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Fisiologia do exercicio Un 01

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FISIOLOGIA	DO	EXERCÍCIO
UNIDADE 1 - INTRODUÇA� O A� FISIOLOGIA DO
EXERCI�CIO E METABOLISMO
Francisco Paulino de Abreu Neto
Introdução
O exercı́cio e a atividade fı́sica exercem um papel importantı́ssimo dentro da nossa rotina diária. Tornar-se
�isicamente ativo é uma questão de sobrevivência, pois precisamos nos locomover para poder explorar o
mundo e alcançar nossos objetivos. Além disso, na atualidade, o exercı́cio se tornou também a maneira mais
barata e e�icaz de garantir uma melhor qualidade de vida e prevenir uma série de doenças da modernidade.
Movimentar-se é, portanto, uma atividade inerente de nossa �isiologia, e entender como o exercı́cio e a
atividade fı́sica alteram nossas funções �isiológicas é fundamental. E� justamente este o papel da �isiologia do
exercı́cio: compreender como nosso corpo funciona a uma série de estı́mulos e mudanças relacionadas ao
exercı́cio.
Assim, tendo em vista a importância desse assunto, nesta unidade, você terá acesso a uma série de conceitos
de grande valia para o pro�issional que quiser se destacar no mercado de trabalho e oferecer um atendimento
de qualidade aos clientes, compreendendo o que é o exercı́cio, seu papel e como tudo se inicia por meio do
estudo da �isiologia do movimento humano. 
Você conhece a bioquı́mica envolvida na liberação de energia? E como metabolizamos e fornecemos energia
para o corpo se movimentar? Como as reações quı́micas ocorrem? Como aproveitamos os nutrientes de nossa
alimentação para o fornecimento de energia? Finalmente, como o exercı́cio e o treinamento causam
adaptações em nossos sistemas? Todas essas perguntas você terá oportunidade de responder ao longo desta
unidade, na qual você compreenderá, ainda, como a bioenergética é importante para entendermos sobre a
intensidade e duração do exercı́cio, sobre o gasto energético e, ainda, descobrirá como podemos medir o gasto
energético.
Pronto(a) para começar? Bons estudos!
1.1 Conceitos importantes
Antes de iniciarmos nossos estudos sobre �isiologia do exercı́cio, é importante entendermos alguns conceitos
que, no dia a dia, costumamos tratar de maneira muito simples e até mesmo como sinônimos, mas que
possuem certas diferenças. E� muito comum, assim, que conceitos como exercı́cio, aptidão fı́sica,
condicionamento fı́sico, saúde, entre outros, sejam compreendidos de maneira equivocada ou simplista.
Contudo, há diferenças fundamentais entre esses termos que são importantes para compreendermos como os
sistemas �isiológicos são alterados por meio dessas práticas. Apesar de necessariamente diferentes, esses
conceitos se completam e muitas vezes agem uns sobre os outros, pois, como você verá, os sistemas
�isiológicos não são uma gaveta com várias divisórias, mas sim uma grande engrenagem que se movimenta de
forma interligada, na qual um pequeno movimento faz toda máquina funcionar. 
1.1.1 O que é o exercício?
Existem muitas explicações a respeito do que é o exercı́cio, desde uma sucessão de contrações musculares
para um devido �im, uma resposta motora a um determinado estı́mulo e até mesmo uma atividade realizada
para desenvolver uma aptidão fı́sica. Porém, o certo é que o exercı́cio fı́sico é o ponto de partida para as
respostas �isiológicas que irão começar a desencadear em nosso organismo as adaptações agudas e crônicas a
respeito da atividade fı́sica (MCARDLE, 2016). 
1.1.2 O que é aptidão física?
Assim como a de�inição de exercı́cio, a de�inição de aptidão fı́sica também depende muito do contexto no qual
ela está inserida. A aptidão fı́sica está relacionada ao tipo de estresse ao qual o corpo humano é submetido, e
assim como existem diversos tipos de exercı́cios, existem também diversos tipos de aptidões fı́sicas:
podemos falar sobre aptidão fı́sica relacionada à força e potência muscular; resistência aeróbia e resistência
muscular; �lexibilidade e composição corporal. Esta última, por mais estranho que possa parecer, é sim uma
aptidão fı́sica, pois também de�ine uma predisposição ao exercı́cio. Assim, ela também é classi�icada como
aptidão fı́sica (FLECK; KRAEMER, 2014). 
