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Os Compartimentos dos Líquidos Corporais

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Os Compartimentos dos Líquidos Corporais: Líquidos Extra e Intracelulares; e Edema
A entrada diária de água 
A agua é adicionada ao corpo por duas fontes principais: ingestão de líquidos ou pela agua nos alimentos 
Perda Diária de água do corpo 
-Perda insensível de água: forma de perda que não pode ser medida, mensurada. Em que pode ser pelo:
· Há perda por evaporação na respiração e por difusão da pele 700ml/dia
· Trato respiratório 300 a 400 ml / dia
· Sudorese 100 ml/dia
· Fezes 100 ml/dia
Desidratação da camada córnea da pele grave - queimadura
- precisa ser hidratado
- evaporação pode aumentar até cerca de 10x
*Em climas frios, a pressão do vapor atmosférico diminui a quase 0, causando uma perda de agua ainda maior pelos pulmões com a diminuição da temperatura. O que explica a sensação de ressecamento nas vias respiratórias durante o frio
COMPARTIMENTOS DE LIQUIDOS CORPORAIS 
Está distribuído em líquido extracelular e líquido intracelular. Líquido extracelular é dividido em líquido intersticial e plasma.
Compartimento líquido intracelular: constitui cerca de 40% do total do peso corporal, é o conjunto de todas as diferentes células 
Compartimento líquido extracelular: todos os líquidos por fora das células. Constitui 20% do peso corporal. O plasma é a parte não celular do sangue ele troca continuamente substâncias com o líquido intersticial através dos poros das membranas capilares. Esses poros são altamente permeáveis a quase todos os solutos do líquido extracelular, com exceção das proteínas. Portanto, os líquidos extracelulares estão constantemente em contato, de forma que o plasma e os líquidos intersticiais têm aproximadamente a mesma composição, exceto pelas proteínas em alta concentração no plasma.
Plasma = rico em proteína 
Interstício = pobre em proteína 
VOLUME SANGUINEO 
O volume sanguíneo é particularmente importante no controle da dinâmica cardiovascular. O volume sanguíneo médio no adulto representa em torno de 7% do peso corporal, aproximadamente 5 litros. Cerca de 60% do sangue é plasma e 40% são hemácias.
As Composições Iônicas do Plasma e do Líquido Intersticial São Similares
O plasma e o líquido intersticial são separados apenas pela membrana capilar altamente permeável a íons, assim, suas composições iônicas são similares. A diferença mais importante, entre esses dois compartimentos, é a maior concentração de proteínas no plasma; em função dos capilares terem baixa permeabilidade às proteínas plasmáticas, somente pequena quantidade de proteína vaza para o espaço intersticial na maioria dos tecidos.
O líquido extracelular, incluindo o plasma e o líquido intersticial, contém grandes quantidades de íons sódio e cloreto, quantidade razoavelmente grande de íons bicarbonato, mas somente pequena quantidade de íons potássio, cálcio, magnésio, fosfato e ácidos orgânicos
REGULAÇÃO DA TROCA DE LÍQUIDOS E EQUILIBRIO OSMOTICO ENTRE OS LIQUIDOS INTRA E EXTRACELULARES 
Princípios Básicos da Osmose e da Pressão osmótica 
Sempre que existir maior concentração de soluto de um lado da membrana celular a água se difunde pela membrana em direção ao lado de maior concentração de soluto. Dessa maneira, se o soluto, por exemplo, o cloreto de sódio for adicionado ao líquido extracelular, rapidamente ocorrerá difusão de água através da membrana celular, da célula para o líquido extracelular, até que a concentração de água em ambos os lados da membrana se igualem. Inversamente, se o soluto como o cloreto de sódio for removido do líquido extracelular ocorrerá difusão de água do líquido extracelular através das membranas celulares e para as células. A intensidade da difusão da água é conhecida como intensidade da osmose.
- Osmolalidade: osmóis por KG 
- Osmolaridade: osmóis por L
-Pressão osmótica: a osmose das moléculas de agua através de uma membrana seletivamente permeável pode ser impedida pela aplicação de uma pressao na direção oposta à da osmose. Quanto maior a pressão osmótica de uma solução, menor a concentração de agua e maior a concentração de solutos nesta solução.
