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Análise de Condutas Unilaterais Restritivas à Concorrência - Modulo 2

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Painel / Meus cursos / Análise de Condutas Unilaterais Restritivas à Concorrência / Módulo 2: Principais condutas unilaterais - Parte 1
/ Exercício Avaliativo - Módulo 2
Análise de Condutas Unilaterais Restritivas à
Concorrência
Questão 1
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Questão 2
Correto
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Questão 3
Correto
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Questão 4
Correto
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Questão 5
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Questão 8
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Questão 9
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Questão 10
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Questão 11
Correto
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Questão 12
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Questão 13
Correto
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Terminar revisão
Iniciado em quinta, 24 fev 2022, 14:34
Estado Finalizada
Concluída em quinta, 24 fev 2022, 15:01
Tempo
empregado 27 minutos 13 segundos
Notas 13,00/13,00
Avaliar 40,00 de um máximo de 40,00(100%)
Com relação à conduta de fixação de preços mínimos de revenda: 
Escolha uma opção:
a. Por se tratar de restrição diretamente relacionada a preços, com alta potencialidade de dano concorrencial, o Cade tem
aplicado um padrão de análise rígido em que se torna irrelevante a análise de possíveis eficiências decorrentes da prática.
b. Por se tratar de restrição diretamente relacionada a preços, com alta potencialidade de danos, o Cade considerou, em
precedentes recentes, que, comprovada a materialidade da conduta, cabe à Representada demonstrar que não detém
poder de mercado ou que a prática comporta eficiências que superam os efeitos negativos dela decorrentes. �
c. A prática pode ser considerada um ilícito per se.
d. Quando possui justificativas econômicas, a prática não pode ser considerada ilícito concorrencial, independente da
discussãoacerca de efeitos líquidos.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "b"
Em casos recentes, o Cade tem, de fato, adotado um padrão rígido de análise em casos de fixação de preços de revenda –
especialmente fixação preços mínimos de revenda. Contudo, seria incorreto afirmar que não há espaço para análise de
possíveis eficiências decorrentes da prática. Pelo contrário: nos precedentes recentes, a justificativa de eficiências é etapa
fundamental para que se possa concluir sobre a licitude da prática. 
Se uma empresa detém participação de mercado de 35% em um mercado X e passa a adotar a prática de fixação de preços
mínimos praticados por seus distribuidores no mercado Y:
Escolha uma opção:
a. Considerando os parâmetros fixados na jurisprudência recente, presume-se que a empresa detém poder de mercado e
que a prática tem probabilidade de gerar efeitos anticompetitivos. Cabe então à empresa representada demonstrar que
não detém poder de mercado ou que a prática gera eficiências suficientes para superar os efeitos negativos. �
b. Considerando os parâmetros fixados na jurisprudência recente, se a empresa alega que não houve coerção e que a
fixação de preços foi benéfica aos distribuidores, a prática não deve ser condenada.
c. Se houve apenas sugestão, e não fixação de preços de revenda, a prática não pode ser considerada ilícita
d. A prática pode ser considerada um ilícito per se e, portanto, perde relevância a discussão acerca de poder de mercado
e eficiências.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "a"
A alternativa “a” descreve os parâmetros aceitos pela maioria dos votos no julgamento do caso SKF – precedente
relativamente recente em que se discutiram, de forma detalhada, os parâmetros para análise de casos de fixação de preços
de revenda.
A alternativa “b” é falso, pois esse é justamente um dos efeitos negativos associados à prática de fixação de preços
de revenda: a facilitação da coordenação entre distribuidores com a consequente redução de concorrência intramarcas.
A alternativa “c” é falso, pois a sugestão de preços, embora seja menos gravosa do que a fixação, também pode ter efeitos
anticompetitivos. 
Uma empresa acusa seu concorrente de praticar descontos anticompetitivos. A empresa que acusa possui 15% de
participação de mercado enquanto a acusada possui 5%. O mercado afetado parece ter pelo menos outros quatro
concorrentes com participação de mercado acima de 10%. Com base apenas nessas informações, você considera que a
conduta denunciada pode ser uma prática anticompetitiva de descontos de fidelidade? 