1.1.3 O que é treinamento físico?
O treinamento fı́sico pode ser descrito como uma sequência de exercı́cios fı́sicos realizados de uma forma
organizada e sistêmica para o desenvolvimento de uma ou mais aptidões fı́sicas. E� essencial entender esse
conceito para compreender a importância da sequência de exercı́cios propostos em uma sessão de
treinamento fı́sico, por exemplo. Tudo deve ter um porquê e um objetivo bem de�inido, pois o corpo humano
só irá se transformar, adaptar-se e provocar as mudanças necessárias para o desenvolvimento das aptidões se
promovermos os estı́mulos certos, na dose certa e no momento certo. Esses diferentes estı́mulos e diferentes
respostas ao exercı́cio fı́sico e ao treinamento são o principal objeto de estudo da �isiologia do exercı́cio. 
1.1.4 Adaptações agudas e crônicas ao exercício físico
As adaptações ao exercı́cio e/ou ao treinamento fı́sico ocorrem de duas maneiras. Conheça esses dois tipos de
adaptações clicando nas abas a seguir: 
A seguir, conheça mais sobre uma das adaptações crônicas ao treinamento.
Adaptaçõe
s	agudas
Inicialmente, temos as mudanças imediatas ao exercı́cio: saı́mos do ponto de
repouso no qual nos encontramos e iniciamos algum movimento. Assim, o
organismo precisa sair de seu ponto de homeostase e provocar as primeiras
adaptações, como contração muscular, aumento da frequência cardı́aca, sudorese etc.
Para essas adaptações, damos o nome de adaptações	agudas.	 
Adaptaçõe
s	crônicas	
Com o passar do treinamento – uma semana, duas semanas, um mês, três meses –,
surgem mudanças corporais como hipertro�ia, aumento do ventrı́culo esquerdo,
aumento da capacidade cardiorrespiratória etc. Chamamos essas mudanças de
adaptações	crônicas (FLECK; KRAEMER, 2014). 
A seguir, você compreenderá como ocorrem esses processos e descobrirá, ainda, qual o passo a passo para
controlar cada adaptação. Acompanhe! 
VOCÊ SABIA?
Entre as adaptações crônicas ao treinamento, podemos destacar a hipertr
é uma das adaptações mais estudadas pelos pro�issionais da área para e
melhor o ganho de massa muscular. Diversas estratégias e tipos de trein
fıśico são realizados para otimizar o ganho de massa magra, como o trein
resistido (musculação) de oito semanas, por exemplo, por meio do qual o
aumento da força e/ou hipertro�ia muscular em função da maior ativação
nas �ibras musculares durante o exercıćio. Tal adaptação se dá, assim, por 
diferentes métodos de treinamento que possuem, cada qual, séries e repe
aumento de carga de maneira contıńua e adaptada ao objetivo e ao in
(FLECK; KRAEMER, 2014). 
1.2 O que é homeostase?
Quando estamos em repouso – como, por exemplo, agora, enquanto você está lendo este conteúdo –,
encontramo-nos em um momento que chamamos de homeostase. Esse momento não indica que nada esteja
ocorrendo, apenas que os sistemas estão em equilı́brio e suas funções corporais se combinam para manter a
homeostase. A homeostase é um importante conceito para entendermos que o estresse é muito importante
para a adaptação e melhora dos sistemas �isiológicos, mas que após vivenciá-lo, o organismo tende sempre a
voltar ao equilı́brio. Quando mais rápido isso acontecer, mais teremos uma indicação de que o sistema está
e�iciente. 
1.2.1 Sistemas de controle corporal
No nosso organismo, possuı́mos inúmeros sistemas de controle corporal, desde sistemas para controlar a
respiração, o batimento cardı́aco, a contração muscular, a pressão arterial, a sudorese, entre muitos outros.
Nesta unidade, veremos os principais sistemas relacionados ao exercı́cio e as adaptações que decorrem dele. 
Os componentes do sistema de controle corporal são baseados em três pontas, as quais você conhece
clicando a seguir:
A primeira refere-se ao receptor do estı́mulo.
•
A segunda diz respeito à unidade de controle.
A terceiraé concernente ao mecanismo efetor.
Para exempli�icar, podemos observar o mecanismo de controle da pressão arterial. Com o aumento da
frequência cardı́aca e o aumento da circulação sanguı́nea relacionados ao exercı́cio ou estado de estresse, a
pressão arterial também sofre alteração. Sendo assim, entra em ação o sistema de controle para que não
ocorra a hipertensão. Vários mecanismos sensoriais provocam alterações de vasodilatação (artérias e veias)
para ocasionar um aumento em seu calibre e para que, assim, o sangue possa circular de maneira mais
e�iciente, gerando uma vasodilatação e fazendo com que a pressão arterial não atinja nı́veis prejudiciais. 
Outro sistema de controle interno importante que funciona durante o exercı́cio é o controle da sudorese.
