciedade parcial, ou ainda por distensão estomacal → esse alívio é de curta duração e a saciedade chega apenas quando há o equilíbrio alcançado pelo LE ➢ O controle é feito para que o indivíduo não ingira água incontrolavelmente – osmolaridade se equilibra dentro de 30 a 60 minutos, quando a agua foi totalmente absorvida e distribuída; LIMIAR para o Estímulo da Ingestão ❖ Existe a tendência para a desidratação, com aumento da osmolaridade e concentração de sódio, por motivos como a necessidade de excreção de agua na urina; ou por evaporação no TR e TGI e sudorese; ❖ Assim, ao passar do tempo a osmolaridade vai aumentando, chegando ao limiar que estimula a sede; ❖ Esse “limiar para ingestão de água” é 2mEq/L acima do normal; Respostas Integradas do Mecanismo da Sede ➢ Os mecanismos da sede e osmorreceptor-ADH atuam paralelamente, mantendo a osmolaridade do líquido extracelular; ➢ Quando um dos mecanismos falha, o outro ainda consegue compensar, desde que com a ingestão adequada de água; ➢ Se os dois mecanismos falharem a manutenção da osmolaridade extracelular fica bastante comprometida, não havendo outro mecanismo regulador; Papel da Angiotensina II e Aldosterona ➢ Quando a ingestão de sódio é baixa, esses hormônios estimulam a reabsorção de sódio nos rins; ➢ Quando a ingestão de sódio é alta, a diminuição desses hormônios causa a excreção do sódio; ➢ Eles têm pouco efeito sobre a concentração de sódio, pois a absorção de sódio vem junto com a absorção da água; ➢ É possível ver isso através do bloqueio desses hormônios, causando pouca variação de concentração plasmática de sódio; ➢ O sistema de ADH sobrepõe a angiotensina II e aldosterona; ➢ Na completa falta de aldosterona, pode haver perdas significativas de sódio, depletando o volume sanguíneo, que ativa o mecanismo da sede através dos receptores cardiovasculares, que diluem ainda mais o líquido extracelular, mesmo com o correto funcionamento do ADH e do mecanismo da sede; 6 TUTORIAL 05 – VERÃO MÓDULO IV KAMILA MARAGNO PERUCH - 192 APETITE DE SAL ❖ Ingestão de sódio atualmente é muito maior do que o necessário; ❖ A ingestão média de sódio varia entre 100 e 200 mEq/dia, embora humanos possam viver tranquilamente com 10x menos; ❖ Dois estímulos primários que excitam o apetite pelo sal sejam: 1. Redução da concentração de sódio do líquido extracelular; 2. Diminuição do volume sanguíneo ou da PA, associada à insuficiência circulatória. ➢ Mecanismo para ingestão de sal é análogo ao mecanismo da sede;
Compartilhar