Escolha uma opção:
a. Não, a prática é claramente de preço predatório.
b. Sim, a prática pode se enquadrar em uma conduta anticompetitiva de desconto de fidelidade.
c. Não, pelas características do mercado, a prática não parece ser anticompetitiva. �
d. Sim, a prática pode ser considerada um cartel.
e. Não, com certeza é uma prática de venda casada.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "c"
Considerando que a empresa acusada tem baixa participação de mercado e o mercado em geral parece contar com vários
concorrentes, é improvável que ocorra uma prática anticompetitiva de descontos por fidelidade. 
Quais os principais documentos e informações que devem ser analisados em uma investigação de descontos de fidelidade? 
Escolha uma opção:
a. Informações sobre a política de desconto da empresa, em especial se eles tendem a restringir a liberdade do
comprador em escolher seu fornecedor. �
b. As informações financeiras consolidadas da empresa, a fim de avaliar a saúde financeira da empresa.
c. Os dados de custo da empresa, a fim de avaliar se a empresa está cobrando preços abaixo de seu custo com os
descontos praticados.
d. Os dados de preços de seus concorrentes.
e. O contrato social da empresa.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "a"
O principal foco da investigação, além da avaliação de se a empresa investigada possui posição dominante, é a política de
descontos da empresa e seus possíveis efeitos no mercado. 
Uma empresa que possui posição dominante pode se recusar a negociar com outra empresa? 
Escolha uma opção:
a. Não, a prática de recusa de contratar é sempre vedada a uma empresa que possui posição dominante.
b. Depende. Para ser caracterizada como conduta anticompetitiva, outros fatores devem ser investigados, como a
existência de substitutos e a justificativa da empresa para a recusa. �
c. Sim, a empresa sempre deve ter a escolha de com quem manterá relação comercial.
d. Depende da participação de mercado da empresa recusada
e. Sim, recusa de contratar sempre é vedada por lei independentemente se a empresa possui ou não posição dominante.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "b"
A conduta de recusa de contratar não é anticompetitiva per se, pois é necessário avaliar se a sua prática de fato pode trazer
danos à concorrência. Não basta que a empresa tenha poder de mercado, é preciso que fique caraterizado que a conduta tem
o potencial de prejudicar a concorrência. 
Quais são os principais fatores que o Cade geralmente investiga em um caso de recusa de contratar? 
Escolha uma opção:
a. Poder de mercado da empresa, existência de alternativas ao bem negado, histórico de negociações e justificativa para
a recusa. �
b. Balanços financeirosda empresa.
c. Contratos das empresas em outro mercado que ela atua.
d. Se a empresa já foi condenada por cartel.
e. Se empresa sofrendo a recusa possui poder de mercado.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "a"
Embora dados financeiros e contratos da empresa em outros mercados possam ser analisados em certas situações, eles não
têm sido os principais fatores analisados pelo Cade. A investigação do Cade geralmente foca em poder de mercado da
empresa, existência de alternativas ao bem negado, histórico de negociações e justificativa para a recusa. 
Nas análises de condutas de shamlitigation, o Cade tem se valido de determinados testes a fim de avaliar se houve ou não
conduta abusiva. Com relação aos testes comumente referenciados na jurisprudência recente do Cade: 
Escolha uma opção:
a. O chamado teste PRE se refere a hipótese de abuso quando a parte ajuíza expediente objetivamente sem fundamento,
com resultado potencialmente anticompetitivo. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando há clara ausência das condições
da ação, omissões relevantes ou posições contraditórias, que podem gerar confusão no Judiciário. �
b. Outra hipótese de shamlitigation com base no chamado teste PRE é quando a parte busca um provimento jurisdicional
ou administrativo valendo-se de informações sabidamente falsas.
c. O chamado teste POSCO se aplica aos casos em que a parte ajuíza uma ação manifestamente improcedente,
sabidamente fadada ao fracasso, com o objetivo de causar dano ao concorrente por meio da exposição de sua imagem e
da criação de custos processuais.
d. O teste PRE busca avaliar não é propriamente a ausência de base objetiva para uma única ação, mas a existência de
uma estratégia mais ampla de exclusão de concorrentes com base em múltiplos litígios.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "a"
A hipótese descrita na alternativa “a” é uma das duas hipóteses de configuração de shamlitigation de acordo com os
parâmetros do teste PRE.