Chamamos esse sistema de termorregulação	ou controle	hídrico. Quando nos exercitamos, os músculos
em contração aumentam a produção de calor, sendo assim, para mantermos a temperatura corporal em
valores normais, esse calor deve ser direcionado para o ambiente externo. Como o corpo tem receptores ao
calor na pele, bem como, na região do cérebro, o aumento da temperatura no sangue é sentido pelo
hipotálamo, temos uma estimulação nervosa e a sudorese. Desse modo, perdemos a maior parte desse calor
por meio da evaporação do suor expelido pela nossa pele. A perda de lı́quido em forma de suor pode chegar a
dois litros por hora se a temperatura do ambiente estiver quente e/ou úmida e a intensidade do exercı́cio for
alta. 
•
•
Figura 1 - Na imagem, é possı́vel ver com detalhes os locais onde é produzido e excretado o suor.
Fonte: sciencepics, Shutterstock, 2019.
Na sequência, veri�icamos outros exemplos dos principais sistemas de controle biológico acionados durante
o exercı́cio. No quadro, à esquerda, você verá os efeitos de cada sistema de controle mencionado, estando
presentes apenas aqueles que possuem uma ação direta com o exercı́cio, como o aumento do metabolismo, a
diminuição da glicose, o aumento da ventilação pulmonar, aumento da frequência cardı́aca, aumento da
sudorese, diminuição da resistência vascular e o aumento da reabsorção de água pelos rins. Na coluna do
meio, é possı́vel veri�icar qual será o estı́mulo e o seu órgão efetor que desencadeará a ação. Por �im, à direita,
é apresentada sua função dentro da resposta ao exercı́cio e/ou ao treinamento. 
Cada um desses exemplos demonstra um sistema de retroalimentação, o que signi�ica que há uma maneira de
controlar os estı́mulos positiva ou negativamente. Para entender de maneira mais simples, quando uma
concentração de um determinado estı́mulo estiver muito alta, o organismo tende a criar situações para baixá-
la; e quando a concentração estiver muito baixa, o organismo cria situações para aumentá-la, buscando, assim,
sempre o equilı́brio homeostático. 
Quadro 1 - Sistemas de controle biológico mais importantes durante o exercı́cio.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
1.3 O que é metabolismo?
O metabolismo é o termo utilizado para mensurar o gasto energético do organismo. O corpo possui uma
necessidade individual de gasto energético para suas funções vitais, tais como batimento cardı́aco, circulação
sanguı́nea, manutenção da temperatura corporal etc. Ele gasta, em média, cerca de 1200 a 2000 calorias só em
repouso. 
Nesta unidade, veremos aquilo que o exercı́cio muda nesse processo; quanto a mais de calorias podem ser
acrescentadas nesse metabolismo; as diferenças entre intensidades de exercı́cios; as diferentes reações
quı́micas que são provocadas para o fornecimento de energia para a atividade fı́sica; e, �inalmente, como os
sistemas musculares se adaptam e melhoram para produzir de forma mais e�iciente essa energia.
1.3.1 O que é energia?
O organismo não armazena energia de uma forma direta e, por isso, não consegue utilizá-la imediatamente, ou
seja, precisa-se de um estı́mulo para que se inicie uma série de reações quı́micas que irão liberar essa energia,
que chamamos de energia	química. Desse modo, dizemos que a energia não pode ser criada ou destruı́da,
mas modi�icada de uma forma a outra. 
A transferência de energia será sempre processada no sentido do aumento da excitação das moléculas e,
assim, a “energia livre” será obtida. Diante disso, podemos de�inir a energia a qual necessitamos como aquela
que se obtém a partir das ligações quı́micas ou da quebra dessas ligações. 
Para entender esse processo, é importante nos lembrarmos de que quase tudo que nos circunda – como o
nosso corpo – é formado por ligações quı́micas. Desse modo, a energia quı́mica tem grandes possibilidades
para ser realizada, sendo uma das mais importantes para nossa sobrevivência: a alimentação que ingerimos
tem energia quı́mica que é quebrada, fornecendo-nos aquilo que precisamos para sobreviver (ANDRADE,
2016).
1.3.2 ATP: nossa moeda de energia
Segundo Robergs (2012, p. 28), a ATP 
[...] é uma molécula de alta energia produzida pelo organismo, presente em todas as células, que
consiste em uma molécula de adenosina (adenina) unida a uma molécula de nucleosı́deo (ribose)
e a três radicais fosfato (composto de fósforo unidos a oxigênios), conectados em cadeia, onde a
energia é armazenada nas ligações entre os fosfatos. A quebra de uma molécula do grupo fosfato
libera uma grande quantidade de energia, aproximadamente entre 7,3 e 7,6kcal/mol, reduzindo o
ATP a uma molécula de adenosina difosfato (ADP) e uma molécula de fosfato inorgânico (Pi). A
energia livre liberada nessas reações é responsável pelos processos de contração muscular e
pelos estı́mulos elétricos neurais que controlam os movimentos corporais e a regulação
hormonal. 
