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Teoria da Comunicação

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Teoria da Comunicação: elementos da comunicação 
➢ Elementos da comunicação 
Enquanto processo, a comunicação é indissociável do universo em que ocorre. Afinal, 
qualquer ato comunicativo está ligado a tudo (SOUSA, 2006). Mas, para compreender a 
realidade e os atos comunicativos, diversos teóricos desenvolveram modelos dos 
processos comunicacionais. Esses modelos são artefatos imaginativos, criados para 
compreender a realidade comunicacional. Portanto, você não deve entendê-los como 
espelho do real. 
Esses atos comunicativos podem acontecer com alguma intenção, seja ela explícita ou 
não. Jakobson elaborou esse esquema para mostrar como seis fatores essenciais, os 
chamados elementos da comunicação, operam para que a comunicação aconteça. A 
seguir, você pode compreender melhor cada um desses elementos: 
1. Emissor: também conhecido como referente, é quem emite a mensagem; pode 
ser um indivíduo ou um grupo. 
2. Mensagem: é o objeto da comunicação e é constituída pelo conteúdo das 
informações. Ou seja, é o conteúdo que o emissor quer transmitir. 
3. Canal: é a via de circulação da mensagem (voz, ondas sonoras, uma folha de 
papel, um blog, um livro). É o meio pelo qual a mensagem é transmitida. Pode 
ser por ar (ao falar), jornal, televisão, revista, internet, rádio, etc. Em Publicidade 
e Propaganda (PP), o canal se relaciona bastante com a mídia. 
4. Código: é o conjunto de regras, de signos e códigos utilizados para formar a 
mensagem. Para que a comunicação seja bem-sucedida, é preciso que o 
receptor compreenda o código usado pelo emissor. Como exemplos de código, 
você pode considerar: letras, idiomas, código morse, etc. 
5. Referente: é constituído pelo contexto, pela situação e pelos objetos aos quais 
a mensagem está relacionada. 
6. Destinatário: é aquele que recebe a mensagem, também chamado de receptor; 
pode ser uma pessoa ou um grupo de pessoas. 
Jakobson estabeleceu que cada um desses seis fatores determina uma diferente função 
da linguagem. O modelo mostra que a mensagem deve contar com um contexto, ou 
seja, precisa se referir a algo externo a ela. O modelo acrescenta, ainda, o contato. Este 
representa, simultaneamente, o canal físico em que a mensagem circula e as ligações 
psicológicas entre destinador e destinatário. Isso quer dizer que ambos só percebem a 
mensagem porque dominam o mesmo código. 
➢ Situações comunicativas com elementos da comunicação 
A seguir, você vai ver exemplos de situações que envolvem os elementos da 
comunicação, de acordo com alguns autores, especialmente Vanoye (1993). Em cada 
uma delas, um dos elementos é o principal da situação comunicativa. 
• Exemplo 1: o governador de Santa Catarina envia uma mensagem à população 
do estado por meio de um porta-voz. Nesse caso, ele seria a fonte, e o porta-
voz, o emissor. 
• Exemplo 2: um professor envia um e-mail para os alunos avisando sobre o 
material para a próxima aula. Aqui, emissor e fonte são a mesma pessoa. 
Nesses casos, o foco da situação é o emissor da mensagem. Observe que a fonte é 
responsável pela codificação da mensagem que será enviada. Ela pode utilizar a 
comunicação oral, a escrita, bem como gestos, desenhos. 
Nos dois exemplos, a população de Santa Catarina e os alunos que receberam o e-mail 
são os receptores, responsáveis pelo recebimento e pela decodificação da mensagem. 
A comunicação só ocorre efetivamente quando tiver a incidência de um comportamento 
verbal ou de uma atitude sobre a ação do destinatário. Isso quer dizer que, se os alunos 
responderem o e-mail, a comunicação será efetivada. Mas, se não responderem, você 
pode considerar que o ato comunicativo ocorreu da mesma forma, já que o silêncio 
também é uma forma de comunicação não verbal. 
Quanto mais próximos emissor e receptor estiverem do repertório que ambos usam, 
maior será a probabilidade de a comunicação ser bem-sucedida, pois a decodificação 
ficará mais fácil. 
O código pode passar também por uma flutuação. É quando um mesmo significante 
pode gerar mais de um significado. Veja o seguinte exemplo: “Bombril, bom de cozinha 
e bom de copa.” (CESAD, c2017) (Propaganda veiculada durante o período da Copa 
Mundial de 1998). 
Aqui, o signo “copa” remete ao espaço de uma residência, mas também está relacionado 
à Copa Mundial de Futebol, já que a publicidade era veiculada no período da 
competição. Nesse contexto, o referente é o objeto ou a situação a que a mensagem 
remete ou se refere. Ele pode ser situacional ou textual. 
O canal é o meio pelo qual o emissor enviará a mensagem codificada para que o 
destinatário a descodifique. É todo e qualquer elemento físico usado para levar a 
mensagem até o receptor. O canal pode ser: natural ou tecnológico. O primeiro trata de 
meios sonoros (como a voz, as ondas sonoras, o ouvido); de meios visuais (como a 
excitação luminosa, a percepção da retina); de meios táteis (como a mão, a pele); de 
meio olfativo (o nariz); e ainda de meio gustativo (a língua). Já o canal tecnológico 
necessita de meios criados para transmitir a mensagem, como rádio, TV, telefone, entre 
outros. 
O canal deve ser escolhido considerando: 
• o conteúdo da mensagem; 
• os tipos de mensagem (isto é, se será verbal ou não verbal); 
• os objetivos do remetente; 
• as condições de recepção da mensagem, etc. 
➢ Ruídos na comunicação 
O ruído se trata de qualquer perturbação que impeça a mensagem de chegar 
devidamente ao receptor, interferindo na comunicação como um todo. 
As causas dessas barreiras podem ser inúmeras. Sousa (2006) explica que qualquer tipo 
de comunicação pode sofrer com ruídos, e, por vezes, algumas barreiras chegam a 
impedir a comunicação ou mesmo afetar a fluidez das trocas comunicacionais. 
Conforme o autor, essas barreiras podem ser: 
• Físicas: como um obstáculo entre dois interlocutores que os impede de dialogar. 
Por exemplo: a queda no sinal de um telefone quando se está conversando via 
telefonia, ou a queda da internet, quando o diálogo se dá por redes sociais. 
• Culturais: como o desconhecimento do código de comunicação dentro de uma 
cultura (saber uma língua, por exemplo, nem sempre é garantia suficiente para 
interpretar adequadamente uma mensagem). Por exemplo, um morador de 
Portugal e uma pessoa que vive no Brasil podem não se entender, mesmo 
falando a língua portuguesa. Isso ocorre pois em cada cultura determinados 
termos significam coisas diferentes, dificultando o entendimento. 
• Pessoais: como a maneira de estar, de ser e de agir de cada sujeito envolvido 
na relação de comunicação, bem como as capacidades ou deficiências físicas 
pessoais que facultam ou dificultam a comunicação, etc. Por exemplo: uma 
pessoa que não sabe a língua de sinais terá dificuldades para conversar com 
alguém que usa a Libras. 
• Psicossociais: como o estatuto e o papel social que os sujeitos envolvidos na 
relação comunicacional atribuem uns aos outros. Estes marcam uma dada 
distância social, ou a saturação dos sujeitos envolvidos na comunicação em 
relação ao tema que motiva o ato comunicacional. Problemas de 
relacionamento podem ser um exemplo de barreira causada por questões 
psicossociais.

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