A alternativa ‘b” descreve hipótese de shamlitigation conforme o teste Litigância Fraudulenta, e não o teste PRE.
A alternativa “c” descreve a segunda hipótese de shamlitigation conforme o teste PRE. O teste POSCO aponta para a
existência de abuso quando a parte ajuíza uma série de ações contra concorrentes, de maneira reiterada e sistemática, com
baixa probabilidade de provimento favorável e que gerem danos colaterais aos concorrentes. Esses danos podem ser a
geração de elevados custos processuais, retirada de concorrentes do mercado ainda que de forma temporária, entre outros.
Pela hipótese do teste POSCO, o que se busca avaliar não é propriamente a ausência de base objetiva para uma única ação,
mas a existência de uma estratégia mais ampla de exclusão de concorrentes com base em múltiplos litígios. 
Nas análises de condutas de shamlitigation: 
Escolha uma opção:
a. O Cade segue estritamente o limite previsto na Lei 12.529 para presunção de posição dominante. Assim, empresas
com participação de mercado inferior a 20% não podem ser condenadas por shamlitigation.
b. O Cade tem consignado em diversos precedentes que mesmo um agente com participação de mercado relativamente
baixa pode ser capaz de causar efeitos nocivos no mercado por meio de uma conduta de shamlitigation. �
c. O Cade segue estritamente o limite previsto na Lei 12.529 para presunção de posição dominante. Assim, empresas
com participação de mercado inferior a 20% não podem ser condenadas por shamlitigation.
d. O Cade não avalia existência de posição dominante em casos de shamlitigation.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "b"
Em casos de conduta de shamlitigation, o Cade tem avaliado os contornos dos mercados relevantes e a existência de posição
dominante. Contudo, tem-se firmado o entendimento de que mesmo um agente com participação de mercado relativamente
baixa pode ser capaz de causar efeitos nocivos no mercado, por meio de uma conduta de shamlitigation. Isso porque, se a
conduta for bem sucedida, o agente pode excluir até mesmo um grande rival e alcançar poder demercado não por mérito, mas
em decorrência da conduta. 
Com relação à interface entre as políticas de defesa da concorrência e proteção de propriedade intelectual: 
Escolha uma opção:
a. São políticas potencialmente conflitantes, dado que, por meio da concessão de direitos de propriedade intelectual, a
concorrência necessariamente é restringida.
b. São políticas que não se relacionam. Dada a concessão de um direito de propriedade intelectual legitimamente obtido,
estão exauridas as possibilidades de atuação do Cade.
c. São políticas complementares na promoção de bem-estar econômico. Ainda que a política de proteção de propriedade
intelectual resulte em limitação à concorrência por meio de cópias ou imitações, os efeitos benéficos em termos de
incentivos à inovação são superiores. �
d. São políticas completamente autônomas, dado que, por meio da concessão de direitos de propriedade intelectual, a
concorrência necessariamente é restringida.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "c"
Se, por um lado, a existência de direitos de propriedade intelectual restringe a atuação de concorrentes mediante produtos que
repliquem as criações protegidas, por outro lado, a existência de direitos de propriedade intelectual gera incentivos à inovação.
Como o inventor tendo direito à exclusividade temporária da exploração econômica da invenção, estimula-se o investimento
em novas invenções. Assim, ainda que haja limitação à concorrência por meio de cópias ou imitações, não é vedada a
concorrência por meio de inovação.
Podemos concluir que, na verdade, as políticas de defesa da concorrência e de proteção de propriedade intelectual são
instrumentos complementares de promoção de bem-estar econômico.
A alternativa “b” é falso, pois mesmo direitos válidos e legitimamente obtidos podem ser explorados de forma que excede o
exercício regular, divergindo da função social da propriedade protegida. O direito à exclusividade temporária na exploração de
propriedade intelectual não é absoluto, e a legislação prevê a possibilidade de reprimir abusos. Nesses casos, cabe atuação
da autoridade antitruste. 