Assim, tanto no repouso ou em qualquer outra atividade produzida por meio de movimentos, tem-se uma
liberação de energia pela quebra de moléculas de ATP utilizadas para a realização dessas práticas. 
1.4 Bioenergética
A ciência que estuda como a energia é convertida de uma forma a outra em seres vivos é denominada
bioenergética.	Para a �isiologia do exercı́cio, é fundamental o estudo dessa ciência para entendermos como a
energia quı́mica é processada para a disposição do organismo ao movimento. A seguir, clique e conheça as
principais leis desta ciência: 
Primeira	lei
No esquema a seguir, podemos observar o modelo da molécula de ATP e suas ligações e, na sequência, o
modelo do esquema da quebra do ATP.
ATP = ADENOSINA – ENERGIA –	Pi	– ENERGIA – Pi	– ENERGIA – Pi 
Na liberação de energia, ocorre a seguinte reação: 
(ATP) ADENOSINA – Pi – Pi – Pi / ação da enzima ATPase / Quebra de uma ligação de Pi 
A molécula �ica, então, da seguinte maneira: 
(ADP) ADENOSINA – Pi – Pi + ENERGIA – Pi 
Segunda	lei
A primeira lei da bioenergética diz que a energia nunca é destruı́da, mas sempre transformada.
Portanto, as reações quı́micas que são realizadas em nosso organismo promovem diversos tipos
de reações, assim como a contração muscular que gera o movimento. A quebra da molécula de
ATP será uma das principais responsáveis por isso. 
Quando há uma ingestão excessiva de alimentos, as células não aumentam os seus estoques de ATP
proporcionalmente a essa alimentação, uma vez que elas não possuem espaço su�iciente para acumular ATP.
Sendo assim, o excesso de moléculas de glicose é utilizado para formar um outro substrato energético: o
glicogênio. Havendo uma quantidade ainda maior de alimento, esse excesso também pode ser direcionado
para a formação de ácidos graxos (gordura). Portanto, glicogênio e ácidos graxos são estoques de substratos
ricos em energia que o organismo forma para ter à disposição quando em situações nas quais a demanda por
energia durante o exercı́cio aumente. 
1.4.1 Metabolismo celular
Para o exercı́cio, temos dois momentos muito importantes no processo celular: o catabolismo, momento de
quebra de energia; e o anabolismo, momento de ressı́ntese de energia. Muitas dessas reações ocorrem de
maneiraconjunta, funcionando em um equilı́brio dinâmico: uma maior quebra de energia aumenta o
catabolismo e uma diminuição sua aumenta o anabolismo, e vice-versa. A velocidade das reações pode
ocorrer de diversas maneiras, sendo importante para nosso estudo a compreensão de como a intensidade do
exercı́cio pode in�luenciar nesse processo. 
1.4.2 Catabolismo e anabolismo
Para compreender mais sobre os processos de catabolismo e anabolismo, podemos nos voltar para o local
onde ocorre o movimento: o músculo esquelético. Apesar de que, para �ins didáticos, normalmente
estudamos cada particularidade sua de forma separada, é importante entendermos que todas as
especi�icidades do metabolismo ocorrem simultaneamente. Tendo isso claro, tenhamos em mente que o
músculo esquelético pode produzir ATP necessário para promover uma contração muscular a partir de uma
combinação de três vias metabólicas: sistema fosfagênio ou ATP-CP; sistema glicolı́tico; e sistema aeróbio.
 
Sistema fosfagênio ou ATP-CP
Como visto anteriormente, primeiro temos a quebra da molécula de ATP disponibilizando energia por meio da
liberação de um fosfato inorgânico de sua cadeia. Porém, para manter o sistema ativo, temos também o
reverso da equação. A fosfocreatina (PC) tem uma cadeia de fosfato de alta energia, e decompõe-se na presença
da enzima creatina fosfoquinase. A energia liberada é, então, utilizada para formar novamente uma molécula
de ATP, a partir do ADP. A importância desse sistema é que ele pode regenerar o ATP rapidamente. Durante o
exercı́cio, devemos lembrar que a reserva de ATP intramuscular é limitada. Sendo assim, ela pode ser deletada
durante um exercı́cio intenso como, por exemplo, o	sprint	de 100 metros no atletismo. 
