Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Higiene do Trabalho: Riscos Químicos Medidas de Controle e Noções de Ventilação Industrial Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Fernanda Anraki Vieira Revisão Textual: Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Medidas de Controle para Agentes Químicos; • Ventilação Industrial; • Ventilação Natural; • Ventilação Geral; • Equipamentos de Proteção Individual (EPI); • Programa de Proteção Respiratória (PPR). Fonte: Getty Im ages Objetivos • Demonstrar a sequência de ações a serem tomadas no controle dos agentes químicos (na fonte, trajetória e no trabalhador); • Fornecer ao aluno o conteúdo teórico básico para entendimento das propriedades da ventilação industrial; • Apresentar os tipos de equipamentos de proteção individual e requisitos para cumpri- mento da NR-6. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl- timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Medidas de Controle e Noções de Ventilação Industrial UNIDADE Medidas de Controle e Noções de Ventilação Industrial Contextualização Agora que já sabemos como avaliar os agentes químicos no ambiente, é necessário aprender sobre as possíveis medidas de controle dos agentes químicos. Cada caso é único e deve ser avaliado considerando a viabilidade e eficácia das medidas de controle. Medidas de controle mal determinadas podem ocasionar a falsa sensação de prote- ção, além de gerar custos desnecessários às organizações. A prioridade deve ser sempre direcionada para a eliminação/redução das concentrações de agentes químicos na fonte geradora e, por último, a adoção de medidas administrativas ou no trabalhador. Na necessidade da adoção de protetores respiratórios ou para a pele, deve-se realizar um estudo para selecionar os protetores adequados ao risco, treinar os trabalhadores para utilizá-los, substituí-los periodicamente e registrar o fornecimento. Todas as ações mencionadas também impactam diretamente na gestão de risco dos agentes químicos. 6 7 Medidas de Controle para Agentes Químicos Segundo a Norma Regulamentadora 9 (NR-9), o estudo, desenvolvimento e implan- tação de medidas de controle devem obedecer à seguinte hierarquia: • Medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudi- ciais à saúde; • Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; • Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho; • Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; • Utilização de Equipamento de Proteção Individual – EPI (BRASIL, 2014). Logo, medidas de controle de engenharia, tais como substituição de substâncias por outras menos tóxicas, mudanças ou alterações do processo, enclausuramento da opera- ção, isolamento (no espaço ou no tempo) da operação, uso de sistemas de ventilação e medidas de controles administrativas, como a redução do tempo de exposição, devem ser consideradas prioritariamente ao uso de EPI. Ventilação Industrial A ventilação industrial compreende o processo de retirar ou fornecer ar por meios naturais ou mecânicos de, ou para, um recinto fechado. Tem como objetivo controlar as concentrações de contaminantes e as condições térmicas de referido local. Para que seja possível um estudo das condições de ventilação de um ambiente, é necessário compre- ender a composição do ar atmosférico (aproximadamente 79% de gases inertes e 21% de oxigênio - variam conforme as condições de umidade e temperatura) e as necessida- des humanas de ventilação (OLIVEIRA, 2018). Sistemas de ventilação A classificação dos sistemas de ventilação considera suas finalidades, quais sejam: • Ventilação para manutenção do conforto térmico: refrigera ou aquece um ambiente; • Ventilação para a conservação de materiais e equipamentos: reduz o aqueci- mento de motores elétricos, máquinas etc. a fim de evitar deterioração; • Ventilação para a manutenção da saúde e segurança do homem: mantém as concentrações dos agentes químicos a níveis compatíveis com a saúde (abaixo dos valores referência para ambientes de trabalho) e segurança (fora das faixas de infla- mabilidade ou explosividade) (OLIVEIRA, 2018). 7 UNIDADE Medidas de Controle e Noções de Ventilação Industrial Ventilação Natural A ventilação natural ocorre através da movimentação de ar em um ambiente provo- cada pelos agentes físicos pressão dinâmica e/ou temperatura. Quando a temperatura no interior de um determinado ambiente é maior que a temperatura externa, produz-se uma pressão interna negativa e um fluxo de ar frio entra pelas partes inferiores, o que causa em seguida uma pressão interna positiva e um fluxo de ar quente sai nas partes superiores. Pode ser controlada por meio de aberturas no teto, nas laterais e no piso (OLIVEIRA, 2018). Ventilação Geral A ventilação geral consiste em movimentar o ar em um ambiente através de venti- ladores, também chamada de ventilação mecânica. Um ventilador pode insuflar ar no ambiente, tomando ar externo, ou exaurir ar desse mesmo ambiente para o exterior (exaustor) (OLIVEIRA, 2018). Algumas propriedades são fundamentais para compreensão dos sistemas de ventilação: • Vazão (Q): volume de ar que se desloca na unidade de tempo em um ambiente ou em uma tubulação (Equação 1); VQ t = (Eq. 1) Sendo: Q a vazão em [m³/h] ou [m³/min], V o volume em [m³] e t o tempo em [h] ou [min]. • Taxa de renovação de ar ou trocas de ar (T): número de vezes que o volume de ar desse ambiente é trocado na unidade de tempo (Equação 2); QT V = (Eq. 2) Sendo: T a taxa de renovação em [1/h] ou [1/min], Q a vazão em [m³/h] ou [m³/ min] e V o volume em [m³] (OLIVEIRA, 2018). Ventilação geral diluidora A ventilação geral diluidora consiste em insuflar e exaurir ar de um ambiente no intui- to de se reduzir a concentração de agentes nocivos através de sua dispersão ou diluição (SALIBA, 2018). O sucesso da ventilação geral diluidora depende de que: • O contaminante não esteja presente em quantidade que exceda a capacidade que pode ser diluída com determinado volume de ar; 8 9 • A distância entre os trabalhadores e o ponto de geração/emissão do contaminante seja suficiente para garantir que os trabalhadores não estarão expostos a concen- trações médias superiores ao limite de tolerância. • A toxicidade do poluente seja baixa (LT < 500 ppm). • O poluente seja gerado em quantidade razoavelmente uniforme (SALIBA, 2018). A ventilação geral diluidora é mais indicada nos locais de trabalho sujeitos a modifica- ções constantes e quando as fontes geradoras de contaminantes se encontram distribuí- das. Não é frequentemente usada para controle de poeiras e fumos, pois pode requerer uma quantidade excessiva de ar de diluição e seu custo de instalação é relativamente baixo quando comparado com o da ventilação local exaustora (SALIBA, 2018). Ventilação local exaustora Aventilação local exaustora consiste em uma das principais medidas de controle con- tra agentes químicos, pois tem o objetivo