*Pressão osmóstica de uma solução é proporcional à sua osmolaridade 
-80% da osmolaridade total do liquido intersticial e do plasma é devida aos ions sódio e cloreto, enquanto para o liquido intracelular, quase que metade da osmolaridade é devida aos ions potássio 
Liquidos isotônicos, hipotônicos e hipertônicos 
Solução isotônica= não altera o volume das células. Ex.: soluções de cloreto de sódio a 0,9% ou a solução de glicose a 5%
Solução hipotônica= a agua ira se difundir para o liquido extracelular para a célula, causando inchamento. Ex.: soluções de cloreto de sódio com uma concetração menor que 0,9% 
Solução hipertônica= concentração maior de solutos impermeantes que o liquido intracelular, a agua ira sair da célula para o liquido extracelular. A célula ira encolher . Ex: sol. De cloreto de sódio maiores que 0,9%
Liquidos isosmóticos, hiperosmóticos e hiposmósticos. 
Referem-se aquelas soluções que causarão alterações no volume celular.
Hiperosmoticos e hiposmosticos soluções com maior ou menor osmolaridade
Volume e osmolalidade dos líquidos extra e intracelulares em estados anormais
Alguns fatores que podem causar alteração considerável nos volumes dos líquidos extra e intracelulares são o excesso da ingestão ou a retenção renal de água, a desidratação, a infusão intravenosa de diferentes tipos de soluções, a perda de grandes quantidades de líquido pelo trato gastrointestinal e a perda de quantidades anormais de líquidos através do suor ou dos rins.
Efeito da Adição de Solução Salina ao líquido Extracelular 
Se a solução salina isotônica for adicionada ao compartimento de líquido extracelular, a osmolaridade do líquido extracelular não se altera; portanto, não ocorre osmose através das membranas celulares. O único efeito é o aumento no volume do líquido extracelular 
Se a solução hipertônica é adicionada ao líquido extracelular, a osmolaridade extracelular aumenta e causa osmose de água das células para o compartimento extracelular. Ainda, quase todo o cloreto de sódio adicionado permanece no compartimento extracelular, e a difusão de líquido das células para o espaço extracelular para alcançar o equilíbrio osmótico. O efeito real é aumento no volume extracelular (maior do que o volume de líquido adicionado), redução no volume intracelular, e aumento na osmolaridade de ambos os compartimentos.
Se a solução hipotônica é adicionada ao líquido extracelular, a osmolaridade do líquido extracelular diminui e parte da água extracelular se difunde por osmose para as células, até que os compartimentos intra e extracelulares tenham a mesma osmolaridade . Ambos os volumes, intracelular e extracelular, aumentam quando se adiciona líquido hipotônico, embora o volume intracelular aumente em maior grau.
ANORMALIDADES CLÍNICAS DA REGULAÇÃO DO VOLUME DE LÍQUIDOS: HIPO E HIPERNATREMIA
Uma medida disponível ao médico para avaliação do status dos líquidos do paciente é a concentração de sódio no plasma
Quando a concentração de sódio no plasma é reduzida por mais do que alguns miliequivalentes abaixo do normal (cerca de 142 mEq/L), o indivíduo tem hiponatremia. Quando a concentração de sódio no plasma está alta, acima do normal, o indivíduo tem hipernatremia.
Causas de Hiponatremia: Excesso de Água ou Perda de Sódio 
A redução da concentração plasmática de sódio pode resultar da perda de cloreto de sódio do líquido extracelular ou de adição excessiva de água ao líquido extracelular. A perda primária de cloreto de sódio geralmente resulta em hiponatremia–desidratação e é associada à redução do volume do líquido extracelular. As condições que podem causar hiponatremia, pela perda do cloreto de sódio, incluem a diarreia e o vômito. O uso excessivo de diuréticos que inibem a reabsorção de sódio nos túbulos renais e certos tipos de doenças renais, em que ocorre excreção excessiva de sódio, pode causar graus moderados de hiponatremia. Por fim, a doença de Addison, que causa a diminuição da secreção de aldosterona e, assim,diminui a reabsorção tubular renal de sódio, pode ocasionar grau moderado de hiponatremia.
A hiponatremia também pode ser associada à retenção excessiva de água, que dilui o sódio do líquido extracelular, condição referida como hiponatremia–hiperidratação. Por exemplo, a secreção excessiva de hormônio antidiurético, que faz com que os túbulos renais reabsorvam mais água, pode levar a hiponatremia e hiperidratação.