 
Sistema glicolítico
A glicose oriunda do excesso de nutrientes é armazenada no músculo e no fı́gado. A esse substrato damos o
nome de glicogênio, e recorremos a ele para fornecer mais energia ao movimento. Navegue no recurso a
seguir e conheça mais sobre o glicogêncio e o sistema glicolitico:
•
•
O glicogênio muscular é uma molécula grande constituı́da por unidades de glicose. Ao
catabolismo da glicose, por sua vez, damos o nome de glicogenólise. 
A glicogenólise anaeróbia representa também um dos principais fornecedores de ATP durante
atividades de alta e média intensidade e de curta duração como as corridas de curta distância. 
Sistema aeróbio 
Ao passo em que a intensidade do exercı́cio diminui e a duração é prolongada, diminui-se a dependência que
vem dos fosfagênios intramusculares e da glicólise anaeróbica e a produção aeróbia de ATP, por seu turno,
torna-se cada vez mais importante. A partir da quebra incompleta da glicose, o sistema glicolı́tico fornece um
substrato que conhecemos como piruvato. Esse substrato adentra a mitocôndria começando, assim, o
processo que conhecemos como Ciclo de Krebs. O sistema aeróbio é particularmente adequado para a
produção de ATP durante o exercı́cio prolongado tipo resistência (endurance), portanto, para que tenhamos
energia su�iciente para suportar atividades muitas vezes de algumas horas, dependemos de todas as vias
metabólicas funcionando tanto no sentido da quebra das moléculas para fornecer energia quanto na ressı́ntese
para promover a continuação do fornecimento de energia. 
E� o caso, por exemplo, de provas de 400 e 800 metros e também de provas de 50 e 100 metros na
natação, além de muitas vezes, ainda, atividades mistas como os esportes coletivos de alto nı́vel.
Essas atividades – denominadas atividades anaeróbias – dependem maciçamente do sistema
fosfagênio e da glicólise anaeróbia. 
Finalmente, cumpre destacar que temos dois tipos de atividades anaeróbias: as aláticas e as
láticas. A primeira ocorre como descrito no sistema fosfagênio, no ponto anterior; e as láticas são
as descritas aqui no sistema glicolı́tico. 
Elas são láticas porque produzem resı́duos dessa reação – como o lactato –, que armazenam
energia para o processo continuar no próximo sistema: o aeróbio. 
•
Desse modo, durante um jogo de futebol, por exemplo, existe o predomı́nio de diferentes vias metabólicas. O
grande desa�io é justamente em atividades mistas como essa e em outros esportes coletivos, tendo o corpo de
se adaptar criando um aporte energético necessário para que se mantenha em alto nı́vel durante o exercı́cio. 
Figura 2 - Em jogo coletivo como o futebol, as fontes energéticas predominantes mudam a todo momento, e
todas trabalham de uma forma integrada para o fornecimento de energia.
Fonte: Natursports, Shutterstock, 2019.
VOCÊ QUER LER?
Uma das principais fontes de conteúdo técnico e cientı�́ico para �isiologistas de todo o
mundo é o site do American College of Sports Medicine. Sobre o tema das vias
metabólicas, o artigo “Modelos de progressão no treinamento de resistência”, de
Kraemer et	al., publicado originalmente no site, traz pontos importantes a respeito da
progressão nos treinamentos e seus conceitos. A leitura do artigo traduzido está
disponıv́el em: <https://www.cdof.com.br/acsm5.htm
(https://www.cdof.com.br/acsm5.htm)>. Con�ira! 
https://www.cdof.com.br/acsm5.htm
Anteriormente, vimos que a ingestão de alimentos pode fornecer energia quı́mica. Mas quais são os nutrientes
que estão incluı́dos nesses alimentos e que nos fornecem energia? Vejamos na sequência! 
1.4.3 Quais nutrientes alimentam o fornecimento de energia?
Os principais nutrientes utilizados pelo organismo no metabolismo energético são os carboidratos (glicose),
a gordura (ácidos graxos) e as proteı́nas (aminoácidos). A seguir, clique nas abas para conhecer cada um deles. 
Glicose
A glicose é o carboidrato predileto do metabolismo no músculo. O glicogênio é constituı́do por
uma proteı́na interna a qual as moléculas de glicose são anexadas. 
Lipídeos
Os principais lipı́deos, por sua vez, são aqueles que chamamos de glicerol. 