Se a empresa detém um direito de propriedade intelectual, ela: 
Escolha uma opção:
a. Necessariamente detém de poder de mercado para fins de análise antitruste, posto que detém o monopólio da
exploração do invento em questão.
b. Tem o direito absoluto na exploração desse direito, não havendo que se falar em persecução antitruste.
c. Não necessariamente detém poder de mercado, ainda que detenha o direito de exclusividade na exploração temporária
do direito em questão. �
d. Necessariamente detém poder de mercado, ainda que detenha o direito de exclusividade na exploração temporária do
direito em questão.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "c"
A existência de um direito de propriedade intelectual não necessariamente significa que a empresa representada tem poder de
mercado. Nas análises de condutas de abuso no exercício de direito de propriedade intelectual, é fundamental considerar as
características específicas do mercado potencialmente afetado pela conduta e a natureza da propriedade intelectual em
questão: diferentes mercados são afetados de forma distinta pela existência de direitos de propriedade intelectual, e natureza
da proteção conferida por levar a uma maior ou menor restrição à concorrência. Por exemplo, uma patente de invenção tende
a conferir maior grau de restrição do que um direito autoral. 
Qual alternativa NÃO é verdadeira? 
Escolha uma opção:
a. Cláusulas de exclusividade, cláusulas de preferência e cláusulas de nação mais favorecida possuem o potencial de
serem restritivas à concorrência, mas não necessariamente o são.
b. Para avaliar se uma cláusula de exclusividade configura ilícito antitruste, procede-se a uma análise pela regra da razão.
c. O termo “cláusulas de nação mais favorecida” tem suas origens no comércio internacional e, sob a óticaantitruste, diz
respeito a cláusulas que potencialmente restringem a concorrência entre as nações. �
d. Cláusulas de raio impedem o locatário de exercer atividade similar à praticada no imóvel objeto da locação em outros
estabelecimentos situados a um determinado raio de distância do imóvel locado e são exemplos de cláusulas de
exclusividade.
e. Cláusulas de exclusividade podem apresentar ganhos de eficiência.
Sua resposta está correta.
Resposta correta: letra "c"
O termo “cláusulas de nação mais favorecida” de fato é importado do comércio internacional; grosso modo, por meio de
cláusulas de nação mais favorecida, todas as vantagens e privilégios acordados com um membro da Organização Mundial do
Comércio devem ser automaticamente aplicados às demais nações membro da organização.
Por sua vez, conforme explicado no podcast, “sob a ótica antitruste, as cláusulas de nação mais favorecida consistem em um
vendedor se comprometer a oferecer condições comerciais ao comprador beneficiário da cláusula, no mínimo, tão favoráveis
quanto as oferecidas aos outros compradores do mercado. Dessa forma, o comprador beneficiário da cláusula se beneficia
automaticamente do preço ou outras condições comerciais mais favoráveis que venham a ser concedidas a outros
compradores pelo vendedor”. Ou seja, sob a ótima antitruste, as cláusulas de nação mais favorecida não estão ligadas à
concorrência entre as nações. 
Suponha que uma empresa (situada em um mercado upstream) adquira e retenha uma grande quantidade de determinada
matéria-prima. 
Quais dos motivos descritos abaixo podem caracterizar a conduta anticompetitiva de açambarcamento? 
Escolha uma opção:
a. Formar um elevado estoque para suportar um período de escassez dessa matéria-prima no mercado.
b. Formar estoques com fins especulativos para vender o produto por um preço mais elevado no futuro.
c. Comprar toda a quantidade ofertada no mercado para impedir que seus concorrentes diretos tenham acesso a essa
matéria-prima. �
d. Fornecer essa matéria-prima em condições mais favoráveis a uma empresa do mesmo grupo econômico (controlada
ou coligada) atuante em um mercado downstream, em detrimento das demais empresas atuantes no mercado
downstream.
e. Obter descontos no valor pago pela matéria-prima ao adquirir um grande volume do produto.
Sua resposta está correta.
Alternativa correta: letra "c"
A formação de estoques para suportar a escassez sazonal da oferta de uma determinada matéria-prima é uma ação de
planejamento legítima, não constituindo um ilícito concorrencial, o mesmo se aplicando à obtenção de descontos em função
do volume comprado. Quanto à formação de estoque com fins especulativos, embora essa prática influi nas condições de
mercado, em geral não constitui um ilícito concorrencial, exceto se valer-se de meios enganosos para provocar oscilações de
preços de terceiros (Lei 12.529/2011, art. 36, § 3º, VII). Assim, as alternativas “a”, “b” e “e” não constituem açambarcamento. A
compra e retenção de uma matéria-prima não para uso próprio, mas para impedir que seus concorrentes possam operar
constitui precisamente a conduta anticompetitiva de açambarcamento, por isso a alternativa “c” é o gabarito. O fornecimento
em condições mais favoráveis a uma empresa do mesmo grupo econômico (alternativa “d”) pode configurar a conduta
anticompetitiva de discriminação, não de açambarcamento. 
