@veterinariando_ Definição • Pode ser definida como o processo de formação, crescimento e maturação folicular, que se inicia com a formação do folículo primordial até que elas tenham competência para serem fecundadas e reconhecerem os gametas masculinos • Essas células precisam ser saudáveis, aptas e prontas para o momento de fecundação Embriogênese • No embrião é na crista gonadal que as células germinativas primordiais se alojam (essa migração ocorre no período embrionário) • No período embrionário todo suprimento de ovócito está pronto Inicialmente há uma célula germinativa primordial que migra por movimentos ameboides até a crista gonadal Essa célula germinativa primordial faz mitose para oogônia Essas oogônias fazem mitose para oócito primário Esses oócitos primários começam a fazer meiose, parando na fase de prófase I permanecendo estagnada Tudo isso que ocorre dentro do ovário assegura a vida reprodutiva da fêmea É importante lembrar que após esse período pré-natal tudo fica estagnado, voltando a ter estímulo apenas na puberdade Puberdade • Pode ser definida como a chegada do primeiro estro, é a idade em que a fêmea pode suportar a gravidez sem grandes danos ao organismo • Quando a puberdade chega, essa fêmea já sofreu alguns estímulos hormonais de quantidades crescentes de estrógeno, pico de LH para ter ovulação e entrar no primeiro cio – lembrar que isso não indica maturidade sexual, só indica que essa fêmea é capaz de gestar • Fatores que impactam o desenvolvimento dos neurônios GnRH hipotalâmico na fêmea → Peso corporal – ligação direta com sinalização hipotalâmica → Estado nutricional – todo triglicerídeo quebrado durante a produção de energia produz um hormônio tecidual que é a leptina → Fotoperíodo – mesmo animais sazonais necessitam do fator peso e estado nutricional para entrame em idade reprodutiva → Fator macho – acelera a puberdade precocemente pelo fato da competição com outras fêmeas → “In situ” ou “ex situ” (externos e sociais) • A primeira ovulação geralmente é acompanhada da “ovulação silenciosa”, ausência de estro comportamental comum em novilhas e ovelhas Quando a fêmea entra em puberdade ela tem um estímulo ocasionando pico de LH O pico de LH faz com que ocorra a continuação do desenvolvimento folicular Essa ação faz com que aquele oócito primário que ficou estagnado em prófase I continue seu desenvolvimento até o final da meiose e vire um oócito secundário O oócito secundária já terá a zona pelúcida (responsável por reconhecer as proteínas espermáticas), o espaço perivitelínico, há formação do primeiro corpúsculo polar e do material genético da fêmea Esse oócito secundário passa por uma segunda meiose para que esteja totalmente apto à fecundação Depois que esse ovócito é fecundado e fertilizado há a formação de 2 corpúsculos polares Depois da recepção da informação genética presente na cabeça do espermatozoide, formam dois pró- núcleos (sendo um masculino e um feminino) Esses 2 pró-núcleos fazem uma singamia, ou seja, uma mesclagem na informação genética Pré-puberdade x puberdade Mais ou menos uns 5 meses antes da puberdade, já começa a ver um aumento do LH para que possa ocorrer um pico ovulatório na puberdade Isso ocorre, pois há uma hipersensibilidade hipotalâmica (estrógeno) mas esse animal não ovula ainda, porque antes da puberdade não existe maturidade suficiente do hipotálamo para liberar somente o LH Existe uma feedback negativo do estrógeno que vai sendo reduzido Aumento da secreção de LH para que ocorra ovulação Aumento dos receptores do GnRH que são induzidas pelo estrógeno Aumento da sensibilidade dos gonadotropos ao GnRH o centro pré- ovulatório e o centro tônico, liberam GnRH em amplitude e frequência constante isso é importante para maturação dos folículos até o momento que é necessário o pico de estímulo o centro hipotalâmico pré- ovulatório começa a aumentar a liberação de uma vez de GnRH Com isso há picos consequentes de LH O centro tônico muda a forma como ele libera o GnRH, aumentando a frequência e mantendo a amplitude constante A puberdade irá ser dependente de uma resposta dos neurônios hipotalâmicos, que precisam ser capazes de produzir o GnRH de alta frequência e baixa amplitude DICA Centro pré-ovulatório – liberação de GnRH como se fosse uma torneira aberta (pico – onda de grande amplitude) Centro tônico – liberação contínua de GnRH como se fosse uma torneira com goteira (amplitude controlada e frequência rápida) Lembrar que na fase de pré- puberdade não existe uma padrão diferenciando entre os centros durante a liberação de GnRH Após a puberdade • Existe uma variação de frequência dos pulsos de GnRH, que interfere no tipo de gonadotrofina secretada pela hipófise → Alta frequência de pulsos de GnRH estimula a liberação de LH → Menor frequência de pulsos de GnRH estimula a liberação de FSH → Sempre que tiver progesterona (P4), ela reduzirá os pulsos de GnRH → Sempre que houver estrógeno (E2), ela aumentará os pulsos de GnRH Maturação folicular Ainda é um ovócito quiescente, ou seja, ainda não está ativo para nenhum estímulo hormonal Presença de poucas células pré-granulosas com formato pavimentoso Seu núcleo é relativamente grande A zona pelúcida não é totalmente observada Existe justaposição do oócito e das células da granulosa, sem nenhuma junção específica (junções comunicantes) Nesse momento é importante que o FSH esteja modulando os fatores de crescimento, pois é ele que irá ativar a maturação dos folículos São oócitos circundados por células da granulosa, sendo uma única camada com estreito contato O estradiol auxilia na diferenciação das células da granulosa Esses oócitos são circundados por 2 ou mais camadas de células da granulosa A zona pelúcida já é visível Ocorre a formação das células da Teca Aumento do número de microvilos, estão presentes em oócitos de fetos e adultos São mais desenvolvidos, apresentam várias camadas de células da granulosa Já possui cavidade (antro) Há aumento da vascularização, junto com as células da Teca que vão secretar andrógenos aromatizáveis que acumulam no fluido folicular Esse fluido se difunde pela membrana basal e pelas células da granulosa, potencializando o FSH que aumentam a atividade estrogênica