Aminoácidos
Os aminoácidos possuem átomos de nitrogênio que serão importantı́ssimos na fase de
Esses principais nutrientes são responsáveis por diversas funções tanto no catabolismo quanto no
anabolismo. Eles também são utilizados de forma diferente dependendo da intensidade do exercı́cio: em
atividades mais intensas, irá ocorrer uma utilização mais rápida e disponı́vel da glicose fornecida mais
rapidamente pelos carboidratos; em uma atividade fı́sica prolongada, será necessária a reserva energética
oferecida pelas gorduras na forma de glicerol; as proteı́nas, �inalmente, serão melhor aproveitadas na
ressı́ntese proteica com a utilização dos aminoácidos para reconstrução dos músculos. 
1.4.4 Gasto energético e ergometria
Durante o exercı́cio, utilizamos energia quı́mica para a contração muscular. Além disso, ao longo do dia,
utilizamos energia para nossas funções vitais, gastamos energia para a manutenção da temperatura e, ainda,
para muitas outras funções do nosso sistema �isiológico. Assim, produzimos trabalho e potência. Para
podermos medir esse trabalho, cientistas desenvolveram métodos que podem quanti�icá-lo. Testes são
aplicados de maneira que o indivı́duo, ao realizar um exercı́cio de forma controlada, possa mensurar seu nı́vel
de esforço. Quando se controla a intensidade do exercı́cio, as respostas metabólicas podem ser comparadas
entre indivı́duos diferentes ou, ainda, pode-se comparar as respostas de um mesmo indivı́duo em
circunstancias diferentes. 
Esses testes são importantes para sabermos qual o balanço	calórico	total, ou seja, a quantidade de calorias
gastas durante uma atividade fı́sica e durante nosso dia como um todo. Para descobrirmos tal balanço,
primeiramente dividimos o gasto energético em dois momentos: no primeiro, calculamos a	taxa	metabólica
basal	(TMB), isto é, a quantidade de calorias gastas para o corpo se manter vivo, apenas a contar suas funções
vitais. Sendo assim, devemos usar, de forma indireta e bem prática, uma equação muito utilizada na literatura.
Trata-se de umaequação padrão criada pelo pesquisador Harris Benedict, em 1918, que segmenta os gêneros
masculino e feminino em função da diferença de composição corporal entre massa magra e gordura corporal.
Dessa maneira, temos as seguintes equações:
masculino: TMB = 66,5 + (13,75 x peso em kg) + (5,003 x altura em
cm) - (6,755 x idade em anos); 
feminino: TMB = 655,1 + (9,563 x peso em kg) + (1,850 x altura em
cm) - (4,676 x idade em anos).
Para exempli�icar, consideremos um homem de 80 quilogramas, com 1,75 metros de altura e 30 anos de idade.
Diante desses dados, terı́amos: 
TMB = 66,5 + (13,75 x 80) + (5,003 x 175) - (6,755 x 30) 
TMB = 66,5 + (1100) + (875,525) - (202,65)
TMB = 66,5 + (1975,525) - (202,65)
TMB = 2042,025 - 202,65
ressı́ntese, no anabolismo. 
•
•
TMB = 1839,375 calorias
Esse valor é a taxa metabólica basal desse indivı́duo, que representa, portanto, a quantidade de calorias que
ele gasta para manter suas funções vitais durante o dia. Para um exemplo feminino, precisarı́amos escolher a
outra equação. Essas equações são diferentes devido ao fator biológico: as mulheres possuem, geneticamente,
uma diferença entre porcentagem de massa magra em relação aos homens, em virtude de fatores hormonais. A
equação das mulheres leva a considerar que o gasto energético em situações equivalentes é menor. 
Observemos, agora, o quadro a seguir, no qual podemos veri�icar o que um homem de 80 quilogramas e uma
mulher de 60 quilogramas gastariam para cada 30 minutos de diferentes atividades fı́sicas relacionadas ao
esporte. Nesse caso, não foi considerado o percentual de massa magra dos indivı́duos. 
VOCÊ SABIA?
O gasto energético utilizado durante a atividade fıśica pode variar bast
pessoa para pessoa e de atividade para atividade. Isso ocorre porque 
depende de fatores como a intensidade do exercıćio proposto, o tem
realização da atividade e a composição corporal do indivıd́uo. E� evidente, c
que quanto maior a porcentagem de massa magra, maior o gasto energét
vez que a célula de gordura não gasta energia, ela armazena. 
No dia a dia, como vimos, também executamos diversas atividades que possuem, muitas vezes, um bom gasto
energético e que, se executadas várias vezes ao dia e por um perı́odo de tempo grande, podem fazer diferença
para o balanço energético. Por isso, é importante não só praticar atividades fı́sicas, como também ter um
estilo de vida ativo, executando atividades com gasto energético ao longo do dia.
Observe, no quadro a seguir, os gastos energéticos relacionados às atividades do dia a dia com base nas
mesmas caracterı́sticas especi�icadas no quadro anterior: um homem de 80 quilogramas e uma mulher de 60
quilogramas.