Consequências da Hiponatremia: Inchaço Celular
Variações rápidas no volume celular, como resultado de hiponatremia, podem apresentar efeitos intensos nos tecidos e na função dos órgãos, especialmente no cérebro. A redução rápida no sódio plasmático, por exemplo, pode causar edema das células cerebrais e sintomas neurológicos que incluem dor de cabeça, náusea, letargia e desorientação. Se a concentração plasmática de sódio cair rapidamente para abaixo de 115 a 120 mmol/L, o inchaço celular pode acarretar convulsões, coma, dano cerebral permanente e morte. Devido à rigidez do crânio, o cérebro não pode aumentar seu volume por mais de 10% sem que seja forçado o pescoço (herniação), que pode levar a lesão cerebral permanente e morte.
Causas de Hipernatremia: Perda de Água ou Excesso de Sódio 
O aumento da concentração de sódio no plasma, que causa também elevação da osmolaridade, pode ser devido tanto à perda de água do líquido extracelular, concentrando íons sódio, ou a excesso de sódio no líquido extracelular. A perda primária de água do líquido extracelular resulta em hipernatremia e desidratação. Essa condição pode decorrer de deficiência da secreção do hormônio antidiurético que é necessário para que os rins conservem a água no corpo. Como resultado dos baixos níveis de hormônio antidiurético, os rins excretam grandes quantidades de urina diluída (distúrbio conhecido como diabetes insípido “central”), ocasionando desidratação e aumento da concentração do cloreto de sódio no líquido extracelular. Em certos tipos de doenças renais, os rins não respondem ao hormônio antidiurético, acarretando também o tipo de diabetes insípido nefrogênico
A hipernatremia pode também ocorrer como resultado da adição excessiva de cloreto de sódio ao líquido extracelular. Isso geralmente resulta em hipernatremia-hiperidratação, porque o excesso de cloreto de sódio extracelular costuma estar associado a, no mínimo, algum grau de retenção de água pelos rins. Por exemplo, a secreção excessiva de aldosterona, que retém sódio, pode causar discreto grau de hipernatremia e hiperidratação. A razão,
pela qual a hipernatremia não é tão grave, é que a retenção de sódio causada pelo aumento da secreção de aldosterona estimula também a secreção de hormônio antidiurético e faz com que os rins reabsorvam grandes quantidades de água
EDEMA: EXCESSO DE LÍQUIDO NOS TECIDOS
Edema intracelular 
1. Hiponatremia 
2. Depressão do sistema metabólico dos tecidos 
3. Falta de nutrição adequada as celulas
Edema extracelular 
Ocorre quando se acumula um excesso de líquido nos espaços extracelulares. Geralmente existem duas causas:
1. vazamento anormal de líquido plasmático para os espaços intersticiais através dos capilares; 
2. falha do sistema linfático de retornar líquido do interstício para o sangue, muitas vezes chamada linfedema.
Fatores que podem aumentar a filtração capilar (aumenta a vel. De filtração capilar)
· Aumento do coeficiente de filtração capular 
· Aumento da pressao hidrostática capilar 
· Redução da pressao coloidosmotica do plasma 
O bloqueio linfático causa edema 
Quando ocorre um bloqueio linfático, o edema pode tornar-se grave, pois as proteínas do plasma que vazam para o interstício não são removidas para a circulação. O aumento na concentração de proteínas do interstício aumenta a pressao coloidosmotica do liquido intersticial, e ainda mais liquido é filtrado dos capilares 
Resumo das Causas de Edema Extracelular
I. Aumento da pressão capilar
 
A. Retenção excessiva de sal e água pelos rins. 
1. Insuficiência aguda ou crônica dos rins. 
2. Excesso de mineralocorticoides.
B. Pressão venosa alta e constrição venosa. 
1. Insuficiência cardíaca.
2. Obstrução venosa. 
3. Bombeamento venoso insuficiente. 
(a) Paralisia nos músculos. 
(b) Imobilização de partes do corpo. 
(c) Insuficiência das válvulas venosas.