Alternativa correta: letra "e"
Suponha que a empresa X controle uma importante infraestrutura (um porto, um aeroporto, uma ferroviaetc). A empresa Y,
alegando se tratar de uma infraestrutura essencial, solicita acesso a essa infraestrutura. Todavia, a empresa X nega o acesso
da empresa Y à infraestrutura. A empresa Y apresenta então uma denúncia de açambarcamento contra a empresa X. 
Das condições abaixo, qual configura uma situação em que a empresa X pode vir a ser condenada pela conduta
anticompetitiva de açambarcamento. 
Escolha uma opção:
a. Existem outras infraestruturas disponíveis, mas a empresa Y quer ter acesso à infraestrutura da empresa X por lhe ser
a mais vantajosa economicamente.
b. A empresa X construiu a infraestrutura para reduzir os seus custos de operação e não há restrições (legais, ambientais,
naturais, etc) para que outras empresas também desenvolvam suas próprias infraestruturas.
c. A infraestrutura, embora controlada pela empresa X, foi construída pelo Poder Público, que concedeu sua gestão à
empresa X. Além disso, restrições de ordem ambiental impedem a construção de outras infraestruturas semelhantes na
região de atuação das empresas X e Y.
d. A infraestrutura está operando com elevada ociosidade, contudo a empresa X se recusa a permitir o acesso da
empresa Y. Isso porque a empresa X concorre com a empresa Y em um mercado relacionado, de modo que ao impedir o
acesso de Y à infraestrutura, a empresa X evita a concorrência de Y nesse mercado relacionado.
e. As alternativas “c” e “d” estão corretas. �
Sua resposta está correta.
O fato de uma infraestrutura ou insumo conferir alguma vantagem econômica não o torna essencial e por isso não gera para o
seu detentor a obrigação de contratar. Uma infraestrutura ou insumo é essencial quando é técnica ou economicamente
impossível operar sem ter acesso a ele. Assim, a situação descrita na alternativa “a” não configura conduta de
açambarcamento. Da mesma forma, de acordo com a situação descrita na alternativa “b”, a empresa X está apenas se
beneficiando do seu próprio investimento numa nova infraestrutura que permitiu a redução de seus custos operacionais,
enquanto a empresa Y está adotando uma postura oportunista: esperou a empresa X assumir os riscos do investimento para
então solicitar acesso à infraestrutura, sendo que não há impedimentos para que a empresa Y construa a sua própria
infraestrutura.
A alternativa “c” descreve uma situação que pode configurar o ilícito concorrencial de açambarcamento e por isso está correta.
De fato, sendo a infraestrutura construída pelo Poder Público, a empresa X não pode alegar que incorreu em riscos
associados a um elevado investimento para criar uma nova infraestrutura. Ademais, em virtude de restrições ambientais, não é
possível construir uma nova infraestrutura, de modo que ela possivelmente é uma infraestrutura essencial. Assim, caso se
demonstre a existência de ociosidade na utilização da infraestrutura, a empresa X pode ser punida por açambarcamento. Da
mesma forma, a presença de uma elevada ociosidade combinada com o interesse da empresa X em prejudicar a empresa Y
em um mercado relacionado (uma justificativa ilegítima), situação descrita na alternativa “d”, pode configurar a conduta
anticompetitiva de açambarcamento. Sendo corretas as alternativas “c” e “d”, o gabarito é a alternativa “e”. 
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Análise de Condutas
Unilaterais Restritivas à
Concorrência
Notas
Área do Participante
Módulo 1: Conceitos
fundamentais de condutas
unilaterais
Módulo 2: Principais
condutas unilaterais -
Parte 1
Módulo 3: Principais
condutas unilaterais -
Parte 2
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� Painel
� Meus cursos
Catálogo Área do aluno � � Renato Comby 
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