Quadro 2 - Gasto energético por atividade fı́sica e gênero. E� possı́vel observar que o gasto energético de
mulheres é menor que o de homens.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Agora, já temos duas informações importantes para o cálculo do gasto calórico total de um indivı́duo: já
sabemos como calcular o gasto da taxa metabólica basal e temos uma referência de diferentes atividades
fı́sicas e a proporção por tempo de exercı́cio. Assim, só precisamos saber qual atividade fı́sica e por quanto
tempo o indivı́duo a praticou, sendo possı́vel, então, fazermos o cálculo do gasto	energético	total	(GET).
Anteriormente, para o indivı́duo de nosso exemplo, vimos que ele possui uma TMB de 1839,37 calorias, em
repouso. Mas caso ele praticasse corrida, como �icaria o seu gasto energético total?
Quadro 3 - Em atividades diárias, também há gastos que fazem diferença para o balanço energético.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.
Mas por que esses cálculos são importantes? 
Clique nas abas a seguir para entender:
CASO
Imagine, por exemplo, um indivıd́uo chamado Pedro, do sexo masculino, de 
quilogramas de massa corpórea, 1,75 de altura, 35 anos. Pedro pratica corr
três vezes na semana, e a cada dia de treinamento, corre 45 minutos. Com b
nisso, podemos calcular o gasto energético total de um dia de treino de Ped
Para o cálculo, iniciamos, como vimos, descobrindo qual a TMB de Pedro a pa
do seguinte cálculo:
Masculino: TMB = 66,5 + (13,75 x peso em kg) + (5,003 x altura em cm
(6,755 x idade em anos). Logo, TMB = 66,5 + (13,75 x 80) + (5,003 x 175
(6,755 x 30) = 1839,37 calorias.
Agora, observemos que, em relação à corrida, temos o seguinte valor 
referência: 292 quilocalorias de gasto energético a cada 30 minutos. Contu
como Pedro pratica 45 minutos de corrida por dia de treinamento, e não 40, p
calcularmos as calorias totais de sua atividade, precisamos utilizar uma regra
três. Assim, se em 30 minutos Pedro gasta 292 quilocalorias, em 45 minu
Pedro gasta X: 
X = 292 x 45 / 30 = 438 calorias.
Assim, obtivemos o gasto de Pedro na atividade. Para saber qual o GET, é
somar esse valor ao cálculo da TMB:
GET = 1839,37 + 438,00 = 2.277,37 calorias no dia que pratica o treinamento
corrida.
Para prescrever uma nutrição e identi�icar casos em que o indivı́duo tem de alterar sua composição
corporal, é imprescindı́vel sabermos dessas taxas. Quando desejar emagrecer, por exemplo, o
indivı́duo terá de consumir menos do que gasta. Já para manter o peso, precisará ter uma ingestão
equilibrada entre gasto e consumo. Finalmente, caso o sujeito necessite aumentar seu peso, terá de
ingerir mais calorias do que normalmente gasta. 
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Nutrição	e	composição	corporal 	
Aumento	da	massa	magra
O conceito de potência é importante para entendermos a relação do trabalho com a velocidade com que está
sendo realizado. Dependendo de cada atividade fı́sica, podemos utilizar um ergômetro, isto é, um aparelho ou
dispositivo empregado para mensurar um tipo de trabalho especı́�ico. Se precisarmos medir o gasto
energético durante uma corrida, usamos a corrida em esteira, em campo, ou podemos veri�icar o gasto em
uma bicicleta ergométrica ou até mesmo em tanques para natação. A especi�icidade é importante, mas não são
em todas as atividades que temos testes adequados para essa medição. Para isso, usamos protocolos de testes
padrões que podem ser aplicados na grande maioria das pessoas para poder, assim, comparar e/ou
acompanhar os resultados. 
Outro fator importante dentro do processo de controle da taxa metabólica basal é o aumento da
massa magra: quanto maior for o percentual de massa magra do indivı́duo, maior será o seu
metabolismo basal. A massa magra gasta mais energia para se manter do que a gordura, sendo
assim, um indivı́duo que possui a mesma massa corpórea que outro, mas com mais massa magra,
possui uma maior taxa metabólica basal. 
Em relação à ergometria, ela diz respeito a uma maneira de medir o trabalho realizado pela
atividade fı́sica. Primeiramente, podemos de�inir trabalho como a força multiplicada pela distância
(trabalho = força x distância). Além disso, normalmente costuma-se medir, também, a potência,
termo utilizado para descrever a quantidade de trabalho realizado dividido por unidade de tempo
(potência = trabalho / tempo). 