C. Redução da resistência arteriolar.
1. Aquecimento excessivo do corpo.
2. Insuficiência do sistema nervoso simpático
3. Fármacos vasodilatadores. 
II. Redução das proteínas plasmáticas 
A. Perda de proteína pela urina (síndrome nefrótica). 
B. Perda de proteína de áreas desnudadas da pele. 
1. Queimaduras.
2. Ferimentos.
C. Insuficiência da síntese proteica. 
1. Doença hepática (p. ex., cirrose).
2. Desnutrição proteica ou calórica grave. 
III. Aumento da permeabilidade capilar 
A. Reações imunes que causem liberação de histamina ou outros produtos imunes. 
B. Toxinas. 
C. Infecções bacterianas. 
D. Deficiência de vitaminas, especialmente de vitamina C.
E. Isquemia prolongada. 
F. Queimaduras. 
IV. Bloqueio do retorno linfático 
A. Câncer.
B. Infecções (p. ex., nematódeo da filária). 
C. Cirurgia. 
D. Ausência congênita ou anormalidades dos vasos linfáticos.
Edema Ocasionado por Insuficiência Cardíaca
Nessa doença, o coração bombeia o sangue das veias para as artérias de modo deficiente, o que aumenta a pressão venosa e a pressão capilar, causando elevação da filtração capilar. Além disso, a pressão arterial tende a cair, acarretando redução da filtração e, consequentemente, da excreção de sal e água pelos rins, o que resulta em mais edema. Adicionalmente, o fluxo sanguíneo para os rins fica reduzido nas pessoas com insuficiência cardíaca e essa queda do fluxo sanguíneo estimula a secreção de renina, que leva a aumento da formação da angiotensina II e da secreção de aldosterona que causam retenção adicional de sal e água pelos rins. Assim, nas pessoas com insuficiência cardíaca não tratada, todos esses fatores em conjunto ocasionam grave e generalizado edema extracelular.
Toda a pressão vascular pulmonar, incluindo a capilar, aumenta muito acima do normal, ocasionando edema pulmonar grave. Quando não tratado, o acúmulo de líquido nos pulmões pode rapidamente progredir, levando à morte do indivíduo em poucas horas.
Edema Causado pela Redução na Excreção Renal de Sal e Água. 
A maior parte do cloreto de sódio adicionado ao sangue permanece no compartimento extracelular, e somente pequena quantidade entra nas células. Portanto, nas doenças renais que comprometem a excreção urinária
de sal e água, grande parte do cloreto de sódio e da água é retida no líquido extracelular. A maior parte do sal e da água vaza do sangue para os espaços intersticiais, e pequena parte permanece no sangue. 
O efeito principal é causar:
 (1) grande aumento do volume do líquido intersticial (edema extracelular); 
 (2) hipertensão, devido ao aumento do volume sanguíneo.
Edema Causado pela Redução das Proteínas Plasmáticas. 
A insuficiência na produção de quantidades normais de proteínas ou o vazamento dessas proteínas do plasma para o interstício, provocam uma diminuição da pressão coloidosmotica do plasma. Isso leva ao aumento da filtração capilar através do corpo e a edema extracelular. A perda de proteínas pela urina é uma das principais causas de redução da concentração plasmática de proteínas. Isso acontece em certos tipos de doenças renais, condição conhecida como síndrome nefrótica.
Quando essa perda excede a capacidade do corpo em sintetizar proteínas, ocorre a redução da concentração de proteínas plasmáticas, podendo provocar edema generalizado grave quando a concentração de proteína cai abaixo de 2,5 g/100 mL de plasma. A cirrose do fígado é outra condição que causa a redução da concentração das proteínas do plasma. A cirrose é o desenvolvimento de grandes quantidades de tecido fibroso entre as células parenquimatosas do fígado. Isso resulta na produção insuficiente de proteínas do plasma, ocasionando redução da pressão coloidosmótica do plasma e edema generalizado. A fibrose do fígado (cirrose) algumas vezescomprime os vasos de drenagem do sistema porta hepático, visto que eles passam pelo fígado antes de drenar na circulação geral. O bloqueio dessa veia porta, que drena o sangue do intestino, aumenta a pressão hidrostática capilar gastrointestinal e também a filtração de líquido do plasma para áreas intra-abdominais. Os efeitos combinados da redução da concentração de proteínas plasmáticas e da alta pressão no sistema porta hepático e nos capilares causam transudação de grandes quantidades de líquido e de proteínas para a cavidade peritoneal, condição conhecida por ascite.
Mecanismo de prevenção do edema 
1. Baixa complacência do interstício 
2. Capacidade do fluxo linfático aumentar de 10 a 50x 
3. Diluição das proteínas intersticiais quando ocorre aumento da filtração capilar, o que causa redução da pressao colodosmotica do liquido intersticial 
Amanda Ribeiro

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