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Ergometria
As avaliações ergométricas são importantes por vários motivos. O primeiro é para de�inir limites, ou seja, por
meio de testes desse tipo, podemos determinar o limiar anaeróbio e/ou aeróbio daquele indivı́duo/atleta. Mas
o que signi�ica isso? O limiar será o ponto máximo de mudança do predomı́nio de uma via energética sobre a
outra. As vias metabólicas de energia estão trabalhando simultaneamente a todo momento, mas dependendo
da intensidade do exercı́cio, teremos o predomı́nio de uma sobre a outra. Sendo assim, cada indivı́duo possui,
dependendo do seu nı́vel de condicionamento fı́sico, um ponto em que usará mais uma via do que outra. A
esse ponto chamamos de limiar, e encontrá-lo é de grande valia para prescrever de maneira assertiva o
exercı́cio. 
VOCÊ QUER VER?
Testes ergométricos podem ser realizados de diversas maneiras, até mesmo em
academias ou em laboratórios superavançados. Atualmente, a ergometriaestá muito
mais acessıv́el do que antigamente. E� evidente que testes mais precisos e especı�́icos
ainda estão restritos aos laboratórios, mas hoje podemos conseguir informações muito
importantes para o treinamento com testes mais simples. Acompanhe uma entrevista
com o médico Marconi Gomes, realizada pelo jornal Bom Dia Minas, que trata da
importância dos testes ergométricos antes de atividades fıśicas:
<https://globoplay.globo.com/v/5965067/
(https://globoplay.globo.com/v/5965067/)>. 
https://globoplay.globo.com/v/5965067/
Outro ponto fundamental da ergometria é a possibilidade de comparar indivı́duos diferentes em relação à
mesma atividade, criar parâmetros de excelência e testar métodos de treinamento para sempre superar os
resultados. Finalmente, os testes ergométricos são também utilizados para identi�icar possı́veis problemas
em relação à condição fı́sica do indivı́duo, por exemplo, um mal funcionamento cardiovascular pode ser
identi�icado por meio do teste de patologias cardı́acas e/ou dé�icits de condicionamento que estão
ocasionando ou poderão ocasionar sérios problemas de saúde ao indivı́duo/atleta. 
VOCÊ O CONHECE?
Turıb́io Leite de Barros, graduado em biomedicina e mestre e doutor em Ciências
Biológicas pela Universidade Federal de São Paulo, foi membro do American College of
Sports Medicine, professor da Universidade Federal de São Paulo, coordenador do
Departamento de Fisiologia do Esporte Clube Pinheiros e consultor na área de
�isiologia para empresas voltadas para o segmento esportivo e suplementação
nutricional para atletas. Turıb́io mudou o conceito de �isiologista, fazendo o pro�issional
ser peça fundamental das equipes de alto nıv́el. Tornou-se muito conhecido, ainda, em
equipes como São Paulo FC, onde �icou por 25 anos e transformou muitos conceitos da
�isiologia esportiva. 
Síntese
Nesta unidade, você pôde compreender como e de que maneira a �isiologia do exercı́cio é importante para
conhecer as reações e funções do organismo, as diferenças entre o antes, o durante e o pós-exercı́cio, as suas
reações e como utilizar esses conhecimentos para prescrição e acompanhamento de um programa de
treinamento. 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
descobrir o que é homeostase, reconhecendo que não se trata de
ausência de atividade, mas sim do equilíbrio entre as funções do
sistema, além de compreender os sistemas de controle do
organismo;
diferenciar respostas agudas e crônicas ao exercício e ao
treinamento;
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entender como um sistema tenta se manter em equilíbrio por
meio dos sistemas de retroalimentações positivas e negativas; 
compreender o que é metabolismo e como gastamos energia,
energia química que liberamos por meio das reações que ocorrem
em função das diferentes intensidades de exercício físico;
entender como diferentes intensidades de exercício podem guiar
nossas reações químicas pelas vias metabólicas aeróbias ou
anaeróbias, fazendo com que o corpo decida qual será a
predominância do gasto energético; 
compreender as vias de gasto de ATP-CP, via glicolítica ou
mitocondrial;
conhecer os diferentes nutrientes que são utilizados por nosso
organismo e como, dependendo da intensidade do exercício e de
suas funções, eles podem ser utilizados; 
diferenciar anabolismo de catabolismo, funções importantes para
que as adaptações ocorram, tornando nosso organismo mais
eficiente em função do treinamento;
aprender a calcular o gasto energético, as diferenças entre
gêneros e os gastos com atividades físicas; 
conhecer os ergômetros que fazem as medições por meio de
atividade específicas.
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Bibliografia
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